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DIREITO ROMANO E SEU DESENVOLVIMENTO CONFORME A POLÍTICA
Geovanna Cristina de Oliveira Araújo
A história romana pode ser dividida em realeza, república e império, sendo o último
subdividido em alto e baixo império, do mesmo modo pode-se compreender a evolução do
direito romano como transformador do pensamento jurídico resultante de inúmeras
transformações sociais e políticas neste período.
O primeiro período histórico, denominado realeza, era governada por um rei vitalício,
mas não eletivo e hereditária. A organização política era constituída na divisão entre Rex,
Senatus e Populus. O rex possuía poder absoluto, o Imperium, o senatus tinha função apenas
consultiva e o populus votava as leis propostas pelo rex. O direito romano neste período
fundamentava-se no costume e na lei, o costume ou jus non scriptum era o mais utilizado
decorrente do uso repetitivo e prolongado de uma norma jurídica tradicional além de ter maior
importância jurídica do que as próprias leis que somente regiam casos particulares em
determinados casos, assemelhando-se muito mais a um contrato.
Com o fim da realeza, instaura-se a República na qual o poder estava nas mãos de
muitos, com mandatos de um ano a fim de evitar poder exacerbado. Na Roma Republicana, a
plebe enfrentava diversos problemas econômicos e políticos, após greves da plebe ocorreu a
criação de um tribuno da plebe para representar o povo no senado. A lei ainda tinha valor
secundário e sua aplicabilidade não era geral, o costume estava presente para ser usado pelos
patrícios contra a plebe a qualquer momento o que os desagradava. Em resposta, uma
comissão é reunida para redigir a denominada Lei das XII Tábuas, essa possui extrema
importância dentro do direito romano, tida como a fonte de todo o direito público e privado.
Tais leis com caráter tipicamente romano são logo aceitas e passam a reger as relações
jurídicas romanas. Após o sucesso na aplicabilidade dessas leis surgem outras com o mesmo
intuito como as leges rogatae e as leges datae. Além das leis ainda há os plebiscitos e os
jurisprudentes. O primeiro diz respeitos a deliberações nas quais aplicavam-se apenas a plebe
e o segundo são jurisconsultos encarregados de adaptar os textos da lei que apresentavam
alguma lacuna. Por fim, como última fonte, era usado os editos dos magistrados, esses, por
sua vez, constituíam-se em declarações e projetos que pretendiam desenvolver.
O último período histórico romano é o Império que se subdivide em Alto e Baixo. No
Alto Império, a figura principal do governo agora é o imperador na forma de Diarquia
dividindo seu poder com o senado, o imperador possui Imperium em todos os aspectos, sua
autoridade é quase máxima. O costume ainda se apresenta como importante fonte do direito,
as leis leges rogatae perdem sua importância e as leges datae ganham maior importância na
medida em que assumem papel de decisões do imperador tomadas em nome do povo em prol
desses. Um diferencial existente nesse período é o surgimento das Constituições Imperiais, as
quais emergem do imperador e são medidas legislativas provenientes de sua vontade. As
constituições se dividem em quatro tipos sendo edicta, mandata, decreta e rescripta, ganham
força e importância gradualmente.
O Baixo Império também chamado de Dominato, caracteriza-se pelo poder supremo
do imperador que governa sozinho e impõe sua vontade, tudo que o agrada tem força de lei.
As Constituições Imperiais do tipo edicta se tornam a única fonte de direito, sendo elas as
ordens expedidas pelo imperador. A maior contribuição deixada pelo direito romano desta
época refere-se as codificações feitas por Justiniano, o chamado Corpus Iuris Civilis que
sistematizou e reunia inúmeros textos de lei das épocas anteriores, a obra era dividida em
quatro partes, o Codex com Constituições Imperiais, Digestos reúne obras dos jurisconsultos,
Institutas como um manual para estudantes e Novelas com as obras do próprio Justiniano. A
obra não era apenas uma mera documentação histórica, mas sim uma fonte de direito positivo
a ser usada na época.
REFERÊNCIAS
CRETELLA JR, José. Curso de Direito Romano: Direito romano posto em paralelo com o
direito civil brasileiro. 20º edição Rio de Janeiro: Forense, 1997.
RODRIGUES, George Magalhães. Direito Romano: Aspectos mais importantes durante a
Realeza, a República e o Império. 2004. Disponível em:
<http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1526/Direito-Romano-Aspectos-mais-important
es-durante-a-Realeza-a-Republica-e-o-Imperio>. Acesso em: 06 março 2020.

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