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Apostila micro e parasito - Virus

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INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 1 
 
 
Turma: 
Data: 
Nome: 
Professora Leilane Morais Lopes 
 
Vírus 
Nessa aula iremos falar dos vírus! Mas como iniciar com os vírus? 
Simples, pois eles não são celulas! Eles sequer são organismo vivos!!! 
Chocados? Eu também fiquei, quando soube! Por isso o conceito de 
patógeno é tão importante, pois os vírus não se enquadram no conceito de 
microorganismos! Mas são potentes patógenos! E causam muitas doenças!! 
Então vamos a esses serezinhos! 
Os vírus possuem uma ampla distribuição no mundo, sendo considerados 
a maior quantidade de carbono presente no Oceano Pacífico, e vocês aí achando que 
eram as algas, bactérias ou baleias que mandavam, que nada, quem manda nos 
mares são os vírus! 
Eles podem infectar todos os seres vivos desse planta, ninguém escapa 
deles, nem mesmo bactérias, fungos, plantas ou animais! Os caras são sinixxtros!! E 
eles podem causar diversos problemas a esses organimos que eles infectam! 
Mas o que vem a ser um vírus, já que eles não são sequer seres vivos! 
São acelulares, no caso “A” de negação, então eles são “não” celulas. 
Dentro dessa categoria se enquadram os vírus e os virions. Seu tamanho é minusculo 
do minusculo, possuindo nanometros, que são precisos 10 milhões de nanometros 
para se ter um centímetro. Fig 1. 
Pois bem, vírus são considerados aglomerados proteícos, que fora da 
célula hospedeira se comportam como cristais! 
 
 
 
 
 
 
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Fig 1 – Representação esquemática do formato dos vírus que possuem material genético de DNA e de RNA, e seus 
nomes. 
Vamos aos componentes dos vírus. Fig 2. Eles são compostos de: 
 Material genético que pode ser DNA, RNA (ácido ribonucleico) ou mesmo os 
dois juntos; 
 Capsideo que é um envoltório proteíco de formato geométrico, que protege o 
material genético; 
 Podem possuir uma enzima auxiliar (transcriptase reversa), para facilitar a 
replicação dentro da célula; 
 E um envelope, que é um envoltório a base da membrana lípidica, que ele 
rouba da membrana plasmática da celula hospedeira; 
Fig 2 – Imagems representativa de um vírus e seus componentes. 
Estão vendo como os vírus são seres terríveis!! Mas eles possuem sua 
beleza! 
Agora que já sabemos o que é um vírus, vamos a virologia. 
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A virologia é a ciência que estuda os vírus, e olha, é uma ciência bem 
ativa!! Então vamos entender como surgiu a virologia, como se iniciou os estudos 
desses seres. 
Os vírus inicialmente eram chamados de “agentes filtrantes!, isso lá em 
1876! Pois eles passam pelos filtros utilizados para filtrar bactérias! Nessa época ele 
foi muito estudado na doença do Mosaico do Tabaco, que aflinge as plantas 
produtoras. Mas somente em 1931, com a criação do microscópio eletrônico é que foi 
possível observar as particulas vírais! Olha só quanto tempo se passou, desde que 
descobriram que algo infectava plantas e pessoas, mas não se sabia o que era, até o 
momento que conseguimos ver eles!! 55 anos!! É tempo demais!! 
Então, agora que podemos ver como eles são, descobrimos, que eles 
possuem diferentes formatos é tamanhos! Os princípais formatos são Icosaedrico, 
helicoidal e o bacteriofago. Fig 3. 
Fig 3 – Formato dos vírus, com e sem o envelope. 
Os vírus, por serem bem diversos, eles não possuem uma classificação 
zoológica, sendo colocados todos juntos em uma única ordem, a Virales; seguida de 
família viridae; subfamília virinae; gênero vírus e a espécie final! 
Mas não é só isso! Os vírus são classificados de acordo com o seu 
material genético e assim separados em grupos! Fig 4. 
 INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 4 
 
 
Fig 4 – Classificação dos vírus de acordo com o seu material genético, essa classificação é conhecida 
como Classificação de Baltimore e foi desenvolvida em 1971. 
Como podem ver, temos muitos tipos diferentes de vírus, e todos eles 
podem causar algumas doenças em nós! Mas primeiro, antes de chegarmos as 
doenças (vocês estão doidos para saber as desgraças né!) precisamos entender, 
como nós pegamos e nos infectamos com os vírus! 
Os vírus são evolutivamente espertinhos, para ele infectar uma celula, ele 
depende que a célula o reconheça, no caso ele engana a célula ao se ligar a um 
receptor que essa célula tem na sua membrana plasmática. Como a célula não sabe o 
que ligou, mas que houve uma ligação, ela coloca o vírus para dentro, no citoplasma, 
e ali ele se faz em casa, e por vezes, até mesmo mata a celula hospedeira! Fig 5. 
 INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 5 
 
 
 
Fig 5 – esquema mostrando as diferentes estratégias que os vírus utilizam para entar na 
célula. Em (a) temos a ligação a um receptor, onde ocorre a incorporação do capsideo ou envelope viral a 
membrana da celula e entra penas o material genético no citoplasma da celula infectada. Em (b) temos a 
ligação recptor-vírus criando uma vesícula que vai colocar o vírus para dentro da celula, em determinado 
momento a vesícula se rompe e apenas o material genetico é liberado no citoplasma. Em (c) temos a 
ligação recpetor-vírus e a criação de uma vesícula, no entanto a vesicula não se abre, e apenas o 
material genético do vírus vai para o citoplasma, sem que ocorra o rompimento da vesícula. Em (d) temos 
a ligação repector-vírus onde a vesicula se compre e libera o vírus completo no citoplasma, e apenas 
quando o vírus encontra a membrana do núcleo da celula é que ele libera seu material genético 
diretamente dentro do núcleo. 
Mas para você ficar doente com um vírus, não basta só o vírus entrar na 
célula, o vírus tem que ser capaz de se multiplicar nessa célula! Logo nossas células 
devem ser competentes para a replicação viral! Por isso algumas pessoas ficam mais 
doentes que outras, ao contrair uma virose, pois existem pessoas com celulas mais 
competentes para a replicação viral, do que outras! E você ai se achando um 
incompetente e inutil, que nada! Você é super competente, nem que seja para replicar 
vírus!! Mas ai, já é algo bom!! O que você acha? Vou até deixar um espaço ai, para 
você me dizer sua opnião! 
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Existe todo um caminho que será percorrido pelo vírus, do momento que 
ele se liga na membrana celular até o momento que ele saí da célula, já na quantidade 
de milhares! No entanto esses são conhecimento mais aprofundados e serão deixados 
para outro módulo. 
Agora que já vimos como tudo acontece, vamos conhecer as doenças 
causadas por vírus. Elas são separadas em tipos, como vocês verão a seguir. 
Arboviroses 
São doenças virais transmitidas por vetor inseto hematofágo (que se alimenta de 
sangue) principalmente dos gêneros Culex e Aedes. São as principais arboviroses 
transmitidas no Brasil e elas são todas do gênero viral, Flavivirus. São elas: 
Febre Amarela – transmitida pelo Aedes albipucus ou Aedes aegypt. Fig 6. 
Zika vírus; Dengue; Chikungunya – Transmitia pelo Aedes aegypt; 
Os sinais (o que é visível no paciente) e os sintomas (o que o paciente relata sentir), 
entre as arboviroses é bem similar, pois todas são febres hemorrágicas, 
caracterizadas pela febre alta, dores pelo corpo, dor de cabeça, dor retro-orbitar (atrás 
dos olhos) e podem acarretar choque hipovolêmico (baixa de pressão arterial 
acentuada) ou hemorragias, sendo comum hemorragias de mucosa, como gengiva, 
boca, olhos, nariz, ou todo o sistema digestório. Quando ocorre hemorrágia, podem 
aparecer manchas vermelhas pelo corpo. Mas a dengue homorrágica é caracterizada 
pela baixa acentuada de plaquetas sanguíneas. São doenças auto limitas,
no caso, o 
corpo leva a cura naturalmente (isso pode demorar), ou você morre. O tratamento é 
por remédios paliativos, como analgésicos, antipiréticos (diminuem a febre) e anti 
inflamatórios. A ingestão de bastante líquido é indispensável, por conta da 
possibilidade de ocorrência de hemorrágia. 
 INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 6 
 
 
Dengue possui 4 sorotipos diferentes (4 variações geneticas do mesmo vírus) por isso 
é tão difícil uma vacina. E cada vez infectado por um sorotipo diferente, pode acarretar 
um quadro cada vez mais grave, podendo até chegar a óbito. 
Zika pode acometer mulheres grávidas e causar mal formação congênita no bebê, 
quando infecta a mãe no primeiro trimestre de grávidez. Essa má formação é 
caracterizada pelo retardo no desenvolvimento da parte nervosa do bebê, levando a 
microcefalia. 
Chikungunya pode acarretar, como efeito a longo prazo, principalmente em mulheres 
em sintomas similares a uma artrite, nas juntas dos braços, pernas, mãos e pés, com 
acometimento pela dor, por até 2 anos após a infecção. 
Febre Amarela pode causar, ainda durante o periodo da infecção danos ao fígado, 
podendo até mesmo levar a total falha do orgão, levando a necessidade de 
transplante. 
As formas de prevenção das Arboviroses é por meio da erradicação do vetor. Vacinas 
ainda não são possíveis, tendo apenas vacina para a Febre Amarela, as demais ainda 
não possuem forma de prevenção. Nesse caso, o correto é a eliminação do vetor. 
Sendo assim é correto não deixar água empoçada, ou mesmo parada, que são os 
locais de proliferação do mosquito, e essa proliferação é acentuada em períodos de 
calor e chuvas. Então, se você ainda não foi ao seu quintal hoje, ver se tem água 
parada em algum lugar, a hora é agora!! Bora lá!! 
Doenças respiratórias 
A transmissão é feita de pessoa a pessoa. O vírus não fica pairando no ar, no caso, 
você quando gripado, ao espirar, lança gotículas cheias de vírus no ambiente, esss 
gotóculas caem sobre superfícies diferentes, e em algum momento alguém vai passar 
a mão nessas superfícies e levar essa mão, cheia de vírus até a face, nariz e boca, e 
assim a pessoa se infectou do vírus que você espirrou! Por isso é importante a 
higienização das mãos quando estamos gripados ou resfriados!! 
As principais doenças respiratórias são: 
Gripe é causada pelo virus Influenza, tem distribuição mundial. Seus sintomas são dor 
no corpo, dor de cabeça, febre baixa para média e coriza e espirros/tosse intensos. 
Dura em média 3 a 4 dias e é auto limitada. No entanto, quando surgem os sintomas, 
você já está infectado a pelo menos 5 dias. Tratamento é de bastante líquido e 
analgésicos e anti inflamatórios. 
Resfriado é causado pelo vírus Rinovírus e é limitada ao trato respiratório superior, 
sendo branda, tendo como sintomas uma febre baixa, um leve mal estar e coriza, com 
espirros/tosse leves. Dura em média 2 a 3 dias. Tratamento similar a da gripe. Auto 
limita e mais leve as infeções virais do sistema respiratório. 
Sarampo é causado pelo vírus do gênero Paramyxovirus. Possui sinais e sintomas 
similiares a outras doenças virais do sistema respiratório, no entanto ele pode 
apresentar manchas vermelhas pelo corpo, infecção dos ouvidos, olhos inflamados e 
pneumonia. Pode ser transmitida da mãe para o bebê durante a gestação, podendo o 
bebê nascer já com sarampo, no entanto, a doença é auto limitada, e não deixa 
sequelas a longo prazo. 
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Forma de prevenção é com o uso de mascaras durante o período da doença, limpeza 
correta das mãos e não espirrar sem tampar a boca e o nariz para não propagar o 
vírus no ambiente. 
Doenças de pele 
Rubeola é causada pelo Togavirus, principais sintomas são errupções pela pele, 
linfonodos inchados (inguas) e febre alta. Quando contamina uma gravida, no primeiro 
trimestre de gravidez, pode ocasionar aborto e a sindrome da rubeola congênita 
quando o bebê pode nascer com algum problema de formação embrionária como 
catarata, surdez, problemas de desenvolvimento do coração e do cérebro. Os bebês 
com a sindrome podem transmitir a doença por até um ano após o nascimento. Nos 
adultos podem ter como sintomas dores articulares e complicações como 
hemorrágias, inchaço testicular e inflamação dos nervos. O contagio é similar as 
doenças respiratórias, mas pode ser previnida com a vacinação. Por isso não deixe de 
se vacinar! Vacinado ou tendo sido infetado pelo vírus, desenvolve-se imunidade para 
toda a vida. 
Catapora (ou varicela) é causada pelo vírus Varicela-zoster, os prinicipais sintomas 
são febre alta, feridas e purrido (coceira) intensa na pele. É altamente contagiosa mas 
auto limitada , não causa complicações e de baixa gravidade. Uma vez infectado 
desenvolve-se imunidade para toda a vida. Duração de 5 a 10 dias, mas os sintomas 
e sinais manifestam-se apenas entre 10 a 21 dias após a exposição ao vírus. Pode 
retornar no idoso ou na pessoa imunossuprimida como Herpes-zóster que é quando, 
geralmente na infância, alguns vírus invadem os gânglios nervosos espinhais e/ou dos 
nervos cranianos, onde permanecem de forma latente (paradinhos, calminhos, só 
esperando a hora de voltarem a se multiplicar) sem causar danos ou sintomas, mas o 
envelhecimento/imussupressão do sistema imunológico leva à reativação do vírus. 
Mas a imunidade adquirida pelo indivíduo é ainda suficiente para impedi-lo de causar 
novo episódio igual ao anterior. Em vez de estender-se como feridas, o vírus limita-se 
a multiplicar-se nos nervos sensitivos da raiz espinhal onde foi reativado, resultando 
na zóster. Esta é uma condição extremamente dolorosa, que se limita à faixa da pele 
(dermatoma), bem delimitada, inervada pelo nervo sensitivo afectado. A pele 
apresenta-se extremamente sensível ao toque, com dores, e máculas vermelhas 
infecciosas semelhantes às da varicela. Trasmitida de forma similar as doenças 
respiratórias, sua prevenção é por meio de vacinação. 
Caxumba é causada pelo vírus do genero Paramyxovirus, seus prinicpais sinais e 
sintomas são inchaço nas glândulas salivares, mas pode acometer outras glândulas 
do corpo como as glândulas mamarias, ovários e testiculos. Causa dor local, febre 
baixa e destroi a auto estima, porque você fica parecendo um montagem mal feita (tipo 
aquelas feitas no paint por uma criança de 10 anos). Trasmitida de forma similar as 
doenças respiratórias, prevenção é por vacinação. 
Herpes é causada pelo vírus Varicela-Zóster, sua transmissão é por fluídos corporeos 
como salíva, sangue e muco. Acomete principalmente as mucosas como a boca/ânus 
e genitálias, pode ser transmitido de forma sexual,, no entanto não é exclusivamente 
dessa forma. Diferente de outras doenças virais, a herpes não é auto limitada, 
entrando em um processo cronico de infecção, com períodos de latência intercalados 
por períodos de replicação intensa. Pode se apresentar como a herpes simples 1 que 
é a oral, com lesões dolorosas, assemelhando-se a uma colmeia de abelha, na região 
entre o lábio e o rosto na maioria das vezes. Ou herpes simples 2, com lesões nos 
orgão genitais e ânus, com dor intensa e pustulas dolorosas. Um simples contato das 
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mãos com as vesículas pode transferir o vírus para outras áreas do corpo, inclusive os 
olhos e também para parceiros em contato pele com pele ou mucosa. O periodo de 
sinais e sintomas da herpes podem durar de 7 a 14 dias em pessoas não 
imunossuprimidas. O vírus aparece próximo a áreas de mucosa e sempre retorno, por 
conta de se encontrar de forma latente, nos ganglios nervosos próximos a área de 
infecção inicial, essas áreas podem ser no nervo trigêmio do rosto ou mesmo na parte 
dos nervos próximos a virilha. Não possuiu cura e seu tratamento é sintomático, com a 
utilização do medicamento antiviral aciclovir de forma tópica (na pele,
sobre a ferida) e 
administração de analgésicos para a dor local. A profilaxia é feita por habitos de 
higiene e a utilização de preservativo durante o ato sexal. 
Doenças transmitidas por veículação hidríca, também chamada de 
transmissão fecal-oral. 
Gastroenterites virais são transmitidas por diversos tipos de vírus, tais como 
arenavirus e adenovírus. São os responsáveis pelas gastroenterites auto limitadas, 
com presença de vômito e diarreia intensa, com duração de 2 a 3 dias. Acompanhada 
por enjôos, dor de cabeça e mal estar. Forma de tratamento é a ingestão de líquidos 
como água, suco, líquidos eletrolíticos (gatorade e afins), ou mesmo soro de forma 
oral ou intravenosa. 
Hepatites virais, no caso as hepatites auto limitadas, que são a Hepatite A causada 
pelo Picornavirus, e a Hepatite E causada pelo vírus da hepatite E, da família 
Calciviridae, esse além da transmissão por água, também possui transmissão 
zoónotica (por animais) no caso, pela carne não cozida de porco. Os sintomas dessas 
hepatites são bem similares, com dor no corpo, febre alta, hepatomegalia (aumento do 
fígado), aumento das transaminases do fígado (enzimas responsáveis pelo 
funcionamento normal do fígado), ectericia (bilirrubina se espalhando pelo corpo e 
dando a coloração amarelada, principalmente na pele e na esclera). Sendo auto 
limitada, em torno de 7 a 14 dias a infecção, no entanto em pacientes 
imunossuprimidos ou transplantados, ocorre a cronificação da Hepatite E. O 
tratamento é sintomatico, com analgésico e antipirético. Nos casos de falência do 
fígado é necessário transplante. A profilaxia é realizada por hábitos de higiene 
corretos, tais como lavar as mãos após ir ao banheo, tratamento de esgoto e água e 
ingestão de carne de porco bem cozida. Para a Hepatite A, já existe vacina, essa já 
consta no calendário vacinal infantil brasileiro desde 2014. 
Doenças sexualmente transmissíveis 
Hepatites B, C e D, elas são trasmitidas por fluídos corporeos e sangue. Sendo a 
Hepatite B causada pelo Hepadnavírus, a Hepatite C por vírus do genero Flaviviridae. 
A Hepatite D é causada por um viroíde que são vírus incompletos, que necessitam de 
outros vírus para conseguir infectar uma celula e assim se multiplicar, por isso, 
geralmente quem tem Hepatite D, também tem Hepatite B ou C. Todas essas 
hepatites cronificam e podem levar a esteatose hepática (gordura no fígado) ou 
mesmo dano hepático significativo a longo praso, sendo assim necessário transplante. 
Os principais sintomas são iguais aos da Hepatite A e E, mas os sinais e sintomas 
podem perdurar por até 30 dias. A profilaxia é bons hábitos de higiene, sexo com 
proteção (camisinha) e não compartilhamento de seringas e agulhas. No caso da 
Hepatite B, já há vacina disponível na rede púlica de saude, sendo necessárias 3 
doses para garantir uma imunidade de longo prazo, prestem atenção a sua caderneta 
de vacinação! 
 INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 9 
 
 
HTLV é uma doença transmitida por fluídos corporeos e sangue, causado pelo vírus 
linfotrópico da célula T humana. Sendo ele um primo do HIV, e também um dos 
chamados retrovírus. A contaminação ocorre da mãe infectada para o recém-nascido 
(Transmissão Vertical), principalmente pelo aleitamento materno. De forma sexual, por 
relação desprotegida (sem camisinha) com uma pessoa infectada e o 
compartilhamento de seringas e agulhas. Sua celula alvo são os linfócitos T, os sinais 
e sintomas são em geral assintomáticos (não sentem nada), no entanto 10% dos 
infectados apresentarão algumas doenças associadas a esse vírus, entre as quais 
pode-se citar, doenças neurológicas; oftalmológicas; dermatológicas; urológicas e 
hematológicas tais como leucemia ou linfoma associada ao HTLV. O tratamento é 
direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV. 
HIV é uma doença transmitida por sexo desprotegido ou sangue. Causada pelo vírus 
da imunodeficiência humana. É um doença crônica, sem cura, que leva a total ou 
parcial destruição do sistema imunológico. Por vezes levando o indívido contaminado 
a morte, não pela infecção pelo vírus, mas por infecções oportunistas de bacterias, 
fungos, protozoários ou mesmo outros vírus. É um vírus altamente mutável, sendo 
assim extremamente difícil de se desenvolver uma vacina. O tratamento é feito apartir 
de um coquetel, constante de 2 a 4 tipos diferentes de antivirais, e comprimidos de 
vitaminas. Não há cura, e o tratamento apenas mantém o bem estar do paciente, 
como um vírus altamente mutável, de uma semana para outra o tratamento já pode se 
tornar obsoleto e a pessoa adoecer. Apenas 2 realatos de diminuição total da viremia 
em pacientes HIV positivos, no entanto, esses casos não são considerados cura. Pois 
um dos casos foi um bebê recém nascido que iniciou ainda no ventre da mãe, o 
tratamento antiviral, que depois foi continuado após o nascimento, não tendo 
apresentado o vírus na corrente sanguínea mesmo um ano após o tratamento. O outro 
caso foi de um paciente HIV positivo, que teve desnvolvimento de um linfoma das 
células T, durante a quimioterapia teve seu sistema imunológico completamente 
depledado (destruído), e seu doador é um dos chamados ∆32, que são pessoas com 
uma mutação rara no receptor da celula, que o HIV usa para infectar as celulas do 
sistema imunologico (linfócito T, monócitos, macrofágos e celulas dendriticas, que são 
as celulas alvo do HIV), pessoas com essas mutação são incapazes de se contaminar 
com o HIV. No entanto essas pessoas são raras e não recomendo que se teste a sorte 
para saber se você é um ∆32 ou não, pois você pode ser um dos suscetíveis ao vírus, 
e após o período de janela imunológica (tempo que o HIV leva para se replicar nas 
celulas e nesse período ele não é detectado pelos testes sorologicos ou teste rápido, 
no entanto uma pessoa contaminada pode transmitir o vírus mesmo nesse período), 
podendo ficar muito doente e vir a óbito rapidamente. Não existe vacina, e os esforços 
para a criação de uma, ainda estão bem distantes. A profilaxia é o não 
compartilhamento de seringas, cortadores de unha, alicates de cutícula e relação 
sexual protegida com camisinha. 
Papiloma vírus humano (HPV), é o vírus causador das verrugas, do câncer do colo 
do útero e do condiloma acumilado. Sua transmissão é sexual ou por fluídos corpores 
como sangue. A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. 
Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais 
(visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu). 
Como o HPV não apresenta sinais ou sintomas, a pessoa contaminada não sabe que 
têm o vírus, mas pode transmiti-lo. As lesões visíveis pode acometer vulva, vagina, 
colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou 
região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas 
extragenitais, como conjuntivas e mucosas nasal, oral e laríngea. 
 INSTITUTO DE ENSINO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA pag 10 
 
 
 
Mais raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem 
desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória 
Recorrente). O tratamento das verrugas anogenitais (região genital e ânus) é a 
destruição das lesões. Independentemente da realização do tratamento, as lesões 
podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume. 
No entanto isso não elimina o vírus e novas verrugas podem aparecer. O diagnóstico 
do HPV é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo 
das lesões (clínicas ou subclínicas). Lesões clínicas, podem ser diagnosticadas por 
meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino) e 
dermatológico (pele). Lesões subclínicas, podem ser diagnosticadas por exames 
laboratoriais, como o exame preventivo Papanicolau (citopatologia),
colposcopia, 
peniscopia e anuscopia, e também por meio de biopsias e histopatologia, a fim de 
distinguir as lesões benignas das malignas. A profilaxia da-se pela vacinação, já 
disponível na rede pública de saúde, exame preventivo do câncer do colo do útero, no 
caso o papanicolau para as mulheres, e a utilização de camisinha. 
Com isso terminamos a aula sobre vírus, aqui embaixo tem o link sobre os 
casos de HIV relatados acima. 
https://saude.abril.com.br/medicina/crianca-com-hiv-nao-tem-mais-sinais-do-virus-
mesmo-sem-remedios/ 
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/ja-houve-alguem-que-se-curou-da-aids/ 
 
Até a próxima aula pessoal! 
 
 
 
Referências de imagens 
http://slideplayer.com.br/10280578/33/images/31/O+v%C3%ADrus+podem+ser+de+R
NA+%2 
https://www.infoenem.com.br/wp-content/uploads/2016/10/estrutura_virus.jpg 
https://pontobiologia.com.br/wp-content/uploads/2017/10/Captura-de-ecr%C3%A3-
2017-01-29-%C3%A0s-15.25.14.png 
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