Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Excelentíssimo (a) Sr. (a) Doutor(a) Juiz (a) de Direito da ____ Vara Cível da Comarca de ______ - __. Joaninha Silva, nacionalidade, estado civil, empregada domestica, portadora da cédula de identidade de nº 000.000, e CPF de nº 000.000.000-00, Residente e domiciliada na Rua ______, nº ___, Bairro _______, CEP ________, Cidade _______ - __. Por seus advogados infra-assinados, com escritório na rua, nº, bairro, cidade, cep, onde recebe intimações(e-mail), vem, respeitosamente perante Vossa Excelência propor: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRÂNSITO Em face de Besouro Ribeiro, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade de nº 000.000, e CPF de nº 000.000.000-00, Residente e domiciliada na Rua ______, nº ___, Bairro _______, CEP ________, Cidade _______ - __, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe: Do Pedido de Gratuidade da Justiça: Inicialmente, requer que seja deferida a parte requerente o benefício da assistência judiciaria nos precisos termos do Art.5º, LXXIV, da Constituição Federal, conjuntamente com as disposições encontradas nos artigos 98 e seguintes, do Código de Processo Civil. Junta, nesta oportunidade, declaração de hipossuficiência e demais documentos necessários à concessão do benefício solicitado. Dos Fatos: No dia _ do mês de ____ de 2020, a autora andava tranquilamente pela Rua das Flores, assim quando ela atravessava a faixa de pedestres foi violentamente atropelada, por um veículo modelo _____, Placa _____ , conduzido pelo réu, conforme Boletim de Ocorrência nº __ aqui anexado, o condutor furou e ultrapassou o sinal vermelho, não respeitando a faixa de pedestres. Em razão desse terrível fato, a autora foi conduzida para o hospital, onde ficou internada em estado grave por 30(trinta) dias, sendo realizada cirurgia em suas duas pernas, que foram fraturadas no acidente. A autora que trabalhava como empregada doméstica, por conta do acidente teve que assumir a dívida do hospital no importe de R$ 30.000,00 (Trinta mil reais) precisando assim, em razão do valor, vender um terreno para saldar a mesma. Não obstante, o Réu se recusou a dar a assistência devida a Sr.ª. Joaninha, negando-se ainda a ajudar a autora com as custas do hospital. Além, de carregar sequelas físicas, a autora ainda sofreu alto prejuízo monetário, pois tinha planos futuros para seu terreno, que ora foi vendido. Sofrendo ainda o ônus de ficar impossibilitada de continuar seu trabalho como empregada doméstica, pelos ferimentos sofridos nas pernas, configurando assim lucro cessante. O evento danoso deixou sequelas físicas, estéticas e morais, além de ter configurado em danos patrimoniais e lucros cessantes. Do Direito I – Dos Danos Materiais e Lucros Cessantes. A autora que já não possui condições financeiras; perdeu em decorrência do acidente, seu único bem material: seu terreno, que trabalhou durante anos afins para que pudesse ter condições de adquirir. Sem mencionar, o tocante ao resultado desse acidente, que resultou nas fraturas e sequelas em suas pernas, que simplesmente são instrumentos importantes para sua vida, quanto para a execução de sua função, como empregada doméstica. Sendo cessada, sua possibilidade de trabalhar, os danos sofridos englobam valores altíssimos, considerando a vida batalhadora e as condições financeiras da autora. O art. 927 do CC: "Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo". È provado, ato ilícito cometido pelo réu, de uma só vez ele cometeu duas infrações gravíssimas perante o Código de Trânsito Brasileiro: furar sinal vermelho e deixar de dar preferência a pedestre em sua faixa. Art. 208 do CTB: Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória: Infração - gravíssima; Art. 214 do CTB: Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado: I - que se encontre na faixa a ele destinada; II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal verde para o veículo; Infração - gravíssima; Aqui, não se discute os méritos do CTB, mais apenas para deixar ainda mais claro os atos ilícitos que o réu cometeu. Logo, o mesmo deve ressarcir todas as despesas hospitalares e afins, além de 1(um salário), que a autora deixou de aferir, com sua internação de 30 dias, sendo no mínimo um mês sem salário, e ainda, o mesmo valor monetário de acordo com o tempo em que a autora estiver em recuperação e impossibilitada de exercer seu ofício, hipótese de lucros cessantes. Caso a autora, após o período de recuperação ficar com sequelas que a impossibilite de voltar ao trabalho, rogará por seu direito de pensão vitalícia, como resguarda o Código Civil: Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. II- Da Negativa em Assistência Como já mencionado acima, a autora procurou o réu, para que ele pudesse lhe prestar assistência no que tange as custas do hospital, assistência essa negada veemente pelo mesmo, que nada fez para ajudar ou auxiliar a vitima do acidente que ele mesmo causou. III- Dos Danos Morais Além do trauma psicológico, as sequelas físicas do acidente exigem grande esforço físico da autora, privando-a de executar seu único modo de subsistência e projetando assim um enorme percalço em sua vida financeira e cotidiana no que tange ao seu futuro próximo. O Art. 186 do Código Civil preceitua: Aquele que, por ação ou omissão voluntaria negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. É fato que autora sofreu um grande dano moral, visto que, teve o curso de sua vida totalmente alternada em decorrência do acidente sofrido, não estaria aqui sendo um pedido banal ao juízo. Diante do exposto, requer a condenação do Réu a pagamento de indenização por Danos Morais no valor de R$ 8.000,00 (Oito mil reais). Dos Pedidos Ante o exposto, requer: A) A citação do réu para que, querendo, ofereça contestação no prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia; B) A condenação do réu ao pagamento de indenização pelas perdas e danos que sua imprudência e imperícia impuseram à autora no valor de R$ 30.000,00(trinta mil reais), bem como seja condenado ao valor condizente aos lucros cessantes, no importe de R$ 5.000,00(cinco mil reais) e R$ 8.000,00(oito mil reais) em danos morais. C) Caso a autora tenha sequelas permanentes, a condenação ao réu a pagar pensão vitalícia no valor de 1 (um) salários-mínimos de maior valor vigente no País. D) A condenação do executado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos, perícia técnica e oitiva de testemunhas. Nos termos do art. 319, VII, do CPC, a requerente registra que não se opõe à designação de audiência de conciliação. Dá-se à Valor a Causa de R$43.000,00(Quarenta e Três Mil Reais). Termos em que Pede Deferimento. Município , 25 de Março de 2020. Lauryanne Dias Sousa Pereira OAB/MG Núbia Luana Freitas Silva OAB/MG Thiago José Mombach OAB/MG
Compartilhar