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PATOGENIA E MANEJO DA DIARREIA

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PATOGENIA DA DIARREIA 
Pode cursar de 5 maneiras independentemente da ordem. 
 
DIMINUIÇÃO DA ABSORÇÃO (MÁ DIGESTÃO/ABSORÇÃO) 
Má absorção hídrica perde agua e mecanismos secretores continuam normais, isso 
aumenta a pressão hidrostática tecidual e causa diarreia , gerando uma diminuição de ions de 
Sódio. Normalmente em casos de vírus. 
A má absorção diminui as vilosidades que geram hiperplasia das criptas, liberam 
células secretoras imaturas que migram para as vilosidades, isso aumenta a capacidade 
secretora e diminui a capacidade de absorção (digestória), levando a uma diarreia osmótica. 
ROTAVIRUS, CORONAVIRUS, CRYPTOSPORIDIUM. 
HIPERSECREÇÃO 
 Menor absorção de ions de Na nos enterócitos das vilosidades e/ou maior secreção de 
cloreto nas células das criptas. Ao diminuir a absorção de Na, diminui a absorção de H20 e 
também aumenta a secreção (desequilíbrio entre absorção e secreção). O aumento de 
secreção de Na ocorre nas criptas e assim desenvolve a patogenia do microorganismo. 
ESCHERICHIA COLI 
EFEITO OSMÓTICO 
 Os enteropatógenos provocam intensa destruição dos enterócitos maduros e 
começam a lançar células imaturas que levam a uma deficiência transitória da enzinas 
galactosidase (produzidas nas vilosidades do jejuno) essa enzina converte a lactose em glicose 
e galactose sendo assim, não haverá lactose convertida (chegará integra no id), isso aumenta a 
concentração de lactose não digerida e consequentemente a osmolaridade do colon, para 
compensar isso puza-se liquido para o lumen (diarreia osmótica). Aumenta o deslocamento de 
agua de uma= meio menos concentrado para um meio mais concentrado. 
AUMENTO DA PRESSÃO HIDRAULICA NA PAREDE INTESTINAL 
 O aumento da pressão pode ser devido a inflamação e insuficiência cardíaca. A 
inflamação aumenta a pressão hidráulica e o diâmetro dos poros, provocando uma destruição 
das células absortivas, consequentemente perdas de liquido tecidual e proteínas. Com lesão 
no epitélio, permite a passagem de eritrócitos dos capilares para o lúmen, caracterizando 
diarreia com estrias de sangue. SALMONELOSE. 
HIPERMOTILIDADE 
 Quanto menor o tempo de trânsito intestinal, menor a absorção, pois não há tempo 
suficiente para absorver os líquidos. 
 
TIPOS DE DIARREIA 
SECRETÓRIA - resulta do movimento do fluido para o lúmen intestinal, fezes aquosas, 
alcalinas e em q=grandes volumes. Causada por infecção bacteriana. 
OSMÓTICA – fezes com aumento de osmolaridade por partículas não absorvidas, 
presença de lactose não digerida, Ph variável (dependo do grau de fermentação da lactose), 
menor volume de fezes. Causadas por agentes virais. 
 
 
EFEITOS SISTEMICOS DA DIARREIA - Causam perda de fluido extracelular. Diminuição do 
volume plasmático que causa enoftalmia, diminuição do turgor cutâneo e da pressão arterial, 
gerando uma vasoconstrição periférica, má perfusão tecidual, isquemias localizadas e 
extremidades frias. 
 
FATORES PREDISPONENTES - Manejo e falha na transferência de imunidade passiva, área e 
ambiente de parto (devem ser limpos), colostragem (imunidade passiva), desinfecção de 
umbigo, aleitamento e qualidade da água. 
 
DIAGNÓSTICO – Anamnese do animal, Anamnese do manejo, anamnese do rebanho como um 
todo, OPG, culturas, sorologia e PCR. 
 
TRATAMENTO 
 Intervir o mais rápido possível pois a desidratação que costumar causar mais mortes. 
ACIDOSE METABOLICA - Ocorre a perda de ions de bicarbonatonas fezes, a absorção de 
ácidos produzidos pela fermentação de lactose no IG. Perda de fluidos extracelulares que 
diminuem a perfusão sanguínea renal e alteração na função renal reduz a excreção renal de 
ions de H+. 
 A acidose lática é devido ao aumento da produção de lactato após hipóxia periférica e 
a diminuição da utilização do lactato devido a redução do aporte de lactato ao fígado. 
Irá ocorrer uma acidose intracelular (junto a diminuição do PH sanguíneo), com isso o 
aumento da produção intracelular de ions de H+ e isso força a saída de íons de Potássio e Na+ 
gerando uma hipercalcemia. Essa hipercalcemia vai alterar a proporção de potássio 
extracelular : potássio intracelular que irão reduzir o potencial de repouso da membrana e 
efeitos na função do musculo cardíaco. 
 
 
VOL PLASMATICO 
 
PRESSÃO ARTERIAL 
FUNÇÃO RENAL PERFUSÃO TECIDUAL 
   
EXCRESSÃO DE H+ METABOLISMO ANAERÓBICO 
ACIDOSE METABOLICA 
 
FALHA DO INTERCÂMBIO H+/K+ 

 
POTASSIO NO SANGUE 
 
MORTE POR FALHA CARDIACA 
 
Deve-se eliminar as causas conhecidas, combater a desidratação, manter atividade intestinal 
com adsorventes, protetores de mucosa, AINE’s (cm atenção com a desidratação, pois animais 
muito desidratados não se deve utilizar). 
DESIDRATAÇÃO 
 Oral ou Intravenosa, dependendo do grau de desidratação e reflexo de sucção. 
Trabalhar com Ringer Lactato (isotônica e veicula Na+, Cl+, K+, Ca++ e lactato), pode usar 
hipertônica e imediatamente após usar isotônica. 
5-8% - Em pé, normotermia, pulso forte e regular. 
8-10% - Enoftalmia, mucosa pegajosa e seca, extremidades frias, estação normal e TPC de 4-6’. 
10-12% - É grave, TPC maior que 6’, mucosa seca, vermelho escuro ou azulada, taquicardia 
grave, hipotermia, extremidades frias, ausência de reflexo de sucção. 
15%  - Choque hipovolêmico, coma, polidez, azulado, decúbito lateral permanente, 
hipotermia, taquicardia e bradipnéia, ausência do reflexo de sucção. 
 
 REPOSIÇÃO – Volume = Grau de desidratação + Peso (Kg). 
 MANUTENÇÃO - Volume = 100-150/Kg por 24h. 
 VOLUME TOTAL = REPOSIÇÃO + MANUTENÇÃO. 
Via oral sempre que possível, se for intravenosa (jugular ou auricular) em casos de moderada a 
grave, intraperitoneal e subcutânea (últimos casos). 
 VELOCIDADE - Em caso de desidratação severa (reposição) de 10-20ml/Kg/h. Choque 
hipovolêmico 40ml/Kg/h e manutenção e perdas contínuas de 2-5ml/Kg/h. Primeiramente a 
reposição intravenosa e com a melhora do animal pode administrar oral e fazer manutenção. A 
manutenção em 24h divididos em 2-4 parcelas. 
 
CORRECÃO DA ACIDOSE METABÓLICA 
Déficit de HCO-3 (mEq) = DB déficit de base (mEq/L) x PV x 0,5 (constante) 
1g de NaHCO-3 equivale a 12mEq de HCO
-
3 . 
DB é representado por grau de desidratação. 
 LEVE – DB =5 GRAVE – DB=15 
 MODERADO – DB=10 ESTUPOR – DB=20 
EXEMPLO: Desidratação grave DB=15, Bezerro de 50KG 
DB= 15 x 50 x 0,5 = 375mEq de déficit.  1g de bicarbonato = 12mEq  375/12= 31,25g 
Disponível a 6% - 1L de solução a 6% tem 720mEq.  375/720= 0,520L  520ml de solução. 
 
RECEITA DE HIDRATAÇÃO ORAL – NaCl (20g) + Kcl (4g) + Glicose de milho (80g) + Bicarbonato 
de sódio (16g) + Água (4L). 
 
TERAPIA ANTIMICROBIANA 
- Sulfamerazina: 30mg/Kg, BID, (E. coli enterotoxigênica) 
- Sulfa/Trimetoprim: 15-30 mg/Kg, BID 
- Florfenicol: 20 mg/Kg a cada 48h 
- Enrofloxacina: 2,5-5 mg/Kg, SID 
- Ceftiofur sódico: 1-2 mg/Kg, SID. 
 
ATIVIDADE INTESTINAL 
-Protetores de mucosa: Pectina, Coolin, água de arroz. 
-Adsorventes (carvão vegetal): puxa toxina para o lúmen. 
-Repositor da microbiota instestinal. 
 
Outras medidades: Antiparasitarios, OPG e crypto. 
-Giardiase: Albendazol, 20 mg/Kg, SID por 3 dias. 
-Nitazoxanide: Criptosporidiose. 
 
PREVENÇÃO – Corrigir manejo, cuidados com o umbigo, colostragem adequada, higiene das 
instalações e materiais, Vacinação.

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