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Slides- Tóp. Esp. Doenças Hipermetabólicas Dietas Enterais Dose de nutrição enteral (NE) Quando devemos utilizar ne hipocalórica/trófica ou plena em pacientes críticos? Recomendamos que pacientes desnutridos prévios ou de alto risco nutricional não recebam nutrição hipocalórica/trófica, desde que exista tolerância gastrintestinal. Seleção da fórmula apropriada Existe recomendação para dietas imunomoduladoras em pacientes críticos? Sugerimos que formulações enterais imunomoduladoras não devem ser utilizadas rotineiramente em UTI. Em pacientes cirúrgicos hemodinamicamente estáveis em pós-operatório de grandes cirurgias por câncer, sua utilização deve ser considerada. Nível de Evidência: Baixo. Apesar de existir na literatura alguns dados demonstrando benefício com o uso de fórmulas imunomoduladoras na UTI, a grande maioria dos dados não suporta seu uso. Uma meta-análise de 20 estudos randomizados e controlados sugere que fórmulas imunomoduladoras não trazem benefício para pacientes clínicos internados na UTI. Todavia, há grande diferença entre os estudos quanto à composição das fórmulas, dosagem dos componentes e gama de pacientes avaliados. Existem ainda preocupações quanto ao potencial de dano (aumento da mortalidade) associado ao uso de dietas contendo arginina em pacientes sépticos. Disfunção respiratória Uso de fórmulas enterais densas para restringir oferta hídrica beneficia pacientes críticos com disfunção pulmonar aguda? Sugerimos utilizar fórmulas enterais densas em pacientes com disfunção respiratória aguda, objetivando restrição da administração de fluidos. Nível de Evidência: Opinião de especialista. Deve-se restringir proteínas no doente com cirrose? Recomendamos que a oferta proteica seja a mesma que a de todos os outros pacientes críticos: 1,5-2,0 g/kg/dia de peso atual. Nível de Evidência: Opinião de especialista. Terapia Nutricional Enteral (TNE): Conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio de nutrição enteral. Resolução nº 63 (ANVISA) - 6/7/00: “alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusivamente ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conformes suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar”. Indicado para: risco de desnutrição, trato digestivo total ou parcialmente funcionante (paciente não quer, não pode ou não deve se alimentar pela boca). Pacientes impossibilitados de ingestão oral adequada para prover de dois terços a três quartos das necessidades diárias nutricionais, seja por doenças do trato gastro-intestinal alto, por intubação oro-traqueal, por distúrbios neurológicos com comprometimento do nível de consciência ou dos movimentos mastigatórios. Indicado também nos casos em que o paciente vem com ingestão oral baixa, por anorexia de diversas etiologias. Obs.: A administração de dieta por sonda nasoenteral não contraindica a alimentação oral, se esta não implicar em riscos para o paciente. Exemplos: Pacientes que não podem se alimentar: inconsciência, anorexia nervosa, lesões orais, acidentes vasculares cerebrais, neoplasias, ... Pacientes com ingestão oral insuficiente: trauma, septicemia, alcoolismo crônico, depressão grave, queimaduras Pacientes nos quais a alimentação comum produz dor e/ou desconforto: Doença de Chron, Colite ulcerativa, Carcinoma do trato gastrintestinal, Pancreatite, Quimioterapia, Radioterapia Pacientes com disfunção do trato gastrintestinal: Síndrome de má absorção, Fístula, Síndrome do intestino curto Slides- Tóp. Esp. Doenças Hipermetabólicas Contraindicação: Disfunção do TGI ou condições que requerem repouso intestinal; obstrução mecânica do TGI, refluxo gastroesofágico intenso, íleo paralítico, hemorragia GI severa, vômitos e diarréia severa, enterocolite severa, pancreatite aguda grave Vias de acesso (NE): Estômago, duodeno e jejuno NE por curto período (< 6 semanas): sonda nasoenteral > 6 semanas: Gastrostomia e jejunostomia Local de administração: intragástrica ou pós pilórica (risco de aspiração) Técnicas de acesso: às cegas, por endoscopia, radioscopia, laparoscopia,ou cirúrgica. Vantagens – Localização gástrica Maior tolerância a fórmulas variadas Boa aceitação de fórmulas hiperosmóticas Permite a progressão mais rápida para alcançar o valor calórico total ideal Devido à dilatação receptiva gástrica, possibilita a introdução de grandes volumes em curto tempo Fácil posicionamento da sonda. Desvantagens – localização gástrica Alto risco de aspiração em pacientes com dificuldade neuromotoras de deglutição A ocorrência de tosse, náuseas ou vômitos favorece a saída acidental de sonda nasoenteral Vantagens – Localização Duodenal/jejunal Menor risco de aspiração Maior dificuldade de saída acidental da sonda Permite nutrição enteral quando a alimentação gástrica é incoveniente e inoportuna. Desvantagens – Localização duodenal e jejunal Risco de aspiração em pacientes que têm mobilidade gástrica alterada ou são alimentados à noite; Desalojamento acidental, podendo causar refluxo gástrico; Requer dietas normo ou hiposmolares. Métodos de administração: Contínua – bomba de infusão, 25 a 150ml/h por 24h, interrompida de 6 a 8h para irrigação da sonda. Pode ser mantida no período noturno, caso seja indicado. Intermitente – força da gravidade, 50 a 500 ml de dieta administrada por gotejamento, de 3 a 6h Bolo – injeção com seringa, 100 a 350 ml no estômago, de 2 a 6h. Dose e Velocidade: Intermitente: inicia com 100 ml e o volume aumentado a cada 24 ou 48h, até preencher as necessidades totais de nutrientes. Contínua: inicia com volume de 25 a 30 ml/h/dia, e aumenta a velocidade gradativa até 100 a 150 ml/h Tipos de Dieta: industrializadas, artesanais Complicações: Gastrintestinais (vômitos, diarréia, distensão abdominal), Metabólicas (hiper/hipoglicemia, dislipidemia, dist. Eletrolíticos) Mecânicas (deslocamento de sonda, sinusite, ostrução de sonda) Infecciosas (contaminação bacteriana, pneumonia por aspiração) Respiratórias (pneumonia), Psicológicas (depressão) Cuidados de Enfermagem: tem como principal responsabilidade a administração da Terapia Nutricional (TN), acompanhando todo o processo objetivando a prevenção e a detecção precoce de complicações. Atribuição de Enfermagem: administração de medicamentos (reposição hidroeletrolítica, gavagem, enemas), realização de cateterismos, supervisionar a nutrição enteral e parenteral, Slides- Tóp. Esp. Doenças Hipermetabólicas avaliar indicação e tolerância alimentar, necessidade de via alternativa para administração da dieta, cuidados na manutenção dos estomas, prevenção de complicações. Cuidados Gerais: lavar as mãos antes de manusear a dieta; conferir prescrição da dieta: identificação do paciente, tipo de dieta, via de administração, volume prescrito; observar os seguintes aspectos antes de administrar a dieta: temperatura, aspecto, volume e consistência; elevar cabeceira no mínimo 30°, aspirar conteúdo gástrico sempre antes de administrar dieta ou medicação para avaliar aspecto e volume do refluxo; Avaliar aceitação da dieta pelo paciente baseado nos seguintes parâmetros: presença de ruídos hidroaéreos, ausência de distensão abdominal e/ou vômitos, aspecto e volume do refluxo gastroesofágico; Nutrição parenteral Solução estéril de nutrientes, infundida por via intravenosa por meio de um acesso venoso periférico ou central. Tipos: Nutrição parenteral periférica (NPP)- períodos curtos (7 -10 dias) – 1000 a 1500 kcal/dia. Nutrição parenteral total (NPT) > 7 a 10 dias Indicações: trato digestivo não funcionante, Específicas: vômitos intratáveis, diarreia grave, mucosite, esofagite, obstrução, repouso intestinal, pré-operatório Contra-indicações: Pacientes hemodinamicamente instáveis (hipovolemia, edema agudo do pulmão) Tipo de cateter: curta permanência, longa permanência Sítio de inserção: veia subclávia, veia jugular interna, veia axilar (pediatria), veia femoral Componentes da solução: Foi estabelecido como padronização para a instituição a seguinte especificação: Bolsa de câmara tripla de 1000ml para mistura e infusão contendo poliaminoácidos, glicose e emulsão lipídica, na seguinte formulação: Aminoácidos 10% - 400ml Glicose 40% - 400ml Emulsão lipídica 20% - 200ml Complicações: Mecânica: Relacionadas ao cateter: deslocamento em direção cefálica, perfuração do vaso, pneumotórax, hemotórax, desconexão do cateter com perda sanguínea ou embolia gasosa; Metabólicas:sobrecarga hídrica, hiperglicemia, hipoglicemia, hipertrigliceridemia, hipercapnia (↑CO2), deficiência de ácidos graxos essenciais, síndrome de retroalimentação, distúrbios eletrolíticos, distúrbios hepatobiliares, gastrite e úlcera de estresse Infecciosas: Sepse relacionada ao cateter, tendo como agentes etiológicos mais freqüentes: Staphylococcus epidermidis, fungos, bacilos Gram-negativos (Escherichia coli, Serratia marcescens, Enterobacter cloacae) e Staphylococcus aureus. Cuidados gerais de Enfermagem: A solução somente deverá ser misturada à beira do leito do paciente, ou seja, a selagem entre as câmaras da bolsa deve ser rompidas somente no momento da instalação da nutrição parenteral; O equipo deverá ser colocado na bolsa após acesso venoso instalado e verificado a permeabilidade do mesmo; Caso o equipo tenha sido colocado na bolsa, o sistema será considerado como violado e não poderá mais ser armazenado; deverá, portanto, ser desprezado; Caso a solução tenha sido misturada e equipo não colocado, mas não será mais utilizada pelo paciente, então poderá ser armazenada por 7 dias em refrigeração ou 48h em ar ambiente, devidamente etiquetada com data e hora do rompimento da selagem; Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave, 2018 Triagem e avaliação nutricional: Ferramentas de triagem nutricional devem ser aplicadas em pacientes críticos? Sim, a triagem nutricional permite identificar - desnutridos ou em processo de desnutrição, Benefícios: TN mais precoce e individualizada. Nível de Evidência: Moderado. Qual é o melhor método para avaliar necessidade energética no paciente crítico? Slides- Tóp. Esp. Doenças Hipermetabólicas A calorimetria indireta (CI) é o método padrão ouro para a avaliação do gasto energético de repouso (GER) dos pacientes críticos, Equações preditivas são imprecisas para os pacientes críticos, subestima ou superestima suas necessidades energéticas. Na ausência da CI, as equações preditivas devem ser utilizadas com cautela. Nível de Evidência: Moderado. Qual é a oferta energética ideal para o paciente crítico? Recomendamos iniciar com uma oferta energética mais baixa, cerca de 15 a 20 kcal/kg/dia e progredir…. Para 25 a 30 kcal/kg/dia após o quarto dia dos pacientes em recuperação. Caso disponha de CI: Ofertar na fase inicial entre 50 e 70% do gasto energético aferido. Nível de Evidência: Baixo As novas recomendações de ingestão proteica para o doente crítico, giram em torno de 1,2 até 2 g ptn/kg por dia. Existe, entretanto, outra corrente demonstrando que a oferta exacerbada de nutrientes na primeira semana da doença crítica (30 kcal/kg/dia e 1,5 g ptn/kg/dia) pode: Aumentar o risco de mortalidade; A partir da segunda semana essa oferta já traria um efeito protetor. Essa controvérsia ilustra a necessidade do monitoramento da oferta proteica. O início precoce da TNE: Visa à manutenção da integridade funcional e trofismo do trato gastrointestinal (TGI). Mantém o fluxo sanguíneo local e a liberação de hormônios e agentes endógenos (colecistocinina, gastrina, ácidos biliares, etc.); Impede a quebra de barreira e o aumento da permeabilidade das células epiteliais; Qual deve ser o posicionamento da sonda: gástrico ou pós-pilórico? Sugerimos a administração da nutrição enteral em posição pós-pilórica apenas em pacientes com alto risco para aspiração e naqueles com intolerância à administração da dieta no estômago. Nível de Evidência: Moderado/Alto. A TNE pode ser utilizada com o uso de droga vasoativa? Sugerimos que o início da TNE deve ser adiado em pacientes hemodinamicamente instáveis até que o paciente esteja adequadamente ressuscitado, com o restabelecimento da microperfusão tecidual. O início/ reinício da nutrição enteral deve ser feito com cautela em pacientes ainda em uso de droga vasoativa. Nível de Evidência: Opinião de especialista. Vias de administração: Via periférica (npp): veias de pequeno calibre, região da mão e ante-braço, menor risco de complicações osmolaridade < 900 mosm/l, ↓ concentração de nutrientes, curtos períodos de terapia . Via central (npt): veias de grosso calibre, veia cava superior maior risco de complicações, osmolaridade > 900 mosm/l, ↑ concentração de nutrientes, longos períodos de terapia Indicações: Impossibilidade temporária ou Definitiva de nutrição pelo Trato gastrointestinal Nutrição parenteral: Solução ou emulsão composta basicamente de: Carboidratos, Aminoácidos, lipídios,Vitaminas e minerais. Estéril e apirogênica, acondicionada em (recipiente de vidro ou plástico) sistema fechado, destinada a administração intravenosa, cujo objetivo é a manutenção de tecidos, órgãos ou sistemas Sistema glicídico, glicose + AA (2 em 1) Sistema lipídico, Glicose + aa + e. Lipídica (3 em 1) Importante monitorar diariamente: Bioquimica, Balanço hídrico, sinais de hiperglicemia ou hipo. Não retirar a NPT sem repor soro glicosada (risco de hipoglicemia severa)
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