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A1 Tecido Epitelial

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Vanessa Silva | Histologia Humana | 
Tecido Epitelial
Formado por: Epitélio de revestimento + epitélio glandular 
O tecido epitelial é derivado dos 3 folhetos germinativos (ectoderme, mesoderme e endoderme).  A ectoderme origina a epiderme e o seus anexos (pelos e glândulas mucosas) e o epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal; a mesoderme origina o epitélio de revestimento dos vasos sanguíneos e do sistema urogenital; e a endoderme da origem ao epitélio de revestimento e glândulas do trato digestório, com exceção da cavidade oral e anal.
Principais Funções do Tecido Epitelial
· Revestimento de superfícies internas ou externas de órgãos ou do corpo como um todo (p. ex., a epiderme da pele)
· Proteção
· Absorção de íons e de moléculas (p. ex., nos rins e intestinos)
· Percepção de estímulos (p. ex., o neuroepitélio olfatório e o gustativo)
· Secreção, seja por células de epitélios de revestimento seja por células epiteliais que se reúnem para constituir estruturas especializadas em secreção que são as glândulas
OBS: Algumas células epiteliais, como as células mioepiteliais, são capazes de contração
Principais Características do Tecido Epitelial
· Células poliédricas (possuem muitas faces)
· Justapostas (entre elas há pouca substância extracelular)
· As células epiteliais geralmente aderem firmemente umas às outras por meio de junções intercelulares. 
Essa característica torna possível que essas células se organizem como folhetos que revestem a superfície externa e as cavidades do corpo ou que se organizem em unidades secretoras.
A forma das células epiteliais varia muito, desde células colunares altas até células pavimentosas - achatadas como ladrilhos-, com todas as formas intermediárias entre essas duas
O núcleo dos vários tipos de células epiteliais tem forma característica, variando de esférico até alongado ou elíptico. A forma dos núcleos geralmente acompanha a forma das células; assim, células cuboides costumam ter núcleos esféricos e células pavimentosas têm núcleos achatados. Nos núcleos alongados, o maior eixo do núcleo é sempre paralelo ao eixo principal da célula. 
OBS: Como geralmente não se podem distinguir os limites entre as células epiteliais por meio de microscopia de luz, a forma dos seus núcleos dá, indiretamente, uma ideia bastante precisa sobre a forma das células. A forma e a posição dos núcleos também são de grande utilidade para se determinar se as células epiteliais estão organizadas em camada única ou em várias camadas.
Praticamente todos os epitélios estão apoiados sobre tecido conjuntivo
No caso dos epitélios que revestem as cavidades de órgãos ocos (principalmente no aparelho digestivo, respiratório e urinário), esta camada de tecido conjuntivo recebe o nome de lâmina própria
Porções da Célula Epitelial
	POLO BASAL
	Porção da célula voltada para o tecido conjuntivo
	POLO APICAL
	Extremidade oposta do polo basal
	POLO LATERAL
	Superfícies de células epiteliais que confrontam células adjacentes
	POLO BASOLATERAL
	Junção das superfícies laterais com a basal
Lâminas Basais e Membranas Basais
Entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo subjacente há uma delgada lâmina de moléculas chamada lâmina basal. Esta estrutura só é visível ao microscópio eletrônico, aparecendo como uma camada elétron-densa que mede 20 a 100 nm de espessura.
Os componentes principais das lâminas basais são colágeno tipo IV, as glicoproteínas laminina, entactina e proteoglicanos
A lâmina basal se prende ao tecido conjuntivo por meio de fibrilas de ancoragem constituídas por colágeno tipo VII
OBS: As lâminas basais entre as camadas de células epiteliais muito próximas entre si, como nos alvéolos pulmonares e nos glomérulos renais, são mais espessas, pois resultam da fusão das lâminas basais de cada uma das camadas de células epiteliais.
Lâminas basais existem não só em tecidos epiteliais, mas também onde outros tipos de células entram em contato com tecido conjuntivo. Ao redor de células musculares, células adiposas e células de Schwann a lâmina basal forma uma barreira que limita ou controla a troca de macromoléculas entre essas células e o tecido conjuntivo.
As lâminas basais têm várias funções
1. Promover a adesão das células epiteliais ao tecido conjuntivo subjacente.
2. Filtrar moléculas; 
3. Influenciar a polaridade das células; 
4. Regular a proliferação e a diferenciação celular pelo fato de se ligarem a fatores de crescimento;
5. Influir no metabolismo celular; 
6. Organizar as proteínas nas membranas plasmáticas de células adjacentes, afetando a transdução de sinais através dessas membranas; 
7. Servir como caminho e suporte para migração de células
OBS: A lâmina basal parece conter informações necessárias para algumas interações célula-célula, como a reinervação de células musculares desnervadas; nesse caso a lâmina basal ao redor das células musculares é necessária para o estabelecimento de novas junções neuromusculares
O nome membrana basal é usado para denominar uma camada situada abaixo de epitélios, visível ao microscópio de luz e que se cora pela técnica de ácido periódico-Schiff (PAS, do inglês periodic acid-Schif). A membrana basal que se vê ao microscópio de luz é mais espessa que a lâmina basal, pois inclui algumas das proteínas que se situam no tecido conjuntivo próximo à lâmina basal (lâmina reticular).
Especializações da superfície basolateral das células epiteliais
Interdigitações
As células epiteliais apresentam uma intensa adesão mútua e, para separá-las, são necessárias forças mecânicas relativamente grandes. Essa coesão varia com o tipo de epitélio, mas é especialmente desenvolvida naqueles sujeitos a fortes trações e pressões, como no caso da pele.
A adesão entre células é em parte devida à ação coesiva dos membros de uma familia de glicoproteínas transmembrana chamadas caderinas. As caderinas perdem a sua capacidade de promover adesividade na ausência de Ca2+. 
Outra maneira de aumentar a adesão entre as células é por meio de dobras das membranas que se encaixam nas dobras das membranas de células adjacentes; são as chamadas Inter digitações das membranas
Junções intercelulares
As membranas laterais de muitos tipos de células epiteliais exibem várias especializações que constituem as junções intercelulares. 
Os vários tipos de junções servem não só como locais de adesão, mas eventualmente também como vedantes - prevenindo o fluxo de materiais pelo espaço intercelular - e ainda podem oferecer canais para a comunicação entre células adjacentes.
As junções podem ser classificadas como 
1. Junções de adesão (zônulas de adesão, hemidesmossomos e desmossomos) 
2. Junções impermeáveis (zônulas de oclusão)
3. Junções de comunicação (junções comunicantes ou junções gap). 
Em muitos epitélios, várias junções são encontradas em urna sequência constante do ápice para a base da célula.
1.Junções de Oclusão
Costuma ser as junções mais apicais dessa sequência, isto é, as junções mais próximas da superfície apical da célula
O termo "zônula" indica que a junção forma uma faixa ou cinturão que circunda a célula completamente e "oclusão" se refere à adesão das membranas que ocorre nessas junções, vedando o espaço intercelular
Essa fusão é feita entre locais salientes dos folhetos externos das membranas de células adjacentes.
A função principal da junção estreita é promover uma vedação que dificulta muito o movimento de materiais entre células epiteliais (chamado de via paracelular), tanto do ápice para a base como da base para o ápice
2.Junções de Adesão
Em muitos epitélios o tipo seguinte de junção encontrado na sequência do ápice para a base da célula é a zônula de adesão
Essa junção circunda toda a célula e contribui para a aderência entre células adjacentes
Uma característica importante dessa junção é a inserção de numerosos filamentos de actina em placas de material elétron-denso contidas no citoplasma subjacente à membrana da junção
Ao conjunto de zônula de oclusão e zônula de adesão que circunda toda a parede lateral da região apical de muitos tipos
de células epiteliais se dá o nome de complexo unitivo.
Outro tipo de junção intercelular muito comum em células epiteliais é o desmossomo ou mácula de adesão. Desmossomos também são encontrados entre as membranas de células musculares cardíacas. É uma estrutura complexa, em forma de disco, contida na superfície de uma célula. 
As membranas celulares nessa região são planas, paralelas e geralmente separadas por uma distância um pouco maior (cerca de 30 nm) que os habituais 20 nm. No lado interno (citoplasmático) da membrana do desmossomo de cada tuna das células há uma placa circular chamada placa de ancoragem, composta de pelo menos 12 proteínas
Em células epiteliais, filamentos intermediários de queratina presentes no citoplasma se inserem nas placas de ancoragem ou então formam alças que retornam ao citoplasma. Uma vez que os filamentos intermediários de queratina do citoesqueleto são muito fortes, os desmossomos promovem uma adesão bastante firme entre as células. Em células não epiteliais os filamentos intermediários ancorados em desmossomos não são constituídos de queratina, mas de outras proteínas, como desmina ou vimentina. Proteínas da família da caderina participam da adesão provida por desmossomos. Essa adesividade pode ser abolida in vitro pela remoção de Ca2+ do meio. Como os desmossomos têm forma de botão, eles nunca formam zônulas.
Hemidesmossomos podem ser encontrados na região de contato entre alguns tipos de células epiteliais e sua lâmina basal. Essas junções têm a estrutura de metade de um desmossomo e prendem a célula epitelial à lâmina basal. Nos desmossomos as placas de ancoragem contêm principalmente caderinas, enquanto nos hemidesmossomos as placas contêm integrinas, uma família de proteínas transmembrana que podem agir como receptores para macromoléculas da matriz extracelular, tais como laminina e colágeno tipo IV.
	Zônula de adesão
	Desmossomo
	Hemidesmossomo
	
Actina
	Queratina + caderinas
	Queratina + integrina
3. Junções Comunicantes
Podem existir praticamente em qualquer local das membranas laterais das células epiteliais. 
Essas junções são também encontradas em outros tecidos, sendo o músculo esquelético uma exceção.
Ao microscópio eletrônico, essas junções se caracterizam pela grande proximidade (2 nm) das membranas de células adjacentes
Por meio da técnica de criofratura observa-se que essas junções são formadas por porções de membrana plasmática nas quais há agregados de partículas intramembranosas reunidas em forma de placa
As junções comunicantes tomam possível o intercâmbio de moléculas com massa molecular de até cerca de 1.500 Da. Moléculas de sinalização como AMP e GMP cíclicos, íons e alguns hormônios podem atravessar essas junções, fazendo com que as células de muitos órgãos trabalhem de maneira coordenada em lugar de agirem como unidades independentes. As junções comunicantes, por exemplo, participam da coordenação das contrações do músculo cardíaco
Especializações da superfície apical das células epiteliais
1.Microvilos
Pequenas projeções do citoplasma. Essas projeções em forma de dedos, de número muito variado, podem ser curtas ou longas. As células que exercem intensa absorção, como as do epitélio de revestimento do intestino delgado e dos túbulos proximais dos rins, apresentam centenas de microvilos
Cada microvilo mede aproximadamente 1 µ.m de comprimento e 0,08 µ.m de espessura, e no seu interior há feixes de filamentos de actina
Nas células que exercem intensa absorção por sua superfície apical o glicocálice é mais espesso e o conjunto formado por glicocálice e microvilos é visto facilmente ao microscópio de luz, sendo chamado de borda em escova ou borda estriada
2. Estereocílios
São prolongamentos longos e imóveis, que, na verdade, são microvilos longos e ramificados. Não devem ser confundidos com os verdadeiros cílios, que são prolongamentos móveis. Os estereocílios aumentam a área de superfície da célula, facilitando o movimento de moléculas para dentro e para fora da célula. São comuns em células do revestimento epitelial do epidídimo e do dueto deferente.
3.Cílios e flagelos
Os cílios são prolongamentos dotados de motilidade, encontrados na superfície de alguns tipos de células epiteliais. 
Eles medem de 5 a 10 µm de comprimento e 0,2 µm de diâmetro. Os cílios são envolvidos pela membrana plasmática e contêm dois microtúbulos centrais, cercados por nove pares de microtúbulos periféricos. Os dois microtúbulos dos pares periféricos são unidos entre si
Os cílios exibem um rápido movimento de vaivém. O movimento ciliar de um conjunto de células de um epitélio é frequentemente coordenado para possibilitar que uma corrente de fluido ou de partículas seja impelida em uma direção ao longo da superficie do epitélio. ATP é a fonte de energia para o movimento ciliar. Calcula-se que cada célula ciliada da traqueia tenha aproximadamente 250 cílios. 
A estrutura dos flagelos, que no corpo humano são encontrados somente em espermatozoides, é semelhante à dos cílios, porém, os flagelos são mais longos e limitados a um por célula.
Tipos de epitélios
Os epitélios são divididos em dois grupos principais, de acordo com sua estrutura, arranjo de suas células e função principal: epitélios de revestimento e epitélios glandulares
1.Epitélios de revestimento
Nos epitélios de revestimento as células se dispõem em folhetos que cobrem a superfície externa do corpo ou que revestem as cavidades internas, as grandes cavidades do corpo, o lúmen dos vasos sanguíneos, o lúmen de todos os órgãos ocos, tubos de diversos calibres. Esses epitélios são classificados de acordo com o número de camadas de células que constituem esses folhetos epiteliais e conforme as características morfológicas das suas células
As células do epitélio simples pavimentoso são achatadas como se fossem ladrilhos e seus núcleos são alongados
As células do epitélio simples cúbico são cuboides e seus núcleos são arredondados
No epitélio simples prismático (também conhecido como colunar ou cilíndrico) as células são alongadas, sendo o maior eixo das células perpendicular à membrana basal. Os núcleos são alongados, elípticos e acompanham o maior eixo da célula
Epitélio estratificado. O nome desse epitélio deriva, portanto, da forma das células de sua camada mais superficial. Essas células descamam, sendo substituídas pelas células que continuamente migram da base para a superfície
A superfície da pele, cuja superfície é seca, é revestida por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Neste epitélio as células das camadas mais superficiais morrem, perdem suas organelas e seu citoplasma é ocupado por grande quantidade de queratina. Essa camada de queratina confere grande proteção à superfície da pele e impede a perda de líquido pela pele. As células mortas descamam gradativamente da superfície.
O epitélio de transição reveste a bexiga urinária, o ureter e a porção inicial da uretra. É um epitélio estratificado em que a forma das células da camada mais superficial varia com o estado de distensão ou relaxamento do órgão. Quando a bexiga está vazia, as células mais externas do epitélio são frequentemente globosas e de superfície convexa, também chamadas de células em abóbada. Quando a bexiga está cheia o número de camadas parece diminuir, o epitélio se toma mais delgado e muitas células superficiais tomam-se achatadas
O epitélio pseudoestratificado é assim chamado porque, embora seja formado por apenas uma camada de células, os núcleos são vistos em diferentes alturas do epitélio, parecendo estar em várias camadas. Todas as suas células estão apoiadas na lâmina basal, mas nem todas alcançam a superfície do epitélio, fazendo com que a posição dos núcleos seja variável. O exemplo mais bem conhecido desse tecido é o epitélio pseudoestratificado prismático ciliado que reveste as passagens respiratórias mais calibrosas desde o nariz até os brônquios. Os cílios desse epitélio são úteis porque transportam para fora dos pulmões (em direção à faringe) poeira e microrganismos aspirados que aderem à superfície
do epitélio. Este epitélio é encontrado também no epidídimo
Um tipo especial de epitélio é constituído pelos neuroepitélios. São constituídos por células neuroepiteliais, células de origem epitelial que constituem epitélios com funções sensoriais especializadas (p. ex., as células das papilas gustativas e da mucosa olfatória).
Epitélios glandulares
Os epitélios glandulares são constituídos por células especializadas na atividade de secreção
Podem sintetizar, armazenar e eliminar proteínas (p. ex., o pàncreas), lipldios (p. ex., a adrenal e as glândulas sebáceas) ou complexos de carboidrato e proteínas (p. ex., as glândulas salivares). As glândulas mamárias secretam todos os três tipos de substâncias
As moléculas a serem secretadas são em geral temporariamente armazenadas nas células em pequenas vesículas envolvidas por uma membrana, chamadas de grânulos de secreção.
Tipos de glândulas
Há glândulas unicelulares e multicelulares. Um exemplo de glândula unicelular é a célula caliciforme, encontrada no revestimento do intestino delgado ou do trato respiratório
As glândulas propriamente ditas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente, após o que sofrem diferenciação adicional
Nas glândulas endócrinas a conexão com o epitélio é obliterada e reabsorvida durante o desenvolvimento. Essas glândulas, portanto, não têm ductos, e suas secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu local de ação pela circulação sanguínea. 
De acordo com a organização de suas células, podem ser diferenciados dois tipos de glândulas endócrinas. No primeiro tipo, as células formam cordões anastomosados, entremeados por capilares sanguíneos. Adrenal, paratireoide, lóbulo anterior da hipófise são exemplos de glândulas endócrinas cordonais. No segundo tipo, as células formam vesículas ou folículos preenchidos de material secretado (p. ex., a glândula tireoide)
As glândulas exócrinas mantêm sua conexão com o epitélio do qual se originaram através de ductos alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade. 
As glândulas exócrinas sempre têm duas porções: uma porção secretora constituída pelas células responsáveis pelo processo secretório e duetos excretores que transportam a secreção eliminada pelas células
	GLANDULA SIMPLES
	GLANDULA RAMIFICADA
	Só possui um ducto não ramificado
	Possui ductos ramificados
A organização celular da porção secretora representa um segundo critério para a classificação das glândulas exócrinas
Dependendo da forma de sua porção secretora, as glândulas simples podem ser tubulares (cuja porção secretora tem o formato de um tubo), tubulares enoveladas, tubulares ramificadas ou acinosas (cuja porção secretora é esférica ou arredondada). As glândulas compostas podem ser tubulares, acinosas ou mistas tubuloacinosas
Alguns órgãos têm funções tanto endócrinas como exócrinas, e um só tipo de célula pode funcionar de ambas as maneiras por exemplo, no fígado, no qual células que secretam bile através de um sistema de duetos também secretam produtos na circulação sanguínea
As unidades secretoras de algumas glândulas - glândulas mamárias, sudoríparas e salivares - são envolvidas por células mioepiteliais. São células ramificadas que contêm miosina e um grande número de filamentos de actina. Elas são capazes de contração, agindo na expulsão da secreção dessas glândulas.
De acordo com o modo pelo qual os produtos de secreção deixam a célula, as glândulas podem ser classificadas em merócrinas, holócrinas ou apócrinas. 
	Glândulas merócrinas
	Produto liberado sem perda de citoplasma (por exocitose)
	 
 Pâncreas
	Glândulas holócrinas
	Produto liberado COM TODO citoplasma junto
	
Glândulas sebáceas
	Secreção Apócrina
	Produto de secreção é descarregado junto com pequenas porções do citoplasma apical em que o produto de secreção é descarregado junto com pequenas porções do citoplasma apical
	
Glândulas mamárias
As grandes glândulas multicelulares normalmente são envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo; prolongamentos da cápsula chamados septos dividem a glândula em porções menores chamadas lóbulos. Vasos sanguíneos e nervos penetram a glândula e se subdividem no interior dos septos. Muitos dos ductos maiores das glândulas também passam pelos septos.
Ácinos serosos e túbulos mucoso
	Ácinos Serosos
	Túbulos mucosos
	Células colunares e piramidais
	Estruturas alongadas e células piramidais
	Lúmen reduzido
	Lúmen dilatado
	Núcleos arredondados
	Núcleos deitados contra a base da célula
	Secreção proteica 
	Secreção mucosa
	Coloração marcante
	Coloração fraca
Biologia dos tecidos epiteliais
As papilas existem com maior frequência em tecidos epiteliais de revestimento sujeitos a forças mecânicas, como pele, língua e gengiva
Polaridade
Em muitas células epiteliais a distribuição de organelas na porção do citoplasma apoiada na lâmina basal (polo basal da célula) é diferente das organelas encontradas no citoplasma da porção livre da célula (polo apical); a esta diferente distribuição, que é constante nos vários tipos de epitélios, dá-se o nome de polaridade das células epiteliais. Isso significa que diferentes partes dessas células podem ter diferentes funções. A membrana plasmática das células epiteliais pode ter composição molecular diferente em seus diferentes polos
Com raras exceções, os vasos sanguíneos não penetram nos epitélios e, portanto, todos os nutrientes das células epiteliais devem vir dos capilares sanguíneos existentes no tecido conjuntivo subjacente. Esses nutrientes se difundem pela lâmina basal e entram nas células epiteliais através da sua superfície basal e lateral (superfície basolateral), frequentemente por processos dependentes de energia. Receptores para mensageiros químicos (p. ex., hormônios, neurotransmissores) que influenciam a atividade das células epiteliais estão localizados na superfície basolateral. Em células secretoras, frequentemente há organelas de síntese na porção basal, grãos de secreção na porção apical e complexo de Golgi entre essas duas regiões.
Inervação
A maioria dos tecidos epiteliais é ricamente inervada por terminações nervosas provenientes de plexos nervosos originários da lâmina própria.
Sistema neuroendócrino difuso
Estudos realizados inicialmente no sistema digestivo revelaram um grande número de células endócrinas isoladas, entremeadas nas células epiteliais de revestimento ou secretoras. O citoplasma das células endócrinas contém hormônios polipeptídicos ou aminas biogênicas, tais como epinefrina, norepinefrina ou 5-hidroxitriptamina (serotonina). Em alguns casos, mais que um desses compostos são encontrados na mesma célula. Muitas, mas não todas essas células, podem captar precursores de aminas do meio extracelular e promover descarboxilação de aminoácidos. A essas características se deve a sigla APUD (amine precursor uptake and decarboxylation), pela qual elas são conhecidas. Uma vez que algumas dessas células podem ser visualizadas por meio de sais de prata, elas também são chamadas de células argentafins ou argirófilas. 
Estudos mais recentes mostraram que nem todas as células desse sistema concentram aminas, e, por isso, a designação APUD está sendo substituída por sistema neuroendócrino difuso (DNES - dlffuse neuroendocrine system). Essas células se originam da crista neural, um componente do sistema nervoso embrionário, e a melhor maneira de localizálas e identificá-las é pela utilização de imunocitoquímica ou de técnicas citoquímicas específicas para aminas. As células do sistema que secretam polipeptídios, quando observadas ao microscópio eletrônico, geralmente mostram grânulos bem distintos, densos, medindo aproximadamente 100 a 400 nm de diâmetro.
Renovação das células epiteliais
A maioria dos tecidos epiteliais são estruturas dinâmicas cujas células são continuamente renovadas por atividade mitótica. A taxa de renovação é variável; pode ser rápida em tecidos como no epitélio intestinal, que é totalmente substituído a cada semana, ou lenta, como
no fígado e pâncreas
	Metaplasia 
Em determinadas condições atípicas, um tipo de tecido epitelial pode transfonrma-se em outro. Esse processo, quando reversível, é chamado rnetaplasia. Os exemplos seguintes ilustram este processo: 
· Em tabagistas que fumam grande quantidade de cigarros, o epitélio pseudoestratificado ciliado que reveste os brônquios pode transformar-se em epitélio estratificado pavimentoso 
· Em indivíduos com deficiência crônica de vitamina A, os tecidos epiteliais existentes nos brônquios e bexiga urinária são substituídos gradualmente por epitélio estratificado pavimentoso. 
A metaplasia é uma modificação benigna. Ela não se restringe a tecidos epiteliais, podendo também ocorrer no tecido conjuntivo.
	Tumores benignos e malignos podem originar-se da maioria dos tipos de células epiteliais. Carcinoma é um tumor maligno de origem epitelial (a denominação sarcoma é reservada para tumores originados do tecido conjuntivo). Os tumores malignos derivados de tecidos epiteliais glandulares são normalmente denominados adenocarcinomas; estes são os tumores mais comuns em adultos. Em crianças de até 10 anos, a maioria dos tumores se desenvolve (em ordem decrescente) de órgãos hematopoéticos, tecido nervoso, tecidos conjuntivos e tecidos epiteliais. Esta proporção muda gradualmente, e, após os 45 anos, a maioria dos tumores é de origem epitelial. Carcinomas constituídos de células diferenciadas refletem até certo ponto características morfológicas e comportamentos das células das quais se originaram (p. ex., produção de queratinas, muco e hormônios). Frequentemente, é difícil diagnosticar carcinomas indiferenciadas por análise morfológica. Considerando que esses carcinomas geralmente contêm queratinas, a detecção dessas substâncias por imunocitoquímica costuma ajudar na determinação do diagnóstico e do tratamento desses tumores.
Referências
Junqueira, Luiz Carlos Uchoa, 1920-2006 Histologia básica I L.C. Junqueira e José Carneiro. - [12. ed]. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013
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