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25/04/2020 Sumário Unidade1
https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG560/unidade-1/aula1 1/19
Aula 01
Cultura e Valores Humanos
No contexto organizacional, notamos que a força de trabalho global está em constante mudança
demográ�ca. Você deve ver que esse é um fenômeno universal, o qual tem sido discutido
exaustivamente por um grande número de autores e publicações. Graças a essas mudanças
demográ�cas no mercado de trabalho, existe uma demanda crescente de pesquisadores e
pro�ssionais que conheçam os conteúdos da cultura e da diversidade cultural. Essa necessidade é
universal, e não apenas restrita aos países da América do Norte ou da Europa. Assim, a presente
disciplina foi desenhada para te prover informações e discussões sobre questões de diversidade
cultural na perspectiva Brasileira, logo, ela tem especi�cidade cultural.
A decisão de se ter especi�cidade cultural nessa disciplina foi baseada no fato do Brasil não pode
ser considerado, de maneira alguma, como homogêneo em termos culturais. Se nos perguntarem se
o Brasil pode ser considerado um pais culturalmente homogêneo, provavelmente iramos responder
Introdução
25/04/2020 Sumário Unidade1
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que não. Note que se considerarmos apenas o aspecto étnico, cerca de 40% da população Brasileira
declara-se Branca, 36% declara-se Negra, 11% "mestiços", "caboclos", ou "pardos" (i.e., identi�cados
como grupos inter-raciais), 9% de origem Asiática (especialmente Japoneses e Chineses) e 4% de
origem Indígena.
Embora a heterogeneidade no Brasil seja uma realidade, não observamos, ainda, a existência de um
grande número disciplinas que tratam diretamente a cultura e a diversidade humana no contexto
social. É isso que queremos discutir nessa disciplina, pois há uma necessidade urgente de se motivar
futuros pesquisadores e pro�ssionais a desenvolverem trabalhos sobre este tópico. Por isso, essa
disciplina propicia a você uma oportunidade de ampliar sua compreensão das teorias, perspectivas
e métodos de pesquisas que envolvam a cultura e as relações sociais em termos gerais. A disciplina
foi planejada para fazer uma exploração profunda em Cultura, Pesquisa Transcultural e
Diversidade, para que você tenha familiaridade com uma perspectiva internacional e multicultural.
Bons estudos!
Você sabia que a maioria dos modelos estudados nas Ciências Sociais foi desenvolvido
principalmente nos Estados Unidos e em países da Europa Ocidental?
Esses modelos enfocam principalmente o indivíduo, inserido em um contexto nacional ou cultural,
mas sempre o indivíduo, não o grupo. É por isso que esses modelos tentam explicar os movimentos
sociais por meio dos valores e metas individuais. Resulta disso que boa parte da pesquisa na
Psicologia, Sociologia, Administração (entre outras áreas), realizada nas últimas três décadas, tem
ignorado as diferenças culturais e nacionais nos valores e crenças das pessoas, bem como essas
diferenças afetam o seu comportamento na sociedade. Contudo, o rápido desenvolvimento social e
a globalização do mercado de trabalho não podem ser ignorados. Tais processos têm um impacto
direto nas pessoas, na sua motivação, no seu comprometimento no trabalho, nos contatos
cotidianos e demais interações. Para alcançar maior efetividade nesse contexto, é necessário
confrontar as diferenças culturais de necessidades pessoais, normas para comportamento e
valores, práticas de gestão de diversidade, com multiculturalismo, para citar apenas alguns
confrontos.
Cultura: um Conceito
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O que parece estar faltando é uma literatura que integre os contextos culturais e nacionais, nos
quais diferentes pessoas vivem, com modelos teóricos desenvolvidos em países muito especí�cos
no mundo onde a ênfase no indivíduo é clara. Pesquisas desenvolvidas nesses países - que
representam menos de um quinto da população mundial quando levamos em consideração sua
orientação individualista, comparado aos outros quatro-quintos da população que tem uma
orientação coletivista - podem não estar re�etindo com adequação preferências culturais e,
consequentemente, podem estar propondo modelos e teorias que têm uma aplicação a outros
países limitada. Assim, é importante a compreensão da cultura e suas in�uências para melhor
compreender tais modelos e teorias.
O conceito de cultura tem sido amplamente discutido por diversos autores, que acabam por de�nir
o conceito de forma diferente e em alguns casos, complementar. Por exemplo, Saraiva (1993),
apresenta cultura como um conjunto de atividades lúdicas ou utilitárias, intelectuais e afetivas que
caracterizam um certo povo. Malinowski (1970) entende cultura como o trabalho manual do
indivíduo aliado ao modo como essa pessoa satisfaz suas necessidades, envolvendo bens e valores.
Para esse autor, a cultura deve abranger determinados elementos considerados intangíveis e
inacessíveis à observação direta, tais como: norma, tradição, costumes, regras, interesses, crenças e
valores. Desta forma, a cultura refere-se a um conjunto de instituições autônomas e coordenadas,
que são integradas por meio de princípios bastante especí�cos (e.g., por meio de cooperação).
Conforme Shapiro (1956), cultura pode ser de�nida ainda como a soma total, integrada, das
características de comportamento aprendido que são manifestadas nos membros de uma
sociedade e compartilhada por eles. Essa noção parece ser complementar à apresentada por
Kluckhohn (1962) de que a variável cultura pode ser dividida entre elementos objetivos (i.e.,
artefatos produzidos por grupos sociais) e subjetivos (i.e., os valores, crenças e normas desses
grupos). Para Triandis (1994), a análise da cultura subjetiva permite compreender como as pessoas
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percebem, categorizam, formulam crenças e valorizam as entidades do ambiente. Numa tentativa
de promover uma melhor compreensão deste conceito, Heller (1987) forneceu uma ideia ampla de
cultura, descrita a seguir:
Experiências formam a base de uma maneira compartilhada de se enxergar o mundo;
através da interação, eles [membros de grupos] conjuntamente constroem maneiras de se
fazer sentido das experiências. Essas formas de se fazer sentido das experiências, suas
crenças [valores], pressuposições, e expectativas sobre o mundo e como ele funciona são a
base do que nos entendemos como cultura. Contudo, cultura não é apenas um conjunto de
crenças e valores que constituem a nossa visão normal e cotidiana do mundo; cultura
também inclui a nossa maneira normal e cotidiana de comportar-nos.
(HELLER, 1987, p.184, tradução nossa)
O que está implícito na de�nição de Heller é que as culturas nacionais e étnicas não podem ser
consideradas como sinônimas. As culturas nacionais e étnicas distinguem-se com relação ao seu
grau de controle do comportamento, atitudes, valores, domínio, consistência e clareza da regulação
e tolerância de outras culturas. Além disso, devemos notar que cultura não se restringe apenas às
crenças e valores. A forma como “damos sentido às experiências” regulam o que nós esperamos e o
que nós consideramos como “aceitável” nos outros. Também parece haver uma concordância na
área quanto ao fato de a cultura englobar vários elementos que predispõem os indivíduos a
optarem por comportamentos mais apropriados a sua realidade.
A verdade é que várias são as formas de se analisar e compreender a cultura. Dentre elas,
destacamos o estudo dos valores. No estudo dos aspectos subjetivos de uma cultura, são buscadas
as ideias compartilhadas sobre o que é bom, desejável e correto para uma sociedade. Assim,os
valores servem para estabelecer que tipo de comportamento é apropriado nas diversas situações,
além de servir para justi�car o motivo daquela escolha (SCHWARTZ, 1994). Triandis (1994)
defende ainda que o conceito de cultura é muito abrangente e de difícil medição. Contudo, as
pesquisas e propostas de Hofstede (1980) fornecem um conjunto de padrões de comparação por
meio dos quais outros estudos podem ser organizados conceitualmente.
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O cientista social e psicólogo Geert Hofstede (1980) apresenta uma de�nição sucinta de cultura, ao
considerá-la como um tipo de “programa” que controla o comportamento da mesma forma que um
software controla um computador. Hofstede também propõe uma divisão para cultura entre valores
e prática. Ele entende os valores como a essência da cultura, estando ligados aos sentimentos
inconscientes manifestados pelos comportamentos diferenciados, proporcionando uma divisão
daquilo que é bom ou ruim, entre o belo e o feio, o normal e o anormal, o racional e o irracional.
Segundo essa perspectiva, a prática de uma cultura se relacionaria às manifestações de uma
população traduzidas em símbolos, heróis e rituais.
O modelo de Hofstede sobre cultura merece mais atenção, não só pela sua contribuição para a
compreensão da cultura, como também por ter servido de base para diversas propostas de estudos
transculturais.
Dimensões Culturais
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Em seu trabalho seminal, Hofstede (1980; 1991) investigou dados coletados em 53 países (obtidos
com empregados da multinacional IBM) e identi�cou a variação de quatro dimensões culturais. Ele
estudou as respostas de mais de 117.000 questionários e igualou essas respostas por ocupação,
idade e sexo em diferentes períodos de tempo. Uma das suas mais importantes descobertas foi que
a cultura pode ser utilizada como uma variável recorrente em diversos estudos. Ou seja, a cultura
serve de explicação para diferenças entre comportamentos, escolhas, decisões etc. Sua pesquisa
demonstrou que os grupos sociais têm intenções diferentes, dão atribuições diferentes para a
mesma situação e até mesmo comportam-se de maneira diferente conforme o seu grupo cultural.
As quatro dimensões identi�cadas por Hofstede são masculinidade-femininidade, evitação de
incertezas, distância do poder e individualismo-coletivismo.
A masculinidade é encontrada em sociedades que têm uma grande diferenciação sexual, enquanto
a feminilidade é uma característica de culturas, onde a diferenciação sexual é mínima. Hofstede
também constatou que países femininos enfatizam mais a qualidade de vida do que o investimento
em uma carreira ou no trabalho, enquanto que o contrário é verdadeiro para culturas masculinas.
A evitação das incertezas , sua segunda dimensão, é re�etida em uma ênfase nos comportamentos
rituais, regras e estabilidade no emprego. O autor observou altos índices em culturas que
apresentam altos níveis de estresse e que se correlacionam negativamente com a necessidade de
alcance de metas. Hofstede observou que países com alta evitação das incertezas tendem a ser
mais ideológicos e menos pragmáticos do que outros países.
A distância do poder, sua terceira dimensão, refere-se à extensão em que membros de uma cultura
aceitam desigualdade de poder e o quanto eles percebem a distância entre aqueles com poder (e.g.,
detentores de informação) e aqueles com pouco poder (e.g., receptores de informação). Logo, as
relações de troca poderão ser diferentes entre culturas com altos e baixos índices de distância do
poder. Em culturas com alta distância, as regras e as normas sociais são em grande parte
construídas por aquelas pessoas que detêm ou são responsáveis por meios de comunicação. Em
culturas com baixa distância, as regras tendem a ser consensuais, logo, as pessoas estão mais
diretamente envolvidas na sua elaboração. É interessante notar que quanto maior a distância do
poder, maior a conformidade em torno de uma norma.
SAIBA MAIS
Leia mais sobre o modelo de Hofstede clicando aqui.
http://oinsurgente.org/2011/10/10/hofstede-dimensoes-culturais-de-um-povo/
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Finalmente, individualismo-coletivismo, a outra dimensão identi�cada por Hofstede, re�ete a
extensão em que os grupos enfatizam metas pessoais ou grupais. Ele observou que membros de
culturas individualistas tendem a focalizarem “o seu próprio trabalho”, enquanto que membros de
culturas coletivistas dão preferência para metas grupais. O comportamento social em culturas
coletivistas é marcado por normas sociais e obrigações, enquanto que em culturas individualistas, o
comportamento social é marcado por atitudes e outros processos internos. Alguns autores (ex.,
TRIANDIS, 1994) propõem que a dimensão cultural individualismo-coletivismo é essencial para a
análise e compreensão do que é cultura, uma vez que um grande número de pesquisas
demonstraram a in�uência dessa dimensão no comportamento das pessoas. Certamente, esta
dimensão tem sido muito popular entre os pesquisadores transculturais e se constitui na mais clara
linha divisória entre o que está sendo chamado Leste e Oeste (HOGG; VAUGHAN, 2008).
Na discussão sobre coletivismo, Triandis (2003) descreveu o ego como parte do coletivo, por
exemplo, com um membro de uma família. As necessidades e normas do coletivo determinam o
comportamento dos indivíduos, incluindo suas metas e obrigações. As metas dos indivíduos são
frequentemente relacionadas às metas dos grupos. As pessoas nas culturas coletivistas mais do que
nas culturas individualistas são menos propicias a enfatizar o signi�cado da informação codi�cada
e, portanto, são mais propicias do que os individualistas a desconsiderar tais informações. Em
contraste, pessoas nas sociedades individualistas atingem suas metas pessoais mais do que suas
metas coletivas e enfatizam análises racionais acima das informações históricas e contextuais, bem
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como as informações escritas estão acima das comunicações faladas. A investigação da dimensão
individualismo-coletivismo produziu várias ferramentas para acessar as formas de comportamento
que são consistentes com suas orientações culturais.
Embora individualismo-coletivismo (IC) seja uma dimensão importante para estudos
transculturais, ela é considerada como um conceito muito amplo por alguns autores 
(SMITH; BOND, 1999).
Assim, Singelis, Triandis, Bhawuk e Gelfand Singelis (1995) descreveram dois conceitos adicionais
para a descrição de variações culturais. Esses autores sugeriram a existência das formas “vertical” e
“horizontal” de individualismo-coletivismo.
O conceito de verticalidade trouxe o reconhecimento de que as desigualdades entre pessoas
precisam de um certo conformismo a serviço da hierarquia, enquanto na horizontalidade, cresce o
senso de que indivíduos podem ser livres de in�uências de outros. A manifestação horizontal-
vertical (HV) se relaciona à dimensão de distância do poder de Hofstede, sendo que posições baixas
nesta dimensão são classi�cadas como horizontais e as posições altas em distância do poder são
classi�cadas como verticais. Logo, essas manifestações culturais reconhecem a correlação entre as
dimensões de individualismo-coletivismo e a distância do poder, encontrada por outros autores.
Da interseção entre IC e HV, resultam quarto padrões culturais descritos por Singelis et al. (1995)
como individualismo vertical (IV), coletivismo vertical (CV), individualismo horizontal (IH), e
coletivismohorizontal (CH), indicando que os padrões culturais não são mutuamente exclusivos. Tal
ideia foi reforçada por Triandis (1995), que argumenta que dependendo da situação, indivíduos irão
variar nas suas respostas para cada padrão cultural.
Dos quatro padrões culturais, o CH descreve os indivíduos que percebem seu autoconceito como
parte do seu grupo. Aqui, o autoconceito é interdependente e igual aos demais. Igualdade é a
essência desse padrão cultural. Já o coletivismo vertical (CV) é o padrão cultural no qual o individuo
também se percebe como parte do grupo, mas os membros do grupo são percebidos diferentes um
dos outros, alguns com mais status ou poder social do que outros. A desigualdade é aceita nesse
contexto e pessoas não se veem como iguais umas as outras. Individualismo horizontal (IH) é o
padrão cultural no qual é postulado um autoconceito autônomo, com indivíduos tendo um status
mais ou menos iguais entre si. A igualdade é também considerada um valor importante nesse
padrão. Finalmente, IV é o padrão cultural no qual é postulado um autoconceito autônomo e com os
indivíduos sendo percebidos como diferentes em termos de poder social. Logo, a desigualdade
social é não só esperada, como aceita. Competição é um aspecto importante aqui, e indivíduos são
especialmente atentos com comparação com os demais.
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Várias pesquisas cientí�cas mostram a importância de medir qual dos quatro padrões culturais é
mais valorizado pelo indivíduo. Triandis, Chen e Chan (1998) reconheceram que os Estados Unidos
da América diferem de Hong Kong em termos de preferência por IV e CV, respectivamente. Outras
diferenças também são encontradas entre chineses cingapurianos e israelitas, estadunidenses e
dinamarqueses, entre outros. A maioria dos participantes destas dessas pesquisas são
provenientes de países coletivistas, como a Korea do Sul, Hong Kong, e Cingapura – todos países
asiáticos.
É muito importante que �que claro para você, porém, que um padrão cultural preferido em uma
cultura coletivista não pode ser generalizado para outras culturas coletivistas. Como Pearson e
Stephan (1998) notaram, brasileiros são muito passionais e emocionais, características que não
estão presentes na maioria das culturas coletivistas da Ásia (GRAHAM, 1985). Outros teóricos
consideram que quando se discute coletivismo, estudos transculturais têm enfatizado
demasiadamente dados sobre países asiáticos quando comparados com países latino-americanos.
Esses mesmos teóricos sugerem que resultados advindos da América Latina podem ser diferentes
dos da Ásia, ainda que ambas culturas sejam consideradas como coletivistas.
Comentários Finais
Uma vez de�nida a variável cultura, é importante vincula-la ao conceito de nação. De acordo com
Hall (1973), as pessoas que habitam um mesmo território, estando ligadas pelas mesmas tradições
culturais, por um passado histórico comum e que possuam o mesmo idioma, formam elementos que
determinam o conceito de nação. Desse modo, a nação não pode ser concebida apenas como sendo
uma entidade política, porém algo que produz sentido (um sistema de representação cultural). As
pessoas estão ligadas à nação por características culturais próprias de seu país, excedendo à
simples ideia de que são apenas nascidos no mesmo território. Portanto, nação consiste em uma
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comunidade simbólica, o que justi�ca seu poder para criar sentimentos de lealdade e identidade.
Pode-se dizer que as culturas nacionais são formadas por instituições culturais, símbolos e
representações.
A essência da nacionalidade é o sentimento de “nós”.
Hall (1973) acrescenta que cultura pode ser compreendida como um discurso, ou seja, uma forma
de produzir sentidos sobre “a nação” que interfere e organiza as ações das pessoas, bem como, a
concepção que elas possuem de si mesmas. Esses sentidos estão contidos nas histórias que são
contadas sobre a nação, nas imagens que dela são construídas e nas memórias que ligam seu
presente com seu passado. Por meios destes sentidos é que surge a identidade nacional, unindo as
pessoas independentemente de classe, gênero, ou raça.
É interessante notarmos que nós podemos facilmente achar maiores diferenças entre subculturas
dentro de um mesmo país do que entre culturas através de países. Por exemplo, a América Latina é
composta por 22 países, que têm grandes diferenças culturais. Além disso, cada país tem
subculturas ou grupos que se diferenciam um dos outros. Pelo fato de os grupos pertencentes a
uma mesma sociedade poderem se diferenciar em termos de um grande número de critérios, a
escolha de quais grupos estudar pode ser bastante difícil.
Alguns teóricos da área têm tentado lidar efetivamente com os problemas que são criados quando
as culturas organizacionais e nacionais colidem. Pessoas de culturas onde o coletivismo e a
harmonia são valorizados podem estar mais propensas a uma melhor adaptação às organizações
que endossam mais valores voltados a um pro�ssionalismo cooperativo, satisfação e bem-estar. Em
contraste, pessoas vindas de culturas com alto individualismo, valores de realização e distância de
poder moderados, provavelmente terão facilidade de adaptação às organizações que valorizam o
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pro�ssionalismo competitivo e a rigidez hierárquica. O Brasil apresenta a 28ª posição no ranking de
individualismo proposto por Hofstede (1983). Quando comparado aos Estados Unidos, o protótipo
do individualismo (que ocupa a primeira posição), podemos considerá-lo como um país de cultura
coletivista. Todavia, quando comparado à vizinha Colômbia (que ocupa a 62ª. posição), o Brasil
assume um papel mais individualista, �cando claro o seu caráter intermediário em termos de
individualismo-coletivismo. Assim, como se dá a relação entre a cultura organizacional e a
diversidade em um país cuja cultura pode ser classi�cada tanto como individualista, como
coletivista? Existiriam dimensões que, por vieses culturais, seriam mais ou menos consideradas
quando esforços de diversidade e inclusão são empregados em organizações brasileiras?
O objetivo é entender os valores humanos, entendo a história e a teoria destes. Fique atento!
O estudo dos valores humanos básicos possuem uma longa tradição nas ciências sociais. Teóricos e
pesquisadores de diversos campos, tais como Psicologia, Antropologia e Sociologia discutem o
papel que os valores humanos possuem na vida. Primeiro, os valores humanos foram concebidos
como um conceito �losó�co e se referiam a questões morais, principalmente. Depois, surgiu a ideia
de que cada indivíduo possui uma hierarquia �exível de valores disponíveis. Essa diferença entre a
Histórico Sobre Valores
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importância dos valores que todos nós temos nas nossas vidas são chamadas de prioridades de
valores, ou prioridade axiológica, e nos ajudam a compreender e predizer o comportamento das
pessoas. Alguns autores chegam a a�rmar que essas prioridades são a força da vida, e que os
valores humanos podem uni�car interesses diversos de todas as ciências que se preocupam com o
comportamento humano.
A despeito da importância do conceito de valores, há alguns problemas na sua de�nição, em
especial porque a palavra “valor” é utilizada com os mais diversos signi�cados nas ciências
humanas.
As teorias de valores humanos em geral focaram em diferenças individuais na organização
universal das características humanas (ROHAN, 2000). Desde o �nal doséculo XIX, já haviam
teorias que propunham diferentes con�gurações na organização dos sentimentos, mas foi Spranger
(1928) que pela primeira vez se focou nos estudos da organização dos valores e sugeriu seis tipos
de valores, os quais estavam presentes em todas as pessoas. Esse trabalho inspirou a primeira
versão de um questionário que visava medir os valores das pessoas, que foi desenvolvido por
Allport, Vernon e Lindzey (1960). Esse questionário permitiu uma indicação das prioridades dos
valores humanos dentro dos seis tipos de valores. Seguindo a ideia de que as prioridades
axiológicas de um indivíduo contém um número �nito de valores universais os quais os indivíduos
consideram mais ou menos importante, Morris (1956) propôs uma outra forma de medida dos
valores, onde diferentes formas de vida eram descritas e as pessoas classi�cavam o quanto
gostavam ou não de cada uma delas.
Apesar da importância dos diversos teóricos de valores humanos, Milton Rokeach é considerado o
teórico que mais desenvolveu as pesquisas sobre valores. A publicação de seu livro The Nature of
Human Values (1973) causou o surgimento de uma série de estudos sobre o papel dos valores
humanos em diversas ciências. De forma simples, Rokeach (1973) nomeou os valores, os
apresentava de forma breve para os indivíduos e pedia que eles organizassem quais valores, em
ordem de importância, eram princípios guias para elas. Para Rokeach havia dois tipos de valores
humanos, os valores terminais (metas) e os valores instrumentais (formas de conduta). Rokeach
considerava que todos os indivíduos possuem os mesmos valores humanos, mas o grau o qual o
indivíduo endossa cada valor difere de indivíduo para indivíduo. Veja abaixo um quadro que
apresenta os Valores Terminais e Instrumentais propostos por Rokeach (1973):
Valores Terminais Valores Instrumentais
Uma vida confortável (uma vida próspera) Ambição (esforço no trabalho, vontade)
Uma vida emocionante (ativa, estimulante) Visão Ampla (mente aberta)
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Um sentido de realização (contribuição
duradoura)
Capacidade (competência, e�cácia)
Um mundo em paz (livre de guerra ou
con�itos)
Animação (alegria, contentamento)
Um mundo de beleza (beleza da natureza e
das artes)
Limpeza (asseio arrumação)
Igualdade (fraternidade, oportunidade
igual para todos)
Coragem (defesa de seus ideais)
Segurança Familiar (cuidado com os entes
queridos)
Perdão (capacidade de perdoar os outros)
Liberdade (independência, liberdade de
escolha)
Ser Prestativo (trabalhar pelo bem-estar
dos demais)
Felicidade (contentamento)
Honestidade (sinceridade, ser
verdadeiro)
Harmonia (liberação de con�itos
interiores)
Imaginação (ousadia, criatividade)
Amor Maduro (intimidade espiritual e
sexual)
Independência (autocon�ança,
autossu�ciência)
Segurança Nacional (proteção contra
ataques)
Intelectualidade (inteligência, capacidade
de re�exão)
Prazer (uma vida com alegria e lazer) Lógica (coerência, racionalidade)
Salvação (salvaguarda, vida eterna) Afetividade (carinho, ternura)
Respeito por si próprio (autoestima)
Obediência (ser respeitável, cumpridor
dos deveres)
Reconhecimento Social (respeito,
admiração)
Polidez (cortesia, boas maneiras)
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Amizade verdadeira (forte
companheirismo)
Responsabilidade (compromisso, ser
con�ável)
Sabedoria (compreensão madura da vida) Autocontrole (limites, autodisciplina)
Quadro 1 – Relação dos Valores Humanos de Rokeach (1973).
Embora pareça ser lógica, a divisão entre Valores Humanos Terminais e Instrumentais proposta
pelo autor não foi con�rmada em pesquisas. A falha do trabalho de Rokeach (1973) foi a maneira
intuitiva do desenvolvimento de sua lista de valores humanos, o que abre a possibilidade de que
valores importantes tenham sido omitidos. Apesar da importância de Milton Rokeach, o trabalho de
Shalom Schwartz se a�rmou como o mais importante e relevante para os pesquisadores em valores
humanos. Esse trabalho �cou conhecido como a Teoria de Valores Humanos de Schwartz e, sem
dúvida, é o mais utilizado atualmente nas ciências humanas.
Teoria de Valores
A teoria de valores humanos descreve aspectos da estrutura psicológica humana que são
fundamentais e comuns a toda a humanidade (SCHWARTZ, 2005). Quando se pensa em valores
humanos se pensa no que é importante na vida das pessoas. Todos os indivíduos têm numerosos
valores, com variados graus de importância, de tal modo que um valor pode ser muito importante
para uma pessoa, mas não ser importante para uma outra. Assim Schwartz (1994) identi�cou as
principais características dos valores humanos:
1. Valores são crenças: crenças intrinsecamente ligadas à emoção e não ideias objetivas e frias.
Portanto, quando valores são ativados, com ou sem nossa consciência, eles eliciam sentimentos
positivos ou negativos.
2. Valores são motivacionais: eles se referem a metas desejáveis para as pessoas as quais elas se
esforçam para oter.
3. Valores transcendem situações e ações especí�cas: são metas abstratas e essa natureza
distingue valores humanos de conceitos como normas e atitudes, que geralmente se referem a
ações, objetos ou situações especí�cas.
4. Valores guiam a seleção e avaliação de comportamentos, pessoas e eventos: valores servem
como critérios que os indivíduos usam para decidir se comportamentos, pessoas ou eventos
são bons ou maus, justi�cados ou ilegítimos, dignos de aproximação ou não (SCHWARTZ,
2005).
5. Valores são ordenados pela importância relativa aos demais: os valores das pessoas formam
um sistema ordenado de prioridades que caracterizam os indivíduos.
O que diferencia um valor dos outros é o objetivo ou a motivação contida em cada um.
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Outra característica da teoria de valores humanos é que eles são relativamente estáveis. Isso
quer dizer que os valores podem mudar, mas de forma lenta. Isso acontece quando é necessário
para uma pessoa se adaptar a um meio ambiente.
De acordo com os teóricos, dois processos são centrais no desenvolvimento e aplicação dos valores
humanos. Eles são os processos de abstração e generalização (ALLEN, 2000). Assim, a formação dos
valores humanos acontece da seguinte forma: um indivíduo possui uma experiência de vida com um
objeto. A partir disso ele forma uma crença sobre o objeto baseado nesta experiência. Após a
experiência inicial o indivíduo sumariza todas as suas crenças relacionadas ao objeto e forma,
assim, uma opinião geral sobre o objeto. Então, o indivíduo vai além e sumariza todas as suas
opiniões em relação a todos os objetos percebidos como semelhantes. Esse é o processo de
abstração, que forma os valores. Uma vez que as preferências relativas aos valores humanos estão
formadas, elas podem ser generalizadas para novos objetos. Assim, os valores humanos in�uenciam
as opiniões e crenças com relação a novos objetos, com base na ideia de que este novo objeto irá
reforçar os valores humanos da mesma forma que o objeto original reforçou.
A teoria de valores humanos proposta por Shalom Schwartz de�ne dez tipos de valores, que ele
chama de tipos motivacionais, de acordo com a motivação de cada um deles. Esses dez tipos
motivacionais são frutos de três necessidades universais da condição humana: necessidades
biológicas, necessidades de interação social e ainda necessidade de sobrevivência e manutenção
dos grupos (SCHWARTZ, 2005).
Presume-se que esses tipos motivacionais abrangem o conjunto entre valores motivacionais
distintos reconhecidos entre as culturas (SCHWARTZ, 2005). A partir disso, será feita uma
diferenciação entre dois possíveis níveis de aplicaçãoda Teoria dos Valores Humanos. Os Valores
Humanos podem ser analisados em um nível individual, no qual características pessoais genéticas e
histórias das pessoas são responsáveis pelos valores. Outro nível é o nacional ou cultural, no qual
diferentes aspectos da sociedade e da história de um país são os mais importantes. A teoria de
Schwartz explica as relações entre tipos motivacionais e deixa claro que ou eles podem estar em
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con�ito ou podem ser congruentes entre eles. Isto forma, gra�camente, uma estrutura circular dos
valores humanos, que nos permite observar com clareza as relações de antagonismo e congruência
entre os tipos motivacionais.
Antes de falarmos sobre essa estrutura circular é necessário, porém, descrevermos os 10 tipos
motivacionais que Schwartz propôs. É importante lembrar que esses tipos são, na verdade,
conjuntos de valores, que podem servir apenas a interesses individuais, ou coletivos, ou mistos –
individuais e coletivos ao mesmo tempo. Eles são apresentados no quadro abaixo:
Tipos
Exemplos de
valores
Interesses
Poder social: status social e prestígio, controle ou
domínio sobre pessoas e recursos.
Poder social 
Autoridade 
Riqueza
Individuais
Hedonismo: prazer e sensações grati�cantes para si
próprio.
Prazer
Vida divertida
Individuais
Realização: sucesso pessoal através da demonstração
de competência, de acordo com padrões sociais.
Ambição
Sucesso
Individuais
Estimulação: excitação, novidade e desa�os na vida.
Vida excitante,
variada.
Audácia
Individuais
Autodeterminação: pensamento e ação independente
- escolhas, criação e exploração.
Criatividade
Curiosidade 
Liberdade
Individuais
Benevolência: preservação e promoção do bem-estar
das pessoas íntimas.
Útil
Honesto 
Perdão
Coletivos
Tradição: respeito e aceitação dos ideais e costumes
da sociedade.
Humildade
Aceitação de
minha parte na
vida
Coletivos
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Conformidade: controle de impulsos e ações que
podem violar normas sociais ou prejudicar os outros
Polidez,
obediência
Honrar pais e os
mais velhos
Coletivos
Universalismo: compreensão, apreciação, tolerância e
proteção do bem-estar de todas as pessoas e da
natureza.
Justiça social
Proteção do
ambiente
Igualdade
Mistos
Segurança: harmonia e estabilidade da sociedade, das
relações e do self.
Segurança
nacional
Ordem social
Limpeza
Mistos
Quadro 2 – Tipos Motivacionais dois Valores (SCHWARTZ, 1992).
Os tipos motivacionais de valores são organizados em torno de dois grandes grupos: Abertura à
Mudança versus Conservação; e Autotranscendência versus Autopromoção. Desse modo, as
pessoas que endossam valores contidos em um destes grandes grupos tendem a endossar menos
valores do grupo oposto ao primeiro. Assim, os valores formam um contínuo de motivações que
estão relacionadas entre si. O primeiro grupo, Abertura à Mudança versus Conservação, opõe
valores que enfatizam pensamento e ação independente de um lado, e, do outro, valores que dão
ênfase à preservação de práticas tradicionais e estabilidade. O segundo grupo, Autopromoção
versus Autotranscendência, contrasta valores que enfatizam a aceitação dos outros como iguais e a
preocupação com o seu bem-estar com valores que dão prioridade à busca do próprio sucesso e
poder. O valor do hedonismo está relacionado tanto à Abertura à Mudança quanto à
Autopromoção. Veja, a seguir, uma �gura que descreve gra�camente a relação que foi descrita
acima:
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Há um caminho natural entre endossar determinados valores e em se comportar de forma
compatível a esses valores. Desse modo, caso o indivíduo possua valores de segurança, ele agirá de
forma a buscar atingir esse objetivo de segurança comprando, por exemplo, produtos que
satisfaçam a sua necessidade de segurança (como armas etc.). Entretanto, a relação não é tão
simples e direta, já que ao endossar determinados valores, eles geram necessidades que são
satisfeitas por diversas coisas, e não somente por algo especí�co. Logo, esse indivíduo pode não
adquirir uma arma que o permita satisfazer sua necessidade de segurança, mas sim procurar
produtos que garantam a sua saúde ou saúde da sua família (como alimentos sem agrotóxico, por
exemplo) ou mesmo contratar o melhor plano de saúde para ele e sua família. Apesar de não ter
comprado uma arma, ou seja, apesar de valores humanos gerarem necessidades a serem satisfeitas,
essas necessidades não são satisfeitas por apenas uma coisa em especí�co, mas por diversas coisas
e comportamentos.
VÍDEO
No vídeo, é possível você ver como os valores humanos podem ser utilizados para
intervenções na prática.
Figura 1: Estrutura dos Valores (SCHWARTZ, 1992)
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Além disso, estudos relativos a valores humanos demonstram que as pessoas querem agir de
acordo com seus valores humanos.
Entretanto, valores humanos são apenas mais um fator que podem in�uenciar o comportamento
dos indivíduos. As normas sociais e as atitudes são outras duas grandes fontes de in�uência.
SAIBA MAIS
E uma excelente forma de se medir os valores humanos é apresentada no texto “Escala de
Valores Pessoais: validação da versão reduzida em amostra de trabalhadores brasileiros “
disponível clicando aqui.
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/viewFile/5817/5316

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