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Apostila de Estética Facial (13 resumos completos)

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C A M I L A M E D E I R O S
D A S I L V A
B I O M E D I C I N A | 2 0 2 0 . 2
4 º P E R Í O D O  
E S T É T I C A
F A C I A L
A P O S T I L A D E 
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TE
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12 E N V E L H E C I M E N T O C U T Â N E OFATORES INTRÍSECOS E EXTRÍNSECOS
4 P E L EFUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA E
EMBRIOLOGIA
14 T R A T A M E N T O S E S T É T I C O STRATAMENTOS FRENTE AO ENVELHECIMENTO
CUTÂNEO
17 T O X I N A B O T U L Í N I C A IPREVENIR E AMENIZAR RUGAS E LINHAS DE
EXPRESSÃO
22 T O X I N A B O T U L Í N I C A I IDEFINIÇÃO E ASPECTOS FUNDAMENTAIS
27 T O X I N A B O T U L Í N I C A I I IMECANISMO DE AÇÃO DA TOXINA
31 D I L U I Ç Ã O E S E R I N G A SMANUAL DE DILUIÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA
C
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E
35 T E R Ç O M É D I O D A F A C ESORRISO GENGIVAL
32 T E R Ç O S U P E R I O R D A F A C EREGIÕES FRONTAL E GLABELA
37 T E R Ç O I N F E R I O R D A F A C ERÍTIDES PERIORAIS, SORRISO TRISTE E QUEIXO
CELULÍTICO
40 M I C R O T O XTRATAMENTO PARA MELHORAR O ASPECTO
GERAL DA PELE
42 P R O C E D I M E N T O S I N J E T Á V E I STIPOS DE PREENCHEDORES
45 Á C I D O H I A L U R Ô N I C OPROMOVE SUSTENTAÇÃO E A HIDRATAÇÃO
DA PELE
 
4 –
pele 
FUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA. 
 
 
A pele do ser humano é um órgão que 
reveste e delimita o organismo, protegendo-o e 
interagindo com o meio exterior. Sua resistência e 
flexibilidade determinam a sua plasticidade. 
✓ Grande capacidade renovadora e de reparação, 
e de certo grau de impermeabilidade. 
✓ Conservação da homeostasia (termorregulação, 
controle hemodinâmico e produção e excreção 
de metabólitos). 
✓ Função sensorial (sistema nervoso situado na 
derme). 
✓ Função de defesa contra agressões físicas, 
química e biológicas (a ceratinização, o manto 
lipídico e o sistema imunológico). 
A pele possui arquitetura distinta em diferentes 
regiões anatômicas, como: 
→ Variações em sua extensão (áreas mais 
finais e outras mais grossas) 
→ Sulcos e saliências (a palma da mão e a 
planta do pé tem mais) 
→ Pregas articulares e musculares (algumas 
regiões têm e outras não) 
→ Orifícios pilossebáceos (a face tem grande 
quantidade e as mãos não) 
→ Orifícios sudoríparos (axilas têm bastante) 
→ Cor 
PROTEÇÃO 
A pele tem uma resistência relativa aos 
agentes mecânicos por sua capacidade moldável e 
elástica (fibras colágenas, elásticas e hipoderme). 
✓ No sentido físico, a proteção ocorre por meio 
do sistema melânico, que neutraliza as 
radiações lumínicas ultravioleta e ionizantes 
(parcialmente). 
→ a produção de melanina, além do controle 
genético e ambiental, sofre interferência da 
porção intermediária da hipófise por meio 
do hormônio intermedina, ou MSH. 
✓ A pele mantém o equilíbrio hidroeletrolítico 
devido a sua impermeabilidade à água e aos 
eletrólitos. 
✓ Manutenção do pH ácido (5,4 a 5,6) da camada 
córnea; manto lipídico com atividade 
antimicrobiana; defesa imunológica presente 
na epiderme, pelas células de Langerhans e, na 
derme, à custa de macrófagos, linfócitos e os 
mastócitos. 
PERCEPÇÃO 
Os elementos nervosos que existem, 
sobretudo na derme, possibilitam o 
reconhecimento de sensações como calor, frio, dor 
e tato, o que conduz a um mecanismo de defesa no 
sentido de sobrevivência. 
HEMORREGULAÇÃO E 
TERMORREGULAÇÃO 
 A pele, com seus extensos plexos 
vasculares e corações periféricos (os glomos), 
colabora na manutenção e na regulação do débito 
circulatório. 
✓ Em determinadas ocasiões, o aumento do 
débito sanguíneo periférico é compensado pela 
constrição dos glomos, com desvio da 
circulação para a rede capilar. 
✓ A dilatação dos glomos e a constrição dos vasos 
cutâneos provocam a palidez característica, que 
denuncia a elevada função hemorreguladora da 
pele. 
✓ A termorregulação (ou homeotermia) é mantida 
por um mecanismo comandado pelo centro 
termorregulador por meio das vias do sistema 
nervoso autônomo, levando a vasoconstrição 
ou vasodilatação. 
→ Os vasos sanguíneos são sensíveis a 
norepinefrina e a acetilcolina. As glândulas 
écrinas, que, sob estímulo colinérgico, 
 
5 –
aumentam a sudorese, causando a perda de 
calor. 
SECREÇÃO 
 Como elementos produzidos pela pele, 
destacam-se citoqueratina, a melanina, o sebo e o 
suor, todos com funções definidas e harmônicas. 
EXCREÇÃO 
 As glândulas écrinas secretam água, 
eletrólitos, bicarbonatos, ureia, metais pesado etc., 
à semelhança do rim. 
METABOLIZAÇÃO 
 A pele também sintetiza hormônios, dentre 
eles a testosterona e di-hidrotestosterona, que têm 
um papel muito importante na alopecia 
androgenética, na acne e no hirsutismo. A pele tem 
também uma ação decisiva na síntese e na 
metabolização da vitamina D. 
 
 
 A pele é constituída por três camadas: a 
epiderme, a derme e a hipoderme. A transição entre 
a epiderme e a derme é denominada junção 
dermoepidérmica ou zona da membrana basal. 
 
 
 
 
 
 
É um tecido epitelial estratificado 
queratinizado, com variações estruturais e 
funcionais. É constituída por: 
✓ Sistema ceratinocítico, composto por 
células epiteliais denominadas 
queratinócitos responsável pelo corpo da 
epiderme e de seus anexos (pelos, unhas e 
glândulas); 
✓ Sistema melânico, formado pelos 
melanócitos; 
✓ Células de Langerhans, com função 
imunológica; 
✓ Células de Merkel, integradas ao sistema 
nervoso; 
✓ Células dendríticas indeterminadas, com 
função mal definida. 
SISTEMA QUERATINIZADO 
 Contém 80% das células epidérmicas, é 
caracterizado por sua constante renovação. A 
multiplicação celular dos queratinócitos da sua 
camada mais profunda, a camada basal, permite 
que as células que, a seguir, se modificam 
(diferenciação) e migram para a superfície, 
formando a camada espinhosa (ou de Malpighi); as 
células da camada granulosa, após um período de 
Figura 1: Histologia normal da pele. 
Seta amarela: epiderme 
Setas brancas: folículo piloso 
Seta preta: glândula sebácea 
Seta vermelha: vaso sanguíneo 
Seta azul: glândulas sudoríparas écrinas 
 
 
6 –
tempo, transformam-se em células anucleadas, os 
corneócitos, sendo então eliminadas para o meio 
ambiente na camada mais externa da epiderme, a 
camada córnea. 
 
 
 
 
 Os queratinócitos participam ativamente 
dos processos inflamatórios e imunológicos, seja 
como células-alvo (psoríase, lúpus eritematoso, 
líquen plano), seja como secretores de citocinas, 
neuropeptídios e outros mediadores. Também são 
capazes de produzir substâncias com ação 
autócrina, parácrina e, em situações muito 
especiais, endócrinas. 
✓ As substâncias são: mediadores inflamatórios, 
reguladores do crescimento ou da diferenciação 
celular, neuropeptídios, neuro-hormônios e 
outros mediadores. 
CAMADA BASAL 
 É a camada celular mais profunda da 
epiderme, sendo fundamental na formação e 
manutenção da junção dermoepidérmica. Possui 
uma única fileira de queratinócitos justapostos, a 
maioria com capacidade de multiplicação (células 
germinativas). 
CAMADA ESPINHOSA (OU DE 
MALPIGHI) 
 Os queratinócitos, ao deixaram a camada 
basal rumo à superfície, sofrem contínuas 
modificações morfológicas, moleculares e 
histoquímicas, passando a ser poligonais, de 
citoplasma acidófilo e ricos em desmossomos, 
sendo denominadas células espinhosas ou células 
de Malpighi. 
 
 
 
 
 
 
CAMADA GRANULOSA 
 As células, ao deixarem a camada espinhosa 
em direção à superfície, formam algumas fileiras 
que se apresentam repletas de grânulos basófilos de 
cerato-hialina no citoplasma, constituindo a 
camada granulosa. 
✓ Caracteriza-se por grande atividade metabólica, 
objetivando a síntese dos elementos necessários 
Figura 2: Camada da epiderme. 
Seta preta: camada córnea 
Seta branca: camada granulosa 
Seta amarela: camada espinhosa ou de 
Malpighi 
Seta azul: camada basal 
Seta azul: glândulas sudoríparas écrinas 
 
ANOTAÇÃO: Embora os desmossomos (nódulosde 
Bizzozero) estejam presentes em toda a epiderme, é 
na camada espinhosa que se mostram mais 
numerosos. O desmossomo é uma modificação da 
superfície celular, cálcio-dependente, responsável 
pela adesão intercelular, está presente entre os 
queratinócitos de toda a epiderme e é formada por 
uma placa desmossômica na parte interna na 
membrana celular. 
 
7 –
ao processo final da cornificação, que resulta 
no súbito surgimento da camada córnea. 
 Esses elementos são armazenados, em 
grande quantidade, na sua forma pré-
ativada, tanto no interior de organelas 
como livremente. 
✓ Os grânulos lamelares contêm no seu interior 
glicoproteínas, ácidos graxos, fosfolipídios, 
glicosilceramidas e colesterol; o conteúdo 
desses grânulos são liberados no espaço 
intercelular durante a transição súbita da 
camada granulosa para a córnea. 
 Os lipídios são transformados em 
ceramida, colesterol, ácidos graxos, 
esfingosina livre, sulfato de colesterol, 
ésteres do colesterol e triglicerídeos. 
 Todos esses se depositam em forma de 
bainha dupla em torno de cada 
corneócito, originando a grande 
barreira lipídica à passagem de água e 
substâncias polares da epiderme, 
principal responsável por sua relativa 
impermeabilidade, e, quando chegam 
à superfície, compõem, com o sebo, o 
manto lipídico da pele. 
CAMADA CÓRNEA 
 É a camada mais externa da epiderme, 
constituindo o limite entre o indivíduo e o meio 
ambiente. 
✓ Suas células são acidófilas e extremamente 
planas, sendo as células mais largas do 
organismo, tornando possível a sua 
descamação e a mobilidade da região sem 
provar dano à integridade do tecido. 
✓ O surgimento dessa camada é devido a 
diversos eventos celulares: apoptose, 
liberação e ativação da filagrina contida nos 
grânulos de cerato-hialina, extrusão do 
conteúdo dos grânulos lamelares, formação 
do envelope celular do corneócito e 
destruição gradativa dos desmossomos. 
✓ Células mortas, achatadas, anucleadas, 
desidratadas e unidas por 
corneodesmossomos 
✓ Encontram-se em constante descamação 
✓ Renovação em média a cada 27 dias 
 
 
• Filigrina: hidrofóbica, responsável pela 
união de corneócitos. 
• Corneócito: hidrofílico. 
 
✓ O estrato córneo funciona como uma barreira 
física e química ao meio ambiente, pois cada 
célula é envolvida num cimento intercelular 
predominantemente por lipofílico, constituído 
por colesterol, ceramidas, ácidos gordos, 
triglicerídeos, queratina, fatores naturais de 
hidratação (FNH) e água. 
FATOR NATURAL DE 
HIDRATAÇÃO – FNH 
✓ Presente no interior dos corneócitos; 
✓ Moléculas com grande capacidade de reterem 
água (capacidade higroscópica). 
✓ Desta forma garantem a manutenção da 
hidratação cutânea e manutenção de uma pele 
sã. 
JUNÇÃO DERMOEPIDÉRMICA 
 A epiderme e a derme unem-se de maneira 
sinuosa e interpenetrante, isto é, a epiderme penetra 
na derme por meio dos cones interpapilares, e a 
derme projeta-se na epiderme pelas papilas 
dérmicas. A interface entre a epiderme e a derme é 
conhecida como junção dermoepidérmica ou zona 
da membrana basal. 
 
 
✓ MELANÓCITO - 
• Os melanócitos são células dendríticas. 
• Produtores do pigmento intrínseco da pele, a 
melanina. 
→ a melanina é responsável pela absorção 
e difusão da RUV. 
 
 
8 –
Melanossomos 
Melanócitos 
Queratinócitos 
• Encontrados em maior proporção na 
camada basal. 
• Cada melanócito relaciona-se com, 
aproximadamente, 36 queratinócito, para os 
quais transfere o seu pigmento, 
constituindo, assim, a unidade 
epidermomelâmica. 
• O que varia por determinação genética é o 
número, a morfologia, o tamanho e a 
disposição de melanossomos. 
→ Elípticos quando produzem eumelanina 
(marrom ou negra). 
→ Esferoides se produzem feomelanina 
(amarelo-vermelha). 
 
 
 
 
 
 
 
✓ CÉLULAS DE LANGERHANS E 
CÉLULAS INDETERMINADAS - 
 Na epiderme, podemos encontrar duas 
outras células dendríticas: as células de 
Langerhans (coradas pelos sais de ouro) e as 
células dendríticas indeterminadas. 
• A CÉLULA DE LANGERHANS 
→ Compõe o sistema imunológico da pele. 
→ Originada na medula óssea. 
→ Célula apresentadora de antígenos; em 
seu estágio não ativado tem ação 
fagocítica. 
→ Pequenas estruturas denominadas 
grânulos de Birbeck, que funcionam 
como fagolisossomos. 
→ Encontram-se em números reduzidos em 
condições como psoríase, sarcoidose, 
dermatite de contato e após irradiação 
com luz UV (nesse último caso ocorre a 
perda funcional). 
→ Podem ser encontradas, principalmente 
na epiderme, e em outros epitélios 
(mucosas), órgãos linfoides (baço, timo e 
linfonodos) e na derme normal. 
 
 
 
 
• CÉLULAS DENDRÍTICAS INDETERMINADAS 
→ Não contém melanossomos nem grânulos 
de Birbeck. 
→ Alguns autores julgam que essas células 
possam dar origem a melanócitos ou a 
células de Langerhans. 
 
✓ CÉLULA DE MERKEL - 
• Relativamente rara e aparentemente 
derivada de uma célula-tronco epidérmica. 
Figura 3: Pele – célula de Langerhans. 
N: núcleo 
C: corpúsculos de Langerhans 
G: complexo de Golgi 
M: mitocôndrias. 
 
 
9 –
• Funciona como um tipo de mecanorreceptor 
de adaptação lenta em locais de alta 
sensibilidade tátil 
• Parece ser estimulada pela deformação nos 
queratinócitos adjacentes provocada por 
contatos externos. 
• Em determinadas localizações, organiza-se 
em estruturas especializadas denominadas 
discos táteis. 
 
 
A derme é uma camada de tecido conjuntivo 
composta por um sistema integrado de estruturas 
fibrosas, filamentosas e amorfas, na qual são 
acomodados vasos, nervos e anexos epidérmicos. 
 células residentes: fibroblastos, histiócitos, 
células dendríticas e mastócitos. 
 células encontradas em número variável e de 
forma transitória: linfócitos, plasmócitos e 
outros elementos celulares do sangue. 
✓ Tecido de suporte para Epiderme 
✓ Preenche o espaço entre as células e fibras 
✓ Atua como lubrificante 
✓ Previne a penetração de partículas e 
microrganismos 
✓ Veículo de difusão de substâncias por via 
sanguínea 
CAMADA DA DERME 
• Papilar ou superficial 
→ Formada por Tecido conjuntivo frouxo; 
→ Conecta a derme a epiderme; 
→ Os receptores do toque; 
→ Favorece a transferência de nutrientes. 
• Reticular ou profunda 
→ Formada por Tecido conjuntivo denso 
não modelado; 
→ Camada mais profunda da derme; 
→ Base dos folículos pilosos, glândulas, 
vasos sanguíneos e linfáticos, 
terminações nervosas. 
 
FIBRAS DA DERME 
• Colágeno 
→ Corresponde a aproximadamente 75% do 
peso seco da derme; 
→ Fornece resistência e elasticidade ao 
tecido; 
→ Contém 28 tipos; 
→ Colágeno tipo I – Derme reticular. 
→ Colágeno tipo II e III – Derme papilar. 
→ Colágeno IV – vasos e nervos. 
• Elastina 
→ Estão presentes em quase todos os órgãos 
em proporções variáveis; 
→ Essas fibras formam uma rede que se 
estende da junção dermoepidérmica ao 
tecido conjuntivo da hipoderme, estando 
presentes também na parede dos vasos e 
em torno do folículo piloso – Na pele; 
→ São encontradas na derme papilar e 
reticular; 
→ São constituídos por elastina e fibrilina. 
 
 
São estruturas que surgem de modificações 
da epiderme ainda na vida embrionária; são elas: 
folículo pilossebáceo, glândulas sudoríparas e 
unhas. 
FOLÍCULO PILOSO 
→ Forma-se na vida embrionária como uma 
projeção de queratinócitos modificados 
(tricócitos) para dentro da derme; 
→ Os folículos pilossebáceos existem em toda a 
pele, exceto nas regiões palmoplantares e em 
algumas regiões da genitália. 
→ Apresentam variações regionais 
• assim, no couro cabeludo e púbis, os 
pelos são terminais (grossos), com 
glândulas sebáceas também bem 
desenvolvidas 
 
 
 
10 –
• na face predomina o pelo tipo velo ou 
lanugo (fino), com glândulas muito 
desenvolvidas 
• e, nas extremidades, o predomínio é de 
pelo tipo velo e glândulas sebáceasmuitos pequenas. 
 
 
 
 
 
GLÂNDULA SUDORÍPARA 
→ Origina-se, na vida embrionária, de 
brotamentos epidérmicos. 
→ Responsável pela termorregulação do corpo 
humano em decorrência da perda 
evaporativa de calor. 
→ Reparação da epiderme. 
→ Está distribuída por toda a pele, com maior 
densidade nas regiões palmoplantares. 
→ Estão sob controle hipotalâmico, utilizando 
como neurotransmissor, a acetilcolina: A 
acetilcolina estimula a secreção do suor e a 
contração das células mioepiteliais, 
promovendo a sudorese, que atinge, em 
média, 100 mL/dia em uma pessoa bem 
aclimatizada. 
→ Contribui na constituição da porção aquosa 
do filme hidrolipídio (FHL). 
 
 
GLÂNDULAS SEBÁCEAS 
→ Responsáveis pela produção e libertação de 
sebo. 
→ O sebo colabora na formação do manto 
lipídico com atividade microbiana, 
emulsificadora de substâncias e de barreira 
protetora. 
→ Permite a lubrificação do pelo e da pele. 
→ Constitui a fase oleosa do Filme 
Hidrolipídico. 
→ São ativadas pela puberdade. 
→ Podem ser estimuladas pelo consumo de 
certos alimentos e pela testosterona 
endógena. 
Figura 4: Histologia normal do couro cabeludo 
Setas pretas: bulbo 
Seta branca: acrotríquio 
Seta amarela: istmo 
Seta azul: infundíbulo 
Seta vermelha: glândula sebácea 
Seta verde: músculo eretor do pelo 
 
 
11 –
 
UNHAS 
As unhas são lâminas de citoqueratina que 
recobrem as falanges, e originam-se na matriz 
ungueal. 
 
FILME HIDROLIPÍDICO DA 
PELE – FHL 
→ Consiste numa emulsão que reveste toda a 
superfície do nosso corpo de forma 
invisível; 
→ Protege contra desidratação; 
→ Estabelece uma barreira contra agressores 
externos; 
→ Manutenção da acidez da pele; 
→ Manutenção da presença da flora saprófita 
da pele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
envelhecimento cutâneo 
EVIDENCIAR OS DANOS PROVOCADOS À PELE POR FATOES INTRÍSECOS E EXTRÍNSECOS. 
 
 Com o avanço da idade, a pele começa a 
sofrer alterações que modificam seu aspecto 
gradativamente caracterizando o envelhecimento 
cutâneo. O envelhecimento facial tem mecanismo 
fisiológico específico e acomete visivelmente a 
pele do rosto e as estruturas subjacentes, trazendo 
alterações inestéticas e funcionais para a imagem e 
para a expressão fácil. 
 fase de declínio funcional: 60 anos, de acordo 
com a OMS. 
Classificado em dois tipos: 
 
 
 O envelhecimento intrínseco ocorre por 
fatores genéticos e hereditários que o indivíduo não 
consegue controlar. Trata-se da modificação 
estrutural e funcional das células, em razão da 
passagem do tempo, também chamado de 
envelhecimento cronológico. 
 a pele envelhecida intrinsecamente é lisa e 
sem deformações, com linhas de expressão 
acentuadas, mas com preservação dos padrões 
geométricos normais. 
 As alterações que determinam o 
envelhecimento facial intrínseco não são 
obrigatoriamente de origem cronológica. 
Fatores como hereditariedade, tipo de pele, 
doenças e hábitos diários apresentam grande 
influência no desgaste natural do corpo. 
 Diminuição da hidratação, palidez, menor 
elasticidade e extensibilidade cutânea, rugas, 
rarefação e branqueamento dos pelos, dobras 
gravitacionais, diminuição do tônus muscular, 
distribuição irregular do panículo adiposo da 
face, diminuição da renovação e 
queratinócitos, da termorregulação, da 
resistência imunológica e menor resistência 
da pele a agressões físicas externas. 
 
 Diminuição da capacidade de divisão celular; 
 Diminuição da síntese da matriz dérmica; 
 Aumento do número de enzimas capazes de 
destruírem a matriz de colágeno; 
 Alteração a nível de DNA. 
 
 
A pele, diferentemente dos outros órgãos, não 
envelhece harmoniosamente, pois a exposição às 
intempéries do ambiente externo torna o processo 
de envelhecimento mais rápido e maior nas áreas 
expostas, levando ao chamado envelhecimento 
precoce. 
 O envelhecimento extrínseco está relacionado 
com a inevitável passagem do tempo e as 
condições que surgem ao longo da vida, 
provocadas principalmente por fatores externos 
que se sobrepõem ao envelhecimento 
intrínseco. 
 Ocorre principalmente pela exposição contínua 
e excessiva à radiação solar, sendo denominado 
fotoenvelhecimento. 
 Radiações ultravioleta e ionizantes, ozônio e 
poluentes ambientais que podem, 
deleteriamente, aumentar o estresse oxidativo, 
levando a um processo degenerativo mais 
precoce. 
 
13 –
• Alterações do sistema tegumentar 
com o envelhecimento intrínseco. 
 
 
 
 
 
 
 
• Alterações do sistema tegumentar 
com o envelhecimento extrínseco. 
 
 
 
 
14 
tratamentos estéticos 
TRATAMENTOS ESTÉTICOS FRENTE AO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO. 
 
 
 O avanço da tecnologia e as constantes 
pesquisas na área cosmetológica têm gerado 
cosméticos cada vez mais eficientes nos 
tratamentos estéticos. 
 
// 
O termo peeling significa esfoliar, em 
inglês. A esfoliação pode se caracterizar por um 
peeling superficial, na qual é feita a remoção de 
parte da pele, induzindo a regeneração dos tecidos 
com a finalidade de promover a renovação celular, 
proporcionando assim uma pele clínica e 
esteticamente melhor. 
Os peelings são classificados em: 
✓ PEELING FÍSICO - 
Esse peeling é um processo de arraste de 
células mortas através de substâncias abrasivas; 
 essas substâncias podem ser veiculadas em 
cremes, gel, gel-creme ou até mesmo 
loções. 
 sua aplicação consiste em submeter a pele 
ao esfregaço com massagens suaves e 
ligeira pressão. 
✓ PEELING MECÂNICO - 
Esse peeling usa aparelhos, como laser. 
 Peeling de cristal: utilizam-se cristais de 
polietileno ou alumínio jateados para 
“lixar” a pele. 
 Peeling de diamante: em que uma ponteira 
em forma de lixa, associada a um vácuo, é 
passada levemente na pele com o propósito 
de causar um “lixamento! superficial. 
 
✓ PEELING QUÍMICO - 
Esse peeling é realizado por agentes químicos, 
geralmente ácidos orgânicos com variadas 
concentrações, promovendo inteira renovação 
celular, podendo ocorrer lesão na pele seguida de 
epitelização. 
 acelera o turn over celular; 
 reduz a coesão entre as células; 
 promove lise de proteínas não-específicas; 
✓ PEELING BIOLÓGICO - 
Esse peeling promove lise de proteínas 
específicas, como colágeno e melanina. As 
principais enzimas empregadas são a bromalina e a 
papaína, mas, atualmente, esse tipo de peeling não 
é muito utilizado pelo fato de o seu resultado ser 
muito pobre. 
 o propósito de seu uso é remover a capa 
córnea para estimular a produção de novas 
células. 
✓ PEELING VEGETAL - 
Esse peeling é ideal para peles sensíveis, em 
que o ácido não é tolerado. Utiliza-se géis que ao 
evaporar, formam grumos que durante as 
massagens carreiam as células mortas do extrato 
córneo, deixando a pele limpa e macia. 
 pouco utilizado na dermatologia por 
promover um peeling muito fraco em 
relação à esfoliação superficial. 
 Mais comumente usado em áreas 
ressecadas, como joelhos, cotovelos, pés e 
mãos. 
 
 
 
 
15 –
 
 
 Ou Terapia de Indução de Colágeno, é uma 
técnica promissora no ramo da estética, com 
excelentes resultados em afecções como cicatrizes 
de acne, flacidez cutânea, estrias, rugas, manchas, 
sequelas de queimadura, entre outras. 
 essa técnica de microagulhamento é 
realizada por meio de múltiplas perfurações 
na pele que tem como principais objetivos 
gerar microlesões cutâneas e, 
consequentemente, induz intensa produção 
de colágeno. 
 também potencializa a permeação de 
medicamentos e/ou cosméticos de uso 
tópico. 
 
 A TÉCNICA 
• Movimentos direcionados; 
• 10 a 15 passadas numa mesma direção; 
• Quatro cruzamentos. 
• É indicado para rugas; linhas de expressão; 
cicatrizes de acne; cicatrizes de varicela ou 
catapora; cicatrizesde queimadura; estrias; 
alopecias; manchas; melasmas. 
 
CONTRAINDICAÇÕES 
• Pele sensível; 
• Gravidez; 
• Rosácea ativa; 
• Uso de isotretinoína; 
• Eritema solar; 
• Infecções cutâneas; 
• Diabetes descompensado; 
• Doença neuromuscular; 
• Distúrbios na coagulação do sangue; 
• Corticoteparia; 
• Uso de anticoagulante; 
• Alergia a metal. cosmético. 
 
 
Indicadas no tratamento em que o objetivo seja 
produzir colágeno, principalmente em casos de 
flacidez da pele, rugas, cicatrizes acneicas etc. 
Pode causar efeitos biológicos: 
 Hiperemia cutânea e profunda; 
 Efeito anticoagulante; 
 Diminuição da pressão arterial; 
 Aumento ou diminuição da elasticidade dos 
tecidos ricos em colágeno; 
 Neocolagenogênese e Neoelastogênese; 
 Lipólise; 
 Aumento do metabolismo; 
 
16 –
INDICAÇÕES 
 Flacidez cutânea; 
 Fibroses e aderências; 
 Acne em fase cicatricial; 
 FEG; 
 Rugas faciais; 
 Adiposidade localizada; 
CONTRAINDICAÇÕES 
 Gestantes; 
 neoplasias; 
 Portadores de marca-passo; 
 Peles com transtornos circulatórios 
(varizes); 
 Condições hemorrágicas; 
 Diabéticos; 
 Infecções sistêmicas ou locais; 
 Alterações de sensibilidade; 
 Uso recente de peeling químicos, 
biológicos; 
 
 
Consiste em aplicações diretamente na região a 
ser tratada de injeções intradérmicas de substâncias 
farmacológicas muito diluídas. 
SKINBOOSTERS X HIDRATAÇÃO 
CUTÂNEA 
 É uma técnica que utiliza o ácido 
hialurônico, estimulando a produção de colágeno e 
elastina e promovendo a retenção hídrica da pele. 
 3 sessões – intervalo de 30 dias. 
 Manutenção semestral ou anual; 
 Técnica que utiliza vários ativos: colágeno, 
elatina, silício. 
 
 
Em geral, o mecanismo de ação dos lasers é 
através da produção de calor. Pequenas elevações 
de temperaturas produzem: 
 elevações entre 60ºC e 85ºC – coagulação. 
 acima de 85ºC – carbonização. 
 Vaporização ocorre com temperatura próxima 
aos 100ºC. 
O laser de CO2 emite uma luz com 
comprimento de onda de 10.600nm, que é 
fortemente absorvida pela água tecidual. A 
vaporização ocorre quando o laser atinge a pele, 
através do aquecimento muito rápido da água – 
fenômeno que gera a ablação. 
 O laser de CO2 produz rejuvenescimento da 
pele através da ablação (remoção da pele 
fotolesada), contração de colágeno e 
neocolagênese. 
 Fotoenvelhecimento severo, tratando as lesões 
pigmentadas, melhorando as ceratose actínicas 
e provocando a contração do colágeno. 
 Os resultados são excelentes após uma única 
sessão. 
 Sendo a técnica muito agressiva, o pós é longo 
e desconfortável, com risco relativamente alto 
de cicatrizes. Não deve ser feito nas épocas de 
maiores radiações solares, o que nem sempre é 
possível evitar em algumas regiões no Brasil. 
 
–
 
 
 
17 
toxina botulinica 
UTILIZADA PARA PREVENIR OU AMENIZAR RUGAS E LINHAS DE EXPRESSÃO
 
 
 Para se alcançarem os melhores resultados, 
a boa técnica de aplicação exige: 
• conhecer a anatomia e a fisiologia muscular, 
para assim definir os pontos exatos de injeção. 
• respeitar os cuidados inerentes a qualquer 
procedimento cirúrgico. 
• treinar e dominar a técnica de injeção. 
• manusear corretamente o produto. 
• evitar altas diluições que aumentem o 
desconforto e diminuam a precisão do 
procedimento, além de torná-lo menos 
elegante. 
• mante o paciente em posição confortável. 
• fazer a correta seleção dos pacientes (é 
fundamental conhecer o seu perfil emocional, 
psíquico e avaliar suas expectativas). Se 
possível, não realizar o procedimento em 
pacientes que não estejam sob seu seguimento 
ou logo na primeira consulta. 
• avaliar uso de medicamentos. 
• documentar sempre fotograficamente. As fotos 
pré-tratamento e pós-tratamento possibilitam 
acompanhamento do resultado, planejamento 
de aplicações futuras e também esclarecer 
dúvidas levantadas pelo paciente quanto aos 
resultados alcançados. 
• instruir o paciente a não manipular as áreas 
tratadas por período de 2h. 
• orientar o paciente a também realizar por 2h a 
movimentação muscular das áreas tratadas (há 
evidências laboratoriais de que a absorção da 
toxina possa ser aumentada com a contração 
muscular). 
• evitar hipercorreções – é preferível realizar 
tratamento complementar se e quando 
necessário, entre 15 a 20 dias. 
Atualmente, há consenso de que a injeção da 
toxina botulínica é o melhor recurso para o 
tratamento das rugas do terço superior da face. 
Glabela, região lateral dos olhos e fronte são as 
indicações clássicas. 
O planejamento do tratamento deve levar em 
consideração a avalição anatômica própria de cada 
paciente. 
 
 
Para a completa melhora das linhas glabelares, 
tratamos os músculos corrugadores e depressores 
dos supercílios (responsáveis pelas linhas verticais) 
e também o prócero (responsável pelas linhas 
horizontais). 
Podem ser utilizados 5 a 7 pontos de aplicação. 
Para o músculo prócero, utiliza-se um ponto 
situado na intersecção de 2 linhas, que vão do canto 
interno dos olhos até o rebordo ósseo periorbitário 
na projeção perpendicular do canto interno do olho 
contralateral, com 3 a 6 U Botox® (ou 9 a 18 U 
Dysport®) por ponto. Para os músculos corrugador 
e orbicular ocular medial, usam-se 2 pontos de cada 
lado; o primeiro fica próximo à extremidade medial 
das sobrancelhas, tomando como reparo o rebordo 
ósseo orbitário em uma linha que sobe a partir do 
canto interno dos olhos, e o segundo fica 1 cm 
acima e lateralmente a este (mais pontos podem ser 
aplicados quando se nota um corrugador muito 
extenso); são usadas 3 a 5 U Botox® (ou 9 a 15 U 
Dysport® por ponto. 
 Quando se deseja um leve arqueamento 
das sobrancelhas (principalmente 
mulheres com sobrancelhas 
horizontalizadas), pode ser feita aplicação 
em outro ponto situado na linha 
mediopupilar, 1 a 1,5 cm acima do rebordo 
ósseo orbitário, com 3 a 5 U Botox® (ou 9 
a 15 U Dysport® de cada lado. O músculo 
frontal, por sua ação oponente, pode 
possibilitar tal elevação. 
 
18 –
 
 
 
 
 Também conhecida como pés de galinhas. 
O músculo tratado é o orbicular ocular lateral, 
sempre em arco, a 1 cm do rebordo ósseo orbitário 
e acima do arco zigomático, com 2 ou 3 pontos de 
aplicação a 9 a 15 U Botox® (ou 18 a 45 U 
Dysport®) no total para cada lado. As injeções 
podem ser intramusculares ou intradérmicas 
(preferivelmente por diminuírem o risco de 
sangramento e a formação de equimoses). 
Em pacientes nos quais estas linhas são 
muito extensas por apresentarem espaço trago-
cantal muito longo (músculo orbicular dos olhos 
em faixa mais larga), podemos realizar um segundo 
arco de aplicação, afastando mais 1 cm, com até 2 
pontos nas bissetrizes dos ângulos formados pelos 
pontos anteriores (2 U Botox® ou 6 U Dysport® 
por ponto). 
 
 
 
 Trata-se o músculo frontal, que é o único 
elevador da região do terço superior da face. Por 
esse motivo, na opinião dos autores, é um dos 
maiores desafios e merece muita atenção, exigindo 
cautela para que não haja resultados que levem a 
um aspecto "congelado': de face inexpressiva, com 
perda da naturalidade, ou ainda ptose das 
sobrancelhas. 
O número de pontos deve seguir a 
distribuição das rugas, podendo estar distribuídos 
desde entre uma única linha até 3. 
Muitas vezes, bastam 4 pontos 
equidistantes e em linha reta, a meia distância entre 
a orla do couro cabeludo e as sobrancelhas, não 
ultrapassando a linha mediopupilar ou em forma de 
V, em direção ao couro cabeludo, com 3 a 4 pontos 
de cada lado, sendo o primeiro 1 cm acima das 
sobrancelhas.Não é recomendável tratar as regiões 
laterais e mediofrontal e as injeções podem ser 
intradérmicas. Devem-se utilizar doses menores (2 
a 4 U Botox® ou 6 a 12 U Dysport® por ponto). 
 
 
19 –
 
 
 
 
 
 Além do ponto descrito anteriormente para 
arqueamento das sobrancelhas, é possível obter 
elevaçãoda porção caudal das mesmas com 
aplicação em um ponto na região superior e lateral 
do músculo orbicular ocular (linha perpendicular 
do canto externo do olho, logo acima do rebordo 
ósseo orbitário com 2 U Botox® ou 6 U Dysport® 
por ponto). 
 
 
 Estas linhas distribuídas em V no dorso 
nasal são provocadas pela contração do músculo 
nasal (parte transversa); podem ser tratadas pela 
aplicação 2 a 3 U Botox® ou 6 a 9 U Dysport® por 
ponto em injeção bastante superficial, na porção 
lateral no terço superior do dorso nasal (assim 
evitando afetar a porção alar do músculo elevador 
do lábio superior). 
 
 
 Há casos em que a musculatura depressora 
do nariz pode contribuir na queda da ponta nasal. 
Para obter uma discreta elevação, podemos injetar 
o músculo depressor do septo nasal em um único 
ponto (2 a 3 U Botox® ou 6 a 9 U Dysport®). Além 
disso, é possível notar diminuição do espaço entre 
a columela e o vermelhão do lábio. 
 
 
A toxina botulínica não é um preenchedor e 
os sulcos nasolabiais não podem ser elevados por 
ela. É possível atuar na elevação ativa dos sulcos 
quando ela ocorre pela contração dos músculos 
nasal, elevador do lábio superior e porção alar do 
elevador do lábio. Podem ser utilizados 1 a 2 pontos 
de aplicação (1 a 2 U Botox® ou 3 a 6 U Dysport® 
por ponto) bastante superficiais na porção lateral no 
terço médio do dorso do nariz e aproximadamente 
0,5 cm lateralmente. De qualquer maneira, é 
necessário ter consciência de que o melhor 
tratamento para esta queixa é a técnica de 
preenchimento. 
 
20 –
 
 
 A queixa mais comum não é apenas com 
relação à exposição dos dentes ao sorrir, mas 
também das gengivas. Podemos injetar a toxina 
botulínica em um ponto situado aproximadamente 
0,5 cm lateralmente a asa do nariz, trabalhando 
assim o músculo elevador do lábio superior e 
levantador da asa do nariz. Essa aplicação produz 
um alongamento da porção labial superior e que 
cobre parte da exposição gengival. Cuidado deve 
ser tomado para não atingir o músculo orbicular da 
boca e assim não prejudicar a mastigação e ingesta 
líquida (1 a 3 UBotox® ou 3 a 9 U Dysport® por 
ponto). 
 
 
 Alinhas verticais da porção supralabial são 
evidentes sinais do envelhecimento e nem sempre 
passíveis de correção satisfatória pelas técnicas de 
preenchimento (mesmo quando associadas aos 
tratamentos por peelings químicos ou lasers). 
Devemos trabalhar com doses baixas e os 
pontos costumam ser dispostos ao lado do arco de 
cupido, próximo à junção do vermelhão do lábio e 
da pele. 
Na porção superior, 1 a 2 pontos (0,5 a 2 U 
Botox® ou 1,5 a 6 U Dysport® por ponto) e doses 
ainda menores no lábio inferior (0,5 a 1 U Botox® 
ou 1,5 a 3 U Dysport® por ponto). Ocorre 
relaxamento muscular com menor contração e 
pregueamento da pele. 
 
 
 A correção da depressão das comissuras 
labiais (linhas de marionete). O músculo 
responsável pela "queda'' do ângulo da boca, que 
confere aspecto reconhecido como de tristeza e 
depressão, é o depressor do ângulo da boca, sendo 
facilmente palpável quando se solicita ao paciente 
realizar essa contração. Pode também haver 
participação de fibras do platisma nessa 
movimentação. 
É necessário aplicar uma injeção em cada 
lado, que segue uma trajetória de projeção da linha 
do sulco nasolabial, estendendo-se até perto da 
linha do arco da mandíbula, localizada 
aproximadamente 1 cm acima e ligeiramente 
lateralizada (2 a 4 U Botox® ou 6 a 12 U Dysport® 
por ponto). Respeite sempre a distância da região 
do canto da boca para não atingir o músculo 
orbicular da boca ou o músculo depressor do lábio 
inferior. 
 
 
 É tratado o platisma, que é um músculo 
grande com origem na fáscia superficial da porção 
superior do tórax, clavícula e acrômio. Está 
inserido nos músculos depressores do ângulo da 
boca, porção lateral do músculo orbicular da boca 
e risório. Colabora na retração e depressão do 
ângulo da boca e, se contraído, forma linhas 
horizontais e feixes platismais verticais. A 
aplicação deve sempre ser feita com o músculo 
contraído (injeção precisa), com doses pequenas 
por ponto (3 U Botox® ou 9 U Dysport®), em 3 a 
4 pontos e mais superficialmente. A dose total não 
deve ultrapassar as 40 U Botox® ou 120 U 
Dysport®. É prudente evitar as regiões laterais para 
não atingir o músculo esternocleidomastóideo. 
 
 
 Conforme já exposto, admite-se como 
bastante seguro o emprego da toxina botulínica. No 
entanto, é necessário ressaltar que há situações que 
podem apresentar contraindicação, como: 
• pacientes com expectativas irreais 
• doenças psiquiátricas 
• instabilidade psíquica (medo de toxicidade ao 
perceber o efeito da toxina). 
• infecção no local da aplicação 
• profissão – indivíduos que dependem da 
expressão facial (usar doses menores) 
• gravidez e lactação 
• doenças neuromusculares como miastenia 
gravis, paralisia de Bell 
• hipersensibilitada a componentes da 
formulação (a própria toxina, albumina ou 
solução salina) 
 
21 –
• imunossupressão 
• tratamento concomitante com: antibióticos 
aminoglicosídios, polimixas, tetraciclinas, 
lincomicina, penicilamina, ciclosporina, 
antagonistas do canal do cálcio, quinina. 
• distúrbios da coagulação e tratamento com 
anticoagulantes 
• envelhecimento acentuado com flacidez 
excessiva 
 
 
O uso cosmiátrico da toxina botulínica é feito 
há 2 décadas, sem ocorrência de complicações 
graves devido às doses e volumes mínimos 
empregados. Qualquer efeito indesejável é 
reversível; o principal é a blefaroptose, cada vez 
mais rara. Os riscos têm sido reduzidos pelo melhor 
conhecimento anatômico dos músculos tratados e 
da técnica de aplicação. 
Gerais: 
• dor, eventualmente podendo ser aliviada com 
anestesia tópica, gelo ou estímulos vibratório 
ou tátil na área contígua à aplicação 
• equimose, tratada imediatamente com gelo e 
compressão 
• cefaleia, dados da Food and Drug 
Administration (1989-2003) relatam incidência 
de 5%. Por outro lado, tem sido indicada para 
tratamento da enxaqueca e cefaleia tensional 
• infecção no ponto de aplicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
toxina botulinica 2 
AULA – DEFINIÇÃO E ASPECTOS FUNDAMENTAIS. 
 
 
 A Toxina Botulínica é produzida pela 
bactéria Clostridium bolulinum (bacilo, Gram-
positiva, anaeróbia estrita). Essa bactéria consegue 
produzir esporos resistentes que duram 2h em 
temperatura de 100ºC. 
 botulismo: é uma forma de intoxicação 
alimentar rara, mas potencialmente fatal. 
HISTÓRICO – TB 
• 1870 | Justinus Knust descreve o botulismo; 
• 1897 | Emile Van Ermengem isola o 
Clostridium botulinum; 
• 1920 | Herman Sommer isola a toxina em sua 
forma bruta; 
• 1943 | Na II Guerra mundial estuda-se a TB 
para torná-la uma arma; 
• 1973 | Alan B. Scott publica o primeiro 
trabalho científico sobre o uso oftalmológico 
da toxina botulínica; 
• 1989 | FDA aprova o uso da toxina botulínica 
tipo A (Oculinum ®) para o tratamento de 
estrabismo e blefarospasmo essencial; 
• 1992 | O casal Carruthers publica o primeiro 
trabalho científico sobre o uso da toxina 
botulínica tipo A para tratamento estético das 
rugas glabelares; 
• 1994 | Estudo sobre efeito anidrótico da toxina 
botulínica; 
• 2002 | Aprovação da toxina botulínica tipo A 
(Botox ®) pela FDA para tratamento estético 
das rugas glabelares, dinâmicas, moderadas e 
severas, em adultos de 18 a 65 anos; 
• 2004 | A toxina botulínica é aprovada pela 
FDA para tratamento temporário de 
hiperidrose axilar primária; 
• 2018 | Outros usos cosméticos na face, 
pescoço, colo e correção de assimetrias. 
 
Há pouco mais de 30 anos foi demonstrado 
que sua aplicação intramuscular localizada é capaz 
de produzir uma paralisia duradora, porém 
reversível no músculo injetado. 
 
 
 São linhas, sulcosou depressões que se 
formam na pele ao decorrer do envelhecimento. 
Podem ocorrer em qualquer parte do corpo, sendo 
mais frequentes nas regiões em que a espessura da 
pele é mais fina. 
→ com o tempo, nossa derme não consegue 
mais realizar uma produção tão intensa de 
colágeno e elastina. Logo, nossa derme vai 
afinando e então surge as linhas de 
expressão. 
O sentido das rugas é determinado pela: 
1) Ação muscular; 
2) Hábitos (ocupacional); 
3) Hábitos articulares (dobras como a que separa 
o antebraço do braço); 
4) Por contorno (quando separam áreas de junção 
muscular como a região da bochecha à da 
boca). 
5) Fatores externos: Tabagismo, radiação solar, 
alimentação inadequada, uso de cosméticos 
inadequados, produção de radicais livre, 
genética, atividades ocupacionais com a 
poluição etc. 
RUGAS: MARCAS DE EXPRESSÃO 
 As rugas são um dos sinais aparentes do 
envelhecimento. 
 Musculatura hiperdinâmica: Uma pessoa 
hiperdinâmica comunica-se muito pelas 
expressões faciais. 
Quando a pessoa é jovem, as rugas vêm e vão junto 
com as expressões. E à medida que envelhecemos, 
–
 
23 –
elas tornam-se mais permanentemente gravadas na 
face. Ou seja, durante a juventude, as rugas do 
sorriso aparecem somente ao sorrir ou olhar de 
lado. Quando se envelhece, as linhas permanecem 
mesmo depois da expressão da face já ter se 
desfeito. 
 
 As rugas inicialmente são dinâmicas ou 
momentâneas, mas se tornam permanentes pela 
repetição ao longo do tempo. Enquanto as rugas 
gravitacionais, são consequentes da flacidez da 
pele, culminando com a ptose das estruturas da 
face. 
EXPRESSÃO FACIAL E 
FORMAÇÃO DAS RUGAS 
 
Localização das 
rugas/linhas 
Músculo envolvido Expressão 
Periórbitas Orbicular dos olhos Sorriso, alegria 
Testa Frontal Espanto, atenção 
surpresa 
Linha na porção 
superior do 
nariz 
Prócero Fechamento dos 
olhos ao direciona à 
visão a luz do sol 
Linhas perorais Orbicular da boca Ato de franzir a 
boca, depressão, 
tabagismo, tristeza 
Sulco lábio-
mentual 
Abaixador do 
ângulo labial 
inferior 
Desdém 
Sulco nasolabial Rísorios, bucinador, 
zigomático maior e 
menor 
Sorriso 
 
ORIGEM EMBRIONÁRIA 
O sistema muscular da face e do pescoço é 
desenvolvido a partir da camada mesoderma. Esse 
conjunto de músculos é responsável pelo contorno 
da face, compondo a massa facial e cranial (um 
décimo do peso da cabeça). Os músculos faciais 
são um grupo de cerca de vinte músculos 
esqueléticos planos que se encontram abaixo da 
face da pele. 
Os músculos da face são subdivididos em: 
• Músculos da Mímica 
• Músculos da Mastigação 
• Músculos da Deglutição 
CLASSIFICAÇÃO 
• Terço superior: frontal, orbicular, prócero e 
corrugador do supercílio. 
• Terço médio: zigomático maior e menor, 
levantador do lábio superior, levantador da asa 
do nariz. 
• Terço inferior: orbicular da boca, abaixador do 
ângulo da boca, abaixador do lábio inferior e 
risório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 –
 
 
 
 
 Esse músculo apresenta fibras no sentido 
vertical que formam pregas transversais traduzidas 
como rugas da testa. 
 função: levantar as sobrancelhas, sendo o 
principal agonista do músculo orbicular do 
olho; e junto com o levantador da pálpebra, 
abre a fenda palpebral. 
 
 
 
 
 
 
25 –
 
 
 Tem como função tracionar a sobrancelha 
para baixo e medialmente, produzindo rugas 
verticais na fronte. 
Existe o risco de aplicar no músculo 
orbicular do olho, que é muito fino e superficial. O 
desenvolvimento da ptose palpebral pode acontecer 
quando houve difusão da toxina para o músculo 
levantador da pálpebra superior. 
 
 
 
 Traciona para baixo o ângulo medial da 
sobrancelha e origina as rugas transversais sobre a 
raiz do nariz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Participa do fechamento ativo das pálpebras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Esse músculo é tratado por motivos 
estéticos. O músculo nasal consiste em uma parte 
alar e uma parte transversa. 
 função: A parte superior (parte alar) amplia 
as aberturas nasais (narinas externas), 
reduzindo-se o esforço respiratório. À 
parte inferior e as fibras únicas que vão até 
o septo (parte transversa) também podem 
estreitar as narinas e rebaixar ligeiramente 
a ponta do nariz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 –
 
 
 Participa do fechamento direto dos lábios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É o músculo que, quando está mais atuante, 
mostra sinal de tristeza e/ou envelhecimento. Deve-
se ter muito cuidado para não injetar nos músculos 
vizinhos, destruindo a expressão facial, causando 
assimetrias, comprometendo a fala e levando a 
dificuldade de comer. Aos menos experientes nessa 
aplicação, é aconselhado iniciar com doses 
menores, a fim de se manter a segurança no 
processo. 
 função: o músculo abaixador do ângulo da 
boca puxa os cantos da boca para baixo e, 
assim, suaviza o sulco nasolabial quando 
em movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Frequentemente tratado por motivos 
estéticos. Muitas vezes, seu aspecto é o de casca de 
laranja ou bola de golfe, acentuado pela fala ou pelo 
choro. A musculatura contraída da região é também 
conhecida como celulite do queixo. 
 função: como é um músculo do queixo, sua 
função é puxar o lábio inferior para baixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 –
 
 
 O microrganismo produz diversas 
neurotoxinas, sendo sete sorotipos antigenicamente 
distintos já identificados; dos quais dois são usados 
clinicamente, os sorotipos A e B. 
 O sorotipo A é o mais potente e, por esse 
motivo, é o mais empregado clinicamente. A toxina 
age inibindo a exocitose da acetilcolina nos 
terminais nervosos motores, levando ao bloqueio 
da contração muscular. 
Toxina Botulínica Sorotipo A ou TBA: 
• A TBA é um agente biológico obtido 
laboratorialmente; 
• Substância cristalina estável; 
• Liofilizada em albumina humana; 
• Embalada a vácuo em frasco estéril, para 
ser posteriormente diluída. 
CONTRAÇÃO MUSCULAR 
A contração muscular só ocorre devido a 
liberação do neurotransmissor, acetilcolina, nos 
terminais nervosos motoros. 
ESTRUTURA DA TBA 
 A TBA é composta por uma cadeia 
polipeptídica simples de 150kD. A cadeia pesada 
(100kD) tem afinidade com a placa motora e 
relaciona-se com a internalização da toxina. E a 
cadeia leve (50) bloqueia a liberação da 
acetilcolina. 
 as duas cadeias são ligadas por pontes 
dissulfídicas que a tornam não-tóxica 
permitindo seu uso terapêutico. 
 as cadeias não podem estar desestruturadas 
pois pode ocorrer de perder o efeito 
terapêutico da TBA. Isso acontece quando 
a diluição é feita incorretamente, estoque, 
formação de espumas na diluição. 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
 A TBA inibe a liberação exocitótica da 
acetilcolina nos terminais nervosos motores, 
levando a diminuição da contração muscular. Uma 
vez injetada no músculo a TBA atinge o terminal 
nervoso colinérgico e inicia seu mecanismo de 
ação. 
 Esse mecanismo se faz em três etapas: 
• Ligação ao terminal nervoso colinérgico; 
• Internalização / Translocação; 
• Inibição da liberação (exocitose) do 
neurotransmissor; 
1. Ligação ao terminal nervoso colinérgico; 
A TBA se liga a um receptor de alta afinidade 
predominantemente encontrado nos neurônios 
colinérgicos dos nervos motores através do 
domínio de ligação da cadeia pesada. 
 
 
 
 
 
toxina botulinica 3 
AULA - MECANISMO DE AÇÃO DA TOXINA. 
 
A TBA tem tropismo, ou seja, ela se 
sente atraída pelo terminal nervoso 
colinérgico. Isso porque os receptores 
terminais se encaixam perfeitamente na 
cadeia pesada da TBA. 
 
28 –
2. Internalização / translocação; 
Uma vez que a TBA se liga a célula neuronal, 
inicia-se o processo de internalização por 
endocitose. A própria membrana da célula nervosa 
engloba a TB para o citoplasma dentro de uma 
vesícula (pH ácido). 
Sob condiçõesácidas, acontecem mudanças na 
conformação estrutural proteica da molécula de 
modo que a cadeia pesada facilita a entrada da 
cadeia leve para o compartimento citoplasmático 
do terminal nervoso. 
 
3. Inibição da liberação (exocitose) do 
neurotransmissor; 
A inibição da exocitose da acetilcolina, 
acontece através de uma quebra da proteína 
SNARE essencial para a liberação do 
neurotransmissor. Assim, a cadeia leve exerce seu 
efeito quebrando as proteínas que são responsáveis 
pela fusão das vesículas de acetilcolina com a 
membrana celular do terminal nervoso. 
 
 
REBROTAMENTO 
 A denervação química da junção 
neuromuscular estimula o crescimento de 
brotamentos axonaislaterais (ocorre devido ao 
acúmulo da acetilcolina). 
 
RESTABELECIMENTO 
 Um destes brotamentos nervosos estabelece 
uma nova sinapse neuromuscular, restaurando a 
espasticidade, normalmente após 3 a 6 meses. 
TEMPO DE AÇÃO 
 A fraqueza muscular começa 24h após a 
aplicação, clinicamente podemos observar em 2 a 
5 dias, completando o efeito máximo em 2 
semanas. A duração do efeito é de 2 a 6 meses, 
portanto uma média de 4 meses. 
FATORES LIGADOS A RESPOSTA 
INADEQUADA 
• Perda de ação por conservação inadequada; 
• Formação de bolhas durante a diluição; 
• Diluição errada; diminuição do tempo de 
durabilidade e intercorrências. 
• Dose aplicada; 
• Pós aplicação sem cuidados; 
• Não precisão da aplicação. 
ALERTA 
• Altas doses; 
• Intervalos curtos; duas vezes ao mês (não 
pode intervalos menores de 3 meses porque 
pode ocorrer a resistência a TB). 
• Longos períodos; 
• Perda da eficácia do tratamento; 
• Reforço ou correções devem ser evitados; 
• Intervalos maiores que 3 meses. 
 
29 –
 
INDICAÇÕES ESTÉTICAS 
• Rugas peribucais; 
• Rugas do pescoço e colo; 
• Linhas da testa; 
• Sorriso gengival; 
• Região nasal; 
• Hiperidrose. 
 
 
• Botox – EUA 
• Dysport – SUECIA 
• Prosigne – CHINA 
• Botulift – COREIA DO SOL 
• Xeomin – ALEMANHA 
ESTOCAGEM 
• Depende da marca; 
• Deve-se deixar refrigerado assim que receber 
entre 2 a 6°C; 
• Após diluído tem validade de 4 a 24h 
dependendo da marca; 
CUIDADOS APÓS APLICAÇÃO 
• Permanecer na posição vertical nas próximas 
4h após a aplicação; 
• Movimentar a área tratada: sorrindo, elevando 
as sobrancelhas franzindo a testa sem 
massagear a área; 
• Não praticar esportes e/ou atividades físicas 
pesadas nas próximas 12h; 
• Não fazer uso de antibióticos e/ou anti-
inflamatórios; 
RECONSTITUIÇÃO 
• Limpeza da borracha que envolve a tampa; 
• Abertura soro fisiológico; 
• Seringa 3ml com agulha 26g para 
reconstituição; 
• Agitação leve – Evitar quebra das pontes 
dissulfídicas; 
• Deixar em repouso de 3 a 5 minutos para 
melhor homogeneização; 
• Não introduzir ar dentro do frasco; 
• Não abrir o frasco; 
• Não aspirar para checar vácuo. 
APLICAÇÃO 
• Cuidadosa; 
• Fazer a prega; 
• Higienizar com álcool; 
• Esperar secar; 
• Puncionar sem bater na estrutura óssea; 
 
• Pontos: 5 a 10 
• Dose: 1 a 3u por ponto 
• Modo de aplicar: Com a sobrancelha 
elevada, avaliar a contração muscular, 
marca-se um ponto de cada lado da linha 
média preenchendo mais os espaços entre os 
pontos e cobrindo a superfície. 
• Posição da agulha: 90º a 45º, agulha sempre 
direcionada para cima. 
 
• Aplicar 3 a 4u de toxina botulínica em cada 
ponto dependendo da hipertrofia muscular; 
• Músculo: Corrugador e prócero. 
 
Caso o paciente deseje elevar a sobrancelha, 
pode-se aplicar a toxina botulínica na parte 
mediana do músculo frontal.  pontos laranjas. 
 
 
30 –
Caso o paciente não deseje elevar a sobrancelha, 
pode-se aplicar a toxina botulínica nas partes 
laterais do músculo frontal.  pontos vermelhos. 
 
 
• Pontos: 3 a 6 
• Dose: 1 a 3u, média 2u 
• Modo de aplicar: Paciente sorrindo, marcar 
o primeiro ponto deixando 1cm de distância 
do olho. 
• Posição de agulha: Lateralizando em 45º 
com relação a pele. 
 
EFEITOS ADVERSOS 
• Edema 
• Dor 
• Eritema 
• Cefaleia 
• Náuseas 
• Hematomas e equimoses: região muito 
vascularizada. 
• Assimetria 
• Mefisto: sobrancelha muito elevada. 
• Ptose palpebral 
 
 
CONTRA-INDICAÇÕES 
• Febre 
• Gravidez 
• Alérgicos 
• Uso de antibióticos 
• Aleitamento materno 
• Distúrbios musculares 
• Doenças imunológicas ou neurológicas 
MANUTENÇÃO DOS RESULTADOS 
 Recomenda-se um intervalo de 4 a 6 meses 
para uma nova aplicação, isso evita a formação de 
anticorpos neutralizantes, consequentemente a 
ausência de reposta terapêutica. 
 
 
31 –
 
 
 A seringa utilizada para a aplicação de 
toxina botulinica é a seringa BD. 
 Seringa BD 1 ml, temos: 
 50 registros de dose – 50 unidades. 
 Cada registro de dose 0.02 ml (um traço). 
 5 registros de dose 0.1 ml – 5 traços. 
 1 ml – 50 registros de dose. 
Seringa BD 0,5 ml, temos: 
 50 registros de dose – 25 unidades. 
 Cada registro de dose 0.02 ml (dois traços). 
 5 registros de dose 0.1 ml – 10 traços 
 0,5 ml – 50 registros de dose. 
 
DILUIÇÃO DA TOXINA 
BOTULÍNICA 
 
U Diluição/ml 1U 10U Unidades/
0.1ml 
100 0,5 0,005ml 0,05ml 20U 
100 1 0,01ml 0,1ml 10U 
100 1,5 0,015ml 0,15ml 6,5U 
100 2 0,02ml 0,2ml 5U 
100 4 0,04ml 0,4ml 2,5U 
100 5 0,05ml 0,5ml 2U 
100 8 0,08ml 0,8ml 1,25U 
 
OBS.: Para a marca Xeomin, um risquinho na 
seringa de 1ml equivale a 2 unidades de TBA. 
 
 
 
diluição e seringas 
MANUAL DE DILUIÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA. 
 
32 –
 
 
• Pontos: 5 a 10. 
• Dose: 1 a 3u por ponto. 
• Modo de aplicar: Com a sobrancelha elevada, 
avaliar a contração muscular, marca-se um 
ponto de cada lado da linha média preenchendo 
mais os espaços entre os pontos e cobrindo a 
superfície. 
• Posição da agulha: 90º a 45º/ agulha sempre 
direcionada para cima. 
 
 
 
 
 
Terço superior da face 
REGIÕES FRONTAL E GLABELA. 
 
33 –
 
 
• Dose: 3 a 4u de toxina botulínica em cada ponto 
dependendo da hipertrofia muscular. 
• Musculo: Corrugador e prócero. 
 
PADRÕES DE CONTRAÇÃO 
GLABELAR 
Atualmente, cinco padrões de contração 
glabelar já foram identificados: 
CONTRAÇÃO EM U 
 
CONTRAÇÃO EM V 
 
 
CONTRAÇÃO EM OMEGA 
 
CONTRAÇÃO EM SETAS 
CONVERGENTES 
 
CONTRAÇÃO EM OMEGA 
INVERTIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 –
 
 
• Pontos: 3 a 6. 
• Dose: 1 a 3u, média 2u. 
• Modo de aplicar: Paciente sorrindo, marca o 
primeiro ponto deixando 1cm de distância do 
olho. Faz a aplicação em cima da ruga. 
• Posição da agulha: Lateralizando em 45º com 
relação a pele. 
 
 
 
Não elevação da sobrancelha: 
• Pontos: Dois planos com 2 ou 3 pontos de 
cada lado e dois pontos em cada lateral da 
sobrancelha. 
• Dose: 1 a 3u por ponto. 
• Posição da agulha: 90º ou 45º. 
Elevação da sobrancelha: 
 
 
 
ELEVAÇÃO DA SOBRANCELHA: 
TÉCNICA AVANÇADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 cm para fora do rebordo orbitário 
 Margem infraorbital Linha do limbo lateral 
 
35 –
 
 
 O sorriso gengival: Equilíbrio de 4 músculos. 
1. Músculo levantador do lábio superior e da asa 
do nariz (LLSAN); 
2. Músculo levantador do lábio superior (LLS); 
3. Levantador do ângulo da boca (LAB); 
4. Depressor do Septo nasal (DSN); 
 
DEPRESSOR DO SEPTO NASAL 
A aplicação nesse músculo é feita quando o 
paciente tem um leve sorriso gengival na parte 
medial do sorriso. 
 
SORRISO GENGIVAL – MENOR 
QUE 3MM 
• Menor que 3mm. 
• Músculo levantador do lábio superior e da asa 
do nariz. 
• Profundidade: 4mm. 
• 2 a 4u. 
 
SORRISO GENGIVAL – MAIOR 
QUE 3MM 
• Maior que 3mm. 
• Músculo levantador do lábio superior. 
• 1cm de distância da aba do nariz. 
• Profundidade: 3 a 4mm. 
• 2 a 4u. 
 
 
Terço médio da face 
SORRISO GENGIVAL 
3 mm 
< 3 mm 
 
36 –
SORRISO GENGIVAL – MAIOR 
QUE 3MM 
• Maior que 3mm. 
• Envolvimento do corretor Bucal. 
• Ponto 1cm da asa do nariz, aplicação 
profunda para relaxar LLS e LAB. 
• Agulha tocandona maxila. 
• 2 a 5u. 
 
 
3 mm 
 
37 –
 
 
• Músculo orbicular da boca; 
• Inibição parcial do músculo; 
• Injeções Intradérmicas; 
• 1 a 2u. 
 
 
 
 
• Redução das linhas de marionete; 
• Elevação do canto da boca; 
• 2u por ponto; 
• Músculo abaixador do ângulo da boca. 
 
 
 
 
 
• Mento; 
• Aplicar dentro da zona de segurança; 
• 2 pontos de 2u cada. 
 
 
 
• Aplicação nas Bandas platismais 
• Melhora o contorno da mandíbula; 
• Melhora as rugas no pescoço; 
• 1u a 2u por ponto. 
Terço inferior da face 
RÍTIDES PERIORAIS, SORRISO TRISTE E QUEIXO CELULÍTICO. 
Inexperientes: 
Recomenda-se realizar a parte superior 
e depois a parte inferior. 
 
38 –
 
 
 
• Gravidez ou amamentação; 
• Infecção ativa na área de tratamento; 
• Distúrbios da coagulação; 
• Atrofia cutânea (síndrome genética Ehlers-
Danlos) 
• Alérgicos (Albumina humana, lactose.); 
• Uso de antibióticos; 
• Distúrbios musculares (Paralisia de Bell) 
• Distúrbios neuromusculares (Esclerose lateral 
amiotrófica, miastenia grave e miopatias) 
• Medicamentos que inibem a sinalização 
neuromuscular (aminoglicosídeos, penicilina, 
quinina, bloqueadores do canal de cálcio) 
• Profissão que necessita da expressão facial 
(atores e cantores); 
• Expectativas Irreais. 
 
 
Recomenda-se um intervalo de 4 a 6 meses 
para uma nova aplicação. Evitar a formação de 
anticorpos neutralizantes, consequentemente a 
ausência de resposta terapêutica. O retoque é 
recomendado com 15 dias e no máximo 21 dias, 
após isso não é recomendado. 
 
 
• Permanecer na posição vertical nas 
próximas 4h após a aplicação. 
• Não praticar esportes ou atividades físicas 
nas próximas 12h. 
• Movimentar a área tratada, mas não em 
excesso, evitando massagear a área. 
• Não fazer uso de anti-inflamatórios e 
antibiótico. 
 
 
• Ptose palpebral – 3,25% 
• Cefaleia – 1,07% 
• Reação local – 0,99% 
• Infecção – 0,94% 
TERÇO SUPERIOR 
• Ptose do supercílio; 
• Ptose palpebral; 
 
CUIDADOS PARA EVITAR UMA 
PTOSE 
• Migração da toxina para o músculo 
levantador da pálpebra superior; 
• Corrugadores – cuidado com a cauda. 
• Orbicular do olho na porção superior. 
• Pálpebra superior em toda sua extensão. 
• Músculo frontal na porção inferior. 
MÚSCULOS – PTOSE 
• Frontal + Prócero = cuidado. 
• Músculo levantador da pálpebra superior. 
• Músculo de Muller. 
TERÇO MÉDIO 
• Assimetria facial 
• Cuidado na aplicação na região 
periorbicular. 
 
39 –
 
TERÇO INFERIOR 
Músculo orbicular da boca. 
 
DERMATOCLASIA 
 Evitar aplicar muito próximo a sobrancelha 
(em excesso no músculo frontal), respeitando a 
zona de segurança. 
 
 
BOCHECHA EVIDENTE 
Paralisação excessiva do músculo orbicular dos 
olhos na tentativa de diminuir as rítides 
periorbiculares. 
Músculo orbicular estático. 
MM, Zigomáticos continuarão com força, subindo 
a bochecha durante o sorriso. 
TRATANDO AS 
INTERCORRÊNCIAS 
• Colírio (Estimulem o sistema adrenérgico 
que atuem estimulando o músculo de 
muller). 
• Apraclonidina (lodopidine) colírio – 1 gota 
por hora ou 2 gotas a cada 8 horas. 
• Claril (nafazolina e feniramina) – 1 gota a 
cada 4 horas. 
• Fototerapia com laser vermelho e 
infravermelho 2 a 4j. 
• Massagem facial; 
• Correntes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 –
 
 
 Também conhecido como microbotox, 
mesobotox ou botox francês. Consiste basicamente 
na aplicação da toxina botulínica hiper diluída na 
derme. 
• Distância de 0.8 a 1.0 cm entre cada 
aplicação. 
• Intradérmica – pápulas. 
• Derme/fibras superficiais musculares. 
INDICAÇÕES 
• Efeito de suavização das rugas da pele 
(Efeito litting); 
• Óstios dilatados; 
• Acne; 
• Cicatriz atrófica; 
• Melasma; 
• Capilar; 
• Antioxidante e Rejuvenescimento. 
REGIÕES 
• Face 
• Couro Cabeludo 
• Pescoço 
• Colo 
• Mãos 
• Axila 
• Celulite 
MARCAS 
• Botulim 
• Prosigne 
• Botulift 
• Botox 
Podem ser utilizados porque tem a carga proteica 
semelhantes. 
 
HIPERDILUIÇÃO 
 Pegamos a toxina botulinica de 50U já 
diluída em 1 ml de soro fisiológico e acrescentamos 
mais 2,5ml de soro fisiológico. 
➢ Para rosácea, óstios dilatados e oleosidade. 
• 2 sessões – 7 dias de intervalo. 
• Injeções intradérmicas com 0.5cm de 
distância. 
• Resultado: 3 a 4 meses. 
➢ Para rugas estáticas, lifting facial e pescoço 
• 20U de toxina botulinica reconstituída 
(0,4ml) e o restante (0,6ml) pode usar ativos 
mesoterápicos (silício orgânico, acido 
hialurônico, vitamina C e fatores de 
crescimento). 
• Máximo 60U por aplicação, portanto 3 
seringas de 1 ml. 
• Repetir a cada 4 a 6 meses. 
➢ Para hiperidrose. 
• Definida como hiperatividade do sistema 
nervoso autônomo simpático, sendo o 
responsável pela hipertrofia glandular e 
hipersecreção das glândulas sudoríparas 
écrinas de algumas regiões. 
• Frontal (testa), axilas, mãos e pés. 
HIPERIDROSE – PRIMÁRIA 
• Idiopática; 
• Fisiológica (emocional, menopausa); 
• Exercício físico e metabólica 
(tireotoxicoses, diabetes mellitus); 
• Uso abusivo de drogas; 
• Neoplasias. 
HIPERIDROSE – SECUNDÁRIA 
• Doenças cardiovasculares e respiratórias 
• Obesidades 
• Infecções crônicas 
• Distúrbios psiquiátricos 
• Estado febril 
microtox 
REMODELA A PELE ENVELHECIDA OU FOTOENVELHECIDA, MELHORANDO O ASPECTO GERAL DA PELE. 
 
41 –
TRATAMENTO HIPERIDROSE E 
BROMIDROSE (ODOR) 
• Realização do teste de Minor – Determina a 
intensidade da hiperidrose 
• Aplicar gaze com iodopovidona 10% 
• Polvilhar uma fina camada de amido de milho 
• Espera 5 a 10 min para reação. 
• As áreas com hipersudorese reagem com o iodo 
e o amido, originando áreas puntiformes cor 
violácea escura, podendo ser coalescente ou em 
forma de múltiplos pontos. 
➢ Aplicação: 
• Pontos equidistante 1 a 2 cm. 
• Injeções intradérmicas. 
• Média de 100u – ou seja, 50u para cada 
axila 
• Duração média: 6 a 12 meses. 
 
 
DILUIÇÃO 
 O conteúdo de 1 frasco com 100 unidades 
de toxina botulínica tipo A de preferência diluído 
em 4ml de solução fisiológico 0,9%. Obtendo-se 
assim uma concentração de 2,5u para cada 0.1ml 
da seringa. Aplicando 2,5u por ponto. 
DURAÇÃO 
 A duração do efeito das injeções aumenta 
com a repetição do tratamento, permitindo aos 
pacientes reduzir a frequência das injeções com o 
passar do tempo. A TBA ao bloquear a sinapse no 
neurônio motor, causa degeneração do axônio 
terminal, que cresce novamente tornando o efeito 
da toxina botulínica transitório. Com a repetição 
das injeções de toxina a regeneração do axônio 
terminal se torna mais lenta, permitindo efeito mais 
duradouro. 
COMPLICAÇÕES 
 Pode acontecer a fraqueza muscular, 
parestesia (sensação anormal e desagradável sobre 
a pele que assume diversas formas, como 
queimadura, coceira e dormência) e hiperidrose 
compensatória. 
 
 
42 –
 
 O preenchimento facial é uma técnica que 
consiste em injetar uma substância abaixo da pele 
da face com o objetivo de eliminar ou suavizar 
linhas de expressão, sulcos ou depressões do rosto. 
TIPOS DE RUGAS 
 
❖ são decorrentes do envelhecimento da pele. 
❖ ocorre uma diminuição da quantidade de 
elastina e colágeno. 
❖ alguns fatores como a exposição solar, 
tabagismo e uma dieta inadequada aceleram 
esse processo de envelhecimento. 
❖ a ruga facial estática que mais se destaca é o 
sulco nasogeniano, ou “bigode chinês”. 
❖ são causadas pela ação repetida da musculatura 
da mímica facial. 
❖ são exemplos as rugas horizontais da testa, as 
rugas glabelares (entre as sobrancelhas) e as 
rugas periorbitais (pés de galinhas). 
AS DIFERENÇAS ENTRE LINHAS 
E SULCOS 
 São consideradas linhas de expressão 
quando a profundidade da linha é até 3mm. 
Enquanto os sulcos, são acima de 3mm de 
profundidade. 
A 
AVale lembrar que existe diversos 
preenchedores: 
❖ Preenchedores volumizadores: ácido 
hialurônico e colágeno. 
❖ Preenchedores bioestimuladores: 
hidroxiapatita de cálcio (CaHa) e ácido poli-l-
lático. 
Os preenchedores volumizadores apenas 
oferecem volume a região tratada, não sendo 
responsável pela produção de colágeno. Apenas os 
preenchedores bioestimuladores são capazes de 
estimular a produção de colágeno. 
Pacientes com flacidez na área a ser tratada: 
indicar um preenchedor bioestimulador de 
colágeno para em seguida fazer o tratamento com 
ácido hialurônico. Visto que ao injetar 
hidroxiapatita de cálcio em regiões específicas de 
flacidez, teremos em 3 meses um processo de 
estímulo de colágeno no local; melhorando o 
aspecto da pele. 
TIPOS DE PREENCHEDORES 
 Os preenchedores podem ser classificados 
em: 
❖ Naturais: 
 gordura, colágeno. 
❖ Sintéticos (aloplásticos): 
 PMMA (polimetilmetacrilato), silicone, 
ácido hialurônico. 
❖ Permanentes: 
 silicone, polimetilmetacrilato, hidrogel. 
❖ Absorvíveis: 
procedimentos injetáveis 
TIPOS DE PREENCHEDORES. 
O ácido hialurônico é conhecido como 
volumizador, conseguindo amenizar a profundidade 
da pele do paciente e também atrai água para a 
região, hidratando-a. 
 
43 –
 absorvíveis semipermanentes ou de longa 
duração – hidroxiapatita de cálcio, ácido 
poli-l-lático. 
 absorvíveis de curta duração – colágeno, 
ácido hialurônico. 
PREENCHEDORES PERMANENTES 
SINTÉTICOS NÃO ABSORVÍVEIS 
❖ Polimetilmetacrilato – PMMA 
❖ Silicone líquido. 
❖ Hidrogel. 
❖ Indicação: sulcos e depressões muito profundos 
(> 3mm). 
❖ Durabilidade: é permanente, todavia o efeito 
estético não. Precisando ser revisto a cada 5 
anos. 
❖ Vantagens: baixo custo. 
❖ Desvantagens: 
o não aprovado pelo FDA americano. 
o necessita de teste pré-preenchimento. 
o muito denso e viscoso. 
o aplicação dolorosa. 
o risco de irregularidades na área preenchida, 
endurecimento loca. 
o risco de reações imunológicas de corpo 
estranho com formação de granulomas e 
reações inflamatórias crônicas incluindo 
hiperemia e edemas crônicos, linfedema de 
lábio. 
o poucos estudos clínicos sérios conduzidos, 
poucos dados sobre sua evolução a longo 
prazo. 
PREENCHEDORES ABSORVÍVEIS 
DE LONGA DURAÇÃO 
(SEMIPERMANENTES) 
❖ Ácido poli-l-láctico (Sculptra). 
❖ Hidroxiapatita de cálcio (Radiesse). 
Estes preenchedores agem estimulando a 
produção de colágeno que após sessões repetidas 
acaba substituindo o preenchedor. 
❖ Indicação: preenchimento de sulco 
nasogeniano, mentoniano e malar. 
❖ Durabilidade: 24 a 40 meses. 
❖ Desvantagens: 
o não pode ser reconstituído no momento da 
aplicação (sculptra: preparar 2 horas antes). 
o maior dificuldade técnica. 
o necessita de um profundo conhecimento 
sobre anatomia da face. 
o requer conceitos de beleza e 
envelhecimento. 
o alto custo. 
❖ Efeitos adversos locais: eritema, 
endurecimento, prurido, hipocromia, 
granulomas e necrose cutânea. 
❖ Potencial para complicações mais duradouras 
como granulomas. 
 
PREENCHEDORES ABSORVÍVEIS 
DE CURTA DURAÇÃO 
❖ Indicação: sulco nasogeniano, rugas periorais, 
malar, linhas de marionete, lábios e depressões 
diversas na face. 
❖ Vantagens: 
o não é necessário realizar teste pré-
preenchimento. 
o biocompátivel pois já está presente na nossa 
pele. 
o técnica de aplicação simples através de 
agulhas finas/cânulas. 
❖ Desvantagens: 
o eritema, endurecimento, prurido, 
hipocromia, granulomas e necrose cutânea. 
o foram descritos raros casos de cegueira após 
injeção em rugas glabelares. 
MANUSEIO 
❖ Seringas pré-embaladas (1ml). 
❖ Armazenadas em TA – 25ºC. 
❖ Validade de 1 a 2 anos. 
 
 
44 –
CHECKLIST PRÉ-PROCEDIMENTO 
 Avaliação do profissional esteta, informação 
dos riscos e benefícios, assinatura do termo de 
consentimento; 
 Fotografias pré-tratamento; 
 Discutir o produto a ser utilizado, a quantidade 
e o custo; 
 Discutir com o paciente a respeito do consumo 
de medicamentos ou alimentos que possuem 
propriedades anticoagulantes; 
 Instruir ao não consumo de bebidas alcoólicas 
ou anti-inflamatórios 2 dias antes do 
tratamento; 
 Oferecer medicamento antiviral (histórico de 
herpes – 2 dias antes do procedimento e 3 dias 
após). 
 
 
 
 
45 –
 
 O ácido hialurônico é um polissacarídeo 
que participa da proliferação dos fibroblastos e da 
maturação das fibras colágenas. É um produto não 
imunogênico, tendo estrutura semelhante em todas 
as espécies vivas e dispensando, portanto, testes 
prévios de alergia. 
 
 Podemos obter de duas maneiras diferentes: 
 A partir da crista de galo e purificado com o 
intuito de diminuir a possibilidade de 
fenômenos alérgicos. 
 Fermentação bacteriana de cepas 
geneticamente modificadas de Streptococcus 
equi. 
 
 
 As marcas mais famosas são: 
 Rennova; 
 Restylane; 
 Princess; 
 Hyalurox; 
 Perfectha; 
 Juvedern. 
 
INDICAÇÕES 
 Tabela de indicações: 
❖ SULCO NASOGENIANO: Rennova Lift, 
Perlane. 
❖ RUGAS PERIORAIS: Rennova Fill, 
Restylane. 
❖ LÁBIOS: Rennova Fill, Restylane lidocaine. 
❖ LINHAS DE MARIONETE: Rennova Fill, 
Restylane. 
❖ REGIÃO MALAR: Rennova Lift, Perlane. 
❖ PEQUENAS DEPRESSÕES NA FACE: 
Rennova Fill, Perlane. 
❖ SKINBOOSTER: Restylane, Perfectha 
finelines, Rennova skin-lido. 
❖ MANDÍBULA E MENTO: Rennova deep, 
ultra deep. 
 
 
 O ácido hialurônico é um preenchedor 
utilizado em diversos locais da face. 
❖ Têmporas; 
❖ Volume da bochecha; 
❖ Aumento dos lábios; 
❖ Linhas de marionetes; 
❖ Definição de queixo; 
❖ Rinomodelação; 
❖ Bigode chinês; 
❖ Linha da mandíbula. 
SULCOS NASOLABIAIS, 
NASOGENIANO OU 
MELOGENIANOS 
 Nos sulcos nasolabiais ocorre a perda de 
volume do tecido com o envelhecimento, 
atrofiando este sulco. 
❖ sulcos leves: geralmente 0.8 ml a 1ml. 
❖ sulcos moderados: geralmente 1,6 ml. 
❖ sulcos profundos: 2ml (avaliar com cuidado). 
❖ obs: muito cuidado com a artéria nasal lateral. 
Caso ocorra de o profissional injetar ácido 
hialurônico nessa artéria, irá ter reações 
adversas como isquemia local. 
 
ácido hialurônico 
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