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Particularidades e abrangência da comunicação científica - LETRAS Inglês - exclusivopd

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PARTICULARIDADES E ABRANGÊNCIA DA 
COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA 
 
 
Professor: Wanderlei Gonçalves (material disponibilizado para #passeidireto) 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem por finalidade expor à área acadêmica particularidades da comunicação 
científica, apresentando ainda um breve histórico do que se considera ciência, opinião de estudiosos 
modernos e filósofos da antiguidade. Pretende-se trazer à luz aspectos relevantes aos conteúdos 
científicos, principalmente os ligados a comunicação científica, seus métodos, suas etapas, seus 
modelos. Na busca de resultados, realizou-se de certa forma a própria “comunicação científica”, 
pois fez-se uma análise da proposta, pesquisou-se sobre o assunto, procurou-se documentação, 
produziu-se o trabalho e parte-se agora para a disseminação do mesmo, tudo isso baseado em uma 
fundamentação teórica. Como conclusão, observa-se a importância da comunicação científica para 
a própria ciência, pois através da “comunicação científica” ganham vida, a ciência e o próprio 
cientista. 
 
 
Palavras-chave: Comunicação científica. Particularidades. Abrangência. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Passar à comunidade científica, resultados de pesquisas, trabalhos acadêmicos e outros 
trabalhos do mesmo nível, parece ser o esperado quando se deseja compreender e entender o tema 
“comunicação científica”. 
 
Para tanto, a comunicação científica possui particularidades próprias a fim de obter uma 
compreensão mais profunda por qualquer tipo de leitor, seja ele apto a um aprofundamento científico, 
ou apenas um apreciador corriqueiro. 
 
Essas particularidades vão desde seu modelo, suas etapas de construção e público a ser 
atingido. Porém, certas particularidades, vem sofrendo mudanças principalmente com o advento de 
novas tecnologias, que trouxeram juntas a necessidade de mudanças na forma de apresentação dos 
trabalhos científicos. 
 
Desta forma, este trabalho tem por finalidade esclarecer dúvidas, lançar debates e permitir um 
aprofundamento maior sobre conceitos já definidos, sempre usando como parâmetro trabalhos já 
divulgados de vários pesquisadores, membros da comunidade científica e pensadores do passado. 
 
2 
 
Como método de elaboração do mesmo, seguiu-se uma linha de pesquisa mais moderna, 
porém ponderada, utilizando-se de artigos científicos disponíveis na internet e também nos próprios 
livros da faculdade. 
 
Deixando toda a metodologia de lado, observa-se também a necessidade de compreensão do 
que realmente pode ser ciência, mesmo que sua definição, seja entendida de formas diferentes em 
seus diferentes paradigmas. 
 
Para tal, este trabalho está estruturado da seguinte forma. Após esta breve introdução, a seção 
dois apresenta a discussão sobre a definição de “ciência”, contendo um breve histórico e uma 
abordagem sobre métodos utilizados para definição da mesma. A seção 2.1, da mesma forma, 
apresenta dados históricos pertinentes ao assunto “comunicação científica”, sempre sustentados por 
opiniões científicas. Já a seção 2.2, apresenta modelos de comunicação científica, suas 
particularidades e suas etapas identificadoras. A seção 2.3 explica a sua abrangência, principalmente 
exemplificada pelo tipo de canal usado. Para finalizar, a seção 3 apresenta a conclusão deste trabalho, 
mostrando as considerações finais acerca do estudo efetuado. 
 
 
2 A CIÊNCIA E SUAS DEFINIÇÕES 
 
Até a metade do século XVI a ciência era feita por filósofos que usavam de argumentação e 
de deduções filosóficas para explicar os fenômenos da natureza, ou seja, para que os resultados de 
uma pesquisa pudessem ser considerados científicos, era necessário que as evidências fossem 
baseadas na observação e na experiência empírica, que nos dias de hoje, nada mais é que do que 
aquilo que não tem comprovação científica nenhuma, visto que é um fato que se apoia somente 
em experiências vividas, na observação de coisas, e não em teorias e métodos científicos. (CENDÓN; 
CAMPELLO; KREMER, 2002, p 73). 
Já na segunda metade do século XVI, surge um novo método, conhecido como “método 
Bacon”. Segundo Francis Bacon, criador do método, os filósofos antigos, estavam certos em colocar 
a natureza como ponto central em suas preocupações teóricas, mas falhavam por não aplicarem as 
suas “deduções” e “argumentações”, um método mais coerente que levasse a construção de um 
conhecimento mais confiável do que somente o conhecimento empírico humano, considerado pelo 
filósofo como, “falho” e “desordenado”, visto que era capaz de se construir por si mesmo. Para Bacon, 
o ser humano possuía uma mente ordenada por um conjunto de regras e, somente após essa ordenação, 
3 
 
é que o homem poderia obter conhecimento. Ainda segundo Bacon, o método indutivo enumerativo, 
criado por Aristóteles, era "vulgar”, já que uma conclusão era elaborada a partir de um exemplo 
particular e aplicada de forma geral a outros casos. Uma das diferenças do método indutivo 
eliminativo, criado por Bacon, é que sua metodologia propunha examinar as coisas a partir de muitos 
exemplos e, ainda assim, levaria em consideração os casos em que a conclusão não comprovasse a 
hipótese, ou seja, em que mesmo com um resultado alcançado ainda houvesse dúvida, pois a princípiose esperava um resultado diferente (SANTOS, 2016). 
A outra diferença é que, utilizando seu método, Bacon não passaria rapidamente de uma 
exemplificação particular para uma geral, buscando, desta forma, uma ordenação entre aquilo que 
formulou a partir dos dados dos sentidos. 
“O progresso do particular ao geral seria metódico e seguro para não correr riscos de afirmar 
proposições que não poderiam ser consideradas válidas depois de um exame mais atento. A 
indução eliminativa, procura por causas e, assim, por meio dela, pode-se demonstrar alguma 
teoria e descobrir novas. A indução enumerativa, não, justamente por tirar conclusões sem 
analisar os fatos de forma segura." (SANTOS, 2016). 
Levando todas estas informações em consideração, a ciência poderia ser definida, a grosso 
modo, como o conjunto de conhecimentos adquiridos relativos a um determinado objeto ou 
fenômeno, mas desta forma consideraría-se o empírico ou senso comum como parte da ciência, visto 
que os atos cotidianos como agasalhar-se em dias de chuva, por exemplo, de certa forma foram 
adquiridos pelo simples fato de se observar um fenômeno climático, no caso, a chuva, e perceber que 
ela iria molhar o corpo. Portanto, para definir “ciência”, devemos levar em conta outras opiniões já 
existentes. 
 
 Freire-Maia (2000), define como ciência um conjunto de descrições, de interpretações, de 
teorias, de leis e de modelos que buscam o conhecimento de uma parte da realidade, podendo ser 
ampliado e renovado, construído através da metodologia científica. 
 
Já segundo Trujillo Ferrari (1974), “ciência é todo um conjunto de atitudes e de atividades 
racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à 
verificação”. 
 
Ainda sobre esse assunto, Rosenbaum (1997, p. 1) afirma que “a definição de ciência que 
conhecemos, e que estamos habituados a reconhecer como única, é a ciência como um conhecimento 
que tem por fim descobrir as leis dos fenômenos”. 
 
4 
 
Percebe-se então, uma relação direta entre a definição de “ciência” com árdua pesquisa, 
conhecimento e racionalidade, e da mesma forma compreende-se que uma única definição de 
“ciência” é algo quase impossível, mesmo que em síntese ela expresse algo confiável. 
 
Aprendemos sobre o mundo e sobre nós mesmos de muitas maneiras: observamos, ouvimos, 
lemos e experimentamos, e assim aumentamos nosso conhecimento. No entanto, nem sempre 
a percepção que obtemos da realidade é confiável. Mas quando o conhecimento sobre 
determinado fenômeno é obtido segundo uma metodologia científica, ou seja, é o resultado 
de pesquisas realizadas por cientistas, de acordo com regras definidas e controladas, então 
aumentam muito as probabilidades de que nossa compreensão desse fenômeno seja correta. 
Chamamos ao conhecimento assim obtido de conhecimento científico ou ciência. 
(KERLINGER, 1979 apud MUELLER, 2000, p. 21). 
 
 Ciência então, para ser assim chamada, necessita de uma rigorosa metodologia científica, 
gerando conhecimento confiável e sem máculas, mesmo que não definitivo. 
 
 
2.1 A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA 
 
Para que os dados coletados em uma pesquisa científica sejam expostos e possivelmente 
aprovados ou não pela comunidade em geral, seja ela científica ou não, se faz necessária a sua 
publicação, já que um trabalho que não é exposto não é julgado, e portanto, não é merecedor de 
confiança. 
 
Pode-se então dizer que todo trabalho intelectual de estudiosos e pesquisadores, depende de 
um sistema comunicativo e informativo, onde são apresentados os resultados obtidos, parâmetros 
usados, e similaridades com projetos de outros pesquisadores. Geralmente este processo 
comunicativo, acontece não só após a conclusão da pesquisa, mas durante períodos esporádicos da 
mesma, orquestrando desta forma, a opinião e a visão não somente sua, mas de todos que tenham 
acesso as informações. 
 
Este processo comunicativo, recebe o nome de “comunicação científica”, e se faz necessária 
durante qualquer processo investigativo que leve a uma conclusão, desde que o mesmo siga uma 
metodologia científica adequada. Portanto é necessário comunicar a comunidade, que existe um novo 
trabalho, uma nova pesquisa, permitindo uma visibilidade mais ampla dos resultados obtidos. 
 
A exposição de materiais científicos, e consequentemente o que seria a “comunicação 
científica” em si, expandiu-se gradativamente a partir do desenvolvimento da imprensa, no século 
XV, momento em que começou a proliferação e maior familiarização com os livros e os periódicos. 
5 
 
Também nessa época pode-se observar, o surgimento das disciplinas educativas e o florescer das 
universidades. 
 
A imprensa, na intelectual figura de Johann Gensfleish Gutenberg, proporcionou 
transformação significativa na forma como vemos a ciência hoje, principalmente no que se refere à 
articulação e divulgação da mesma. Conforme foi se organizando, aliado claramente a outros fatores, 
possibilitou que estudos e pesquisas científicas, fossem construídas, publicadas, e consequentemente, 
consolidadas, mesmo que não se saiba com exatidão a que tempo isso iniciou. 
 
Conforme Meadows (1974), “ninguém pode afirmar quando foi que se começou a fazer 
pesquisa científica e, por conseguinte, quando, pela primeira vez, houve comunicação científica. A 
resposta a isso depende principalmente da definição que se tenha do que seja ´pesquisa”. 
. 
Segundo Velho (1997), no século XVII, com o desenvolvimento científico-tecnológico notou-
se a necessidade da realização e divulgação de pesquisas científicas através do registro do 
conhecimento e da comunicação entre cientistas, mas esse processo, mesmo que evolutivo, ainda não 
recebia a denominação de “comunicação científica”. 
 
A criação da revista científica Philosophical Transactions também teve grande importância 
nesse processo. 
Embora a revisão por pares seja usualmente considerada como procedimento central do 
processo de alocação de recursos para a pesquisa, o princípio, na realidade, emergiu no século 
XVII com o estabelecimento da Philosophical Transactions, a primeira publicação científica 
de que se tem notícia, criada pelo Royal Society de Londres em 1665. (VELHO 1997, p. 15). 
 
São desta época, sem uma denominação usual, as origens do sistema que conhecemos hoje 
como “comunicação científica”, principalmente devido a proliferação incomum de revistas 
científicas, originadas principalmente, de sociedades acadêmico científicas. 
 
Credita-se o uso, pela primeira vez, do termo “comunicação científica”, a John Bernal, durante 
o início do século XX, e é assim defendida por Christovão (1997, p.40) “a comunicação científica 
compreende o amplo processo de geração e transferência de informação científica”. 
 
 
 
2.2 PARTICULARIDADES DA COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA 
 
 
6 
 
 A comunicação é essencial no que tange ao avanço científico. Pode-se dizer até que é ainda 
mais importante que a própria pesquisa, visto que a mesma só será legitimada após ter sido apreciada, 
analisada e receber o almejado aval dos pares. Portanto a necessidade de ser também, eficaz. 
Principalmente se levarmos em conta que o que diz “o sistema de comunicação científica é a 
infraestrutura da comunidade científica”. (MUELLER, 2006). 
 
Numa visão mais ampla, todo o processo de comunicação científica pode ser identificado 
pelas seguintes etapas: investigação, análise, documentação, comunicação, produção, registro e 
disseminação. O modelo mais conhecido de comunicação científica criado por Garvey e Griffith em 
1979, teve que sofrer algumas alterações, principalmente pelo aparecimento de novas mídias de 
comunicação, no caso, as tecnologias da informação e comunicação TIC.Hurd, no ano de 1996, 
propôs uma adaptação aomodelo de Garvey e Griffith adaptando as fases já dispostas com a 
incorporação das TICs. Costa, em 2008, também adaptou o modelo tradicional, refinando-o, 
integrando as alternativas impressa e eletrônica. (SCHWEITZER; RODRIGUES; RADOS, 2011). 
 
Na seguinte figura, consegue-se notar as particularidades de cada modelo, principalmente 
quanto as etapas do processo. Na parte inferior observa-se o modelo Garvey e Griffith (1979) 
enquanto na parte superior, observa-se os modelos de Hurd (1996) e Costa (2008). 
 
 
Fonte: Adaptado de Garvey & Griffith, 1979; Hurd, 1996; Costa, 2008. 
 
7 
 
Torna-se claro ao se observar, que as novas mídias além de serem mais práticas e rápidas, 
alcançam um público maior e menos elitizado, ou seja, um público não necessariamente frequentador 
de bibliotecas ou leitor de periódicos científicos. Isto, porém, não torna menos importante as 
publicações no modelo tradicional, mesmo que cada vez mais raros. 
 
 
 
2.3 ABRANGÊNCIA DA COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA 
 
 
Podemos definir o público alvo, ou no caso a abrangência, observando os tipos de 
comunicação científica e respectivos canais. Estes canais, dispõem os processos da produção 
científica desde o nascimento da ideia até a fase de exposição à sociedade. Esta exposição de 
resultados, pode ser feita através de publicação em revistas, periódicos, livros e diversos outros canais 
de comunicação, eletrônicos ou não. 
 
 Christóvão (1979, p. 4) afirma que estas divisões, não tornam as partes isoladas. Há uma 
passagem gradual de um sistema para outro, e que todos os tipos de comunicação científica fazem 
parte de uma engrenagem, onde um processo necessita do outro. 
 
A investgação científica, uma das principais atividades desenvolvidas pelos cientistas, passa 
por diversas etapas. Da identificação do problema, que gera a pesquisa, até a publicação dos 
resultados finais da pesquisa, o cientista entra em contacto com diferentes tipos de sistemas de 
comunicação. (CHRISTÓVÃO, 1979, p. 4). 
. 
Define-se com quatro os tipos de comunicação, porém Meadows (1974 apud CHRISTÓVÃO, 
1979, p. 4), afirma que esses quatro tipos podem ser interpretados, de uma maneira geral, como 
sistemas de comunicação formal e informal. 
 
SILVA et al. (2007, p. 109) explicam em detalhes os canais comunicacionais: 
 
a) canais informais: são aqueles caracterizados “por contatos realizados entre os sujeitos 
emissores e receptores de informação”, configurando-se em contatos interpessoais. Exemplos: 
reuniões, trocas de correspondências, visitas. c) canais formais: são aqueles que ‘veiculam 
informações já estabelecidas ou comprovadas através de estudos’. Exemplos: documentos, 
livros, periódicos, obras de referência. b) canais semi-formais: configuram-se pelo uso 
simultâneo dos canais formais e informais. Exemplos: participação em conferências e 
desenvolvimento de pesquisas científicas, etc. (utilizando ao mesmo tempo textos, conversa 
face a face, livros, periódicos). d) canais supra-formais: configuram-se nos canais de 
comunicação eletrônica, através do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação– TIC’s. 
 
8 
 
Christóvão (1979) relata ainda em seus estudos, que as informações veiculadas pelo sistema 
informal são caracterizadas, por maior rapidez e redundância; são trocadas entre indivíduos que tem 
interesse comum por determinado assunto e ainda pelo fato dos grupos de mesmos interesses estarem 
refletindo a respeito dos mesmos problemas na busca de soluções. 
 
Grotto (2000) define comunicação formal como sendo um processo com intenções e 
formalidades nas práticas, ocorre por meio de treinamentos, reuniões, documentos escritos. 
 
Atentando, então, à observação de Christóvão (1979) quanto ao não isolamento dos sistemas, 
percebe-se que desde a idealização da pesquisa até o momento da exposição ao público da mesma, 
há uma consulta constante atrás de produções científicas que sustentem a sua teoria, passando desta 
forma, pelas várias fases da comunicação científica. 
 
Partindo da ideia que haverá uma evolução na elaboração do trabalho científico, pode-se 
afirmar que o mesmo pode vir a fazer parte dos anais em congressos científicos, por exemplo. 
 
Esse seria o primeiro passo para a publicação em uma revista científica e possível aprovação 
dos pares, o que tornaria a pesquisa válida e ao mesmo tempo viva, permitindo que futuros 
pesquisadores a usem em seus trabalhos, seja como ideia ou modelo, seja como citação, permitindo 
que o ciclo científico, continue em constante movimento. 
 
Segundo Borges, Lopes (2000, pg. 22) “A comunicação da ciência é um processo de 
comunicação entre pares, mas inclui outras funções, tratando-se, de facto, não apenas de um resultado, 
mas de um processo interactivo no qual o saber é comunicado, usado e desenvolvido numa 
comunidade”. 
 
Percebe-se então, que para o reconhecimento de um trabalho não só há a necessidade da 
publicação, mas também da abrangência significativa da mesma, da aprovação dos pares, e do seu 
uso científico, ou seja, tudo gira em torno da comunicação científica, e constata-se que sua 
abrangência é constante e extensa, mesmo que particularmente no meio científico. 
 
 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
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Levando em consideração todas as pesquisas efetuadas neste trabalho, pode-se concluir que a 
comunicação é tão ou mais importante que a própria ciência, pois de nada adiantaria, todo um 
entendimento complexo e definitivo do que é ciência, se isso não fosse compartilhado e discutido. 
 
É na comunicação científica, seja ela formal ou informal, que pesquisadores e estudiosos 
conseguem o necessário feed back, pois não há sentido em tudo aceitar e em tudo crer, não 
submetendo os resultados a nenhum julgamento, e não tendo suas ideias confrontadas. 
 
Conclui-se também que, indiferente dos métodos aplicados, o pesquisador se envolverá em 
várias das etapas da comunicação científica, pois não se pode analisar o que não foi pesquisado, muito 
menos disseminar aquilo que não foi produzido. 
 
Ainda dentro deste contexto o pesquisador necessita de periódicas e constantes atualizações 
quanto ao seu método de comunicação. Vive-se um momento único da história humana, onde as 
notícias fluem na mesma velocidade em que são disseminadas, daí a necessidade do conhecimento 
das novas mídias que surgem e da forma como devem ser assimiladas e discutidas, principalmente 
no que tange ao meio científico. 
 
Comunicar-se se faz necessário, melhor então que seja feito com excelência, com métodos 
adequados e com serenidade. 
 
 
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