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Relembrando: Sistema fechado Coração = bomba Vasos sanguíneos = condutores que regulam o fluxo sanguíneo Artérias: sangue rico em oxigênio Veias: sangue rico em gás carbônico Sangue Elementos figurados: eritrócitos e hemácias (glóbulos vermelhos), trombóticos (plaquetas), leucócitos (glóbulos brancos), eosinófilo, basófilo, neutrófilo Plasma: proteínas, água e outros solutos Circulação pulmonar: hematose Circulação sistêmica Funções: Transporte de gás carbônico e oxigênio Transporte de nutrientes Transporte de hormônios e produtos metabólicos Defesa contra agentes patogênicos, transporte de produtos de excreção Regulação da temperatura corpórea Músculo Cardíaco Ritmo cardíaco: sucessão de contrações cardíacas, transmite potencial de ação pelo músculo Rico em células auto excitáveis Discos intercalados: junções comunicantes Conecta as células do musculo com livre passagem de íons Potencial de ação e contração das fibras contráteis Iniciado pelo nó sinoatrial (marca-passo) Propaga-se pelos sistemas de condução e se espalha para excitar as fibras musculares atriais e ventriculares (fibras contráteis) 1. Despolarização: Potencial de repouso das fibras contrateis: -90mV Uma fibra contrátil alcança seu limiar por um potencial de ação de fibras vizinhas Canais de Na+ dependentes de voltagem se abrem (rápidos) Entrada de Na+ no citosol das fibras contráteis Os rápidos canais de Na+ se inativam automaticamente e o influxo de Na+ diminui 2. Platô: Período de despolarização mantida Dura cerca de 0,25s Potencial de membrana = 0mV Abertura dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem do sarcolema (lentos) Os íons cálcio se movem do liquido intersticial para o citosol Ainda mais Ca2+ sai do reticulo sarcoplasmático para o citosol por canais adicionais Esse aumento de Ca2+ no citosol provoca a contração Antes da fase de platô, canais de K+ se abrem Íons potássio saem da fira contrátil O influxo de Ca2+ equilibra a saída de K+ 3. Repolarização: Após um atraso os canais adicionais de K+ dependentes de voltagem se abrem O influxo de K+ restaura o potencial de repouso negativo (-90mV) Os canais de cálcio do sarcolema e do reticulo sarcoplasmático se fecham Mecanismo de contração: Semelhante ao do musculo esquelético A atividade elétrica leva a uma resposta mecânica (contração) O Ca2+ se liga à proteína de troponina Possibilita que os filamentos de miosina e actina comecem a deslizar um sobre o outro Substancias que alteram o fluxo de Ca2+ através dos canais lentos de Ca2+ influenciam a força das contrações cardíacas Ex. epinefrina aumenta a força da contração, melhorando o influxo de cálcio para o citosol Período refratário: Intervalo de tempo em que outra contração não pode ser acionada Evita a tetania Até que o relaxamento esteja bem encaminhado Dura mais tempo que a contração Produção de ATP O musculo cardíaco produz pouco do ATP que precisa por respiração celular anaeróbica Depende da respiração celular aeróbica das mitocôndrias Pessoa em repouso: o ATP vem principalmente da oxidação de ácidos graxos e glicose (pouca contribuição do ácido láctico) Pessoa em exercício: o uso do ácido láctico pelo coração aumenta Produz um pouco de ATP a partir do fosfato de creatina Creatinoquinase: a enzima que catalisa a transferência de um grupo fosfato da creatina fosfato para o ADP a fim de produzir ATP Elevação dos níveis sanguíneos de creatinoquinase (CK) = infarto agudo do miocárdio Eletrocardiograma (ECG) Um registro das correntes elétricas produzidas pela propagação do potencial de ação pelo coração Instrumento utilizado: eletrocardiógrafo Posiciona-se eletrodos nas derivações dos membros e em seis derivações torácicas para registrar o ECG É possível determinar: se a via condutora está anormal, se o coração está dilatado, se determinadas regiões do coração estão danificadas e a causa de uma dor torácica Três ondas aparecem a cada batimento cardíaco: Onda P Pequeno desvio para cima Representa despolarização atrial Complexo QRS Começa com uma deflexão para baixo, continua como uma grande onda vertical triangular e termina como uma onda descendente Representa a despolarização ventricular rápida Onda T Desvio para cima em forma de cúpula Indica repolarização ventricular (quando os ventrículos começam a relaxar) A onda T é menor e mais larga que o complexo QRS porque a repolarização ocorre mais lentamente do que a despolarização Durante o platô: o traçado do ECG é reto Ciclo cardíaco: Consiste em: uma sístole e uma diástole dos átrios + uma sístole e uma diástole dos ventrículos Despolarização: sístole (contração) Repolarização diástole (relaxamento) Analise de um ECG: o tamanho das ondas e dos intervalos entre as ondas podem fornecer indícios de anomalias Tamanho das ondas: Onda P maior: aumento das dimensões de um átrio Onda Q alargada: infarto agudo do miocárdio Onda R alargada: ventrículos aumentados Onda T mais plana: o músculo cardíaco não está recebendo oxigênio suficiente (doença da artéria coronária) Onda T mais elevada: hiperpotassemia Tamanho dos intervalos: Intervalo P-Q alongado: doença da artéria coronária e febre reumática Segmentos S-T elevado e deprimido: o musculo cardíaco não recebe oxigênio suficiente Intervalo Q-T prolongado: dano no miocárdio, isquemia miocárdica ou anormalidade de condução Mudanças de pressão e volume durante o ciclo cardíaco Em cada ciclo cardíaco, os átrios e ventrículos se contraem e relaxam alternadamente, forçando o sangue das áreas de alta pressão às áreas de baixa pressão Sístole atrial Dura cerca de 0,1 s Os átrios estão se contraindo. Ao mesmo tempo, os ventrículos estão relaxados Conforme o átrio se contrai, ele exerce pressão sobre o sangue dentro dele, o que o força a passar através das valvas AV abertas para os ventrículos Contribui com 25 mℓ de sangue ao volume já existente em cada ventrículo (cerca de 105 mℓ) Cada ventrículo contém cerca de 130 mℓ no final do seu período de relaxamento (diástole) Este volume de sangue é chamado volume diastólico final (VDF) O complexo QRS no ECG marca o início da despolarização ventricular Sístole ventricular Dura cerca de 0,3 s Os ventrículos se contraem. Ao mesmo tempo, os átrios estão relaxados na diástole atrial Conforme a sístole ventricular começa, a pressão intraventricular se eleva e “empurra” o sangue contra as AV, forçando seu fechamento Contração isovolumétrica: por cerca de 0,05 s, as valvas atrioventriculares, do tronco pulmonar e da aorta estão fechadas Pressão ventricular esquerda = 80 mmHg + pressão ventricular direita = 20 mmHg = as valvas do tronco pulmonar e da aorta se abrem (ejeção do sangue do coração) Ejeção ventricular: período no qual as valvas do tronco pulmonar e da aorta estão abertas, duração de cerca de 0,25s Pressão no ventrículo esquerdo continua subindo = 120 mmHg Pressão no ventrículo direito sobe = 25 a 30 mmHg Ventrículo esquerdo para a aorta: 70 mℓ Ventrículo direito para o tronco pulmonar: 70 mℓ Volume sistólico final (VSF) de cada ventrículo = 60 mℓ Volume sistólico (volume ejetado de cada batimento por cada ventrículo) = VDF – VSF VS = VDF – VSF 130 mℓ – 60 mℓ = 70 mℓ A onda T do ECG marca o início da repolarização ventricular Período de relaxamento Dura cerca de 0,4 s Átrios e ventrículos relaxados Conforme os ventrículos relaxam, a pressão no interior das câmaras cai O sangue da aorta e do tronco pulmonar começa a refluir para as regiões de baixa pressão nos ventrículos Fechamento das valvas do tronco pulmonar e da aorta Relaxamento isovolumétrico: breve intervalo em que o volume de sangue do ventrículo não se modifica porque as quatro valvas estão fechadas Quando a pressão ventricular cai abaixo da pressão atrial, as valvas do tronco pulmonare da aorta se abrem e começa o enchimento ventricular O sangue que fluiu para os átrios e ali se acumulou durante a sístole ventricular então se desloca rapidamente para os ventrículos Bulhas cardíacas Ausculta: ato de ouvir sons do corpo Geralmente é feita com um estetoscópio O som dos batimentos cardíacos é decorrente principalmente da turbulência do sangue causada pelo fechamento das valvas cardíacas Existem quatro bulhas cardíacas Em um coração normal apenas a primeira e a segunda bulhas cardíacas (B1 e B2) são auscultadas com um estetoscópio B1 “tum” Mais forte e um pouco mais longa que a B2 Causada pela turbulência do sangue associada ao fechamento das valvas AV Começo da sístole ventricular B2 Mais breve Não tão forte quanto B1 “tá” Causada pela turbulência no sangue associada ao fechamento das valvas do tronco pulmonar e da aorta B3 Normalmente não é intensa o suficiente para ser auscultada Decorrente da turbulência do sangue durante o enchimento ventricular rápido B4 Ocasionada pela turbulência do sangue durante a sístole atrial Débito cardíaco (DC) É o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo (ou ventrículo direito) na aorta (ou tronco pulmonar) a cada minuto VS = volume sistólico FC = frequência cardíaca DC = debito cardíaco Em um homem adulto típico em repouso, o volume sistólico é de 70 mℓ/batimento, em média, e a frequência cardíaca é de cerca de 75 bpm. Assim, o débito cardíaco médio é: Este volume é próximo do volume total de sangue, que é de cerca de 5 ℓ em um homem adulto típico. Todo o volume de sangue flui pelas circulações pulmonar e sistêmica a cada minuto Fatores que alteram o débito cardíaco: Idade Dimensão do corpo Sexo Exercício Nível do metabolismo DC médio em homens: 5,6 ℓ/min DC médio em mulheres: 4,9 ℓ/min
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