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Exercícios comentados Direito das Obrigações - Parte 5

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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
EXERCÍCIOS COMENTADOS
 
QUESTÕES OBJETIVAS
Questão 1: 1,0 – um ponto
A solidariedade pode ser ativa ou passiva, mas não se identifica com a indivisibilidade, pois: 0,5 – meio ponto
a) nesta, a fim de que os devedores se exonerem para com todos os credores, exige-se o pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto naquela não se exige tal cautela; a obrigação indivisível, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível, enquanto a obrigação solidária conserva sua natureza; a remissão de dívida não extingue a obrigação indivisível para com os outros credores, entretanto, extingue-a a solidariedade até o montante do que foi pago, e pode a obrigação ser solidária e divisível ou indivisível e não solidária.
b) nesta, a fim de que os devedores se exonerem para com todos os credores, exige-se o pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto naquela não se exige tal cautela; a obrigação indivisível, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível, enquanto a obrigação solidária conserva sua natureza; a remissão de dívida não extingue a obrigação indivisível para com os outros credores, entretanto, extingue-a a solidariedade, até o montante do que foi pago, não podendo, porém, a obrigação ser solidária e divisível ou indivisível e não solidária.
c) naquela, para que os devedores se exonerem com todos os credores, exige-se o pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto nesta não se exige tal cautela; a obrigação solidária, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível, enquanto a obrigação indivisível conservará sua natureza; a remissão de dívida não extingue a obrigação solidária para com os outros credores, entretanto, extingue-a a obrigação indivisível, não podendo a obrigação ser solidária e divisível ou não solidária e indivisível.
d) naquela, para que os devedores se exonerem com todos os credores, exige-se o pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto nesta não se exige tal cautela; a obrigação solidária, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível, enquanto a obrigação indivisível conservará sua natureza; a remissão de dívida não extingue a obrigação solidária para com os outros credores, entretanto, extingue-a a obrigação indivisível, e pode a obrigação ser indivisível e não solidária ou divisível e solidária.
Justifique objetivamente elencando o dispositivo legal referente à alternativa escolhida, quando houver: 0,5 – meio ponto. (1 linha)
A. Conforme dispõe o CC, art. 260, inc. II: “Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando a um, dando este caução de ratificação dos outros credores”. De forma diversa dispõe o CC sobre as obrigações solidárias, no art. 268: “Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar”. As obrigações indivisíveis assim o são em razão do objeto da obrigação, de tal sorte que, perecendo o objeto, estas se resolvem em perdas e danos, razão pela qual perdem a qualidade de indivisíveis, tal como dispõe o CC, art. 263: “Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos”. Na obrigação solidária isso não acontece, conforme CC, art. 271: “Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade”. A respeito do pagamento, em relação às obrigações indivisíveis, o CC dispõe no art. 262 que: “Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente”. Já na obrigação solidária, o art. 277 assim dispõe: “O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada”.
Questão 2: 1,0 – um ponto
A respeito do direito das obrigações, assinale a alternativa correta: 0,5 – meio ponto
a) Na obrigação de dar coisa certa, se a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
b) A coisa incerta será indicada sempre pelo gênero. Nessa modalidade de obrigação, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
c) Quanto às obrigações de fazer, incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação só a ele imposta, ou só por ele exequível. Se a prestação do fato tornar-se impossível com culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se não for culpa dele, responderá por perdas e danos. 
d) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao credor, se outra coisa não se estipulou. 
e) A obrigação é considerada indivisível quando a prestação tem por objeto coisa ou fato suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.  
Justifique objetivamente elencando o dispositivo legal referente à alternativa escolhida, quando houver: 0,5 – meio ponto. (1 linha)
A. Art. 234 CC.
Questão 3: 1,0 – um ponto
L.R.S, casado, 50 anos, engenheiro, pactuou com W.R.M, solteiro, 32 anos, autônomo, um contrato de Locação de Imóvel Residencial pelo prazo de 30 (trinta) meses.  Tendo como direcionamento a classificação das obrigações reciprocamente consideradas, o contrato celebrado entre as partes constitui uma obrigação: 0,5 – meio ponto
a) periódica. 
b) principal.
c) divisível. 
d) acessória
Justifique objetivamente elencando o dispositivo legal referente à alternativa escolhida, quando houver: 0,5 – meio ponto. (1 linha)
B. Neste aspecto, quanto à dependência (reciprocamente considerados), as obrigações podem ser: Obrigações principais: é a obrigação cuja existência, validade e eficácia INDEPENDEM de qualquer outra relação obrigacional. É autônoma e independente. Exemplo: pagar o aluguel em um contrato de locação. Obrigações acessórias: são aquelas obrigações que têm subordinação jurídica, que dependem de outra obrigação. Exemplo: a fixação de arras ou sinal.
Questão 4: 1,0 – um ponto
Como modalidades de obrigações, o Código Civil prevê as obrigações de dar, fazer, não fazer, alternativas, divisíveis e indivisíveis e as solidárias.
Sobre o tema, assinale a alternativa correta: 0,5 (meio ponto)
a) Nas obrigações solidárias, a solidariedade pode resultar da lei, da vontade das partes ou de decisão judicial.
b) Nas obrigações de não fazer, praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
c) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao credor, se outra coisa não se estipulou.
d) A obrigação de dar se divide em dar coisa certa ou incerta. A obrigação de dar coisa incerta abrange os acessórios dela embora não mencionados.
e) A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa não suscetível de divisão por sua natureza, não sendo válida a alegação de ser a coisa indivisível por motivos de ordem econômica.
Justifique objetivamente elencando o dispositivo legal referente à alternativa escolhida, quando houver: 0,5 – meio ponto. (1 linha)
B. 251 CC.
QUESTÕES DISCURSIVAS
Questão 1: 3,00 – três pontos (10 linhas)
Maria era jogadora compulsiva de bingo. Durante o ano de 2006, durante praticamente todos os dias ela foi até a casa de bingo "Las Pedras", onde passava a noite jogando. Vale ressaltar que o "Las Pedras" somente ainda estava em funcionamento por força de uma decisão judicial liminar, considerando que o bingo já estava proibido pela legislação federal. Determinado dia, ela perdeu cerca de R$ 100 mil no jogo. A fim de cobrir os débitos, ela emitiu um cheque "pré-datado". No dia previsto na cártula, a casa de bingo fez a apresentação do cheque, mas este não tinha fundos. Diante disso, o bingoajuizou ação de execução cobrando o valor previsto no cheque.
a) A cobrança terá êxito? Por que? (1,0)
b) Defina, dê as características e exemplifique as espécies de obrigações e as espécies de jogos, relacionando-as. (2,0)
GABARITO
ITEM A
NÃO. A dívida de jogo contraída em casa de bingo é inexigível. (0,5) Isso porque o bingo não era, na época, assim como não o é hoje em dia, uma atividade legalmente permitida e se trata de obrigação natural. (0,5)
STJ. 3ª Turma. REsp 1.406.487-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 4/8/2015 (Info 566).
As casas de bingo, depois de muitos anos sendo proibidas no Brasil, foram autorizadas, em 1993, por meio da Lei nº 8.672/93. Depois de inúmeros escândalos, os bingos foram novamente proibidos, de forma expressa, por intermédio da Medida Provisória nº 168/2004. Ocorre que havia algumas leis estaduais permitindo a prática dos bingos, o que gerou diversas ações judiciais propostas pelas empresas que exploravam esse jogo, sustentando que a lei estadual continuaria autorizando os bingos. Diversas casas de bingo conseguiram obter decisões liminares permitindo a continuidade de suas atividades. Essa disputa somente se resolveu definitivamente quando o STF, em 2007, editou a súmula vinculante nº 2 afirmando que a legislação federal proibindo os bingos prevalecia sobre as leis estaduais. Confira o enunciado:
Súmula vinculante 2-STF: É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
ITEM B
Há jogos ou apostas proibidos, outros tolerados e por fim os legalmente permitidos: (0,5)
	Proibidos (ilícitos)
	Tolerados
	Permitidos (autorizados)
	O resultado depende exclusivamente da sorte.
São, por isso, chamados de “jogos de azar”.
	O resultado não decorre exclusivamente da sorte, sendo influenciado pela habilidade, força ou inteligência dos participantes.
	O resultado não decorre exclusivamente da sorte, sendo influenciado pela habilidade, força ou inteligência dos participantes.
	A pessoa que vence não pode ingressar com uma ação judicial compelindo a outra a pagar a quantia prometida.
	A pessoa que vence não pode ingressar com uma ação judicial compelindo a outra a pagar a quantia prometida.
	A pessoa que vence podeingressar com uma ação judicial compelindo a outra a pagar a quantia prometida.
	Sua prática, com intuito econômico, é punida como contravenção penal (art. 50 do Decreto-Lei 3.688/1941).
	Sua prática não é regulamentada, mas apenas tolerada pelo Poder Público.
	Sua prática é regulamentada e incentivada pelo Poder Público.
	Exs.: jogo do bicho, roleta do cassino, jogo de dados, víspora, bacará etc.
	Exs.: disputas informais de esportes, isto é, sem um campeonato regulamentado, “bolões de apostas entre amigos”.
	Exs.: campeonatos esportivos autorizados pelo Poder Público (futebol, vôlei, boxe, sinuca, xadrez, dominó), Mega-Sena, Lotomania.
 
Obrigação moral, natural, civil. (0,5)
Esta perspectiva classificatória deve ser considerada a partir do elemento virtual das obrigações e da teoria dualista, os quais distinguem a prestação da responsabilidade civil.
Deste modo, as obrigações naturais e morais podem ser classificadas como obrigações imperfeitas ou incompletas[1], porque destituídas da coercibilidade. Exemplo ilustrativo são as obrigações prescritas. Nelas não é possível constranger o patrimônio do devedor, apesar de o ordenamento jurídico admitir que este pague: existe o shuld (débito), porém sem o haftung (responsabilidade).
Apenas para ilustrar, segue a ementa da decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul sobre obrigação natural:
“RECURSO INOMINADO. ENSINO PARTICULAR. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. DÍVIDA PRESCRITA. OBRIGAÇÃO NATURAL. RESTITUIÇÃO DESCABIDA. DANO MORAL NÃO CARACTERIZADO. RECURSO PROVIDO”. (Recurso Cível Nº 71004575957, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Silvia Muradas Fiori, Julgado em 12/12/2013).
A dívida prescrita (CC, art. 882), a dívida resultante de jogo e aposta não legalizados (CC, art. 815) e o mútuo feito a menor sem a prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver (CC, art. 558), são exemplos de obrigações imperfeitas.
A gorjeta também é exemplo de obrigação natural. A expressão vem de gorja, ou seja, garganta, como aquilo que se dá para esquentar a garganta do trabalhador, o cafezinho ou outra bebida preferida. Relaciona-se, pois, ao beber e não ao comer, na lição de Flávio Tartuce[2].
Apesar das obrigações naturais não serem exigíveis, pois desprovidas de responsabilidade, é importante lembrar que se forem adimplidas voluntariamente e sem qualquer vício de consentimento, o pagamento é juridicamente válido e eficaz. Assim, fica vedada a devolução (não pode ser repetido), pois há o débito, o que se denomina tecnicamente de soluti retentio[3]. Em síntese, portanto, as obrigações naturais são inexigíveis e irrepetíveis.
As obrigações civis são as completas e perfeitas, porque além de prescreverem a conduta, vinculam patrimonialmente o devedor que deixar de observá-la: existe o shuld (débito) e o haftung (responsabilidade) ao mesmo tempo. Geram exigibilidade patrimonial, respondendo os bens do devedor pelo inadimplemento
O art. 814 do CC prevê o seguinte: (1,0)
Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito.
§ 1º Estende-se esta disposição a qualquer contrato que encubra ou envolva reconhecimento, novação ou fiança de dívida de jogo; mas a nulidade resultante não pode ser oposta ao terceiro de boa-fé.
§ 2º O preceito contido neste artigo tem aplicação, ainda que se trate de jogo não proibido, só se excetuando os jogos e apostas legalmente permitidos.
§ 3º Excetuam-se, igualmente, os prêmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em competição de natureza esportiva, intelectual ou artística, desde que os interessados se submetam às prescrições legais e regulamentares.
 Como se verifica no § 2º supra, para que as obrigações decorrentes do jogo possam ser exigíveis, é necessário que esse jogo seja legalmente permitido. Assim, não se tratando de jogo expressamente autorizado por lei, as obrigações dele decorrentes carecem de exigibilidade, sendo meras obrigações naturais.
Questão 2: 3,00 – três pontos (10 linhas)
Zeca, Martinho e Benito, buscando realizar um antigo sonho comum de inaugurar u bar na Rua Moncorvo Filho, bem em frente à Faculdade Nacional de Direito , solicitam ao amigo Diogo um empréstimo no valor de R$30.000,00. Diogo aceita emprestar o dinheiro, mas sob as seguintes condições: (1) existência de solidariedade entre os devedores, (2) possibilidade de o credor exigir, a sua escolha, como contraprestação, a devolução dos montantes na data devida ou uma apresentação de qualquer um dos devedores em sua casa de samba na Lapa, (3) Possibilidade de Martinho adimplir o negócio caso entregue ao credor a receita de sua famosa cachaça caseira.
a) Supondo que Diogo tenha escolhido exigir a realização do show, e na data aprazada tenha acionado Benito para se apresentar em sua casa noturna. Após a realização do show, quais são os direitos de Benito perante Zeca e Martinho? Justifique. (1,0)
b) Caso Benito, após ser acionado judicialmente, se recuse a realizar o show, e Martinho, não acionado judicialmente, decida entregar a receita da cachaça, estaria a obrigação adimplida? Justifique. (1,0)
c) Caso Martinho, ao ser acionado por Diogo, resolva entregar a receita de sua famosa cachaça caseira, quais serão os direitos dele perante Zeca e Benito? Justifique. (1,0)
GABARITO
A) Zeca, Martinho e Benito são devedores solidários de uma obrigação alternativa em que foi estipulado em favor do credor o direito de escolha entre receber a quantia emprestada (R$30 mil) ou exigir a apresentação
de qualquerum dos devedores em sua casa noturna.
Como o credor escolheu exigir a realização do show por Benito, este, devedor solidário, ao pagar a totalidade da dívida, tem o direito de exigir dos codevedores suas quotas na dívida. (art.283, CC). Dessa maneira, poderá exigir de Zeca e Martinho (de cada um), a quantia de R$ 10 mil. (1,0)
B) Como Diogo, o credor, ingressou em juízo para cobrar a realização do show por Benito, pode-se concluir que ocorreu a concentração da obrigação alternativa, de modo que a obrigação anteriormente composta tornou-se simples. Como é prevista uma cláusula que permite a um devedor (Martinho) adimplir o negócio caso entregue ao credor a receita de sua famosa cachaça caseira, pode-se dizer que se configura uma obrigação facultativa - ou com faculdade alternativa.(0,5) Na obrigação facultativa, a entrega da prestação prevista em cláusula especial (no caso, a entrega a receita da cachaça caseira) é uma faculdade do devedor e o credor, não pode impedir o exercício dessa faculdade. Nesse sentido, caso Benito decida entregar a receita da cachaça, a obrigação em questão estaria adimplida. (0,5)
C) Zeca, Martinho e Benito são devedores solidários de uma obrigação alternativa. Contudo, fora estipulada uma cláusula que permite a Martinho adimplir a dívida caso entregue ao credor a receita de sua famosa cachaça caseira – obrigação facultativa. Se um devedor solidário paga a totalidade da dívida lhe assiste o direito de cobrar de cada codevedor sua quota parte no débito (art.283, CC). Nesse sentido, se Martinho adimplir a obrigação entregando sua receita, poderá exigir dos demais devedores suas respectivas quotas na dívida, quais sejam, R$ 10 mil de Zeca e R$ 10mil de Benito.(1,0)
 
Boa prova!

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