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Adam Smith e David Ricardo

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Comparação: Adam Smith e David Ricardo 
Fundamentos de Macroeconomia
Introdução
Adam Smith e David Ricardo surgem no século XVIII, e a partir disso, dão início à Escola Clássica, propondo grandes alterações ao que havia sido exposto até então pelos fisiocratas e mercantilistas. Eles foram responsáveis por explicarem teorias como a Teoria do Valor, Teoria da Distribuição, Teoria da Renda da Terra e a Teoria do Lucro, suas reflexões impactam e servem de base até hoje nas discussões econômicas, sendo pensadores muito importantes da Economia Moderna. Apesar disso, cada autor desenvolveu as teorias seguindo posicionamentos diferentes, tendo Ricardo usando a obra de Smith como referência.
Adam Smith
Nascido em 1723 na Escócia, Adam lecionou em Oxford e Gaslow, ele é considerado o pai da economia pois foi o primeiro a criar um modelo de econômico coerente com a realidade da época, onde ele ligava vários fatores de mercado. Suas principais obras foram o intitulados de: “A Riqueza das Nações” e “A Teoria dos Sentimentos Morais”, as quais deram fim a influência fisiocrata e deram base à Escola Clássica. 
Smith tira a sua base a partir da observação das relações comerciais inglesas, onde a manufatura já estava estabelecida. Para ele, as trocas eram naturais aos seres humanos. E a partir disso, acontece a divisão do trabalho, onde cada pessoa se especializa onde deseja. Com isso, ele tenta demonstrar que o mercado tem efeito de coesão social. O autor considerava que a busca pela riqueza era sinônimo do ser humano querer melhorar, e com isso, melhorava a sociedade. Smith também afirmava que as pessoas escolhiam ter a melhor conduta, assim, não desejavam ferir a liberdade do outro.
David Ricardo
Nascido na Inglaterra em 1772, David era filho de um investidor bem sucedido da época, e decidiu seguir na bolsa de valores, também fazendo fortuna. Foi um teórico sobre Economia Política, identificado como o sucessor de Adam e sendo um grande influenciador nas futuras gerações de estudiosos da economia, uma de suas teorias mais importante é a “Teoria das Vantagens Comparativas”. 
Para David Ricardo, a Economia Política era uma ciência que se debatia sobre a distribuição do produto social entre as três classes da sociedade, divididas em: renda, salários e lucros. Cada uma dessas correspondendo respectivamente aos proprietários de terras, aos trabalhadores e aos capitalistas. Ricardo conclui que as reivindicações feitas pelos capitalistas eram justas e deveriam ser atendidas. Apesar de ser um homem rico, defendeu imposto sobre o capital para liquidar a dívida nacional. 
Teoria do Valor 
Para Smith, um bem ou serviço não tem o seu valor de troca proporcional à sua utilidade ou satisfação, mas sim ao tempo demandado de fabricação ou execução. Com isso, ele usa o raciocínio de que o valor não está ligado ao uso, mas sim ao trabalho. E apesar do trabalho ser uma medida de valor, ele não calcula o mesmo, pela dificuldade de medida. Ele afirmava que o dinheiro é apenas o valor nominal e que o trabalho é o valor real. Sendo assim, um produto que foi feito em duas horas só poderia ser trocado por outro que foi feito no mesmo tempo. 
Para Ricardo, a linha Smithiana sobre a Teoria do Valor é coerente, mas ele acrescenta que no valor de uma mercadoria deve ser contabilizado os esforços dos instrumentos usados na sua confecção, e não apenas no trabalho realizado na produção final. Para ele, o fato do lucro não retornar o lucro integralmente ao trabalhador, não impediria de ter seu valor medido pelo trabalho. Ele também fala que alguns produtos podem ter maior valor só pelo fato de serem escassos. Um exemplo que pode ilustrar a Teoria do Valor é: a água tem uma utilidade maior que a do diamante, mas pelo processo de trabalho do diamante ser maior que o da água e por ser mais escasso, ele é possui um maior valor.
Apesar de David discordar de alguns pontos, ele valorizava muito na teoria de Smith a característica de ser uma economia capitalista simples, onde a quantidade de trabalho contido seria considerado.
Hoje em dia, existem teorias muito mais completas, mas essa específica serviu de base na formação de outras ao longo dos anos.
Teoria da Distribuição
Nessa teoria, Smith diz que é necessário um contrato entre o empregador e o trabalhador, onde ficaria explícito o salário que deveria ser pago, respeitando a condição de que fosse um valor no qual o proletariado pudesse ter uma vida digna, até porque quando as pessoas individualmente tem poder de consumo, a sociedade cresce como um todo de forma mais rápida. Adam, não era pessimista em relação a isso porque ele acreditava na benevolência das pessoas. E ainda afirma que o capitalista tem maiores lucros quando os salários são mais altos, até porque, com melhores salários a classe operária poderia, não só consumir mais, mas também especializar a sua mão de obra. 
Para Ricardo, a formação e definição de classes sociais é um importante objeto de estudo e de desenvolvimento da vida econômica. Na sua obra “Princípios de Economia Política e Tributação” ele coloca que a ordem natural do sistema capitalista e a regulamenta era que a parcela do produto que que representava a remuneração, era determinada como o salário dos trabalhadores que vendiam sua mão de obra; a remuneração fundiária remunerava a terra onde o trabalho era executado; e a parcela atribuída ao lucro, remunerava o capital investido no negócio. 
Teoria do Lucro
Para Adam, o lucro é flutuante e não tem como prever de forma certeira o seu valor, mas o considerava justo porque ele advém do capital investido junto aos riscos corridos pelo capitalista, sendo assim, totalmente justificado. David não concordava muito com essa teoria, para ele a taxa de lucro está ligada a determinação da renda fundiária. Ou seja, a taxa de lucro geradas na economia dependem diretamente das taxas de lucro da agricultura. Com isso, ele acreditava que a longo prazo, as taxas ficariam menores de acordo com o estabelecimento da concorrência.
A intervenção do Estado na Economia
Adam Smith não concordava com a intervenção do Estado na Economia, para ele há uma mão invisível do mercado que de acordo com a concorrência, julgadas pela oferta e a demanda, se estabeleceria um ponto de equilíbrio. Inclusive o livre mercado deveria se estender ao comércio internacional, com isso os preços internos também ficariam mais competitivos e não só na vontade dos capitalistas, David Ricardo concordava com Smith, inclusive, na época foi contra à Lei dos Cereais.
Comércio Internacional
Nesse tema, Adam defendia a Teoria das Vantagens Absolutas, na qual era dito que cada país deveria se especializar em um bem que poderia produzir com menores custos. Por exemplo, se a França produzisse o item A por $50 e o B por $40 e a Inglaterra produzisse o mesmo item A só que por $40 e o item B $50, a França deveria se especializar na fabricação e exportar o item B, enquanto na Inglaterra o foco de exportação deveria ser direcionado ao item A.
David Ricardo discordava e acreditava que a Teoria das Vantagens comparativas era mais eficaz. Nela é dito que um país deve focar na produção do bem que é mais barato para si, independente do custo de produção ser mais barato em outra nação. Então, por exemplo, se para a França o item A tivesse um custo de produção de $70 e o B de $80, e na Inglaterra o custo de produção do item A $100 e do B $ 90, a França deveria se especializar no item A e a Inglaterra no item B. 
A teoria de Smith apresenta uma falha que, caso um país não possuísse nenhum bem de produção mais barato comparado a outras nações, ficaria fora do mercado internacional. Com a teoria de David, não haveria essa limitação. 
Divisão do trabalho
Sobre a Divisão do Trabalho Adam e David concordam, a teoria inclusive é válida até hoje, ela foi elaborada por Smith. Para ele, o trabalhador deveria se especializar em uma única função, com isso pouparia o tempo na troca de atividade, a mão de obra seria melhor aperfeiçoada já que o empregado teria contato diário a uma única funçãoe, ainda, facilitaria na invenção de maquinário especializado, características na qual aumentariam o lucro relacionado. 
Teoria do Excedente Econômico
Anteriormente, os fisiocratas afirmavam que apenas a agricultura poderia gerar um excedente no lucro, mas tanto Adam Smith quanto David Ricardo discordavam dessa afirmação, pois diziam que a indústria também poderia gerar esse excedente, já que ela pega um item bruto e após um processo o transforma em um bem de consumo

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