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Resumo Conjuntivites

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CONJUTIVITES 
→ Pode ter origem infecciosa (viral ou bacteriana) ou não infecciosa (alérgica e não alérgica). As 
conjuntivites neonatais fazem parte de um outro subgrupo.
→ Conjuntivite Viral: 
- Apresenta adenopatia
	 - É a mais comum
	 - Etiologia mais comum é o adenovírus (incubação de 5-12 dias)
	 - FR: Contato direto com secreções, objetos e superfícies
	 - Clínica: Quadro semelhante a um resfriado, com tosse matinal, congestão nasal e 
secreção, podendo apresentar aglutinação palpebral pela manha. Pode apresentar 
linfadenomegalia pré-auricular (90%), hiperemia conjuntival com secreção hialina e sensação de 
queimação ou areia nos olhos. O olho fica mais vermelho do que quando comparado com a 
bacteriana. Os sintomas pioram entre 3-5 dias, melhorando gradualmente em 1-2 semanas.
	 - A presença de reação folicular pe bastante sugestiva de etiologia viral.
	 - Normalmente conjuntivite viral não atinge a córnea, apenas a conjuntiva, sendo assim 
denominada de CERATOCONJUNTIVITE EPIDÊMICA.
	 - O paciente desenvolve sensação de corpo estranho e infiltrados subepiteliais (que 
persistem por longo tempo).
	 - TTO: Não há tratamento específico. Visa aliviar os sintomas. Doença autolimitada.
	 - Corticoides: O uso de corticoides nas conjuntivites virais é feito quando são 
encontrados infiltrados corneanos, baixa visual importante ou sintomas insuportáveis.
	 - Na conjuntivite viral se usa colírio lubrificane. Outros medicamentos como corticoides e 
antibioticos são evitados pois podem causar catarata (cristalino) e glaucoma (lesão do nervo 
óptico).
	 - IMP! Características que apontam para conjuntivite viral: Lacrimejamento, secreção 
mucoide (branca, hialina), reação folicular na conjuntiva tarsal inferior, adenopatia pré-auricular.
→ Conjuntivite Bacteriana:
	 - Principal agente é o S. Aureus (mais comum em adultos)
	 - Quando houver infecção por P.aeruginosa, isoladamente, pensar em lentes de contato.
	 - FR: Altamente contagiosas, transmitidas através do contato direto com secreções, 
geralmente através das mãos, objetos e superfícies contaminadas.
	 - Clínica: Normalmente unilateral, cursando com instalação rápida. Apresenta secreção 
mucopurulenta persistente ao longo do dia. Geralmente o olho contralateral é afetado em 1-2 
dias. Reação papilar. Pode ocorrer formação de membranas e pseudo membranas. Pode haver 
ceratite associada com opacidades corneanas. 
	 - TTO: Curso autolimitado (7-10 dias), mas deve ser feito uso de ATB tópico (quinolonas - 
3/3 horas durante 7 dias) - para reduzir a gravidade e a duração da doença.
	 - O uso de corticoides tópicos pode ser feito (em crianças deve-se evitar), além dos 
cuidados para evitar contágio. 
	 - IMP! Características que apontam para uma conjuntivite bacteriana são a eliminação 
contínua de secreção purulenta (branca, amarela ou esverdeada) e a formação de uma 
pseudomembrana.
	 - As conjuntivites bacterianas são divididas em:
	 	 • Hiperaguda (gonocócica) - Neonatos (instação em 24h) ou adultos com atividade 
sexual, o olho apresenta intensa secreção purulenta nas primeiras 12 horas de contágio, além de 
hiperemia e dor à palpação. Necessita de encaminhamento urgente ao oftalmologista. 
	 	 • Blefaroconjuntivite Crônica - S. Aureus 
	 	 • Conjuntivite Flictenular - Hipersensibilidade tipo IV a produtos de degradação 
bacteriana. Há presença de flictenas (lesões arredondadas no limbo e perifieria) Não há 
microorganismos ativos na conjuntiva.
	 	 • Síndrome oculoglandular de Parinaud - Conjuntivite + adenite pré-auricular. É 
uma complicação da febre da arranhadura do gato.
	 	 • Conjuntivite por Inclusão por Clamídia - Principalmente adultos jovens 
sexualmente ativos.
	 	 • Tracoma - Conjuntivite folicular crônica, bilateral, pannus, ceratite ulcerativa, 
opacidades corneanas deformando conjuntiva tarsal superior levando a entrópio e à triquíase 
(grave lesão da córnea e cegueira).
→ Conjuntivite Alérgica:
	 -  Conjuntivite Alérgica Aguda Comum - Exposição ocular a aeroantígenos que 
desencadeiam uma hipersensibilidade tipo I (Imediata mediada por IgE e mastócitos).
	 	 • Normalmente atingem os dois olhos, com prurido importante, quemose, secreção 
mucoide e história previa de alergia.
	 	 • TTO: Controle ambiental e uso de lubrificantes. Em casos moderados pode ser 
feito o uso de anti-histamínicos H1.
	 - Conjuntivite Alérgica Crônica - Normalmente associada à dermatite atopica e outras 
alergias.
	 	 • TTO: Anti-histamínicos H1 + estabilizadores mastócitos (olapatadina)
	 - Conjuntivite Primaveril
	 	 • Predomina nos meses da primavera, devido a polinização de alguns tipos de 
plantas. Nos eua é chamada de febre do feno.
→ Conjuntivites Não Infecciosas e Não Alérgicas:
	 - Muito comum no uso de lentes de contato gelatinosas não descartáveis, mas também 
pode ocorrer em lentes rígidas.
	 - Patogenese multifatorial
	 - Exame Físico: Conjuntiva tarsal superior com presença de papilas gigantes, intolerância 
às lentes, manchas de Horner (grande quantidade).
→ Conjuntivite Neonatal:
	 - Inflamação conjuntival no primeiro mes de vida. Tem como diagnostico diferencial a 
conjuntivite química, a conjuntivite adquirida no canal de parto, a conjuntivite bacteriana aguda e 
a obstrução congênita de vias lacrimais.
	 - Conduta: Coletar material para bacterioscopia e cultura. 
	 	 • 2º e 4º dia de vida: Tratar para gonococo
	 	 • 5º e 21º dia de vida: Tratar para gonococo e clamídia
	 	 • A partir do 22º dia de vida: Tratar para clamídia.

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