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COMUNICAÇÃOE-INFORMÁTICA-EM-EAD

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SUMÁRIO 
1 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM .................................................... 3 
2 A CULTURA OU “AS CULTURAS” ...................................................................... 7 
3 FORMAS DE SE COMUNICAR NO AMBIENTE EDUCACIONAL: PROJETO 
POLÍTICO PEDAGÓGICO ................................................................................................... 13 
4 A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO NA ESCOLA ....... 15 
5 ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO .... 18 
6 ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR PARA A 
CONSTRUÇÃO DO PPP ..................................................................................................... 19 
7 ALGUMAS ESTRÁTEGIAS PARA A MOBILIZAÇÃO DA MOBILIZAÇÃO DA 
COMUNIDADE ESCOLAR .................................................................................................. 21 
8 ELABORAÇÃO DO PPP .................................................................................... 22 
9 DEFINIÇÃO DE UM MARCO REFERENCIAL ORIENTADOR DO PPP............. 23 
10 MARCO REFERENCIAL DO PPP .................................................................. 26 
10.1 Marco situacional ..................................................................................... 26 
10.2 Marco doutrinal ........................................................................................ 27 
11 ELABORANDO UM DIAGNÓSTICO OU CONHECENDO A REALIDADE DA 
ESCOLA 28 
12 SUGESTÕES DE DIMENSÕES E INDICADORES E PARA ANÁLISE DA 
REALIDADE ESCOLAR ...................................................................................................... 33 
13 ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE AÇÃO ..................................................... 35 
14 PLANO DE AÇÃO .......................................................................................... 36 
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 38 
 
 
 
 
1 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
 
Fonte: parquedaciencia.blogspot.com.br 
Com a "emergência das novas tecnologias informacionais, o conhecimento 
passou a ocupar o centro das atenções" (MACHADO,1997, p. 15). Esse conhecimento 
deixa de ser um "sistema de manufatura centralizado" para se tornar um processo 
global dirigido ao consumidor da atividade de pesquisa, de exploração e de interação 
que, conforme analisa RASCHKE (1998, p.14), no seu estudo sobre a Terceira 
Revolução do Conhecimento, passa a ser a marca de uma nova era, ou o estopim de 
uma nova revolução. Das duas revoluções anteriores, a primeira resultou do uso da 
linguagem pelo ser humano (que passou a viver em comunidades rurais), que é vista 
como ”o principal fator que distingue os primeiros humanos de seus antepassados 
pré-humanos”; a segunda resultou da invenção da escrita, que permitiu o surgimento 
de complexos urbanos e possibilitou que a informação e a comunicação estivessem 
em repositórios padronizados, compondo imensos bancos de dados, cujo controle e 
gerenciamento sempre foi controlados por poucos. 
A Terceira Revolução é marcada pelo constante avanço das redes de 
computadores que têm uma capacidade cada vez maior de processamento e 
armazenamento de dados, criando uma dimensão totalmente nova na explosão da 
informação, uma vez que os computadores podem potencializar a níveis não 
imagináveis a habilidade do ser humano “de investigar, analisar e utilizar grandes 
quantidades de informação existente" (ROBERTSON, 1998:24). 
http://parquedaciencia.blogspot.com.br/2013/02/o-uso-de-ambientes-virtuais-de.html
 
 
 
Fonte: www.educacao.cc 
Muitos estudiosos, nos centros de pesquisas de Universidades americanas e 
europeias, desenvolvem programas para mapear o ciberespaço, atlas de mapas e 
representações gráficas desses novos territórios eletrônicos da Internet, que nos 
permitem visualizar o que são essas conexões (Figs. 1, 2 e 3). 
 
 
Fonte: www.opte.org 
Na Figura 1, cada cor representa conexões em uma parte do Mundo. As 
conexões na Ásia Pacifica estão assinaladas em vermelho; as da Europa Oriental, da 
Ásia Central e da África, estão em verde; as da América do Norte, em azul e as da 
 
 
América Latina e Caribe, estão em amarelo. As conexões desconhecidas estão 
assinaladas em branco. 
A Figura 2 mostra o trabalho de medição e mapeamento da estrutura e do 
desempenho da Internet global realizada por Stephen Coast, dando continuidade a 
estudos sobre o mapeamento da Internet realizados por pesquisadores da Bell Labs, 
nos Estados Unidos. 
 
 
Fonte: www.cybergeography.org 
A Figura 3 mostra a topologia de uma rede experimental, gerenciada pelo 
Departamento de Computação da Lancaster University, na Inglaterra. Há um 
constante acompanhamento do fluxo das conexões entre os diversos departamentos 
da Universidade. 
Esses mapas podem dar a ideia das milhões de conexões que se realizam no 
ciberespaço. Por que não usar esse mesmo ciberespaço para se desenvolver 
conexões educacionais? 
Uma nova sociedade vai se configurando neste início de século, uma sociedade 
que pode "representar uma transformação qualitativa da experiência humana" e que 
devido a "uma convergência da evolução histórica e da transformação tecnológica” 
permite que se desenvolva “um modelo genuinamente cultural de interação e 
 
 
organização social. Por isso é que a informação representa o principal ingrediente de 
nossa organização social e os fluxos de mensagens e imagens entre as redes 
constituem encadeamentos básicos de nossa estrutura social “(CASTELLS, 
1999:505)”. 
Assim, através da Internet, essa rede de redes de computadores, com milhões 
de usuários, tem-se o acesso a qualquer tipo de informação disponibilizada em bancos 
de dados espalhados por todo o mundo permitindo um fluxo crescente de 
informações. Derrick Kerckhove trata da Internet sob outra perspectiva; ele a descreve 
como "um cérebro que não para de trabalhar, de pensar, de produzir informação, de 
analisar e combinar" (KERCKHOVE, 1996, p. 91), considerando-a não o suporte, mas 
o agente. A Internet passa a ser compreendida como o ciberespaço, 
 
 
Fonte:www.google.com.br 
O novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos 
computadores. O termo especifica não apenas a infraestrutura material da 
comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que 
 
 
ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse 
universo (LÉVY, 1999:17). 
O ciberespaço permite comunicações "sem as limitações de tempo, espaço, 
personalidade ou corpos, religião ou nacionalidade", permitindo interação e 
"feedback" imediatos (RUSHKOFF, 1995, p.34) 
Mais importante do que a tecnologia ou a infraestrutura, o importante é que 
novos ambientes se desenvolvem virtualmente e, neles as relações humanas podem 
se tornar mais profundas, apesar de, aparentemente, revelarem uma superficialidade 
assustadora. 
As inter-relações daqueles que se conectam, suas produções individuais e/ou 
conjuntas, as trocas on-line e off-line disponibilizadas e compartilhadas nesse imenso 
espaço virtual, podem ser orientadas para uma significativa melhoria do ser humano. 
2 A CULTURA OU “AS CULTURAS” 
 
Fonte: www.xalingo.com.br 
A partir dos significados encontrados em diversos autores como SANTAELA 
(1996, p.9), CHISOLM (1994, p.21), LINTON (1970), NASSIF (1977, p.70) e BOSI 
(1982, p.152), conclui-se que cultura é o resultado da produção humana que incorpora 
os sistemas de significações, valores, crenças, comportamentos e formas de 
comunicação de um mesmo grupo em um espaço compartilhado. 
 
 
Contudo, neste início do século XXI, professores e alunos deparam-se com 
uma grande complexidade e percebem que não há uma cultura, mas um espectro 
multicultural amplo desenvolvido principalmente noscentros urbanos devido à 
afluência cada vez maior de migrantes advindos das mais diversas regiões, 
principalmente da área rural e pobre, trazendo sua herança cultural. Segundo ZOYA 
(1997), setenta por cento da população latino-americana se encontra nas regiões 
metropolitanas e coloca-se em contato com as redes nacionais e transnacionais que 
provocam reorganizações dos conteúdos, práticas e rituais dessa população. Grande 
parte da população passa do rural para o urbano, expondo-se e participando de uma 
articulação globalizada das unidades de produção, circulação e consumo de 
mercadorias e de mensagens culturais estranhas à sua cultura original (CANCLINI, 
1998). 
Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação, a cultura de massa 
entra na casa dos brasileiros dos mais diferentes níveis sociais e as manifestações 
culturais populares e clássicas passam a sofrer alterações dando origem a uma 
indústria cultural que, ao mesmo tempo em que influência, recebe influências de todos 
os tipos de cultura que convivem nessa globalização cultural. Assiste-se, na verdade, 
uma adaptação da cultura popular e do folclore (BOSI, 1987) e uma resistência que 
permite que as camadas mais populares absorvam a modernidade. Trabalhem seu 
folclore até como forma de sobrevivência nesse novo contexto, fazendo surgir formas 
híbridas de cultura em paralelo. Deparamos com uma cultura em construção 
permanente com a contribuição das multiculturas afetadas não só pela globalização, 
mas também pela desterritorialização. 
 
 
 
 
Fonte: vestibularetecap.webnode.com.br 
Constata-se que, em paralelo, se desenvolveram outros tipos de culturas, como 
uma cultura própria dos jovens e uma cultura das mídias. Há um entrelaçamento cujo 
ponto em comum é a comunicação. 
É relevante destacar que a "cultura das mídias", em que se apresentam 
diversos veículos de comunicação com seus respectivos códigos e processos sígnicos 
interagindo, provoca uma recepção perceptiva e comunicacional diferenciada. Assim, 
as atividades sociais veem-se fortemente reorganizadas em função da sua exposição 
às mídias. DRUMMOND (1996) atenta para o fato de não só o tempo familiar se 
reorganizar em função da TV, do videogame - a que se acrescenta o uso do 
computador, o acesso à Internet bem como a própria disposição do espaço. As casas 
de classe média têm não só um lugar para uma audiência coletiva dos programas de 
TV, como apresentam espaços individuais que atendam aos interesses dos diversos 
membros da família, quer no uso da TV, do vídeo, do vídeo game ou do computador. 
As favelas, em muitos centros urbanos, no Brasil, são marcadas pela grande 
quantidade de antenas de TV e, em muitas, os computadores, refugos de empresas 
que se modernizaram, já tem seu lugar; na zona rural, no litoral, ou nos centros 
urbanos as antenas parabólicas são uma nova marca na paisagem. Até mesmo, em 
restaurantes e bares, a presença do aparelho de TV, por meio do qual se acessa tanto 
a TV aberta como a TV a cabo faz parte da decoração. Os cybercafés proliferam, as 
Lan Houses multiplicam-se. 
 
 
Da mesma forma, nos videogames, em aparelhos discretos ou acessados pela 
Internet, a Realidade Virtual possibilita a realização de experiências multissensoriais 
interativas buscando dar ao usuário a sensação de realismo. Muitas vezes, através 
da imersão total, promove uma experiência sensorial, emocional e racional 
transformando a produção simbólica em experiência direta. A Realidade Virtual pode 
ser tão importante quanto foi no Renascimento a pintura em perspectiva. Ainda mais 
quando está Realidade Virtual permite o acesso a lugares e dimensões que o corpo 
humano não pode acessar fisicamente, "trazendo novas perspectivas a velhos 
problemas" (RUSHKOFF, 1995:42-42). 
As redes de comunicação, as novas tecnologias digitais afetam a cultura jovem 
de maneira marcante. A forma de compreensão sofre alterações nessas sociedades 
em que convivemos com múltiplos sons, imagens e textos orais, escritos e 
digitalizados. Essa cultura têm a marca do sensorial e a sua leitura de mundo é muito 
diferente da leitura de mundo de seus pais e de seus professores. Daí, que resulta 
muito mais uma audição oral do que uma audição letrada, isto é, presta-se muito mais 
atenção ao som da comunicação do que ao conteúdo verbal. 
KERCKHOVE (1995) chama atenção para a diferença entre a audição oral e a 
audição letrada, caracterizando a oral como "global e compreensiva", atenta "às 
situações concretas", "cosmocêntrica e espacial", que "procura imagens", e que é 
partilhada "coletivamente", e a letrada como “especializada e seletiva", "independente 
do contexto", "linear, temporal e logocêntrica”, que procura "conceitos" e que é "detida 
individualmente". 
Como em nenhuma outra época, os jovens participam como emissores e 
receptores dessa cultura midiática compondo uma "cultura dos jovens", 
Uma exposição de jovens às representações emocionais, intelectuais 
e sociais dos sistemas de comunicação de massa como ambientes 
complexos para a identificação pessoal como sujeitos humanos no seu 
amadurecimento como adulto (DRUMOND, 1995:7). 
Nesse contexto, os professores podem tirar proveito dessa cultura, a partir da 
exploração do ciberespaço. Através da criação, nos "mundos-redes, das classes 
virtuais, dos tele encontros, dos ambientes virtuais de aprendizagem colaborativos. 
Esses ambientes são possíveis através da intervenção humana organizada e 
intencional. Não basta que a infraestrutura exista, é necessário um projeto de 
utilização dessa infraestrutura para que aconteçam as reuniões de trabalho, os 
 
 
encontros de estudo, os grupos de aprendizagem “on-line”, para que, como diz 
PISCITELLI (1995) às conversas eletrônicas sejam realmente produtivas. 
Os meios de comunicação fazem a mediação entre homens, mulheres e o 
mundo, ao divulgarem informações; ao produzirem novas informações; ao 
transformarem os acontecimentos em mercadorias de informação ou de 
entretenimento. Porém, toda essa informação, muitas vezes, é confundida e tomada 
como conhecimento (BACEGA, 1997). É preciso, portanto, atentar-se para a 
qualidade da informação disponibilizada, veiculada, acessível pelas redes de 
computadores, pela TV, pelos jornais, enfim, por diferentes mídias. 
Ao criarem-se ambientes virtuais de aprendizagem, é importante que tanto os 
professores quanto os alunos tenham a mesma atitude que o historiador desenvolve 
durante a sua formação e adota em seu trabalho, a atitude crítica diante de uma nova 
fonte. Ao se examinar um documento (verbal, sonoro, imagético, enfim, de qualquer 
natureza), deve-se realizar uma crítica externa e uma crítica interna. A crítica externa 
se refere à autenticidade, à pertinência, à historicidade do documento e à integridade, 
à confiabilidade, à competência de seu autor. A crítica interna se coloca em relação 
ao conteúdo do documento, isto é, à informação propriamente dita, considerando sua 
lógica, sua veracidade, sua legalidade, etc. 
A partir dessa perspectiva, são aplicados os mesmos procedimentos na 
avaliação da informação acessada na Internet, uma vez que qualquer indivíduo que 
tenha acesso às redes de computadores (quaisquer tipos de redes) pode disponibilizar 
qualquer tipo de dados e de informação e torná-los disponíveis a todos os seus 
usuários. Em muitos servidores de rede, na Internet, não há censura, triagem ou outro 
tipo de filtragem, assim, plágios, fraudes, inverdades, manipulações podem ser 
disponibilizadas. Não só nas redes de computadores, esse perigo está presente, mas 
a incidência em outras mídias é menor, uma vez que os jornais, revistas, livros, ou 
programas de rádio, de televisão têm editores que são responsáveis pela sua 
veiculação, ou a filtram a partir de sua ideologia e/ou de sua filosofia de comunicação. 
Os ambientes virtuais de aprendizagem colaborativos permitem alunos e 
professores pensarem, refletirem,analisarem as informações recolhidas nas revisões 
bibliográficas, nas listas de discussão, nos bancos de dados. Permitem, ainda, 
relacionarem esse novo conhecimento ao seu conhecimento anterior, às outras 
informações disponíveis e construírem novos conhecimentos; produzirem novos 
documentos, disponibilizando-os no ciberespaço e/ou nos espaços tradicionais para 
 
 
que venham alimentar uma inteligência coletiva que, por sua vez, propiciará novos 
acessos, novos pensares, novas construções, novas produções e comunicações em 
um verdadeiro círculo construtivo e emancipador, uma inteligência coletiva dentro de 
sua própria cultura que manterá conexões com outras culturas, sem no entanto, 
perder a sua característica territorial. 
Por outro lado, cada vez mais, pesquisadores brasileiros na área das Ciências 
Humanas, como DEMO (1996) e PIMENTA & ANASTASIOU (2002), insistem na 
necessidade de os professores integrarem a sua prática pedagógica à pesquisa em 
Educação. Essa integração se faz necessária e urgente respondendo a um 
compromisso social que a pesquisa deve ter. As instituições de fomento são, em geral, 
mantidas por verbas que o Estado direciona para a pesquisa, mas o que se tem 
assistido, principalmente nas Ciências Humanas, são projetos de pesquisas 
descolados da realidade social, ou projetos - que se arrastam por anos - e cujos 
resultados vão para as estantes das Universidades ou dos Institutos de pesquisas 
onde serão esquecidos sem promover impactos transformadores na sociedade. 
No ciberespaço, os resultados das pesquisas podem retornar ao campo 
pesquisado e fornecer dados e direcionamentos para mudanças necessárias em 
tempos bastante reduzidos, dando uma nova dimensão para a pesquisa. Os 
professores podem estar pesquisando sua própria prática, através da abordagem de 
investigação-ação, tornando seus alunos parceiros de pesquisa, iniciando-os como 
pesquisadores e desenvolvendo novas competências (conhecimentos, habilidades e 
atitudes) que lhes poderão ser úteis na sua vida como cidadão e como profissional. 
 
 
3 FORMAS DE SE COMUNICAR NO AMBIENTE EDUCACIONAL: PROJETO 
POLÍTICO PEDAGÓGICO 
 
Fonte: belem.ifpa.edu.br 
Considerando o Projeto Político Pedagógico essencial para o bom 
funcionamento da escola, faremos uma abordagem teórica acerca do tema, que diante 
dos desafios da pós-modernidade é considerado pertinente a todos os envolvidos no 
processo educacional. 
O Projeto Político Pedagógico é antes de tudo a expressão de autonomia da 
escola no sentido de formular e executar sua proposta de trabalho. É um documento 
juridicamente reconhecido, que norteia e encaminha as atividades desenvolvidas no 
espaço escolar e tem como objetivo central identificar e solucionar problemas que 
interferem no processo ensino aprendizagem. Esse projeto está voltado diretamente 
para o que a escola tem de mais importante “o educando” e para aquilo que os 
educandos e toda a comunidade esperam da escola – uma boa aprendizagem. 
O Projeto Político Pedagógico é um caminho traçado coletivamente, o qual se 
deseja enveredar para alcançar um determinado objetivo. Deste modo, ele deve existir 
antes de tudo porque define-se como ação que é anteriormente pensada, idealizada. 
É tudo aquilo que se quer em torno de perspectiva educacional: a melhoria da 
qualidade do ensino através de reestruturação da proposta curricular da escola, de 
ações efetivas que priorize a qualificação profissional do educador, do compromisso 
em oportunizar ao educando um ensino voltado para o exercício da cidadania, etc. É 
através de sua existência que a escola registra sua história, pois é conhecido como 
http://belem.ifpa.edu.br/projeto-politico-pedagogico/64-ppp/259-o-que-e-o-ppp
 
 
“um conjunto de diretrizes e estratégias que expressam e orientam a prática político-
pedagógica de uma escola”. 
É um processo inacabado, portanto contínuo, que vai se construindo ao longo 
do percurso de cada instituição de ensino. O projeto se dá de forma coletiva, onde 
todos os personagens direta ou indiretamente, pais, professores, alunos, funcionários, 
corpo técnico-administrativo são responsáveis pelo seu êxito. Assim, sua eficiência 
depende, em parte, do compromisso dos envolvidos em executá-lo. 
 
 
Fonte: entidadesdemocraticascanoinhas.blogspot.com 
Veiga (2001), define o Projeto Político Pedagógico assim: Etimologicamente o 
termo projeto - projetare – significa prever, antecipar, projetar o futuro, lançar-se para 
frente. A partir desse entendimento, construímos um projeto quando temos uma 
demanda para tal, quando temos um problema. Assim, falar de projeto é pensar na 
utopia não como o lugar do impossível, mas como o possível de ser realizado e não 
apenas do imaginário e desmedido como apresenta inicialmente. O desejo de 
mudança, a possibilidade real de existir. 
O projeto é político por estar introjetado num espaço de sucessivas discussões 
e decisões, pois o exercício de nossas ações está sempre permeado de relações que 
envolvem debates, sugestões, opiniões, sejam elas contra ou a favor. A participação 
de todos os envolvidos no Projeto Político Pedagógico da escola, as resistências, os 
conflitos, as divergências são atos extremamente políticos. Logo, concordamos com 
Aristóteles, quando afirma que “todo ato humano é um ato político”. 
http://entidadesdemocraticascanoinhas.blogspot.com.br/2012/06/cartilha-o-conselho-escolar-na-gestao.html
 
 
O projeto é pedagógico por implicar em situações específicas do campo 
educacional, por tratar de questões referentes à prática docente, do ensino 
aprendizagem, da atuação e participação dos pais nesse contexto educativo, enfim, 
de todas as ações que expressam o compromisso com a melhoria da qualidade do 
ensino. 
A dimensão política, a forma social é a forma coletiva, na qual alunos, 
professores, supervisores, orientadores, funcionários e responsáveis por alunos 
discutem o Projeto Político Pedagógico. Todos nós planejamos nosso dia-a-dia, 
sistematicamente ou não. É através das discussões e das necessidades individuais, 
tornadas coletivas, que o Projeto Político Pedagógico passa a ser desenhado na 
cabeça das pessoas. Ao referir-se a essas dimensões política e pedagógica do 
Projeto, encontramos em Marques apud Silva (2000), apoio, quando expressa: O 
projeto político pedagógico tem um caráter dinâmico e não acontece porque assim 
desejam os administradores, mas porque nos preocupamos com o destino das nossas 
crianças, da escola e da sociedade e ansiamos por mudanças. 
4 A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO NA ESCOLA 
 
Fonte: colegiopaulofreiresj.com.br 
A construção do Projeto Político Pedagógico surge a partir da necessidade de 
organizar e planejar a vida escolar, quando o improviso, as ações espontâneas e 
casuais acabam por desperdiçar tempo e recursos, os quais já são irrisórios. Sendo o 
Projeto Político Pedagógico a marca original da escola, ele pode propor oferta de uma 
educação de qualidade, definindo ou aprimorando seu modelo de avaliação levando 
http://colegiopaulofreiresj.com.br/proposta-pedagogica/projeto-politico-pedagogico/
 
 
em consideração os principais problemas que interferem no bom desempenho dos 
alunos; estabelecer e aperfeiçoar o currículo voltado para o contexto sociocultural dos 
educandos; apontar metas de trabalho referentes à situação pedagógica, 
principalmente no que se refere às experiências com metodologias criativas e 
alternativas. Em função disso, é que se considera importante estruturar os princípios 
que norteiam as práticas educacionais. 
O projeto deve ser construído tendo por base tarefas simples, passíveis de 
serem executadas no dia a dia da escola. Mas ele não dispensa o planejamento 
cuidadoso, a imaginação criadora e o espírito de equipe. 
Entretanto, o mais importante para a escola, não é apenas construir um Projeto 
Político Pedagógico, mas o fazer educativo, a sua aplicabilidade.Não se realiza o 
Projeto Político Pedagógico somente porque os órgãos superiores o solicitam à 
escola, mas porque a comunidade escolar dá um basta à mesmice, à organização 
burocrática, à condução autoritária e centralizadora das decisões. 
Mas, sabemos que não é uma tarefa fácil, o processo exige ruptura, 
continuidade, sequência, interligação, do antes, do durante e do depois, é um avançar 
continuado. São mudanças que muitas vezes não são bem aceitas pela comunidade 
escolar, porque dá ideia de mais trabalho, mais tempo, mais custos, daí o porquê da 
resistência de alguns. Referindo-se a essa ideia, exprime Gadotti e Demo (1998), 
comenta que o Projeto Político Pedagógico é como um farol de mudanças, pois define 
pontos importantes para a educação básica como “A instrumentalização pública mais 
efetiva da cidadania e da mudança qualitativa na sociedade e na economia”. Para ele, 
esses aspectos são primordiais no sentido de oportunizar a formação do sujeito 
competente e viabilizar uma educação centrada na construção da qualidade, 
considerando que a escola é um espaço adequado onde se processa a capacidade 
de manejar e produzir conhecimento, pois dela se espera construir o conhecimento, 
em vez de apenas reproduzir. 
O Projeto Político Pedagógico é um meio eficaz para a superação da ação 
fragmentada tanto na educação quanto na escola, motivando e reanimando o ânimo 
de toda a comunidade escolar, onde cada um tenha o sentido da pertença, sentindo-
se corresponsáveis pelo crescimento e pela melhoria do ensino. O compromisso do 
professor é grande, podendo contribuir para que a escola seja um lugar de 
crescimento e humanização. Assim, é importante primar pela sua atualização 
constante, buscando referências e apoios didáticos que servirão de subsídios para 
 
 
inovar sua prática docente; trabalhar coletivamente, priorizar espaço onde possa 
vivenciar e fazer troca de experiências, revisando sempre sua formação. 
Ao elaborar e executar o seu PPP a escola deverá destacar: 
• Os fins e objetivos do trabalho pedagógico, buscando a garantia da igualdade 
de tratamento, do respeito às diferenças, da qualidade do atendimento e da liberdade 
de expressão; 
• A concepção de criança, jovens e adultos, seu desenvolvimento e 
aprendizagem; 
• As características da população a ser atendida e da comunidade na qual se 
insere; 
• O regime de funcionamento; 
• A descrição do espaço físico, das instalações e dos equipamentos; 
• A relação de profissionais, especificando cargos, funções, habilitação e níveis 
de formação; 
• Os parâmetros de organização de grupos e relação professor/ aluno; 
• A organização do cotidiano de trabalho com as crianças, jovens e adultos; 
• A proposta de articulação da escola com a família e a comunidade; 
• O processo de avaliação, explicitando suas práticas, instrumentos e registros; 
• O processo de planejamento geral. 
• Trazer anexos como: a Matriz Curricular vigente e Projetos Especiais a serem 
desenvolvidos. 
O PPP e o Regimento Escolar das unidades escolares deverão estar: 
• consonantes com as leis vigentes (Lei 9394/96; 11.274/06; Estatuto da 
Criança e do Adolescente, Resoluções do CME 002/98; 03/99 e 06/99; Diretrizes 
Nacionais para a Educação Infantil, para o Ensino Fundamental de Nove Anos, a 
Educação de Jovens e Adultos - EJA, Diretrizes Municipais para a Inclusão da História 
e Cultura Afro Brasileira e Africana no Sistema Municipal de Ensino de Salvador, Lei 
10639/03 e as Diretrizes Municipais do Meio Ambiente. 
• disponíveis para a comunidade escolar, as autoridades competentes e para 
os pais dos alunos interessados em conhecer os documentos. 
 
 
 
5 ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
 
Fonte: jardimescolamunicipaltiaalice.blogspot.com.br 
1. Apresentação ou Introdução (nela devem constar dados sobre o espaço 
físico, instalações e equipamentos, relação de recursos humanos, especificando 
cargos e funções; habilitações e níveis de escolaridade de cada profissional que 
presta serviço na instituição. 
2. Breve histórico da unidade escolar 
3. Eixo norteador da escola (é o que a diferencia das demais, a sua identidade 
e função no meio social onde está inserida) 
4. Valores e Missão da escola 
5. O que queremos? (Marco doutrinal). É a busca de um posicionamento: 
Político - visão ideal de sociedade e de homem 
Pedagógico – definição sobre a ação educativa e sobre as características que 
deve ter a instituição que planeja. 
Ou seja: - os princípios 
As teorias de aprendizagem 
O sistema de avaliação 
6. O que somos? (Marco situacional) O diagnóstico da realidade da escola. É a 
busca das necessidades a partir da análise da realidade e/ou juízo sobre a realidade 
da escola, comparação com o que se deseja ser). 
http://jardimescolamunicipaltiaalice.blogspot.com.br/2012/08/projeto-politico-pedagogico.html
 
 
7. O que faremos? (Marco operativo) Programação do que deve ser feito 
concretamente para suprir as faltas. É a proposta de ação. Que mediações 
(conteúdos, metodologias e recursos) serão necessários para diminuir a distância 
entre o que vem sendo a instituição e o que deverá ser. Ou seja, a Proposta Curricular 
- organização da escola organização do trabalho processos de avaliação 
A proposta curricular deve estar diretamente relacionada aos pressupostos 
teóricos estabelecidos pela instituição, sem perder o foco nos objetivos, conteúdos e 
avaliação por segmento e área de conhecimento. 
8. Anexos 
Matriz curricular 
Marcos de aprendizagem 
Projetos especiais 
Outros 
6 ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR PARA A 
CONSTRUÇÃO DO PPP 
 
Fonte: espanholgestao2013.blogspot.com.br 
Para mobilizarmos a comunidade escolar para a construção coletiva do PPP é 
necessária à utilização de um conjunto de ações articuladas entre si, o que significa a 
necessidade de uma vinculação estreita entre objetivos da mobilização e meios 
usados para tal fim. 
http://espanholgestao2013.blogspot.com.br/2013/06/a-relacao-escola-x-familia-x-comunidade.html
 
 
O coletivo de organização da mobilização para a construção do PPP na escola 
deve procurar planejar sua ação com base em algumas referências: 
* qual a melhor maneira de mobilizarmos as famílias? Os estudantes? E os 
“pequenos” estudantes? Os funcionários? E os professores? 
* qual a melhor forma de comunicação a ser utilizada? 
* qual o conteúdo dessa comunicação? 
* poderemos usar a mesma estratégia para todos os segmentos da comunidade 
escolar? 
* que recursos iremos utilizar? A escola dispõe desses recursos? 
* a campanha de mobilização durará quanto tempo? 
* envolverá outros segmentos organizados da comunidade do entorno da 
escola? 
Mobilizar, como anteriormente já apresentamos, implica conjugar 
multiplicidades em torno de um objetivo comum. Implica também a difícil tarefa de 
negociar, buscar concordâncias, o que não significa, por sua vez, anular diferenças. 
Nesse sentido, pode facilitar o trabalho de mobilização se esse for coordenado por um 
coletivo – representantes dos professores, de estudantes (grêmio ou colegas 
indicados), representantes das famílias. Outra sugestão, nas escolas em que houver 
conselho escolar atuante que possa se responsabilizar ou colaborar na coordenação 
dessa tarefa, a presença dos diferentes segmentos da comunidade escolar pode 
facilitar na escolha das melhores estratégias para se chegar a cada um deles. 
 
 
7 ALGUMAS ESTRÁTEGIAS PARA A MOBILIZAÇÃO DA MOBILIZAÇÃO DA 
COMUNIDADE ESCOLAR 
 
Fonte: gestaoescolar.org.br 
 Elaboração de um livreto ou jornal (com imagens e diálogos) sobre o 
PPP, sua importância para a escola e necessidade da participação de 
todos (pode-se, por exemplo, mobilizar estudantes para sua elaboração) 
 Elaboração de carta-convite, com explicações sobre o PPP 
 “Panfletagem” na escola, mobilizando para um dia de discussões sobre 
o PPP 
 Dia de Mobilização para a construçãodo PPP da escola 
 Promoção de palestras, seminários de troca de experiências com outras 
unidades escolares que estejam ou já tenham elaborado seu PPP 
 Utilização de meios virtuais para divulgação da mobilização, 
especialmente entre os estudantes 
 Criação de canais virtuais, espaços de discussão e jornal voltados para 
os estudantes 
 Divulgação por meio de jornais comunitários, associação de moradores 
ou outros espaços 
 Debates em salas de aula, organização de atividades culturais centradas 
na discussão sobre a importância da participação da comunidade na 
construção do PPP. 
 
 
As sugestões acima são algumas possibilidades; cada escola, de acordo com 
sua “cultura local”, deve definir quais caminhos utilizará para chamar a comunidade 
escolar para participar da elaboração do seu Projeto Político-Pedagógico. 
8 ELABORAÇÃO DO PPP 
 
Fonte:educaja.com.br 
Diversos estudos que têm tematizado a problemática da construção do PPP 
nas escolas brasileiras – relatos de experiências, pesquisas, têm apontado também 
uma diversidade de caminhos seguidos nessa construção. Contudo, encontramos 
alguns pontos de convergência em torno de alguns “passos” que são apontados como 
importantes na elaboração do projeto: 
a) definição de um marco referencial ou conceitual, que expresse as 
concepções político-filosóficas da escola com relação à educação, à escola e suas 
finalidades; 
b) a elaboração de um diagnóstico da realidade escolar, ou análise da realidade 
escolar; c) a definição de um plano ou programação de atividades -objetivos, 
estratégias etc.; d) a divulgação do PPP (torná-lo um documento a ser conhecido por 
toda a comunidade escolar) e, por fim, e) a aprovação do PPP em instâncias 
colegiadas ou em fóruns de representação direta, como assembleia da escola. 
 
 
 
9 DEFINIÇÃO DE UM MARCO REFERENCIAL ORIENTADOR DO PPP 
 
Fonte: www.mgaduquedecaxias.seed.pr.gov. 
Definir um marco referencial significa definir o conjunto de referências teóricas, 
políticas, filosóficas que balizará o trabalho da escola. Trata-se da explicitação das 
ideias, das concepções, teorias que orientarão a prática educativa da escola. Para 
que isso seja possível, é preciso compreender as relações existentes entre a escola 
e a realidade em que está inserida, realidade não apenas local, mas nacional e 
mundial. 
Significa compreender o sentido histórico da educação e da escola pública, 
compreendendo suas transformações atuais, à luz dos processos históricos que a 
determinam. Dessa relação entre o global, o nacional e o local podem-se então 
compreender a “realidade” da escola em sua singularidade, compreendida, entretanto, 
como resultante dessas relações mais amplas. 
Essa análise pode nos lançar na definição e explicitação sobre as finalidades 
sociais da educação e da escola, levando-nos a interrogar sobre o tipo de sociedade 
com o qual a escola se compromete ou deseja se comprometer, que tipo de sujeitos 
pretende formar, qual sua intencionalidade, compreendida está em suas dimensões 
política, cultural e educativa. 
De acordo com Veiga (2000, p. 23), “a escola persegue finalidades”, por isso é 
preciso ter clareza das mesmas. Ao ressaltar a importância da reflexão sobre as 
http://www.mgaduquedecaxias.seed.pr.gov./
 
 
finalidades e os objetivos da escola, a autora afirma o caráter dialético desse 
movimento, ao destacar que as questões levantadas geram respostas que, por sua 
vez, levam a novas interrogações; esse esforço possibilita a identificação das 
finalidades da escola, de que precisam ser reforçadas, quais estão sendo relegadas 
ao segundo plano. 
Esse trabalho de interrogar-se sobre suas finalidades faz com que a escola se 
volte para uma de suas principais tarefas, qual seja, aquela de refletir sobre sua 
intencionalidade educativa (VEIGA, 2000). A clareza da finalidade social da escola 
possibilita à comunidade escolar definir, também com mais pertinência, critérios e 
projetar sua ação em termos do que deseja para as dimensões pedagógica, 
administrativa e democrática. 
Gandin (1994), ao discutir o “marco referencial”, apresenta três eixos para a 
discussão: a) marco situacional; b) marco doutrinal e c) marco operativo. O marco 
situacional refere-se à reflexão sobre as relações da educação, da escola em sua 
inserção histórica, e suas relações com contextos sociais mais amplos; trata-se de 
problematizar a educação relacionando-a com outras dimensões da realidade, não 
apenas em nível local, mas também nacional e mundial. Procura-se compreender os 
nexos e as relações dos problemas locais compreendendo-os como parte desse 
contexto mais amplo. 
O ponto de partida é a realidade local da comunidade em que se insere a 
escola, os modos de vida dos sujeitos que compõem seu coletivo, as formas 
organizativas e comunitárias, as culturas locais, a ocupação e organização dos 
espaços comunitários etc. 
A discussão desses elementos possibilita apreender as mudanças em seu 
caráter histórico, discutir valores, conhecer as representações do grupo sobre a 
sociedade brasileira, sobre sua comunidade, identificar satisfações e insatisfações, 
expectativas. 
A discussão do marco situacional desencadeia processos de reflexão 
relacionados aos valores sociais e políticos relacionados à sociedade e à educação 
que levam ao debate e ao estabelecimento do marco doutrinal do Projeto Político-
Pedagógico, ou seja, da explicitação dos fundamentos teóricos, políticos e sociais que 
o fundamentam. Doutrinal, nesse caso, não se refere à doutrina, dogmatismo, mas à 
discussão da base teórica que sustentará o PPP da escola, que dará norte às suas 
ações. Procura-se discutir, nesse eixo, o tipo de sociedade que queremos construir, 
 
 
qual a formação social e cultural que queremos para nossas crianças e nossos jovens. 
Quais os valores que queremos desenvolver, qual a função social da escola nos 
processos de formação dos sujeitos humanos etc. Discute-se nesse eixo o “dever-se” 
da educação, horizonte necessário para que se possa se projetar um futuro melhor. 
 
 
Fonte: www2.comunitaria.com.br 
Intrinsecamente relacionado a esses dois eixos, temos então o terceiro, o 
marco operativo, relacionado às relações da escola com a sociedade; trata-se aqui de 
uma discussão vinculada ao contexto local, com aquilo que é específico da escola 
como instituição social e, de modo particular, da escola em que se trabalha, se estuda; 
o marco operativo se refere, então, à realidade local, traduz as necessidades, 
expectativas, do grupo e seus anseios por mudança. Trata-se da discussão da escola 
que queremos. 
Conforme Gandin (1994, p. 82), o marco operativo é “também uma proposta de 
utopia, no sentido que apresenta algo que se projeta para o futuro [...]”; todavia, como 
alerta o autor, para que o marco operativo não se torne um palavreado vazio, é preciso 
que este tenha um forte aporte teórico. O marco operativo não é o plano ou 
programação de ação; ele dá base e sustenta este plano de ação; refere-se à 
realidade desejada. Por isso, nos alerta Gadotti (2000), o PPP, em suas várias 
dimensões de elaboração, toma sempre como ponto de partida o já instituído, aquilo 
que já foi historicamente construído, não para perpetuar ou para afirmar fatalismos 
http://www2.comunitaria.com.br/12-alunos-da-regiao-sao-selecionados-para-o-programa-criancas-do-rio-grande-escrevendo-historias/
 
 
(“foi sempre assim, nada mudará”), mas para criar uma nova utopia, um novo 
instituinte. Baseado em Gandin, elaboramos um quadro síntese, com algumas 
questões que podem orientar os debates em cada um dos eixos do Marco Referencial 
do PPP. 
10 MARCO REFERENCIAL DO PPP 
 
Fonte: www.google.com.br 
10.1 Marco situacional 
Que aspectos da situação global (social, econômica, política, cultural, 
educativa) chamam a atenção hoje no Brasil e na América Latina? 
Discutir pontos positivos e negativos do mundo atual. Discutiressas mudanças 
resgatando seu caráter histórico. 
Dentre as tendências/problemas da sociedade, na atualidade, que chamam 
mais a atenção? Por que chamam a atenção? 
Quais os valores preferenciais na sociedade de hoje? Como essas preferências 
se manifestam? 
Qual lhes parece ser a explicação dos males da América Latina e do Brasil? 
 
 
10.2 Marco doutrinal 
Qual o tipo de sociedade que queremos? 
No que se fundamenta uma sociedade justa, democrática e participativa? 
Que valores devem estar presentes nessa sociedade? 
Que atitudes esperamos dos sujeitos humanos diante da sociedade? 
O que significa ser o homem sujeito da história? 
O que motiva o ser humano a tornar-se agente de transformação? 
Como podemos contribuir para a construção de uma nova sociedade mais 
justa? 
 
Marco operativo 
Que ideal temos para nossa escola? Que significa ser o educando sujeito do 
seu próprio desenvolvimento? 
Em que consiste o educar-se; em consequência, qual é o ideal para nossa 
prática educativa? 
O que significa a educação voltada para a realidade? 
Como tornar a escola um espaço de mudança, de transformação social? 
O que caracteriza a escola democrática, aberta e participativa? 
O que é qualidade de ensino? 
Que princípios devem orientar nossa prática pedagógica? Projeto Vivencial 
 
 
11 ELABORANDO UM DIAGNÓSTICO OU CONHECENDO A REALIDADE DA 
ESCOLA 
 
Fonte: www.google.com.br 
O diagnóstico se constitui em um dos momentos mais importantes na 
construção do PPP, pois é nesse momento que fazemos uma profunda análise da 
situação atual da escola, observando-se todas as suas dimensões – infraestrutura 
física, equipamentos, corpo docente, trabalho pedagógico, gestão, comunidade, 
qualidade da educação, processos de formação dos estudantes, etc. 
 
 
Fonte: juliofurtado.com.br 
http://juliofurtado.com.br/afinal-o-que-e-e-de-onde-vem-o-ppp/
 
 
Gandin (1994) começa essa discussão dizendo o que um diagnóstico não é: a) 
não é uma descrição da realidade da escola e b) não é um levantamento de 
problemas. Então, o que é um diagnóstico da escola? Como se elabora esse 
diagnóstico? O termo diagnóstico, comumente associado às práticas médicas, tem 
sua origem na palavra grega diágnósis, que significa discernimento, “conhecer através 
de”. 
O diagnóstico não é um fim em si mesmo, mas um processo que nos permite 
obter algum conhecimento sobre uma realidade dada. Ao possibilitar conhecimentos 
sobre a realidade de um determinado contexto, torna-se um importante instrumento 
no planejamento de mudanças, na medida em que pode nos ajudar a identificar 
“pontos fortes e frágeis” em cada realidade institucional e a ver as alternativas e 
possibilidades de ação, tendo como horizonte os ideais e objetivos pretendidos. Por 
isso, o diagnóstico não é apenas uma lista de problemas “daquilo que vai mal à 
escola”; supõe avaliação, comparação, juízos de valores, tudo isso tendo como ponto 
de partida o que foi definido anteriormente no Marco Referencial. 
Quando é elaborado de forma participativa, o diagnóstico da realidade da 
escola se constitui em um fecundo espaço de aprendizagem, na medida em que 
desencadeia um processo de reflexão sobre o que a escola é, aonde quer chegar, 
identificando os problemas, os efeitos e as consequências destes, mas possibilita 
também que se identifique o que a escola tem feito de bom, seus pontos fortes; é 
ponto de partida para que se elabore, de modo fundamentado e com base nas 
necessidades da escola, o Plano ou Programa de Ação. 
Gandin (1994) argumenta que o diagnóstico é constituído por três elementos: 
a) é um juízo, portanto, implica um julgamento, uma avaliação; b) esse juízo é feito 
sobre uma prática específica (da realidade da escola) sobre a qual se planeja alguma 
mudança e c) esse juízo é realizado tomando-se como referência os preceitos 
estabelecidos no marco referencial. Ainda que incidam mais fortemente sobre a 
dimensão operativa (marco operativo), os critérios de análise referenciam-se também 
nos marcos doutrinal e situacional. Um bom começo é perguntar-se: “até que ponto 
nossa prática realiza o que estabelecemos no marco operativo? ” (GANDIN, 1994, p. 
90) 
Tomando o diagnóstico como um dos momentos de construção do PPP, sua 
função reside em promover um profundo processo de avaliação sobre como a escola 
tem se organizado e realizado sua tarefa educativa, que dificuldades tem encontrado 
 
 
para o cumprimento desta, que possibilidades encontra para orientar sua ação na 
direção de uma escola pública democrática. As análises realizadas sobre a realidade 
da escola não são neutras; elas tomam como referência certo modo de compreender 
a função social da escola, como deve ser sua organização, o que inclui o trabalho 
pedagógico, a gestão, as relações com os estudantes, com a comunidade etc. 
Conforme Vasconcellos (1995), o diagnóstico “não é simplesmente um retrato da 
realidade ou um mero levantar dificuldades; antes de tudo é um confronto entre a 
situação que vivemos e a situação que desejamos viver”. 
Assim, o diagnóstico não é um instrumento técnico, neutro, que pode ser 
adaptado, aproveitado de outras organizações ou instituições sociais. Ele marca e se 
fundamenta em uma intencionalidade, é sustentando em valores, aponta para uma 
direção. Por isso, o diagnóstico da escola deve ser feito também de modo participativo. 
Implica a obtenção de dados quantitativos e qualitativos que, organizados, 
sistematizados, interpretados, constituem-se em indicadores importantes para o 
planejamento das ações futuras voltadas à mudança na escola. Como proceder, 
então, para realizar um diagnóstico da realidade da escola? Como organizar a 
produção das informações que auxiliarão na elaboração posterior da análise da 
realidade da escola? Se não se trata de elaborar uma lista de itens a serem checados; 
então, como definir o que será analisado? 
 
 
Fonte: br.depositphotos.com 
Para elaborar um diagnóstico sobre a realidade educacional e obter 
informações que possam auxiliar a elaboração de um plano de ação, é fundamental 
http://br.depositphotos.com/49041189/stock-photo-3d-man-thinking-and-confusing.html
 
 
se terem estratégias para obtenção de informações de análise que possam ajudar a 
compreender os diversos fatores que favorecem ou dificultam o trabalho educativo da 
escola. Como se aproximar, então, da realidade escolar, procurando identificar não 
apenas os problemas aparentes, mas também as dimensões “não ditas”, as 
determinações que nem sempre se dão a conhecer a um primeiro olhar? 
O primeiro passo é compor uma equipe ou grupo de trabalho com 
representantes dos segmentos da comunidade escolar, para coordenar essa etapa. 
Esse grupo de trabalho pode então elaborar um instrumento que oriente as discussões 
e facilite os registros das informações, das avaliações, das expectativas da 
comunidade escolar; esse grupo pode também definir as estratégias que serão 
usadas para coletar esses materiais com o coletivo da escola. Posteriormente, esses 
dados deverão ser analisados e consolidados em um documento final, que representa 
a formalização das discussões realizadas durante todo o processo. 
A elaboração de um instrumento que oriente as discussões e obtenção de 
informações ou coleta de dados deve ter como ponto de partida o marco referencial; 
a partir deste, podem ser estabelecidas dimensões da organização e prática da escola 
que serão objetos de análise. É importante que cada uma das dimensões seja 
discutida e bem definida, para que se possam definir eixos de análise e suas 
perguntas, essas sim orientadoras do processo de discussão com a comunidade 
escolar. 
O estabelecimento de dimensões a serem analisadas tem um valor apenas 
operativo; visa facilitar a compreensão dos diferentes níveis de funcionamento da 
escola, facilitando-se a apreensão de fenômenos particulares. Não devemos, contudo, 
perder de vista que a escola éuma totalidade e que essas dimensões imbricam-se, 
condicionando-se mutuamente. Assim, deve-se, na análise, evitar a compreensão 
fragmentada da realidade, superando perspectivas teórico-metodológicas que tendem 
tanto a focalizar como a responder, de modo parcial e seletivo, problemas que são 
multidimensionais. Nessa perspectiva, um problema como a evasão escolar, por 
exemplo, não pode ser considerado apenas do ponto de vista dos estudantes, mas 
também precisa ser analisado a partir da realidade da escola, relacionando-a com o 
contexto da educação nacional. 
 
 
 
 
Fonte: www.apontador.com.brl 
Definidas as dimensões constitutivas do diagnóstico, pode-se derivar dessas 
os eixos e perguntas que orientarão a análise a ser realizada. A seguir damos um 
exemplo de um “guia” para as discussões com a comunidade escolar. A essas 
dimensões e eixos podem ser acrescentados outros, relacionados com a 
particularidade de cada escola. Trata-se apenas de fornecer indicativos que podem 
auxiliar na elaboração de instrumentos específicos, de acordo com as necessidades 
de análise de cada unidade escolar. 
 
 
12 SUGESTÕES DE DIMENSÕES E INDICADORES E PARA ANÁLISE DA 
REALIDADE ESCOLAR 
 
 
 
 
Enfim, o diagnóstico implica o desafio de apreendermos analiticamente tudo 
àquilo que constitui o cotidiano da escola. Para isso, precisamos evitar a mera 
transposição de conceitos ou de instrumentos de análise. Analisar a realidade da 
escola supõe múltiplas tensões para aqueles que o fazem; impõem a necessidade, 
muitas vezes, de abandonar pontos de vistas cristalizados, de abrir mão de interesses 
pessoais em favor daqueles que representam o coletivo. Significa julgar, avaliar, emitir 
 
 
juízos, valorizar, priorizar, selecionar, mesmo sabendo que a autonomia de que se 
dispõe, muitas vezes, é limitada. 
Chamamos atenção para a necessidade de captar a escola naquilo que ela é, 
sem procurar enquadrá-la em categorias predefinidas que nos obrigam a ajustar 
informações, a falsificar consensos. Analisar a escola em suas múltiplas dimensões 
nos ajuda a compreender suas determinações para além da realidade local, 
impulsionando para que se atinja a intencionalidade política proposta em seu marco 
referencial. 
13 ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE AÇÃO 
As etapas anteriores – estabelecimento de um marco referencial e elaboração 
do diagnóstico da realidade escolar - culminam nesta que poderíamos considerar a 
última atividade da elaboração do PPP: a construção de um plano de ações, ou seja, 
de um conjunto de propostas que se desdobram em ações voltadas a provocar 
mudanças na realidade da escola. O diagnóstico pode evidenciar muitas 
necessidades da escola. Muitas vezes, essas são mais complexas e maiores do que 
a real capacidade da escola de satisfazê-las, o que pode ser fator gerador de tensões 
no coletivo. 
Gandin (1994) sugere que se analise a necessidade da escola considerando 
dois critérios: a) o que é necessário; e b) o que é exequível. Segundo o autor, nem 
sempre o que é necessário é possível para a escolar resolver nas condições e no 
tempo de duração do plano de ação. Propõe, então, o autor que a escola estabeleça 
prioridades, considerando o que é mais necessário, oportuno e urgente fazer. 
Seguindo ainda essa classificação entre o possível e o necessário, Gandin 
sugere que o plano de ação ou a programação se organize a partir de quatro 
dimensões: das ações concretas, das orientações para a ação, das determinações 
gerais e das atividades permanentes. Ou seja, definidas as prioridades, passa-se a 
definir o tipo de ação necessária ao atendimento daquela necessidade. Ainda no plano 
de ação, temos a dimensão temporal, que implica distribuição das 
necessidades/ações de acordo com uma distribuição em curto, médio e longo prazo. 
 
 
14 PLANO DE AÇÃO 
 
 
Fonte: escolaperseveranca.blogspot.com 
a) Ações concretas: são ações voltadas para um objetivo específico, com uma 
terminalidade bem definida, sustentando-se em recursos próprios; devido às suas 
características, são bem delimitadas. Contemplam ações de curo prazo. Ex.: 
promoção de uma capacitação sobre um tema delimitado, para atender a uma 
necessidade específica: 
b) Orientações para ação: não se constituem em propostas concretas, mas 
dizem respeito aos valores, às atitudes; procuram modificar os comportamentos, levar 
à partilha de referências comuns. Exemplo: “desenvolver o espírito crítico nos alunos 
c) Atividades permanentes: dizem respeito a atividades de caráter permanente, 
podendo estar vinculadas ou não à esfera administrativa; são também denominadas 
rotinas 
d) Determinações gerais: são orientações ou ações que atingem a todos os 
segmentos da comunidade escolar; são elaboradas também a partir do diagnóstico 
da escola. Exemplos: requisitos para atividades complementares, apresentação dos 
planos de aula pelos professores aos alunos. 
O plano de ação deve traduzir, em suas prioridades, formas de 
encaminhamento e as decisões coletivas da comunidade escolar; é a esta que cabe 
dizer o que é prioridade e quais os melhores meios para se alcançarem os objetivos 
http://escolaperseveranca.blogspot.com.br/2013/12/plano-de-acao-2014-2015.html
 
 
propostos. As prioridades devem ser escolhidas tomando-se como base o que foi 
estabelecido no marco referencial – que estabelece o projeto de futuro da escola. 
Assim, não cabem decisões arbitrárias ou individuais. 
Podemos ainda contemplar, no plano de ação, um detalhamento das ações – 
qual é a ação, o que a justifica, qual procedimento/metodologia usaremos para realizá-
la, quais as pessoas ou instâncias responsáveis por sua execução, quais recursos 
serão necessários (recursos materiais, humanos, financeiros), de que forma será 
acompanhada (avaliação processual). Esse detalhamento facilita a implementação do 
PPP e da avaliação processual. 
 
 
Fonte: novaescola.org.br 
Na perspectiva que aqui apresentamos, o plano de ação, parte integrante do 
PPP, refuta orientações tecnicistas, pois se encontra organicamente articulado às 
necessidades da escola; e precisa ser flexível, pois a própria dinâmica das atividades 
da escola pode levar à necessidade de redirecionamentos, de ajustes ou correções. 
Assim, o planejamento é práxis, representa uma estreita articulação entre teoria e 
prática, entre o previsto e o realizado. 
 
 
 
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