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agente epidemiológico
Na construção de um novo modelo de atenção à saúde, é preciso 
que os profissionais da saúde construam também uma nova 
prática que enxergue o indivíduo como um ser humano integral, 
vivendo dentro de uma família, dentro da comunidade no 
contexto socioeconômico, cultural e ambiental (BASTOS, 2016). 
Segundo Bastos (2016), essa nova prática requer uma 
compreensão do homem e sua família em função das realidades, 
dos fatores que interferem de maneira positiva e/ou negativa em 
suas vidas e, consequentemente, na saúde. 
Para que essa nova prática apresente resultados satisfatórios, é 
preciso que você, agente, assim como todos os outros 
profissionais assumam o compromisso com a promoção da 
saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação não 
só da pessoa, mas de toda a coletividade (BASTOS, 2016). 
O controle de endemias foi descentralizado para os municípios, 
adotando-se a prevenção e a estratégia de Controle Integrado da 
Doença, com prioridade no cuidado ao indivíduo com diagnóstico 
precoce e preciso, além de tratamento imediato e adequado 
(BASTOS, 2016). 
Nos municípios é indispensável o trabalho integrado dos Agentes 
Epidemiológicos (AEs) e Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), 
tendo como referência as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o 
Programa Saúde da Família, Vigilância Epidemiológica, Centro de 
Controle de Vetores, Unidades de Pronto Atendimento e outros 
parceiros (BASTOS, 2016).
Módulo 4
A Vigilância Entomológica há muito vem sendo usada como 
instrumento que tem base técnica e ajuda administrar e 
operacionalizar os indicadores nos programas e controle de vetores 
(GOMES, 2002).
A vigilância baseada nos fatores relacionados aos artrópodes provê 
bases para predição à ocorrência da doença, permitindo 
intervenções adequadas para evitá-la ou abortá-la (GOMES, 2002).
O fracasso das campanhas de erradicação de vetores, com base no 
uso de inseticidas, trouxe de volta a proposta de controle, baseada 
na redução da densidade do vetor, de forma a interromper a 
transmissão ou baixar a incidência da doença em níveis aceitáveis. 
Tudo isso ocorria sem valorização significativa das investigações e 
das pesquisas como fontes importantes para melhoria desse 
instrumento (GOMES, 2002).
Pode ser entendida como a contínua observação e avaliação de 
informações originadas das características biológicas e ecológicas 
dos vetores, nos níveis das interações com hospedeiros humanos e 
animais reservatórios, sob a influência de fatores ambientais, que 
proporcionem o conhecimento para detecção de qualquer mudança 
no perfil de transmissão das doenças (GOMES, 2002). 
Tem a finalidade de recomendar medidas de prevenção e controle 
dos riscos biológicos, mediante a coleta sistematizada de dados e 
consolidação no Sistema de Informação da Vigilância Ambiental em 
Saúde (GOMES, 2002).
Com base no emprego da concepção dessa vigilância, as atribuições 
principais se fundamentam nos elementos de que se lançaria mão 
para definir os níveis de predição de ocorrência ou mudança no perfil 
epidemiológico das doenças transmitidas por artrópodes, como 
segue (GOMES, 2002): 
a) Identificar espécies de vetores por meio de caracteres 
morfológicos e biológicos com vista à definição de hábitos e 
comportamento implicados na transmissão de doenças;
b) Detectar indicadores entomológicos compatíveis com níveis de 
transmissão da doença; 
c) Detectar precocemente espécies exóticas e, nas autóctones, o 
nível de domicilização ou o grau de contato homem-inseto 
necessário à medida da capacidade vetorial;
d) Identificar situações ambientais e climáticas que favoreçam a 
reprodução e as estações mais sujeitas à disseminação de 
patógenos;
e) Manter sempre a Vigilância Ambiental informada sobre as 
inter-relações homem-vetor, no tempo e espaço, associadas aos 
hospedeiros dos agentes infecciosos e artrópodes que causam 
acidentes;
f) Recomendar, com bases técnicas, as medidas para eliminar ou 
reduzir a abundância de vetores, sob a óptica do controle integrado;
g) Avaliar permanentemente a adequação dos indicadores 
entomológicos na formulação das estratégias de intervenção; e
h) Avaliar o impacto das intervenções específicas sobre vetores 
(GOMES, 2002). 
Segundo Gomes (2002) a vigilância específica dos fatores de risco 
biológico representa, desse modo, instrumento não apenas com a 
atribuição de mensurar indicadores biológicos e não biológicos ou 
análise de dados, mas teria a responsabilidade de elaborar, com 
fundamentação científica, as bases técnicas para implementação 
dos programas de prevenção e controle das doenças transmitidas 
pelos insetos; também, o de promover a agilização na identificação 
de características vetoriais consideradas de riscos epidemiológicos 
para propiciar as intervenções oportunas. 
Além disso, prestar-se-ia ao monitoramento de indicadores 
operacionais e administrativos segundo metas estabelecidas pelos 
serviços hierarquizados de saúde, sobretudo, na implementação e 
na avaliação desses programas (GOMES, 2002). 
Nesse sentido, esse instrumento passaria a ter conceito universal 
resumido nos seguintes pontos: 
a) Cada indicador será monitorado de forma contínua, segundo as 
bases técnicas dos respectivos programas de controle específico da 
doença;
b) O sistema de obtenção das informações deve ser simples e 
contínuo, cabendo ao município e ao estado sua coleta, análise e 
divulgação;
c) Deve ser um instrumento para elaborar e avaliar o impacto das 
aplicações dos programas de controle, permitindo a identificação de 
fatores de risco e as populações humanas expostas a estes;
d) Deve ser avaliado frequentemente, alterado quando necessário, 
adequando-o à estrutura de saúde, grau de desenvolvimento e 
complexidade tecnológica do Sistema Nacional de Vigilância em 
Saúde (SINVAS) (GOMES, 2002). 
Como visto, a Vigilância Entomológica utiliza informações do 
ambiente para avaliar quais dos fatores podem prover advertência 
precoce à ocorrência da transmissão ou epidemia. Focalizando a 
gênese da re-emergência das doenças veiculadas por vetores, não 
se pode desvincular desta a sobrevivência das espécies, expressa 
sob múltiplas formas de convivência nos ambientes modificados, 
como parte do conhecimento da vigilância (GOMES, 2002). 
Se o equilíbrio dos vetores, diante das alterações antrópicas, se 
alcança pelo ajustamento entre os mecanismos endógenos e 
exógenos, pode se deduzir que a vigilância precisa conhecer que a 
adaptação das espécies envolve características morfológica, 
fisiológica e comportamental que podem originar a escolha de 
indicadores exequíveis (GOMES, 2002).
O controle das doenças vetoriais, na atualidade é uma atividade 
complexa, tendo em vista os diversos fatores externos ao setor 
saúde, que são importantes determinantes na manutenção e 
dispersão tanto da doença quanto de seu vetor transmissor (BRASIL, 
2009). 
Dentre esses fatores, Brasil (2009) destaca o surgimento de 
aglomerados urbanos, inadequadas condições de habitação, 
irregularidade no abastecimento de água, destinação imprópria de 
resíduos, o crescente trânsito de pessoas e cargas entre países e as 
mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.
Tendo em vista esses aspectos, é fundamental, para o efetivo 
enfrentamento das doenças vetoriais, a implementação de uma 
política baseada na intersetorialidade, de forma a envolver e 
responsabilizar os gestores e a sociedade. Tal entendimento reforça 
o fundamento de que o controle vetorial é uma ação de 
responsabilidade coletiva e que não se restringe apenas ao setor 
saúde e seus profissionais (BRASIL, 2009).
Segundo Brasil (2009) para alcançar a sustentabilidade definitiva 
nas ações de controle, é imprescindível a criação de um grupo 
executivo intersetorial, que deverá contar com o envolvimento dos 
setores de planejamento, de abastecimento de água e de coleta de 
resíduos sólidos, que darão suporte ao controle da dengue 
promovido pelo setor saúde.
No âmbito do setor saúde,é necessário buscar a articulação 
sistemática da vigilância epidemiológica e entomológica com a 
atenção básica, integrando suas atividades de maneira a 
potencializar o trabalho e evitar a duplicidade das ações, 
considerando especialmente o trabalho desenvolvido pelos Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS) e pelos Agentes Epidemiológicos (AE) 
(BRASIL, 2009).
Na divisão do trabalho entre os diferentes agentes, o gestor local 
deve definir claramente o papel e a responsabilidade de cada um e, 
de acordo com a realidade local, estabelecer os fluxos de trabalho 
(BRASIL, 2009). 
O ACS pode e deve vistoriar sistematicamente os domicílios e 
peridomicílios para controle da dengue e outras doenças vetoriais e, 
caso identifique criadouros de difícil acesso, ou se necessite da 
utilização de larvicida, deve acionar um AE de sua referência 
(BRASIL, 2009). 
De acordo com Brasil (2009) as atividades voltadas ao controle 
vetorial são consideradas de caráter universal e podem ser 
caracterizadas sob dois enfoques: as ações de rotina e as de 
emergência.
Período não epidêmico – ações de rotina:
Vários métodos de controle do Aedes podem ser utilizados 
rotineiramente. Alguns deles são executados no domicílio pelo 
morador e, complementarmente, pelo Agente Epidemiológico ou 
Agente Comunitário de Saúde (BRASIL, 2009).
Deve-se destacar também a responsabilização dos administradores 
e proprietários, com a supervisão da secretaria municipal de saúde, 
na adoção dos métodos de controle dos imóveis não domiciliares, 
que se constituem em áreas de concentração de grande número de 
criadouros produtivos e funcionam como importantes dispersores 
do Aedes (BRASIL, 2009).
Como métodos de controle rotineiro, tem-se o mecânico, o biológico, 
o legal e o químico (BRASIL, 2009).
2
VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA
A Vigilância Entomológica há muito vem sendo usada como 
instrumento que tem base técnica e ajuda administrar e 
operacionalizar os indicadores nos programas e controle de vetores 
(GOMES, 2002).
A vigilância baseada nos fatores relacionados aos artrópodes provê 
bases para predição à ocorrência da doença, permitindo 
intervenções adequadas para evitá-la ou abortá-la (GOMES, 2002).
O fracasso das campanhas de erradicação de vetores, com base no 
uso de inseticidas, trouxe de volta a proposta de controle, baseada 
na redução da densidade do vetor, de forma a interromper a 
transmissão ou baixar a incidência da doença em níveis aceitáveis. 
Tudo isso ocorria sem valorização significativa das investigações e 
das pesquisas como fontes importantes para melhoria desse 
instrumento (GOMES, 2002).
Pode ser entendida como a contínua observação e avaliação de 
informações originadas das características biológicas e ecológicas 
dos vetores, nos níveis das interações com hospedeiros humanos e 
animais reservatórios, sob a influência de fatores ambientais, que 
proporcionem o conhecimento para detecção de qualquer mudança 
no perfil de transmissão das doenças (GOMES, 2002). 
Tem a finalidade de recomendar medidas de prevenção e controle 
dos riscos biológicos, mediante a coleta sistematizada de dados e 
consolidação no Sistema de Informação da Vigilância Ambiental em 
Saúde (GOMES, 2002).
Com base no emprego da concepção dessa vigilância, as atribuições 
principais se fundamentam nos elementos de que se lançaria mão 
para definir os níveis de predição de ocorrência ou mudança no perfil 
epidemiológico das doenças transmitidas por artrópodes, como 
segue (GOMES, 2002): 
a) Identificar espécies de vetores por meio de caracteres 
morfológicos e biológicos com vista à definição de hábitos e 
comportamento implicados na transmissão de doenças;
b) Detectar indicadores entomológicos compatíveis com níveis de 
transmissão da doença; 
c) Detectar precocemente espécies exóticas e, nas autóctones, o 
nível de domicilização ou o grau de contato homem-inseto 
necessário à medida da capacidade vetorial;
d) Identificar situações ambientais e climáticas que favoreçam a 
reprodução e as estações mais sujeitas à disseminação de 
patógenos;
e) Manter sempre a Vigilância Ambiental informada sobre as 
inter-relações homem-vetor, no tempo e espaço, associadas aos 
hospedeiros dos agentes infecciosos e artrópodes que causam 
acidentes;
f) Recomendar, com bases técnicas, as medidas para eliminar ou 
reduzir a abundância de vetores, sob a óptica do controle integrado;
g) Avaliar permanentemente a adequação dos indicadores 
entomológicos na formulação das estratégias de intervenção; e
h) Avaliar o impacto das intervenções específicas sobre vetores 
(GOMES, 2002). 
Segundo Gomes (2002) a vigilância específica dos fatores de risco 
biológico representa, desse modo, instrumento não apenas com a 
atribuição de mensurar indicadores biológicos e não biológicos ou 
análise de dados, mas teria a responsabilidade de elaborar, com 
fundamentação científica, as bases técnicas para implementação 
dos programas de prevenção e controle das doenças transmitidas 
pelos insetos; também, o de promover a agilização na identificação 
de características vetoriais consideradas de riscos epidemiológicos 
para propiciar as intervenções oportunas. 
Além disso, prestar-se-ia ao monitoramento de indicadores 
operacionais e administrativos segundo metas estabelecidas pelos 
serviços hierarquizados de saúde, sobretudo, na implementação e 
na avaliação desses programas (GOMES, 2002). 
Nesse sentido, esse instrumento passaria a ter conceito universal 
resumido nos seguintes pontos: 
a) Cada indicador será monitorado de forma contínua, segundo as 
bases técnicas dos respectivos programas de controle específico da 
doença;
b) O sistema de obtenção das informações deve ser simples e 
contínuo, cabendo ao município e ao estado sua coleta, análise e 
divulgação;
c) Deve ser um instrumento para elaborar e avaliar o impacto das 
aplicações dos programas de controle, permitindo a identificação de 
fatores de risco e as populações humanas expostas a estes;
d) Deve ser avaliado frequentemente, alterado quando necessário, 
adequando-o à estrutura de saúde, grau de desenvolvimento e 
complexidade tecnológica do Sistema Nacional de Vigilância em 
Saúde (SINVAS) (GOMES, 2002). 
Como visto, a Vigilância Entomológica utiliza informações do 
ambiente para avaliar quais dos fatores podem prover advertência 
precoce à ocorrência da transmissão ou epidemia. Focalizando a 
gênese da re-emergência das doenças veiculadas por vetores, não 
se pode desvincular desta a sobrevivência das espécies, expressa 
sob múltiplas formas de convivência nos ambientes modificados, 
como parte do conhecimento da vigilância (GOMES, 2002). 
Se o equilíbrio dos vetores, diante das alterações antrópicas, se 
alcança pelo ajustamento entre os mecanismos endógenos e 
exógenos, pode se deduzir que a vigilância precisa conhecer que a 
adaptação das espécies envolve características morfológica, 
fisiológica e comportamental que podem originar a escolha de 
indicadores exequíveis (GOMES, 2002).
O controle das doenças vetoriais, na atualidade é uma atividade 
complexa, tendo em vista os diversos fatores externos ao setor 
saúde, que são importantes determinantes na manutenção e 
dispersão tanto da doença quanto de seu vetor transmissor (BRASIL, 
2009). 
Dentre esses fatores, Brasil (2009) destaca o surgimento de 
aglomerados urbanos, inadequadas condições de habitação, 
irregularidade no abastecimento de água, destinação imprópria de 
resíduos, o crescente trânsito de pessoas e cargas entre países e as 
mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.
Tendo em vista esses aspectos, é fundamental, para o efetivo 
enfrentamento das doenças vetoriais, a implementação de uma 
política baseada na intersetorialidade, de forma a envolver e 
responsabilizar os gestores e a sociedade. Tal entendimento reforça 
o fundamento de que o controle vetorial é uma ação de 
responsabilidade coletiva e que não se restringe apenas ao setor 
saúde e seus profissionais (BRASIL, 2009).
Segundo Brasil (2009) para alcançara sustentabilidade definitiva 
nas ações de controle, é imprescindível a criação de um grupo 
executivo intersetorial, que deverá contar com o envolvimento dos 
setores de planejamento, de abastecimento de água e de coleta de 
resíduos sólidos, que darão suporte ao controle da dengue 
promovido pelo setor saúde.
No âmbito do setor saúde, é necessário buscar a articulação 
sistemática da vigilância epidemiológica e entomológica com a 
atenção básica, integrando suas atividades de maneira a 
potencializar o trabalho e evitar a duplicidade das ações, 
considerando especialmente o trabalho desenvolvido pelos Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS) e pelos Agentes Epidemiológicos (AE) 
(BRASIL, 2009).
Na divisão do trabalho entre os diferentes agentes, o gestor local 
deve definir claramente o papel e a responsabilidade de cada um e, 
de acordo com a realidade local, estabelecer os fluxos de trabalho 
(BRASIL, 2009). 
O ACS pode e deve vistoriar sistematicamente os domicílios e 
peridomicílios para controle da dengue e outras doenças vetoriais e, 
caso identifique criadouros de difícil acesso, ou se necessite da 
utilização de larvicida, deve acionar um AE de sua referência 
(BRASIL, 2009). 
De acordo com Brasil (2009) as atividades voltadas ao controle 
vetorial são consideradas de caráter universal e podem ser 
caracterizadas sob dois enfoques: as ações de rotina e as de 
emergência.
Período não epidêmico – ações de rotina:
Vários métodos de controle do Aedes podem ser utilizados 
rotineiramente. Alguns deles são executados no domicílio pelo 
morador e, complementarmente, pelo Agente Epidemiológico ou 
Agente Comunitário de Saúde (BRASIL, 2009).
Deve-se destacar também a responsabilização dos administradores 
e proprietários, com a supervisão da secretaria municipal de saúde, 
na adoção dos métodos de controle dos imóveis não domiciliares, 
que se constituem em áreas de concentração de grande número de 
criadouros produtivos e funcionam como importantes dispersores 
do Aedes (BRASIL, 2009).
Como métodos de controle rotineiro, tem-se o mecânico, o biológico, 
o legal e o químico (BRASIL, 2009).
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A Vigilância Entomológica há muito vem sendo usada como 
instrumento que tem base técnica e ajuda administrar e 
operacionalizar os indicadores nos programas e controle de vetores 
(GOMES, 2002).
A vigilância baseada nos fatores relacionados aos artrópodes provê 
bases para predição à ocorrência da doença, permitindo 
intervenções adequadas para evitá-la ou abortá-la (GOMES, 2002).
O fracasso das campanhas de erradicação de vetores, com base no 
uso de inseticidas, trouxe de volta a proposta de controle, baseada 
na redução da densidade do vetor, de forma a interromper a 
transmissão ou baixar a incidência da doença em níveis aceitáveis. 
Tudo isso ocorria sem valorização significativa das investigações e 
das pesquisas como fontes importantes para melhoria desse 
instrumento (GOMES, 2002).
Pode ser entendida como a contínua observação e avaliação de 
informações originadas das características biológicas e ecológicas 
dos vetores, nos níveis das interações com hospedeiros humanos e 
animais reservatórios, sob a influência de fatores ambientais, que 
proporcionem o conhecimento para detecção de qualquer mudança 
no perfil de transmissão das doenças (GOMES, 2002). 
Tem a finalidade de recomendar medidas de prevenção e controle 
dos riscos biológicos, mediante a coleta sistematizada de dados e 
consolidação no Sistema de Informação da Vigilância Ambiental em 
Saúde (GOMES, 2002).
Com base no emprego da concepção dessa vigilância, as atribuições 
principais se fundamentam nos elementos de que se lançaria mão 
para definir os níveis de predição de ocorrência ou mudança no perfil 
epidemiológico das doenças transmitidas por artrópodes, como 
segue (GOMES, 2002): 
a) Identificar espécies de vetores por meio de caracteres 
morfológicos e biológicos com vista à definição de hábitos e 
comportamento implicados na transmissão de doenças;
b) Detectar indicadores entomológicos compatíveis com níveis de 
transmissão da doença; 
c) Detectar precocemente espécies exóticas e, nas autóctones, o 
nível de domicilização ou o grau de contato homem-inseto 
necessário à medida da capacidade vetorial;
d) Identificar situações ambientais e climáticas que favoreçam a 
reprodução e as estações mais sujeitas à disseminação de 
patógenos;
e) Manter sempre a Vigilância Ambiental informada sobre as 
inter-relações homem-vetor, no tempo e espaço, associadas aos 
hospedeiros dos agentes infecciosos e artrópodes que causam 
acidentes;
f) Recomendar, com bases técnicas, as medidas para eliminar ou 
reduzir a abundância de vetores, sob a óptica do controle integrado;
g) Avaliar permanentemente a adequação dos indicadores 
entomológicos na formulação das estratégias de intervenção; e
atribuições
h) Avaliar o impacto das intervenções específicas sobre vetores 
(GOMES, 2002). 
Segundo Gomes (2002) a vigilância específica dos fatores de risco 
biológico representa, desse modo, instrumento não apenas com a 
atribuição de mensurar indicadores biológicos e não biológicos ou 
análise de dados, mas teria a responsabilidade de elaborar, com 
fundamentação científica, as bases técnicas para implementação 
dos programas de prevenção e controle das doenças transmitidas 
pelos insetos; também, o de promover a agilização na identificação 
de características vetoriais consideradas de riscos epidemiológicos 
para propiciar as intervenções oportunas. 
Além disso, prestar-se-ia ao monitoramento de indicadores 
operacionais e administrativos segundo metas estabelecidas pelos 
serviços hierarquizados de saúde, sobretudo, na implementação e 
na avaliação desses programas (GOMES, 2002). 
Nesse sentido, esse instrumento passaria a ter conceito universal 
resumido nos seguintes pontos: 
a) Cada indicador será monitorado de forma contínua, segundo as 
bases técnicas dos respectivos programas de controle específico da 
doença;
b) O sistema de obtenção das informações deve ser simples e 
contínuo, cabendo ao município e ao estado sua coleta, análise e 
divulgação;
c) Deve ser um instrumento para elaborar e avaliar o impacto das 
aplicações dos programas de controle, permitindo a identificação de 
fatores de risco e as populações humanas expostas a estes;
d) Deve ser avaliado frequentemente, alterado quando necessário, 
adequando-o à estrutura de saúde, grau de desenvolvimento e 
complexidade tecnológica do Sistema Nacional de Vigilância em 
Saúde (SINVAS) (GOMES, 2002). 
Como visto, a Vigilância Entomológica utiliza informações do 
ambiente para avaliar quais dos fatores podem prover advertência 
precoce à ocorrência da transmissão ou epidemia. Focalizando a 
gênese da re-emergência das doenças veiculadas por vetores, não 
se pode desvincular desta a sobrevivência das espécies, expressa 
sob múltiplas formas de convivência nos ambientes modificados, 
como parte do conhecimento da vigilância (GOMES, 2002). 
Se o equilíbrio dos vetores, diante das alterações antrópicas, se 
alcança pelo ajustamento entre os mecanismos endógenos e 
exógenos, pode se deduzir que a vigilância precisa conhecer que a 
adaptação das espécies envolve características morfológica, 
fisiológica e comportamental que podem originar a escolha de 
indicadores exequíveis (GOMES, 2002).
O controle das doenças vetoriais, na atualidade é uma atividade 
complexa, tendo em vista os diversos fatores externos ao setor 
saúde, que são importantes determinantes na manutenção e 
dispersão tanto da doença quanto de seu vetor transmissor (BRASIL, 
2009). 
Dentre esses fatores, Brasil (2009) destaca o surgimento de 
aglomerados urbanos, inadequadas condições de habitação, 
irregularidade no abastecimento de água, destinação imprópria de 
resíduos, o crescente trânsito de pessoas e cargas entre países e as 
mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.
Tendo em vista esses aspectos, é fundamental, para o efetivo 
enfrentamento das doenças vetoriais, a implementação de umapolítica baseada na intersetorialidade, de forma a envolver e 
responsabilizar os gestores e a sociedade. Tal entendimento reforça 
o fundamento de que o controle vetorial é uma ação de 
responsabilidade coletiva e que não se restringe apenas ao setor 
saúde e seus profissionais (BRASIL, 2009).
Segundo Brasil (2009) para alcançar a sustentabilidade definitiva 
nas ações de controle, é imprescindível a criação de um grupo 
executivo intersetorial, que deverá contar com o envolvimento dos 
setores de planejamento, de abastecimento de água e de coleta de 
resíduos sólidos, que darão suporte ao controle da dengue 
promovido pelo setor saúde.
No âmbito do setor saúde, é necessário buscar a articulação 
sistemática da vigilância epidemiológica e entomológica com a 
atenção básica, integrando suas atividades de maneira a 
potencializar o trabalho e evitar a duplicidade das ações, 
considerando especialmente o trabalho desenvolvido pelos Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS) e pelos Agentes Epidemiológicos (AE) 
(BRASIL, 2009).
Na divisão do trabalho entre os diferentes agentes, o gestor local 
deve definir claramente o papel e a responsabilidade de cada um e, 
de acordo com a realidade local, estabelecer os fluxos de trabalho 
(BRASIL, 2009). 
O ACS pode e deve vistoriar sistematicamente os domicílios e 
peridomicílios para controle da dengue e outras doenças vetoriais e, 
caso identifique criadouros de difícil acesso, ou se necessite da 
utilização de larvicida, deve acionar um AE de sua referência 
(BRASIL, 2009). 
De acordo com Brasil (2009) as atividades voltadas ao controle 
vetorial são consideradas de caráter universal e podem ser 
caracterizadas sob dois enfoques: as ações de rotina e as de 
emergência.
Período não epidêmico – ações de rotina:
Vários métodos de controle do Aedes podem ser utilizados 
rotineiramente. Alguns deles são executados no domicílio pelo 
morador e, complementarmente, pelo Agente Epidemiológico ou 
Agente Comunitário de Saúde (BRASIL, 2009).
Deve-se destacar também a responsabilização dos administradores 
e proprietários, com a supervisão da secretaria municipal de saúde, 
na adoção dos métodos de controle dos imóveis não domiciliares, 
que se constituem em áreas de concentração de grande número de 
criadouros produtivos e funcionam como importantes dispersores 
do Aedes (BRASIL, 2009).
Como métodos de controle rotineiro, tem-se o mecânico, o biológico, 
o legal e o químico (BRASIL, 2009).
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A Vigilância Entomológica há muito vem sendo usada como 
instrumento que tem base técnica e ajuda administrar e 
operacionalizar os indicadores nos programas e controle de vetores 
(GOMES, 2002).
A vigilância baseada nos fatores relacionados aos artrópodes provê 
bases para predição à ocorrência da doença, permitindo 
intervenções adequadas para evitá-la ou abortá-la (GOMES, 2002).
O fracasso das campanhas de erradicação de vetores, com base no 
uso de inseticidas, trouxe de volta a proposta de controle, baseada 
na redução da densidade do vetor, de forma a interromper a 
transmissão ou baixar a incidência da doença em níveis aceitáveis. 
Tudo isso ocorria sem valorização significativa das investigações e 
das pesquisas como fontes importantes para melhoria desse 
instrumento (GOMES, 2002).
Pode ser entendida como a contínua observação e avaliação de 
informações originadas das características biológicas e ecológicas 
dos vetores, nos níveis das interações com hospedeiros humanos e 
animais reservatórios, sob a influência de fatores ambientais, que 
proporcionem o conhecimento para detecção de qualquer mudança 
no perfil de transmissão das doenças (GOMES, 2002). 
Tem a finalidade de recomendar medidas de prevenção e controle 
dos riscos biológicos, mediante a coleta sistematizada de dados e 
consolidação no Sistema de Informação da Vigilância Ambiental em 
Saúde (GOMES, 2002).
Com base no emprego da concepção dessa vigilância, as atribuições 
principais se fundamentam nos elementos de que se lançaria mão 
para definir os níveis de predição de ocorrência ou mudança no perfil 
epidemiológico das doenças transmitidas por artrópodes, como 
segue (GOMES, 2002): 
a) Identificar espécies de vetores por meio de caracteres 
morfológicos e biológicos com vista à definição de hábitos e 
comportamento implicados na transmissão de doenças;
b) Detectar indicadores entomológicos compatíveis com níveis de 
transmissão da doença; 
c) Detectar precocemente espécies exóticas e, nas autóctones, o 
nível de domicilização ou o grau de contato homem-inseto 
necessário à medida da capacidade vetorial;
d) Identificar situações ambientais e climáticas que favoreçam a 
reprodução e as estações mais sujeitas à disseminação de 
patógenos;
e) Manter sempre a Vigilância Ambiental informada sobre as 
inter-relações homem-vetor, no tempo e espaço, associadas aos 
hospedeiros dos agentes infecciosos e artrópodes que causam 
acidentes;
f) Recomendar, com bases técnicas, as medidas para eliminar ou 
reduzir a abundância de vetores, sob a óptica do controle integrado;
g) Avaliar permanentemente a adequação dos indicadores 
entomológicos na formulação das estratégias de intervenção; e
h) Avaliar o impacto das intervenções específicas sobre vetores 
(GOMES, 2002). 
Segundo Gomes (2002) a vigilância específica dos fatores de risco 
biológico representa, desse modo, instrumento não apenas com a 
atribuição de mensurar indicadores biológicos e não biológicos ou 
análise de dados, mas teria a responsabilidade de elaborar, com 
fundamentação científica, as bases técnicas para implementação 
dos programas de prevenção e controle das doenças transmitidas 
pelos insetos; também, o de promover a agilização na identificação 
de características vetoriais consideradas de riscos epidemiológicos 
para propiciar as intervenções oportunas. 
Além disso, prestar-se-ia ao monitoramento de indicadores 
operacionais e administrativos segundo metas estabelecidas pelos 
serviços hierarquizados de saúde, sobretudo, na implementação e 
na avaliação desses programas (GOMES, 2002). 
Nesse sentido, esse instrumento passaria a ter conceito universal 
resumido nos seguintes pontos: 
a) Cada indicador será monitorado de forma contínua, segundo as 
bases técnicas dos respectivos programas de controle específico da 
doença;
b) O sistema de obtenção das informações deve ser simples e 
contínuo, cabendo ao município e ao estado sua coleta, análise e 
divulgação;
c) Deve ser um instrumento para elaborar e avaliar o impacto das 
aplicações dos programas de controle, permitindo a identificação de 
fatores de risco e as populações humanas expostas a estes;
d) Deve ser avaliado frequentemente, alterado quando necessário, 
adequando-o à estrutura de saúde, grau de desenvolvimento e 
complexidade tecnológica do Sistema Nacional de Vigilância em 
Saúde (SINVAS) (GOMES, 2002). 
Como visto, a Vigilância Entomológica utiliza informações do 
ambiente para avaliar quais dos fatores podem prover advertência 
precoce à ocorrência da transmissão ou epidemia. Focalizando a 
gênese da re-emergência das doenças veiculadas por vetores, não 
se pode desvincular desta a sobrevivência das espécies, expressa 
sob múltiplas formas de convivência nos ambientes modificados, 
como parte do conhecimento da vigilância (GOMES, 2002). 
Se o equilíbrio dos vetores, diante das alterações antrópicas, se 
alcança pelo ajustamento entre os mecanismos endógenos e 
exógenos, pode se deduzir que a vigilância precisa conhecer que a 
adaptação das espécies envolve características morfológica, 
fisiológica e comportamental que podem originar a escolha de 
indicadores exequíveis (GOMES, 2002).
O controle das doenças vetoriais, na atualidade é uma atividade 
complexa, tendo em vista os diversos fatores externos ao setor 
saúde, que são importantes determinantes na manutenção e 
dispersão tanto da doença quanto de seu vetor transmissor (BRASIL, 
2009). 
Dentre esses fatores, Brasil (2009) destaca o surgimento de 
aglomerados urbanos, inadequadas condições de habitação,irregularidade no abastecimento de água, destinação imprópria de 
resíduos, o crescente trânsito de pessoas e cargas entre países e as 
mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.
Tendo em vista esses aspectos, é fundamental, para o efetivo 
enfrentamento das doenças vetoriais, a implementação de uma 
política baseada na intersetorialidade, de forma a envolver e 
responsabilizar os gestores e a sociedade. Tal entendimento reforça 
o fundamento de que o controle vetorial é uma ação de 
responsabilidade coletiva e que não se restringe apenas ao setor 
saúde e seus profissionais (BRASIL, 2009).
Segundo Brasil (2009) para alcançar a sustentabilidade definitiva 
nas ações de controle, é imprescindível a criação de um grupo 
executivo intersetorial, que deverá contar com o envolvimento dos 
setores de planejamento, de abastecimento de água e de coleta de 
resíduos sólidos, que darão suporte ao controle da dengue 
promovido pelo setor saúde.
No âmbito do setor saúde, é necessário buscar a articulação 
sistemática da vigilância epidemiológica e entomológica com a 
atenção básica, integrando suas atividades de maneira a 
potencializar o trabalho e evitar a duplicidade das ações, 
considerando especialmente o trabalho desenvolvido pelos Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS) e pelos Agentes Epidemiológicos (AE) 
(BRASIL, 2009).
Na divisão do trabalho entre os diferentes agentes, o gestor local 
deve definir claramente o papel e a responsabilidade de cada um e, 
de acordo com a realidade local, estabelecer os fluxos de trabalho 
(BRASIL, 2009). 
O ACS pode e deve vistoriar sistematicamente os domicílios e 
peridomicílios para controle da dengue e outras doenças vetoriais e, 
caso identifique criadouros de difícil acesso, ou se necessite da 
utilização de larvicida, deve acionar um AE de sua referência 
(BRASIL, 2009). 
De acordo com Brasil (2009) as atividades voltadas ao controle 
vetorial são consideradas de caráter universal e podem ser 
caracterizadas sob dois enfoques: as ações de rotina e as de 
emergência.
Período não epidêmico – ações de rotina:
Vários métodos de controle do Aedes podem ser utilizados 
rotineiramente. Alguns deles são executados no domicílio pelo 
morador e, complementarmente, pelo Agente Epidemiológico ou 
Agente Comunitário de Saúde (BRASIL, 2009).
Deve-se destacar também a responsabilização dos administradores 
e proprietários, com a supervisão da secretaria municipal de saúde, 
na adoção dos métodos de controle dos imóveis não domiciliares, 
que se constituem em áreas de concentração de grande número de 
criadouros produtivos e funcionam como importantes dispersores 
do Aedes (BRASIL, 2009).
Como métodos de controle rotineiro, tem-se o mecânico, o biológico, 
o legal e o químico (BRASIL, 2009).
5
A Vigilância Entomológica há muito vem sendo usada como 
instrumento que tem base técnica e ajuda administrar e 
operacionalizar os indicadores nos programas e controle de vetores 
(GOMES, 2002).
A vigilância baseada nos fatores relacionados aos artrópodes provê 
bases para predição à ocorrência da doença, permitindo 
intervenções adequadas para evitá-la ou abortá-la (GOMES, 2002).
O fracasso das campanhas de erradicação de vetores, com base no 
uso de inseticidas, trouxe de volta a proposta de controle, baseada 
na redução da densidade do vetor, de forma a interromper a 
transmissão ou baixar a incidência da doença em níveis aceitáveis. 
Tudo isso ocorria sem valorização significativa das investigações e 
das pesquisas como fontes importantes para melhoria desse 
instrumento (GOMES, 2002).
Pode ser entendida como a contínua observação e avaliação de 
informações originadas das características biológicas e ecológicas 
dos vetores, nos níveis das interações com hospedeiros humanos e 
animais reservatórios, sob a influência de fatores ambientais, que 
proporcionem o conhecimento para detecção de qualquer mudança 
no perfil de transmissão das doenças (GOMES, 2002). 
Tem a finalidade de recomendar medidas de prevenção e controle 
dos riscos biológicos, mediante a coleta sistematizada de dados e 
consolidação no Sistema de Informação da Vigilância Ambiental em 
Saúde (GOMES, 2002).
Com base no emprego da concepção dessa vigilância, as atribuições 
principais se fundamentam nos elementos de que se lançaria mão 
para definir os níveis de predição de ocorrência ou mudança no perfil 
epidemiológico das doenças transmitidas por artrópodes, como 
segue (GOMES, 2002): 
a) Identificar espécies de vetores por meio de caracteres 
morfológicos e biológicos com vista à definição de hábitos e 
comportamento implicados na transmissão de doenças;
b) Detectar indicadores entomológicos compatíveis com níveis de 
transmissão da doença; 
c) Detectar precocemente espécies exóticas e, nas autóctones, o 
nível de domicilização ou o grau de contato homem-inseto 
necessário à medida da capacidade vetorial;
d) Identificar situações ambientais e climáticas que favoreçam a 
reprodução e as estações mais sujeitas à disseminação de 
patógenos;
e) Manter sempre a Vigilância Ambiental informada sobre as 
inter-relações homem-vetor, no tempo e espaço, associadas aos 
hospedeiros dos agentes infecciosos e artrópodes que causam 
acidentes;
f) Recomendar, com bases técnicas, as medidas para eliminar ou 
reduzir a abundância de vetores, sob a óptica do controle integrado;
g) Avaliar permanentemente a adequação dos indicadores 
entomológicos na formulação das estratégias de intervenção; e
h) Avaliar o impacto das intervenções específicas sobre vetores 
(GOMES, 2002). 
Segundo Gomes (2002) a vigilância específica dos fatores de risco 
biológico representa, desse modo, instrumento não apenas com a 
atribuição de mensurar indicadores biológicos e não biológicos ou 
análise de dados, mas teria a responsabilidade de elaborar, com 
fundamentação científica, as bases técnicas para implementação 
dos programas de prevenção e controle das doenças transmitidas 
pelos insetos; também, o de promover a agilização na identificação 
de características vetoriais consideradas de riscos epidemiológicos 
para propiciar as intervenções oportunas. 
Além disso, prestar-se-ia ao monitoramento de indicadores 
operacionais e administrativos segundo metas estabelecidas pelos 
serviços hierarquizados de saúde, sobretudo, na implementação e 
na avaliação desses programas (GOMES, 2002). 
Nesse sentido, esse instrumento passaria a ter conceito universal 
resumido nos seguintes pontos: 
a) Cada indicador será monitorado de forma contínua, segundo as 
bases técnicas dos respectivos programas de controle específico da 
doença;
b) O sistema de obtenção das informações deve ser simples e 
contínuo, cabendo ao município e ao estado sua coleta, análise e 
divulgação;
c) Deve ser um instrumento para elaborar e avaliar o impacto das 
aplicações dos programas de controle, permitindo a identificação de 
fatores de risco e as populações humanas expostas a estes;
d) Deve ser avaliado frequentemente, alterado quando necessário, 
adequando-o à estrutura de saúde, grau de desenvolvimento e 
complexidade tecnológica do Sistema Nacional de Vigilância em 
Saúde (SINVAS) (GOMES, 2002). 
Como visto, a Vigilância Entomológica utiliza informações do 
ambiente para avaliar quais dos fatores podem prover advertência 
precoce à ocorrência da transmissão ou epidemia. Focalizando a 
gênese da re-emergência das doenças veiculadas por vetores, não 
se pode desvincular desta a sobrevivência das espécies, expressa 
sob múltiplas formas de convivência nos ambientes modificados, 
como parte do conhecimento da vigilância (GOMES, 2002). 
Se o equilíbrio dos vetores, diante das alterações antrópicas, se 
alcança pelo ajustamento entre os mecanismos endógenos e 
exógenos, pode se deduzir que a vigilância precisa conhecer que a 
adaptação das espécies envolve características morfológica, 
fisiológica e comportamental que podem originar a escolha de 
indicadores exequíveis (GOMES, 2002).
O controle das doenças vetoriais, na atualidade é uma atividadecomplexa, tendo em vista os diversos fatores externos ao setor 
saúde, que são importantes determinantes na manutenção e 
dispersão tanto da doença quanto de seu vetor transmissor (BRASIL, 
2009). 
Dentre esses fatores, Brasil (2009) destaca o surgimento de 
aglomerados urbanos, inadequadas condições de habitação, 
irregularidade no abastecimento de água, destinação imprópria de 
características gerais
CONTROLE VETORIAL
resíduos, o crescente trânsito de pessoas e cargas entre países e as 
mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.
Tendo em vista esses aspectos, é fundamental, para o efetivo 
enfrentamento das doenças vetoriais, a implementação de uma 
política baseada na intersetorialidade, de forma a envolver e 
responsabilizar os gestores e a sociedade. Tal entendimento reforça 
o fundamento de que o controle vetorial é uma ação de 
responsabilidade coletiva e que não se restringe apenas ao setor 
saúde e seus profissionais (BRASIL, 2009).
Segundo Brasil (2009) para alcançar a sustentabilidade definitiva 
nas ações de controle, é imprescindível a criação de um grupo 
executivo intersetorial, que deverá contar com o envolvimento dos 
setores de planejamento, de abastecimento de água e de coleta de 
resíduos sólidos, que darão suporte ao controle da dengue 
promovido pelo setor saúde.
No âmbito do setor saúde, é necessário buscar a articulação 
sistemática da vigilância epidemiológica e entomológica com a 
atenção básica, integrando suas atividades de maneira a 
potencializar o trabalho e evitar a duplicidade das ações, 
considerando especialmente o trabalho desenvolvido pelos Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS) e pelos Agentes Epidemiológicos (AE) 
(BRASIL, 2009).
Na divisão do trabalho entre os diferentes agentes, o gestor local 
deve definir claramente o papel e a responsabilidade de cada um e, 
de acordo com a realidade local, estabelecer os fluxos de trabalho 
(BRASIL, 2009). 
O ACS pode e deve vistoriar sistematicamente os domicílios e 
peridomicílios para controle da dengue e outras doenças vetoriais e, 
caso identifique criadouros de difícil acesso, ou se necessite da 
utilização de larvicida, deve acionar um AE de sua referência 
(BRASIL, 2009). 
De acordo com Brasil (2009) as atividades voltadas ao controle 
vetorial são consideradas de caráter universal e podem ser 
caracterizadas sob dois enfoques: as ações de rotina e as de 
emergência.
Período não epidêmico – ações de rotina:
Vários métodos de controle do Aedes podem ser utilizados 
rotineiramente. Alguns deles são executados no domicílio pelo 
morador e, complementarmente, pelo Agente Epidemiológico ou 
Agente Comunitário de Saúde (BRASIL, 2009).
Deve-se destacar também a responsabilização dos administradores 
e proprietários, com a supervisão da secretaria municipal de saúde, 
na adoção dos métodos de controle dos imóveis não domiciliares, 
que se constituem em áreas de concentração de grande número de 
criadouros produtivos e funcionam como importantes dispersores 
do Aedes (BRASIL, 2009).
Como métodos de controle rotineiro, tem-se o mecânico, o biológico, 
o legal e o químico (BRASIL, 2009).
6
A Vigilância Entomológica há muito vem sendo usada como 
instrumento que tem base técnica e ajuda administrar e 
operacionalizar os indicadores nos programas e controle de vetores 
(GOMES, 2002).
A vigilância baseada nos fatores relacionados aos artrópodes provê 
bases para predição à ocorrência da doença, permitindo 
intervenções adequadas para evitá-la ou abortá-la (GOMES, 2002).
O fracasso das campanhas de erradicação de vetores, com base no 
uso de inseticidas, trouxe de volta a proposta de controle, baseada 
na redução da densidade do vetor, de forma a interromper a 
transmissão ou baixar a incidência da doença em níveis aceitáveis. 
Tudo isso ocorria sem valorização significativa das investigações e 
das pesquisas como fontes importantes para melhoria desse 
instrumento (GOMES, 2002).
Pode ser entendida como a contínua observação e avaliação de 
informações originadas das características biológicas e ecológicas 
dos vetores, nos níveis das interações com hospedeiros humanos e 
animais reservatórios, sob a influência de fatores ambientais, que 
proporcionem o conhecimento para detecção de qualquer mudança 
no perfil de transmissão das doenças (GOMES, 2002). 
Tem a finalidade de recomendar medidas de prevenção e controle 
dos riscos biológicos, mediante a coleta sistematizada de dados e 
consolidação no Sistema de Informação da Vigilância Ambiental em 
Saúde (GOMES, 2002).
Com base no emprego da concepção dessa vigilância, as atribuições 
principais se fundamentam nos elementos de que se lançaria mão 
para definir os níveis de predição de ocorrência ou mudança no perfil 
epidemiológico das doenças transmitidas por artrópodes, como 
segue (GOMES, 2002): 
a) Identificar espécies de vetores por meio de caracteres 
morfológicos e biológicos com vista à definição de hábitos e 
comportamento implicados na transmissão de doenças;
b) Detectar indicadores entomológicos compatíveis com níveis de 
transmissão da doença; 
c) Detectar precocemente espécies exóticas e, nas autóctones, o 
nível de domicilização ou o grau de contato homem-inseto 
necessário à medida da capacidade vetorial;
d) Identificar situações ambientais e climáticas que favoreçam a 
reprodução e as estações mais sujeitas à disseminação de 
patógenos;
e) Manter sempre a Vigilância Ambiental informada sobre as 
inter-relações homem-vetor, no tempo e espaço, associadas aos 
hospedeiros dos agentes infecciosos e artrópodes que causam 
acidentes;
f) Recomendar, com bases técnicas, as medidas para eliminar ou 
reduzir a abundância de vetores, sob a óptica do controle integrado;
g) Avaliar permanentemente a adequação dos indicadores 
entomológicos na formulação das estratégias de intervenção; e
h) Avaliar o impacto das intervenções específicas sobre vetores 
(GOMES, 2002). 
Segundo Gomes (2002) a vigilância específica dos fatores de risco 
biológico representa, desse modo, instrumento não apenas com a 
atribuição de mensurar indicadores biológicos e não biológicos ou 
análise de dados, mas teria a responsabilidade de elaborar, com 
fundamentação científica, as bases técnicas para implementação 
dos programas de prevenção e controle das doenças transmitidas 
pelos insetos; também, o de promover a agilização na identificação 
de características vetoriais consideradas de riscos epidemiológicos 
para propiciar as intervenções oportunas. 
Além disso, prestar-se-ia ao monitoramento de indicadores 
operacionais e administrativos segundo metas estabelecidas pelos 
serviços hierarquizados de saúde, sobretudo, na implementação e 
na avaliação desses programas (GOMES, 2002). 
Nesse sentido, esse instrumento passaria a ter conceito universal 
resumido nos seguintes pontos: 
a) Cada indicador será monitorado de forma contínua, segundo as 
bases técnicas dos respectivos programas de controle específico da 
doença;
b) O sistema de obtenção das informações deve ser simples e 
contínuo, cabendo ao município e ao estado sua coleta, análise e 
divulgação;
c) Deve ser um instrumento para elaborar e avaliar o impacto das 
aplicações dos programas de controle, permitindo a identificação de 
fatores de risco e as populações humanas expostas a estes;
d) Deve ser avaliado frequentemente, alterado quando necessário, 
adequando-o à estrutura de saúde, grau de desenvolvimento e 
complexidade tecnológica do Sistema Nacional de Vigilância em 
Saúde (SINVAS) (GOMES, 2002). 
Como visto, a Vigilância Entomológica utiliza informações do 
ambiente para avaliar quais dos fatores podem prover advertência 
precoce à ocorrência da transmissão ou epidemia. Focalizando a 
gênese da re-emergência das doenças veiculadas por vetores, não 
se pode desvincular desta a sobrevivência das espécies, expressa 
sob múltiplas formas de convivência nos ambientes modificados, 
como parte do conhecimento da vigilância (GOMES, 2002). 
Se o equilíbrio dos vetores, diante das alterações antrópicas,se 
alcança pelo ajustamento entre os mecanismos endógenos e 
exógenos, pode se deduzir que a vigilância precisa conhecer que a 
adaptação das espécies envolve características morfológica, 
fisiológica e comportamental que podem originar a escolha de 
indicadores exequíveis (GOMES, 2002).
O controle das doenças vetoriais, na atualidade é uma atividade 
complexa, tendo em vista os diversos fatores externos ao setor 
saúde, que são importantes determinantes na manutenção e 
dispersão tanto da doença quanto de seu vetor transmissor (BRASIL, 
2009). 
Dentre esses fatores, Brasil (2009) destaca o surgimento de 
aglomerados urbanos, inadequadas condições de habitação, 
irregularidade no abastecimento de água, destinação imprópria de 
resíduos, o crescente trânsito de pessoas e cargas entre países e as 
mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.
Tendo em vista esses aspectos, é fundamental, para o efetivo 
enfrentamento das doenças vetoriais, a implementação de uma 
política baseada na intersetorialidade, de forma a envolver e 
responsabilizar os gestores e a sociedade. Tal entendimento reforça 
o fundamento de que o controle vetorial é uma ação de 
responsabilidade coletiva e que não se restringe apenas ao setor 
saúde e seus profissionais (BRASIL, 2009).
Segundo Brasil (2009) para alcançar a sustentabilidade definitiva 
nas ações de controle, é imprescindível a criação de um grupo 
executivo intersetorial, que deverá contar com o envolvimento dos 
setores de planejamento, de abastecimento de água e de coleta de 
resíduos sólidos, que darão suporte ao controle da dengue 
promovido pelo setor saúde.
No âmbito do setor saúde, é necessário buscar a articulação 
sistemática da vigilância epidemiológica e entomológica com a 
atenção básica, integrando suas atividades de maneira a 
potencializar o trabalho e evitar a duplicidade das ações, 
considerando especialmente o trabalho desenvolvido pelos Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS) e pelos Agentes Epidemiológicos (AE) 
(BRASIL, 2009).
Na divisão do trabalho entre os diferentes agentes, o gestor local 
deve definir claramente o papel e a responsabilidade de cada um e, 
de acordo com a realidade local, estabelecer os fluxos de trabalho 
(BRASIL, 2009). 
O ACS pode e deve vistoriar sistematicamente os domicílios e 
peridomicílios para controle da dengue e outras doenças vetoriais e, 
caso identifique criadouros de difícil acesso, ou se necessite da 
utilização de larvicida, deve acionar um AE de sua referência 
(BRASIL, 2009). 
De acordo com Brasil (2009) as atividades voltadas ao controle 
vetorial são consideradas de caráter universal e podem ser 
caracterizadas sob dois enfoques: as ações de rotina e as de 
emergência.
Período não epidêmico – ações de rotina:
Vários métodos de controle do Aedes podem ser utilizados 
rotineiramente. Alguns deles são executados no domicílio pelo 
morador e, complementarmente, pelo Agente Epidemiológico ou 
Agente Comunitário de Saúde (BRASIL, 2009).
Deve-se destacar também a responsabilização dos administradores 
e proprietários, com a supervisão da secretaria municipal de saúde, 
na adoção dos métodos de controle dos imóveis não domiciliares, 
que se constituem em áreas de concentração de grande número de 
criadouros produtivos e funcionam como importantes dispersores 
do Aedes (BRASIL, 2009).
Como métodos de controle rotineiro, tem-se o mecânico, o biológico, 
o legal e o químico (BRASIL, 2009).
Sabemos que as pragas acompanham a humanidade a muito 
tempo, desde os primórdios. Mas também é importante ressaltar 
que, se os procedimentos necessários em saúde pública fossem 
adotados, não seria necessário o uso de substâncias tóxicas 
(BRASIL, 2001).
 
O uso de inseticidas por vezes apresenta “falhas”, pois poderia ter 
sido amenizado com uso de técnicas simples e menos agressivas 
(BRASIL, 2001).
O uso de praguicidas em saúde pública, para controle de vetores, 
deve seguir as recomendações do grupo de especialistas da 
Organização Mundial da Saúde (BRASIL, 2001).
Em determinadas situações é a única forma de intervenção 
disponível, devendo ser adotada uma tecnologia de aplicação 
adequada a cada caso. O sucesso da sua aplicação depende da 
adoção de critérios, os quais pressupõem o conhecimento sobre a 
biologia da praga que se busca controlar, principalmente a duração 
dos seus ciclos, hábitos alimentares, locais de alimentação e 
repouso, interação com os fatores climáticos e entre outros (BRASIL, 
2001). 
A finalidade básica do conhecimento da biologia do inseto é levantar 
seus possíveis pontos vulneráveis. Deve-se selecionar o tipo e 
formulação do produto mais adequado, modalidade de tratamento 
que melhor atinja os objetivos e o equipamento ideal para a 
aplicação de acordo com a estratégia escolhida (BRASIL, 2001).
7
A Vigilância Entomológica há muito vem sendo usada como 
instrumento que tem base técnica e ajuda administrar e 
operacionalizar os indicadores nos programas e controle de vetores 
(GOMES, 2002).
A vigilância baseada nos fatores relacionados aos artrópodes provê 
bases para predição à ocorrência da doença, permitindo 
intervenções adequadas para evitá-la ou abortá-la (GOMES, 2002).
O fracasso das campanhas de erradicação de vetores, com base no 
uso de inseticidas, trouxe de volta a proposta de controle, baseada 
na redução da densidade do vetor, de forma a interromper a 
transmissão ou baixar a incidência da doença em níveis aceitáveis. 
Tudo isso ocorria sem valorização significativa das investigações e 
das pesquisas como fontes importantes para melhoria desse 
instrumento (GOMES, 2002).
Pode ser entendida como a contínua observação e avaliação de 
informações originadas das características biológicas e ecológicas 
dos vetores, nos níveis das interações com hospedeiros humanos e 
animais reservatórios, sob a influência de fatores ambientais, que 
proporcionem o conhecimento para detecção de qualquer mudança 
no perfil de transmissão das doenças (GOMES, 2002). 
Tem a finalidade de recomendar medidas de prevenção e controle 
dos riscos biológicos, mediante a coleta sistematizada de dados e 
consolidação no Sistema de Informação da Vigilância Ambiental em 
Saúde (GOMES, 2002).
Com base no emprego da concepção dessa vigilância, as atribuições 
principais se fundamentam nos elementos de que se lançaria mão 
para definir os níveis de predição de ocorrência ou mudança no perfil 
epidemiológico das doenças transmitidas por artrópodes, como 
segue (GOMES, 2002): 
a) Identificar espécies de vetores por meio de caracteres 
morfológicos e biológicos com vista à definição de hábitos e 
comportamento implicados na transmissão de doenças;
b) Detectar indicadores entomológicos compatíveis com níveis de 
transmissão da doença; 
c) Detectar precocemente espécies exóticas e, nas autóctones, o 
nível de domicilização ou o grau de contato homem-inseto 
necessário à medida da capacidade vetorial;
d) Identificar situações ambientais e climáticas que favoreçam a 
reprodução e as estações mais sujeitas à disseminação de 
patógenos;
e) Manter sempre a Vigilância Ambiental informada sobre as 
inter-relações homem-vetor, no tempo e espaço, associadas aos 
hospedeiros dos agentes infecciosos e artrópodes que causam 
acidentes;
f) Recomendar, com bases técnicas, as medidas para eliminar ou 
reduzir a abundância de vetores, sob a óptica do controle integrado;
g) Avaliar permanentemente a adequação dos indicadores 
entomológicos na formulação das estratégias de intervenção; e
h) Avaliar o impacto das intervenções específicas sobre vetores 
(GOMES, 2002). 
Segundo Gomes (2002) a vigilância específica dos fatores de risco 
biológico representa, desse modo, instrumento não apenas com a 
atribuição de mensurar indicadores biológicos e não biológicos ou 
análise de dados, mas teria a responsabilidade de elaborar, com 
fundamentação científica, as bases técnicas para implementação 
dos programas de prevenção e controle das doenças transmitidas 
pelos insetos; também, o de promover a agilizaçãona identificação 
de características vetoriais consideradas de riscos epidemiológicos 
para propiciar as intervenções oportunas. 
Além disso, prestar-se-ia ao monitoramento de indicadores 
operacionais e administrativos segundo metas estabelecidas pelos 
serviços hierarquizados de saúde, sobretudo, na implementação e 
na avaliação desses programas (GOMES, 2002). 
Nesse sentido, esse instrumento passaria a ter conceito universal 
resumido nos seguintes pontos: 
a) Cada indicador será monitorado de forma contínua, segundo as 
bases técnicas dos respectivos programas de controle específico da 
doença;
b) O sistema de obtenção das informações deve ser simples e 
contínuo, cabendo ao município e ao estado sua coleta, análise e 
divulgação;
c) Deve ser um instrumento para elaborar e avaliar o impacto das 
aplicações dos programas de controle, permitindo a identificação de 
fatores de risco e as populações humanas expostas a estes;
d) Deve ser avaliado frequentemente, alterado quando necessário, 
adequando-o à estrutura de saúde, grau de desenvolvimento e 
complexidade tecnológica do Sistema Nacional de Vigilância em 
Saúde (SINVAS) (GOMES, 2002). 
Como visto, a Vigilância Entomológica utiliza informações do 
ambiente para avaliar quais dos fatores podem prover advertência 
precoce à ocorrência da transmissão ou epidemia. Focalizando a 
gênese da re-emergência das doenças veiculadas por vetores, não 
se pode desvincular desta a sobrevivência das espécies, expressa 
sob múltiplas formas de convivência nos ambientes modificados, 
como parte do conhecimento da vigilância (GOMES, 2002). 
Se o equilíbrio dos vetores, diante das alterações antrópicas, se 
alcança pelo ajustamento entre os mecanismos endógenos e 
exógenos, pode se deduzir que a vigilância precisa conhecer que a 
adaptação das espécies envolve características morfológica, 
fisiológica e comportamental que podem originar a escolha de 
indicadores exequíveis (GOMES, 2002).
O controle das doenças vetoriais, na atualidade é uma atividade 
complexa, tendo em vista os diversos fatores externos ao setor 
saúde, que são importantes determinantes na manutenção e 
dispersão tanto da doença quanto de seu vetor transmissor (BRASIL, 
2009). 
Dentre esses fatores, Brasil (2009) destaca o surgimento de 
aglomerados urbanos, inadequadas condições de habitação, 
irregularidade no abastecimento de água, destinação imprópria de 
resíduos, o crescente trânsito de pessoas e cargas entre países e as 
mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.
Tendo em vista esses aspectos, é fundamental, para o efetivo 
enfrentamento das doenças vetoriais, a implementação de uma 
política baseada na intersetorialidade, de forma a envolver e 
responsabilizar os gestores e a sociedade. Tal entendimento reforça 
o fundamento de que o controle vetorial é uma ação de 
responsabilidade coletiva e que não se restringe apenas ao setor 
saúde e seus profissionais (BRASIL, 2009).
Segundo Brasil (2009) para alcançar a sustentabilidade definitiva 
nas ações de controle, é imprescindível a criação de um grupo 
executivo intersetorial, que deverá contar com o envolvimento dos 
setores de planejamento, de abastecimento de água e de coleta de 
resíduos sólidos, que darão suporte ao controle da dengue 
promovido pelo setor saúde.
No âmbito do setor saúde, é necessário buscar a articulação 
sistemática da vigilância epidemiológica e entomológica com a 
atenção básica, integrando suas atividades de maneira a 
potencializar o trabalho e evitar a duplicidade das ações, 
considerando especialmente o trabalho desenvolvido pelos Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS) e pelos Agentes Epidemiológicos (AE) 
(BRASIL, 2009).
Na divisão do trabalho entre os diferentes agentes, o gestor local 
deve definir claramente o papel e a responsabilidade de cada um e, 
de acordo com a realidade local, estabelecer os fluxos de trabalho 
(BRASIL, 2009). 
O ACS pode e deve vistoriar sistematicamente os domicílios e 
peridomicílios para controle da dengue e outras doenças vetoriais e, 
caso identifique criadouros de difícil acesso, ou se necessite da 
utilização de larvicida, deve acionar um AE de sua referência 
(BRASIL, 2009). 
De acordo com Brasil (2009) as atividades voltadas ao controle 
vetorial são consideradas de caráter universal e podem ser 
caracterizadas sob dois enfoques: as ações de rotina e as de 
emergência.
Período não epidêmico – ações de rotina:
Vários métodos de controle do Aedes podem ser utilizados 
rotineiramente. Alguns deles são executados no domicílio pelo 
morador e, complementarmente, pelo Agente Epidemiológico ou 
Agente Comunitário de Saúde (BRASIL, 2009).
Deve-se destacar também a responsabilização dos administradores 
e proprietários, com a supervisão da secretaria municipal de saúde, 
na adoção dos métodos de controle dos imóveis não domiciliares, 
que se constituem em áreas de concentração de grande número de 
criadouros produtivos e funcionam como importantes dispersores 
do Aedes (BRASIL, 2009).
Como métodos de controle rotineiro, tem-se o mecânico, o biológico, 
o legal e o químico (BRASIL, 2009).
MÉTODOS DE CONTROLE VETORIAL
TIPOS DE CONTROLES DE VETORES DA DENGUE 
(E OUTRAS DOENÇAS VETORIAIS)
Muitas medidas podem ser desenvolvidas para o controle de pragas, 
as quais tanto podem ser usadas em saúde pública, como na 
agricultura. Essas ações devem, sempre que possível, ser colocadas 
em prática, a maneira mais racional de controlar algum tipo de praga, 
na perspectiva de evitar ou minimizar maiores danos (BRASIL, 2001). 
O controle mecânico compreende técnicas bastante simples e 
eficazes, representando algumas vezes alto investimento inicial, 
porém com resultados permanentes, pois envolvem ações de 
saneamento básico e de educação ambiental, como (BRASIL, 2001):
� Drenagem e retificação de criadouros;
� Coleta e destino adequado de lixo;
� Destruição de criadouros temporários;
� Telagem de janelas (BRASIL, 2001).
Figura 1: AE destruindo criadouros Figura 2: Telagem de caixa d’água
Fonte: PMM (2017)
O controle biológico consiste na repressão de pragas utilizando 
inimigos naturais específicos, como predadores, parasitos ou 
patógenos (BRASIL, 2001). 
Pode ser definido como uma medida que visa à redução da 
densidade populacional de determinado vetor, pela influência de 
outra população que possa agir neste sentido (FORATTINI, 2002).
Segundo Brasil (2001), considera-se controle biológico natural, a 
ação dos inimigos naturais biológicos sem a intervenção do homem, 
ou artificial, quando há interferência humana. Na natureza nem 
sempre se consegue a abundância de inimigos biológicos e este 
problema afeta a eficácia do controle, fazendo com que seja 
necessária a intervenção humana para proteger e incrementar a 
ação desses agentes (BRASIL, 2001).
Segundo Brasil (2001) o controle biológico pode ser feito com o uso 
dos seguintes organismos:
� Predadores: são insetos ou outros animais (peixes etc.) que 
eliminam as pragas de forma mais ou menos violenta, sugando-lhes 
a hemolinfa ou consumindo seus tecidos;
� Parasitos: são organismos como nematóides e fungos que vivem 
às expensas do corpo de outro inseto (hospedeiro), alimentando-se 
de seus tecidos, ocasionando a morte, ao mesmo tempo em que 
completam seu desenvolvimento biológico;
� Patógenos: são microrganismos, entre eles alguns vírus, bactérias, 
protozoários ou fungos que agem provocando enfermidades e 
epizootia (doença que apenas ocasionalmente se encontra em uma 
comunidade animal, mas que se dissemina com grande rapidez e 
apresenta grande número de casos) entre as pragas e vetores 
(BRASIL, 2001).
O controle legal implica no uso de instrumentos jurídicos (leis e 
portarias) que exigem, regulamentam ou restringem determinadas 
ações, podendo-se lançar mão com eficácia, nas questões de saúde 
pública, sobretudo, pelas autoridades municipais (BRASIL, 2001). 
Assuntos como coleta e destinação adequada de resíduos sólidos, 
regulamentação de atividadeseconômicas críticas (ferro-velho, 
borracharias), limpeza de terrenos baldios, educação ambiental, são 
pontos preponderantes e decisivos que devem ser abordados nas 
leis orgânicas municipais (BRASIL, 2001). 
Brasil (2001) acredita que tais questões, contribuem para a mudança 
de hábitos, conscientização, para a melhoria das condições de vida 
da população. 
O controle químico pressupõe o uso de produtos químicos para 
eliminar ou controlar vetores de doenças ou pragas agrícolas. É a 
última alternativa de controle a ser utilizada, uma vez que outras 
ações menos agressivas e eficazes devem ser prioritárias (BRASIL, 
2001). 
Segundo Brasil (2001) recomenda-se que a utilização de 
substâncias químicas seja restrita a emergências ou quando não se 
dispuser de outra ferramenta de intervenção.
Sabemos que as pragas acompanham a humanidade a muito 
tempo, desde os primórdios. Mas também é importante ressaltar 
que, se os procedimentos necessários em saúde pública fossem 
adotados, não seria necessário o uso de substâncias tóxicas 
(BRASIL, 2001).
 
O uso de inseticidas por vezes apresenta “falhas”, pois poderia ter 
sido amenizado com uso de técnicas simples e menos agressivas 
(BRASIL, 2001).
O uso de praguicidas em saúde pública, para controle de vetores, 
deve seguir as recomendações do grupo de especialistas da 
Organização Mundial da Saúde (BRASIL, 2001).
Em determinadas situações é a única forma de intervenção 
disponível, devendo ser adotada uma tecnologia de aplicação 
adequada a cada caso. O sucesso da sua aplicação depende da 
adoção de critérios, os quais pressupõem o conhecimento sobre a 
biologia da praga que se busca controlar, principalmente a duração 
dos seus ciclos, hábitos alimentares, locais de alimentação e 
repouso, interação com os fatores climáticos e entre outros (BRASIL, 
2001). 
A finalidade básica do conhecimento da biologia do inseto é levantar 
seus possíveis pontos vulneráveis. Deve-se selecionar o tipo e 
formulação do produto mais adequado, modalidade de tratamento 
que melhor atinja os objetivos e o equipamento ideal para a 
aplicação de acordo com a estratégia escolhida (BRASIL, 2001).
8
A Vigilância Entomológica há muito vem sendo usada como 
instrumento que tem base técnica e ajuda administrar e 
operacionalizar os indicadores nos programas e controle de vetores 
(GOMES, 2002).
A vigilância baseada nos fatores relacionados aos artrópodes provê 
bases para predição à ocorrência da doença, permitindo 
intervenções adequadas para evitá-la ou abortá-la (GOMES, 2002).
O fracasso das campanhas de erradicação de vetores, com base no 
uso de inseticidas, trouxe de volta a proposta de controle, baseada 
na redução da densidade do vetor, de forma a interromper a 
transmissão ou baixar a incidência da doença em níveis aceitáveis. 
Tudo isso ocorria sem valorização significativa das investigações e 
das pesquisas como fontes importantes para melhoria desse 
instrumento (GOMES, 2002).
Pode ser entendida como a contínua observação e avaliação de 
informações originadas das características biológicas e ecológicas 
dos vetores, nos níveis das interações com hospedeiros humanos e 
animais reservatórios, sob a influência de fatores ambientais, que 
proporcionem o conhecimento para detecção de qualquer mudança 
no perfil de transmissão das doenças (GOMES, 2002). 
Tem a finalidade de recomendar medidas de prevenção e controle 
dos riscos biológicos, mediante a coleta sistematizada de dados e 
consolidação no Sistema de Informação da Vigilância Ambiental em 
Saúde (GOMES, 2002).
Com base no emprego da concepção dessa vigilância, as atribuições 
principais se fundamentam nos elementos de que se lançaria mão 
para definir os níveis de predição de ocorrência ou mudança no perfil 
epidemiológico das doenças transmitidas por artrópodes, como 
segue (GOMES, 2002): 
a) Identificar espécies de vetores por meio de caracteres 
morfológicos e biológicos com vista à definição de hábitos e 
comportamento implicados na transmissão de doenças;
b) Detectar indicadores entomológicos compatíveis com níveis de 
transmissão da doença; 
c) Detectar precocemente espécies exóticas e, nas autóctones, o 
nível de domicilização ou o grau de contato homem-inseto 
necessário à medida da capacidade vetorial;
d) Identificar situações ambientais e climáticas que favoreçam a 
reprodução e as estações mais sujeitas à disseminação de 
patógenos;
e) Manter sempre a Vigilância Ambiental informada sobre as 
inter-relações homem-vetor, no tempo e espaço, associadas aos 
hospedeiros dos agentes infecciosos e artrópodes que causam 
acidentes;
f) Recomendar, com bases técnicas, as medidas para eliminar ou 
reduzir a abundância de vetores, sob a óptica do controle integrado;
g) Avaliar permanentemente a adequação dos indicadores 
entomológicos na formulação das estratégias de intervenção; e
h) Avaliar o impacto das intervenções específicas sobre vetores 
(GOMES, 2002). 
Segundo Gomes (2002) a vigilância específica dos fatores de risco 
biológico representa, desse modo, instrumento não apenas com a 
atribuição de mensurar indicadores biológicos e não biológicos ou 
análise de dados, mas teria a responsabilidade de elaborar, com 
fundamentação científica, as bases técnicas para implementação 
dos programas de prevenção e controle das doenças transmitidas 
pelos insetos; também, o de promover a agilização na identificação 
de características vetoriais consideradas de riscos epidemiológicos 
para propiciar as intervenções oportunas. 
Além disso, prestar-se-ia ao monitoramento de indicadores 
operacionais e administrativos segundo metas estabelecidas pelos 
serviços hierarquizados de saúde, sobretudo, na implementação e 
na avaliação desses programas (GOMES, 2002). 
Nesse sentido, esse instrumento passaria a ter conceito universal 
resumido nos seguintes pontos: 
a) Cada indicador será monitorado de forma contínua, segundo as 
bases técnicas dos respectivos programas de controle específico da 
doença;
b) O sistema de obtenção das informações deve ser simples e 
contínuo, cabendo ao município e ao estado sua coleta, análise e 
divulgação;
c) Deve ser um instrumento para elaborar e avaliar o impacto das 
aplicações dos programas de controle, permitindo a identificação de 
fatores de risco e as populações humanas expostas a estes;
d) Deve ser avaliado frequentemente, alterado quando necessário, 
adequando-o à estrutura de saúde, grau de desenvolvimento e 
complexidade tecnológica do Sistema Nacional de Vigilância em 
Saúde (SINVAS) (GOMES, 2002). 
Como visto, a Vigilância Entomológica utiliza informações do 
ambiente para avaliar quais dos fatores podem prover advertência 
precoce à ocorrência da transmissão ou epidemia. Focalizando a 
gênese da re-emergência das doenças veiculadas por vetores, não 
se pode desvincular desta a sobrevivência das espécies, expressa 
sob múltiplas formas de convivência nos ambientes modificados, 
como parte do conhecimento da vigilância (GOMES, 2002). 
Se o equilíbrio dos vetores, diante das alterações antrópicas, se 
alcança pelo ajustamento entre os mecanismos endógenos e 
exógenos, pode se deduzir que a vigilância precisa conhecer que a 
adaptação das espécies envolve características morfológica, 
fisiológica e comportamental que podem originar a escolha de 
indicadores exequíveis (GOMES, 2002).
O controle das doenças vetoriais, na atualidade é uma atividade 
complexa, tendo em vista os diversos fatores externos ao setor 
saúde, que são importantes determinantes na manutenção e 
dispersão tanto da doença quanto de seu vetor transmissor (BRASIL, 
2009). 
Dentre esses fatores, Brasil (2009) destaca o surgimento de 
aglomerados urbanos, inadequadas condições de habitação, 
irregularidade no abastecimento de água, destinação imprópria de 
resíduos, o crescente trânsito de pessoas e cargas entre países e as 
mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.
Tendo em vista esses aspectos, é fundamental, para o efetivo 
enfrentamento das doenças vetoriais, a implementaçãode uma 
política baseada na intersetorialidade, de forma a envolver e 
responsabilizar os gestores e a sociedade. Tal entendimento reforça 
o fundamento de que o controle vetorial é uma ação de 
responsabilidade coletiva e que não se restringe apenas ao setor 
saúde e seus profissionais (BRASIL, 2009).
Segundo Brasil (2009) para alcançar a sustentabilidade definitiva 
nas ações de controle, é imprescindível a criação de um grupo 
executivo intersetorial, que deverá contar com o envolvimento dos 
setores de planejamento, de abastecimento de água e de coleta de 
resíduos sólidos, que darão suporte ao controle da dengue 
promovido pelo setor saúde.
No âmbito do setor saúde, é necessário buscar a articulação 
sistemática da vigilância epidemiológica e entomológica com a 
atenção básica, integrando suas atividades de maneira a 
potencializar o trabalho e evitar a duplicidade das ações, 
considerando especialmente o trabalho desenvolvido pelos Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS) e pelos Agentes Epidemiológicos (AE) 
(BRASIL, 2009).
Na divisão do trabalho entre os diferentes agentes, o gestor local 
deve definir claramente o papel e a responsabilidade de cada um e, 
de acordo com a realidade local, estabelecer os fluxos de trabalho 
(BRASIL, 2009). 
O ACS pode e deve vistoriar sistematicamente os domicílios e 
peridomicílios para controle da dengue e outras doenças vetoriais e, 
caso identifique criadouros de difícil acesso, ou se necessite da 
utilização de larvicida, deve acionar um AE de sua referência 
(BRASIL, 2009). 
De acordo com Brasil (2009) as atividades voltadas ao controle 
vetorial são consideradas de caráter universal e podem ser 
caracterizadas sob dois enfoques: as ações de rotina e as de 
emergência.
Período não epidêmico – ações de rotina:
Vários métodos de controle do Aedes podem ser utilizados 
rotineiramente. Alguns deles são executados no domicílio pelo 
morador e, complementarmente, pelo Agente Epidemiológico ou 
Agente Comunitário de Saúde (BRASIL, 2009).
Deve-se destacar também a responsabilização dos administradores 
e proprietários, com a supervisão da secretaria municipal de saúde, 
na adoção dos métodos de controle dos imóveis não domiciliares, 
que se constituem em áreas de concentração de grande número de 
criadouros produtivos e funcionam como importantes dispersores 
do Aedes (BRASIL, 2009).
Como métodos de controle rotineiro, tem-se o mecânico, o biológico, 
o legal e o químico (BRASIL, 2009).
Muitas medidas podem ser desenvolvidas para o controle de pragas, 
as quais tanto podem ser usadas em saúde pública, como na 
agricultura. Essas ações devem, sempre que possível, ser colocadas 
em prática, a maneira mais racional de controlar algum tipo de praga, 
na perspectiva de evitar ou minimizar maiores danos (BRASIL, 2001). 
O controle mecânico compreende técnicas bastante simples e 
eficazes, representando algumas vezes alto investimento inicial, 
porém com resultados permanentes, pois envolvem ações de 
saneamento básico e de educação ambiental, como (BRASIL, 2001):
� Drenagem e retificação de criadouros;
� Coleta e destino adequado de lixo;
� Destruição de criadouros temporários;
� Telagem de janelas (BRASIL, 2001).
Figura 1: AE destruindo criadouros Figura 2: Telagem de caixa d’água
Fonte: PMM (2017)
O controle biológico consiste na repressão de pragas utilizando 
inimigos naturais específicos, como predadores, parasitos ou 
patógenos (BRASIL, 2001). 
Pode ser definido como uma medida que visa à redução da 
densidade populacional de determinado vetor, pela influência de 
outra população que possa agir neste sentido (FORATTINI, 2002).
Segundo Brasil (2001), considera-se controle biológico natural, a 
Controle Mecânico
Controle Mecânico
ação dos inimigos naturais biológicos sem a intervenção do homem, 
ou artificial, quando há interferência humana. Na natureza nem 
sempre se consegue a abundância de inimigos biológicos e este 
problema afeta a eficácia do controle, fazendo com que seja 
necessária a intervenção humana para proteger e incrementar a 
ação desses agentes (BRASIL, 2001).
Segundo Brasil (2001) o controle biológico pode ser feito com o uso 
dos seguintes organismos:
� Predadores: são insetos ou outros animais (peixes etc.) que 
eliminam as pragas de forma mais ou menos violenta, sugando-lhes 
a hemolinfa ou consumindo seus tecidos;
� Parasitos: são organismos como nematóides e fungos que vivem 
às expensas do corpo de outro inseto (hospedeiro), alimentando-se 
de seus tecidos, ocasionando a morte, ao mesmo tempo em que 
completam seu desenvolvimento biológico;
� Patógenos: são microrganismos, entre eles alguns vírus, bactérias, 
protozoários ou fungos que agem provocando enfermidades e 
epizootia (doença que apenas ocasionalmente se encontra em uma 
comunidade animal, mas que se dissemina com grande rapidez e 
apresenta grande número de casos) entre as pragas e vetores 
(BRASIL, 2001).
O controle legal implica no uso de instrumentos jurídicos (leis e 
portarias) que exigem, regulamentam ou restringem determinadas 
ações, podendo-se lançar mão com eficácia, nas questões de saúde 
pública, sobretudo, pelas autoridades municipais (BRASIL, 2001). 
Assuntos como coleta e destinação adequada de resíduos sólidos, 
regulamentação de atividades econômicas críticas (ferro-velho, 
borracharias), limpeza de terrenos baldios, educação ambiental, são 
pontos preponderantes e decisivos que devem ser abordados nas 
leis orgânicas municipais (BRASIL, 2001). 
Brasil (2001) acredita que tais questões, contribuem para a mudança 
de hábitos, conscientização, para a melhoria das condições de vida 
da população. 
O controle químico pressupõe o uso de produtos químicos para 
eliminar ou controlar vetores de doenças ou pragas agrícolas. É a 
última alternativa de controle a ser utilizada, uma vez que outras 
ações menos agressivas e eficazes devem ser prioritárias (BRASIL, 
2001). 
Segundo Brasil (2001) recomenda-se que a utilização de 
substâncias químicas seja restrita a emergências ou quando não se 
dispuser de outra ferramenta de intervenção.
Sabemos que as pragas acompanham a humanidade a muito 
tempo, desde os primórdios. Mas também é importante ressaltar 
que, se os procedimentos necessários em saúde pública fossem 
adotados, não seria necessário o uso de substâncias tóxicas 
(BRASIL, 2001).
 
O uso de inseticidas por vezes apresenta “falhas”, pois poderia ter 
sido amenizado com uso de técnicas simples e menos agressivas 
(BRASIL, 2001).
O uso de praguicidas em saúde pública, para controle de vetores, 
deve seguir as recomendações do grupo de especialistas da 
Organização Mundial da Saúde (BRASIL, 2001).
Em determinadas situações é a única forma de intervenção 
disponível, devendo ser adotada uma tecnologia de aplicação 
adequada a cada caso. O sucesso da sua aplicação depende da 
adoção de critérios, os quais pressupõem o conhecimento sobre a 
biologia da praga que se busca controlar, principalmente a duração 
dos seus ciclos, hábitos alimentares, locais de alimentação e 
repouso, interação com os fatores climáticos e entre outros (BRASIL, 
2001). 
A finalidade básica do conhecimento da biologia do inseto é levantar 
seus possíveis pontos vulneráveis. Deve-se selecionar o tipo e 
formulação do produto mais adequado, modalidade de tratamento 
que melhor atinja os objetivos e o equipamento ideal para a 
aplicação de acordo com a estratégia escolhida (BRASIL, 2001).
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A Vigilância Entomológica há muito vem sendo usada como 
instrumento que tem base técnica e ajuda administrar e 
operacionalizar os indicadores nos programas e controle de vetores 
(GOMES, 2002).
A vigilância baseada nos fatores relacionados aos artrópodes provê 
bases para predição à ocorrência da doença, permitindo 
intervenções adequadas para evitá-la ou abortá-la (GOMES, 2002).
O fracasso das campanhas de erradicação de vetores, com base no 
uso de inseticidas, trouxe de volta a proposta de controle, baseada 
na redução da densidade do vetor,

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