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CONSIDERAÇÕES SOBRE A OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO MOVELEIRA EM FÁBRICAS DE PEQUENO PORTE 
Thiago Alves Gallacio]
DESENVOLVIMENTO
As empresas, independente do porte, tendem a buscar a utilização máxima de seus recursos no intuito de se garantir índices elevados de produtividade, manter um padrão de qualidade que corresponda aos anseios dos seus clientes e, como consequência, obter maior lucro. Mas, para uma organização que tenha à disposição um amplo espaço e uma gama de recursos disponíveis para realizar todo o planejamento, bem como, efetuar toda a questão pertinente ao layout e outros importantes pontos, aparentemente, é bem mais simples do que o caso de empreendimentos de menor porte (BARROS; FILHO, 1999; CAROLINO; CERVI, 2013;
Nesse sentido, as particularidades que envolvem as fábricas de pequeno porte, mais especificamente as ligadas à produção moveleira - objeto de discussão no presente trabalho - parecem necessitar de uma atenção bastante especial para que se tenha a maximização da produção e a garantia de qualidade, a fim de que possa se ter garantia de mercado tanto em escala local/regional quanto as outras possibilidades de atingir mercados ainda maiores.
	Vale um adendo de que o setor moveleiro - dados gerais - é bastante importante para a economia do País e gera mais de 235 mil empregos diretos e indiretos e, um olhar para o setor, ainda que especificamente para as que se enquadram em fábricas de pequeno porte, tende a possibilitar alguma contribuição para que, o importante número e toda movimentação econômica do setor possa crescer ainda mais e trazer cada vez mais benefícios no que tange à economia (BRAINNER, 2018). 
As fábricas moveleiras de pequeno porte, logo no início do planejamento para a realização da sua produção deve considerar, segundo Alem e Morabito (2013, p. 111) que "o setor responsável pelo planejamento e controle da produção de tomar algumas decisões referentes às políticas de produção, estocagem e distribuição de móveis ao longo de um horizonte de planejamento finito". Essa consideração do espaço, da melhor forma de se implantar a layout de forma fluida, que se evitem gargalos referentes à perda de tempo, de materiais e outras possíveis questões pode significar um desafio se não se tiver uma visão ampla de otimização do uso do espaço (ALEM; MORABITO, 2013).
Pois, além dos espaços de produção, a área de estoque de materiais, possivelmente, não comporte tanto material de reserva. Assim, um amplo diálogo e controle entre os setores que aceitam as encomendas ou que decida qual produto será fabricado, deverá ser muito claro e conciso, pois, uma vez que se considere, por exemplo, a elaboração de uma cozinha planejada - desde a parte em que se fabrica a parte mais bruta até aos detalhes dos estofados das cadeiras, puxadores de armários e gavetas, por exemplo - a variedade de materiais a serem estocados, os maquinários e ferramentas para tal realização deverão ser bastante compatíveis, estarem dispostos de forma que garanta a fluidez do trabalho e a produção terá que ser bastante assertiva e organizada, pois, eis um desafio no exemplo: modelos planejados que levarão em questão tantos materiais e tamanhos diversos podem ser um grande entrave à aceleração da produção e irá requerem uma certa padronização de peças para que, ao final, só se realize algumas adaptações para o cliente final (BARROS FILHO, 1999; ALEM; MORABITO, 2013; CAROLINE; CERVI, 2013).
De forma correlata ao exposto anteriormente, o fato da observação minuciosa de toda a estrutura do processo - até mesmo a previsão de como essa ocorrerá - permitirá que se tenha uma fabricação sem grandes problemas ou, até mesmo, sem nenhum problema, além de que, uma vez respeitada as questões de prazo de entrega, qualidade final e redução de perdas de materiais, agregará tanto à questão de satisfação do cliente, o que fortalecerá a competitividade no mercado e poderá apontar para maiores condições de se ter mais lucro (CUSTÓDIO, 2015). 
A literatura apontou que há ainda um determinado conservadorismo por parte dos tomadores de decisão no âmbito dessas pequenas fábricas, pois muitas vezes, como é uma empresa familiar (possivelmente, passado de pai para filho) a manutenção de formas de organização do layout produtivo, a repetição de erros que são prejudiciais tanto à qualidade do produto, bem como a questão de velocidade na produção são empecilhos que, não poucas vezes, inviabilizam, por exemplo, a inserção de uma nova proposta que considere modelos matemáticos, bem como, um olhar de crítico de um profissional qualificado para apontar e auxiliar na efetivação de melhorias no processo produtivo e sua otimização (PEREIRA, 2009; CAROLINE; CERVI, 2013). 
Neste sentido, a abertura da organização para a realização de consultorias com especialistas na área produtiva pode ser essencial para que se possa ter um aproveitamento melhor do espaço, organizar melhor a disposição das áreas de trabalho e de estoque de forma que de mais funcionalidade ao espaço fabril é uma necessidade que precisa ser efetuada, também, no contexto das pequenas fábricas, pois, uma vez feito um estudo do local, sugeridas alterações assertivas e essas forem postas em prática, as chances de se tornarem competitivas no mercado serão maiores.
REFERÊNCIAS
ALEM, Douglas; MORABITO, Reinaldo. O problema combinado de planejamento da produção e corte de estoque sob incertezas: Aplicação em fábricas de móveis de pequeno porte. Gest. Prod., São Carlos, v. 20, n. 1, p. 111-133, 2013. 
BARROS FILHO, José Roberto de. Metodologia para implantação e melhoria do Planejamento e Controle da Produção em Pequenas e Médias Empresas. 1999. 139 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia), Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, 1999.
BRAINER, Maria Simone de Castro Pereira. Setor Moveleiro: Aspectos Gerais e Tendências no Brasil e na área de atuação do BNB. Caderno Setorial ETENE, v. 3, n. 34, p. 1-22, 2018. 
CAROLINO, Juliana de Oliveira; CERVI, Roberto. Gestão da Qualidade nas Pequenas Empresas. 2013. 21 f. Monografia (Especialização em Gestão da Qualidade), Universidade Federal do Paraná. Curitiba: UFPR, 2013.
CUSTÓDIO, Marqui Franqui. Gestão da Qualidade e Produtividade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.
PEREIRA, Túlio César Probst. A Indústria Moveleira no Brasil e os fatores determinantes das exportações. 2009. 104 f. Monografia (Graduação em Ciências Econômicas). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, 2009.

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