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Conjuntivites: Bacteriana, Viral e Alérgica

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Bruna  Costa  Wanderley     Oftalmologia   Fevereiro/2020   1  
CONJUNTIVITE:  BACTERIANA,  VIRAL  E  ALÉRGICA.    
ANATOMIA:  A  conjuntiva  é  uma  membrana  mucosa  transparente  que  recobre  a  superfície  interna  das  pálpebras  e  a  superfície  
anterior  do  globo,  terminando  no  limbo  corneoescleral.  É  ricamente  vascularizada.  Tem  um  papel  protetor-­‐chave,  mediando  
tanto  a  imunidade  passiva  como  ativa.  
  
CONJUNTIVITES:    
   ETIOLOGIA   SINAIS/SINTOMAS   DIAGNÓSTICO/TRATAMENTO  
BACTERIANA:   É   uma  
condição   comum   e  
geralmente   autolimitada,  
causada   pelo   contato  
direto   com   secreções  
infectadas.    
  
  
Agentes   mais   comuns:   S.  
pneumoniaem,  S.  aureus,  H.  
inflluenzae   e   Moraxella  
catarrhalis.  
  
Grave:   Neisseria  
gonorrhoeae   (Sexualmente  
transmissível)   e   N.  
meningitidis   (rara,   porém  
grave).  
•   Inicio   agudo   de  
hiperemia,   sensação   de  
areia,   queimação   e  
secreção.  
•   Pálpebras   inchadas   e  
grudadas  ao  acordar.  
•   Secreção  
mucopurulenta.  
•   Hiperemia.    
  
Paciente   acorda   com   olhos  
grudados   e   a   queixa  
permanece  durante  o  dia.    
  
Quadro   de   início   agudo   e  
normalmente,   no   começo,   é  
unilateral   podendo   evoluir  
para  bilateral.  
•   Clínico;   exames   de   coleta   de  
material   devem   ser   realizados   em  
caso  de  infecção  grave/  não  resposta  
ao  tto.  
  
TTO:  
•   Cerca   de   60%   resolvem-­‐se   em   05  
dias  sem  tto.  
•   Orientações   quanto   a   lavagem   de  
mãos/  afastamento  das  atividades;  
•   ATB  tópicos:  4x  ao  dia  por  1  semana.  
Cloranfenicol,   aminoglicosídeos  
(gentamicina..),   quinolonas  
(ciprofloxacina..),   macrolídeos  
(eri/azitromicina)  
•   ATB   sistêmico   (em   situações  
pontuais);  
  
VIRAL:   é   uma   condição  
altamente   contagiosa  
devido  a  capacidade  de  as  
partículas   virais  
sobreviverem   em  
superfícies   secas   por  
semanas  e  pelo  fato  de  a  
liberação   viral   poder  
correr  vários  dias  antes  de  
surgirem   os   aspectos  
clínicos.   Geralmente   a  
transmissão  é  por  contato  
direto   com   as   secreções  
respiratórias   ou   oculares,  
ou   por   meio   de   veículos  
como   toalhas  
contaminadas.  
90%   dos   casos   por  
adenovírus.  
•   Edema   da   pálpebra  
varia  de  mínimo  a  grave;  
•   Linfadenopatia   é  
comum:   pré-­‐auricular   e  
dolorosa;  
•   Ceratite:   inflamação   da  
córnea.  
  
Paciente   acorda   com   olhos  
“grudados”   porém   melhora  
com  o  passar  do  dia.  
  
Normalmente  inicia  unilateral,  
podendo   evoluir   para  
bilateral.  
•   Clínico;  investigar  em  casos  graves.  
  
TTO:  
•   Resolução   espontânea   da   infecção  
por   adenovírus   ocorre,   geralmente,  
em   2   a   3   semanas;   Assim,   não   é  
necessário   um   tto   específico.   Ainda  
não   foi   produzido  nenhum  antiviral  
com   atividade   clinica   útil   contra   o  
adenovírus.  
•   Orientação  quanto  a  higiene;  
•   Compressa  fria;  
•   Corticóides   tópicos,   anti-­‐
histamínicos   (podem   aliviar   os  
sintomas)    
ALÉRGICA:   é   uma   reação  
de  hipersensibilidade  tipo  
1   (imediata),   mediada  
pela   desgranulação   dos  
mastócitos  em  resposta  a  
ação   IgE.   Normalmente   é  
bilateral.  
Conjuntivite  alérgica  aguda:  
esta   é   uma   condição  
comum  causada  por  reação  
conjuntival   aguda   a   um  
alergênico   ambiental,  
geralmente  pólen.  
  
Conjuntivite   alérgica  
sazonal:   piora   durante   a  
primavera   e   verão.  
Alergono  mais   comum   é   o  
pólen,   mas   pode   variar   de  
acordo   com   a   localização  
geográfica;  
  
Conjuntivite   alérgica  
perene:   sintomas   durante  
todo  o  ano.  
•   Prurido  agudos;  
•   Lacrimejamento;  
•   Associado   a   espirros   e  
secreção  nasal;  
•   Edema  de  pálpebras  
•   Quemose:   é   o   inchaço  
da  conjuntiva.  
•   Clínico:   ataques   transitórios   de  
vermelhidão,   lacrimejamento   e  
prurido,   associados   a   espirros   e  
secreção   nasal;   Hiperemia  
conjuntival,  edema  de  pálpebras.  
  
TTO:  
•   Lagrimas   artificiais   para   sintomas  
leves;  
•   Anti-­‐histamínicos  tópico  (epinastina,  
levocabastina);   orais:   em   casos  
graves.  
•   Compressa  fria;  
  
  
  
Bruna  Costa  Wanderley     Oftalmologia   Fevereiro/2020   2  
OBS:  Dor,  fotofobia,  turvação  visual  (sinais  de  alarme).  
OBS:   pacientes   com   conjuntivite   viral   podem   referir   olho  
“grudado”  ao  acordar,  entretanto  que  melhora  ao  longo  do  
dia.   Já   nas   conjuntivites   bacterianas,   não   há   melhora   da  
sensação  do  olho  “grudado”  durante  o  dia.  
  
OBS:  
è   QUANTO  A  SECREÇÃO:  
•   A  secreção  aquosa  é  comporta  por  exsudato  seroso  e  
lagrimas  e  ocorre  na  conjuntivite  viral  aguda  ou  alérgica;  
•   A   secreção   mucosa   é   típica   da   conjuntivite   alérgica  
crônica  e  olho  seco;  
•   A   secreção   mucopurulenta   ocorre   na   infecção  
bacteriana  aguda  ou  por  Chlamydia;  
•   A   secreção   moderadamente   purulenta   ocorre   na  
conjuntivite  bacteriana  aguda;  
•   A   secreção   gravemente   purulenta   é   sugestiva   de  
infecção  gonocócia.  
  
è   QUANTO  A  REAÇÃO  CONJUNTIVAL:  
•   Hiperemia  difusa:  usual  na  infeção  bacteriana;  
•   Hemorragias,   pode   ser:   conjuntivite   viral   (múltiplas,  
pequenas  e  discretas)  e  na  bacteriana  grave  (maiores  e  
difusas);  
•   Quemose:  geralmente  é  na  alérgica  mas  pode  ocorre  na  
conjuntivite  infecciosa  aguda.  
  
  
  
  
  
  
REF:  Kanski.  8  edição.  2016

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