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ENTERITES EM RUMINANTES Infecções na porção inicial do intestinal cursam sem diarreia ( C. perfringens). Acometimento maior em bezerros de até 60 dias. Problemas mais frequentes em enterites de bezerros ocorrem diarreia, bebedor ruminal e úlceras do abomaso. Síndrome do bebedor ruminal Existe uma falha do fechamento do sulco esofágico (que vai da entrada do esôfago até a entrada do abomaso). No bezerro a ruminação é precária (pré ruminal) onde o abomaso é maior que o rúmen (inverte os tamanhos a parir da 4ªsem de vida), se o leite cai no rumen, fermenta erroneamente e causa sérios problemas, por isso cai no abomaso. A falha no fechamento permite que o leite caia no compartimento ruminoreticular e fermenta, produzindo ácidos graxo de cadeia curta e ácido lático, mas ainda não formaram-se papilas ruminais pra promover a absorção adequada e acumula os AGCC, que diminui o PH (acumulo de lactato ) e ocorre uma acidose ruminal que geram ruminite e abomasite. - FATORES PREDISPONENTES: Aleitameneto em balde, avidez ao mamar (jejum faz com que tenha desespero em tomar o leite), estresse (transporte, briga por leite onde excita e interfere no fechamento da goteira). - SINAIS DA SINDROME: Apatia, distensão abdominal ventral, timpanismo receorretnes, desidratação ( osmolaridade ruminal e desidrata na intenção de igualar), fezes em argila ( diarreia), perda de elitrólitos, hipoglicemia e acidose metabólica. TRATAMENTO NO MANEJO - ÚLCERA NO ABOMASO: Maior prevalência em bezerros leiteiros, causados por forragens grosseiras após enterites (deve-se picar e diminuir o tamanho da forragens pra facilitar a absorção), estresse, acidose lática, sablose. A abomasite evolui para úlceras que atingem camadas profundas e ocorre uma perfuração do abomaso. DIARRÉIA DOS BEZERROS – ETIOLOGIA BEZERROS NEONATOS (0-6 sem) TARDIA (>6sem) INFECCIOSAS - E. coli, rotavírus, Cryptosporidium spp., Coronavírus, Giardia duodenalis, Eimeria spp., Strongyloides spp., Salmonella spp., Clostridium perfringens. NÃO INFECCIOSAS - Sucedâneo do leite (leite em pó). INFECCIOSAS - Eimeria spp., Strongyloides sp., Estrongilideos Giardia duodenallis, Salmonella spp.. NÃO INFECCIOSAS - Indigestões. ADULTOS Salmonelose, clostridiose, paratuberculose e tuberculose (diarreia crônica) VIRAIS - BVD, Coronavírus, Febre catarral Maligna. HELMINTOSES e EIMEIROSE (+ frequentes em jovens) Deficiências de Cu e Ca (reabanho com pelagem opaca e magreza) CRIPTAS E VILOSIDADES – Possuem unidade de proliferação, onde as células se dividem para reposição das descamadas, tem função secretora de enzimas, eletrólitos, H2O. As vilosidades possuem função absortiva e a diarreia pode ocorrer pela má absorção (lesão das vilosidades ) ou hipersecreção (lesão nas criptas - hipertrofia). ESCHERICHIA COLI E. coli enterotoxigênica (ECET). E. coli enteropatogênica, E. coli enterohemorrágica, E. coli enteroaderente e E. coli enteroinvasiva. ECET – ENTEROTOXIGÊNICA Até 4 dias de vida, causa desidratação, depressão, anorexia e morte, com duas características importantes: 1ª- Capacidade de adesão de mucosa dos enterócitos e 2ª Produção de enterotoxinas. Onde na super aguda não se tem diarreia (apenas algumas horas de vida) e na aguda sim. A E. coli se adere na mucosa celular, produz toxina e essa toxina (no complexo de golgi celular) vai alterar a síntese protéica e causar morte celular. A morte celular faz com que form microtrombos (reação de fragmentos em detrimento da morte celular) e isso aumenta até denotar lesão no vaso que irriga os enterócitos. No local irão chegar plaquetas e fibrinas que interrompem o fluxo sanguíneo (que já estava diminuído) causando hiperemia, obstrução e passa a ficar em cianose. A adesão na mucosa ocorre através de fímbrias, que quanto menos o bezerro maior a quantidade de fímbrias e receptores. 2 TOXINAS – Termoinstável (rara em bezerros) e Termoesável, que ativa a GMPc e estimula a secreção de H20, isso aumento o influxo de liquido para o lumen intestinal e assim gera uma perda de eletrólitos e ocorre desidratação. A toxina estimula e ativa a Guanililciclase que se transforma de GTP para GMP, isso estimula a secreção. ENTEROPATOGÊNICA – Faz a adesão do intestino grosso e não destrói vilos e impede a absorção por união. Não penetra e sim se adere a borda em escova. ENTEROHEMORRÁGICA – Faz a penetração profunda nos tecidos, produzindo verotoxinas causando colite muco-hemorrágica. ENTEROINVASIVA – Altamente invasiva e cursa com septicemia, tendo consequência de hipópio (acumula pus e restos celulares na câmara anterior do olho) causando irite, pielonefrite, pneumonia e meningoencefalite. SALMONELLA TYPHIMURIUM, S. DUBLIN e S. NEWPORT. Sintoma de septicemia em menos de 1 mês de vida, cursa sem diarreia. Quando o animal tem mais de 1 mês desenvolve diarreia. Penetram na serosa e na mucosa e causa fezes acinzentadas com sangue, fibrina, muco pseudomembranoso e fragmento de mucosa. Depende da gravidade do quadro. Artrites e pneumoenterites podem estar presentes devido ao tropismo por articulações existe (90%) poliartrite. Pneumoenterite é a produção de gases no intestino. No S. Dublin causa vasculite (diminuição do calibre) nas extremidades, causando necrose de orelha e avulsão dos cascos. CLOSTRIDIUM PERFRINGENS (ENTEROTOXEMIA) Tem os tipos A, B, C, D e E. Produz mais de 12 toxinas, geralmente acomete as porções iniciais do intestino delgado (duodeno e jejuno) podendo ou não cursar com enterite, que quando cursa causam hemorragias e fezes escuras. B TOXINA- absorção de toxina que leva a inflamação e perda de mucosa. Causa cólica, escoiceia o abdômen, optótono, sinais neurológicos e morte. O C. perfringens possui gangrena gasosa e enfisema muscular, podendo ser causada até 6 meses (pois os bezerros até 6 meses possuem receptores para a toxina). Achados do intestino cor púrpura e presença de gás. ROTAVÍRUS Fezes abundante em semelhança a “iorgurte”. Invadem as vilosidades do intestino delgado que provoca alterações degenerativas, esfoliação e perda celular. As crisptas ficam protegidas e secretam fluidos normalmente, porém os vilos ficam afetados e não absorvem os fluidos, ocasionando a síndrome da má absorção. As células morrem e lançam novas células imaturas que produzem menos lactato (promovem a digestão da lactose) que diminui a digestão da lactose e ela se acumula no intestino grosso, sem ser digerida. Isso aumenta a osmolaridade intestinal que puxa H20 para o lúmen e devido à lesão das vilosidades, não é absorvido, causando diarreia e desidratação. Isso gera uma má digestão dos alimentos resultando em alimento não digerido no cólon, isso proporciona um crescimento bacteriano com aumento de fermentação e causa aumento da pressão osmótica que irão exacerbar a diarreia. Pode causar surtos. A perda de epitélio em grande escala tem fase de reparação lenta. Quanto maior a perda maior o tempo de recuperação, sendo assim necessita receber alimentos de boa qualidade já que a absorção esta debilitada. CORONAVÍRUS Bezerros de 7-21 dias de vida, acomete instestino delgado (ílio) e grosso (diarreia mais severa), tem extensa perda de vilosidades. A replicação ocorre primeiramente com células epiteliais maduras, eventualmente serão liberadas células imaturas e ocorrer o mesmo problema que ROTAVÍRUS. CRYPTOSPORIDIUM PARVIM Comum em bezerros e cordeiros, ocorre adesão aos enterócitos do ílio e intestino grosso. Excretam oocistos que infectam outros hospedeiros, causa degeneraçãi das vilosidades e hiperplasia das criptas (hipersecreção sem absorção – desidratação grave). Sua transmissão é diretamente relacionada com a higiene local, causa diarreia intermitente, fétida, profusa, com muco. Além de causar depressão, anorexia, perda de peso e tenesmo. O animal se caracterizamagro, pelos eriçados, sem brilho e com baixo desenvolvimento. É tratado com NITAZOXINIDA e tem reconstituição demorada. GIARDIA DUODENALLIS Acomete bezerros e pode ou não ter diarreia, assim como pode ser intermitente. Causa atrofias nos vilos levando a deficiência enzimática na superfície mucosa (leva a má absorção). 60% é assinotomática e demora de 1-45 dias pra manifestar a diarreia (se manifestar). As fezes podem alterar de pastosas a liquefeitas e o aleitamento na mãe aumenta 4x as chances de eliminarem a giárdia. EIMERIA E. bovis e E. zuernii, com caráter autolimitante, apresenta em cordeiros, cabritos e bezerros, cursa com diarreia aquosa e sanguinolenta, acometendo o ílio. A forma subclínica atinge 60% (PR, SC, RS). ESCORE DE FEZES DE ACORDO COM A CONSISTÊNCIA 0- Normal, firme, causa limpa e seca. 1- Pastosa, semi-formada. 2- Pastosa, H20, com resíduo na cauda. 3- Líquido com pouco ou sem resíduo aderido na cauda. Contaminação- fecal-oral, oral-fecal, água e leite.
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