Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROJETO URBANÍSTICO DE DESENHO URBANO PARA O BAIRRO DE AMARALINA – SALVADOR BAHIA GRADUANDOS: JADE CAMPELO B. NONATO VERÔNICA SILVA REIS LIMA THAILLAN TAMBUQUE DE OLIVEIRA E OLIVEIRA LAURO DE FREITAS – SETEMBRO 2019 2 JADE CAMPELO B. NONATO VERÔNICA SILVA REIS LIMA THAILLAN TAMBUQUE DE OLIVEIRA E OLIVEIRA PROJETO URBANÍSTICO DE DESENHO URBANO PARA O BAIRRO DE AMARALINA – SALVADOR BAHIA Trabalho apresentado no curso de Arquitetura e Urbanismo da Unime- União Metropolitana de Educação e Cultura. Orientador: Prof.Arq. Armando Branco LAURO DE FREITAS – SETEMBRO 2019 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 4 2 LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA....................................................................... 5 3 CATEGORIAS ZONAIS................................................................................... 6 4 MOBILIDADE URBANA................................................................................ 7 5 ÁREAS AMBIENTAIS.................................................................................... 11 6 CONCLUSÃO DA LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA..................................... 12 7 CONCLUSÃO.................................................................................................... 14 8 REFERÊNCIAS.................................................................................................. 15 4 INTRODUÇÃO A legislação urbana funciona como coleção de leis, decretos e normas que regulam o uso e ocupação da terra urbana. Definem formas de apropriação do espaço permitidas ou proibidas e regulam o desenvolvimento de cidade, enfim, a legislação urbana atua como linha demarcatória. Na verdade, a legalidade urbana organiza e classifica territórios urbanos, conferindo significados e legitimidade para o modo de vida dos grupos mais envolvidos na formulação dos instrumentos legais. Por outro lado, a legislação discrimina agenciamentos espaciais e sociais distintos do padrão sancionado pela lei. Regula uma pequena parte do espaço construído, uma vez que a cidade não é resultado da aplicação inerte do modelo contido na lei. A cidade real é consequência da relação que a legalidade urbana estabelece com o funcionamento concreto dos mercados imobiliários que atuam na cidade, ao definir formas permitidas e proibidas de produção do espaço. 5 Legislação Urbanística A legislação urbanística e o PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) servem para refletir e analisar como deveria ser a participação social no processo de elaboração e acompanhamento na implantação de um Plano Diretor. De acordo com o PDDU 2016 de Salvador, têm se que ele é a ferramenta básica da Política de Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador, e instrumento para todos os agentes públicos e privados que atuam em seu território municipal. Além disso, ele é integrante da realização de diversas leis importantes, tais como a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (LOUOS), - elaboração de planos e projetos de cunho político de natureza urbanística e ambiental, realização de Planos de Bairros e Planos Setoriais, e muitos outros. 6 • Categorias Zonais Figura 01 – Destaque do Território de Vizinhança do Bairro Amaralina sobre o mapa de Zonas de Usos. Fonte: Mapa 01A do Zoneamento da LOUOS adaptado. De acordo com o Capítulo III do Zoneamento, no PDDU 2016, o território do Município de Salvador está dividido em várias zonas de uso. De acordo com o mapa da Figura 01, o Território de Vizinhança do bairro de Amaralina, abrange a área onde incidem três categorias de zonas do PDDU/2016. A primeira é a ZEIS – Zona Especial de Interesse Social são áreas marcadas no território de uma cidade por assentamentos habitacionais de população de baixa renda ou demarcadas sobre terrenos vazios. Caracterizam-se por favelas, loteamentos irregulares e conjuntos habitacionais irregulares, situados em terrenos de propriedade pública ou privados. Portanto, essa lei tem como objetivo assegurar as condições de habitabilidade e integrar os assentamentos precários ao conjunto da cidade, como também permitir a participação e controle social na gestão desses espaços urbanos. A segunda categoria que está presente no Território de Vizinhança é a das Zonas Predominantemente Residenciais (ZPR), que diz respeito às porções do território destinadas ao uso predominantemente uni e multiresidencial. Sendo, a ZPR-3, classificada em área de alta densidade construtiva e demográfica, compreendendo edificações com padrão vertical de grande porte, destinados a usos residenciais, admitindo também usos não residenciais. 7 Por fim, a ZCMu – Zona Centralidade Municipal, que são porções do território que concentram atividades administrativas, financeiras, de prestação de serviços diversificados e atividades comerciais diversificadas, bem como uso residencial, geralmente instaladas em áreas com fácil acessibilidade. • Mobilidade Urbana Figura 02 – Destaque do Território de Vizinhança do Bairro Amaralina sobre o mapa de Sistema Viário. Fonte: Mapa 04 do PDDU adaptado. Analisando o mapa do PDDU – Sistema Viário, na figura 02, é observado a existências de Via arterial em todo o Território de Vizinhança do bairro de Amaralina. A infraestrutura viária do Município de Salvador orienta-se pela definição de uma rede hierarquizada de vias, que abrange todo o território municipal e se compatibiliza com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e é adequada às características físicas e funcionais das vias existentes, ou planejadas assim, compreendendo duas categorias, a Rede Viária Estrutural (RVE) e Rede Viária Complementar (RVC). As vias arteriais estão inseridas na Rede Viária Estrutural, onde tem a função de interligar as diversas regiões do Município, gerando ligações intraurbanas de média distância. 8 Figura 03 – Destaque do Território de Vizinhança do Bairro Amaralina sobre o mapa de Transporte Coletivo de Passageiros e Cicloviário. Fonte: Mapa 05 do PDDU adaptado. A compreensão do mapa de Transporte Coletivo do PDDU, disposto na figura 03, destaca o Território de Vizinhança do bairro de Amaralina, que se classifica com a presença de um sistema estrutural com os corredores de média capacidade e de um sistema cicloviário, com a rede de bicicletas, por todo o bairro e sua vizinhança. a) Sistema viário: Implantações de novas vias, segmentos viários e ampliações de vias existentes, conectadas as redes viárias estrutural (RVE), e completamente (RVC) de modo a propiciar condições adequadas de segurança, a acessibilidade e fluidez para o deslocamento de veículos dos modais motorizados, não motorizados e pedestres. Implantações de redes e ciclovias articuladas á rede de transportes de alta e média capacidade e dentro dos bairros, articuladas ás centralidade. Adequação do sistema ferroviário do subúrbio para o transporte urbano, mediante a substituição das estruturas viárias segregadas e dos comboios pesados por veículos leves sobre trilhos, implantações e modernização dos terminais hidroviários ao longo da borda marítima e de seu entorno, interligando-o ás estações dos transportes de média capacidade, visando á integração com as ilhas e com a Baía de Todos os Santos. Duplicação da rodovia BA-528, interligando-a á AV. 29de Março na intersecção com a rodoviaBR-324 e com acesso ao terminal rodoviário de passageiros 9 previsto para Águas Claras, integrado ao metro. Implantação de corredor viário estrutural, a ser integrado pelas vias coutos, Vale do Paraguai, Manê Dendê, dique de Campinas e Lobato, criando novas conexões dos bairros do subúrbio com o sistema viário estrutural da cidade, incentivo ao transporte não motorizado, mediante intervenções urbanísticas para melhoramento de acessibilidade, com implantação de passeios, ciclovias, bicicletários, eliminação de barreiras e obstáculos, adequação do pavimento, proibição de atividades informais no espaço público destinado ao pedestre e regulamentação dos espaços para estacionamentos e para carga e descarga; priorização dos meios de transportes coletivos, para atendimento ás grandes demandas existentes, promoção de novas articulações a entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa, privilegiando o modo de deslocamento a pé, de forma integrada aos corredores e terminais de transporte de passageiro. b) Transporte público: Percebe-se que o Plano Diretor propõe implantações de sistemas de transportes coletivos de passageiros de média capacidade no corredor da Av. Antônio Carlos Magalhães/ Av. Juracy Magalhães / Av. Vasco da Gama, com integração internacional com metro no terminal da Lapa. Implantações de sistemas de transportes coletivos de passageiros da média capacidade para integrações das calçadas com a península de Itapagípe, com o comércio. Restruturação das áreas de entorno das estações do metro nos bairros de Brotas e Nazaré, mediante intervenções urbanistas na microacessibilidade incentivo á renovação dos usos existentes, favorecendo usos residenciais de alta densidade populacional e a localização de equipamentos voltados a grandes demandas de público, apoiados nos sistemas de transporte de alta capacidade. Complementação das redes estruturais viárias e de transporte coletivo de média capacidade nos eixos transversais Avenida 29 de Março/Av. Orlando Gomes e vis Pituaçu/ Av. Pinto de Aguiar, que fazem a ligação da orla Atlântica com a orla de Baía de todos os Santos. 10 c) Ciclovias: O transporte cicloviário é caracterizado pela infraestrutura de vias destinadas á circulação segura de bicicletas e outros veículos, não motorizados, através de ciclovias, ciclofaixas ou ciclorrotas, devidamente sinalizadas, e de seus equipamentos de apoio, formando por bicicletários, paraciclos e similares. Os componentes do sistema cicloviário são categorizados em: ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas, bicicletários e paraciclos. As diretrizes para o transporte cicloviário são: continuidade do planejamento, projeto e implantação de redes cicloviária contínua e articulada aos outros modos de transportes, principalmente aos veiculados á Rede Integrada Multimodal do Transporte Coletivo de Salvador; priorização da implantação, junto às estações metroviárias, aos terminais e pontos de conexão intermodal de transportes, de bicicletários dotados de condições de conforto, segurança e boa acessibilidade; priorizar a implantação de ciclovias e bicicletários em toda a borda marítima e áreas de atração turística. As vias que compõem a estrutura básica para elaboração de uma Rede Cicloviária em Salvador estão indicadas no Mapa 05 do Anexo 03 desta Lei e deverão ser complementadas pelo PlaMob, com indicação de uma rede ciclofaixas/ciclorrotas de penetração no interior dos bairros. 11 • Áreas Ambientais Figura 04 – Destaque do Território de Vizinhança do Bairro Amaralina sobre o mapa do Sistema de Áreas de Valor Ambientais e Cultural – SAVAM. Fonte: Mapa 07 do PDDU adaptado. De acordo com o mapa do SAVAM do PDDU/2016 de Salvador, o Território de Vizinhança do bairro de Amaralina é composto por trechos da borda marítima como também o limite da borda marítima. O Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural – SAVAM é constituído por conjunto de espaços de grande interesse e qualidade ambiental e pelo conjunto de edificações de valor histórico, arquitetônico e paisagístico, que são como marcos referencial da cidade, e também parques e praças para o convívio da população. Além disso, ele é um instrumento muito importante para a reversão do quadro de degradação ambiental, que pode comprometer as possibilidades de negócios e qualidade de vida das gerações futuras. E um dos objetivos presentes no PDDU, é a implantação e modernização dos terminais hidroviários ao longo da borda marítima e de seu entorno, interligando-os às estações do transporte de média capacidade, visando à integração com as ilhas e com a Baía de Todos os Santos. 12 • Conclusão da Legislação Urbanística Figura 05 – Poligonal da área de pesquisa (Território de vizinhança de Amaralina) Fonte: Poligonal feita no Autocad. Conclui-se que, de acordo com a consulta feita no PDDU/2016 de Salvador - BA, algumas questões como o Zoneamento, mobilidade urbana e áreas ambientais foram destacadas como foco de pesquisa neste trabalho. De acordo com o território de vizinhança do bairro Amaralina, advindo da sua centralidade, as categorias zonais que estão presentes nessa área é a ZEIS - Zona Especial de Interesse Social, a ZPR - 3 - Zona Predominantemente Residenciais e a ZCMu - Zona Centralidade Municipal, que foram conceituadas durante o desenvolvimento do trabalho. Em seguida, a mobilidade urbana foi dividida em dois aspectos, em sistema viário e transporte coletivo de passageiros juntamente com cicliviário. O sistema Viário no território de vizinhança do bairro Amaralina é classificado em RVE - Rede viária estrutural e RVC - Rede viária complementar, já o seu transporte coletivo e cicloviário é configurado por um sistema estrutural com corredores de média capacidade e por um sistema cicloviário com a rede de bicicletas, assim, destacando as futuras implantações presentes na legislação urbanística sobre esses elementos. Seguidamente, o destaque se deu as áreas ambientais, 13 onde, no bairro de Amaralina e na sua vizinhança, tem a presença de apenas o limite e o trecho da borda marítima. Por fim, o trabalho teve o objetivo de classificar essas três áreas de acordo com os mapas disponíveis no PDDU/2016 de Salvador, com base no território de vizinhança de Amaralina, que foi a nossa área de pesquisa, presente na figura 05. 14 CONCLUSÃO Portanto, o trabalho teve como objetivo trazer a Legislação Urbanística e o PDDU/2016 de Salvador-Ba (Plano Diretor de desenvolvimento Urbano) ligados a aspectos específicos da política pública, como, mobilidade urbana, sistema viário e áreas ambientais para que pudéssemos classificar o bairro Amaralina e seu território de vizinhança. Assim, o estudo realizado no desenvolvimento deste trabalho serve para que possamos saber o que podemos construir e como vamos urbanizar a área que foi escolhida, com isso, saber quais são as suas diretrizes territoriais e em quais condições elas deixam de cumprir a função social e os instrumentos urbanísticos correlatados. REFERÊNCIAS 15 Plano Diretor de Salvador - PDDU/2016 https://residencia-aue.ufba.br/pt-br/o-pddu-e-legislacao-urbanistica-para-que-e-para- quem https://residencia-aue.ufba.br/pt-br/o-pddu-e-legislacao-urbanistica-para-que-e-para-quem https://residencia-aue.ufba.br/pt-br/o-pddu-e-legislacao-urbanistica-para-que-e-para-quem
Compartilhar