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Obra: “Museologia, novas tendências” Autora: Marília Xavier Cury Referência: CURY, Marília Xavier. Museologia, novas tendências. P. 25 – 42. Disponível em: http://www.mast.br/livros /mast_colloquia_11.pdf Sobre a obra: O ICOFOM, Comitê Internacional de Museologia do ICOM, é um dos principais lugares para discussão da Museologia. O ICOFOM surge com o objetivo de configurar a Museologia como um campo de estudo independente. Entre 1980 a 1983, as discussões da área produziram resultados significativos ao tentar delimitar o objeto de estudo da museologia. Stránsky, afirma que museologia é entendida como o estudo da relação específica do Homem com a Realidade. Para Peter Van Mensch, é a relação do homem frente à realidade expresso em um objeto selecionado. Waldisa Rússio criará o conceito de “fato museal” como a relação entre o homem e o objeto em um cenário musealizado. O ternário é constituído pela sociedade, o patrimônio e o território. Pode-se afirmar que a Museologia tem por objeto de estudo o ternário. A Museologia não se limita aos museus, ela abrange um rol de relações como: “do homem e o objeto no museu; do homem e o patrimônio musealizado; do homem com o homem” p.29, etc. A autora define museografia como construção processual do museu, abrangendo a administração, avaliação e parte do processo curatorial. O planejamento estratégico produz as diretrizes que serão seguidas pela equipe da instituição, garantindo o cumprimento da missão institucional, além de apontar os pontos fortes e os pontos que necessitam de melhoria. O plano museológico, instrumento de gestão, é uma ferramenta de planejamento estratégico que abrange todas as áreas do museu, preocupando-se com a eficiência e a eficácia da instituição. O processo curatorial, para Cury, é definido como a cadeia operatória que gira em torno do objeto. Com uma definição mais ampla no processo, o http://www.mast.br/livros mesmo passa a abranger diferentes tipos de profissional que lidam com o acervo. O objeto museológico é aquele que passa pelo processo de musealização, retirado de seu contexto original e resinificado. A autora constantemente ressalta em suas publicações a importância e necessidade da avaliação museológica como forma de diagnosticar os problemas e melhorias que devem ser realizadas em prol do melhor funcionamento da instituição. O processo avaliativo deve abranger todas as áreas do museu e levar em consideração o uso que o público faz do museu, a fim de certificar se a experiência museal completa-se com a recepção por parte do visitante. A museografia, que abrange a expografia, está voltada ao processo museológico que ocorre no museu, enquanto a Museologia estuda a relação do homem com o patrimônio, independentemente da finalização do processo em uma instituição museológica. A autora afirma que a pesquisa museológica deve ser realizada abrangendo a percepção de fato museológico, homem e seu patrimônio, o que transcende a pesquisa realizada apenas no museu.
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