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2020 11 16 tcc unip importancia de jogos e brincadeiras

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Universidade Paulista – UNIP 
Educação a Distância – EaD 
Curso: Licenciatura em Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DE JOGOS E BRINCADEIRAS 
NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM 
Saberes Pedagógicos 
 
 
 
 
AMORIM, KESIA PEREIRA DE OLIVEIRA / RA: 1879064 
SANTOS, LAYSA DA CRUZ DOS / RA: 1802803 
SOUZA, BEATRIZ MORAIS DE/ RA: 1830291 
SILVA, MARCELINA MOREIRA DA / RA: 1811376 
SILVA, MARIA HELIA DE VASCONCELOS BEZERRA / RA: 1887964 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JARAGUÁ/GO 
2020/2 
 
 
AMORIM, KESIA PEREIRA DE OLIVEIRA / RA: 1879064 
SANTOS, LAYSA DA CRUZ DOS / RA: 1802803 
SOUZA, BEATRIZ MORAIS DE / RA: 1830291 
SILVA, MARCELINA MOREIRA DA / RA: 1811376 
SILVA, MARIA HELIA DE VASCONCELOS BEZERRA / RA: 1887964 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DE JOGOS E BRINCADEIRAS 
NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM 
Saberes Pedagógicos 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
como requisito parcial para obtenção do título 
de Licenciatura em Pedagogia. 
Universidade Paulista – UNIP/EaD 
Orientação: Prof. Me. Fábio Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JARAGUÁ/GO 
2020/2 
 
AMORIM, KESIA PEREIRA DE OLIVEIRA / RA: 1879064 
SANTOS, LAYSA DA CRUZ DOS / RA: 1802803 
SOUZA, BEATRIZ MORAIS DE / RA: 1830291 
SILVA, MARCELINA MOREIRA DA / RA: 1811376 
SILVA, MARIA HELIA DE VASCONCELOS BEZERRA / RA: 1887964 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DE JOGOS E BRINCADEIRAS 
NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM 
Saberes Pedagógicos 
 
Relatório final, apresentado a Universidade 
Paulista – UNIP, como parte das exigências 
para a obtenção do título de Licenciatura em 
Pedagogia. 
 
Jaraguá-GO, 16 de novembro de 2020. 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
__________________________________________ 
Prof. 
 
 
 
 
 
__________________________________________ 
Prof. 
 
 
 
 
 
__________________________________________ 
Prof. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esta Monografia ao Pastor Presidente, Pr. 
William da Silva, e sua mui digna esposa, Pra. 
Maria Helena, que sempre me deram apoio 
espiritual (AMORIM, Késia). 
Dedico à minha família – meu pai, minha mãe e 
meus irmãos – que é, foi e sempre será minha base 
em todas as caminhadas da vida, em especial aos 
meus filhos, Henrique e Kauan, e ao meu esposo, 
Simôneo, pelo incondicional apoio (SANTOS, 
Laysa). 
Dedico esta Monografia a Deus e à minha família, 
que me incentivaram e graças a eles, assim como 
todo esforço realizado ao longo deste percurso, 
alcancei a vitória (SOUZA, Beatriz). 
Dedico à minha família, meu pai, minha mãe e 
meus irmãos, por ser minha base nessa caminhada 
vitoriosa e pelo incondicional apoio (SILVA, 
Marcelina). 
 
AGRADECIMENTOS 
Sou grata a Deus pela vida e por todo o auxílio nos mais diversos obstáculos ao longo 
do curso. Agradeço ao meu esposo, Jocélio Amorim, que foi parte fundamental com 
todo seu apoio nos momentos mais cruciais, à minha mamãe, Edite, pelas orações, 
aos meus pastores, em especial ao pastor presidente, Pr. William da Silva Jr. e família, 
ao polo da Universidade Paulista – UNIP de Jaraguá, Goiás, pelo suporte, assistência 
e apoio e, ainda, ao Kauê Felipe, amigo e sobrinho querido, por toda a ajuda 
(AMORIM, Késia). 
Agradeço a Deus pelo dom da vida e à minha família pelo apoio incondicional, também 
à minha colega, Beatriz Morais, que não mede esforços para me ajudar. Agradeço 
ainda à Instituição Escolar Municipal Escola Maria Catarina de Freitas e todo o corpo 
docente (SANTOS, Laysa). 
Agradeço a Deus, à minha família e aos amigos que sabem e fazem parte desse 
caminho (SOUZA, Beatriz). 
Agradeço primeiramente a Deus. Agradeço à minha colega Beatriz Morais que sempre 
me ajudou sem medir esforços, além de agradecer também à Instituição Escolar 
Municipal Escola Maria Catarina de Freitas e todo o corpo docente (SILVA, Marcelina). 
Em primeiro lugar agradeço a Deus por toda a força e saúde concedida na estrada 
até aqui. Agradeço imensamente ao meu esposo, aos meus filhos e minhas noras por 
me apoiarem e pelo suporte para que tudo isso acontecesse. Agradeço também aos 
professores e à irmã e amiga, Késia Amorim, e seu esposo, Jocélio Amorim, que 
fazem parte de toda minha graduação. Finalmente, agradeço a todos os amigos. Deus 
seja louvado por cada vida (SILVA, Maria). 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
AMORIM, KESIA PEREIRA DE OLIVEIRA. 
....IMPORTÂNCIA DE JOGOS E BRINCADEIRAS NO PROCESSO 
DE ENSINO APRENDIZAGEM : Saberes Pedagógicos / KESIA 
PEREIRA DE OLIVEIRA AMORIM, LAYSA DA CRUZ DOS 
SANTOS, BEATRIZ MORAIS DE SOUZA, MARCELINA MOREIRA 
DA SILVA, MARIA HELIA DE VASCONCELOS BEZERRA SILVA. - 
2020. 
....46 f. : il. 
 
....Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao 
curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista – 
UNIP, JARAGUÁ/GO, 2020.�
 
....Orientador: Prof. Me. FÁBIO FERREIRA.�
 
....1. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E 
HIPERATIVIDADE. 2. JOGOS E BRINCADEIRAS. 3. 
BRINQUEDOTECAS. 4. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM. 5. 
FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS. I. SANTOS, LAYSA DA CRUZ 
DOS. II. SOUZA, BEATRIZ MORAIS DE. III. FERREIRA, FÁBIO 
(orientador). IV. Título. 
Elaborada de forma automática pelo sistema da UNIP com as informações fornecidas pelo(a) autor(a). 
 
 
 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO	...................................................................................................................	11	
1	 CAPITULO	I	................................................................................................................	13	
1.1	 PROCESSO	DE	DESENVOLVIMENTO	DO	CICLO	VITAL	......................................................	13	
1.1.1	 PRÉ-NATAL (concepção ao nascimento)	.............................................................	13	
1.1.2	 PRIMEIRA INFÂNCIA (nascimento aos três anos)	.............................................	13	
1.1.3	 SEGUNDA INFÂNCIA (três aos seis anos)	..........................................................	14	
1.1.4	 TERCEIRÂ INFÂNCIA (seis aos onze anos)	.......................................................	14	
1.2	 IMPORTÁNCIA	DE	PESQUISAS	VOLTADAS	ÂS	DIFICULDADES	DE	APRENDIZAGEM	..........	14	
1.3	 AS	DIFICULDADES	DE	APRENDIZAGEM	..........................................................................	15	
1.3.1	 APRENDIZAGEM	.....................................................................................................	15	
1.3.2	 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM (conceito)	................................................	16	
1.3.3	 AS PRINCIPAIS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM	..................................	16	
1.3.4	 TRANSTORNO DE DÉFICT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE – TDAH	...	19	
1.4	 FERRAMENTAS	PEDAGÓGICAS	......................................................................................	24	
1.4.1	 BRINQUEDOTECA	..................................................................................................	24	
1.4.2	 A BRINQUEDOTECA INSERIDA NO AMBIENTE EDUCACIONAL E SUA 
RELAÇÃO COM OS ALUNOS	................................................................................................	27	
2	 CAPÍTULO	II	...............................................................................................................	31	
2.1	 METODOLOGIA	.............................................................................................................	31	
3	 CAPÍTULO	III	..............................................................................................................	33	
3.1	 ANÁLISE	E	DISCUSSÃO	...................................................................................................	33	
3.1.1	 A BRINQUEDOTECA COMO FERRAMENTA DE APOIO AO ENSINO	.........	33	
3.1.2	 A CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E O CONTEXTO PEDAGÓGICO	...........	35	
3.2	 É	POSSÍVEL	UTILIZAR	BRINQUEDOTECAS,	JOGOS	E	BRINCADEIRAS	PARA	O	
ABRANDAMENTO	DOS	PREJUÍZOS	E	CONSEQUÊNCIAS	DO	TRANSTORNO	DE	DÉFICIT	DE	
ATENÇÃO	E	HIPERATIVIDADE?	...................................................................................................37	
4	 CONSIDERAÇÕES	FINAIS	............................................................................................	41	
5	 REFERÊNCIAS	BIBLIOGRÁFICAS	.................................................................................	43	
 
 8 
RESUMO 
 
 
Entre o leque de temas referenciáveis, os principais são as dificuldades de 
aprendizagem e as ferramentas pedagógicas, sendo o primeiro o escolhido como 
norte do presente Projeto. Numa primeira abordagem foram estendidos interesse e 
foco não restritos apenas às dificuldades de aprendizagem propriamente ditas, isto é, 
as dificuldades patológicas, geralmente vislumbradas por meio da leitura do termo 
“dificuldades de aprendizagem”, preocupando-se com questões correlatas a 
aprendizagem e como pode ser possível torna-la mais fluida, assertiva, estratégica e 
democrática, tornando-a assim mais eficaz no que diz respeito as respostas 
estratégicas às dificuldades encontradas por alunos durante toda a vida. Esta 
Monografia intenta por contribuir com o meio acadêmico acerca de novas ideias sobre 
o lidar pedagógico e estratégico com as dificuldades supracitadas e tem como objetivo 
geral alcançar a percepção sobre as principais contribuições de uma brinquedoteca 
no ambiente educacional, além de relacioná-las com ganhos e possíveis entradas no 
processo de ensino-aprendizagem de indivíduos com TDAH. Os objetivos específicos 
são (1) discorrer sobre a importância dos estudos na área de dificuldades de 
aprendizagem e expor o TDAH como um dos focos da pesquisa; (2) discorrer acerca 
das definições de brinquedoteca, além dos prejuízos e contribuições para o ambiente 
educacional e para os alunos; e (3) considerar e apresentar as principais contribuições 
de uma brinquedoteca capazes de abrandar os prejuízos e consequências do TDAH. 
De acordo com o Manual de Trabalho de Curso, a metodologia será exclusivamente 
um levantamento bibliográfico, um trabalho de aprofundamento sobre o tema 
escolhido. Para tanto, o grupo desenvolveu pesquisas a partir do Google Acadêmico, 
sites e publicações sobre áreas de conhecimento relacionadas, bem como entrevistas 
disponibilizadas no Youtube com profissionais especialistas nas áreas estudadas. 
Também foram utilizados conhecimentos contextualizados acerca dos estágios do 
desenvolvimento do ciclo vital humano; das dificuldades de aprendizagem; da história 
e ocorrências das brinquedotecas; além de temas diversos relacionados com o 
brincar. Outra grande fonte de informações seguras utilizada fora a Associação 
Brasileira de Brinquedotecas – ABBrin, bem como a Associação brasileira do Déficit 
de Atenção – ABDA, cujos sites foram de grande valia para o desenvolvimento inicial 
da Pesquisa e direcionamento dos estudos. Além disso, foram estudados diversos 
artigos e publicações sobre brinquedotecas hospitalares, importância de afeto no 
desenvolvimento infantil, tratamento de crianças com câncer atrelado a 
brinquedotecas, importância de brinquedotecas em cuidados paliativos, importância 
do lúdico no desenvolvimento humano, entre outros, que discorrem acerca das 
brinquedotecas, jogos e brincadeiras como potentes e versáteis ferramentas 
pedagógicas. A presente monografia foi desenvolvida sob o projeto de, 
primeiramente, apresentar breve contextualização sobre o inicio do desenvolvimento 
do ciclo vital humano, o qual abrange os períodos compreendidos da concepção à 
terceira infância. Depois, explanar sobre dificuldades de aprendizagem, finalizando-
as com o TDAH, para posteriormente abordar sobre ferramentas pedagógicas, 
direcionando o assunto para as brinquedotecas (história e contexto). Em seguida, 
após a metodologia, intentou-se por continuar a abordagem da brinquedoteca como 
ferramenta de apoio ao ensino e desenvolvimento e finalizando com o conflito entre 
brinquedotecas e TDAH, apresentando, por fim, a relação pressuposta no inicio do 
presente Projeto. 
Palavras-chave: Dificuldades; Aprendizagem; TDAH; Brinquedotecas; Lúdico. 
 
 9 
ABSTRACT 
 
 
Among the range of themes, the main ones are learning difficulties and pedagogical 
tools, the first being chosen as the north of this Project. In a first approach, the interest 
and focus were extended, not restricted, only to learning difficulties, in meaning most 
known, that is, the pathological difficulties, usually glimpsed by reading the term 
“learning difficulties”, worrying about issues related to learning and how is possible to 
make it more fluid, assertive, strategic and democratic, this way, making it more 
effective with regard to strategic responses to difficulties found by students throughout 
their lives. This Monograph intends to contribute with the academic environment about 
new ideas about the pedagogical and strategic dealing with the difficulties and has as 
general objective to reach the perception about the main contributions of a toy library 
in the educational environment, in addition to relating them with gains and possible 
entries in the teaching-learning process of individuals with ADHD. The specific 
objectives are (1) to discuss the importance of studies in the area of learning difficulties 
and expose ADHD as one of the research focuses; (2) talk about the definitions of the 
toy library, in addition to the losses and contributions to the educational environment 
and to the students; and (3) consider and show the main contributions of a toy library 
capable of mitigating the damage and consequences of ADHD. According to the 
Course Work Manual, the methodology will be exclusively a bibliographic survey, an 
in-depth study on the chosen theme. To this end, the group developed research from 
Google Scholar, websites and publications on related areas of knowledge, as well as 
interviews available on YouTube with professionals specialized in the areas studied. 
Contextualized knowledge about the stages of development of the human life cycle 
was also used; learning difficulties; the history and occurrences of toy libraries; in 
addition to various themes related to playing, games and toy libraries. Another great 
source of safe information used was the Brazilian Toy Library Association – ABBrin, 
as well as the Brazilian Attention Deficit Association – ABDA, whose websites were of 
great value for the initial development of the Research and the direction of the studies. 
In addition, several articles and publications about hospital playrooms, importance of 
affection in child development, treatment of children with cancer linked to toy libraries, 
importance of toy libraries in palliative care, importance of playfulness in human 
development, among others, were studied. Toy libraries and games as powerful and 
versatile teaching tools. This monograph was developed under the Project of, firstly, 
show a brief contextualization about the beginning of the development of the human 
life cycle, then, which covers the periods comprised from conception to third childhood. 
Then, explain about learning difficulties, ending them with the ADHD, to later approach 
about pedagogical tools, directing the subject to the toy libraries (history and context). 
Then, after the methodology, it was attempted to continue the approach of the toy 
library as a tool to support teaching and development and ending with the conflict 
between toy libraries and ADHD, finally presenting the relationship assumed at the 
beginning of the present Project. 
Key-words: Difficulties; Learning; ADHD; Toys-libraries; Ludic. 
 
 
 
 10 
RESUMEN 
 
 
Dentro del abanico de temas de referencia, los principales son las dificultades de 
aprendizaje y las herramientas pedagógicas, siendo el primero elegido el norte de este 
Proyecto. En un primero acercamiento se extendió el interés y el enfoque, no 
restringido solo a las dificultades de aprendizaje en sí mismas, es decir, las dificultades 
patológicas, que generalmente se vislumbran al leer el término “dificultades de 
aprendizaje”, preocupándose por cuestiones relacionadas con el aprendizaje y cómoes posible hacerlo más fluido, asertivo, estratégico y democrático, haciéndolo así más 
efectivo en las respuestas estratégicas a las dificultades encontradas por los 
estudiantes a lo largo de sus vidas. Esta Monografía pretende aportar al entorno 
académico nuevas ideas sobre el abordaje pedagógico y estratégico de las 
dificultades mencionadas y tiene como objetivo general llegar a la percepción sobre 
los principales aportes de una ludoteca en el entorno educativo, además de 
relacionarlos con logros y posibles entradas en el proceso de enseñanza-aprendizaje 
de las personas con TDAH. Los objetivos específicos son (1) discutir la importancia 
de los estudios en el área de las dificultades de aprendizaje y exponer el TDAH como 
uno de los focos de investigación; (2) hablar sobre las definiciones de ludoteca, 
además de las pérdidas y contribuciones al entorno educativo y a los estudiantes; y 
(3) considerar y presentar los principales aportes de una ludoteca capaz de mitigar los 
daños y consecuencias del TDAH. Según el Manual de Trabajo del Curso, la 
metodología será exclusivamente un relevamiento bibliográfico, un estudio en 
profundidad sobre la temática elegida. Para ello, el grupo desarrolló investigaciones 
desde Google Scholar, sitios web y publicaciones sobre áreas de conocimiento 
relacionadas, así como entrevistas disponibles en YouTube con profesionales 
especializados en las áreas estudiadas. También se utilizó el conocimiento 
contextualizado sobre las etapas de desarrollo del ciclo de vida humano; dificultades 
de aprendizaje; la historia y ocurrencias de ludotecas; además de varios temas 
relacionados con el juego. Otra gran fuente de información segura utilizada fuera de 
la Asociación Brasileña de Jugueterías – ABBrin, así como de la Asociación Brasileña 
de Déficit de Atención – ABDA, cuyos sitios web fueron de gran valor para el desarrollo 
inicial de la Investigación y la dirección de los estudios. Además, se estudiaron varios 
artículos y publicaciones sobre ludotecas hospitalarias, importancia del afecto en el 
desarrollo infantil, tratamiento de niños con cáncer vinculado a ludotecas, importancia 
de las ludotecas en los cuidados paliativos, importancia de la alegría en el desarrollo 
humano, entre otros. Ludotecas, juegos y juegos como herramientas de enseñanza 
poderosas y versátiles. Esta monografía se desarrolló bajo el Proyecto de, primero, 
presentar una breve contextualización sobre el inicio del desarrollo del ciclo vital 
humano, luego, que abarca los períodos comprendidos desde la concepción hasta la 
tercera infancia. Luego, explicar sobre las dificultades de aprendizaje, finalizándolas 
con el TDAH, para luego abordar sobre las herramientas pedagógicas, dirigiendo el 
tema a las ludotecas (historia y contexto). Luego, luego de la metodología, se intentó 
continuar el abordaje de la ludoteca como herramienta de apoyo a la enseñanza y el 
desarrollo y terminando con el conflicto entre ludotecas y TDAH, presentando 
finalmente la relación asumida al inicio del presente Proyecto. 
Palabras-llave: Dificultades; Aprendizaje; TDAH; Ludotecas; Ludic. 
 
 11 
INTRODUÇÃO 
Entre o breve leque de temas potencialmente referenciáveis, os principais sobre o 
quais esta monografia se debruça são as dificuldades de aprendizagem e as 
ferramentas pedagógicas, como já mencionado. 
Acerca das dificuldades de aprendizagem, numa primeira abordagem foram 
estendidos interesse e foco sem restrições a apenas dificuldades de aprendizagem 
propriamente ditas, ou seja, as dificuldades patológicas, geralmente vislumbradas por 
meio da leitura do termo “dificuldades de aprendizagem”. Mais profundamente, este 
trabalho se direcionou para a ampliação dos conhecimentos, questionamentos e os 
conseguintes resultados desses, como forma de atuar pedagogicamente, isto é, 
preocupando-se com questões correlatas a aprendizagem e como é possível torna-la 
mais fluida, assertiva, estratégica e democrática, tornando-a assim mais eficaz no que 
diz respeito as respostas estratégicas às dificuldades encontradas por alunos durante 
toda a vida, desde a pré-escola até os cursos EJAs e superiores. 
Diante disso, para todos os efeitos e de acordo com as orientações preliminares 
contidas no Manual de Trabalho de Curso (Pedagogia – EaD), nesta monografia as 
dificuldades de aprendizagem consideradas são, primeira e oficialmente, as 
patológicas, como veremos adiante, sem ignorar ou descartar, todavia, a preocupação 
real e pedagógica com as dificuldades de aprendizagem de modo geral. 
A extensão, abrangência e profundidade com as quais esta monografia tratará o tema 
supracitado “Dificuldades de Aprendizagem” é apresentada de acordo e consonância 
com o título explicitado na capa e folha de rosto “IMPORTÂNCIA DE JOGOS E 
BRINCADEIRAS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM: 
Saberes Pedagógicos”. 
Salienta-se, ante o título expresso acima, o teor científico e produtivo de monografias, 
trabalhos e conclusão de curso – TCCs, artigos acadêmicos e pesquisas de titulação, 
haja vista na maior parte das vezes a incidência de trabalhos como apenas 
“amontoados acadêmicos” com fim tão somente de aprovação e conclusão metódica 
de cursos superiores. 
No caminho contrário, esta monografia intenta por contribuir com o meio acadêmico 
acerca de novas ideias sobre o lidar pedagógico e estratégico com as dificuldades de 
aprendizado, declaradas acima, e têm como objetivo geral alcançar a percepção 
 
 12 
sobre as principais contribuições de uma brinquedoteca no ambiente 
educacional, além de relacioná-las com ganhos e possíveis entradas no 
processo de ensino-aprendizagem de indivíduos, na faixa etária mencionada, 
com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, que é uma 
dificuldade de aprendizagem. Debaixo desse, os objetivos específicos desta peça 
acadêmica de pesquisa são (1) discorrer sobre a importância dos estudos na área 
de dificuldades de aprendizagem e expor o Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade – TDAH como um dos focos da pesquisa; (2) discorrer acerca das 
definições de brinquedoteca, além dos prejuízos e contribuições para o 
ambiente educacional e para os alunos; e (3) considerar e apresentar as 
principais contribuições de uma brinquedoteca capazes de abrandar os 
prejuízos e consequências do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade 
– TDAH. 
Um dos principais papeis da pedagogia é o de mitigar ao máximo os riscos sobre a 
aprendizagem, aproveitando com eficácia e humanização cada oportunidade no 
ambiente escolar. Dentre muitos processos existentes, como a orientação 
pedagógica, a psicopedagogia, entre outros, está a brinquedoteca, que pode ser, e é 
papel desta pesquisa ser fator contribuinte para a expressão dessa possibilidade, um 
grande instrumento na minimização das dificuldades de aprendizagem, se tratada 
com seriedade e não como apenas uma sala de recreação, onde os alunos são 
deixados sem supervisão ou sequer planejamento. 
A brinquedoteca pode ser utilizada, além de um lugar pedagógico fora da sala de aula, 
como ferramenta de motivação e recompensa para os alunos com Transtorno de 
Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, facilitando o relacionamento aluno-
professor e proporcionando vínculos de confiança., além de propiciar um clima sem a 
pressão e obrigatoriedade tradicionais de uma sala de aula e abordagem 
convencional. 
 
 13 
1 CAPITULO I 
A psicologia do desenvolvimento trata-se do ramo da psicologia que se debruça por 
sobre questões correlatas as capacidades adquiridas por indivíduos ao longo da vida, 
bem como de que forma se diferenciam, dados os aspectos de desenvolvimento 
individual e coletivo: aspectos psicossociais, ambientais, entre outros. 
Assim, essencialmente o estudo acerca do desenvolvimento do ciclo vital 
humano “é a área de conhecimento da psicologia que busca compreender 
como e por que as pessoas se modificam, e como e por que elas 
permanecem as mesmas nosvários momentos de sua vida, à medida que 
envelhecem” (BERGER, p. 3, 2001). 
1.1 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO CICLO VITAL 
O ciclo vital caracteriza-se pelo processo de desenvolvimento humano de forma 
integral, isto é, durante toda a vida, desde a concepção ate a morte. O ciclo vital 
humano é compreendido por meio das fases pré-natal, primeira, segunda e terceira 
infância, adolescência, início da vida adulta, vida adulta intermediária e vida adulta 
tardia, a partir das quais serão discutidas aquelas com mais impacto sobre os anos 
que compreendem a primeira fase do ensino fundamental. Ou seja, da concepção à 
terceira infância, considero o período de desenvolvimento essencial para o ser 
humano. 
“A infância é uma etapa fundamental no desenvolvimento humano, marcada 
pelas atividades físicas intensas, sendo que estas são necessárias para que 
a criança possa ir aos poucos explorando e conhecendo o ambiente a sua 
volta e assim, consequentemente, crescendo normalmente e aprimorando 
seu conhecimento sobre o mundo” (OLIVEIRA, p. 2, 2009). 
1.1.1 PRÉ-NATAL (concepção ao nascimento) 
Embora frequente seja o pensamento do início da vida a partir do nascimento, os 
seres humanos iniciam seu processo de desenvolvimento do ciclo vital a partir dos 
nove meses de gestação, mais especificamente no momento da concepção, quando 
espermatozoides e óvulos se encontram para, a partir disso, serem desenvolvidas 
características genéticas, bem como todo o corpo do feto. 
1.1.2 PRIMEIRA INFÂNCIA (nascimento aos três anos) 
Na primeira infância, compreendida do nascimento até os três anos de idade, além 
dos cinco sentidos (tato, visão, paladar, audição e olfato) agora imersos num ambiente 
onde serão constantemente desenvolvidos e experimentados, os indivíduos passam 
 
 14 
a possuir e desenvolver a autoconsciência (a percepção de si próprio) e a consciência 
de outros, adquirindo o interesse em outras crianças. 
1.1.3 SEGUNDA INFÂNCIA (três aos seis anos) 
O período compreendido entre os três e seis anos de idade é denominado de segunda 
infância e, nesse ponto do desenvolvimento humano, a estrutura corporal dos 
indivíduos tende a se desenvolver mais e a assemelhar-se proporcionalmente a 
estrutura corporal de adultos. Segundo PAPALIA (p. 40, 2013), nesta fase, “o 
pensamento é um tanto egocêntrico, mas aumenta a compreensão do ponto de vista 
dos outros. A imaturidade cognitiva resulta em algumas ideias ilógicas sobre o mundo. 
Desenvolve-se a identidade de gênero”. 
O Autor ainda explica que, nesse período, 
“a substância cinzenta diminui em uma onda inversa à medida que o cérebro 
amadurece e conexões neurais são desativadas, ou seja, com o tempo há 
uma perda na densidade da massa cinzenta, o que gera, paradoxalmente, 
um maior amadurecimento, um funcionamento mais eficiente” (PAPALIA, p. 
40, 2013). 
1.1.4 TERCEIRÂ INFÂNCIA (seis aos onze anos) 
Na terceira infância ocorre, entre outras coisas, diminuição do crescimento físico da 
criança e de sinais egocêntricos, isto é, a consciência da criança já não é tão voltada 
para si mesma quanto era na primeira infância. Além disso, a terceira infância é uma 
fase com bastante recorrência de sinais de necessidades especiais, tanto nos casos 
de diminuição das capacidades como no de alto grau de habilidades, que demandam 
a mesma intensidade de cuidados. 
É, geralmente, na terceira infância onde são realizados os diagnósticos de patologias, 
distúrbios ou transtornos. Salienta-se que se tratando de transtornos, nem sempre os 
indivíduos têm suas capacidades cognitivas diminuídas, mas também existem caso 
onde são ampliadas. Entretanto, ambas situações preconizam por cuidados 
intensivos. 
1.2 IMPORTÁNCIA DE PESQUISAS VOLTADAS ÂS DIFICULDADES 
DE APRENDIZAGEM 
A educação e seus litígios residem e se estabelecem em terrenos subjetivos e 
ambivalentes, onde variáveis responsáveis pelo sucesso ou fracasso do processo de 
ensino-aprendizagem são indeléveis. Isto é, na sala de aula, cada indivíduo possui 
 
 15 
diferentes aspectos e se encontra sob efeitos de diversas influências distintas, tais 
como saúde física e mental, alimentação, relações de poder dentro e fora da escola, 
grau de desenvolvimento na primeira infância, estrutura familiar, base sociocultural, 
aspectos socioeconômicos, entre outros, que podem influenciar cada aluno de 
diferentes formas. 
Diante disso, torna-se imprescindível a valorização e estímulo às pesquisas voltadas, 
diretas ou indiretamente, às dificuldades de aprendizagem, haja vista se tratar de um 
tema primordial para a pedagogia. 
1.3 AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 
1.3.1 APRENDIZAGEM 
De forma prima, ao discorrer-se acerca das dificuldades de aprendizagem, bem como 
temas relacionados a essas, faz-se imprescindível que o conceito base seja 
integralmente entendido. 
Para tanto é preciso que se esclareça acerca do conceito aprendizagem, que compõe 
a absorção de novos conhecimentos, habilidades e comportamentos, por meio e/ou 
motivada pela necessidade (fisiológica e/ou psicológica) que cada individuo possui de 
se adaptar ao meio em que vive, isto é, a realidade na qual está inserido. 
“Dependendo do contexto, o termo pode designar o processo ou o seu 
resultado. Ou seja, no decurso da aprendizagem, dois fenómenos se 
verificam: por um lado, o organismo aprende, adquire os novos 
comportamentos e conhecimentos, graças a todo um envolvimento dos 
processos psicológicos e fisiológicos de adaptação ao meio. Por outro, após 
a apreensão dos comportamentos e conhecimentos, o organismo serve-se 
dessas aquisições para fazer uma relação com outras circunstâncias ” 
(PINTO E FERNANDES, p. 46, 2014). 
Segundo PINTO E FERNANDES (p. 46, 2014), 
“a aprendizagem abarca, ainda, estradas e codificações informacionais nos 
receptores sistêmicos do organismo, que posteriormente, após a codificação 
armazena devidamente a fim de que esteja acessível, caso seja necessária 
qualquer recuperação. O armazenamento da informação é realizada através 
da memoria interna e significa, por outras palavras, a persistência da 
informação ao longo do tempo. A recuperação que é o terminal de saída da 
informação do processo da memória refere-se ao uso da informação 
armazenada. ” 
Diante do acertado pelo Autor, entende-se que a recuperação de determinada 
informação pode tornar-se mais fácil se, no momento do armazenamento na memória 
interna, estruturada sobre bases de outros conhecimentos existentes, isto é, outras 
informações já absorvidas, codificadas e armazenadas. 
 
 16 
1.3.2 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM (conceito) 
As dificuldades de aprendizagem ou, como também são conhecidas, transtornos da 
aprendizagem tratam-se de desordenamentos distintos causados por dificuldades na 
aquisição e utilização da compreensão. 
Outros autores também as descrevem como um grupo diversificado de mal 
funcionamentos cerebrais cujos resultados principais são as dificuldades de utilização 
dos cinco sentidos em prol da aprendizagem, como a seguir: 
“Termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens 
manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e utilização da 
compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocínio, de acordo 
com a definição do National Joint Committee of Learning Disabilities (NJCLD). 
A criança com dificuldades de aprendizagem é considerada normal e apenas 
possui a necessidade de aprender de uma forma diferente da tradicional. Um 
exemplo de dificuldade de aprendizagem, que não significa deficiência nem 
doença, é a dislexia. ” (MENEZES, 2001) 
1.3.3 AS PRINCIPAIS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 
1.3.3.1 DIFICULDADE DE LEITURA – DISLEXIA 
Entre os principais problemas relacionados a aprendizagem está a dislexia, que nada 
mais é do que o desarranjo no momento de decodificação de modo geral, que pode 
interferir principalmente na leitura e escrita. “A dislexia é entendida como uma 
dificuldade em identificar, compreendere reproduzir os símbolos, o que origina 
problemas na aprendizagem da leitura e da ortografia ” (RIDEAU, 1977). 
A dislexia implica nas capacidades que o indivíduo tem para decifrar símbolos e 
códigos, fazendo com que a criança portadora embaralhe as palavras e sinais gráficos 
ou absorva as palavras de um texto fora da ordem convencional, “assim, quando um 
disléxico lê um texto, pode chegar a substituições completas, dizendo uma palavra em 
vez da outra, ou chegar a suprimir mais ou menos voluntariamente palavras difíceis 
de decifrar ” (RIDEAU, 1977). 
A principal estratégia de resposta à dislexia é a prevenção, de forma a se utilizar 
métodos que previnam essa dificuldade e direcionem o processo de ensino-
aprendizagem por um caminho com menos obstáculos, como acertam PINTO E 
FERNANDES (p. 48, 2014): 
“Para resolver ou minimizar os efeitos da dislexia, devem ser aplicadas 
técnicas de ensino que facilitem a aquisição dos primeiros passos em 
direcção a escrita, como por exemplo, iniciar com a aprendizagem do 
alfabeto, de seguida, associar as letras em sílabas e depois, passar às 
palavras e à juncão destas para formar períodos. Importa salientar que, para 
 
 17 
o sucesso da actividade de recuperação é indispensável a colaboração do 
educador, professor, pais e a criança. “ 
1.3.3.2 DIFICULDADE DE CÁLCULO – DISCALCULIA 
Segundo PINTO E FERNANDES (p. 48, 2014), “trata-se de uma dificuldade em 
aprender o cálculo elementar nas crianças que em outras matérias podem até ter um 
bom nível escolar intelectual”. Isto é, indivíduos que não possuem a menor tipificação 
de falhas ou déficits de aprendizagem nas demais disciplinas escolares, encontram 
uma dificuldade média ou grave na aprendizagem e realização de cálculos básicos, 
como, por exemplo, adição e subtração. 
RIDEAU (1977) complementa discorrendo como uma dificuldade inerente aos 
números e respectivas correlações, como exemplifica: 
“Traduz-se pela dificuldade em integrar as noções numéricas, 
em compreender o mecanismo da numeração, as operações 
simples como adição, divisão, subtração entre outras. As 
dificuldades dizem respeito à integração e utilização dos 
símbolos numéricos. ” 
Essa dificuldade está alojada, por assim dizer, na interpretação e respectiva tomada 
de decisão acerca dos cálculos, de forma que o indivíduo portador, via de regra, não 
alcança a etapa de resolução dos problemas, antes não consegue estabelecer 
conexões lógicas que o permitam decidir qual caminho seguir para a resolução do 
problema numérico. 
Como PINTO E FERNANDES (p. 48, 2014) apresentam: 
“Uma criança que é portadora desta dificuldade apresenta maus resultados 
em cálculo, principalmente a partir da escola primária. Quando a criança se 
encontra face a problemas que necessitem de um raciocínio pessoal, não 
consegue saber que operação deve utilizar para conseguir a solução, hesita 
no caminho a seguir e não descobre o que realmente deverá fazer. ” 
Para os autores, diante da discalculia se faz necessário recompensas constantes e 
sistema de encorajamento, além do favorecimento de atividades e problemas que 
estimulem a curiosidade e senso investigativo. 
“Para minimizar os problemas da discalculia devem favorecer-se actividades 
como: realização de exercícios que tenham em vista favorecer o espírito de 
investigação, de raciocínio, de criação, estimulando a evocação verbal e 
fazendo com que a criança adquira a noção de número e das diferentes 
operações e é necessário estimular, encorajar e recompensá-la 
constantemente ” (PINTO E FERNANDES, p. 48 2014). 
 
 18 
1.3.3.3 DIFICULDADE NA ESCRITA – DISGRAFIA 
Para PINTO E FERNANDES (p. 49, 2014), “essa dificuldade é marcada pela 
dificuldade em aprender a escrever tendo em conta a idade cronológica da criança, o 
seu quociente de inteligência e o nível de escolaridade próprio da sua idade”. Portanto, 
a disgrafia, apesar de aparentemente correlata à dislexia, estende-se apenas sobre o 
processo de aquisição da escrita, podendo tanto ser marcada pela dificuldade geral, 
pela dificuldade de reprodução dos códigos gráficos ou mesmo pela dificuldade 
motora de manuseio e instrumentação das ferramentas básicas de escrita. 
Para atenuar essa dificuldade “é necessário utilizar técnicas especializadas que 
permitam a recuperação de uma motricidade adaptada (supressão da rigidez ao nível 
da mão e do antebraço) ” (PINTO E FERNANDES, p. 49, 2014). 
1.3.3.4 DIFICULDADE NA FALA – DISLALIA 
Os indivíduos portadores dessa dificuldade apresentam significativas dificuldades na 
utilização da fala. A dislalia pode provocar discrepâncias nos órgãos do aparelho 
fonético, prejudicando assim a produção de sons por meio da movimentação da 
língua. 
A principal estratégia contra a dislalia e os efeitos negativos aos portadores dessa 
dificuldade é a consulta com profissionais qualificados, como os fonoaudiólogos. 
1.3.3.5 DIFICULDADE ORTOGRÁFICA – DISORTOGRAFIA 
Indivíduos portadores da disortografia são recorrentemente comprometidos pela 
dislexia e disgrafia. Apesar de também ser uma dificuldade correlata a comunicação 
escrita, a disortografia é mais agressiva e seus sintomas mais amplos. A criança 
portadora pode apresentar desde ausência de desejo pela escrita até dificuldade 
média e alta para desenvolver orações concaternadas. 
1.3.3.6 DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO E HIPERATIVIDADE – 
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE – 
TDAH 
Entre as principais causas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – 
TDAH está a causa genética, porém também pode ser desencadeado por álcool, 
tabaco e outras drogas durante o período gestacional. O Transtorno de Déficit de 
Atenção e Hiperatividade – TDAH já é reconhecido pela Organização Mundial de 
 
 19 
Saúde – OMS como um transtorno legítimo com implicações neurológicas que podem 
ser severas. 
De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção – ABDA, os sintomas 
decorridos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH podem ser 
resumidos a baixa concentração, inquietude e impulsividade. 
1.3.4 TRANSTORNO DE DÉFICT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE – 
TDAH 
Como explicado por CASTRO (p. 62, 2018), “o Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade (TDAH) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada pela 
combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade”. Diante 
disso, se faz mister salientar a importância de estudos, pesquisas e publicidade acerca 
do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, haja vista sua 
recorrente desqualificação como patologia dado que a maior parte dos sintomas 
apresentados pelos portadores podem ser vistos apenas como mais intensos ou 
substancialmente desproporcionais se comparados com indivíduos da mesma faixa 
etária, acabando por serem superficialmente descritos e intitulados (popularmente) 
como “fase”, “frescura”, “preguiça”, “falta de interesse”, entre outros termos deveras 
recorrentes na comunidade com menos instrução. 
CATRO (p. 62, 2018) aponta ainda que “apesar de ser um transtorno que costuma 
surgir na infância, é comum que ele persista na idade adulta, ocasionando prejuízos 
nas diferentes dimensões do desenvolvimento, principalmente social, acadêmico e 
profissional”. O que reforça a necessidade de tratamento e devidos cuidados 
estratégicos ainda na infância. 
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção – ABDA, o Transtorno de 
Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH é definido como um transtorno 
neurobiológico, isto é, patologias cerebrais, vertebrais e nervosas que podem causar 
desde tumores no cérebro, epilepsia, entre outras, acidentes vasculares cerebrais até 
Demência Fronto Temporal – DFT (padrão de demência a partir da qual se 
desencadeia a degeneração dos lóbulos frontais e/ou lóbulos temporais, que são 
responsáveis, entre outras coisas, por regular o comportamento de modo geral, 
julgamento e humor). 
 
 20O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, assim como a 
Transtorno do Espectro Autista – TEA, é um transtorno proveniente de causas 
genéticas que recorrentemente manifesta-se durante a infância e permanece com os 
portadores ao longo de toda a vida. 
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH é principalmente uma 
patologia genética, entretanto pode ser desencadeado pelo abuso de álcool, tabaco e 
outras drogas durante a gestação. Além disso, condicionado pela frequência com que 
os sintomas se manifestam pode ser classificado entre Transtorno de Déficit de 
Atenção e Hiperatividade – TDAH combinado, onde os sintomas referentes à atenção 
e hiperatividade se manifestam igualitariamente, Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade – TDAH predominantemente desatento, onde os sintomas de déficit de 
atenção prevalecem, ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH 
predominantemente hiperativo e impulsivo, quando o portador apresenta a maioria 
dos sintomas relacionados á hiperatividade. 
A quantidade de sintomas apresentados e o quão comprometido é o funcionamento 
cerebral dos portadores, faz com que o Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade – TDAH possa ainda variar como leve, moderado e grave. 
“De forma geral, o indivíduo com transtorno de déficit de atenção e 
hiperatividade – TDAH pode apresentar desempenho abaixo do esperado, 
alcançar escolaridade menor, e apresentar maior probabilidade de 
desemprego, insucesso profissional, e problemas de relacionamento 
interpessoal no trabalho” (CASTRO, p. 62-63, 2018). 
1.3.4.1 PREJUÍZOS E CONSEQUÊNCIAS 
Além de prejuízos à autoestima, déficits no rendimento profissional e acadêmico, 
conflitos sociais, que podem desencadear alcoolismo, abuso de substancias 
psicoativas, 
“Segundo o DSM-5, há 18 sintomas principais do transtorno de déficit de 
atenção e hiperatividade – TDAH, sendo nove referentes à desatenção e 
nove, à hiperatividade/impulsividade. Durante o processo diagnóstico, é 
necessário que o indivíduo apresente, no mínimo, seis sintomas (para adultos 
o número necessário é cinco) persistentes por, pelo menos, seis meses” 
(CASTRO, p. 62, 2018). 
As principais manifestações dos sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade – TDAH são comprometimento da atenção, que desencadeia o não 
cumprimento e interrupção de tarefas, além da distração de modo geral. Para 
CASTRO (p. 67, 2018), “tais dificuldades são identificadas como obstáculos para o 
sucesso no profissional, apesar de suas capacidades, por vezes, notáveis”, o que 
 
 21 
evidencia ainda mais as necessidades de intervenção pedagógica nos indivíduos 
portadores dessa dificuldade. 
Além disso, ainda sob o pensamento de CASTRO (p. 67, 2018), no aspecto 
direcionado à dificuldade de atenção, dificuldade de prestar a atenção e erros por 
descuido; dificuldade em manter a atenção em tarefas lúdicas; “Não escutar” quando 
alguém lhe dirige a palavras; dificuldade em seguir instruções de forma completa e 
finalizar atividades; dificuldade para organizar tarefas; evitar envolvimento em tarefas 
que exijam esforço mental prolongado; perder coisas; e facilmente se distrair por 
estímulos externos, além de esquecimento de atividades cotidianas. 
Já acerca da hiperatividade e impulsividade, CASTRO (p. 67, 2018) apresenta os 
sintomas de remexer ou batucar as mãos ou pés ou mesmo se contorcer na cadeira; 
levantar em situações em que o esperado e permanecer sentado; correr ou subir em 
objetos em situações inapropriadas; incapacidade de envolvimento em atividades de 
lazer de forma calma; falar demais; e responder antes que a pergunta tenha sido 
concluída, dificuldade para esperar a vez, interromper. 
Os principais prejuízos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH 
na vida dos indivíduos portadores são referentes aos âmbitos sociais e profissionais. 
“Os principais impactos evidenciados pelos estudos foram no 
desenvolvimento afetivo-emocional, educacional, desempenho profissional, 
gestão financeira, relacionamento interpessoal, relacionamento conjugal e 
exercício das funções parentais” (CASTRO, p. 61 2018). 
E, segundo CASTRO (p. 65, 2018), “em estudo realizado com amostra de grande 
amplitude de idade (20 a 56 anos), foram observados níveis diferenciados de angústia 
e ansiedade”. O autor (p. 63, 2018) explica ainda que “na idade adulta, a 
hiperatividade pode ser manifesta por excesso de atividades ou trabalho”. 
“O presente trabalho demonstrou que adultos com transtorno de déficit de 
atenção e hiperatividade – TDAH possuem impactos negativos e 
significativos em diferentes aspectos de seu desenvolvimento: afetivo-
emocional; desenvolvimento educacional; desempenho profissional; gestão 
financeira; relacionamento interpessoal; relacionamento conjugal e exercício 
de suas funções parentais. Os diferentes impactos podem ser mediados por 
déficits nas funções executivas, uma vez que representam habilidades 
relacionadas com a autonomia e autorregulação. Os estudos enfatizam que 
o diagnóstico precoce e intervenções adequadas podem minimizar os 
impactos causados pelo transtorno de déficit de atenção e hiperatividade – 
TDAH” (CASTRO, p. 69, 2018). 
CASTRO (p. 61, 2018) acredita que “o diagnóstico precoce e intervenções adequadas 
podem minimizar tais impactos”, e portanto, torna-se razoável concluir que o 
 
 22 
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH é um transtorno com 
consequências criticas na vida dos indivíduos portadores, não limitando-se a infância 
mas estendendo-se a toda vida adulta, provocando maiores probabilidades de 
desemprego, gravidez e problemas conjugais. “Adultos com Transtorno de Déficit de 
Atenção e Hiperatividade – TDAH possuem impactos negativos e significativos em 
diferentes aspectos de seu desenvolvimento e que podem ser mediados pelos déficits 
nas funções executivas” (CASTRO, p. 61, 2018). 
1.3.4.2 PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS (Contra o TDAH) 
Como anteriormente expresso, os indivíduos portadores do Transtorno de Déficit de 
Atenção e Hiperatividade – TDAH possuem dificuldades em manter o foco e atenção, 
além de também não conseguirem com facilidade permanecerem quietos ou em 
atividades que demandem excessiva concentração por longos períodos. 
Diante disso, praticas pedagógicas estratégicas para lidar com essas dificuldades são 
imprescindíveis para que se alcance níveis razoáveis no que diz respeito ao ensino-
aprendizagem dessas crianças. 
Haja vista o fácil e precoce entediamento e dispersão dos indivíduos portadores, uma 
estratégia assertiva para burlar essa dificuldade e intensificar o progresso de ensino 
é a diversificação da rotina de aula, bem como das ferramentas de ensino. Para tanto, 
os professores e pedagogos podem utilizar livros com gravuras e muitas cores, que 
despertam a curiosidade e atenção de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção 
e Hiperatividade – TDAH, filmes e vídeos diferentes, além das brincadeiras 
pedagógicas. Tudo isso atrelado a organização estratégica da utilização dessas 
ferramentas para não se repetirem com demasiada frequência e tornarem-se banais 
e corriqueiras para as crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade 
– TDAH. 
Outro meio para ampliação do método de ensino de crianças portadoras de 
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH é a promoção da pratica e 
repetição, haja vista o fato de que os indivíduos portadores do Transtorno de Déficit 
de Atenção e Hiperatividade – TDAH possuírem grande dificuldade na memorização 
de seguimentos e organização de modo geral. Diante disso, a estratégia deve ser 
promover a repetição e pratica naturais aos alunos, fazendo com que repassem 
 
 23 
informações aos colegas de sala de forma dinâmica, sempre com o cuidado e atenção 
para não os esgotar. 
Além disso, no que diz respeito a instrução de indivíduos com Transtorno de Déficitde Atenção e Hiperatividade – TDAH, uma ferramenta interessante para a facilitação 
da aprendizagem é a segmentação de tarefas, conteúdos, entre outros, em passos 
menores e menos complexos. Dessa forma, é preciso dividir tarefas em passos 
objetivos e claros. Por exemplo, ao invés da tarefa de organizar a biblioteca da sala 
de aula, é mais fácil para os portadores do Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade – TDAH reunirem todos os livros vermelhos para, depois de cumprida, 
receber a de reunir todos os livros azuis e assim clara e sucessivamente, para mitigar 
os riscos de confusão por parte das crianças sobre o que, quando, em que ordem e 
de que forma devem fazer as atividades (falar e citar sobre o small victories). 
Outra estratégia que não pode ser ignorada é o reforço de estímulos e do sistema de 
recompensas, que é essencial para o bom convívio e aprendizagem de crianças 
portadoras de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH. 
Professores, pedagogos e familiares precisam sempre que necessário incentivar 
positivamente os indivíduos portadores de Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade – TDAH com elogios, ferramentas como estrelinhas de pontuação, 
brindes, prêmios, entre outros. Salienta-se que no que concerne ao sistema de 
recompensas é necessário um olhar mais criterioso na implementação e prática para 
na afetar negativamente as crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade – TDAH num cenário de competição onde apenas um pode ganhar, 
por exemplo. É interessante que seja realizado reforço de todos os alunos, com foco, 
além de auxiliar os portadores de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – 
TDAH, mitigar o surgimento de ciúmes nos outros alunos por conta de tratamentos 
diferenciados. 
Dentre as principais estratégias para lidar com os indivíduos portadores de Transtorno 
de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH está a integração com os familiares, 
haja vista que o tratamento do Transtorno De déficit de Atenção e Hiperatividade – 
TDAH deve ser contínuo, presente na escola e em casa. Para tanto, a comunicação 
com os pais e/ou responsáveis é imprescindível no que tange ao alcance de níveis 
razoáveis de aprendizado e superação das dificuldades existentes. 
 
 24 
1.4 FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS 
A partir do termo ferramentas pedagógicas pode-se depreender uma vasta gama de 
significados correlações. A definição mais abrangente para ferramentas pedagógicas 
é a de que são tudo aquilo que pode ser utilizado com fins pedagógicos, ou seja, para 
promoção, ampliação e intensificação da aprendizagem. 
Cada ferramenta pedagógica, via de regra, pode ser útil para diversas finalidades, 
dependendo apenas da intenção de quem a estiver utilizando, bem com da intenção 
por trás do seu uso. 
1.4.1 BRINQUEDOTECA 
Inserido no estudo do contexto histórico do termo brinquedoteca, é possível perceber 
a amplitude da definição e abrangência de outros termos como jogos, brincar, sala de 
brinquedos, brincar importa (play matters), biblioteca de livros (toy library), entre 
outros, ludotecas (lekotek). 
Elaborar acerca do brincar, cerne da conceituação da brinquedoteca, como direito das 
crianças torna-se indispensável, haja vista que “dar as crianças a possibilidade de 
brincar é o principal objetivo de uma brinquedoteca, como consta no art. 31 da 
convenção sobre os direitos da criança: “todas as crianças têm o direito de relaxar e 
brincar, e participar de uma ampla gama de atividades” “ (DE OLIVEIRA, p. 51, 2013). 
O brincar é essencial para a formação integral das crianças, tanto no que diz respeito 
ao intelecto como no que tange ao desenvolvimento físico motor. Por isso, 
“a importância do brincar, em seus diferentes aspectos, como o livre ou o 
dirigido, deve ser ressaltada, pois ainda há a ideia de que as crianças brincam 
de forma automática e que não há necessidade de orientação alguma. Mas, 
como qualquer outra habilidade, ela tem que ser aprendida e praticada” (DE 
OLIVEIRA, p. 51, 2013). 
1.4.1.1 DEFINIÇÃO 
DE OLIVEIRA (p. 36, 2013), “”As brinquedotecas fornecem recursos para o brincar, 
incluindo jogos e brinquedos, para a equipe treinada e para o espaço designado”. Esta 
definição obteve o aval do Grupo Europeu de Brinquedotecas, em 2003, em sua 
reunião em Graz, na Áustria. Diante disso, entende-se que por brinquedotecas 
basicamente quaisquer lugares destinados ao lúdico e ao brincar. 
Entretanto, sobre a definição supracitada, o autor “considera que ela não cobre tudo 
o que uma brinquedoteca poderia ou deveria fazer, mas expressa sua essência”. 
 
 25 
Portanto, apesar de não se limitarem às correlações diretas com o brincar, “as 
brinquedotecas têm como proposta fornecer brinquedos e jogos como recursos para 
o brincar” (DE OLIVEIRA, p. 36, 2013), além de que “emprestam brinquedos e jogos, 
proporcionam espaço e oportunidades para brincar e jogar, propiciam pontos de 
encontro” (DE OLIVEIRA, p. 44, 2013). 
Na essência da brinquedoteca também está o foco no empréstimo de brinquedos, com 
foco de envolver não apenas as crianças usuárias do equipamento, mas também suas 
respectivas famílias. Entretanto, segundo DE OLIVEIRA (P.36, 2013), “o empréstimo 
não é essencial, embora a maioria das brinquedotecas o faça, também a idade dos 
usuários das brinquedotecas não é mencionada. ” 
Assim, é razoável afirmar que o foco inicial e propulsor para o surgimento da 
brinquedoteca reflete sobre o que diz DE OLIVERIA (p. 36, 2013) acertando que “o 
objetivo de prover a brinquedoteca com brinquedos e jogos é favorecer o brincar, que 
pode se dar numa brinquedoteca ou em qualquer outro lugar”. Entretanto, a extensão 
das contribuições possíveis à uma desses equipamentos é vasta e bastante variável, 
de forma que 
“uma brinquedoteca pode fornecer brinquedos e jogos também para outros 
fins, como para promover a aprendizagem ou habilidades, para manter as 
tradições culturais, para ajudar os pais na criação dos filhos, ou para 
promover um comportamento responsável nas crianças, por exemplo, mas o 
brincar é seu objetivo essencial” (DE OLIVEIRA, p. 36, 2013). 
As brinquedotecas também figuram como instrumentos de socialização e civilidade na 
formação de cidadãos e na promoção de da cultura e tradição, como explica DE 
OLIVEIRA (p. 37, 2013), “as brinquedotecas de um pais refletem sua cultura, seu 
modo de fazer as coisas. São organizações que podem propiciar o brincar para 
diferentes públicos, de diversas maneiras”. 
DE OLIVEIRA (p. 39, 2013) aponta ainda que “os responsáveis pelas brincadeiras e 
jogos podem ser pais, vizinhos, ou ainda voluntários ou profissionais em tempo 
integral”. Em alguns países as brinquedotecas são gerenciadas por voluntários, 
geralmente pais cujos filhos demandam a necessidade do apoio proveniente de uma 
brinquedoteca ou profissionais brinquedista, qualificados e voluntários para o serviço 
em prol do brincar. 
A estrutura e nível hierárquico da brinquedoteca também pode variar, podendo ser um 
equipamento hospitalar, acadêmico, instrutivo ou recreativo e social, nos casos de 
 
 26 
brinquedotecas independentes, muito recorrentes principalmente na China. Além 
disso, “a brinquedoteca pode existir sozinha e independente ou fazer parte de uma 
organização maior. Quer o brincar seja com computadores, quer com objetos mais 
primitivos, é o brincar e a interação que fazem uma brinquedoteca” (DE OLIVEIRA, p. 
37, 2013). 
1.4.1.2 HISTÓRIA E CONTEXTO 
Segundo DE OLIVEIRA (p. 16, 2013), “o surgimento da primeira toy library está 
relacionado com a Grande Depressão Americana, nos anos de 1930, que impôs 
tempos difíceis até para famílias de posses”. No contexto da época, um lojista notara 
que algumas crianças de escolas particulares roubavam peças com as quais 
construíam brinquedos. A diretora responsável pela escola das crianças as 
considerava “crianças boas, de casas finas, cujos pais, em decorrênciada Depressão, 
não tinham condições de prover brinquedos, que são a base das necessidades de 
desenvolvimento das crianças” (MOORE, p. 9, 1995). A partir de então, com foco em 
desmotivar os delitos cometidos por parte das crianças, fora criada em 1995 a primeira 
biblioteca de brinquedos (toy library), que consistia num sistema público de 
empréstimo de brinquedos, que, segundo DE OLIVEIRA (p. 16, 2013), “por muito 
tempo, foi o gênero predominante”. O autor comenta que “nesse contexto, ocorre a 
ampliação das bibliotecas de brinquedos, que se especializam no atendimento de 
crianças com deficiência e suas famílias”. 
Após o surgimento das futuras bibliotecas nos Estados Unidos, nas décadas de 1960 
e 1970, surgira em alguns países ferramentas similares e em 1980, passara a existir 
também no Brasil. “A maioria dos equipamentos foi criada por volta dos anos de 1960 
e 1970 e, em países como Brasil, China e República da Irlanda, nos anos de 1980” 
(DE OLIVEIRA, p. 20, 2013). 
“A primeira experiência decorre de um projeto de 1984, quando o governo do Estado 
de São Paulo implanta as seis primeiras brinquedotecas nas escolas publicas, uma 
delas junto ao Labrimp/Feusp” (DE OLIVEIRA, p. 23, 2013). 
“No Brasil, os primeiros brinquedos que se têm notícias são os fabricados pelos índios 
utilizando cascas de frutas secas, sementes e conchas” (MELO e VALLE, p. 2, 2005). 
Por meio de uma pesquisa realizada em 2009, depreenderam-se a existência de 
quase 600 brinquedotecas, segmentadas em pelo menos 8 tipificações, como DE 
 
 27 
OLIVEIRA (p. 21, 2013): “1) 212 em laboratórios, centros de pesquisa, extensão e 
estudo de práticas; 2) 109 hospitalares e terapêuticas; 3) 98 escolares; 4) 78 em 
centros comunitários, culturais e esportivos; 5) 17 em ONGs; 6) 10 itinerantes; 7) 8 
em instituições penais; e 8) 33 em lugares ou tipificações diversas. ” 
Salienta-se que das quase 600 brinquedotecas brasileiras mais da metade delas 
encontram-se em espaços acadêmicos (em escolas ou curso de formação de 
professores para a infância), segundo DE OLIVEIRA (p. 22, 2013), “essa 
especificidade de alocar as brinquedotecas no interior de cursos superiores diverge 
das experiências internacionais, como nos Estados Unidos, em que 12% das toy 
libraries estão nas escolas, mas não em cursos superiores”, o que evidencia a 
importância da formação de profissionais qualificados para o manuseio dessa 
poderosa ferramenta pedagógica. 
Para DE OLIVEIRA (p. 22, 2013), “o predomínio de equipamentos na área da 
educação pode ser explicado por várias razões que precisam ser investigadas”. O 
autor evidencia que entre essas principais razões estão a política pública brasileira 
com valorização acentuada no brincar, a necessidade de qualificação de profissionais 
na área e a carência de brinquedos em instituições de educação. 
Diante disso, torna-se razoável compreender o papel do brincar na formação das 
crianças e o papel da brinquedoteca como ferramenta pedagógica de apoio as 
crianças, famílias, professores e pedagogos. Como acerta DE OLIVEIRA (p. 23, 
2013), sobre como “a valorização dos jogos continua no segmento da segunda 
infância, na educação das crianças de seis anos do Ensino Fundamental”, que, diga-
se de passagem, paralelamente se insere na principal fase de diagnósticos e 
manifestações dos sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – 
TDAH. 
1.4.2 A BRINQUEDOTECA INSERIDA NO AMBIENTE EDUCACIONAL 
E SUA RELAÇÃO COM OS ALUNOS 
“A brinquedoteca vista como lugar para a infância brincar, emprestar brinquedos e 
espaço de interações entre crianças e entre pais/profissionais e crianças, pressupõe 
finalidade educativas, que não se confundem com o ensinar” (DE OLIVEIRA, p. 31, 
2013), contudo, importa salientar que não se confundem com, tampouco excluem o 
ensinar. 
 
 28 
A brinquedoteca, inserida no contexto educacional, figura como estímulo e motivação 
para o antro do lúdico, bem como também se apresenta como ferramenta pedagógica 
útil em diversos aspectos do ambiente escolar. 
1.4.2.1 PREJUÍZOS 
Existem linhas de pensamento acerca de pontualidades negativas inseridas no 
contexto das brincadeiras, jogos e brinquedotecas. 
“o respeito à infância e ao brincar requer a reordenação das funções desses 
equipamentos para que a criança seja sujeito de direitos e não objeto de 
opressão de sistemas que a transformam em in-fans, sem voz e sem controle 
de seu próprio brincar” (DE OLIVEIRA, p. 31, 2013). 
DE OLEIVEIRA (2013) acredita que o brincar por vezes é menosprezado apenas 
como equipamento de controle e ensino completamente guiado, isto é, como um 
momento onde a criança brincará com brinquedos específicos de maneiras 
especificas e limitadas, com foco apenas nos objetivos e conquistas potenciais a partir 
do brincar. 
Entretanto, acredita-se que o brincar é o fim em si mesmo, elevando o lúdico como 
foco da atividade e parte essencial para o bom desenvolvimento integral do ser. 
É necessário que o brincar seja utilizado como ferramenta pedagógica sem que se 
esqueça ou negligencie-se o aspecto lúdico inerente a atitude de brincar, que não é 
automática e não de deve ser estritamente regulada e controlada, pois reflete na 
dignificação do ser, pessoalidade das crianças, desenvolvimento da consciência e 
bem-estar. o que sustenta o pensamento de que “a falta de atenção à agencia da 
criança e o controle total do adulto no jogo são aspectos que merecem maior reflexão 
por parte dos professores” (DE OLIVEIRA, p. 31, 2013). 
Assim, é possível que brinquedotecas, bem como o brincar, não sejam integralmente 
aproveitadas em tudo aquilo que se pode conseguir a partir da sua utilização 
consciente, pois “embora seja grande o volume de usuários na infância, das 
brinquedotecas, nem sempre se pode afirmar que o brincar seja garantido nesses 
espaços” (DE OLIVEIRA, p. 29, 2013), haja vista que muitas vezes ainda que a criança 
esteja interagindo com algum tipo de jogo ou brinquedo – e mesmo estando em uma 
brinquedoteca – ela pode não estar de fato disfrutando do brincar pelo brincar. 
 
 29 
1.4.2.2 CONTRIBUIÇÕES 
Entre as principais contribuições da brinquedoteca estão a contextualização e 
estimulo da ludicidade inserida na realidade de cada usuário, 
“a ludicidade que se estimula nas ludotecas e, nesse sentido, a contribuição 
que essas instituições fazem à cidadania é enorme e incalculável, já que se 
estende, abarca e se inter-relaciona com as diferentes etapas vitais e com os 
distintos âmbitos da vida real da sociedade civil, em nível individual e coletivo” 
(DE OLIVEIRA, p. 61, 2013). 
A brinquedoteca contribui ainda para a promoção e incentivos ao respeito à 
diversidade por meio do ato de brincar, desenvolvimento de formas distintas de 
comunicação e expressão interpessoal, entre outras coisas, aproveitamento das 
ações do brincar, em todos os aspectos e possibilidades. 
“Há brinquedotecas de lazer para melhorar a recreação de adolescentes e 
brinquedotecas para proporcionar locais de trabalho e habitação” (DE OLIVEIRA, p. 
88, 2013). 
Além das contribuições supracitadas, a brinquedoteca – se bem administrada e 
utilizada – também pode proporcionar o estabelecimento de unidade e pertencimento, 
que, por sua vez, promovem relacionamento com respeito mútuo e imersão 
sociocultural. Por exemplo, “no Japão as atividades das brinquedotecas criaram nova 
energia e um senso de união entre voluntários e pais, o que possibilitou o início de 
novas atividades culturais” DE OLIVEIRA (p. 97, 2013). 
As brinquedotecas ainda são excelentes protetoras da cultura e identidade regionais, 
haja vista que muitos brinquedos, jogos e brincadeiras possuem vieses conectados 
profundamente nas raízes culturais locais. Segundo DE OLIVEIRA (p. 81, 2013), as 
brinquedotecas também contribuem para a valorização do brincar e ajuda na inserção 
de jogos e brincadeiras familiares, juvenis, entre outros, e ainda 
“têm contribuídopara diversificar os jogos e brinquedos e a incluí-los não 
apenas nas festas, tradicionais ou maiores, mas também em todas elas, de 
tal forma que hoje é difícil conceber jornadas dinamizadoras com objetivos 
diversos sem espaço e tempo definidos para o brincar e para a recreação 
infantil, juvenil e familiar.” 
No que diz respeito ao antro das contribuições de uma brinquedoteca torna-se 
importante salientar que, como DE OLIVEIRA (p. 88, 2013) apresenta, “após 28 anos 
da constituição do CJB, as funções das brinquedotecas estão se modificando em 
conformidade com as mudanças na situação social”, mostrando portanto que as 
brinquedotecas, além de equipamentos do brincar e ferramentas pedagógicas, são 
 
 30 
também uma manifestação sociocultural da realidade onde estão inseridas, 
apresentando-se cada vez mais como um fator crucial para o bem-estar social e 
psicológico dos seus usuários (crianças, familiares, amigos, professores, pedagogos, 
entre outros). “De acordo com os dados da pesquisa, as brinquedotecas funcionam 
como um maravilhoso sistema de auxilio à família, uma vez que proporcionam um 
lugar onde os irmãos podem brincar com voluntários” DE OLIVEIRA (p. 90, 2013). 
Diante disso, as contribuições da brinquedoteca se estendem não apenas às crianças 
que a utilizam, mas também às famílias dessas crianças, os amigos, professores, 
pedagogos e terapeutas e todos aqueles a sua volta. “Dito de outro modo, a 
brinquedoteca contribui para o bem-estar” DE OLIVEIRA (p. 92, 2013). 
 
 
 
 
 
 31 
2 CAPÍTULO II 
2.1 METODOLOGIA 
De acordo com o Manual de Trabalho de Curso – TC (Pedagogia – EaD), a 
metodologia de pesquisa para a realização desta monografia será exclusivamente um 
levantamento bibliográfico, um trabalho de aprofundamento sobre o tema escolhido. 
Para tanto, o grupo desenvolveu pesquisas a partir de bibliotecas físicas e virtuais, do 
Google Acadêmico, sites e publicações sobre áreas de conhecimento relacionadas, 
bem como entrevistas disponibilizadas no Youtube com profissionais especialistas 
nas áreas estudadas. 
Para o desenvolvimento desta Monografia como um todo foram utilizados 
conhecimentos contextualizados acerca dos estágios do desenvolvimento do ciclo 
vital humano; das dificuldades de aprendizagem; da história e ocorrências das 
brinquedotecas; além de temas diversos relacionados com o brincar. 
Outra grande fonte de informações seguras utilizada fora a Associação Brasileira de 
Brinquedotecas – ABBrin e a Associação brasileira do Déficit de Atenção – ABDA, 
cujos sites foram de grande valia para o desenvolvimento inicial da Pesquisa e 
direcionamento dos estudos. 
Além disso, foram estudados diversos artigos e publicações direcionadas a temas 
como as brinquedotecas hospitalares, a importância do afeto no desenvolvimento 
infantil, o tratamento de crianças com câncer atrelado a brinquedotecas, a importância 
de brinquedotecas em cuidados paliativos, a importância do lúdico no 
desenvolvimento humano, entre outros, que discorrem acerca das brinquedotecas, 
jogos e brincadeiras como potentes e versáteis ferramentas pedagógicas. 
Por fim, talvez a principal fonte de pesquisa crítica fora o livro Brinquedoteca: Uma 
visão internacional. (Editora Vozes Limitada, 2013), que entre outras coisas, como 
a importância e potenciais contribuições das brinquedotecas, não apenas às crianças 
(com e sem deficiências), mas a toda a sociedade, sendo também uma ferramenta de 
imersão sociocultural, também propõe a analogia do controle excessivo dos jogos e 
brincadeiras e despersonalização das crianças (possível por meio do pensamento de 
operacionalização) de forma a transformar as brinquedotecas, jogos e brincadeiras de 
 
 32 
ferramentas pedagógicas para ferramentas de opressão, desvalorizando assim o 
lúdico e as crianças como lideres e auto controladoras do próprio brincar. 
Essa linha de pensamento proporciona a reflexão sobre a ideia de controlar 
estritamente o brincar, o tempo, os brinquedos e brincadeiras para fins diferentes e 
alheios ao próprio brincar. E faz-se mister numa Pesquisa sobre a importância de 
jogos e brincadeiras. 
 
 33 
3 CAPÍTULO III 
3.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO 
Primeiramente, prima-se pela reflexão de que estudar é o trabalho dos estudantes, 
visto que os mesmos, ainda que desempregados, não são considerados sem 
empregos e sim estudantes. Segundo MELO e VALLE (p. 2, 2005), “brincar é o 
trabalho da criança”, sendo então razoável considerar que uma estrutura de ensino e 
aprendizagem distante do brincar é inconcebível, haja vista a importância da 
supracitada ludicidade tão importante para o ensino, desenvolvimento e bem-estar de 
crianças, adolescentes, jovens e adultos. 
A brinquedoteca, junto dos jogos e brincadeiras, além de auxílio pedagógico, também 
promove a manutenção de relações e vínculos de confiança tanto entre crianças e 
familiares, quanto entre crianças e profissionais, sejam da área da saúde, sejam 
pedagogos, da educação. Como acerta OLIVEIRA (p. 5, 2009), “no momento de 
propor atividades para as crianças, buscou-se facilitar a interação entre 
acompanhante-criança com o objetivo de otimizar sua relação”. 
3.1.1 A BRINQUEDOTECA COMO FERRAMENTA DE APOIO AO 
ENSINO 
Os jogos e brincadeiras, bem como a brinquedoteca, são considerados ferramentas 
capazes de apoiar e auxiliar o processo de ensino-aprendizagem, além do 
desenvolvimento sociocultural e cognitivos, de crianças, isto é, “o jogo é reconhecido 
como meio de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e 
enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades” (VALENTIM, p. 1, 
2005). 
Como supra expresso acima no subtítulo 1.4.2.2, as brinquedotecas contribuem de 
diversas maneiras na vida, seja de crianças, adultos, familiares de indivíduos com 
necessidades excepcionais, entre outras coisas, acadêmica, profissional, pessoal e 
socialmente. “Estas não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para 
gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o 
desenvolvimento intelectual” (VALENTIM, p. 1, 2005). 
 
 34 
As brinquedotecas e brincadeiras fomentam também o sucesso no processo de 
ensino-aprendizagem, concedendo às crianças habilidades socioculturais e 
cognitivas. 
“Assim, percebe-se que o brincar e o jogar constituiem-se como importantes 
fontes de desenvolvimento e aprendizagem, possibilitando ao aluno 
apropriar-se de conhecimentos e habilidades no âmbito da linguagem, 
cognição, dos valores e da sociabilidade” (VIEIRA E OLIVEIRA, p. 2, 2010). 
O autor comenta ainda que inseridas em jogos e brincadeiras, as crianças 
experienciam relações interpessoais, relações entre os próprios pensamentos, 
tomadas de decisões, entre outras coisas, a criação abstrata de modos aleatórios de 
se brincar, que proporcionam, em essência, acesso das crianças à ludicidade, isto é, 
como supracitado, o brincar pelo brincar, e todas as contribuições que essa pode 
trazer a vida dos indivíduos. Sendo, portanto, o brincar ferramenta precursora do 
desenvolvimento, bem como da aprendizagem, haja vista que, “nesse sentido, os 
jogos e as brincadeiras são instrumentos pedagógicos importantes e determinantes 
para o desenvolvimento da criança, pois no jogar e no brincar as mesmas habilidades 
necessárias para o seu processo de alfabetização e letramento” (VIEIRA E OLIVEIRA, 
p. 2, 2010). 
“Pode-se perceber a importância dos jogos e brincadeiras infantis para o 
desenvolvimento intelectual e social da criança, mas faz-se necessário também 
associar os mecanismos da aprendizagem com a integridade do sistema nervoso” 
(VALENTIM, p. 3, 2005). Inserido nesse contexto faz-se necessário salientar o ponto 
de vista que apresenta a problemática do controle completo dos jogos e brincadeiras 
apenas como meras ferramentas para um meio, deixando, muitas vezes, de lado o 
lado lúdico, amplo e despretensioso (como apresentado no subtítulo1.4.2.1 desta 
Monografia). 
Os jogos e brincadeiras além de muito úteis como auxiliadores no processo de 
alfabetização e letramento, também são utilizados vastamente como meios 
facilitadores da aprendizagem de ciências exatas, “evidenciando que a brincadeira 
constitui-se como uma das linguagens mais significativas das crianças, por mobilizar 
capacidades intelectuais, afetivas e sociais para sua realização” (VIEIRA E OLIVEIRA, 
p. 2, 2010). 
VALENTIM (p. 3, 2005) explica que “existem dois aspectos cruciais no emprego dos 
jogos como instrumentos de uma aprendizagem significativa”. O primeiro é o de 
 
 35 
incentivo a ludicidade, descontração e autoafirmação da própria consciência, por meio 
de jogos e brincadeiras livres e guiadas apenas pelo sentido do brincar pelo próprio 
brincar, comandadas e reguladas apenas pelos próprios brincantes, isto é, as 
crianças. “Procurou-se também, incentivar as interações entre as crianças 
hospitalizadas com a finalidade de promover ambiente de desconcentração” 
(OLIVEIRA, p. 5, 2009). O segundo é a utilização de jogos e brincadeiras com fins 
pedagógicos, onde são pensados e escolhidos jogos, ambientes, entre outras coisas, 
tempo de duração específicos para se alcançar os objetivos e metas pré-
estabelecidos. “Por meio do desenvolvimento do projeto, pode-se verificar que os 
jogos e brincadeiras possibilitam grandes contribuições para o desenvolvimento da 
criança no processo de alfabetização e letramento” (VIEIRA E OLIVEIRA, p. 9, 2010). 
Relacionando os jogos e brincadeiras ao processo de ensino aprendizagem de 
crianças portadoras de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, 
também convenciona-se que os jogos e atividades lúdicas promovem o senso de 
regras e sequência nas crianças inseridas nas brincadeiras, estimulando-as assim a 
estarem mais propícias a respeitarem regras fora do ambiente da brinquedoteca. 
“Faz-se necessário ressaltar que os processos de desenvolvimento e de 
aprendizagem envolvidos no jogar e no brincar contribuíram de forma 
significativa nos processos de apropriação do conhecimento, uma vez que, 
quando as crianças durante as atividades lúdicas, foram submetidas a 
respeitarem regras, aprenderam a dominar seu próprio comportamento, 
desenvolveram o pensamento abstrato, a percepção visual, o autocontrole, a 
observação e a memorização” (VIEIRA E OLIVEIRA, p. 10, 2010). 
3.1.2 A CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E O CONTEXTO 
PEDAGÓGICO 
Imprescindível ao tratar-se acerca dos jogos, brincadeiras e brinquedotecas é a 
formação e capacitação dos profissionais responsáveis pela utilização dessas 
poderosas ferramentas para o desenvolvimento e bem-estar das crianças e seus 
familiares. 
“A preocupação com a qualidade dos cursos de pedagogia, que se 
multiplicam com laboratórios didáticos e brinquedotecas, leva o Serviço de 
Ensino Superior do Ministérios da Educação – Segu/MEC a considerar como 
critério de qualidade a presença de laboratórios didáticos com brinquedoteca 
no projeto pedagógico, indicando itens para sua análise: o uso da ludicidade 
como principio importante para o ensino-aprendizagem, instalações físicas, 
equipamentos, jogos e brinquedos em que professores em formação realizam 
simulações que favorecem o trabalho docente na Educação Infantil e Ensino 
Fundamental” DE OLIVEIRA (p. 25, 2013). 
 
 36 
DE OLIVEIRA (p. 23, 2013) comenta que “o segundo fator que contribui para a 
expansão de equipamentos lúdicos é a necessidade de formação de quadros 
profissionais para implementar o brincar”, evidenciando ainda mais a necessidade de 
incentivos e formação dos profissionais brinquedistas. 
É necessário que os profissionais responsáveis pelos jogos, brincadeiras e 
brinquedotecas tenham capacitação suficiente para não excederem os limites dos 
jogos com fins pedagógicos, ultrapassando assim a linha tênue da eficácia da 
brinquedoteca. 
“Caso a equipe consista em professores treinados (que também 
estudaram os métodos de ações do brincar) e terapeutas, a 
escolha dos brinquedos será conforme o conhecimento 
profissional destes, e sua avaliação quanto ao nível de 
desenvolvimento da criança” (DE OLIVEIRA, p. 67, 2013). 
Os jogos e brincadeiras devem figurar como o centro gravitacional desses espaços e 
das atividades nele desenvolvidas, em segundo lugar vêm as crianças, que precisam 
ser reconhecidas em suas próprias particularidades, peculiaridades e necessidades. 
A capacitação profissional também é necessária para a regulagem do brincar pelo 
próprio brincar, isto é, dos jogos e brincadeiras com fins de recreação, descontração 
e construção de vínculos afetivos, de confiança e unidade entre os brincantes. 
Isso reflete em dois pontos importantes presentes na discussão acerca dos jogos e 
brincadeiras como ferramentas pedagógicas, que são a formação e capacitação 
profissional, por meio das quais o lúdico pode ser utilizado como apoio e estimulo ao 
processo de ensino aprendizagem, e o estimulo da ludicidade das crianças. DE 
OLIVEIRA (p. 23-24, 2013) corrobora e acerta que “desde sua criação, em 1984, a 
brinquedoteca como parte de laboratório de ensino tinha duas preocupações: a 
formação docente e a brincadeira livre”, isto é, a brinquedoteca como, 
respectivamente, lugar do brincar coordenado e guiado com propósitos pedagógicos 
e lugar do brincar despretensioso, noutras palavras, lugar do brincar pelo brincar. 
Outro fator importante é a publicidade do tema por meio de estudos acadêmicos, que 
estimula o debate e sua utilização no ambiente prático da educação. “A divulgação de 
estudos e pesquisas sobre o brincar e a multiplicação de congressos e eventos 
científicos em que o lúdico é o destaque criam as condições para a implementação 
desse equipamento nos cursos de Pedagogia” (DE OLIVEIRA, p. 23, 2013). 
 
 37 
Portanto, junto de todas as contribuições potencias dos jogos, brincadeiras e 
brinquedotecas, é preciso que haja formação docente para a utilização dessas 
ferramentas. Não apenas nas áreas relacionadas a educação, haja vista os jogos e 
brincadeiras serem equipamentos interdisciplinares com fins quase ilimitados. Diga-
se de passagem, “as brinquedotecas universitárias formam alunos, estagiários, 
monitores e brinquedista provenientes de cursos de Pedagogia, Psicopedagogia, 
Psicologia, Fisioterapia, Educação Física, Turismo, Letras, Nutrição, Matemática e 
outros” (DE OLIVEIRA, p. 26, 2013). 
3.2 É POSSÍVEL UTILIZAR BRINQUEDOTECAS, JOGOS E 
BRINCADEIRAS PARA O ABRANDAMENTO DOS PREJUÍZOS E 
CONSEQUÊNCIAS DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E 
HIPERATIVIDADE? 
“O “produto do brincar” é alegria e satisfação da criança, o sentimento de que 
“me diverti muito”. Por outro lado, também é verdade que a concentração e 
duração aumentam quando as crianças brincam com seus brinquedos 
preferidos. Depois de brincar com eles, verifica-se como “produto colateral” o 
chamado “desenvolvimento funcional”. É por conta disso que as 
brinquedotecas são altamente valorizadas como locais de auxilio ao 
desenvolvimento” (DE OLIVEIRA, p. 89, 2013). 
Os prejuízos e consequências principais causados pelo Transtorno de Déficit de 
Atenção e Hiperatividade – TDAH podem ser resumidos pela dificuldade de atenção, 
memorização e organização, além de dificuldade de atenção especial e 
principalmente em tarefas lúdicas, (déficit de atenção) e pela inquietude, dificuldades 
de engajamento em atividades de lazer de forma calma, bem como dificuldades de 
aguardar a vez e recorrentes interrupções de modo geral (hiperatividade). Segundo 
DE OLIVEIRA (p. 52, 2013), “Algumas dessas crianças nascem com uma capacidade 
inata para desenvolver habilidades e conhecimento e têm uma resiliência que as 
ajudará a superar suas circunstancias de desvantagem”. 
A partir da utilização de brinquedotecas, brincadeiras e jogos e das contribuições e 
estímulos desses advindos, de acordo com os conhecimentos adquiridos por meio da 
realização desta Pesquisa

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