Assistência de Enfermagem ao Paciente Cardiopata e submetidos a variações terapêuticas não farmacologicas Professor Edson Oliveira Ao abordarmos um paciente cardiopata, devemos perguntar o paciente sobre sintomas como, dispnéia, dor torácica, palpitações, edema nos pés e tornozelos os quais sugerem a possibilidade de uma cardiopatia. Importante também questionarmos .Também questionamos o paciente acerca de membros da família que tiveram cardiopatias e enfermidades afins e sobre o paciente manifestar alguma outra doença que afete o sistema cardiovascular, como diabetes mellitus, hipertensão arterial. Neste momento é primordial o questionamento dos hábitos de vida deste paciente como o uso do tabaco, do álcool, sedentarismo, obesidade etc. Sinais e sintomas da insuficiência cardíaca · Edema periférico, · Veias do pescoço distendidas · Anorexia · Distensão abdominal · Náuseas · Nictúria - é a eliminação de volume aumentado de urina durante a noite. · Dispnéia grave · Tosse produtiva ou espumosa · Dispnéia paroxística noturna · Ansiedade intensa · Agitação · Confusão · Astenia grave - sensação de cansaço generalizado e falta de energia, e afeta a capacidade de realizar as tarefas mais simples. · Fadiga intensa · Oliguria - redução do volume urinário para um valor abaixo de 400 mL em 24 horas. · Taquicardia · Angor transitório - Angústia profunda com algidez dos membros. Intervenções de Enfermagem ao Paciente Manter débito cardíaco adequado · Repouso físico e emocional para reduzir o trabalho cardíaco e as necessidades de oxigênio. · Posicionar em semi-Fowler ou Fowler-alto para facilitar o retorno venoso · Evitar manobras de valsava · Ava l iar regu larmente s ina is v i t a i s , pa râ met ros hemod inâmicos , n ív e l de consc iênc ia, sons cardíacos · Monitorizar para verificação de arritmias · Observar sinais e sintomas da diminuição da perfusão tecidual periférica: pele fria, palidez facial, enchimento capilar retardado · Administrar terapêutica prescrita e avaliar a resposta quanto ao alívio de sintomas Melhorar a oxigenação · Administrar oxigênio para reduzir dispnéia e fadiga · Posicionar em semi-Fowler ou Fowler-alto para facilitar a respiração e aliviar a congestão pulmonar · Monitorizar freqüência respiratória, profundidade e facilidades respiratórias · Promover mudança de decúbito · Estimular os exercícios freqüentes de respiração profunda · Proporcionar refeições fracionadas e em pouca quantidade Restabelecer equilíbrio hídrico · Administrar diuréticos · Avaliar diariamente o peso · Avaliar sinais de hipocalcemia: astenia, mal-estar e câimbras · Administrar potássio · Estar atento aos potenciais problemas dos diuréticos · Observar sinais de distensão da bexiga no idoso com hiperplasia da próstata · Proporcionar uma dieta hipocalórica e hipossódica fracionada e restringir os líquidos Melhorar a tolerância à atividade · Aumentar gradualmente a atividade · Auxiliar o paciente nas atividades da vida diária. · Observar possíveis dores pré-cordiais durante e após as atividades · Avaliar sinais vitais, sintomas e resposta comportamental na execução de atividades que requerem maior esforço físico. · Planear períodos de repouso e equilibrá-los com a atividade para diminuir as necessidades do miocárdio · Encorajar ao auto-cuidado quando tolerado · Proporcionar um ambiente calmo para sono e repouso · Administrar sedativos para aliviar a insônia e agitação · Vigiar a eliminação intestinal para ver se há constipação e administrar emolientes se necessário Controlar a ansiedade · Permitir ao doente que exteriorize os seus sentimentos · Incentivar e identificar a força de motivação e vontade · Administrar ansiolíticos Manutenção da integridade cutânea · Manter membros inferiores ligeiramente elevados · Realizar mudança de decúbito freqüentemente · Reduzir ao mínimo os pontos de pressão e tensão · Avaliar a existência de zonas de pressão e massagear para ativar a circulação · Avaliar diariamente a integridade da pele · Higienizar a pele suavemente e aplicar loção hidratante para reduzir soluções de continuidade Ensino ao doente · Desmistificar o conceito de insuficiente · Explicar os sintomas de recidiva · Aumento de peso · Edema periférico · Tosse persistente · Cansaço · Perda de apetite · Nicturia · Tomar a terapêutica prescrita e ter em atenção os seus efeitos colaterais · Pesar diariamente · Planejar o reinício das atividades · Aumentar a marcha e outras atividades progressivamente · Alternar o exercício com o repouso · Evitar ultrapassar o nível de tolerância · Evitar excesso de alimentos e bebidas · Evitar temperaturas extrema Cateterismo cardíaco Cateterismo cardíaco, Cinecoronariografia, Angiografia Coronária ou Estudo Hemodinâmico é um exame invasivo para examinar vasos sanguíneos e o interior do coração. O acesso ao interior do coração é feito através de um tubo longo, fino e flexível, chamado cateter, geralmente com cerca de 2,5 milímetros de diâmetro e 1 metro de comprimento, colocado por um vaso sanguíneo periférico do braço, da coxa ou do pescoço. Tem como objetivo corrigir problemas em veias e artérias,como obstruções. Procedimento Algumas vezes uma substância contrastadora (ou simplesmente contraste) especial é colocada no cateter para fazer com que o interior do coração e vasos sanguíneos apareçam nos raios-x. O contraste pode mostrar se placas ateroscleróticas estreitaram ou bloquearam as artérias coronárias. A aterosclerose é uma doença caracterizada pela formação de placas de gordura no interior de um vaso sanguíneo, que estreitam a passagem no interior desse vaso, podendo bloquear o fluxo de sangue ao coração. Bloqueios nas artérias também podem ser vistos usando ultrassom durante o cateterismo cardíaco. Ultrassom usa ondas sonoras para criar imagens detalhadas dos vasos sanguíneos do coração. Os médicos podem tomar amostras de sangue e músculo cardíaco durante o cateterismo, assim como realizar pequenas cirurgias cardíacas. Cardiologistas geralmente fazem o cateterismo no hospital com a pessoa acordada durante o procedimento. Há pouca ou nenhuma dor durante o cateterismo, porém a pessoa pode sentir dor no vaso sanguíneo onde o médico inseriu o cateter. O cateterismo cardíaco raramente causa complicações sérias. Em geral, dura entre 30 e 60 minutos, conforme o procedimento realizado. Geralmente é feito em uma sala específica para procedimentos invasivos do hospital com o paciente acordado (anestesia local), deitado sob um aparelho de raio-X. Em criança pode ser usado anestesia geral para evitar agitação. Após o exame o paciente deve ficar em repouso absoluto por 4 a 6 horas enquanto seus sinais vitais são analisados para prevenir complicações e tratar imprevistos. Preparação Antes do exame é importante: • Fazer jejum de quatro horas; • Avaliar se é necessário suspender algum medicamento em uso; • Procurar repousar. Indicações Raio X do cateter dentro do paciente. O cateterismo cardíaco é usado para diagnóstico e tratamento de várias condições cardíacas. A razão mais comum é para avaliar dor no peito, a qual pode ser sintoma de doença da artéria coronária. Nesse caso, o cateterismo cardíaco pode mostrar se a placa está estreitando ou bloqueando as artérias cardíacas. É indicado para: