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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO JUIZ DE FORA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA TANATOLOGIA Elisiane Raimundo da Silva APRENDIZADOS SOBRE A MORTE E O MORRER Juiz de Fora 2020 Elisiane Raimundo da Silva APRENDIZADOS SOBRE A MORTE E O MORRER Relatório final da disciplina de Tanatologia, para obtenção de nota completar na Avaliação semestral AV2. Docente: Raquel Fernandes Juiz de Fora 2020 Elisiane Raimundo da Silva APRENDIZADOS SOBRE A MORTE E O MORRER Relatório final da disciplina de Tanatologia, para obtenção de nota completar na Avaliação semestral AV2. Docente: Raquel Fernandes Entregue em Juiz de Fora, em 18 de novembro de 2020 “A morte vem de longe Do fundo dos céus Vem para os meus olhos Virá para os teus Desce das estrelas Das brancas estrelas As loucas estrelas Trânsfugas de Deus Chega impressentida Nunca inesperada Ela que é na vida A grande esperada! A desesperada Do amor fratricida Dos homens, ai! dos homens Que matam a morte Por medo da vida.” (“A morte | Vinicius de Moraes,” Rio de Janeiro 1954) APRENDIZADOS SOBRE A MORTE E O MORRER LEARNING ABOUT DEATH AND DYING Elisiane Raimundo da Silva1 18 de novembro de 2020 Resumo Esse trabalho é um relatório final das resenhas de seis vídeos que abordam o tema morte. E visa auxiliar na compreensão das dimensões da morte, porque é tão difícil viver morte, a dinâmica entre cuidador e paciente em cuidados paliativos, a dinâmica da família que perde um ente querido, a dinâmica de alguém que está de luto por uma criança e por fim no entendimento que a morte não é um acontecimento em si, mas um evento social. Vídeo 1 - A consciência da morte nos faz humanos. Vídeo 2 - A morte é um dia que vale a pena viver. Vídeo 3 - cuidando de quem cuida. Vídeo 4 - Há beleza no luto. Vídeo 5 - vamos falar sobre o luto? Vídeo 6 - a morte como a (des)conexão humana. Palavras-chave: morte, luto, enfermagem. 1 ACADÊMICA DE ENFERMAGEM – pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO JUIZ DE FORA – 201512225606@alunos.estacio.br Abstract This work is a final report of the reviews of six videos that address the topic of death. And it aims to help in understanding the dimensions of death, because it is so difficult to live death, the dynamics between caregiver and patient in palliative care, the dynamics of the family that loses a loved one, the dynamics of someone who is in mourning for a child and for end in the understanding that death is not an event in itself, but a social event. Video 1 - The awareness of death makes us human. Video 2 - Death is a day worth living. Video 3 - taking care of those who care. Video 4 - There is beauty in mourning. Video 5 - let's talk about grieving? Video 6 - death as the human (dis) connection. Keyword: death, grief, nursing SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7 2 VÍDEO 1 - A CONSCIÊNCIA DA MORTE NOS FAZ HUMANOS ............................ 7 3 VÍDEO 2 - A MORTE É UM DIA QUE VALE A PENA VIVER .................................. 9 4 VÍDEO 3 - CUIDANDO DE QUEM CUIDA ............................................................... 9 5 VÍDEO 4 - HÁ BELEZA NO LUTO ........................................................................... 9 6 VIDEO 5 - VAMOS FALAR SOBRE O LUTO? ...................................................... 10 7 VÍDEO 6 - A MORTE COMO A (DES)CONEXÃO HUMANA ................................. 10 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 11 9 REFERENCIAS ..................................................................................................... 13 7 1 INTRODUÇÃO Como seres superiores de todas as condições de vida na biosfera, o homem é aquele que tem o privilégio de comunicação plena de sua raça, pois possui a capacidade de discernimento e dotado dos sentidos como norteadores de escolhas. As sensações, percepções, pensamentos nos permitem a todo o momento um comportamento e novas posturas diante dos desafios, permitindo assim outras mudanças. Contextualizar sobre a vida é algo que todos nós podemos compreender na nossa trajetória como ser humano, no entanto nosso ciclo vital passa por processos que vai desde a concepção, nascimento, desenvolvimento e consequente morte. Todos esses fenômenos são inerentes a nossa vida cotidiana, mas para alguns indivíduos esses processos podem ser percebidos como fatores comuns, falam abertamente e não incomodam já outros sequer cogitam a ideia de morte, não quer chegar a finitude. Nossa reação perceptiva diante do que não sabemos ou conhecemos causa estranheza e muito nos faz refletir se podemos ou devemos ocultar tal pensamento. O tema sobre morte e morrer requer seriedade, ética e respeito diante dos valores pessoais, familiares e culturais. O indivíduo se projeta diante da vida no antes e depois, por conseguinte na angústia de seu sofrimento que ora está no processo do adoecimento e morte. Diante do sofrimento da doença orgânica o indivíduo não deixa de ter sua subjetividade, ela está atuando a plena capacidade e até mesmo mais atuante que antes, somente num estágio como o enfrentamento da doença é que se dá conta de tantas etapas da vida deixaram de ser valorizadas, no entanto não havia uma patologia. Esse questionamento está dentro da normalidade que o indivíduo vivencia, pois o colocam diante de sua real condição de pulsão de vida e morte, as instâncias psíquicas estão plenamente em conflito sobre tal questão. Enquanto a atenção lhe é dada, pela escuta, o indivíduo deixa fluir seu apelo à vida enquanto tem consciência que pode ser tarde demais. Uma vez que o fim está próximo à capacidade de contingência nesse conflito entre viver e o morrer pode ser suplementado por uma força incomum diante da fragilidade humana. Para alguns indivíduos poderá ocorrer uma nova representação em simbolizar uma forma mais elaborada e compreendida que não ter como reverter à situação. 2 VÍDEO 1 - A CONSCIÊNCIA DA MORTE NOS FAZ HUMANOS No vídeo a palestrante Luciana Dadalto, faz diversas ponderações sobre o desejo humano da imortalidade, cita o ciclo de vida de uma água-viva que é imortal, a busca do imperador da china pela imortalidade, fala dos alquimistas, Isaac Newton, 8 jovens do vale do silício que investem muito dinheiro para descobrirem a fórmula da imortalidade. Ao discorrer sobre o medo da morte, o medo de sofrer, o medo de não termos mais os nossos amores, o medo de sermos esquecidos; chama para algumas reflexões. O que é que nos faz humanos? O que nós estamos fazendo com a nossa humanidade? O que nos faz humanos é a consciência de que nós somos seres finitos. O que nos move nos faz acordar todos os dias e fazer tudo que fazemos: trabalho, amores, desamores, descobertas, obras-primas, é porque sabemos da terminalidade da vida. Será se um dia ao descobrirmos que não vamos morrer, ainda seremos capazes de fazer tudo o que a fazemos hoje? É preciso entender que a morte faz parte da vida e que morremos todos os dias: morremos na demissão de um emprego, no término de um relacionamento, quando planejamos uma festa de casamento por seis meses e ela dura 6 horas, nascemos e morremos todos os dias. A morte é um vazio, é um grande silêncio; não é um problema a ser resolvido é um mistério a ser experimentado por todos nós e quando deixamos de experimentar esse mistério, nos desumanizamos, abrimos mão do que temos de mais humano e