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COMPLICAÇÕES Agudas• Crônicas• Os altos níveis glicêmicos comprometem a estrutura vascular. Microvasculares- Lesão endotelial através do aumento da inflamação da parede vascular através do estresse oxidativo. Leva a alterações graves como trombose e leitos vasculares incompetentes. Retinopatia Diabética- Nefropatia Diabética- Neuropatia Diabética- Pé Diabético- Macrovasculares- É semelhante ao microvascular. A inflamação juntamente com a glicosação de proteínas e aceleração do processo aterotrombótico, gera a longo prazo obstruções que levam a insuficiência sanguínea e comprometimento do leito vascular. Doença arterial Coronariana (DAC)- Doenças cerebrovasculares- Arteriopatia Periférica- TRATAMENTO Tratamento não farmacológico• Mudança no estilo de vida (MEV)- Indicado a todos os pacientes diabéticos e pré-diabéticos - Adequação alimentar a) Atividade Físicab) Cessação do tabagismoc) Tratamento farmacológico• Administração de drogas antidiabéticas - Quando a MEV não resolve o problema - Manter a estabilização clínica após o controle com a insulina - 4 grupos de medicamentos:- Sensibilizadores à insulina1) Diminuição da resistência insulínica- Biguamidas• Metmorfina: indicada para todos os pacientes com DM tipo 2 que não tenham contraindicação. - Pode ser utilizado por pré-diabéticos com associação à MEV. - REDUZ A GLICONEOGÊNESE HEPÁTICA. - Também retarda a absorção intestinal de carboidratos, aumenta a translocação de GLUT-4 na periferia principalmente de células musculares, diminuindo a resistência insulínica. - Contraindicações: insuficiência renal, cardíaca, etc. Acidose grave, gravidez. Efeitos adversos: gastrointestinais, dor abdominal, diarreia, empachamento. Glitazonas• Também conhecido como Tiazolidinadiona (TZD) - Exemplo: Poliglitazona- Indicado para pacientes contraindicados para o uso de metformina ou que não respondem bem a ela - Mais tempo para surgir efeitos- Atua no receptor PPAR-gama, relacionado aos tecidos adiposo e muscular - promove o metabolismo da glicose e produção de adipócitos - Há ganho de peso com o seu uso- Contraindicações: insuficiência cardíaca (NYHA III ou IV), insuficiência hepática, gravidez. Efeitos adversos: edema, insuficiência cardíaca, ganho de peso, infecção em trato respiratório alto, sinusite/faringite. Secretagogos independentes de glicose 2) Favorecem a secreção de insulina, independente da presença de glicose. Sulfonilureias• Uma das classes mais utilizadas- Primeira geração: Tolbutamida- Segunda geração: Gliclazida, Glibenclamida - Terceira geração: Glimepirida- Atuam sobre as céluas beta do pâncreas bloqueando canais de K, o que leva a uma despolarização da MP e assim abertura dos canais de Ca, que entra na célula e favorece a degranulação das vesículas de insulina. Indicado para pacientes que ainda produzem insulina - Contraindicações: insuficiência renal, insuficiência hepática, gravidez. Efeitos adversos: hipoglicemia, ganho de peso. Glinidas• Representadas pela Repaglinida e Neteglinida. Promovem a liberação de insulina pelo mesmo mecanismo das sulfonilureias - Diferença: tempo de meia vida, que é menor nesta classe - Deve ser administrado sempre antes das refeições - Indicação para pacientes que não tem horário fixo para as refeições - Atuam somente em picos de insulina- Contraindicações: Gravidez Efeitos adversos: Hipoglicemia, ganho de peso. Secretagogos dependentes de glicose 3) Inibidores de DPP-IV• Representadas por 3 fármacos: Vildagliptina, Sitagliptina, Sexaglipitina. Inibição da enzima DDP-IV- Cuja função é degradar as incretinas que são liberadas após a alimentação - As incretinas assim tem o efeito mais prolongado para estimular a liberação de insulina (dependente da presença da glicose) - Medicamentos caros, não disponíveis no SUS - Contraindicações: não há muitas. Alergias. Efeitos adversos: Nasofaringite, cefaléia e/ou tontura, diarreia. Análogos da GLP-1• Representados pela Exenatida e Liraglutida. Atuam mimetizando uma das incretinas (GLP-1), estimulando a liberação de insulina. Administração subcutânea- Efeito depende dos níveis de glicose- Baixam o peso, podem ser usados em tratamentos de obesidade - Contraindicações: não há muitas. Alergias. Efeitos adversos: náuseas, possibilidade de pancreatite aguda injetável. Outros 4) Inibidores de SGLT-2• Classe representada pela Dapaglifozina. Atua inibindo uma proteína renal: SGLT-2, que reabsorve a glicose do filtrado, causando aumento de glicosúria e favorece perda de peso. - Contraindicações: candidíase recorrente, comprometimento renal Efeitos adversos: Glicosúria, maior risco de ITU. Inibidores de alfa-glicosidases• Representado pela Acarbose. Impedem a ação da enzima alfa- glicosidase, que atua no intestino quebrando moléculas de carboidrato para facilitar sua absorção - Absorção de açúcar é retardada - Não há pico de insulina no período pós-prandial, o que se assemelha à liberação de insulina dos pacientes diabéticos, mais lenta e tardia - Adaptação da absorção da glicose para a quantidade de insulina liberada pelo paciente. - Contraindicações: gravidez, doença inflamatória intestinal. Efeitos adversos: Flatulência, distenção abdominal, dor abdominal. Insulinoterapia• Administração de insulina subcutânea. Obejtivo é tornar os picos de insulina mais semelhantes ao fisiológico, como na imagem: 2 tipos de insulina Basal1) Se mantém em níveis constantes ao longo do dia. Utiliza-se insulinas de ação: Prolongada/lenta (Glargina, Detemir, Degludeca): conseguem se manter por um período médio de 24h, ou seja, uma aplicação ao dia, não há riscos altos de hipoglicemia. - Ação intermediária (NPH): possui efeito de 12h, necessitando assim 2 aplicações por dia (manhã e noite). Possui um pico significante. Única disponível no SUS. - Prandial2) Responsável por fazer um pico após as refeições para depois retornar ao nível basal. Deve ser utilizada antes de cada refeição principal. Ação ultrarrápida (Lispro, Aspart, Glulisina): aplicação apenas 15 minutos antes da refeição, seu tempo de ação é curto, propicia um pico semelhante ao fisiológico. - Ação rápida (Regular): aplicação 45 minutos antes da refeição, possui tempo de ação mais longo, formando picos mais alargados, diferentes do fisiológico. É a única disponível no SUS. - DECISÃO TERAPÊUTICA Paciente pré-diabético• Recomendação: MEV- Prescrição de Metmorfina em alguns casos como: obesidade grau II (IMC>35), história de DM gestacional, hemoglobina gicada aumentada > 6% (mesmo com MEV) - Paciente com DM tipo 2• Se o paciente tiver Insulinopenia (4Ps): secretagogo ou insulinoterapia. - Para insulinoterapia, deve se enquadrar: - Com resistência insulínica: Metmorfina e/ou Poliglitazona. - Assintomático ou com sintomas leves e glicemia < 200mg/dL (resistência insulínica): Monoterapia com Metformina ou Poliglitazona. - Sintomático com glicemia entre 200-300: metformina e Poliglitazona e um secretagogo. - Paciente com gliemia > 300mg/dL e manifestações graves: insulinoterapia. - Insulinoterapia no paciente com DM tipo 2 • 4 etapas: - Insulina basal + Hipoglicemiante oral: uma dose apenas de insulina basal que pode ser -> NPH bed time, Detemir à noite, Glargina/Degluteca de manhã/noite. 1) Insulina basal-plus: associar insulina prandial e basal, optando ou não pelos antidiabéticos orais. Cooperação com a MEV. 2) Insulina basal-Plus ampliada: adicionar outra dose de insulina prandial. 3) Insulina Basal-Bolus: insulinização plena (para simular o gráfico de insulina fisiológica). 4) Paciente com DM tipo 1• Insulinoterapia em esquema pleno, ou seja, Insulina basal-bolus. - CONTROLE GLICÊMICO Com auxílio do glicosímetro e exame HbA1c. - Automonitoramento com glicosímetro.- O exame de hemoglobina glicada deve ser repetido a cada 3 meses - Tratamento Diabetes Melitusdomingo, 30 de agosto de 2020 18:56
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