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Auditoria Ambiental

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Seja bem Vindo! 
Curso 
 Auditoria Ambiental 
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3 
Conteúdo: 
 
 
História da Auditoria Ambiental ............................................................................ Pág. 10 
Características dos Processos de Auditoria Ambiental ........................................ Pág. 13 
Tipos de Auditoria ................................................................................................ Pág. 14 
Etapas da Auditoria Ambiental ............................................................................. Pág. 15 
Diretrizes para Auditoria Ambiental – Princípios Gerais – NBR ISO 14010 .................. Pág. 17 
Diretrizes para Auditoria Ambiental – Procedimentos de Auditoria – Auditoria 
de Sistemas de Gestão Ambiental – NBR ISO 14011 ......................................... Pág. 20 
Diretrizes para Auditoria Ambiental – Critérios de Qualificação para Auditores 
Ambientais - NBR ISO 14012 ............................................................................... Pág. 27 
Planejamento da Auditoria ................................................................................... Pág. 31 
Execução da Auditoria Ambiental ........................................................................ Pág. 34 
Sistema de Gestão Ambiental .............................................................................. Pág. 39 
Auditoria Ambiental e Sustentabilidade ................................................................ Pág. 41 
Licença Ambiental ................................................................................................ Pág. 44 
Estudo de Impacto de Vizinhança ........................................................................ Pág. 46 
Estudo de Impacto Ambiental (Eia) / Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) ..... Pág. 49 
Monitoramento Ambiental .................................................................................... Pág. 52 
Avaliação Econômica de Recursos e Danos Ambientais ..................................... Pág. 54 
Avaliação de Risco Ambiental .............................................................................. Pág. 58 
Auditoria de Conformidade Legal ......................................................................... Pág. 59 
A Responsabilidade Penal e Civil dos Auditores Ambientais ............................... Pág. 61 
Protocolo de Auditoria Ambiental ......................................................................... Pág. 64 
Auditoria Ambiental em Foco ............................................................................... Pág. 89 
 
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7 
CAPÍTULO I – Introdução 
 
 
 
 
De acordo com a NBR ISO 14010 (ABNT 1996c), auditoria ambiental é o 
processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e 
avaliar, de forma objetiva, evidências de auditoria para determinar se as 
atividades, eventos, sistema de gestão e condições ambientais 
especificados ou as informações relacionadas a estes, estão em 
conformidade com os critérios de auditoria, e para comunicar os resultados 
deste processo ao cliente. 
 
Auditoria ambiental: um instrumento para determinar a natureza e a 
extensão de todas as áreas de impacto ambiental de uma atividade 
existente. A auditoria identifica e justifica as medidas apropriadas para 
reduzir as áreas de impacto, estima o custo dessas medidas e recomenda 
um calendário para a sua implementação. 
 
 
Evolução da Auditoria Ambiental 
 
As auditorias originaram-se nos Estados Unidos, onde, na década de 70, 
foram realizadas voluntariamente. 
Nos EUA, os requisitos da Securities and Exchange Commission (SEC) 
exerceram um peso considerável no desenvolvimento de auditorias, 
utilizadas como técnica. 
As auditorias consistiam de análises críticas do desempenho ambiental ou 
de auditorias de conformidade, uma vez que seu objetivo era reduzir os 
riscos dos investimentos quanto às ações legais, resultantes das operações 
das empresas. 
A partir do final da década de 80, as auditorias ambientais se tornaram uma 
ferramenta comum de gestão nos países desenvolvidos, e é cada vez maior 
sua aplicação nos países em desenvolvimento, tanto pelas empresas 
internacionais quanto pelas nacionais. 
No Brasil, as auditorias ambientais já fazem parte do cotidiano das 
empresas, seja na busca pela certificação de acordo com a norma NBR ISO 
14001, pelo incremento e rigor da legislação ambiental ou pela determinação 
da realização de auditorias ambientais por alguns Estados, como: 
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8 
 Santa Catarina; 
 Paraná; 
 Rio de Janeiro; 
 Espírito Santo; 
 Ceará; e 
 Amapá. 
 
O mesmo ocorre para alguns segmentos, em nível federal, como por 
exemplo: 
 Portos; 
 Terminais marítimos; e 
 Atividades de exploração e produção de petróleo. 
Existem diferentes aplicações do termo “auditoria ambiental”, de acordo com 
as necessidades da empresa. 
As aplicações variam de auditorias únicas a sofisticados programas, que se 
desenvolvem junto com a gestão empresarial de algumas empresas. 
Independentemente de qual seja a sua solicitação, se externa ou interna à 
organização, é possível adequar a auditoria ambiental às reais necessidades 
da organização. 
Diferentes tipos de auditoria servem a esse propósito. Os tipos mais comuns 
de auditoria utilizados pelas empresas são: 
 
 Auditoria de gestão ambiental; 
 Auditoria de conformidade legal; 
 Auditoria de sistemas gerenciais; 
 Auditoria técnica; 
 Auditoria de processos; 
 Auditoria de risco; 
 Auditoria de desempenho; e 
 Deudiligence (ou de responsabilidade). 
No mundo de hoje, para acrescentar valor às organizações, a auditoria não 
se poderá alhear dos problemas ambientais e da qualidade, como tal, o novo 
conceito de auditoria interna alarga a amplitude da auditoria de gestão. 
O Instituteo fInternal Auditors (IIA, 1999), define Auditoria Interna como: 
“Uma atividade independente, de avaliação objetiva e de consultoria, 
destinada a acrescentar valor e melhorar as operações de uma organização 
na consecução dos seus objetivos, através de uma abordagem sistemática e 
disciplinada, na avaliação dos processos da eficácia da gestão de risco, do 
controle e de governança” (tradução do IIA – Portugal, 1999). 
Assim, a auditoria ambiental é uma parte da auditoria de gestão, em que o 
sistema a ser auditado é o ambiente com todos os seus processos, riscos e 
controles. 
Este tipo de auditoria não difere significativamente de qualquer outra 
auditoria interna, ideia que foi reforçada pelo IIA, que se pronunciou 
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9 
relativamente a esta temática e sugeriu que fosse incluída no estatuto ou na 
declaração de responsabilidade da auditoria interna das organizações, a 
capacidade da mesma em matéria de gestão ambiental, considerando, além 
disso, que não se deve prescindir da auditoria interna em nenhuma atividade 
da gestão. 
Ao mesmo tempo e desde 2002, o IIA mudou os exames de certificação dos 
auditores internos, passando a incluir, nos mesmos, matérias ambientais. 
A auditoria, no domínio das normas internacionais de certificação, quando 
considerada em sentido lato, assume a mesma perspectiva de 
horizontalidade e de transversalidade. A auditoria ambiental colhe das 
auditorias contabilístico-financeiras, operacionais e de conformidade, 
objetivos, procedimentos, testes e métodos de análise, o que conduz à 
construção de uma metodologia que permite formar uma opinião e emitir um 
parecer fundamentado. 
Os auditores são levados a desenvolver habilidades e competências, em 
função do grau de responsabilidade e idoneidade de sua função e da 
emissão de suas opiniões sobre a fidedignidade das informações e dados 
contidos nas análises. Sá (1998) explica que o profissional necessita cada 
vez mais utilizar a inteligência emocional, ou seja, usar, conjuntamente, a 
emoção, a razão e a reflexão, como um instrumento para aprimoraro 
comportamento ético no trabalho. 
Sem dúvida, o caráter moral e o profissionalismo de um auditor devem ser 
inquestionáveis, uma vez que este profissional é um importante apoio no 
processo de gestão. 
O auditor necessita procurar desenvolver seu trabalho com a mente aberta e 
buscar as conclusões em evidências objetivas. Ou seja, o auditor dever 
manter um comportamento ético adequado às exigências da sociedade. 
Não basta apenas conhecimento técnico, por melhor que ele seja, mas, sim, 
é preciso encontrar uma finalidade social superior nos serviços que executa. 
Por fim, observa-se, de acordo com Vasconcelos e Pereira (2004), que o 
auditor tem, como qualquer outro profissional, direito e obrigações 
decorrentes do exercício de sua atividade. Ele tem a obrigação de 
desenvolver suas tarefas com dedicação e qualidade (responsabilidade 
funcional), atualizando-se, constantemente, para, cada vez mais, oferecer 
respostas compatíveis com as necessidades da empresa; tem o dever do 
cumprimento às normas que regulam o exercício da profissão; tem, ainda, 
um dever moral para consigo mesmo, com a classe e a sociedade 
(responsabilidade ética e social). 
O auditor apresenta, também, a obrigação de manter independência em 
seus juízos, buscando uma visão verdadeira dos fatos observados, 
desprovidos de qualquer interesse particular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 
CAPÍTULO II - História da Auditoria Ambiental 
 
 
 
 
A auditoria ambiental surgiu nos Estados Unidos, no final da década de 70, 
com o objetivo principal de verificar o cumprimento da legislação. Ela era 
vista pelas empresas norte-americanas como uma ferramenta de 
gerenciamento, utilizada para identificar, de forma antecipada, os problemas 
provocados por suas operações. Essas empresas consideravam a auditoria 
ambiental como um meio de minimizar os custos envolvidos com reparos, 
reorganizações, saúde e reivindicações. 
Muitas empresas aplicavam a auditoria para se prepararem para inspeções 
da Environmental Protection Agency (EPA) e para melhorar suas relações 
com aquele órgão governamental. 
O papel da EPA, em relação às auditorias ambientais, tem-se alterado com o 
passar do tempo: 
 
 1980 - requerida a implantação de programas de auditoria ambiental a 
qualquer empresa que causasse danos ao meio ambiente; 
 
 1981–passou a encarar a auditoria ambiental como de utilização 
voluntária por parte das empresas e as incentivava a adotá-la, 
fornecendo, em contrapartida, por exemplo, a agilização de processos 
de pedidos de licença e a diminuição no número de visitas de 
fiscalização; 
 
 1982 – assumiu o papel de incentivadora de auditorias voluntárias, 
sem conceder benefícios, e de fornecedora de assistência a 
programas de auditoria ambiental. 
Na Europa, a auditoria ambiental começou a ser utilizada na Holanda, em 
1985, em filiais de empresa norte-americanas, por influência de suas 
matrizes. Em seguida, em outros países da Europa, a prática da auditoria 
passou a ser disseminada em países como Reino Unido, Noruega e Suécia, 
também por influência de matrizes americanas. 
É na Europa, em 1992, no Reino Unido, que surgiu a primeira norma de 
sistema de gestão ambiental, a BS 7750 (BSI, 1994), baseada na BS 5770 
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11 
de sistema de gestão da qualidade, onde a auditoria ambiental encontra-se 
ali normalizada. 
Na sequência, outros países, como, por exemplo, França e Espanha, 
também apresentam suas normas de sistema de gestão ambiental e de 
auditoria ambiental. 
No Brasil, a auditoria ambiental surgiu, pela primeira vez, por meio de 
legislação, no início da década de 90, quando da publicação de diplomas 
legais sobre o tema, citados a seguir: 
 
 Lei nº. 790, de 5/11/91, do Município de Santos/SP; 
 
 Lei nº. 1.899, de 16/11/91, do Estado do Rio de Janeiro; 
 
 Lei nº. 10.627, de 16/ 01/92, do Estado de Minas Gerais; 
 
 Lei nº. 4.802, de 2/8/93, do Estado do Espírito Santo; 
 Projeto de Lei Federal nº. 3.160, de 26/8/92; 
 
 Anteprojeto de Lei, do Estado de São Paulo. 
 
Internacionalmente, a auditoria ambiental sobre uma base normalizada, 
começou a ser discutida em 1991, com a criação do Strategic Advisory 
Groupon Environment (SEGA), no âmbito da ISSO. 
A discussão se amplia mundialmente, em 1994, com a divulgação dos 
projetos de norma dentro da série ISO 14000. 
Em 1996, tais projetos de norma são alcançados à categoria de normas 
internacionais, sendo adotadas pelos países participantes da ISO. 
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) apresentou, 
em dezembro de 1996, as NBR ISO 14010, 14011 e 14012, referentes à 
auditoria ambiental. 
 
Segundo a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), em 
1996, a auditoria ambiental foi definida como sendo uma revisão sistemática, 
documentada periódica e objetivamente, por parte das entidades reguladas, 
sobre as práticas e operações de suas instalações, relativas aos requisitos 
ambientais. 
Neste mesmo período, a Câmara de Comércio Internacional expõe, em sua 
definição, como sendo um instrumento de gestão que abrange uma 
avaliação sistemática, documentada, periódica e objetiva de como a 
organização, a gestão e o equipamento ambiental estão a atuar, com o 
objetivo de ajudar a salva guardar o ambiente: 
I. Facilitando o controle administrativo; e 
II. Estabelecendo a concordância com as políticas da companhia, o que 
incluiria ir ao encontro das exigências regulamentadas. 
Auditoria ambiental é uma atividade orientada para verificar o desempenho 
da empresa. Realiza verificações, avaliações e estudos destinados a 
determinar os níveis efetivos ou potenciais de poluição ou de degradação 
ambiental provocados por suas atividades. Por exemplo: 
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12 
 Fontes de poluição e medidas de controle e prevenção; 
 
 Uso de energia e água e medidas de economia; 
 
 Processos de produção e distribuição; 
 
 Pesquisas e desenvolvimentos de produtos; 
 
 Uso, armazenagem, manuseio e transporte de produtos controlados; 
 
 Subprodutos e desperdícios; 
 
 Estações de tratamento de águas residuárias (esgoto); 
 
 Sítios contaminados; 
 
 Reformas e manutenções de prédios e instalações; 
 
 Panes, acidentes e medidas de emergência e mitigação; 
 
 Saúde ocupacional e segurança do trabalho; 
 
 As condições de operação; 
 
 Manutenção dos equipamentos; 
 
 Sistemas de controle de poluição; 
 
 As medidas a serem adotadas para restaurar o meio ambiente; 
 
 Proteger a saúde humana; 
 
 Capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos 
sistemas, rotinas e instalações; e 
 
 Equipamentos de proteção ao meio ambiente e à saúde dos 
trabalhadores. 
 
Quando levada a sério, a auditoria pode auxiliar na melhoria da performance 
da empresa. 
 
 
 
 
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CAPÍTULO III - Características dos Processos de Auditoria Ambiental 
 
 
 
 
A auditoria ambiental pode ser restrita a um determinado campo de trabalho 
ou pode ser ampla, inclusive, abrangendo aspectos operacionais, de decisão 
e controle. 
São características dos processos de auditoria ambiental: 
 Objetivos bem definidos; 
 
 Limitação dos objetivos; 
 
 Treinamento; 
 
 Experiência; 
 
 Habilidade; 
 
 Suporte gerencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO IV - Tipos de Auditoria 
 
 
 
 Auditoria de Conformidade Legal: 
Avalia a adequação à legislação; 
 
 Auditoria de Desempenho Ambiental: 
Avalia a conformidade com a legislação, regulamentos e indicadores 
setoriais; 
 
 Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental: 
Avalia o cumprimento dos princípios do Sistema de Gestão Ambiental, 
adequação e eficácia desse sistema; 
 
 Auditoria de Certificação: 
Avalia a conformidade com os princípios da norma certificadora; 
 Auditoria de Descomissionamento: 
Avalia os danos ao entorno pela desativação da unidade produtiva; 
 
 Auditoriade Sítios: 
Avalia o estágio de contaminação de um local; 
 
 Auditoria Pontual: 
Avalia a otimização dos recursos no processo produtivo; 
 
 Auditoria de Responsabilidade: 
Avalia o passivo ambiental da empresa; 
 Auditoria ambiental de acompanhamento: 
Verifica se as condições de certificação continuam sendo cumpridas; 
 
 Auditoria ambiental de verificação de correções ou follow-up: 
Verifica se as não conformidades foram corrigidas; 
 
 Auditoria compulsória: 
Visa cumprir exigência legal referente à realização de auditoria 
ambiental. 
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CAPÍTULO V - Etapas da Auditoria Ambiental 
 
 
As três normas relativas à auditoria ambiental, da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT), que consistem em traduções das normas da 
International Organization for Standardization (ISSO), são: 
 
 NBR ISO 14010; 
 
 NBR ISO 14011; e 
 
 NBR ISO 14012. 
A maioria dos autores consideram apenas três etapas: 
 
 Preparação ou pré-auditoria; 
 
 Instalação ou atividade de campo (auditoria propriamente dita); e 
 
 Atividade de pós-auditoria ou registro das constatações/ relatório. 
 
 
Inicialmente, são estabelecidos os objetivos determinados pelos auditados, 
delimitam-se o campo de atuação e de realização, o objeto a ser auditado e 
o período de sua realização (escopo). 
A partir dos objetivos e escopo, estabelecem-se os critérios correspondentes 
às políticas, práticas, procedimentos ou regulamentos (legais ou 
organizacionais) para a coleta de evidências da auditoria. 
PRÉ-AUDITORIA 
São determinados os recursos humanos, físicos e financeiros a serem 
utilizados. Para a realização do planejamento, os auditores deverão 
considerar as informações sobre controles internos e analisar o ambiente de 
trabalho. 
 
 
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16 
AUDITORIA 
Nessa fase, inicia-se a coleta, análise e avaliação das evidências, que serão 
antecedidas de reunião para apresentação da equipe e do plano, 
estabelecidos preliminarmente, aos auditados. Os procedimentos adotados, 
durante essa fase, incluirão a análise de documentos, observação das 
atividades da empresa e entrevista. 
 
PÓS – AUDITORIA 
Inclui a apresentação dos resultados de maneira formal e escrita, datada e 
assinada pelo auditor líder. Medidas corretivas deverão ser apresentadas 
com base nas conclusões da auditoria e com classificação de acordo com 
sua relevância, no caso de inserção da auditoria em programa ou sistema de 
gestão ambiental empresarial. 
 
PROCESSO DE AUDITORIA AMBIENTAL 
 
PRÉ-AUDITORIA 
 
- Unidade auditada; 
- Equipe/ auditor líder; 
- Objetivos e extensão; 
- Objeto/ período; 
- Critérios; 
- Seleção de documentos; 
- Recursos humanos e 
físicos; 
- Plano de auditoria; 
- Definição de atribuições. 
 AUDITORIA 
 
- Reunião de 
abertura; 
- Observação de 
controles; 
- Coleta de 
evidências; 
- Análise de indícios; 
- Avaliação; 
- Conclusão. 
 PÓS-AUDITORIA 
 
- Revisão; 
- Relatório final; 
- Medidas 
corretivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17 
CAPÍTULO VI - Diretrizes para Auditoria Ambiental – Princípios Gerais – 
NBR ISO 14010 
 
 
 
Essa norma estabelece os princípios gerais aplicáveis a todos os tipos de 
auditoria ambiental. 
 
Está estruturada em três grandes temas: 
 
 Definições; 
 Requisitos; 
 Princípios gerais. 
 
TERMOS DEFINIÇÕES 
Conclusão de auditoria É o julgamento ou parecer. 
Critérios de auditoria 
São os requisitos aos quais são comparadas as 
evidências da auditoria. 
Evidências de auditoria 
São as informações verificáveis, registros ou 
declarações. 
Constatações de 
auditoria 
São os resultados da avaliação comparativa 
entre as evidências e os critérios. 
Equipe de auditoria É o grupo de auditores ou um único auditor. 
Auditado É o que se submete à auditoria. 
Auditor ambiental É o que realiza a auditoria. 
Cliente É o que solicita a auditoria. 
Auditoria Ambiental 
É o processo sistemático e documentado de 
verificação, executado para obter e avaliar, de 
forma objetiva, evidências de auditoria para 
determinar se as atividades, eventos, sistema 
de gestão e condições ambientais específicas 
ou informações relacionadas com os critérios de 
auditoria, e para comunicar os resultados deste 
processo ao cliente. 
Auditor-líder ambiental 
É a pessoa qualificada para gerenciar e 
executar auditorias ambientais. Exemplo do 
critério de qualificação encontra-se na NBR 
ISSO 14012. 
Organização 
É a empresa de qualquer tipo que tenha 
funções e estrutura administrativa próprias. 
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18 
Objeto de auditoria 
É a atividade, o evento, o sistema de gestão e 
as condições ambientais especificados e/ou 
informações relacionadas a este. 
Especialista técnico 
É o que subsidia tecnicamente a auditoria, mas 
não participa como auditor. 
 
A NBR ISO 14010 recomenda, como requisitos para a realização de uma 
auditoria ambiental: 
 Que o objeto enfocado para ser auditado e os responsáveis por tal 
objeto devem estar claramente definidos e documentados; 
 Que a auditoria só é realizada se o auditor-líder estiver convencido da 
existência de informações suficientes e apropriadas, de recursos 
adequados de apoio ao processo de auditoria e de cooperação ao 
auditado. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS 
Tema Recomendações 
Definição dos objetivos e 
escopo da auditoria 
Os objetivos da auditoria devem ser definidos 
pelo cliente e o escopo da auditoria pelo auditor-
líder, para atender aos objetivos do cliente. Os 
objetivos e escopo da auditoria devem ser 
comunicados ao auditado, antes da realização 
da auditoria. 
Objetividade, 
Independência e 
competência 
Os membros da equipe de auditoria devem ser 
livres de preconceitos e conflitos de interesse, 
independentes das atividades por eles 
auditadas, e devem ter conhecimento, 
habilidade e experiência para realizar a 
auditoria. 
Profissionalismo 
As relações auditor/cliente devem ser 
caracterizadas por confidencialidade e discrição. 
Salvo quando exigido por lei, é recomendado 
que informações, documentos e relatório final 
da auditoria não sejam divulgados sem 
autorização do cliente e, conforme o caso, sem 
autorização do auditado. 
Procedimentos 
sistemáticos 
A realização da auditoria deve seguir diretrizes 
desenvolvidas para o tipo apropriado de 
auditoria ambiental. No caso da auditoria de 
SGA, a norma remete para a NBR ISO 14011. 
Critérios, evidências e 
constatações 
Os critérios de auditoria devem ser definidos 
entre auditor e cliente, com posterior 
comunicação ao auditado; evidências devem 
ser obtidas a partir da coleta, análise, 
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19 
interpretação e documentação de informações; 
e as evidências obtidas devem permitir que 
auditores ambientais, trabalhando 
independentemente entre si, cheguem a 
constatações similares. 
Confiabilidade das 
constatações e 
conclusões de auditoria 
As constatações e conclusões da auditoria 
devem possuir nível desejável de confiabilidade, 
devem ser deixadas claras as 
limitações/incertezas de evidências coletadas. 
Relatório de auditoria 
O relatório de auditoria deve conter itens, como: 
identificações; objetivos e escopo da auditoria; 
critérios da auditoria; período e datas; equipe de 
auditoria; identificação dos entrevistados 
na auditoria; resumo do processo de auditoria, 
incluindo obstáculos encontrados; conclusões; 
declaração de confidencialidade; e identificação 
das pessoas que recebem o relatório. É 
recomendado que o auditor-líder, em acordo 
com o cliente, determine quais os itens que 
constarão do relatório. Em nota, a norma indica 
que é responsabilidade do cliente ou do 
auditado a determinação de ações corretivas; 
entretanto, se previamente acordado com o 
cliente, o auditor pode apresentar 
recomendações no relatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO VII - Diretrizes para Auditoria Ambiental – Procedimentos de 
Auditoria – Auditoria de Sistemas de Gestão Ambiental – NBR ISO 
14011 
 
 
Essa norma estabelece procedimentos para condução, especificamente, de 
auditorias de Sistema de Gestão Ambiental. 
Está estruturada em quatro temas: 
 Definições; 
 Objetivos; 
 Funções; 
 Responsabilidades da auditoria do sistema de gestão ambiental. 
 
A NBR ISO 14011 apresenta definições para três termos, quais sejam: 
1. Sistema de gestão ambiental. É citada a definição existente na NBR 
ISO 14001; 
2. Auditoria do sistema de gestão ambiental. “Processo sistemático e 
documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma 
objetiva, evidências de auditoria para determinar se o sistema de 
gestão ambiental de uma organização está em conformidade com os 
critérios de auditoria do sistema de gestão ambiental, e para 
comunicar os resultados deste processo ao cliente.” 
3. Critérios de auditoria do sistema de gestão ambiental. Que são os 
requisitos da NBR ISO 14001 e, se aplicável, qualquer outro requisito 
adicional. Quanto aos objetivos, funções e responsabilidades da 
auditoria do sistema de gestão ambiental, essa norma apresenta 
recomendações referentes à auditoria em si e às pessoas que 
participam do processo (auditor-líder, auditor, cliente e auditado), que 
constituem diretrizes para a auditoria ambiental. 
 
 
 
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21 
 
Tema Recomendações 
Auditoria 
A auditoria deve ter seus objetivos definidos, tais como: 
• determinar a conformidade ao SGA do auditado aos 
critérios de auditoria de SGA; 
• determinar a adequação da implementação e manutenção 
do SGA; 
• identificar áreas de potenciais melhorias do SGA; avaliar a 
capacidade do processo interno de análise crítica; e 
• avaliar o SGA de uma empresa que vise o estabelecimento 
de relação contratual com outra empresa. 
Auditor-líder 
 
O auditor-líder tem como função assegurar a eficiente e 
eficaz execução e conclusão da auditoria. É de sua 
responsabilidade: 
• definir junto ao cliente o escopo da auditoria; 
• obter informações fundamentais; 
• determinar se os requisitos necessários para realização de 
uma auditoria foram atendidos; 
• formar a equipe de auditoria; 
• conduzir a auditoria de acordo com as normas NBR ISO 
14010 e 14011; 
• elaborar o plano de auditoria; 
• comunicar o plano a todos os envolvidos; 
• coordenar a preparação da documentação de trabalho e 
instruir a equipe; 
• solucionar problemas surgidos; 
• reconhecer objetivos inatingíveis e relatar as razões ao 
cliente e ao auditado; 
• representar a equipe em discussões; 
• notificar imediatamente o auditado em casos de não-
conformidades críticas; 
• relatar os resultados da auditoria de forma clara, conclusiva 
e dentro do prazo acordado; e 
• fazer recomendações para melhoria do SGA, se estiver no 
escopo da auditoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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22 
 Auditor 
 
O auditor deve ser objetivo, eficaz e eficiente para realizar 
a sua tarefa e tem como responsabilidades: 
• seguir instruções do auditor-líder; 
• apoiar o auditor-líder; 
• coletar e analisar evidências de auditoria relevantes e em 
quantidade suficiente para chegar às conclusões da 
auditoria; 
• preparar documentos de trabalho; 
• documentar cada constatação da auditoria; 
• resguardar os documentos da auditoria; e 
• auxiliar na redação do relatório de auditoria. 
 
Cliente 
O cliente tem como responsabilidades: 
• determinar a necessidade da realização de uma 
auditoria; 
• contatar o auditado; definir os objetivos da auditoria; 
• selecionar o auditor-líder ou a organização de auditoria e, 
se apropriado, avaliar os elementos da equipe de auditoria; 
• prover recursos para realização da auditoria; 
• manter entendimento com o auditor-líder para definição 
do escopo da auditoria; 
• avaliar os critérios de auditoria e o plano de auditoria; e 
• receber o relatório de auditoria e definir sua distribuição. 
Auditado 
O auditado deve receber uma cópia do relatório de 
auditoria, salvo ser for excluído pelo cliente, e tem como 
responsabilidades: 
• informar aos funcionários da organização sobre a 
auditoria; 
• prover os recursos necessários para a realização da 
auditoria; 
• designar funcionários para acompanhar como guias à 
equipe de auditoria; 
• prover acesso às instalações, ao pessoal, às informações 
e aos registros; e 
• cooperar com a equipe de auditoria para atingir os 
objetivos propostos. 
 
 De acordo com a NBR ISO 14011 (ABNT, 1996d),existem quatro 
etapas no processo de auditoria do sistema de gestão ambiental, quais 
sejam: 
 Etapa 1 (início da auditoria); 
 Etapa 2 (preparação da auditoria); 
 Etapa 3 (execução da auditoria); 
 Etapa 4 (elaboração do relatório de auditoria). 
 
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23 
A norma descreve procedimentos para cada uma dessas etapas, que são 
apresentados nos quadros abaixo: 
 
Etapa Atividade Recomendação 
1ª. 
Início da 
Auditoria 
Definir o 
escopo da 
auditoria 
• o auditor-líder e o cliente devem definir o 
escopo da auditoria (descrição da localização 
física e das atividades da organização); 
• o auditado deve ser consultado; e 
• os recursos necessários para atender ao 
escopo devem ser suficientes. 
Realizar e 
analisar a 
crítica 
preliminar da 
documentação 
• a análise deve ser realizada pelo auditor-
líder; e 
• devem ser solicitadas, se necessário, 
informações suplementares. 
2ª. 
Preparação 
da 
auditoria 
Elaborar o 
plano de 
auditoria 
• o plano de auditoria deve ser elaborado 
pelo auditor-líder; 
• o cliente deve avaliar o plano de auditoria; 
• o plano deve ser flexível para poder sofrer 
eventuais alterações; 
• o plano deve incluir: 
 . objetivos e escopo da auditoria; 
 . critérios de auditoria; 
 . identificação das unidades auditadas; 
 . identificação dos funcionários da unidade 
que tenham responsabilidade direta com 
o SGA; 
 . identificação dos elementos do SGA 
prioritários; 
 . procedimentos de auditoria; 
 . identificação de idiomas, dos documentos 
de referência, da época e da duração 
previstas, das datas e dos locais e dos 
membros da equipe de auditoria; 
 . programa de reuniões; 
 . requisitos de confiabilidade; 
 . conteúdo e formato do relatório de 
auditoria e data prevista de sua emissão; 
e 
 . requisitos de retenção de documentos. 
Atribuir as 
funções/ 
atividades aos 
membros da 
equipe de 
auditoria 
•a atribuição deve ser feita pelo auditor-líder, 
em entendimento com os membros da 
equipe; e 
•o auditor-líder deve fornecer instruções 
sobre o procedimento da auditoria. 
 • os documentos de trabalho podem consistir 
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24 
 
 
 
Preparar os 
documentos de 
trabalho 
em formulários para documentar 
evidências e constatações da auditoria, 
listas de verificação para avaliar os 
elementos do SGA e atas de reuniões; 
• os documentos devem ser arquivados até o 
encerramento da auditoria; e 
• os documentos com informações 
confidenciais ou privativas devem ser 
adequadamente resguardados pela equipe 
de auditoria. 
3ª. 
Execução 
da 
auditoria 
Realizar a 
reunião de 
abertura 
• apresentação dos membros da equipe; 
revisão do escopo, dos objetivos e do 
plano de auditoria e ratificação do 
calendário de auditoria; apresentação do 
método de trabalho e dos procedimentos; 
estabelecimentos de canais formais de 
comunicação; confirmação da existência de 
condições para realização da auditoria; 
confirmação da data e do horário da 
reunião de encerramento; promoção da 
participação efetiva do auditado; e revisão 
dos procedimentos de emergência e 
segurança para a equipe de auditoria. 
Coletar as 
evidências 
• as evidências devem ser coletadas por 
meio de entrevistas, exame de documentos 
e observação de atividades e situações, 
em quantidade suficiente para se 
determinar a conformidade do SGA do 
auditadoem relação aos critérios de 
auditoria. As não- conformidades devem 
ser registradas e as informações obtidas 
por meio de entrevistas devem ser 
verificadas, executando-se observações, 
registros e medições, sendo as 
declarações não-verificáveis identificadas. 
Analisar as 
evidências 
• as evidências devem ser analisadas 
criticamente em comparação aos critérios. 
O gerente responsável do auditado deve 
analisar as constatações de não-
conformidade. As conformidades podem 
ser registradas com o devido cuidado para 
evitar qualquer implicação de garantia 
absoluta (sic), se estiver incluso no escopo 
da auditoria. 
Reunião de 
encerramento 
• essa reunião deve acontecer antes da 
elaboração do relatório de auditoria. Nela, 
é recomendado que participem: auditores, 
administração do auditado e responsáveis 
pelas funções auditadas. As constatações 
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25 
devem ser apresentadas e eventuais 
divergências devem ser resolvidas, sendo 
as decisões finais de responsabilidade do 
auditor-líder. 
4ª. 
Relatóriode 
auditoria 
Preparar o 
relatório de 
auditoria 
• os tópicos abordados no relatório devem 
ser os mesmos apresentados no plano de 
auditoria, sendo que qualquer alteração 
deve ser realizada de comum acordo entre 
auditor, auditado e cliente. Com referência 
ao conteúdo do relatório, que deve ser 
datado e assinado pelo auditor-líder, a 
norma recomenda que estejam registradas 
as constatações da auditoria ou um resumo 
delas, indicando-se as evidências que 
sustentam cada constatação. Os tópicos 
que podem constar do relatório são: 
 . identificação da organização auditada 
e do cliente; 
 . objetivos, escopo e plano de auditoria 
acordados; 
 . critérios acordados, incluindo uma lista 
de documentos de referência segundo 
os Quais a auditoria foi conduzida; 
 . período da auditoria e a(s)data(s)em 
que a auditoria foi conduzida; 
 . identificação dos representantes do 
auditado que participaram da auditoria; 
 . identificação dos membros da equipe 
da auditoria; 
 . declaração sobre a natureza 
confidencial do conteúdo; 
 . lista de distribuição do relatório da 
auditoria; 
 . sumário do processo de auditoria, 
incluindo quaisquer obstáculos 
encontrados; e 
 . conclusões da auditoria, tais como a 
conformidade do SGA auditado em 
relação aos critérios de auditoria do 
SGA; se o SGA está implementado e 
mantido de forma adequada; e se a 
análise crítica realizada pela 
administração é capaz de assegurar a 
melhoria contínua do SGA. 
Distribuir o 
relatório da 
auditoria 
• o auditor-líder deve enviar o relatório ao 
cliente; 
• a relação de interessados que receberão o 
relatório deve ser definida pelo cliente, 
tendo sido registrada anteriormente no 
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26 
plano de auditoria; 
• o auditado deve receber uma cópia do 
relatório, a não ser que ele seja excluído 
pelo cliente; 
• a distribuição para interessados externos à 
organização deve ser autorizada pelo 
auditado; 
• o caráter confidencial do relatório, que é de 
propriedade exclusiva do cliente, deve ser 
respeitado por todos seus destinatários; e 
• eventuais atrasos na entrega do relatório 
devem ser comunicados ao cliente e ao 
auditado, sendo indicada nova data de 
emissão. 
Reter ou 
descartar os 
documentos da 
auditoria 
(documentação 
de trabalho, 
minutas, 
relatórios, entre 
outros) 
•a retenção ou o descarte de documentos 
deve ser realizado, conforme acordado 
entre cliente, auditor-líder e auditado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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27 
CAPÍTULO VIII - Diretrizes para Auditoria Ambiental – Critérios de 
Qualificação para Auditores Ambientais - NBR ISO 14012 
 
 
 A NBR ISO 14012 (ABNT, 1996e) estabelece diretrizes quanto aos 
critérios que qualificam um profissional a atuar como auditor e como auditor-
líder ambientais, tanto externo como interno. 
É salientado pela norma que os auditores internos devem possuir o mesmo 
nível de competência dos auditores externos, mas podem não atender a 
todos os critérios dessa norma, dependendo de fatores como: 
 Características da organização (tamanho, natureza, complexidade e 
impactos ambientais); 
 Características necessárias para o auditor ambiental (conhecimento 
especializado e experiência). 
A norma apresenta definições para: 
 
AUDITOR AMBIENTAL 
Pessoa qualificada para realizar auditorias ambientais. 
 
AUDITOR-LÍDER AMBIENTAL 
Pessoa qualificada para gerenciar e executar auditorias ambientais. Essa 
qualificação é obtida com um diploma (certificado reconhecido nacional ou 
internacionalmente, ou qualificação equivalente, normalmente obtido após a 
educação secundária, através de um período de estudo formal, em tempo 
integral, com duração mínima de três anos, ou outro período de estudo 
equivalente, em tempo parcial); e educação secundária (etapa do sistema 
educacional completada imediatamente antes do ingresso em universidade 
ou instituição similar). 
 
A NBR ISO 14012 recomenda, em seu Anexo A, que o processo de 
avaliação de auditores deve ser conduzido por pessoa dotada de 
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28 
conhecimentos atualizados e experiência em processos de auditoria. 
Recomenda, ainda, que a avaliação da educação (experiência profissional, 
treinamento e atributos pessoais dos auditores) seja realizada, utilizando-se 
os seguintes métodos: entrevistas; prova escrita e/ou oral; análise de 
trabalhos escritos; referências de empregadores anteriores e colegas; 
simulação de atuação; observações feitas por outros auditores em auditorias 
já realizadas; análise das evidências apresentadas pelo auditor; apreciação 
das certificações e qualificações profissionais. 
Ainda de acordo com a norma, caso seja apropriado, deve haver um 
organismo que assegure que os auditores ambientais sejam certificados de 
forma consistente, que deve ser independente e atender às seguintes 
diretrizes: certificar diretamente; credenciar entidades que certificarão os 
auditores; estabelecer processo de avaliação de auditores; e manter 
cadastro atualizado de auditores ambientais, que atendam aos critérios 
especificados pela norma. 
 
Critério Requisito 
Educação 
•a norma recomenda que o auditor deva ter, no mínimo, 
o 2º. grau (educação secundária) completo. 
Experiência 
profissional 
• a experiência profissional apropriada deve permitir o 
desenvolvimento de habilidades e conhecimento 
em um ou mais dos seguintes tópicos técnicos e 
científicos: ciência e tecnologia ambientais; 
aspectos técnicos e ambientais das operações da 
instalação; leis e regulamentos aplicáveis; 
sistema de gestão ambiental; e procedimentos, 
processos e técnicas de auditoria; 
• no caso do auditor ter apenas o 2º grau, é 
recomendado que ele possua, no mínimo, 5 anos 
de experiência profissional apropriada. Este 
mínimo pode ser reduzido se ele tiver realizado, 
após conclusão do secundário, um curso formal 
em pelo menos um dos tópicos técnicos e 
científicos citados. A quantidade de anos que 
pode ser reduzida não deve ser superior à 
quantidade de anos do curso realizado e não 
deve exceder a 1 ano; 
• no caso do auditor ter um diploma de 3º.grau 
(universidade ou instituição similar), é 
recomendado que ele tenha, no mínimo,4 anos 
de experiência profissional apropriada. Este 
mínimo pode ser reduzido se ele tiver realizado 
um curso formal em pelo menos um dos tópicos 
técnicos e científicos citados. A quantidade de 
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29 
anos que pode ser reduzida não deve ser 
superior à quantidade de anos do curso realizado 
e não deve exceder a 2 anos. 
Treinamento 
• além da educação (2º. ou 3º. graus) e da habilidade e 
conhecimento em tópicos específicos, o auditor 
deve realizar treinamentos tanto formal (teórico) 
como de campo, para realizar e desenvolver 
competência na execução de auditoriasambientais. O treinamento formal ou teórico deve 
abranger um ou mais de um dos tópicos técnicos 
e científicos citados anteriormente. Este critério 
(treinamento formal) pode ser dispensado se o 
auditor puder demonstrar sua competência por 
meio de exames reconhecidos ou qualificações 
profissionais pertinentes. A norma recomenda 
que o auditor tenha realizado treinamento de 
campo (equivalente a 20 dias de trabalho em 
auditoria ambiental) em pelo menos 4 auditorias 
ambientais, tendo se envolvido em todo o 
processo de auditoria, sob orientação de um 
auditor-líder. O tempo de realização deste 
treinamento não deve exceder a 3 anos 
consecutivos. 
Evidênciaobjetiva 
• diplomas, certificados de cursos, trabalhos publicados, 
livros escritos, entre outros, devem ser mantidos 
como evidências objetivas de educação, 
experiência e treinamento. 
Atributos e 
habilidades 
pessoais 
• capacidade de expressar claramente conceitos e 
ideias, escrita e oralmente; 
• ter diplomacia, tato e capacidade de escutar; 
• ser independente, objetivo e organizado; 
• saber julgar de forma fundamentada; e 
• saber respeitar convenções e culturas diferentes da 
própria. 
Específicos para 
auditor-líder 
• ter participado em processos adicionais completos de 
auditoria, perfazendo adicionalmente 15 dias de 
trabalho em pelo menos 3 auditorias adicionais 
completas; e ter participado como auditor-líder, 
sob supervisão e orientação de outro auditor-
líder, em pelo menos 1 das 3 auditorias citadas; 
ou 
• ter demonstrado atributos e habilidades para gestão 
do programa de auditoria ou outros, por meio de 
entrevistas, observações, referências e/ou 
avaliações do seu desempenho em auditorias 
ambientais feitas segundo programas de garantia 
da qualidade; e 
• o atendimento a estes critérios adicionais não deve 
exceder a 3 anos consecutivos. 
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30 
Manutenção da 
competência 
• os auditores devem proceder a atualização periódica 
de seus conhecimentos, sobre os tópicos 
técnicos e científicos citados no item referente à 
educação e experiência profissional. 
Profissionalismo 
• a norma remete à NBR ISO 14010 (item referente ao 
profissionalismo) e recomenda, ainda, que os 
auditores sigam um código de ética apropriado. 
Idioma 
• quando o auditor não tiver capacidade de se 
comunicar com fluência no idioma necessário, 
deve obter um suporte, que pode ser um 
intérprete, que seja independente, para realizar 
seu trabalho de forma objetiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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31 
CAPÍTULO IX - Planejamento da Auditoria 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO ESSENCIAL PARA O SUCESSO DA AUDITORIA 
AMBIENTAL. 
 
 Definição do objetivo 
 
 
 Define o objetivo; 
 
A parte interessada Contrata a auditoria; 
 
 É o cliente da auditoria. 
 
 
 Definição do escopo 
 
 
 Identificação da organização ou unidade auditada; 
 
 A localização geográfica; 
 
 O período histórico a ser auditado; 
 
 O objeto da auditoria; 
 
 Temas ambientais específicos. 
 
 
 
 
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32 
 Definição dos recursos usados na auditoria 
 
 Recursos financeiros para pagar as despesas; 
 
 Transporte da equipe auditora para a unidade auditada; 
 
 Equipamento de segurança para trânsito nas áreas auditadas; 
 
 Material para registro das constatações e elaboração de relatórios; 
 
 Equipamentos; 
 
 Recursos humanos. 
 
 
 
 Definição da equipe 
 
 
- Para cada aplicação, é definida uma qualificação diferente. 
 
 
 
 
É essencial que o auditor tenha formação técnica e experiência. Além disso, 
deve: 
 
 Ter capacidade de organização; 
 Saber trabalhar sob pressão; 
 Ter compreensão e respeito à diversidade cultural; 
 Ter capacidade de julgamento; 
 Ser objetivo; 
 Ser imparcial; 
 Ter ética; 
 Ter habilidade de relacionamento interpessoal. 
 
 
 
 
 
 
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33 
 Informações preliminares 
 
 Informações gerais da empresa: 
 
 - Razão social; 
 - Endereço; 
 - Número de funcionários. 
 
 Principais produtos e insumos; 
 Planta da unidade; 
 Fluxograma básico do processo; 
 Inventário de fontes de poluição; 
 Licenças ambientais obtidas; 
 Registro de acidentes. 
 
 
 
 
 Definição do cronograma 
 
 Data e hora de cada atividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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34 
CAPÍTULO X - Execução da Auditoria Ambiental 
 
 
 
 Reunião de abertura 
 
- Reunião entre o auditor e os proprietários da empresa. 
A programação das atividades deve ser confirmada e ajustada; 
 
 Conhecimento geral da unidade 
 
- Visita às instalações; 
 
 Coleta de evidências 
 
 Verificação do cumprimento dos critérios estabelecidos 
Cuidado: O auditor deve saber diferenciar as inferências das 
constatações objetivas. 
 
 Estratégias 
 
Segundo Graedel e Allemby (2003), para a maioria das corporações, a 
preocupação com as questões ambientais começa pela necessidade de 
adaptações, para atender às imposições regulatórias que requerem certos 
níveis de desempenho ambiental. Surgem, também, outros requisitos que 
pertencem à conduta do negócio: 
- Financeiro; 
- Segurança do trabalhador; 
- Compromissos com clientes. 
 
Nesta fase, a atividade ambiental, nas organizações, tem seu 
direcionamento focado em ações para atenuar danos à saúde de 
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35 
trabalhadores e, também, em permitir a redução dos níveis de emissões, 
efluentes e resíduos. 
 
Para Graedel e Allemby (2003), na segunda fase, são dirigidas atividades à 
tarefa de revisar produtos atuais e processos, para minimizar seus impactos 
ambientais, principalmente por aproximações simples e diretas, como 
melhorar o desempenho de processos e a substituição de materiais 
poluentes por outros que causem menos impacto. 
 
A escala de tempo típica para ações de prevenção da poluição e seus 
efeitos são um ou dois anos. 
 
Ações típicas incluem prevenção de vazamentos, conservação de energia, 
etc. Nenhuma mudança significativa é feita em produtos ou processos nesta 
fase, mas o modo com o qual eles são fabricados é aperfeiçoado. 
 
Quase por definição, a fase de prevenção da poluição só está preocupada 
com atividades dentro dos portões da fábrica. 
 
Na terceira fase, é incorporado o conceito de Design Ambiental, conhecido 
como DfE (Design for Environment), descrito como um processo pelo qual 
um vasto espectro de considerações ambientais são levadas em conta, 
como um passo rotineiro do desenvolvimento de processos e produtos 
(Graedel e Allemby, 2003). 
 
Geralmente, os componentes que o descrevem não são requeridos através 
de regulamentos e podem ou não representar incentivos financeiros. 
 
Porém, cada vez mais, frequentemente, clientes exigem produtos que 
possam ter demonstrado sua superioridade ambiental, e é o Design 
Ambiental a estrutura de desenvolvimento que pode prover acesso para 
esses mercados. 
Uma vez que um projeto é finalizado, ou quase finalizado, pode ser usada a 
ACV (Análise de Ciclo de Vida), para uma avaliação completa de todas as 
considerações que devem ser analisadas no projeto de produtos 
ambientalmente superiores. 
 
Nesta fase, o comportamento proativo já pode ser observado pelo tipo das 
ações tomadas. 
 
Na quinta fase, surge a Ecologia Industrial(EI). Segundo Graedel e Allemby 
(1995), Ecologia Industrial é o meio pelo qual a indústria pode, racional e 
deliberadamente, abordar e manter uma desejável capacidade de suporte 
(carrying capacity), permitindo a continuidade da evolução econômica, 
porém, também, considerando a evolução cultural e tecnológica. 
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36 
Na sexta fase, têm-se o desenvolvimento industrial sustentável. No 
pensamento externalizado do WBCSD (World Bussines Councelil for 
Sustainable Development) (Schmidheiny&Zooraquín, 1996), o processo de 
desenvolvimentosustentável tem o sentido de uma mudança de visão 
profunda na forma de agir das empresas. 
 
Schmidheiny e Zooraquín esclarecem que se trata de um processo de 
adaptação harmônica da empresa às mudanças de contexto, de acordo com 
as necessidades emergentes da sociedade. Sobre isso, acrescenta que o 
papel das lideranças executivas é o de focalizar o contexto de novos 
pressupostos para promover a articulação da nova visão da empresa, o que 
só é possível com uma alta maturidade do comportamento ambiental 
proativo. 
 
Ainda segundo Schmidheiny & Zooraquín (1996), a criação e implementação 
da visão compartilhada para a ação, a partir de pressupostos de 
desenvolvimento sustentável, é estruturada segundo o Modelo de 
Compromisso Empresarial e Gestão da Mudança. 
 
Nesse modelo, o compromisso organizacional, com a visão compartilhada 
sobre desenvolvimento sustentável, consolida-se com a integração dos 
aspectos ambientais em todas as atividades do negócio, sob a ótica de 
melhoria e inovação tecnológica. 
 
Nas palavras textuais do autor: “Se essa visão for compreendida como um 
contexto comum para a ação, ao contrário de uma simples grande meta ou 
um quadro idealizado do futuro, ela pode propiciar a estrutura e as diretrizes 
para estimular a ação” (Schmidheiny & Zooraquín, 1996). 
 
 
 Entrevistas 
 
- As entrevistas têm como objetivo verificar se determinados 
procedimentos são conhecidos e seguidos; 
 
 Observação 
 
- É necessário usar os sentidos para coletar informações sobre 
práticas operacionais da unidade auditada; 
 Verificação de documentos e dados 
 
Por exemplo: 
 
- Licenças ambientais; 
 
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37 
- Listas de legislação aplicável; 
 
- Projetos; 
 
- Cronogramas; 
 
- Planos de investimentos; 
 
- Laudos analíticos; 
 
- Notas fiscais de compra de materiais e produtos químicos; 
 
- Notas fiscais e manifestos de carga para envio de resíduos; 
 
- Certificados de destruição de resíduos; 
 
- Certificação de calibração de instrumentos de medição; 
 
- Listas de verificação de atividades diárias de operação; 
 
- Relatórios de manutenção de equipamentos; 
 
- Listas de presenças e certificados de treinamentos; 
 
- Relatórios de auditoria; 
 
- Correspondência com órgãos ambientais e com a comunidade; 
 
- Licenças ambientais e projetos passados. 
 
Deve ser observado se algum documento tem rasura. 
 
 
 Testes 
 
- Testes são utilizados para obtenção de evidências especificas; 
 
 
 Reunião da equipe auditora 
 
- Momento para agrupar informações e analisá-las; 
 
 
 
 
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38 
 Reunião de encerramento 
 
- Apresentação dos resultados da auditoria ao proprietário da 
empresa; 
 
 
 Relatório 
 
O relatório deve conter, no mínimo: 
 
- Identificação da unidade auditada e do cliente da auditoria; 
 
- Objetivos; 
 
- Escopo; 
 
- Critérios de auditoria; 
 
- Datas; 
 
- Identificação de membros da equipe; 
 
- Identificação dos membros da unidade auditada; 
 
- Resumo do processo de auditoria; 
 
- Conclusão da auditoria; 
 
- Declaração de confidencialidade; 
- Lista de distribuição do relatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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39 
CAPÍTULO XI - Sistema de Gestão Ambiental 
 
 
 
 
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) 
 
É um processo voltado a resolver, mitigar e/ou prevenir os problemas de 
caráter ambiental, com o objetivo de desenvolvimento sustentável. 
 
 
A NBR ISO 14001 define o SGA como a parte do sistema de gestão que 
compreende a estrutura organizacional, as responsabilidades, as práticas, 
os procedimentos, os processos e recursos para aplicar, elaborar, revisar e 
manter a política ambiental da empresa. 
 
Normalmente, consideramos 4 etapas: 
 
1. Definição e comunicação do projeto (gera-se um documento de trabalho 
que irá detalhar as bases do projeto para implementação do SGA); 
 
2. Planejamento do SGA (realiza-se a revisão ambiental inicial, planejando-
se o sistema); 
 
3. Instalação do SGA (realiza-se a implementação do SGA); 
 
4. Auditoria e certificação. 
 
 
Qualquer empresa pode implementar o SGA. 
 
Vantagens do SGA: 
 
 Segurança, na forma de redução de riscos de acidentes, de sanções 
legais, etc.; 
 Qualidade dos produtos, serviços e processos; 
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40 
 Economia e/ou redução no consumo de matérias primas, água e 
energia; 
 Mercado, com a finalidade de captar novos clientes; 
 Melhora na imagem; 
 Melhora no processo; 
 Possibilidade de futuro e a permanência da empresa; e 
 Possibilidade de financiamentos, devido ao bom histórico ambiental. 
 
A gestão ambiental empresarial está essencialmente voltada para 
organizações, ou seja: 
 
 Companhias; 
 Corporações; 
 Firmas; 
 Empresas; e 
 Instituições. 
 
Pode ser definida como um conjunto de políticas, programas e práticas 
administrativas e operacionais que levam em conta a saúde e a segurança 
das pessoas e a proteção do meio ambiente, através da eliminação ou 
minimização de impactos e danos ambientais decorrentes do planejamento, 
implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação de 
empreendimentos ou atividades, incluindo-se todas as fases do ciclo de vida 
de um produto. 
 
Na elaboração do planejamentodo SGA, deve-se relacionar todas as tarefas 
a serem executadas e organizá-las, cronologicamente, em uma tabela. 
 
Deve-se considerar, também, todos os recursos existentes na empresa e 
necessários para o SGA. Além disso, deve-se tomar cuidado com custos e 
prazos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO XII - Auditoria Ambiental e Sustentabilidade 
 
 
 
O desenvolvimento sustentável emerge, hoje, como o mais importante 
desafio global, assim, o sucesso das organizações depende de uma nova 
forma de pensar e de um novo modo de gerir, uma vez que os resultados 
econômicos estão cada vez mais atrelados aos impactos ambientais e 
sociais causados por suas decisões e ações. Contudo, as restrições 
crescentes impostas pela legislação, motivos de ordem concorrencial e o 
desenvolvimento de políticas econômicas, promovem o desenvolvimento 
sustentado. 
 
A definição mais citada de desenvolvimento sustentável é a do relatório de 
Brundtland, em 1987, Our Common Future: 
 
“O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração 
atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem 
as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e 
no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e 
econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, 
um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os 
habitats naturais.” 
 
O termo sustentabilidade tem constituído assunto de debates acirrados no 
meio 
acadêmico, empresarial e governamental, tanto no Brasil, como nas demais 
nações do mundo, em vista das questões sócio-ambientais se tornarem 
cobradas principalmente daqueles que se utilizam dos recursos naturais e do 
meio social, para permanecerem e se perpetuarem em mercado 
competitivos (LANG, 2009). 
 
De acordo com Santos (apud Sgarbiet al, 2008), os primeiros estudos 
teóricos sobre a sustentabilidade iniciaram-se no campo das ciências 
ambientais e ecológicas, trazendo à discussão, contribuições de diferentes 
disciplinas, tais como Economia, Sociologia, Filosofia, Política e Direito. No 
entanto, a questão da sustentabilidade ambiental passou a ocupar lugar de 
importância no debate acadêmico e político, sobretudo a partir do final dos 
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42 
anos 1960.Porém, as duas últimas décadas testemunharam a emergência 
do discurso da sustentabilidade 
como a expressão dominante no debate que envolve as questões de meio 
ambiente e de desenvolvimento social, em sentido amplo. 
Diniz da Silva (2009) explica que o interesse por sustentabilidade se originou 
durante a década de 1980, a partir da conscientizaçãodos países em 
descobrir formas de promover o crescimento sem destruir o meio ambiente, 
nem sacrificar o bem estar das futuras gerações. Desde então, o termo se 
transformou em cenário para causas sociais e ambientais, principalmente no 
nos negócios, onde prevalece a ideia de que de geração de lucro para os 
acionistas, ao mesmo tempo em que protege o meio ambiente e melhora a 
qualidade de vida das pessoas, com que mantém interações. 
 
Sustentabilidade seria fruto de um movimento histórico recente que passa a 
questionar a sociedade industrial, enquanto modo de desenvolvimento. Seria 
o conceito síntese dessa sociedade, cujo modelo se mostra esgotado. A 
sustentabilidade pode ser considerada umconceito importado da ecologia, 
mas cuja operacionalidade ainda precisa ser provada nas sociedades 
humanas (ROSA, 2007). 
 
O termo sustentabilidade remete ao vocábulo sustentar, no qual a dimensão 
longo prazo se encontra incorporada. Há necessidade de encontrar 
mecanismos de interação nas sociedades humanas, que ocorram em 
relação harmoniosa com a natureza. 
 
“Numa sociedade sustentável, o progresso é medido pela qualidade de vida 
(saúde, longevidade, maturidade psicológica, educação, ambiente limpo, 
espírito comunitário e lazer criativo), ao invés de puro consumo material” 
(FERREIRA, 2005). O termo deriva do comportamento prudente de um 
predador ao explorar sua presa, ou seja, moderação, por tempo 
indeterminado. 
 
Isto é, o ser humano necessitaria conhecer as particularidades do planeta 
para utilizá-lo por longo tempo, assegurando a continuidade da própria 
espécie (SCHWEIGERT, 2007). 
 
Sustentabilidade é consequência de um complexo padrão de organização 
que apresenta cinco características básicas: 
 
 Interdependência; 
 Reciclagem; 
 Parceria; 
 Flexibilidade; 
 Diversidade. 
 
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Se estas características forem aplicadas às sociedades humanas, essas 
também poderão alcançar a sustentabilidade (CAPRA, 2006, apud ROSA, 
2007). 
 
A avaliação ambiental torna-se cada vez mais valiosa e importante, pois 
fornece bases para a formulação de políticas, planos e projetos, que 
permitem o manejo dos riscos e impactos das atividades produtivas, 
aumentando a eco eficiência da organização. O diagnóstico da situação 
ambiental consiste em uma análise profunda de todos os impactos dos 
processos, serviços e produtos. 
 
A falta de registros, na maioria das empresas, no que tange às entradas e 
saídas de insumos, do consumo de água, de matérias primas, de energia, de 
geração de efluentes e resíduos, por exemplo, também dificulta a 
implantação de medidas que poderiam melhorar o desempenho ambiental 
das mesmas. A ausência de informações, desta natureza, contribui para 
conhecimentos precários sobre os custos ambientais, alimentando a visão 
distorcida de que investimentos em medidas de proteção não significam 
ganhos, mas, sim, em aumento de custos operacionais e redução de 
competitividade. 
 
Os relatórios de sustentabilidade são o resultado de um processo que visa 
identificar, mensurar, divulgar e prestar contas sobre as ações das 
organizações com vistas à sustentabilidade. Por meio do seu reporte, as 
organizações e todos os seus públicos têm em mãos um instrumento que 
possibilita dialogar e implantar um processo de melhoria contínua do 
desempenho rumo ao desenvolvimento sustentável. 
 
A auditoria é um processo contínuo, que permite inserir a gestão ambiental 
na 
estratégia das organizações e uma ferramenta que lhes permite reduzir 
efeitos sobre o ambiente, melhorar a imagem e aumentar a eficiência dos 
processos produtivos, assim como, diferenciar as organizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO XIII - Licença Ambiental 
 
 
 
Existem três tipos de licença ambiental: 
 
 Licença Prévia; 
 Licença de Instalação; 
 Licença de Operação. 
É um procedimento administrativo pelo qual o Órgão Estadual de Meio 
Ambiente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de 
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos naturais 
consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras, ou que ainda, sob 
qualquer forma, possam causar degradação ambiental. 
 
Para a realização do licenciamento ambiental, algumas atividades são 
consideradas: 
 
 Extração de vegetais; 
 Extração de tratamentos de minerais; 
 Indústrias; 
 Agrícolas; 
 Pecuária; 
 Agro-industriais; 
 De caça; 
 Pesca comercial; 
 Toda e qualquer atividade ou sistema de coleta, transporte, 
armazenamento, tratamento e/ou disposição final de resíduos 
(sólidos, líquidos ou gasosos); 
 Instalação e/ou construção de barragens; 
 Instalação de portos e aeroportos; 
 Instalação de geração de energia e vias de transporte; 
 Exploração de recursos hídricos superficiais ou subterrâneos; 
 Hospitais e casas de saúde; 
 Laboratórios radiológicos; 
 Laboratório de análises clínicas; 
 Estabelecimento de assistência médica e hospitalar; 
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 Atividades que utilizem combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos; 
 Atividades que utilizem incineradores ou outro dispositivo para queima 
de lixo ou resíduos (sólidos, líquidos ou gasosos); 
 Atividades que impliquem na descaracterização paisagística e/ou das 
belezas naturais, de monumentos arqueológicos, geológicos e 
históricos, de contexto paisagístico/histórico ou artístico/cultural; 
 Atividades que impliquem na alteração de ecossistemas aquáticos; 
 Todo e qualquer loteamento de imóveis; 
 Atividades que impliquem no uso, manuseio, estocagem e 
comercialização de defensivos e fertilizantes; 
 Outras atividades que venham a ser consideradas pelo órgão com 
potencial de impacto ambiental. 
 
 Licença prévia (LP) 
 
É concedida na fase preliminar do planejamento da atividade, contendo 
requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e 
operação, observados os planos municipais, estaduais ou federais de usos 
do solo. 
 
 Licença de instalação (LI) 
 
Será concedida para autorizar o início da implantação do empreendimento, 
de acordo com as especificações constantes do projeto executivo aprovado. 
 
 Licença de operação (LO) 
 
Será autorizada, para o início da atividade, bem como o funcionamento dos 
equipamentos de contrato requeridos, após as verificações, pelo órgão 
responsável do cumprimento dos condicionamentos da LI. 
 
Os procedimentos para licenciar um empreendimento consistem de o 
interessado dirigir-se ao Órgão Estadual de Meio Ambiente para obter 
informações sobre a documentação necessária. 
 
Após a entrega da documentação solicitada, os técnicos realizarão vistoria 
no empreendimento a ser licenciado. 
 
A licença ambiental será expedida, quando o empreendedor atender a todos 
os requisitos básicos exigidos pelo órgão responsável do estado. 
 
O empreendedor deverá publicar o recebimento da licença no Diário Oficial 
do Estado e em um periódico de grande circulação, no prazo de 30 dias, sob 
pena de invalidação da licença recebida. 
 
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CAPÍTULO XIV - Estudo de Impacto de Vizinhança 
 
 
 
Inicialmente, o conceito de meio ambiente trazia apenas a ideia de ambiente 
natural (ar, água, solo, fauna e flora), ignorava-se o homem e sua ação 
como elementos integrantes. 
Na visão contemporânea, esse conceito foi sendo superado, amedida que foi 
reconhecida sua presença e o papel de suas modificações introduzidas no 
meio ambiente. 
 
Com o advento da Constituição Federal de 1988, surge uma nova ordem 
social, que reveste o direito à propriedade de todo um caráter moderno, 
deixando para trás sua característica individual e absoluta, para dar espaço 
a uma relativização que não considera apenas o interesse do proprietário. 
 
Dessa forma, o uso de determinada propriedade passa a estar submetido às 
restrições administrativas e ao atendimento da sua função social, bem como 
a outros valores e garantias assegurados à coletividade.Neste contexto, partindo da premissa que o meio ambiente caracteriza-se 
como um direito fundamental de 3ª geração assegurado à toda coletividade, 
reportamo-nos ao art. 9º. da Lei n° 6.938/81, in verbis: 
 
São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
 
I- o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; 
II- o zoneamento ambiental; 
III- a avaliação de impactos ambientais (...). 
 
O Estudo prévio de Impacto de Vizinhança é um documento técnico que 
deve ser elaborado previamente à emissão das licenças ou autorizações de 
construção, ampliação ou funcionamento de empreendimentos privados ou 
públicos em área urbana. 
 
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Sua exigência depende de lei municipal regulamentadorae, sua identificação 
como limitação administrativa imposta ao direito de propriedade, caracteriza-
o pela generalidade, indeterminalidade e gratuidade. 
 
O EIV deverá contemplar aspectos negativos e positivos do empreendimento 
ou atividade e, se possível, apontar alternativas para minimizar ou eliminar 
as negatividades, buscando conciliar interesses. 
 
Poderá, ainda, ser exigido em qualquer caso, independentemente da 
ocorrência ou não de significativo impacto de vizinhança, entretanto é a lei 
municipal que define quais são as atividades e empreendimentos que 
dependerão do EIV para obtenção de licença ou autorização para 
construção, ampliação e funcionamento. 
 
Isso porque, projetando para o futuro, serão estas possivelmente 
responsáveis por afetar a qualidade de vida da população residente na área 
ou nas proximidades. 
 
Deverão constar, obrigatoriamente, questões acerca do adensamento 
populacional, equipamentos urbanos e comunitários, uso e ocupação do 
solo, valorização imobiliária, geração de tráfego e demanda por transporte 
público, ventilação e iluminação, além da paisagem urbana e patrimônio 
natural e cultural. 
 
Tal obrigatoriedade decorre do próprio Estatuto da Cidade que exige que, no 
mínimo, sejam tais questões objeto de estudo. 
 
O art. 38 da Lei de Política Urbana demonstra a preocupação do legislador 
em evitar possíveis confusões entre EIV e EIA, e, considerando nosso 
posicionamento, apesar de serem espécies de mesmo gênero, ainda que a 
lei fosse omissa, um não substituiria o outro, especialmente porque, quanto 
à avaliação dos impactos, ambos divergem significativamente quando se fala 
em finalidade. 
 
O EIA visa o licenciamento ambiental, tanto que é aprovado pelo órgão 
ambiental e se destina a identificar recursos ambientais e suas interações tal 
como existem, considerando os meios físico, biológico e socioeconômico. 
 
Neste, avalia-se, também,a melhor localização e alternativa tecnológica, 
considerando as medidas mitigadoras e compensatórias. 
 
O EIV visa o licenciamento urbanístico e destina-se a empreendimentos de 
impacto significativo no espaço urbano, não existindo limitação de extensão 
territorial ou de área construída. Sua finalidade é diagnóstico ambiental e 
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48 
sócio econômico, além de instruir e assegurar ao Poder Público a 
capacidade do meio urbano para comportar determinado empreendimento. 
 
O direito ao meio ambiente (ecologicamente equilibrado) é um direito 
fundamental que integra a terceira geração e, como via de consequência, 
sua proteção é dever do Estado e da coletividade. 
 
A proteção ambiental passou a um conceito contemporâneo, que reafirma 
sua interdisciplinaridade do tema, sua essencialidade e inafastabilidade em 
quaisquer questões que nele possam repercutir. 
 
O reconhecimento da presença do homem e de suas ações como elementos 
integrantes do conceito de meio ambiente nos impõe analisar as questões 
urbanas de maneira interdisciplinar, para assegurar uma sadia qualidade de 
vida aos cidadãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO XV - Estudo de Impacto Ambiental (Eia) / Relatório de 
Impacto Ambiental (RIMA) 
 
 
 
É um dos instrumentos da política Nacional do Meio Ambiente e foi instituído 
pela RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 001/86, de 23/01/1986. 
Atividades utilizadoras de Recursos Ambientais consideradas de significativo 
potencial de degradação ou poluição dependerão do Estudo Prévio de 
Impacto Ambiental(EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
para seu licenciamento ambiental. 
 
Neste caso, o licenciamento ambiental apresenta uma série de 
procedimentos específicos, inclusive realização de audiência pública, e 
envolve diversos segmentos dapopulação interessada ou afetada pelo 
empreendimento. 
 
O EIA e RIMA ficam à disposição do público que se interessar. 
 
IMPACTO AMBIENTAL é a alteração no meio ou em algum de seus 
componentes por determinada ação ou atividade. Essas alterações precisam 
ser quantificadas, pois apresentam variações relativas, podendo ser 
positivas ou negativas, grandes ou pequenas. 
 
O objetivo de se estudar os impactos ambientais é, principalmente, o de 
avaliar as consequências de algumas ações, para que possa haver a 
prevenção da qualidade de determinado ambiente que poderá sofrer a 
execução de certos projetos ou ações, ou logo após a implementação dos 
mesmos. 
 
O EIA - Estudo de Impacto Ambiental propõe que quatro pontos básicos 
sejam primeiramente entendidos, para que depois se faça um estudo e uma 
avaliação mais específica. São eles: 
 
 
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1 - Desenvolver uma compreensão daquilo que está sendo proposto, o que 
será feito e o tipo de material usado; 
2 - Compreensão total do ambiente afetado. Que ambiente (biogeofísico 
e/ou sócio-econômico) será modificado pela ação; 
 
3 - Prever possíveis impactos no ambiente e quantificar as mudanças, 
projetando a proposta para o futuro; 
 
4 - Divulgar os resultados do estudo para que possam ser utilizados no 
processo de tomada de decisão. 
 
O EIA também deve atender à legislação expressa na lei de Política 
Nacional do Meio Ambiente. 
 
São elas: 
 
1 - Observar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, 
levando em conta a hipótese da não execução do projeto; 
 
2 - Identificar e avaliar os impactos ambientais gerados nas fases de 
implantação e operação das atividades; 
 
3 - Definir os limites da área geográfica a ser afetada pelos impactos (área 
de influência do projeto), considerando, principalmente, a "bacia 
hidrográfica" na qual se localiza; 
 
4 - Levar em conta os planos e programas do governo, propostos ou em 
implantação na área de influência do projeto e se há a possibilidade de 
serem compatíveis. 
 
É imprescindível que o EIA seja feito por vários profissionais, de diferentes 
áreas, trabalhando em conjunto. Essa visão multidisciplinar é rica, para que 
o estudo seja feito de forma completa e de maneira competente, de modo a 
sanar todas as dúvidas e problemas. 
 
 
RIMA 
 
O RIMA - Relatório de Impacto Ambiental - é o relatório que reflete todas as 
conclusões apresentadas no EIA. Deve ser elaborado de forma objetiva e 
possível de se compreender, ilustrado por mapas, quadros, gráficos, enfim, 
por todos os recursos de comunicação visual. 
 
Deve, também, respeitar o sigilo industrial (se este for solicitado) e pode ser 
acessível ao público. Para isso, deve constar no relatório: 
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1 - Objetivos e justificativas do projeto e sua relação com políticas setoriais e 
planos governamentais; 
2 - Descrição e alternativas tecnológicas do projeto (matéria prima, fontes de 
energia, resíduos, etc.); 
 
3 - Síntese dos diagnósticos ambientais da área de influência do projeto; 
 
4 - Descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação da 
atividade e dos métodos, técnicas e critérios usados para sua identificação; 
 
5 - Caracterizar a futura qualidade ambiental da área, comparando as 
diferentes situações da implementação do projeto, bem como a possibilidade 
da não realização do mesmo; 
 
6 - Descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras em relaçãoaos 
impactos negativos e o grau de alteração esperado; 
 
7 - Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; 
 
8 - Conclusão e comentários gerais. 
 
 
A Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) fornece o Roteiro Básico para a 
elaboração do EIA/RIMA e, a partir do que poderá se desenvolver, um 
Plano de Trabalho que deverá ser aprovado pela secretaria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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52 
CAPÍTULO XVI - Monitoramento Ambiental 
 
 
 
O monitoramento ambiental é um processo de coleta de dados, estudo e 
acompanhamento contínuo e sistemático das variáveis ambientais, com o 
objetivo de identificar e avaliar - qualitativa e quantitativamente - as 
condições dos recursos naturais em um determinado momento, assim como 
as tendências ao longo do tempo. As variáveis sociais, econômicas e 
institucionais também são incluídas neste tipo de estudo, já que exercem 
influências sobre o meio ambiente. 
 
Com base nesses levantamentos, o monitoramento ambiental fornece 
informações sobre os fatores que influenciam o estado de: 
 
 Conservação; 
 Preservação; 
 Degradação; 
 Recuperação ambiental da região estudada. 
 
Também subsidia medidas de planejamento, controle, recuperação, 
preservação e conservação do ambiente em estudo, além de auxiliar na 
definição de políticas ambientais. 
 
O monitoramento ambiental permite, ainda, compreender melhor a relação 
das ações do homem com o meio ambiente, bem como o resultado da 
atuação das instituições por meio de planos, programas, projetos, 
instrumentos legais e financeiros, capazes de manter as condições ideais 
dos recursos naturais (equilíbrio ecológico) ou recuperar áreas e sistemas 
específicos. 
 
Como exemplo, pode-se citar o monitoramento de um recurso hídrico, que 
tem os seguintes objetivos: 
 
 Acompanhar as alterações de sua qualidade; 
 Elaborar previsões de comportamento; 
 Desenvolver instrumentos de gestão; 
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 Fornecer subsídios para ações saneadoras. 
 
IMPLANTAÇÃO 
 
A implantação de atividades de monitoramento ambiental necessita de uma 
seleção prévia de indicadores que expressem as condições qualitativas ou 
quantitativas do que será medido e avaliado. 
 
Esses parâmetros devem descrever, de forma compreensível e significativa, 
os seguintes aspectos: 
 
 O estado e as tendências dos recursos ambientais; 
 A situação sócio econômica da área em estudo; 
 O desempenho de instituições para o cumprimento de suas 
atribuições. 
 
A escolha dos indicadores depende dos seguintes fatores: 
 
 Objetivos do monitoramento; 
 O que será monitorado; 
 Informações que se pretende obter. 
 
Esses parâmetros são medidos em campo, laboratório e em escritório, 
sendo que alguns são bastante simples e outros, muito complexos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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54 
CAPÍTULO XVII - Avaliação Econômica de Recursos e Danos 
Ambientais 
 
 
 
 
Nas últimas décadas, a sociedade está cada vez mais interessada por 
questões relacionadas ao meio ambiente, e existe, também, o aumento da 
consciência de que os recursos não são mais ilimitados. 
 
Os gestores das organizações estão cada vez mais preocupados com o 
meio ambiente, em busca de uma imagem positiva, o marketing verde 
(FAMINOW apud CLEMENTE, 1998), evidenciada, também, pela crescente 
ameaça da degradação ambiental. 
 
Barde e Pearce (1995 apud SILVA, 2003) evidenciam que as políticas 
ambientais estão ganhando mais importância e sofisticação; há uma 
necessidade de maior desenvolvimento das bases econômicas para estas 
políticas, como a valoração monetária do meio ambiente. 
 
Afirmam, também, que progressos têm sido feitos no desenvolvimento de 
metodologias para valoração econômica de custos e benefícios ambientais. 
 
Os estudos de valoração econômica dos recursos naturais têm recebido 
atenção crescente na literatura, a valoração permite identificar e ponderar os 
diferentes incentivos econômicos que interferem na decisão em relação ao 
uso dos recursos naturais. 
 
Conforme Motta (1998), determinar o valor econômico de um recurso 
ambiental é estimar o valor monetário deste em relação aos outros bens e 
serviços disponíveis na economia. 
 
Para May (1995), a valoração de um ecossistema tem como principais 
objetivos a determinação dos custos e dos benefícios de sua conservação. A 
valoração econômica é um importante critério no processo de tomada de 
decisão, para um desenvolvimento sustentável e a definição de políticas 
ambientais. 
 
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É feita por meio de métodos que captam e atribuem valores para os bens e 
serviços gerados pelo meio ambiente, tornando-se possível aos órgãos 
competentes e aos tomadores de decisão a base para a implementação de 
políticas de conservação e preservação dos recursos naturais e ambientais. 
 
Young e Fausto (1997) enfatizam, ainda, que a valoração econômica se 
refere à forma como os recursos naturais são utilizados, evidenciando, ao 
máximo, de benefícios para um grupo de pessoas, incluindo-se, aqui, 
aquelas que não possuem poder decisório sobre o manuseio destes 
recursos. 
 
A valoração de ativos ambientais busca sinalizar o preço que um recurso 
ambiental possui, tornando possível a determinação de políticas que visem 
conciliar a manutenção e conservação do meio ambiente, conjuntamente, 
com as necessidades humanas e econômicas (SILVA; LIMA, 2004). 
 
A necessidade de se valorar os recursos ambientais, independente da 
técnica utilizada, visa garantir recursos naturais para as futuras gerações, ou 
seja, desenvolvimento sustentável. 
Assim, para que haja desenvolvimento sustentável, é preciso que, sob o 
ponto de vista econômico, o crescimento seja definido de acordo com a 
capacidade de suporte aos ecossistemas. 
 
Vários estudos relacionados ao meio ambiente estão sendo desenvolvidos e, 
dentre eles, os estudos relacionados aos aspectos de valoração de recursos 
naturais, no intuito de atribuir valor a recursos naturais que, até então, eram 
representados pelo poder de automanutenção, mas pesquisas demonstram 
que tal afirmação não é valida, os recursos naturais são finitos e necessitam 
de maior atenção e proteção (YOUNG; FAUSTO, 1997). 
 
A preocupação com o equilíbrio entre a exploração dos recursos naturais e o 
desenvolvimento sustentável está cada vez maior. É importante que se crie 
condições para que os agentes econômicos internalizem os custos da 
degradação em suas obrigações, e isto pode ser feito, precificando os 
recursos naturais, utilizando um dos métodos de valoração dos recursos 
naturais, permitindo a avaliação econômica do meio ambiente. 
 
Essa precificação pode gerar mais incentivos para o uso racional de bens e 
serviços. 
 
Segundo Marques e Comune (1995), existe a necessidade de valorar 
corretamente os bens e serviços do meio ambiente. A valoração econômica 
ambiental pode ser justificável como instrumento auxiliar de política que 
tenha a finalidade de evitar a exploração excessiva dos recursos naturais, 
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ajudando na determinação de valores de taxas e tarifas ambientais (REIS; 
MOTTA, 1994). 
 
Cada método de valoração apresenta suas limitações na captação dos 
diferentes tipos de valores do recurso ambiental. A melhor escolha deverá 
considerar o objetivo da valoração, a eficiência do método para o caso 
específico e as informações disponíveis para o estudo. No processo de 
análise, devem estar claras as limitações metodológicas e as conclusões 
restritas às informações disponíveis. 
 
Os métodos de valoração ambiental são importantes de serem estudados, 
pois, além de dimensionar os impactos ambientais internalizando-os à 
economia, também evidenciam custos e benefícios da expansão da 
atividade humana. Ter uma ideia do valor do ambiente natural e incluí-lo na 
análise econômica é uma tentativa de corrigir as tendências negativas do 
livre mercado. 
 
 
Valoração Econômica

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