Buscar

Resumo disciplina - Filosofia da Psicologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Para Aristóteles:
· Alma é a substância primeira (a forma) enquanto o corpo é a matéria
· São indissociáveis
·  Alma: princípio de determinação, individuação dos corpos - meio do qual certas capacidades corpóreas (digestão, reprodução etc.) vêm a ser - se tornam ato no corpo
· Alma é um “motor” que possibilita que certas capacidades do corpo se tornem concretas
· Sem a alma, não teríamos movimentos que possibilitasse funções fisiológicas 
· Corpo + Alma = indissociáveis - Biologia indissociável da Psicologia em Aristóteles - corpo só é um corpo específico por causa do processo de individuação pela alma 
· Questão da individualidade do corpo sendo pensada de maneira muito próxima da questão da atualização e da formação - recebendo uma forma (ou alma)
· Matéria = potência; Forma = ato
· Matéria possui a potência de se transformar em qualquer coisa 
· A forma é capaz de realizar o ato de transformar 
· O ato é existência - forma realizada na matéria 
· Matéria é a existência potencial ainda não realizada
· Alma é forma: não significa que é a forma geométrica (a morfologia) do corpo, assim como o bronze por exemplo
· Aristóteles fala em 3 almas para os seres vivos - 3 capacidades ou faculdades mais elementares dos corpos vivos: Alma nutritiva (todos os seres vivos possuem, responsável pela vida vegetativa, principal função é a nutrição), sensitiva (só dos animais, concerne o apetite e desejo sexual) e racional (só dos homens, Para Pichot, a psicologia concerne à alma racional ao invés da biologia; mas para Aristóteles, a biologia é indissociável da psicologia (corpo e alma))
· Homem ocupa o topo da escala (três almas) - capaz de falar, pensar, raciocinar
· Alma é uma faculdade que possibilita a realização de certas funções corpóreas - sem ela não seria possível a vida
Para Descartes:
O homem, como sabemos, é uma exceção a todo o restante da natureza, pois é o único que além da extensão (corpo) é dotado também da substância pensante (alma). (p.4)
Se o corpo humano para Descartes é extensão, está submetido às leis físicas que compõem toda a natureza. A essas leis exclui-se, certamente, a substância pensante. “Reconheço com evidência que nada há que me seja mais fácil de conhecer do que meu espírito” (DESCARTES, 1994, p. 136)  (p.8)
Para o autor, a evidência primeira da essência e da existência da substância pensante dá a direção para a cadeia de deduções das demais verdades e dita a possibilidade de um conhecimento rigoroso da alma. Esse conhecimento é conquistado de modo independente do corpo. Na cadeia das representações claras e distintas, a substância extensa (o corpo) é secundária e derivada (p.8)
Para Descartes, se, por um lado não podemos traçar um paralelismo entre a substância extensa e a pensante, por outro, ambas as substâncias se encontram unidas de modo estreito e ininteligível. “União incompreensível”, escreve Granger, “pois mistura e confunde o divisível, que é extensão, com o indivisível, que é pensamento” (GRANGER, 1994, p. 25. cf. Sexta meditação, p. 194). A alma, não apenas alojada no corpo “como o piloto em seu navio” (DESCARTES, 1994, p. 189), está misturada a ele, e compõe com o corpo um todo. Sem semelhante mistura, não seríamos capazes de sensação alguma, dando-nos conta da fome, sede, dor etc. pelo entendimento, “como o piloto percebe pela vista se algo se rompe em seu navio” (DESCARTES, 1994, p. 190). As sensações que chegam ao espírito, uma vez que provêm e dependem da mistura das substâncias pensante e extensa (e não apenas da clareza e distinção da substância puramente pensante), são confusas e obscuras (p.8 e 9)
Resumindo essa questão, para Descartes, a alma é apenas pensante; ela não contribui para a “formação” [“mise en forme”] do corpo. A única ação que ela pode exercer sobre esse corpo diz respeito aos movimentos voluntários [...], ainda que se veja com dificuldade como isso possa ser feito (PICHOT, 1993, p. 349). (p.9)
A diferenciação feita por Descartes entre corpo e alma e a independência de ambos os funcionamentos não significa que a alma esteja sobreposta ao corpo como entidade distinta. Como dissemos, corpo e alma formam uma mistura. A mistura a que se refere Descartes na meditação sexta não nos autoriza, todavia, a pensar que a alma receba imediatamente a impressão das partes do corpo ou que ela age sobre ele. O vínculo entre o divisível e o indivisível, entre extensão e pensamento é feito por uma pequena parte do cérebro, “aquela onde se exerce a faculdade que chamam o senso comum, a qual, todas as vezes que está disposta da mesma maneira, faz o espírito sentir a mesma coisa” (DESCARTES, 1994, p. 195, grifo nosso). A capacidade da alma de experimentar as sensações advindas dos cinco sentidos e de unificá-las em uma só representação se funda sobre um “sexto sentido”, que unifica os que o precedem. Essa faculdade, capaz de dar comunicabilidade às sensações provindas dos diferentes órgãos dos sentidos, é concebida como um órgão corporal, a saber: a glândula pineal. Se a alma está unida a todo o corpo, misturada a ele, não obstante, ela exerce todas as suas funções sobre uma parte determinada do corpo, qual seja: na glândula pineal. A alma se une ao corpo pelo sistema nervoso, responsável por filtrar os espíritos animais (p.10)
· Mecânica do movimento dos corpos em geral e a mecânica do movimento nos corpos vivos para Descartes, tudo o que é do domínio da Física (da natureza) remetido ao corpóreo é substância extensa - todo corpo é extensão (alçada da geometria) 
· Movimento dos corpos: autonomia no interior da natureza: princípio de individuação dos corpos - a alma era a “forma” (Aristóteles) - Para Descartes é o movimento que individua a matéria
· Conhecimento conquistado independentemente do corpo - não depende das nossas sensações, mas sim de um movimento intelectual de conhecimento próprio da alma, e não da substância extensa do corpo
· Não há paralelo entre corpo e pensamento - mas se encontram unidas ininteligível, pois mistura e confunde o divisível (extensão - corpo) do indivisível (pensamento)
· Alma se mistura ao corpo e compõe uma totalidade com ele 
· Isso possibilita nossas sensações - percebemos a partir do entendimento (alma - pensamento)
· Sensações que chegam ao espírito - confusas e obscuras
· Não compromete a ordenação na natureza: submetido às leis físicas do movimento
· Alma: una - não se submete a distinção da alma - corpo condenado à ausência de qqr princípio formador
· A alma não dá mais a “forma ao corpo” (Aristóteles) 
· Alma não está em uma ação única com o corpo - apenas em relação aos movimentos voluntários (mediada por uma série de funções corporais, mas não é uma ação direta sobre o órgão, mas sobre uma parte do corpo, que transmite o movimento para outros lugares
· A alma é apenas pensante, não contribui para fatores de geração e de formação do corpo
· O mais seguro não é o corpóreo, é o conhecimento, o pensamento
· Os conhecimentos do corpo não são seguros para fundamentar a ciência 
· Alma (instância pensante): fundamentação do conhecimento
· Alma não tem papel formativo ao corpo 
· Alma: exerce sobre o corpo movimentos voluntários - não é direta (feita por uma parte específica do nosso corpo: glândula pineal)
· Glândula pineal: onde corpo e alma se conectam 
· Movimento de parte em relação à parte: não há uma relação das partes com o todo 
· Se perde a ideia e movimento total - movimento local
· Alma exerce ação sobre a gl. pineal - gl. que vai transmitir os movimentos para o restante do corpo: movimentos voluntários
· ALMA: só existe nos seres racionais
· A alma não está sobreposta ao corpo como uma entidade distinta para Descartes
· Forma uma mistura 
· Há a possibilidade de sensação 
· A alma não recebe imediatamente as impressões do corpo e nem age diretamente sobre o corpo - gl. pineal 
· Alçada divisível ou indivisível = vínculo: senso comum - nosso espírito sente a mesma coisa 
· Alma permite os sentidos, a partir de um sentido único (unifica os 5 outros sentidos em uma só representação dos sentidos)
· Comunicabilidadeàs sensações dos diferentes órgãos: órgão corporal: gl. pineal - onde a alma exerce todas as suas funções no corpo
Para Kant:
· (início aula 6) Nossa percepção é de natureza subjetiva, nós temos acesso apenas a representação das coisas, e não a elas, e a construção da representação são feitas pelo espaço e tempo, anteriores a própria experiência, forjando representações. Impossibilidadede se pensar a psicologia como ciência já que não seria possível fazer experimentação com a nossa alma.
· Divisor na maneira de pensarmos a construção do mundo e de nós mesmos - fundamental para que uma nova geração de pensadores revejam as estruturas do conhecimento a partir de Kant
· A originalidade de Kant não está em expulsar da natureza a ideia de mecanicismo 
· A maneira mecanicista de pensar a natureza vai ser mantida, mas vai ser mantida ao lado de uma outra maneira de se pensar a natureza 
· Isso significa que há dois modos de julgar um objeto que não se excluem: mecânica (explica o fenômeno e determina a caracterização da natureza) ou técnica
· Corpo humano ou qualquer outro corpo podem ser vistos, a partir disso, como massas mensuráveis - capazes de chegar a um conhecimento universal
· Sem fazer apelo à qualquer força misteriosa que age externamente à natureza e que retire dela sua autonomia, Kant afirma que os corpos podem ser julgados como não estando submetidos às leis universais determinadas, mas a princípios universais indeterminados (não são particulares e não são postos em categorias determinantes) de uma ordenação final da natureza em um sistema
· princípios universais indeterminados - há uma ordenação final (finalidade) da natureza em um SISTEMA: RELAÇÃO DAS PARTES COM O TODO - RELAÇÃO RECÍPROCA DAS PARTES COM O TODO.
· Ex.: funcionamento de um corpo vivo, corpo humano: tenho um “sistema” (KANT) - partes diferentes que compõem uma certa totalidade, ex.: sist. circulatório: composto de diversas partes, sangue composto de partículas (julgadas segundo princípios objetivos ou subjetivos). Objetivos: ciência mensurável sobre a temperatura, quantidade etc. para tirar uma visão daquela parte à qual me proponho a investigar - não relaciono ela com outras partes (colocando dentro de certas categorias, conceituando o sangue).
· Corpo na sua totalidade e tento pensar nele a partir de outra ideia: ideia de vida, por exemplo. O que me permite dizer que este corpo está vivo ao contrário de uma pedra? Posso pensar que nesse corpo existem certos acordos internos entre cada uma das partes que o compõem (funcionamento do corpo como um todo) - o que me permite caracterizar como um corpo vivo? Não tenho a possibilidade de mostrar a forma do sistema inteiro vivo - intuir tudo que acontece no corpo humano ao mesmo tempo, porque é muito complexo, mesmo assim, posso, por meio de certas leis empíricas, que me são dadas na experiência que eu tenho com a coisa ali mesma, classificar essa coisa em um sistema da natureza, que posso denominar de “vivo”. 
· Essas leis empíricas podem ser dadas nas sensações que tenho em mim mesmo. Não preciso levar isso ao laboratório e metrificar. Eu posso ter um julgamento da coisa por meio das relações de cada uma das partes (ou do acordo que existe entre elas), imaginar, ou julgar, que existe um acordo entre as células para um bom funcionamento
· Funcionamento dos sistemas dentro do corpo tenderia para a feitura da melhor maneira das suas funções - tudo isso forma um todo que não consigo abarcar no meu pensamento por meio de um conceito fechado o que seja a vida: não consigo conhecer os meandros da vida até o último fragmento de processos químicos e físicos que ocorrem dentro de cada célula - NÃO CONSIGO CONSTRUIR UM CONHECIMENTO CIENTÍFICO OBJETIVO A PARTIR DE TUDO 
· Contudo, consigo julgar, por meio de um acordo interno que minha experiência me dá ao ver a coisa - consigo julgar que é um corpo vivo, porque há um acordo entre as partes que é diferente do acordo que existe entre as partes de um corpo não-vivo, uma pedra, por exemplo.
· Consigo ver, pela minha experiência que esse corpo vivo cresce, se multiplica, sem que eu tenha que construir um conhecimento científico até os últimos fragmentos daquela coisa
· 
· Do mesmo modo que não temos a experiência da totalidade do mundo, a relação de um organismo e um criador não pode ser conhecido - o fenômeno só pode ser explicado quando são dadas na experiência as condições de sua explicação
· Nenhum fenômeno pode ser explicado por meio de conceitos ligando a um criador, fazendo uma ciência a partir da ideia de que existe um deus que tem as intenções de criar a natureza a partir de tais leis (como feito por Descartes), nem pensar que pode ser dado um conceito ao todo absoluto do mundo, tanto é que o Kant vai tirar da possibilidade de CONHECIMENTO: deus, a imortalidade da alma e o problema da gênesis do mundo: esses fenômenos não podem ser dados pela experiência de maneira nenhuma
· Kant não soluciona o problema da relação causal e consequentemente da origem dos organismos (elementos não são dados na experiência)
· Mas constata algo evidente: no organismo tudo é reciprocamente meio e fim, porque há a relação todo e parte
· Com isso, a noção instrumentalizada do órgão, tal como concebida por Descartes, ou seja, a finalidade como sendo inscrita no seu interior, é pulverizada, uma vez que o meio e o fim se correspondem reciprocamente.
· 
. E isso tudo não ocorre fora de nós - não acontece fora da nossa intuição sensível - portanto, é condição de existência das coisas como fenômenos (como coisas representadas para nós)
. Só podemos ter conhecimento de algo quando esse algo for determinado pelas formas da nossa intuição sensível. Enquanto algo indeterminado, esse objeto não é nada para nós. Só quando ele passa por uma determinação (dá uma característica particularizado para a coisa num certo espaço em um período de tempo (momento), e isso sendo formas da nossa intuição sensível, é que podemos, então, ter a intuição sensível de um objeto - tomar um objeto como um fenômeno
· Alma (unidade absoluta de nós com nós mesmos - do sujeito com ele mesmo)
· Mundo (em unidade absoluta da experiência do mundo)
· Deus (condição suprema para que tudo exista)
· Não se pode pensar em ciência para a alma, para o mundo em sua unidade absoluta ou a ideia de deus como sendo a condição suprema de possibilidade de qualquer coisa é possível pensar, mas não conhecer cientificamente
· Não admite que se tome a alma como uma substância, perdendo a possibilidade de se pensar a alma como algo fenômeno, mas como uma coisa que existe independente do fenômeno - independente de se considerar faculdades cognitivas, espaço e tempo etc.
· A alma não é um objeto de intuição (não pode ser colocada sob o tempo e o espaço), portanto não é nada (posso pensá-la, não conhecê-la)
· Portanto, não podemos colocar a coisa pensante como fundamento de conhecimento nenhum = necessário tirar a coisa do centro e passar o sujeito transcendental (ordem do fenômeno do pensamento) e refletir sobre o método que o conhecimento é construído = se questionar sobre as bases apriorísticas do nosso conhecimento
· ALMA: substância simples e única; CORPO: substância composta da personalidade e da idealidade da referência externa

Outros materiais