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Língua Portuguesa

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LÍNGUA PORTUGUESA
1. ORTOGRAFIA OFICIAL
1.1. EMPREGO DAS CONSOANTES
	EMPREGA-SE ‘S’ (EM)...
	EXEMPLOS
	Vocábulos iniciados por ‘i’, ‘o’ e ‘u’.
Sufixos ‘-oso’ e ‘-osa’.
Sufixos ‘-ês’ (adjetivos que indicam nacionalidade ou procedência).
Sufixos ‘-esa’ e ‘-isa’ (formam o feminino de substantivos concretos ou designam títulos).
Terminações ‘ase’, ‘esse’, ‘ise’ e ‘ose’.
Depois de ditongos.
Verbos ‘pôr’ e ‘querer’ (e nos respectivos derivados).
Prefixo ‘trans-‘.
Palavras derivadas de verbos que possuem ‘d’, ‘nd’, ‘rg’, ‘rt’, ‘pel’, ‘corr’ (no radical).
	Isento, Isabel, Osório, Oséias, usina, usura. Exceção: Ozônio.
Brilhoso, dengoso, saborosa, jeitosa, formosa.
Dinamarquês, japonês, chinês, inglês, português.
Marquesa, baronesa, duquesa, consulesa, poetisa.
Frase, crase, ênfase, análise, hidrólise. Exceções: gaze, deslize.
Lousa, aplauso, maisena.
Pus, pusera, puseram; quis, quisera, quiseram.
Transatlântico, transpor.
Colidir, colisão; pretender, pretensão; imergir, imersão.
	EMPREGA-SE ‘SS’ (EM)...
	EXEMPLOS
	Palavras derivadas de verbos que possuem ‘ced’, ‘gred’, ‘prim’, ‘met’ e ‘cut’ (no radical)
Vogal + sufixo ‘-tir’.
Prefixo finalizado por vogal + palavra iniciada por ‘s’.
	Ceder, cessão; agredir, agressão; prometer, promessa.
Admitir, admissão; demitir, demissão.
Pressentir, pressentimento.
DICA: Atenção à grafia dos parônimos ‘cessão’ (ato de ceder), ‘seção’ (setor, corte), ‘sessão’ (reunião).
	EMPREGA-SE ‘C’, ‘Ç’ (EM)...
	EXEMPLOS
	Palavras africanas, árabes ou indígenas.
Após ditongos.
Sufixos ‘-aça’, ‘-aço’, ‘-iça’, ‘-uço’, ‘-ança’, ‘-ença’, ‘-ção’.
Palavras derivadas do verbo ‘ter’.
Palavras derivadas do verbo ‘torcer’.
Palavras derivadas de outras que possuem o ‘t’ no radical.
	Açaí, açoite, araçá, babaçu, caçula, Iguaçu, Itaipuaçu.
Afeição, beiço, correição. Exceções: coice, foice.
Barcaça, balanço, carniça, crença, dentuço, esperança, petição.
Ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção.
Torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção.
Optar, opção; cantar, canção; exceto, exceção; isento, isenção.
	EMPREGA-SE ‘Z’ (EM)...
	EXEMPLOS
	Palavras iniciadas pela sílaba ‘a’
Palavras derivadas de outras que contenham ‘z’ no radical.
Antes dos sufixos ‘-al’, ‘-ada’, e ‘-inho(a)’.
Sufixos ‘-ez’ e ‘-eza’ (formadores de subst. abst. deriv. adj.)
Sufixos ‘-izar’ e ‘-ização’.
Segmento final da palavra, se ‘/z/’ não estiver entre vogais.
Verbos finalizados em ‘-er’ e ‘-ir’.
	Azar, azarado, azia, azedo, azeite, azêmola. Exceções: asa, asado, Ásia, asilo, asinino.
Baliza, abalizado; revezar, revezamento; cruzar, cruzamento, paz, apaziguar, deslizar, deslize.
Bambu, bambuzal; botão, botãozinho; café, cafezal; pá, pazinha.
Límpido, limpidez; macio, maciez; tímido, timidez; belo, beleza; franco, franqueza.
Utilizar, utilização; dinamizar, dinamização; centralizar, centralização.
Audaz, sagaz, voraz, veloz, atroz, giz. Exceções: abatis, ananás, anis, atrás, lilás, revés, viés.
Fazer, dizer, trazer, cozer, produzir. Exceções: coser (costurar), transir (arrepiar).
OBS:
1) Em regra, grafam-se com ‘s’ os derivados de palavras cuja forma primitiva contenha ‘s’. lápis – lapisinho, lapiseira; mesa – mesinha, mesada; casa – casinha, casebre; japonês – japonesinho; parafuso – parafusinho.
2) Alguns verbos recebem apenas ‘-ar’ como sufixo. Frisar (de friso), pesquisar (de pesquisa), pisar (de piso), bisar (de bis), irisar (de íris), analisar (de análise), improvisar (de improviso), paralisar (de paralisação).
	EMPREGA-SE ‘G’ EM...
	EXEMPLOS
	Após ‘a’ inicial.
Após ‘r’, geralmente.
Finais ‘-ágio’, ‘-égio’, -‘ígio’, ‘-ógio’, ‘-úgio’.
Finais substantivos ‘-agem, ‘-ege’, ‘-igem’, ‘-oge’, ‘-ugem’.
Formas infinitivas de verbos terminados em ‘-er’ e ‘-ir’.
	Agente, ágil, agiota, agir, agouro.
Aspergir, convergir, divergir, sargento. Exceções: gorjeio, gorjeta; sarjeta.
Sufrágio, colégio, litígio, relógio, refúgio.
Garagem, herege, vertigem, paragoge, ferrugem. Exceções: pajem, lajem, lambujem.
Constranger, viger, fingir, fugir, infringir (transgredir), infligir (aplicar).
OBS: Grafam-se com ‘j’ os derivados de palavras que contenham ‘j’ no radical. Jeito, ajeitar; jesuíta, ajesuitar; juízo, ajuizar.
	EMPREGA-SE ‘J’ (EM)...
	EXEMPLOS
	Vocábulos derivados de palavras que contenham ‘j’ no radical.
Palavras ameríndias, árabes e latinas.
Terminação ‘-aje’.
Formas verbais terminadas em ‘-jar’.
	Jeito, ajeitar; majestade, majestoso; laranja, laranjeira; granja, granjeiro; lisonja, lisonjeado.
Pajé, jiboia, jirau, jenipapo, jerimum, canjica, cafajeste, manjericão, hoje, objeto.
Laje, traje, ultraje.
Arranjar, arranjei; bocejar, bocejei; despejar, despejei; viajar, viajei.
OBS:
1) Cuidado com os parônimos ‘viagem’ (substantivo) e ‘viajem’ (verbo viajar). Os caminhoneiros fizeram uma viagem cansativa. / Desejo que eles viajem hoje à noite.
2) Atenção especial à grafia das palavras: berinjela, enrijecer, injeção, interjeição, jejuar, jejum, lambujem, ojeriza, projétil, trejeito.
	EMPREGA-SE ‘X’ (EM)...
	EXEMPLOS
	Depois das sílabas iniciais ‘me’, ‘la’, ‘li’, ‘lu’, ‘gra’, ‘bru’, ‘en’.
	Mexerico, mexicano, mexer, mexa (verbo) (Exceção: mecha (substantivo)). Laxante; lixa, lixo; luxo, luxúria; graxa; bruxa, Bruxelas, bruxelês; enxada, enxuto, enxame, enxaqueca, enxoval, enxotar, enxugar (Exceções: enchova, encher, encharcar e derivados).
	Após ditongos.
Palavras de origem africana ou indígena.
	Ameixa, caixa, eixo, frouxo, seixo. Exceções: recauchutar, recauchutagem (de caucho).
Abacaxi, caxumba, capixaba, muxoxo, Xavante, Xingu.
OBS:
1) Quando ‘en’ for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva. Enxadrista (de xadrez), engraxar, engraxate (de graxa).
2) Algumas palavras, ainda que, na pronúncia, contenham som de /z/, devem ser grafadas com ‘x’: exame, exausto, existir, êxodo, exótico, exumação, exacerbar, exotérmico, exorcismo, exuberante, exalar, exaltar, exarar, exaustão, exéquias, exílio, exímio, êxito, exonerar, inexorável.
3) Algumas palavras, ainda que, na pronúncia, contenham som de /s/, devem ser grafadas com ‘x’: expandir, expatriar, expletivo, expirar, expelir, expectativa, experiência, expiar (pagar a culpa), expoente, êxtase, extasiado, explanar, expor, explicar, extasiar, extensão, extenso, extensivo, externo (lado de fora), extratificar (extrair de algum lugar), extrovertido.
4) Cuidado com a grafia das palavras: esplêndido, estender, estendido, estouras, esterno (osso), estranho, estratificar (dispor em camadas ou estratos).
	EMPREGA-SE ‘CH’ (EM)...
	EXEMPLOS
	Cognatos das palavras com ‘ch’.
Segmentos iniciais ‘cham’ e ‘cho’.
Sufixos ‘-acho’, ‘-icho’ e ‘-ucho(a)’.
	Chamariz (de chamar), chinelada, chifrada, chaveiro, pichação (de piche).
Chamuscar, champanha, chaminé, chocalho, chocolate, chouparia. Exceção: xampu.
Riacho, esguicho, gaúcho, gaúcha.
DICAS:
1) Quando ‘en’ for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva: encharcar (de charco), enchapelar, enchiqueirar, enchumbar, enchouriçar, enchumaçar, enchente (de encher).
2) Atenção à escrita das seguintes palavras: chave, chuchu, chicote, chifre, chimarrão, chimpanzé, cochilo, chulo, chumaço, chacina, chantagem, chibata, brocha (prego), bucho (estômago de animais), chá (arbusto), cheque (ordem de pagamento), tacha (prego), flecha, cartucho.
	EMPREGA-SE ‘H’ (EM)...
	EXEMPLOS
	Compostos ligados por hífen em que o segundo elemento começa com ‘h’.
	Anti-higiênico, pré-histórico, pseudo-homérico, super-homem, infra-hepático, sobre-humano, arqui-herança, proto-história, mini-hotel, ultra-humano.
Atenção: desarmonia, desumano, lobisomem.
	Verbo ‘haver’ (e suas flexões).
Substantivo próprio ‘Bahia’ (estado do Brasil).
	Havemos, haveis, haveria, houve, houvesse, houver.
Os derivados são grafados sem ‘h’: baiano, baianinha, baianada.
1.2. EMPREGO DAS VOGAIS
	EMPREGA-SE ‘E’ (EM)...
	EXEMPLOS
	Presente do indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular e na 3ª pessoa do plural dos verbos terminados em ‘-ir’.
	Reunir – tu reúnes, ele reúne, eles reúnem.
Partir – tu partes, ele parte, eles partem.
	Presente do subjuntivo:em todas as pessoas dos verbos terminados em ‘-oar’ e ‘-uar’.
	Magoar – (que) eu magoe / tu magoes / ele magoe / nós magoemos / vós magoeis / eles magoem.
Pontuar – (que) eu pontue / tu pontues / ele pontue / nós pontuemos / vós pontueis / eles pontuem.
	Formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos seguintes verbos terminados em ‘-iar’: ‘mediar’, ‘ansiar’, ‘remediar’, ‘incendiar’ e ‘odiar’.
Os demais são regulares: ‘arriar’ (abaixar-se): arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam.
‘Arrear’ (pôr o arreio) termina em ‘-ear’: arreio, arreias, arreia, arreamos, arreais, arreiam.
	Mediar – eu medeio / tu medeias / ele medeia / eles medeiam.
Ansiar – eu anseio / tu anseias / ele anseia / eles anseiam.
Remediar – eu remedeio / tu remedeias / ele remedeia / eles remedeiam.
Incendiar – eu incendeio / tu incendeias / ele incendeia / eles incendeiam.
Odiar – eu odeio / tu odeias / ele odeia / eles odeiam.
OBS:
1) O verbo ‘intermediar’ segue o paradigma do verbo ‘mediar’.
2) As seguintes palavras devem ser grafadas com ‘e’: beneficência, cadeado, candeeiro, creolina, cumeeira, descortinar, descrição (descrever), descriminar (inocentar), desperdício, despensa (depósito), empecilho, empório, espontâneo, encarnação, paletó, peão (pessoa), periquito, prazerosamente, rédea, terebintina.
	EMPREGA-SE ‘I’ (EM)...
	EXEMPLOS
	Presente do indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular dos verbos terminados em ‘-uir’, ‘-air’ e ‘-oer’.
	UIR – tu possuis, ele possui; tu contribuis, ele contribui; tu constróis, ele constrói.
AIR – tu extrais, ele extrai; tu retrais, ele retrai; tu distrais, ele distrai.
OER – tu róis, ele rói; tu móis, ele mói; tu remóis, ele remói.
	Formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos verbos terminados em ‘-ear’.
	Recear – eu receio, tu receias, ele receia, eles receiam.
Frear – eu freio, tu freias, ele freia, eles freiam.
Passear – eu passeio, tu passeias, ele passeia, eles passeiam.
Arrear – eu arreio, tu arreias, ele arreia, eles arreiam.
OBS:
1) As seguintes palavras devem ser grafadas com ‘i’: aborígine, açoriano, camoniano, calcário, casimira, cordial, corrimão, crânio, crioulo, digladiar, discernir, discrepância, discrição (discreto), discriminar (isolar), disenteria, dispensa (licença), displicência, erisipela, escárnio, pião (brinquedo), privilégio.
	EMPREGO DO ‘K’, ‘W’ E ‘Y’
	EXEMPLOS
	Nomes de pessoas originários de outras línguas e derivados.
Nomes de lugares originários de outras línguas (e derivados).
	Franklin, frankliniano; Kafka, kafkaniano; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano.
Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawuiano.
	Siglas, símbolos e palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional.
	TWA, KLM, kw (quilowatt), watt, yd (jarda, do inglês yard), km (quilômetro), kg (quilograma), W (oeste, de west), SW (sudoeste, de southwest), K (potássio), W (tungstênio).
OBS:
1) ‘K’ é sempre consoante, sendo pronunciado com som de ‘c’ antes das vogais ‘a’, ‘o’ e ‘u’ e no grupo ‘qu’ que antecede as vogais ‘e’ e ‘i’.
2) ‘W’ será (a) vogal ou semivogal, nas palavras de origem inglesa. Em geral, é pronunciado U: William, Wilson, show; (b) consoante, nas palavras de origem alemã. Geralmente, é pronunciado como ‘v’: Wagner, wagneriano.
3) ‘Y’ é vogal (ou semivogal), sendo geralmente pronunciado como ‘i’: Taylor, taylorista.
1.3. EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS
	EMPREGA-SE INICIAL MAIÚSCULA...
	EXEMPLOS
	No início de período ou citação direta.
	O relator apresentou seu parecer à comissão. Logo no início de seu discurso, criticou as altas taxas de juros. “Eles estão sufocando a economia”, disse.
	Nos substantivos próprios de pessoas, reais ou fictícios, em alcunhas ou pseudônimos.
	Fabiano, Rui Barbosa, Deus, Branca de Neve, Chiquinho da Mangueira, Afrodite.
OBS: São grafados com minúscula os adjetivos derivados de nomes próprios. marxista.
	Nomes próprios de lugar, ou de acidentes geográficos reais ou fictícios.
	Rio de Janeiro, Lisboa, Ceará, Brasília, Atlântida.
	Nomes que designam instituições de ensino, científicas, religiosas, políticas.
	Instituto de Educação, Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social, Faculdade de Letras, Organização das Nações Unidas.
	Nomes de festividades ou comemorações cívicas.
	Natal, Páscoa, Todos os Santos, Sete de Setembro.
	Nos títulos de livros, jornais, revistas, produções artísticas, literárias ou científicas.
	Nova Gramática do Português Contemporâneo, O Globo, Folha de São Paulo.
	Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões.
	Norte, por norte europeu, Sul, por sul da África.
	Na palavra ‘país’ ou sinônimos quando aparecerem no lugar de nome próprio correspondente.
	O País depende da educação.
	Nos nomes que designam atos das autoridades da República, quando seguidos de numeral correspondente.
	Decreto nº 6.583/08, Lei nº 8.666/93.
	Nos nomes e expressões de tratamento (exceto em ‘você’).
	Vossa Excelência, Meritíssimo, Vossa Senhoria.
OBS: As abreviaturas também são grafadas com inicial maiúscula. V. Exa., V. Sa.
	Nas expressões que designam altos postos ou cargos.
	Presidente da República, Ministro de Estado.
OBS: Caso sejam empregados em sentido amplo, as expressões ficam com inicial minúscula. O Chile teve muitos presidentes. / Ele conversou com vários ministros.
	Nos nomes de épocas e eras históricas.
	Idade Média, Romantismo, Classicismo, Modernismo, Estado Novo.
	Nomes de impostos e taxas.
	Imposto sobre Operações Financeiras, Imposto de Renda.
1.4. EMPREGO DAS INICIAIS MINÚSCULAS
	EMPREGA-SE INICIAL MINÚSCULA...
	EXEMPLOS
	Nos vocábulos de uso corrente da língua.
Nos usos de...
Nos nomes de meses, dias da semana e das estações do ano.
Nos nomes dos pontos cardeais, quando designam direções ou limites geográficos.
Nos nomes de festas pagãs ou populares.
	casa, livro, amor.
...fulano, sicrano e beltrano.
maio, segunda-feira, primavera.
Viajei pelo Brasil de norte a sul.
carnaval.
1.4.1. CASOS FACULTATIVOS
	EMPREGA-SE FACULTATIVAMENTE A INICIAL MAIÚSCULA OU MINÚSCULA...
	EXEMPLOS
	Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas.
	História / história, Matemática / matemática, Português / português.
	Nas formas de tratamento e no nome próprio constituído pelo nome de um santo.
	Senhor Doutor (ou senhor doutor) Joaquim da Silva; Bacharel (ou bacharel) Mário Fernandes; Santa (ou santa) Filomena.
	Nos nomes de vias públicas.
	Moro na Avenida (ou avenida) Atlântica. / Caminhei na Estrada (ou estrada) do Tindiba.
	Em inícios de versos.
	“E agora, José? / A festa acabou...”, ou “e agora, José? a festa acabou...”
1.5. EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES
	A (preposição/artigo) x HÁ (verbo)
	A (preposição) – indica relação de distância ou de tempo futuro. A espiã trabalha a dois quarteirões dos inimigos. (preposição = relação de distância) / Começarei a trabalhar daqui a uma semana. (preposição = ideia de futuro)
A (artigo) – determina nomes femininos. A prova será fácil.
HÁ (verbo) – indica tempo passado ou a existência de algo/alguém, devendo permanecer na 3ª pessoa do singular, pois é um verbo impessoal. Fiz a prova há dois dias. (= Fiz a prova faz dois dias.) / Há dois carros para o leilão. (= Existem dois carros para o leilão.)
	AO ENCONTRO DE x DE ENCONTRO A
	AO ENCONTRO DE – em direção a, em favor de. Fui ao encontro de minha namorada. (= Fui em direção à minha namorada.)
DE ENCONTRO A – ir contra, choque. Fui de encontro à opinião de sua esposa. (= Fui contra a opinião de sua esposa.)
	AFIM x A FIM
	AFIM – indica semelhança, parentesco. Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.)
A FIM – indica finalidade, equivalendo à conjunção ‘para’. Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.)
	ACERCA DE x HÁ CERCA DE x CERCA DE
	ACERCA DE – significa a respeito de, sobre. Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.)
CERCA DE – transmite ideia de durante, aproximadamente. Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.)
HÁ CERCA DE – significa ‘fazaproximadamente’, indicando tempo passado. Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) / Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.)
	EM VEZ DE x AO INVÉS DE
	EM VEZ DE – indica ‘em lugar de’. Em vez de batata frita, comeu um Big Mac. (= No lugar de batata frita, comeu um Big Mac.)
AO INVÉS DE – indica ‘ao contrário de’. Ao invés de trabalhar, dormiu.
	MAL x MAU
	MAL (advérbio/substantivo) – oposto de ‘bem’. Ele fez o serviço mal. (= Ele fez o serviço bem.) / Ele tem um mal incurável. (= Ele tem um bem incurável.)
MAL (conjunção subordinativa temporal) – equivalente a ‘logo que’. Mal ele chegou, todos saíram. (= Logo que ele chegou, todos saíram.)
MAU (adjetivo) – contrário de ‘bom’. Ele é um aluno mau. (= Ele é um aluno bom.)
	ONDE x AONDE x DE ONDE
	ONDE – empregado com verbos que exprimem ‘estado’ ou ‘permanência’. A cidade onde estou é linda. / Onde você deixou os óculos?
AONDE – empregado com verbos que exprimem movimento. Aonde você quer chegar?
DE ONDE – empregado com verbos que exprimem origem, procedência. De onde você veio?
	OS PORQUÊS
	POR QUE (separado e sem acento) – é um advérbio interrogativo, usado em:
a) Interrogativa direta. Por que você faltou à aula ontem?
b) Interrogativa indireta. Gostaria de saber por que você faltou à aula ontem.
POR QUÊ (separado e com acento) – é um advérbio interrogativo usado quando, na frase, estiver próximo aos sinais de pontuação. Não fez a prova? Por quê? / O quantitativo de amigos, não sei por quê, foi aumentado.
PORQUE (junto e sem acento) – é uma conjunção usada em respostas. Dependendo do contexto em que estiver inserida, indicará uma:
a) Explicação (= pois). A moça chorou, porque os olhos estão vermelhos. (= A moça chorou, pois os olhos estão vermelhos.)
b) Causa (= já que). A moça chorou porque foi aprovada no concurso. (= A moça chorou, já que foi aprovada no concurso.)
c) Finalidade (= para que). Fiz-lhe sinal porque se calasse. (= Fiz-lhe sinal para que se calasse.)
PORQUÊ (junto e com acento) – é um substantivo usado sempre que vier precedido de determinante. Significa motivo, razão. Gostaria de entender o porquê de suas faltas. (= Gostaria de entender o motivo de suas faltas.) / Desejo saber os porquês de tanto estudo. (= Desejo saber as razões de tanto estudo.)
DICA:
1) O ‘por que’ (separado e sem acento) também pode ser empregado nos seguintes contextos:
a. Preposição + pronome interrogativo – equivalente a ‘por qual razão’. Não sei por que insisto; só sei que serei aprovado. (= Não sei por qual razão insisto; só sei que serei aprovado.)
b. Preposição + pronome relativo – equivalente a ‘pelo qual’ (e flexões). Passarei no concurso por que tanto luto. (= Passarei no concurso pelo qual tanto luto.)
c. Após as palavras denotativas ‘eis’ e ‘daí’. Eis por que seremos aprovados. / Daí por que dizemos que seremos aprovados.
2) CUIDADO: Se o ‘por que’ estiver substantivado, deve-se empregar ‘porquê’ (junto e com acento). Neste caso, será equivalente a ‘motivo’, ‘razão’. Eis o porquê de nossa aprovação. / Daí o porquê de seu sucesso: o estudo.
3) O ‘porque’ (junto e sem acento) deve ser usado em preguntas, se estiver após o verbo ‘ser’. Por que o rapaz está chorando? Será porque foi aprovado no concurso?
	SE NÃO x SENÃO
	SE NÃO – formado por ‘se’ (conjunção condicional) + ‘não’ (advérbio). Equivale a ‘caso não’. Se não estudarem, não passarão no concurso. (= Caso não estudem, não passarão no concurso.)
SENÃO – equivale a ‘caso contrário’, ‘exceto’. Estude bastante, senão você não terá sucesso. (= Estude bastante, caso contrário você não terá sucesso.) / Todos foram convidados para a festa, senão ela. (= Todos foram convidados para a festa, exceto ela.)
	TAMPOUCO x TÃO POUCO
	TAMPOUCO – é uma conjunção coordenativa aditiva. Equivale a ‘também não’, ‘nem’. Eles não trabalham tampouco estudam. (= Eles não trabalham nem estudam.)
TÃO POUCO – expressão equivalente a ‘muito pouco’. Ele dormiu tão pouco, que logo sentirá sono. (= Ele dormiu muito pouco, que logo sentirá sono.)
1.6. EMPREGO DO HÍFEN
	EMPREGA-SE O HÍFEN NOS PREFIXOS:
	Pseudo-, semi-, intra-, contra-, auto-, neo-, extra-, proto-, infra-, ultra-, supra- (“PSICANEPIUS).
Se os prefixos antecederem palavras iniciadas por ‘r’ e ‘s’, estas consoantes serão duplicadas.
Incluem-se na regra os prefixos terminados por vogal (exceto ‘co-’, ‘re-’, ‘des-’ e ‘in-’.
	Pseudo-homérico, intra-auricular, auto-ônibus.
Neorrepublicano, protorrevolução, pseudossábio, semisselvagem, ultrassecreto.
Coerança (co + herança), coerdeiro (co + herdeiro), coabitar (co + habitar), coordenar (co + ordenar), cooperar (co + operar), cosseno (co + seno), cossecante (co + secante), correlação (co + relação), reabilitar (re + habilitar), reeditar (re + editar), reeleição (re + eleição), desonra (des + honra), desumano (des + humano), inábil (in + hábil), inabitável (in + habitável).
	Ante-, anti-, sobre-, arqui- (“AASA”), antes do ‘h’ e vogais iguais.
Diante de ‘r’ e ‘s’, duplicam-se estas consoantes.
	Ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, anti-inflamatório, arqui-inimigo.
Arquirrival, antessala, antissemita, sobressaia, sobressalente, sobressaltar, sobressalto, anteontem, antiaéreo.
	Super-, hiper-, inter- (“SHI”), antes de ‘h’ e ‘r’.
	Super-requintado, hiper-humano, inter-resistente.
	Circum-, pan-, mal- (“CPM”). ‘Circum’ e ‘pan’ antes de ‘h’, ‘m’, ‘n’ e vogais; ‘mal’ antes de ‘h’, ‘l’ e vogais.
Significando ‘doença’, emprega-se o hífen: mal-caduco (epilepsia), mal-francês (sífilis).
	Circum-hospitalar, pan-hispânico, circum-escolar, pan-americano, circum-murado, pan-mágico, circum-navegação, pan-negritude, mal-humorado, mal-entendido, mal-limpo, mal-lavado.
	Pós-, pré-, pró- (“PPP”), quando tônicos.
	Pré-histórico, pré-eleitoral, pré-escolar, pós-meridiano, pós-moderno, pós-eleitoral, pós-guerra, pró-europeu, pró-ativa.
Mas (sem hífen): prever, predeterminar, preestabelecer, preencher, preeminente, preeminência, preexistir, prefácio, posfácio, pospor.
	Sob-, ab-, ad-, ob- (“SOBABADOB”) que antecedem ‘r’.
	Sob-roda, ab-rogar, ab-rupto, ad-renal, ob-reptício.
	No prefixo sub- que antecede ‘b’, ‘r’ e ‘h’.
	Sub-base, sub-reino, sub-humano.
	Sem-, sota-, soto-, vice- vizo-, ex- (“SSSVVE”), em qualquer caso.
	Sem-cerimônia, sota-piloto, soto-ministro, vice-diretor, vizo-rei, ex-presidente.
	Bem-, além-, recém-, aquém-, t*, o*, em qualquer caso.
	Bem-aventurado, bem-vindo, além-mar, recém-nascido, aquém-fronteiras.
Exceções: benfazejo (de benfazer), benfeito, benfeitor, benquerença (de benquerer).
	EMPREGA-SE O HÍFEN NOS SUFIXOS:
	-Açu, -guaçu, -mirim, quando o 1º elemento da palavra terminar em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia).
	Araçá-guaçu, araçá-mirim, anajá-mirim, capim-açu.
	EMPREGA-SE O HÍFEN NAS FORMAS COMPOSTAS POR
	Grã-, grão-, quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo.
	Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, Baía de Todos-os-Santos.
Exceção: Guiné-Bissau permanece hifenizado por se tratar de forma consagrada pelo uso.
	Nas palavras compostas por justaposição que não contenham formas de ligação (de, da). Nesses casos, as palavras constituem unidade sintática e semântica.
	Arco-íris, amor-perfeito, ano-luz, decreto-lei, guarda-chuva, guarda-roupa, manda-tudo, para-brisa, para-choque, para-lama, para-raios, professor-adjunto, secretário-geral, tenente-coronel.
	Em adjetivos compostos que representam individualidade morfológica.
	Afro-brasileiro, anglo-americano, anglo-saxão, euro-asiático, franco-suíço, greco-romano, latino-americano, luso-brasileiro. Exceções: afrodescendente, anglomania, eurocêntrico.
	Em compostos que designam espécies zoológicas e botânicas.
	Andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, joão-de-barro, bico-de-papagaio, não-me-toques.
OBS: O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do hífen em palavras compostas que perderam a noçãode composição. Mandachuva, paramédico, paraquedas, paraquedista, madressilva, girassol, pontapé.
1.7. ACENTUAÇÃO GRÁFICA
	ACENTO TÔNICO
	ACENTO GRÁFICO
	Determina a sílaba tônica de um vocábulo. Ruim, gratuito, amigo.
	Sinal empregado sobre a sílaba tônica da palavra, conforme regras de acentuação. Pode ser agudo ou circunflexo. Saúde, ínterim, história, lâmpada.
1.7.1. REGRAS GERAIS
1.7.1.1. PROPAROXÍTONAS
São palavras em que o acento tônico recai na antepenúltima sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente. Lâmpada, pêssego, autógrafo, hábitat.
1.7.1.2. PAROXÍTONAS
São palavras em que o acento tônico recai na penúltima sílaba. Acentuam-se graficamente as paroxítonas terminadas em: “LINURXÃO UM UNS PS DITONGO”. Útil, hífen, éter, ônix, médium, álbuns, vírus, júri, órfã(s), bênção(s), elétron(s), próton(s), fórceps, Quéops, história, série, imóveis.
1.7.1.3. OXÍTONAS
São palavras em que o acento tônico recai na última sílaba. Acentuam-se graficamente as oxítonas terminadas em ‘a(s), e(s), o(s), em(ens)’. Maracujá, ananás, picolé(s), você, português, paletó(s), armazém, parabéns.
OBS: Também se acentuam as formas verbais terminadas em ‘a, ‘e’, ‘o’ tônicos, seguidas de ‘-lo(s)’ e ‘-la(s)’. jogá-las (jogar + as), fazê-la (fazer + a), compô-lo (compor + o).
1.7.1.4. MONOSSÍLABAS TÔNICAS
São palavras que apresentam acento tônico e que constituem uma única sílaba. São acentuadas graficamente as monossílabas tônicas terminadas em ‘a(s)’, ‘e(s)’, ‘o(s)’. Já, pás, pé(s), só(s).
OBS: Também se acentuam as formas verbais tônicas terminadas em ‘a’, ‘e’, ‘o’ tônicos, seguidas de ‘-lo(s)’ e ‘-la(s)’. dá-lo (dar + o), fê-lo (fez + o), pô-los (por + os). Porém, não se acentuam as formas verbais terminadas em ‘i’ seguidas de ‘-lo(s)’ ou ‘-la(s)’. Fi-lo (fiz + o), qui-lo (quis + o).
	TONICIDADE
	TERMINADAS EM...
	
	A(S)
	E(S)
	O(S)
	EM(ENS)
	OUTRAS
	
	Acentuada?
	Proparoxítonas
	Sim
	Sim
	Sim
	Sim
	Sim
	Paroxítonas
	Não
	Não
	Não
	Não
	Sim
	Oxítonas
	Sim
	Sim
	Sim
	Sim
	Não
	Monossílabas tônicas
	Sim
	Sim
	Sim
	Não
	Não
1.7.2. REGRAS ESPECÍFICAS
1.7.2.1. DITONGOS ABERTOS (ÉI, ÓI, ÉU)
Segundo a nova ortografia, devemos empregar o acento agudo nos ditongos abertos das (a) monossílabas tônicas (réis, céu, rói) e (b) oxítonas (heróis, chapéu(s), papéis).
DICA: O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do acento agudo nos ditongos abertos ‘ei’ e ‘oi’ das palavras paroxítonas (geleia, epopeia, mocreia, jiboia, claraboia). Porém, o ditongo aberto ‘oi’, da palavra destróier, continua a ser acentuado, em virtude de o vocábulo ser paroxítono terminado em ‘-r’.
1.7.2.2. HIATOS
‘I’ e ‘U’ tônicos – emprega-se o acento agudo nas vogais ‘i’ e ‘u’ tônicas, desde que: (a) estejam sozinhas (ou seguidas de ‘-s’) na sílaba, e (b) não estejam antecedidas de vogal idêntica. Heroína (he-ro-í-na), saúde (sa-ú-de), balaústre (ba-la-ús-tre). Ambas as condições são essenciais para a acentuação.
OBS: O ‘i’ tônico, que antecede o grupo ‘nh’ ou que forma sílaba com as consoantes ‘l’, ‘m’, ‘n’, ‘r’, ‘z’, não recebe acento: bainha, moinho, Raul, Coimbra, caindo, cair, juiz.
DICA:
1) Não se emprega acento agudo nas palavras paroxítonas, quando as vogais ‘i’ e ‘u’ estiverem repetidas. Vadiice, sucuuba.
2) Se a repetição da vogal ‘i’ ocorre em palavra proparoxítona, o acento é empregado. Iídiche, seriíssimo, friíssimo.
Segundo o novo acordo ortográfico, foi abolido o emprego do acento agudo nas vogais ‘i’ e ‘u’ tônicas, antecedidas de ditongo, das palavras paroxítonas. Baiuca, bocaiuva, boiuna, feiura, Sauipe. Porém, se essas vogais forem antecedidas de ditongo nas palavras oxítonas, emprega-se o acento. Teiú, Piauí.
‘-Oo’ e ‘eem’ – o novo acordo ortográfico aboliu o emprego do acento circunflexo na 1ª vogal dos hiatos ‘-oo’ e ‘-eem’. Abençoo, voo, creem, deem, leem, veem.
O acento circunflexo foi abolido nas formas verbais finalizadas por ‘-eem’ (verbos ler, dar, ver e crer e respectivos derivados). Mnemônico: LEDA VÊ PARA CRER. Mas, no singular dessas formas verbais (e derivados), emprega-se o acento circunflexo. Ele crê / lê / vê / provê (presente do indicativo); (que) ele dê (presente do subjuntivo).
1.7.2.3. ACENTOS DIFERENCIAIS
São sinais gráficos que diferenciam:
a) A 3ª pessoa do singular e a 3ª pessoa do plural dos verbos ter e vir (e derivados). Regra mantida pelo novo acordo ortográfico. Ele tem / eles têm; ele vem / eles vêm; ele mantém / eles mantêm; ele detém / eles detêm; ele convém / eles convêm; ele intervém / eles intervêm.
b) Homônimos: regra segundo o novo acordo ortográfico. Para (verbo) ≠ para (preposição); pelo (substantivo) ≠ pelo (verbo) ≠ pelo (preposição); pela (substantivo) ≠ pela (verbo) ≠ pela (preposição). Nesses casos, a classe gramatical das palavras será determinada de acordo com o contexto.
O jogador corre e para rapidamente. (verbo) / Deram um prêmio para mim. (preposição)
Esse cachorro tem pelo marrom. (substantivo) / A moça disse: “- Pelo a perna”. (verbo) / O ladrão saiu pelo basculante. (preposição)
Fulano é um pela. (substantivo) / A senhora pela o buço. (verbo) / O ladrão fugiu pela janela. (preposição)
c) Formas verbais: regra mantida pelo novo acordo ortográfico.
Pode (presente) ≠ pôde (pretérito perfeito). Ele pode assumir o cargo. (presente do indicativo) / Ele pôde assumir o cargo. (pretérito perfeito)
Pôr (verbo) ≠ por (preposição). Era para eu pôr o livro sobre a estante. / O ladrão fugiu por ali.
1.8. TREMA
Antes do novo acordo ortográfico, empregava-se o trema no ‘u’ átono e pronunciado (semivogal) dos grupos ‘gue’, ‘gui’, ‘que’, ‘qui’. Após esse acordo, porém, foi abolido. Linguiça, frequente, cinquenta. É importante chamar a atenção para a permanência do trema em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Mülleriano (de Müller), hübneriano (de Hübner).
Também foi eliminado o acento agudo no ‘u’ tônico nos grupos ‘gue’, ‘gui’, ‘que’, ‘qui’. Argui, averigue, obloque.
2. CLASSES GRAMATICAIS
A Nomenclatura Gramatical Brasileira apresenta 10 classes gramaticais:
	VARIÁVEIS
	INVARIÁVEIS
	Substantivo
Adjetivo
Artigo
Numeral
Pronome
Verbo
	Conjunção
Interjeição
Preposição
Advérbio
Palavras denotativas *
Variáveis são aquelas categorias que variam em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural). Os verbos, em particular, também variam em tempo, modo, número, pessoa e voz. No caso dos pronomes, esses variam também em pessoa.
2.1. SUBSTANTIVO
	PRÓPRIO: designa, especificamente, o nome de um “ser” pertencente a uma espécie.
COMUM: designa, genericamente, o nome de “seres” de uma espécie.
CONCRETO: designa “seres” cuja existência independe de outros.
ABSTRATO: designa “seres” cuja existência depende de outros. São os que representam qualidades, ações, estados.
PRIMITIVO: aquele que origina a formação de outro vocábulo.
DERIVADO: aquele que é formado a partir de um vocábulo.
SIMPLES: apresenta apenas um radical.
COMPOSTO: apresenta pelo menos dois radicais.
COLETIVO: designa a totalidade de “seres” de uma espécie.
	Rio de Janeiro, Fabiano, Brasil.
Metrópole, homem, país.
Ar, Deus, gnomo.
Beleza, invenção, tristeza.
Jardim, terra, livro.
Jardineiro, terráqueo, livraria.
Capim, sol, pé.
Capim-limão, girassol, pontapé.
Manada (elefantes), corja (bandidos).
OBS:
1) Substantivos próprios podem, dependendo do contexto, tornar-se comuns. Judas foi quem traiu Jesus. Ele é um judas.
2) Esqueça a noção de que substantivo concreto constitui-se naquilo que é palpável.
3) No exemplo de substantivo abstrato, ‘beleza’ pressupõe existência de um ser que seja belo; ‘invenção’ depende da criação feita por algum ser.
2.1.1. FLEXÃO DE GÊNERO
Quanto ao gênero, o substantivo pode ser masculino ou feminino. Aluno, aluna, irmão, irmã.
	QUANTO À FORMA
	UNIFORMES: representam ambos os gêneros com apenas um radical.
a) Sobrecomuns: contêm uma só forma para representar ambos os gêneros. Somente o contexto determina o gênero deles. o cônjuge, a criança, a testemunha, o cadáver.
b) Comuns-de-dois: contêm uma só forma para representar ambos os gêneros. Porém, o determinantefaz a distinção do gênero. O dentista / a dentista; o estudante / a estudante.
EPICENOS: contêm uma só forma para ambos os gêneros. Porém, a distinção deles é feita pelo acréscimo do vocábulo ‘macho/fêmea’. A onça (macho/fêmea), o sabiá (macho/fêmea), a girafa (macho/fêmea).
BIFORMES: com apenas um radical, apresentam formas distintas para designar os gêneros. Freguês/freguesa; professor/professora; chorão/chorona; irmão/irmã.
OBS:
1) Existem pares de vocábulos semanticamente opostos. São os chamados heterônimos. Pai/mãe; genro/nora; cavalheiro/dama.
2) O gênero do artigo pode acarretar a mudança de sentido do substantivo. O caixa (funcionário) / a caixa (recipiente); o coma (sono mórbido) / a coma (cabeleireira); o coral (pólipo, canto em coro) / a coral (cobra venenosa).
2.1.2. FLEXÃO DE NÚMERO
REGRA GERAL: a formação de plural dos substantivos ocorre com o acréscimo do morfema ‘-s’. Ocorre com os substantivos finalizados por vogal, ditongo oral ou ditongo nasal ‘-ãe’. Planeta/planetas; chapéu/chapéus; mãe/mães.
REGRAS ESPECÍFICAS: substantivos finalizados por:
a) S:
· Acréscimo de ‘es’ nos monossílabos ou oxítonos. Ás/ases; ananás/ananases. Mas atenção: os substantivos ‘cais’ e ‘cós’ são invariáveis.
· Flexão no determinante, em caso de paroxítonos e proparoxítonos. O vírus/os vírus; o ônibus/os ônibus.
b) AL, EL, OL e UL: plural em IS. Pardal/pardais; pincel/pincéis; álcool/álcoois; azul/azuis.
c) IL:
· Se forem oxítonos, o plural será em S. fuzil/fuzis.
· Se forem paroxítonos, o plural será em EIS. Fácil/fáceis.
OBS: Os vocábulos a seguir apresentam dupla grafia, admitindo mais de uma possibilidade de plural. Oxítonos: projetil/projetis; reptil/reptis. Paroxítonos: projétil/projéteis; réptil/répteis.
d) M: plural em NS. Armazém/armazéns; álbum/álbuns.
e) N: plural em S ou ES. Hímen/himens (ou hímenes); líquen/liquens (ou líquenes).
f) R, Z: plural em ES. Hangar/hangares; arroz/arrozes; gravidez/gravidezes.
g) X: a flexão ocorrerá apenas no determinante (artigo, pronome, etc.). O ônix/os ônix; o clímax/os clímax.
OBS:
1) Alguns substantivos apresentam forma pluralizada: ‘bens’, costas’, ‘férias’, ‘haveres’, ‘óculos’. Não confundir esses vocábulos, por exemplo, com ‘bem’, ‘costa’, ‘féria’, ‘haver’, ‘óculo’, pois o sentido é diferente.
Bem: virtude, benefício / Bens: propriedades, riquezas
Costa: litoral / Costas: parte dorsal
Féria: quantia em dinheiro / Férias: período de descanso
Haver: verbo ‘haver’ / Haveres: bens (substantivo)
Óculo: luneta / Óculos: lentes em uma armação
2) Alguns substantivos são usados apenas no plural. Os afazeres; as alvíssaras; os arredores; as bodas; as calças; as cócegas; as condolências; as efemérides; as exéquias; as fezes; os pêsames; os parabéns; os picles; as reticências; os suspensórios; as têmporas; as vísceras; os víveres; etc.
3) Alguns substantivos, quando pluralizados, deslocam a sílaba tônica. Caráter/caracteres; espécimen/especímenes; júnior/juniores; sênior/seniores; lúcifer/lucíferes.
2.1.2.1. PLURAL DOS SUBSTANTIVOS TERMINADOS EM ‘-ÃO’
	Regra geral
	Plural em ‘-ões’
	ação/ações; balão/balões.
	Todos os paroxítonos
	Plural em ‘-ãos’
	Acórdão/acórdãos; órfão/órfãos.
	Alguns oxítonos e monossílabos
	Plural em ‘-ãos’
	Cidadão/cidadãos; cristão/cristãos.
	Alguns oxítonos e monossílabos
	Plural em ‘-ães’
	Alemão/alemães; pão/pães; escrivão/escrivães.
	Alguns oxítonos
	Admitem dois plurais
	Aldeão/aldeãos/aldeões; vulcão/vulcãos/vulcões; verão/verãos/verões; sultão/sultães/sultões
	Alguns oxítonos
	Admitem três plurais
	Alão/alãos/alães/alões; ancião/anciãos/anciães/anciões.
2.1.2.2. SUBSTANTIVOS DIMINUTIVOS
REGRA GERAL: retirada do ‘-s’, que será deslocado para após o sufixo. Mães mãe + zinha + s = mãezinhas; papéis papei + zinho + s = papeizinhos; flores flore + zinha + s = florezinhas.
DICA: para formar o diminutivo plural em nomes que contenham ‘s’ no radical, acrescente-se apenas o sufixo no plural. Pires (sing.) – piresinho (diminutivo singular) – piresinhos (diminutivo plural).
2.1.2.3. PLURAL DOS NOMES COMPOSTOS
Pode ser feito de várias maneiras, conforme a classe gramatical a que pertençam os elementos.
	Todos os elementos variarão quando houver:
	Substantivo + substantivo
Substantivo + adjetivo (e vice-versa)
Numeral + substantivo
Verbo + verbo (reduplicação)
	Abelha-rainha/abelhas-rainhas; aluno-mestre/alunos-mestres.
Amor-perfeito/amores-perfeitos; má-língua/más-línguas.
Primeira-dama/primeiras-damas; meio-dia/meios-dias.
Pega-pega/pegas-pegas; corre-corre/corres-corres.
	Nenhum elemento variará quando houver:
	Verbo + pronome ou advérbio
Verbos antonímicos (sentidos opostos)
Frases substantivadas
	O bota-fora / os bota-fora; o fala-mansa / os fala-mansa.
O leva-e-traz / os leva-e-traz; o perde-ganha / os perde-ganha.
A Maria vai com as outras / As Maria vai com as outras.
	Somente o primeiro elemento variará quando:
	O segundo elemento limitar o primeiro, indicando finalidade ou semelhança
Houver preposição
Apenas o primeiro elemento do composto for variável
	Decreto-lei / decretos-lei; salário-família / salários-família; cavalo-vapor / cavalos-vapor; caneta-tinteiro / canetas-tinteiro.
Olho de sogra / olhos de sogra; pé de moleque / pés de moleque
João-ninguém / joões-ninguém.
	Somente o último elemento variará quando houver:
	Adjetivo + adjetivo
Sufixos ‘grão’ e ‘grã’ (significando grande) e ‘bel’
Verbo/advérbio ou interjeição/prefixo + subst./adj.
Compostos sem hífen
Onomatopeias
	Lítero-musical / lítero-musicais; luso-brasileira / luso-brasileiras.
Grão-mestre / grão-mestres; grã-cruz / grã-cruzes; bel-prazer / bel-prazeres.
Guarda-pó / guarda-pós; sempre-viva / sempre-vivas; ave-maria / ave-marias; vizo-rei / vizo-reis.
Planalto/planaltos; fidalgo/fidalgos; mandachuva/mandachuvas; paraqueda/paraquedas.
Tico-tico / tico-ticos; bem-te-vi / bem-te-vis; pingue-pongue / pingue-pongues.
OBS:
1) Exceção à regra do ‘adjetivo + adjetivo’: surdo-mudo / surdos-mudos.
2) Alguns compostos admitem mais de uma forma pluralizada. Fruta-pão/frutas-pão/frutas-pães; salvo-conduto/salvo-condutos/salvos-condutos.
2.2. ARTIGO
Classe gramatical variável que antecede o substantivo, indicando gênero e número.
	DEFINIDO
	INDEFINIDO
	Refere-se a um ser preciso, determinado. É representado por o(s), a(s). O jogo foi fantástico. Temos um jogo específico, do qual temos conhecimento.
	Refere-se a um ser de maneira imprecisa, vaga. É representado por um, uma, uns, umas. Um jogo foi fantástico. Temos um jogo qualquer, não especificado.
2.2.1. EMPREGO DO ARTIGO
	O artigo definido pode:
	Referir-se a uma espécie inteira
Assumir valor de pronomes demonstrativo e possessivo
Indicar intimidade ou familiaridade, antes de nomes próprios
	O limão é azedo. (=Todo limão é azedo.)
Partirei no momento para a Espanha. / Na semana passada, eu estava com os pés inchados.
Denise sempre estuda comigo. (sem intimidade) / A Denise sempre estuda comigo. (intimidade)
IMPORTANTE:
1) O emprego do artigo definido será facultativo antes de pronomes possessivos adjetivos. Sua irmã é bonita. A sua irmã é bonita.
2) A anteposição do artigo substantiva a palavra. O amar da cor à vida. (verbo passa a subst.) / Ela me disse um não. (adv. passa a subst.)
2.2.2. OMISSÃO DO ARTIGO
	Devemos omitir o artigo:
	Antes de nomes ou expressões de sentido generalizado
Antes do vocábulo ‘casa’, quando houver referência ao próprio lar
Antes do vocábulo ‘terra’, significando terra firme
Antes ou depois do pronome relativo ‘cujo’ (e flexões)
Antes de pronomes de tratamento iniciados por ‘Vossa’ ou ‘Sua’
	Tempo é dinheiro.
Aos finais de semana, estudamos juntos em casa. (e não na casa)
Os marinheiros ficaram em terra. (e não na terra)
Esta é a aluna a cuja mãe me referi. (a = preposição, exigida pelo verbo ‘referir-se’)
Dirigi-me a Vossa Excelência. / Escrevi uma carta a Sua Excelência. (a = preposição)
DICA:
1) Se os vocábulos ‘casa’ e ‘terra’ estiverem especificados, será admitido o emprego do artigo. Aos finais de semana, estudamos juntos na casa da Denise. / Os marinheirosficaram na terra prometida.
2) As formas ‘dona’, ‘senhora’, ‘senhorita’ e ‘madame’ admitem anteposição de artigo. A senhorita/senhora/dona/madame é muito bonita.
3) Quando o artigo estiver precedido da palavra ‘todo’ (e flexões), designa totalidade; sem o artigo, significa ‘qualquer’, ‘cada’. Todos os alunos serão aprovados no concurso. (totalidade de alunos) / Todo dia estudamos para o concurso. (qualquer dia)
2.3. ADJETIVO
Classe de palavras que atribui qualidade ou estado a um substantivo.
	RESTRITIVOS
	EXPLICATIVOS
	Atribuem características eventuais. Fogo baixo, homem sujo.
	Atribuem características inerentes, próprias. Fogo quente, homem mortal.
2.3.1. FLEXÃO DE GÊNERO
a) UNIFORMES: contêm uma só forma. Aluno inteligente / aluna inteligente.
b) BIFORMES: flexionam-se em gênero. Aluno esperto / aluna esperta; rapaz cristão / moça cristã;
OBS:
1) Nos adjetivos biformes, a regra é trocar a terminação ‘-o’ por ‘-a’: esperto/esperta; bonito/bonita. Entretanto, alguns adjetivos não seguem a regra acima: trabalhador/trabalhadeira (nesse caso, não é trabalhadora, pois esse vocábulo é classificado como substantivo).
2) Alguns adjetivos não variam em gênero. São os terminados em ‘-u’, ‘-ês’ e ‘-or’. O cidadão / a cidadão zulu; o homem / a mulher cortês; o bilhete / a carta anterior.
3) Adjetivos terminados em ‘-eu’: troca-se a terminação por ‘-eia’. Europeu/europeia; plebeu/plebeia; pigmeu/pigmeia; ateu/ateia. Entretanto, temos algumas exceções: judeu/judia; sandeu/sandia.
4) Em adjetivos terminados em ‘-ão’, troca-se a terminação por ‘-oa’ ‘-ã’ ou ‘-ona’. Beirão/beiroa; cristão/cristã; amigão/amigona.
2.3.2. FLEXÃO DE NÚMERO
Os adjetivos simples seguem as mesmas regras apresentadas para substantivos. Bonito/bonitos; bela/belas; esperto/espertos.
2.3.2.1. FLEXÃO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS
REGRA GERAL: flexiona-se somente o último termo. Reunião lítero-musical / reuniões lítero-musicais. Exceções: surdo-mudo / surdos-mudos; surda-muda / surdas-mudas.
DICA: Quando o adjetivo composto estiver substantivado, ambos os elementos variarão. O verde-claro / os verdes-claros; o cinza-escuro / os cinzas-escuros.
OBS:
1) Os adjetivos compostos azul-marinho, azul-celeste e ultravioleta são invariáveis.
2) Quando os compostos indicadores de cor receberem auxílio de um substantivo, nenhum elemento será flexionado. Cinto rosa-claro / cintos rosa-claro; camisa verde-oliva / camisas verde-oliva.
3) Quando o substantivo for empregado em função adjetiva, ou seja, quando estiver acompanhando o substantivo, permanecerá invariável. Gravatas laranja; camisas maçã.
2.3.3. GRAUS DO ADJETIVO
a) NORMAL: é a mera característica atribuída ao substantivo. João é alto.
b) COMPARATIVO: compara dois seres ou objetos. Triparte-se em comparativo de superioridade, igualdade e inferioridade. Eu sou mais alto do que ele (comparativo de superioridade). Eu sou tão alto quanto ele (comparativo de igualdade). Eu sou menos alto do que ele (comparativo de inferioridade).
DICA: Podemos comparar características de um mesmo ser. Ele é mais alto do que baixo (superioridade). Ele é tão alto quanto magro (igualdade). Ele é menor baixo do que alto (inferioridade).
c) SUPERLATIVO: denota característica do adjetivo em elevado grau, mas sem estabelecer relações com outro ser. Divide-se em relativo e absoluto.
a. RELATIVO: intensifica a característica do ser em relação à totalidade de seres semelhantes. Subdivide-se em superioridade e inferioridade. Eu sou o mais alto de todos (superlativo relativo de superioridade). Eu sou o menos alto de todos (superlativo relativo de inferioridade).
b. ABSOLUTO: subdivide-se em sintético (intensifica o adjetivo por meio de sufixos) e analítico (o adjetivo é modificado por um advérbio de intensidade). Sou altíssimo (superlativo absoluto sintético). Sou muito alto (superlativo absoluto analítico).
SUPERLATIVOS ABSOLUTOS SINTÉTICOS ERUDITOS. No grau superlativo absoluto sintético, os adjetivos são denominados eruditos.
	ADJETIVO
	SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO
	ADJETIVO
	SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO
	Acre
Amargo
Antigo
Célebre
Cruel
Difícil
Doce
Fácil
Fiel
Frio
Humilde
	Acérrimo
Amaríssimo
Antiquíssimo
Celebérrimo
Crudelíssimo
Dificílimo
Dulcíssimo
Facílimo
Fidelíssimo
Frigidíssimo
Humílimo
	Livre
Magro
Manso
Mau
Pequeno
Pobre
Sábio
Sério
Simples
Terrível
	Libérrimo
Macérrimo
Mansuetíssimo
Péssimo
Mínimo
Paupérrimo
Sapientíssimo
Seriíssimo
Simplicíssimo
Terribilíssimo
LOCUÇÃO ADJETIVA. Expressão formada por uma preposição e um substantivo. Equivale a um adjetivo.
Água de chuva = água pluvial
Água de rio = água fluvial
Suco de estômago = suco gástrico / estomacal
Era de gelo = era glacial
Período de guerra = período bélico
Amor de irmão = amor fraternal
Festas de verão = festas estivais
Cordão de umbigo = cordão umbilical
Atitude de paixão = atitude passional
Jogada de mestre = jogada magistral
Gesto de criança = gesto infantil / pueril
Doença de fígado = doença hepática
2.4. NUMERAL
Classe de palavras que exprime quantidade, ordem, multiplicação ou divisão. Classifica-se em:
a) CARDINAL: designa quantidade. Zero, um, dois, três, quatro...
b) ORDINAL: designa ordem. Primeiro, segundo, terceiro, quarto...
c) MULTIPLICATIVO: designa multiplicação. Dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo...
d) FRACIONÁRIO: indica divisão. Um terço, metade, meio, um quinto.
	NUMERAIS
	MULTIPLICATIVOS
	FRACIONÁRIOS
	Duplo, dobro ou dúplice
Triplo ou tríplice
Quádruplo
Quíntuplo
Sêxtuplo
Séptuplo
Óctuplo
Nônuplo
Décuplo
Undécuplo
Duodécuplo
Cêntuplo
	Meio ou metade
Terço
Quarto
Quinto
Sexto
Sétimo
Oitavo
Nono
Décimo
Undécimo ou onze avos
Duodécimo ou doze avos
Centésimo
OBS:
1) AMBOS. Devemos classificar esse vocábulo como numeral cardinal, uma vez que substitui outro numeral (dois). Ambos os alunos foram à festa. (=os dois alunos foram à festa). Lembre-se: sempre que o numeral ambos estiver antes de um substantivo, devemos empregá-lo com artigo.
2) Os vocábulos último, penúltimo e antepenúltimo, por indicarem ordem, são classificados como numerais ordinais. Ele foi o último a chegar. José foi o antepenúltimo na corrida de São Silvestre.
3) CUIDADO: A beata comprou um terço. (um = numeral cardinal; terço = substantivo) / Um terço dos alunos foi aprovado. (um terço = numeral fracionário).
2.4.1. EMPREGO DO NUMERAL
a) Na designação de séculos, reis, papas, príncipes, imperadores, capítulos de obras, festas, feiras, utilizam-se algarismos romanos, devendo: (1) usar ordinal até o 10º: capítulo II = capítulo segundo; século VII = século sétimo; (b) usar o cardinal para os demais (desde que o numeral esteja proposta ao substantivo): capítulo XII = capítulo doze; século XVII = século dezessete.
b) Na numeração de artigos de leis, decretos, portarias e outros textos oficiais, devemos: (a) usar ordinal até nove: artigo 3º; artigo 7º; (b) usar o cardinal de dez em diante: artigo 10; artigo 20, artigo 46.
c) No primeiro dia do mês, devemos: (1) usar o numeral ordinal: Hoje é dia primeiro; (2) nos demais, devemos empregar o numeral cardinal: Hoje é dia dez.
2.5. INTERJEIÇÃO
Classe de palavras que exprime sentimentos ou emoções.
Oba! Fui convocado para tomar posse! (alegria)
Você vai conseguir. Coragem! (animação)
Psiu! Você está falando muito alto. (silêncio)
Mantenha distância! Líquido inflamável. (advertência)
Ai! Cortei o dedo. (dor)
Cruzes! (medo)
Olá, pessoal! (saudação)
2.6. ADVÉRBIO
Classe de palavras invariável que exprime circunstância. Modifica adjetivos, verbos e advérbios, podendo, também modificar uma oração. Ela é muito bonita. Estudarei hoje. Você escreve muito bem. Provavelmente você passará no concurso.
2.6.1. CLASSIFICAÇÃO DO ADVÉRBIO
	TEMPO
	Amanhã, agora, anteontem, ontem, hoje, breve, antes, depois, jamais, nunca, outrora, sempre, etc.
	Anteontem fizemos a prova.
	LUGAR
	Aqui, ali, cá, lá, acolá, atrás, dentro, embaixo, longe, perto, etc.
	Fique aqui, pois voltarei rapidamente.
	MODO
	Bem, mal, depressa, assim, alerta, felizmente, etc.
	Sentiu-se bem após ver o gabarito da prova.
	INTENSIDADE
	Bastante, demais,mais, menos, muito, pouco, quão, assaz, etc.
	Quão feliz fiquei ao saber o resultado do concurso.
	DÚVIDA
	Porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, etc.
	Possivelmente vocês passarão no concurso.
	AFIRMAÇÃO
	Certamente, decididamente, efetivamente, realmente, sim, etc.
	Realmente vocês se divertirão muito com o enredo do filme.
	NEGAÇÃO
	Não, absolutamente, etc.
	Não durma tarde!
OBS:
1) Os advérbios nunca e jamais indicam tempo, e não negação.
2) Em geral, advérbios terminados em ‘-mente’ são obtidos a partir do adjetivo feminino (‘educada’ + ‘mente’). Por essa razão, o ‘-a’, de ‘educadamente’ deve ser classificado como desinência de gênero feminino. Porém, nem todos os advérbios terminados em ‘-mente’ são oriundos de adjetivos biformes (‘feliz’ + ‘mente’; ‘cortês’ + ‘mente’).
3) Não se pode dizer que todos os advérbios terminados em ‘-mente’ apresentam a circunstância de modo. Choveu torrencialmente. O advérbio ‘torrencialmente’ intensifica a forma verbal ‘choveu’. Logo, é um advérbio de intensidade.
4) Quando advérbios terminados em ‘-mente’ estiverem em sequência, pode-se empregar o sufixo apenas no último. Os policiais agiram calma e sabiamente.
2.6.2. GRAUS DO ADVÉRBIO
	COMPARATIVO
	De superioridade: Ela fala mais sabiamente do que você.
De igualdade: Ela fala tão sabiamente quanto você.
De inferioridade: Ela fala menos sabiamente do que você.
	SUPERLATIVO
	Absoluto sintético: Saí cedíssimo em direção ao museu.
Absoluto analítico: Saí muito cedo em direção ao museu.
OBS:
1) Na linguagem coloquial, o advérbio pode receber sufixo diminutivo ‘-inho’. Nesses casos, porém, o sufixo possui valor superlativo. Ele fez exercícios cedinho. (=muito cedo) / Ela dorme pertinho de você. (=muito perto).
2) A repetição do advérbio assume valor superlativo. Devo estudar cedo, cedo. (=muito cedo) / Seus olhos eram azuis, azuis. (=muito azuis)
3) Alguns adjetivos possuem valor adverbial. O aluno falou alto. (de maneira alta) / O rapaz está investindo pesado nos estudos. (de maneira pesada)
2.6.3. LOCUÇÃO ADVERBIAL
É o conjunto de duas ou mais palavras que tem o mesmo valor de um advérbio. Normalmente sua estrutura é composta de uma preposição e um substantivo. Atrasado para a prova, o candidato saiu às pressas. O carro virou à direita. Sempre vou a pé.
2.7. PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS
Não se enquadram nas classes de palavras.
	EXPRESSA
	PALAVRAS / LOCUÇÕES DENOTATIVAS
	EXEMPLO
	Adição
Afastamento
Afetividade
Aproximação
Concessão
Designação
Exclusão
Explicação
Inclusão
Negação
Realce
Restrição
Retificação
Situação
	Ademais, além disso, ainda, ainda por cima, além de tudo...
Embora...
Ainda bem que, felizmente, infelizmente...
Quase, praticamente, cerca de, aproximadamente...
Mesmo, assim mesmo, ainda assim...
Eis...
Apenas, exceto, sequer, só, somente...
A saber, isto é, por exemplo...
Até, até mesmo, inclusive, mesmo, também...
Não, tampouco, absolutamente, pois sim...
É que, é quem, sobretudo, mesmo...
Em termos, em parte, relativamente...
Aliás, isto é, ou melhor, ou antes, digo...
Afinal, então, agora, em suma...
	Ajudou-me financeiramente. Além disso, casou-se comigo.
Vou-me embora para Pasárgada.
Lamentavelmente, perdemos o jogo.
Havia cerca de vinte pessoas.
Mesmo com muito sono, permaneceu ao volante.
Eis o concurso por que tanto estudo.
Só você passou no concurso.
Amanhã, isto é, sábado, será meu dia.
Romário fez uma ótima jogada. Até a torcida adversária aplaudiu.
Você me empresta seu carro? Pois sim.
Eu é que passei no concurso. Você é quem foi aprovado.
Você, pessoalmente, é muito linda.
Acertei todas as questões, isto é, passei no concurso.
Afinal, você passou no concurso?
OBS: As palavras de realce podem ser retiradas do período sem prejuízo para a estrutura sintática. Eu é que passei no concurso. / Eu passei no concurso.
2.8. PREPOSIÇÃO
Classe gramatical invariável que liga termos. Confiamos em seu sucesso. Preciso de dinheiro.
2.8.1. CLASSIFICAÇÃO DA PREPOSIÇÃO
	ESSENCIAL
	ACIDENTAL
	Desempenha a função típica de preposição desde sua origem. A, ante, após, com, até, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
As preposições essenciais exigem o emprego das formas pronominais ‘mim’ e ‘ti’.
O trabalho foi feito por mim. (na frase, indica o valor de agente)
Venceremos por ti. (na frase, indica o valor de paciente)
	Palavra que pertence a uma outra classe gramatical, mas que é usada como preposição. Afora, como, conforme, consoante, fora, exceto, salvo, malgrado, durante, mediante, segundo, menos, que, senão.
Temos que passar no concurso. (conjunção empregada como preposição)
Muitos sorriram, exceto ele. (advérbio empregado como preposição)
As preposições acidentais exigem o emprego dos pronomes retos ‘eu’ e ‘tu’.
Muitos sorriram, exceto eu. / Todos foram à praia, senão tu.
OBS:
1) A preposição pode unir-se a outros elementos.
A moça foi ao teatro. (a = preposição + o = artigo definido)
O carro estacionado é deste rapaz. (de = preposição + este = pronome demonstrativo)
Você está numa enrascada. (em = preposição + uma = artigo indefinido)
Após as provas, iremos à praia. (a = preposição + a = artigo)
Iremos àquela praia maravilhosa após as provas. (a = preposição + aquela = pronome demonstrativo)
2) Com nomes próprios, não há união. Ele é colunista de O Globo.
2.8.2. VALOR SEMÂNTICO DA PREPOSIÇÃO
As preposições meramente exigidas pelo termo regente (verbo ou nome) são chamadas relacionais. Preciso de dinheiro (o verbo ‘precisar’ rege preposição ‘de’). Aquele rapaz caminha igual a você (adjetivo ‘igual’ rege preposição ‘a’).
Já as preposições não exigidas pelo termo regente são chamadas de nocionais. Alguns exemplos:
· A: O filho puxou ao avô. (conformidade) / Fomos a Copacabana. (destino) / Escrevam a lápis. (instrumento).
· ANTE: Ficou conversando ante o portão de casa. (preposição) / Ante o sucesso na profissão, ficou satisfeito. (causa)
· ATÉ: Dirigimo-nos até a praia do Leme. (espaço) / Conversaram sobre futebol até 5h da tarde. (tempo)
· COM: O mendigo morreu com a fome. (causa) / Brindarei a aprovação com a namorada. (companhia)
· DE: Vim de Belém. (origem) / Falei muito de futebol. (assunto) / A moça dirigia-se à faculdade de anel no dedo. (companhia)
· EM: Cursou a grade curricular e graduou-se em Letras. (especialidade) / Ficamos em seu apartamento. (lugar)
· PARA: O vizinho veio para ajudá-la a consertar o encanamento. (finalidade) / Comprou passagem e viajou para a Europa. (destino)
· POR: Vendia legumes por dois reais. (preço) / Atualmente, as pessoas comunicam-se muito por celular. (meio)
DICA: Locução prepositiva. Grupo de palavras em que a última é uma preposição, podendo ser substituída por outra com mesmo valor e mesmo emprego. A despeito de, a favor de, a fim de, além de, a propósito de, a respeito de, até a, atrás de, com a finalidade de, com o fito de, com vistas em, devido a, de acordo com, em detrimento de, em frente a, em função de, em que pese a, em razão de, em relação a, em torno de, em vez de, em via de, em virtude de, fora de, graças a, longe de, no sentido de, para com, perto de, por causa de, por dentro de, por meio de, por motivo de, por volta de, tocante a. Cada uma dessas locuções é expressão fixa, com significado não variável.
3. VERBOS E PRONOMES
3.1. VERBOS
3.1.1. ESTRUTURA VERBAL
Em regra, verbo é formado por 3 elementos: radical, vogal temática e desinências.
O radical é o elemento que apresenta o significado da palavra, sendo obtido a partir do infinitivo (suprimindo as terminações -ar, -er, -ir). Ex.: cantar cant- (radical); vender vend- (radical); partir part- (radical).
Já a vogal temática é o que prepara o radical para receber as desinências, sendo o elemento identificador da conjugação. Ex.: cantar -a- (1ª conjugação); vender -e- (2ª conjugação); partir -i- (3ª conjugação).
CURIOSIDADE: O verbo ‘pôr’ e seus derivados (compor, decompor, supor) pertence à 2ª conjugação. A vogal temática é -e-, oriunda da forma latina ponere. Em algumas pessoas verbais essa vogal apareceao longo da conjugação (ex.: eu ponho, tu pões, ele põe, nós pomos, vós pondes, eles põem)
O tema é a união entre radical e vogal temática. Ex.: fala (tema) fal- (radical) + -a (vogal temática).
A partir das desinências percebemos as flexões verbais, podendo subdividir-se em:
	MODO-TEMPORAIS
	Indicam o modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e o tempo verbal (presente, passado e futuro).
	NÚMERO-PESSOAIS
	Indicam o número (singular e plural) e a pessoa do discurso (1ª, 2ª e 3ª).
Ex. 1: Cantavas.
Cant-: é o radical, apresentando o significado da palavra;
-a-: é a vogal temática, pertencente à 1ª conjugação;
-va-: desinência modo-temporal, indicando o verbo no pretérito imperfeito do indicativo;
-s: desinência número-pessoal, indicando o verbo na 2ª pessoa do singular.
Ex. 2: Venderemos.
Vend-: radical;
-e-: vogal temática de 2ª conjugação;
-re-: desinência modo-temporal, futuro do presente do indicativo;
-mos: desinência número-pessoal, 1ª pessoa do plural.
Ex. 3: Partiras.
Part-: radical;
-i-: vogal temática de 3ª conjugação;
-ra-: desinência modo-temporal, pretérito mais-que-perfeito do indicativo;
-s: desinência número-pessoal. 2ª pessoa do singular.
	DESINÊNCIAS MODO-TEMPORAIS
	Modo
	Tempo
	1ª Conjugação
	Exemplo
	2ª e 3ª Conjugações
	Exemplo
	Indicativo
	Presente
	-
	Falo
	-
	Vendo, parto
	
	Pretérito perfeito
	-
	Falei
	-
	Vendi, parti
	
	Pretérito imperfeito
	-va (-ve)
	Falava, faláveis
	-ia (-ie)
	Vendia, vendíeis, partia, partíeis
	
	Pretérito mais-que-perfeito
	-ra (-re) átono
	Falara, faláreis
	-ra (-re) átono
	Vendera, vendêreis, partira, partíreis
	
	Futuro do presente
	-ra (-re) tônico
	Falará, falareis
	-ra (-re) tônico
	Venderá, vendereis, partirá, partireis
	
	Futuro do pretérito
	-ria (-rie)
	Falaria, falaríeis
	-ria (-rie)
	Venderia, venderíeis, partiria, partiríeis
	Subjuntivo
	Presente
	-e
	Fale, faleis
	-a
	Venda, parta
	
	Pretérito imperfeito
	-sse
	Falasse, falasses
	-sse
	Vendesse, partisse
	
	Futuro
	-r
	Falar, falares
	-r
	Vender, partir
	Imperativo
	Afirmativo
	-e
	Fale, falemos
	-a
	Vendam, partam
	
	Negativo
	-e
	Não fale, não falemos
	-a
	Não vendam, não partam
	Infinitivo
	Pessoal
	-r
	Falar, falares
	-r
	Vendermos, partirmos
	DESINÊNCIAS NÚMERO-PESSOAIS
	1ª pessoa do singular
-o (no presente do indicativo): falo, vendo, parto.
-i (no pretérito imperfeito e no futuro do presente do indicativo): falei, vendi, parti, falarei.
Ø (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.
	2ª pessoa do singular
-s (em todos os tempos, exceto no imperativo afirmativo): falas, vendes, partes, falarás.
-ste: (no pretérito perfeito do indicativo): falaste, vendeste, partiste.
Ø (no imperativo afirmativo): fala (tu), vende (tu), parte (tu).
	3ª pessoa do singular
-u (pretérito perfeito do indicativo): falou, vendeu, partiu.
Ø (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.
	1ª pessoa do plural
-mos: falamos, vendemos, partimos.
	2ª pessoa do plural
-stes (no pretérito perfeito do indicativo): falastes, vendestes, partistes.
-des (no futuro do subjuntivo e no infinitivo pessoal): falardes, venderdes, partirdes.
-i (no imperativo afirmativo): falai (vós), vendei (vós), parti (vós).
-is (nos demais tempos e modos): falais, vendeis, partis.
-des (no presente do indicativo dos verbos irregulares ter, vir, pôr, ver, rir, ir): vindes, ides.
	3ª pessoa do plural
-ram (pretérito perfeito do indicativo): cantaram, venderam, partiram.
-o (no futuro do presente do indicativo): cantarão, venderão, partirão.
-em (no futuro do subjuntivo e no infinitivo pessoal): cantarem, venderem, partirem.
-m (nos demais tempos e modos): cantam, vendem, partem; cantavam, vendiam, partiam.
3.1.2. MODOS E TEMPOS VERBAIS
O modo verbal apresenta relação entre o falante e o fato expresso pela ação verbal: indicativo, subjuntivo e imperativo.
	INDICATIVO
	SUBJUNTIVO
	IMPERATIVO
	Transmite a ideia de fatos certos, reais.
Nós estudamos para o concurso.
	Transmite a ideia de fatos duvidosos, possíveis.
É provável que estudemos para o concurso.
	Transmite ideia de ordem, pedido, desejo.
Estudem para o concurso.
3.1.3. EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
3.1.3.1. INDICATIVO
PRESENTE:
a) Denota um fato atual, que acontece no momento em que se fala. Presente atual. Enquanto falo, vc escuta.
b) Denota verdades permanentes. Presente universal. O homem é mortal.
c) Denota uma ação habitual, frequente. Presente frequentativo. Estudamos muito.
d) Proporciona vivacidade a fatos ocorridos no passado. Presente histórico. 1994: Romário dribla a pobreza, o preconceito e torna-se rei da Copa.
e) Denota ação futura, contudo próxima. Amanhã vou ao jogo do Vasco.
PRETÉRITO PERFEITO: apresenta a ação totalmente concluída. Estudei para passar nesta prova.
PRETÉRITO IMPERFEITO:
a) Indica uma ação que, no passado, ocorria com habitualidade. Imperfeito frequentativo. Acordava, tomava banho e ia estudar.
b) Indica uma ação passada, mas não concluída em relação à outra. Quando o professor entrou, o aluno fazia a prova.
c) Substitui o presente, com o matiz semântico de cortesia, atenuando um pedido. Eu queria saber se você estudou para a prova.
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO: indica uma ação passada anterior à outra, também passada. A sessão de cinema já começara quando entramos.
DICA: Pretérito mais-que-perfeito pode substituir o futuro do pretérito ou o pretérito imperfeito do subjuntivo. Quem me dera ficar em 1º lugar! Não fora o fiscal de sala, teríamos passado na prova.
FUTURO DO PRESENTE: indica uma ação que ainda será realizada. Neste concurso, seremos aprovados.
DICA: Futuro do presente pode indicar uma verdade universal, surgindo com valor semântico de imperativo. Não matarás!
FUTURO DO PRETÉRITO:
a) Indica um futuro dependente de alguma condição. Passaria no concurso, se tivesse estudado.
b) Indica um fato (futuro) posterior em relação a outro passado. Elas disseram que estudariam para o concurso.
c) Expressa polidez. Você poderia abrir a janela?
3.1.3.2. SUBJUNTIVO
PRESENTE: indica um fato duvidoso ou provável. Para facilitar a conjugação, inserir o advérbio ‘talvez’. (Talvez) Tenha sucesso no concurso.
PRETÉRITO IMPERFEITO: indica uma concessão, por meio de um fato hipotético. Para facilitar, inserir a conjunção ‘se’. Se você estudasse mais, ficaria em 1º lugar no concurso. Era provável que a ocasião aparecesse.
FUTURO: indica uma ação eventual. para facilitar, inserir a conjunção ‘quando’. Quando eu passar no concurso, ficarei tranquilo.
3.1.3.3. IMPERATIVO
Exprime ordem, pedido, desejo. O imperativo subdivide-se em (1) afirmativo (Estudem!) e (2) negativo (Não estudem a poucos instantes da prova!). O modo imperativo é formado a partir de presentes do indicativo e do subjuntivo.
	PRESENTE DO INDICATIVO
	IMPERATIVO AFIRMATIVO
	PRESENTE DO SUBJUNTIVO
	IMPERATIVO NEGATIVO
	Eu falo
Tu falas
Ele fala
Nós falamos
Vós falais
Eles falam
	-
Fala tu
Fala você
Falemos nós
Falai vós
Falem vocês
	Eu fale
Tu fales
Ele fale
Nós falemos
Vós faleis
Eles falem
	-
Não fales tu
Não fale você
Não falemos nós
Não faleis vós
Não falem vocês
Existem ainda as formais nominais (assim denominadas por terem surgido devido ao comportamento como nomes: substantivo, adjetivo e advérbio). São elas:
3.1.3.4. INFINITIVO
É a forma como se designam os verbos, ou seja, é o próprio ‘nome’ do verbo, terminando em –r (falar, vender, partir). O infinitivo comporta-se como nome em exemplos como Recordar é viver (=A recordação é vida) e Sorrir é alegria (=Sorriso é alegria). O infinitivo pode ser:
a) Impessoal: é a forma como se designam os verbos. Não se flexionam por não se referirem uma pessoa. Estudar é necessário para a prova.
b) Pessoal: é a forma que se refere a uma pessoa gramatical, podendo flexionar-se. Estamos satisfeitos por termos conseguido a aprovação.
FLEXÃO DO INFINITIVO: há casos em que o infinitivo pode ou não flexionar-se.
a) Casos obrigatórios
· Quando houver sujeito claramente expresso. A próxima prova será o momento de vocês decidirem suas aprovações.
· Quando referir-se a um sujeito desinencial,a partir da terminação verbal. Este é o momento de passarmos no concurso.
b) Casos facultativos
· Quando o sujeito do infinitivo já estiver expresso na oração anterior. Os alunos se encontraram para estudar/estudarem o melhor método de estudos.
· Quando houver verbos causativos ou sensitivos, seguidos de substantivo com infinitivo. Mandei os meninos estudar/estudarem.
DICA: Quando o substantivo for representado pelo pronome pessoal oblíquo átono ‘o(s)’, ‘a(s)’, considera-se erro a flexão no infinitivo. Mandei-os estudarem (errado). Mandei-os estudar (correto).
3.1.3.5. GERÚNDIO
Indica um processo prolongado ou incompleto. Aparece em locuções verbais e em orações reduzidas. Estamos estudando. (locução verbal equivale a ‘estudamos’). Estudando, passaremos no concurso. (oração subordinada adverbial condicional reduzida de gerúndio equivale a ‘se estudarmos, passaremos no concurso’).
DICA: O gerúndio equivale a um advérbio (O homem caminhava cantando. Trata-se do modo como caminhava). Pode, ainda, ter valor adjetivo (Crianças sorrindo. Equivale a ‘crianças sorridentes).
3.1.3.6. PARTICÍPIO
Pode ser empregado em tempos compostos, na voz passiva, em orações reduzidas e sob a forma de adjetivos. Ele tem passado em muitos concursos. (pretérito perfeito composto do indicativo). Até a prova, terei estudado muito. (futuro do presente composto do indicativo). O aluno foi aprovado pela banca examinadora. (locução verbal de voz passiva). Aprovado o aluno, tomou posse do cargo. (oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio).
DICA: O particípio pode referir-se a fatos presentes, passados ou futuros.
Terminada a prova, vamos para casa.
Terminada a prova, fomos para casa.
Terminada a prova, iremos para casa.
CURIOSIDADE: No gerúndio e no particípio, o verbo vir apresenta a mesma forma (vindo). Para fazer a diferenciação, substitua o verbo vir pelo ir. Se aparecer “-ido”, a forma verbal estará no particípio; se aparecer “-indo”, o verbo estará no gerúndio.
Assim que o professor chegou, a diretora já tinha vindo. Aqui cabe apenas a substituição por ido. Logo, vindo está no particípio.
A diretoria já está vindo. A substituição ocorre apenas por indo. Logo, vindo está no gerúndio.
3.1.4. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
Regulares
Irregulares
Anômalos
Defectivos
Abundantes
3.1.4.1. REGULARES
Mantém o modelo do radical e das desinências no decorrer da conjugação.
FALAR: eu falo, tu falas, ele fala, nós falamos, vós falais, eles falam.
CORRER: eu corro, tu corres, ele corre, nós corremos, vós correis, eles correm.
PARTIR: eu parto, tu partes, ele parte, nós partimos, vós partis, eles partem.
DICA: Para saber se um verbo é regular, conjugue-o no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo. Se nessas conjugações a forma verbal mantiver o modelo, será regular. Eu como, tu comes, ele come, nós comemos, vós comeis, eles comem. (presente do indicativo). Eu comi, tu comeste, ele comeu, nós comemos, vós comestes, eles comeram. (pretérito perfeito do indicativo).
Em regra, as formas verbais terminadas em “-iar” são regulares (arriar: eu arrio, tua arrias, ele arria, nós arriamos, vós arriais, eles arriam). entretanto, algumas formas são irregulares: mediar (também o derivado intermediar), ansiar, remediar, incendiar, odiar. Nestes casos, os verbos receberão a vogal “e” nas formas rizotônicas (rizotônica é a forma cuja sílaba tônica recai no radical do verbo). As formas rizotônicas ocorrem na 1ª, 2ª e 3ª pessoas do singular e na 3ª pessoa do plural: eu medeio, tu medeias, ele medeia, eles medeiam.
Existe, ainda, a possibilidade de a sílaba tônica recair fora do radical do verbo. São as formas arrizotônicas, aquelas cuja sílaba tônica recai fora do radical. Ocorrem na 1ª e 2ª pessoas do plural. Assim, é errado fazer a flexão nós medeiamos, vós medeiais. Por serem arrizotônicas, o correto é nós mediamos, vós mediais.
3.1.4.2. IRREGULARES
Apresentam variação no modelo do radical e/ou das desinências.
FAZER: eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, eles fazem.
OUVIR: eu ouço, tu ouves, ele ouve, nós ouvimos, vós ouvis, eles ouvem.
DICA: Para saber se um verbo é irregular, conjugue-o no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo. Se nessas conjugações a forma verbal apresentar variações no modelo, será irregular. Eu caibo, tu cabes, ele cabe, nós cabemos, vós cabeis, eles cabem. (presente do indicativo). Eu coube, tu coubeste, ele coube, nós coubemos, vós coubestes, eles couberam.
Os verbos terminados em “-ear” são irregulares. Assim, receberão a vogal “i” nas formas rizotônicas (eu, tu, ele, eles), mas não nas arrizotônicas (nós, vós). Arrear: eu arreio, tu arreias, ele arreia, nós arreamos, vós arreais, eles arreiam. Atenção: os verbos arriar e arrear são diferentes!
Não entram no rol dos verbos irregulares aqueles que, para conservar a pronúncia, têm de sofrer variação de grafia. Ou seja, não há alteração de fonética, não sendo verbos irregulares. Carrega – carregue – carregues; ficar – fico – fiquei – fique.
3.1.4.3. ANÔMALOS
São apenas 2: ser e ir.
SER: eu fui, tu foste, ele foi, nós fomos, vós fostes, eles foram. (pretérito perfeito do indicativo). Eu era, tu eras, ele era, nós éramos, vós éreis, eles eram. (pretérito imperfeito do indicativo).
IR: eu fui, tu foste, ele foi, nós fomos, vós fostes, eles foram. (pretérito perfeito do indicativo). Eu ia, tu ias, ele ia, nós íamos, vós íeis, eles iam. (pretérito imperfeito do indicativo).
Esses 2 verbos apresentam a mesma conjugação no pretérito perfeito do indicativo. Assim, somente poderemos identificar o verbo que está sendo empregado ao visualizar o contexto. Semelhante forma ocorre no pretérito mais que perfeito do indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo.
3.1.4.4. DEFECTIVOS
Em sua conjugação não apresentam todas as formas (tempos, modos e pessoas). É na 3ª conjugação que se encontra a maioria dos verbos defectivos. O “defeito verbal” sempre se refere ao tempo presente (presente do indicativo, do subjuntivo ou do imperativo, sendo os 2 últimos derivados do primeiro). O “defeito verbal” deve-se:
a) À ausência da 1ª pessoa do singular no presente do indicativo. Como consequência, o verbo não é conjugado no presente do subjuntivo e no imperativo negativo. Neste último caso, só apresentam a 2ª pessoa do singular e 2ª pessoa do plural. Exemplos: abolir, banir, colorir, delinquir, demolir, exaurir, feder, fremer (ou fremir), explodir, haurir, viger.
b) À conjugação apenas na 1ª e na 2ª pessoas do plural no presente do indicativo. Como consequência, os verbos não apresentam o presente do subjuntivo, e consequentemente o imperativo negativo (este só terá a 2ª pessoa do plural). Exemplos: precaver (nós precavemos, vós precaveis, precavei vós), reaver (nós reavemos, vós reaveis, reavei vós).
OBS: Nos demais tempos e modos, os verbos são conjugados normalmente.
	REAVER
	PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO
Eu reouve
Tu reouveste
Ele reouve
Nós reouvemos
Vós reouvestes
Eles reouveram
	FUTURO DO SUBJUNTIVO
(quando) eu reouver
(quando) tu reouveres
(quando) ele reouver
(quando) nós reouvermos
(quando) vós reouverdes
(quando) eles reouverem
3.1.4.5. ABUNDANTES
São os que apresentam mais de uma forma de igual valor e função. Exemplo: nós havemos (ou hemos), vós haveis (ou heis) – presente do indicativo. Faz (ou faze) tu – imperativo afirmativo. Normalmente, a abundância de forma ocorre no particípio (regular ou irregular)
	INFINITIVO IMPESSOAL
	PARTICÍPIO REGULAR
	PARTICÍPIO IRREGULAR
	Aceitar
Acender
Assentar
Benzer
Desenvolver
Eleger
Emergir
Entregar
Enxugar
Expressar
Exprimir
Extinguir
Expulsar
Frigir
Ganhar
Gastar
Imergir
Imprimir
Inserir
Isentar
Matar
Omitir
Pagar
Pegar
Prender
Revolver
Salvar
Soltar
Submergir
Suspender
Tingir
	Aceitado
Acendido
Assentado
Benzido
Desenvolvido
Elegido
Emergido
Entregado
Enxugado
Expressado
Exprimido
Extinguido
Expulsado
Frigido
Ganhado
Gastado
Imergido
Imprimido
Inserido
Isentado
Matado
Omitido
Pagado
Pegado
Prendido
Revolvido
Salvado
Soltado
Submergido
SuspendidoTingido
	Aceito
Aceso
Assento
Bento
Desenvolto
Eleito
Emerso
Entregue
Enxuto
Expresso
Expresso
Extinto
Expulso
Frito
Ganho
Gasto
Imerso
Impresso
Inserto
Isento
Morto
Omisso
Pago
Pego
Preso
Revolto
Salvo
Solto
Submerso
Suspenso
Tinto
Em geral, emprega-se o particípio regular, que fica invariável, com os verbos auxiliares ter e haver, formando os tempos compostos. Exemplo: Eles têm aceitado os documentos (têm aceitado = pretérito perfeito composto do indicativo).
Na voz passiva, emprega-se, em geral, o particípio irregular, flexionando em gênero e número, com os verbos auxiliares ser, estar e ficar, formando a locução verbal de voz passiva. Exemplo: Os documentos têm sido aceitos por eles (têm sido aceitos = locução verbal de voz passiva).
3.1.5. ASPECTOS QUE PODEM GERAR DÚVIDAS
3.1.5.1. ACENTO DIFERENCIAL DE NÚMERO
	TER
	CONTER
	RETER
	ENTRETER-SE
	VIR
	CONVIR
	PROVIR
	INTERVIR
	Ele tem
Eles têm
	Ele contém
Eles contêm
	Ele retém
Eles retêm
	Ele se entretém
Eles se entretêm
	Ele vem
Eles vêm
	Ele convém
Eles convêm
	Ele provém
Eles provêm
	Ele intervém
Eles intervêm
3.1.5.2. VERBO PRIMITIVO E FLEXÃO DE SEUS DERIVADOS
a) TER: eu tive, ele teve, eles tiveram, quando eu tiver, se ele tivesse...
	Abster-se: eu me abstive, ele se absteve, eles se abstiveram, quando eu me abstiver, se ele se abstivesse...
Conter: eu contive, ele conteve, eles contiveram, quando eu contiver, se ele contivesse...
Deter: eu detive, ele deteve, eles detiveram, quando eu detiver, se ele detivesse...
Entreter-se: eu me entretive, ele entreteve, eles se entretiveram, quando eu me entretiver, se ele se entretivesse...
Manter: eu mantive, ele manteve, eles mantiveram, quando eu mantiver, se ele mantivesse...
Obter: eu obtive, ele obteve, eles obtiveram, quando eu obtiver, se ele obtivesse...
Reter: eu retive, ele reteve, eles retiveram, quando eu retiver, se ele retivesse...
b) VIR: eu vim, ele veio, eles vieram, quando eu vier, se ele viesse...
	Advir: eu advim, ele adveio, eles advieram, quando eu advier, se ele adviesse...
Convir: eu convim, ele conveio, eles convieram, quando eu convier, se ele conviesse...
Desavir-se: eu me desavim, ele se desaveio, eles de desavieram, quando eu me desavier, se ele se desaviesse...
Intervir: eu intervim, ele interveio, eles intervieram, quando eu intervier, se ele interviesse...
Provir: eu provim, ele proveio, eles provieram, quando eu provier, se ele proviesse...
Sobrevir: eu sobrevim, ele sobreveio, eles sobrevieram, quando eu sobrevier, se ele sobreviesse...
c) VER: eu vi, ele viu, eles viram, quando eu vir, se ele visse...
	Antever: eu antevi, ele anteviu, eles anteviram, quando eu antevir, se ele antevisse...
Entrever: eu entrevi, ele entreviu, eles entreviram, quando eu entrevir, se ele entrevisse...
Prever: eu previ, ele previu, eles previram, quando eu previr, se ele previsse...
Rever: eu revi, ele reviu, eles reviram, quando eu revir, se ele revisse...
	FUTURO DO SUBJUNTIVO
(utilizar a conjunção “quando” para facilitar a conjugação)
	
	VER
	VIR
	(Quando) eu
(Quando) tu
(Quando) ele
(Quando) nós
(Quando) vós
(Quando) eles
	Vir
Vires
Vir
Virmos
Virdes
Virem
	Vier
Vieres
Vier
Viermos
Vierdes
Vierem
3.1.5.3. VERBOS TERMINADOS EM –UIR, -AIR, -OER
	Os verbos terminados em -uir, -air e -oer têm, na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo, a desinência “i”.
-uir: ele constitui (de constituir) / atribui (de atribuir) / conclui (de concluir)
-air: ele extrai (de extrair) / retrai (de retrair) / distrai (de distrair)
-oer: ele rói (de roer) / mói (de moer) / remói (de remoer)
3.1.5.4. FALSOS DERIVADOS
a) Os verbos querer e requerer apresentam muitas diferenças em suas conjugações.
	PRESENTE DO INDICATIVO
	PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
	PRETÉRITO PERF. INDICATIVO
	PRETÉRITO IMPERF. SUBJ.
	Querer
	Requerer
	Querer
	Requerer
	Querer
	Requerer
	Querer
	Requerer
	Quero
Queres
Querem
Queremos
Quereis
Querem
	Requeiro
Requeres
Requer
Requeremos
Requereis
Requerem
	Quisera
Quiseras
Quisera
Quiséramos
Quiséreis
Quiseram
	Requerera
Requereras
Requerera
Requerêramos
Requerêreis
Requereram
	Quis
Quisestes
Quis
Quisemos
Quisestes
Quiseram
	Requeri
Requereste
Requereu
Requeremos
Requerestes
Requereram
	Quisesse
Quisesses
Quisesse
Quiséssemos
Quisésseis
Quisessem
	Requeresse
Requeresses
Requeresse
Requerêssemos
Requerêsseis
Requeressem
b) Os verbos ver e prover também apresentam muitas diferenças em suas conjugações.
	PRESENTE DO INDICATIVO
	PRESENTE DO SUBJUNTIVO
	PRETÉRITO PERF. INDICATIVO
	PRETÉRITO IMPERF. SUBJ.
	Ver
	Prover
	Ver
	Prover
	Ver
	Prover
	Ver
	Prover
	Vejo
Vês
Vê
Vemos
Vedes
Veem
	Provejo
Provês
Provê
Provemos
Provedes
Proveem
	Veja
Vejas
Veja
Vejamos
Vejais
Vejam
	Proveja
Provejas
Proveja
Provejamos
Provejais
Provejam
	Vi
Viste
Viu
Vimos
Vistes
Viram
	Provi
Proveste
Proveu
Provemos
Provestes
Proveram
	Visse
Visses
Visse
Víssemos
Vísseis
Vissem
	Provesse
Provesses
Provesse
Provêssemos
Provêsseis
Provessem
3.1.6. LOCUÇÃO VERBAL
É o conjunto de 2 ou mais verbos que foram uma unidade. A estrutura da perífrase (ou locução) verbal é formada por um verbo principal (sempre o último, o qual termina a transitividade) e por verbo(s) auxiliar(es), em que poderá ocorrer ou não flexão.
O candidato só poderá sair 60 minutos após o início da prova.
Temos estudado com dedicação para a prova.
Infelizmente, costuma haver confrontos entre torcidas nos clássicos de futebol.
3.1.7. VOZES VERBAIS
3.1.7.1. ATIVA
Ocorre quando a ação verbal for praticada pelo sujeito do verbo. Ex.: O veterinário vacinou o cachorro. Nesse exemplo, o sujeito ‘o veterinário’ praticou a ação de ‘vacinar’ o cachorro.
3.1.7.2. PASSIVA
Ocorre quando a ação verbal for sofrida pelo sujeito do verbo. Ex.: O cachorro foi vacinado pelo veterinário. / Vacinou-se o cachorro. A voz passiva subdivide-se em:
a) Analítica: formada pela estrutura ‘verbo(s) auxiliar(es) + verbo principal no particípio’ = locução verbal de voz passiva. Ex.: O cachorro foi vacinado pelo veterinário. (foi vacinado = locução verbal de voz passiva).
b) Sintética (ou pronominal): sempre ocorrerá com a estrutura formada por um VTD seguido da partícula ‘se’, denominada pronome apassivador. ‘VTD + se (pronome apassivador). Ex.: Vacinou-se o cachorro. (‘vacinou’ = VTD; ‘se’ = pronome apassivador). Vacinaram-se os cachorros. Com o acréscimo da partícula apassivadora ‘se’, o termo que antes desempenhava a função de OD passará a desempenhar a função de sujeito. Sendo assim, a concordância do verbo com este elemento é obrigatória. Ex.: Vacinaram o cachorro. (‘o cachorro’ = OD). Vacinaram-se os cachorros. (‘os cachorros’ = sujeito).
A TRANSPOSIÇÃO DE VOZ VERBAL
· Da ativa para passiva: (1º) o OD da ativa torna-se o sujeito da passiva; (2º) o tempo verbal da voz ativa permanece inalterado na voz passiva; (3º) o sujeito da ativa torna-se agente da passiva.
DICAS:
1) A voz ativa sempre terá um verbo a menos do que a voz passiva analítica.
2) A transposição da voz verbal somente será possível quando o verbo da ativa for VTD ou VTDI.
ATENÇÃO:
1) Se houver OD preposicionado na voz ativa não haverá transposição de voz verbal, e a partícula ‘se’ é classificada como índice de indeterminação do sujeito (IIS). Ex.: Louva-se a Deus. Temos um VTD e um OD preposicionado. Assim, a partícula ‘se’ será IIS.
2) Nesse mesmo sentido, é vedada a transposição de voz verbal com verbos VTI, VI e VL. Nesses casos, a partícula ‘se’ também deverá ser classificada como IIS. Ex.: Precisa-se de empregados. Temos um VTI e um OI, portanto ‘se’ é IIS. Morre-se de tédio nos Alpes. Temos um VI, um adjunto adverbial de causa (‘de tédio’) e um adjunto adverbial de lugar (‘nos Alpes’). Assim, ‘se’ é IIS. Em ambos os exemplos, o sujeito é indeterminado.
· Da voz passiva para a ativa: (1º) o agente da passiva torna-se sujeito da ativa; (2º) o tempo verbal da voz passiva permanece inalterado na voz ativa; (3º) o sujeito da passiva torna-se OD da ativa.
DICA: A voz passiva analítica sempre terá um verbo a mais do que a voz ativa.
ATENÇÃO: Na transposição da passiva sintética

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