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Apostila micro e parasito - protozoarios

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INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 1 
 
 
Turma: 
Data: 
Nome: 
Professora Leilane Morais Lopes 
 
Protozoários 
 
Nessa aula, vamos falar desses seres unicelulares, eucariotos, que 
causam muitas doenças e são, de certa forma, difíceis de se livrar! 
Mas para entendermos o que são os protozoários, devemos entender 
primeiro sobre as células eucariotas! 
Só para lembrar! As céluas eucariotas são aquelas celulas que possuem o 
seu material genético (DNA) separado do citoplasma por uma membrana, essa 
membrana é chamada de Carioteca ou membrana nuclear! Graças a essa 
modificação, as celulas passaram a compartimentalizar as suas funções, o que 
permitiu maior evolução dessas celulas. Por isso elas são altamente especializadas, e 
possuem muitas organelas! Vocês se lembram quais essas organelas? Escrevam ai 
embaixo, quais as organelas vocês se lembram! 
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Vimos essas organelas nas aulas de fungos! Por isso se não estiver 
lembrando de nenhuma, só voltar a aula de fungos para relembrar! 
Mas voltando a falar dos protozoários, uma das caracteristicas principais 
deles, são a presença de váculos contráteis ou pulsáveis, essas organelas realizam a 
regulação osmótica, agindo como um mini sistema urinário, acho que mini foi exagero, 
agindo como um micro sistema urinário! 
Os protozoários, são seres bem espertinhos, eles possuem duas formas 
de reprodução, a assexuada, por fissão binária, onde uma celula se torna duas celulas 
exatamente iguais, que pode ser multipla, como no caso do Paramecium que quase 
fica multicelular, pois ele fica com vários nucleos, mas não com várias celulas. E a 
reprodução sexuada, que é a troca de partes do DNA, chamadas micronucleos, esses 
micronucleos se assemelham aos plasmídeos das bacterias, eles ficam soltos no 
citoplasma, e também são capazes de conferir habilidades e caracteristicas melhores 
para os protozoários que os possuem! Essa reprodução sexuada ocorre por meio da 
conjugação, assim como a das bacterias. Mas lembrando, mesmo a forma de 
reprodução sendo igual a das bacterias, os protozoários não são bactérias!!! 
Os protozoários são divididos de acordo com a sua forma de locomoção 
(Fig1), em: 
 INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 2 
 
 
 Sarcodíneos/ Rizópodos – esses protozoários utilizam prolongamentos do 
citoplasma, denominados pseudopódes, pois agem como falsos pés, para sua 
locomoção. Como por exemplo as Amebas. 
 
 Ciliados – se locomovem por meio do batimento dos cílios, exemplo são os 
Paramecium. Esses protozoários ainda são muito espertinhos, eles só realizam a 
reprodução sexual sabiam? Eles são dioícos, eles possuem sexos separados! 
Protozoários são seres muito espertinhos! ^_~ 
 
 
 Flagelados/Mastigóforos – se locomovem por meio de flagelos, como por exemplo o 
Tripanossoma cruzi e o Leishmannia spp. 
 
 Esporozoários – esse não possuem estruturas locomotoras, são em sua totalidade 
espécies parasitas intracelulares obrigatórias e sua reprodução é alternada, em um 
momento realiza reprodução assexuada, com produção de espóros (resistentes ao 
meio) e uma fase sexuada, geralmente dentro do organismo hospedeiro. Temos 
como exemplo o Plasmodium falciparum, causador da malária. 
 
 
Figura 1 – Tipos de protozoários de acordo com suas estruturas de locomoção. a) Rizópodes, 
locomoção por pseudopódes; b) Cíliados, locomoção por cílios; c) Flagelados, locomoção por flagelos; e 
d) Esporozóarios, ausência de estruturas de locomoção. 
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Agora vamos conhecer as doenças causadas por protozoários. Essas 
doenças possuem ciclos bem específicos de reprodução, como vocês verão a seguir. 
Amebiase é causada pelo rizópode, Entamoeba histolytica. Sua transmissão é por 
meio da ingestão de água ou alimentos contaminados com seus cistos (formas 
resistentes). Seus principais sintomas são dores abdominais, gases, cólicas intensas, 
náuseas, vômito e diarreia. Seu ciclo de contaminação está representado na figura 2. 
Figura 2 – Ciclo reprodutivo da Entamoeba. Onde temos a ingestão do cisto maduro, a eclosão do cisto, 
sua multiplicação que ocorre no colón intestinal, e uma parte se torna cisto e saí nas fezes e outra 
mantem-se parasitando o hospedeiro e se multiplicando. 
Sua profilaxia é a ingestão apenas de água tratada, saneamento básico e 
lavar bem as mãos e os alimentos, no caso, bons hábitos de higiene. 
 
Giardíase, causada pela Giardia lambia (o protozoário mais fofo que vocês irão ver!). 
Sua transmissão é similiar a da amebíase com a ingestão de água contaminada. Seus 
principais sintomas são diárreia, cólicas abdominais, náuseas, gases, fezes 
gordurosas e fétidas e perda de peso. Seu ciclo é simples e está representado na 
figura 3. 
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Figura 3 – Representação do ciclo de infeção da Giardia. Onde vemos a ingestão de cistos, no estomago, 
por causa do suco gastrico, os cistos eclodem na forma de trofozoito e ocorre a reprodução assexuada. 
Algumas formas entram em estado de enquistamento (retornam a fase de cisto) outras não, no entanto 
ambas as formas são eliminadas nas fezes, no entanto apenas as formas de cisto sobrevivem no 
ambiente. 
Sua profilaxia é similar a da amebiase. 
 
Toxoplasmose, doença causada pelo Toxoplasma gondii, seus hospedeiros finais são 
os ratos, os gatos, assim como nós somos os hospedeiros intermediários, e também 
podemos transmitir o protozoário. Seus principais sintomas são febre alta, exantema 
(manchas vermelhas pelo corpo), miocardite (inflamação do musculo cardiáco), 
acometimento pulmonar, hepático e cerebral, podendo ocasionar lesão ocular. Nas 
grávidas o toxoplasma pode atravessar a barreia placentária e atingir o feto em 
desenvolvimento, implicando em problemas neonatais como ictericia, miocardite, 
maculoma ocular, encefalite (inflamação cerebral) e baixo peso. As formas de 
contaminação são pela ingestão de cistos resistentes que são liberados pelos 
infectados. Esses cistos estão presentes em feses e podem ficar no ambiente. Seu 
ciclo possuiu uma fase zoonótica (no animal) e outra no hospedeiro intermediário, 
assim como fase assexuada e sexuada, e está representado na figura 4. 
 
 
 INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 5 
 
 
 
Figura 4 – Respresentação do ciclo do toxoplasma. Em 1 temos a transmissão do rato para o 
gato/cachorro, por meio das fezes; Em 2 temos a reprodução do toxoplasma, em sua fase bradizoíta, 
onde sua reprodução é sexuada, tendo liberação de cistos nas fezes. Em 8 esses cistos sofres 
esporulação, na forma taquizoíta, tornando-se mais resistentes ao ambiente, nesse momento eles podem 
ser ingeridos tanto por outros mamiferos quando pelo ser humano. Em 10, temos a reprodução 
assexuada da forma taquizoíta (como se fossem meias luas) nesses hospedeiros intermediários, que 
depois liberam eles na forma de cistos, pelas fezes, no ambiente. 
Sua profilaxia é não entrar em contato com as feses de ratos, gatos, cães 
e passaros. E se entrar em contato, lavar as mãos. Uma das mais comuns formas de 
infecção pelo toxoplasma é por latinhas mal armazenadas em supermercados, onde 
ratos caminham. Por isso é impressindível lavar as latas antes de abri-las, sejam elas 
de refrigerante, sucos, cerveja e até mesmo as latas de conservas alimentícias. 
Crianças se contaminam ao entrar em contato com areia contaminada com feses de 
animais contaminados, por isso cuidados com crianças na fase-oral fecal em locais 
com terra deve ser redobrado. Mulheres grávidas devem realizar exames de rotina 
para saber sobre a presença ou infecção
pelo toxoplasma por conta dos problemas 
neonatais que a infecção pode acarretar. No entanto seu tratamnteo não é dífícil e se 
encontra disponível na rede pública de saúde. 
 
Leishmaniose, causada pelo Leishmannia spp., onde temos várias especies 
causando a doença, no Brasil a principal espécie é a Leishmannia amazonensis. 
Doença transmitida por vetor inseto hematofágo, nesse caso o transmissor o 
mosquito-pólvora (Phebotomus sp no velho mundo e Lutzomyia sp no novo mundo. 
Figura 5). 
 INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 6 
 
 
Figura 5 – Insetos transmissores da Leishmaniose. 
Os reservatórios do protozoário são os cães, gatos, ratos e até o ser 
humano. Ela pode ser apresentar de 2 formas diferentes, acometendo vários orgãos e 
sistemas do corpo, mas o sintoma principal é a imunodeficiência adiquirida, similar a 
observada em portadores do HIV. Nas forma tegumentar temos como sinal principal 
uma ou mais lesões de bordas altas, sem sangramento, que se desenvolve no local da 
picada. Já na variação da forma tegumentar, que acomete a mucosa, temos 
deformação das mucosas da face, que incluem boca, nariz, olhos, orelhas, pode 
causar fenda palatina e lesões por todo o rosto. E a forma viceral, que acomete todos 
os orgão do corpo, onde os sintomas incluem danos ao coração, pulmões e 
principalmente o fígado, com distensão abdominal intensa, febre alta e dor aguda pelo 
corpo. Essa forma é a mais difícil de curar. E a forma tegumentar geralmente, antes do 
final do tratamento o paciente comete suicídio. Seu tratamento está disponível na rede 
pública de saúde. Seu ciclo reprodutivo é mais complexo, com fase no vetor e no 
hospedeiro, como observado na fígura 6. 
 INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 7 
 
 
 
Figura 6 – Esquema representativo do ciclo infectivo da Leishmania. No vetor, o protozoário se encontra na sua forma 
promastigota (com estrutura locomotora de flagelo), mas ao entrar no corrente sanguínea do hospedeiro, pela picada 
do inseto, ele se transforma na fase amastigota (sem estrutura locomotora), nessa fase ocorre infecção de macrofágos 
e dentro deles a sua reprodução assexuada. Esse macrofágos migram para todos as partes do corpo. Quando o vetor 
se alimenta do hospedeiro novamente, ele ingere esses macrofágos infectados, no sistema digestório desses insetos a 
forma amastigota, se transforma na forma promastigota novamente, se reproduz e migram para a faringe do vetor para 
esperar o próximo hospedeiro. 
A profilaxia é pelo controle do vetor e dos reservatórios do protozoário, 
nesse aspecto os cães são os que mais sofrem, pois são suscetíveis a infecções pelo 
Leishmania e não adiquirem imunidade contra ele, tornando-se assim reservatórios do 
protozoário e se infectando várias vezes. Existe tratmento da Leishmania canina, no 
entanto o tratamento não será válido, pois se continuar a ter o vetor e a transmissão 
no ambiente, o cão irá se infectar novamente. Em locais com muita incidência do vetor 
e de reservatórios, pode ser indicado a eutanasia dos animais contaminados. 
Doença de Chagas, causada pelo Tripanossoma cruzii, sua transmissão é pelo vetor 
inseto hematofágo conhecido como barbeiro, uma espécie de percevejo (Triatomíneos 
Figura 7). 
Figura 7 – Triatomineo, mais conhecido como Barbeiro. 
Seus principais sintomas são febre baixa e prolongada, fádiga extrema, dor 
abdominal, inguas pelo corpo, hepatomegalia, aumento do baço e em casos graves 
miocardite, meningite e encefalites. Podendo acarretar distenção do musculo cardiáco, 
e até mesmo o desenvolvimento de uma resposta auto imune ao musculo cardiáco 
que se inicia logo após a cura da infecção pelo protozoário, tornando-se assim uma 
sequela crônica da doença. Seu ciclo pode está representado na fígura 8. 
Sua profilaxia é o combate ao vetor da doença, que se reproduz com a 
ajuda do sangue sugado de mamiferos, e se encontra em troncos ocos de arvóres, 
bambus e em casas construídas com esses materias sem previo tratamento. Dentro 
das áreas de mata fechada sua transmissão é endemica entre as várias espécies de 
mamiferos, por isso não é recomendada a entrada nessas áreas sem cuidados prévios 
com vestimenta e a utilização de repelentes. 
 
 
 
 
 
 INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 8 
 
 
Figura 8 – Ciclo infectivo do Tripanossoma cruzii. A infecção começa com o triatomíneo se alimentando 
do hospedeiro, nesse momento, ou pela fezes ou pela saliva, eles liberam os tripomastigotas (que se 
locomovem por flagelo), que entram pela picada do inseto e inefcção as celulas do local. Nesse momento 
eles se transformam na fase amastigota e se multiplicam de forma assexuada. Essas se transformam em 
tripomastigotas e podem tanto infectar outras celulas, quando ficar na corrente sanguínea, os que ficam 
na corrente sanguínea podem ser ingeridos pelo vetor, no momento que estão se alimentando do 
hospedeiro. Dentro do inseto ela se transforma em espimastigotas (locomotoras com capacidade de 
reprodução) e se reproduzem no intestino do inseto, para se transformarem na forma tripomastigota 
infectiva no intestino posterior e aguardam o vetor se alimentar novamente para realizarem a infecção. 
Malária, causada pelo Plasmodium falciparum, seu vetor inseto é o Anopheles (figura 
8), de grande distribuição mundial. 
Figura 8 – Anopheles. 
Seus principais sintomas são calafrios, febre alta, dores de cabeça e 
muscular, taquicardia, aumento do baço e ocorrência de delírios. O protozoário se 
reproduz dentro das hemácias do hospedeiro, assim a ocorrência de anemia falciforme 
foi uma resposta evolutiva a constantes infecções pela malária na Africa. Seu ciclo 
pode ser observado na figura 9. 
 
 INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 9 
 
 
Figura 9 – Ciclo infectivo do Plasmodium. Esse é o ciclo mais complexo, envolvendo fases sexuadas com 
assexuadas dentro do hospedeiro humano. Logo após a infecção pela picada do inseto, eles infectam os 
hepatócitos (celulas do fígado), onde se reproduzem de forma assexuada em sua forma merozoita (forma 
reprodutiva). Eles saem da celula rompendo-a (matando-a). Nesse momento ele cria locais de cisto, onde 
ele se torna o trofozoíto imaturo, que realiza troca de material genético dando origem a mais formas 
merozoíta, mas alguns se transformam em trofozoítos maduros, que formam gametas, diferenciando-se 
em masculinos e femininos, esses ficam na circulação sanguínea, dentro das hemácias e são ingeridos 
pelo vetor no momento da picada no hospdeiro. Dentro do inseto, esses trofozoítos masculinos e 
femininos se diferenciam em macrogametócito (feminino e o flagelado masculino) eles realizam 
reprodução sexuada, gerando a forma ookinete, essa se torna um oocisto, que libera esporozoítos, que 
irão migrar para a glandula salivar do inseto e de lá infectar outro hospedeiro. 
A profilaxia da doença é a prevensão ao mosquito, no caso o combate ao 
vetor da doença. O tratamento da doença se encontra na rede pública de saúde e 
requer acompanhamento. 
Referências 
https://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/2014/12/20170313-amebiase.jpg 
https://static.todamateria.com.br/upload/58/23/5823775dd396c-giardiase.jpg 
https://i1.wp.com/www.casadaciencia.com.br/wp-content/uploads/2018/01/Imagem-
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http://data.portal.sistemas.ro.gov.br/2017/05/leishmaniose_CDC-Agevisa.jpg 
http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfrlcAF-2.jpg 
https://www.gpabrasil.com.br/wp-content/uploads/2018/03/barbeiro.jpg 
Malaria_LifeCycle.gifhttps://bestpractice.bmj.com/image/1160/pt-br/normal/1160-5-iline_default.gif 
http://www.jayapestcontrol.com/wp-content/uploads/2016/11/anopheles02-1.jpg 
http://2.bp.blogspot.com/-l4CkV2oc398/TkFtwklfnsI/AAAAAAAAASc/sCxPf5oe1ag/s1600/

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