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Aula 4 Penal III

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DIREITO PENAL III
Aula 4 - CRIMES CONTRA A PESSOA. CRIMES CONTRA A HONRA
CRIMES CONTRA A HONRA
Honra objetiva/social
• Baseada na percepção coletiva,
ou seja, conceito que a
coletividade faz do indivíduo.
Honra subjetiva/pessoal
• A honra subjetiva é o conceito
íntimo de auto preservação.
A honra na concepção comum é o conjunto de atributos morais, intelectuais e físicos de uma pessoa.
CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da verdade
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado
por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por
sentença irrecorrível.
2. Calúnia. Art.138, do Código Penal.
2.1. Honra tutelada: Honra objetiva ou social.
Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado: é a honra objetiva, isto é, a reputação do indivíduo.
Elementos do tipo: Tipo objetivo: imputação falsa a alguém de fato definido com o crime. Tipo subjetivo: dolo
de dano.
Sujeitos do delito: Pode ser qualquer pessoa, não exigindo condição especial. Classificação doutrinária: Crime
formal, pois embora descreva ação e resultado, não precisa do resultado que é o dano à reputação do
ofendido. Consumação e tentativa: Consuma-se quando o conhecimento da imputação falsa chega a uma
terceira pessoa. Já a tentativa, em regra não seria possível. Há o que se falar que admite tentativa,
dependendo do meio utilizado, por exemplo, mediante escrito.
2.2. A calúnia contra os mortos: É possível, atingindo os interesses que seus parentes têm em cultuá-lo
(doutrina majoritária).
2.2. Exceção da verdade no crime de calúnia: Significa a possibilidade que tem o sujeito ativo de poder provar
a veracidade do fato imputado.
2.3. Confronto entre os delitos de calúnia e denunciação caluniosa: Na calúnia temos um sujeito ativo que de
forma mentirosa imputa, perante a coletividade, fato definido como crime. Na denunciação caluniosa, o
sujeito ativo, perante as autoridades (Administração Pública) afirma falsa imputação a as autoridades
começam a agir.
Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Exceção da verdade
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário
público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
3. Difamação. Art.139, do Código Penal.
3.1. Honra tutelada. Honra objetiva ou social.
Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. é a honra objetiva, isto é, a reputação do indivíduo.
Elementos do tipo: Tipo objetivo – imputar alguém de fato ofensivo à sua reputação. Tipo subjetivo – dolo
de dano.
Sujeitos do delito: Pode ser qualquer pessoa, não exigindo condição especial.
Classificação doutrinária: Crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa, crime formal, pois
consuma-se independente de o sujeito ativo conseguir obter o resultado pretendido, que é o dano à
reputação do imputado; instantâneo, consuma-se no momento que a ofensa é proferida.
Consumação e tentativa: Consuma-se quando o conhecimento da imputação falsa chega a uma terceira
pessoa. Já a tentativa, em regra não seria possível. Há o que se falar que admite tentativa, dependendo do
meio utilizado, por exemplo, mediante escrito.
3.2. Exceção da verdade no crime de difamação: Em tese, impossibilitado. Grande divergência doutrinária.
3.3. Semelhanças e dessemelhanças entre calúnia e difamação.
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo
meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à
violência.
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,
origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena - reclusão de um a três anos e multa.
4. Injúria. Art.140, do Código Penal.
4.1. Honra tutelada: Honra subjetiva/ pessoal.
Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado: trata-se da honra subjetiva. Isto é, sentimento ou concepção
que temos a nosso respeito.
Elementos do tipo: Tipo objetivo – injuriar é ofender a dignidade ou decoro de alguém. Tipo subjetivo: dolo de
dano.
Sujeitos do delito: Qualquer pessoa. Classificação doutrinária: Crime comum, formal, instantâneo e doloso.
Consumação e tentativa: Consuma-se o crime de injúria quando a ofensa irrogada chega ao conhecimento do
ofendido. Em princípio, o crime de injúria não admite tentativa, mas é possível, dependendo do meio utilizado,
através de escrito.
4.2. Espécies: simples, real (mediante violência), discriminatória (preconceituosa).
4.3. Perdão Judicial.
4.4. Semelhanças e dessemelhanças entre calúnia, difamação e injúria.
Disposições comuns
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
§ 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
§ 2º - (VETADO).
Exclusão do crime
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou
difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no
cumprimento de dever do ofício.
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
Retratação
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica
isento de pena.
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de
meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se
praticou a ofensa.
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga
ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá
satisfatórias, responde pela ofensa.
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no
caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do
art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como
no caso do § 3o do art. 140 deste Código.
CASO CONCRETO
AULA 4
Janete e Ademar tiveram um relacionamento amoroso por aproximadamente dois meses, tendo Janete
terminado o relacionamento, fato não aceito por Ademar que começou a importuná-la por whatsapp, o que
a obrigou a bloqueá-lo no referido aplicativo. Inconformado, Ademar criou um perfil falso da ex-namorada no
facebook no qual postou fotos de Janete de biquini em uma praia com todos os contatos dela,como
telefone, redes sociais e endereço, dando a entender o oferecimento de serviços de natureza sexual. Sendo
certo que as postagens foram feitas no dia 05 de maio de 2017 e que Janete visualizou o falso perfil uma
semana após as postagens, conforme relato de amigos que descobriram a conduta de Ademar, após sete
meses do conhecimento ocorrido, Janete procura um advogado a fim de propor a ação penal em face de
Ademar.
Ante o exposto, responda de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas
sobre os crimes contra a honra.
1. Qual a correta tipificação da conduta de Ademar?
2. Qual a tese defensiva a ser apresentada por Ademar?
QUESTÃO OBJETIVA.
Estão corretas as assertivas:
I. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia, difamação ou injúria, fica isento de
pena.
II. Policial Militar que forja situação de flagrância, a fim de increpar indivíduo que sabe inocente e, com isso,
dá causa à instauração de inquérito policial, comete crime de calúnia.
III. Não constituem injúria ou difamação punível a ofensa não excessiva praticada em juízo, na discussão da
causa, pela parte ou por seu advogado e a opinião da crítica literária sem intenção de injuriar ou difamar.
IV. O juiz pode deixar de aplicar a pena na injúria no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
a) I, II e III.
b) II, III e IV
c) I, II e III.
d) Somente as assertivas II e IIII.
e) Somente as assertivas III e IV.
BOA NOITE!
Prof.ª Ana Paula Pimenta

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