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JOÃO PESSOA PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA DO ESTADO DA PARAÍBA Assistente Administrativo EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO Nº 001/2020 SL-072DZ-20 CÓD: 7891122039305 DICA Como passar em um concurso público? Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação. Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação. Então mãos à obra! • Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho. • Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área. • Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total. • Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo. • Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação. • Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame. • Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse. Se prepare para o concurso público O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do certame. O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo. Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora. Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras disciplinas. Vida Social Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você, através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho. Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória. DICA Motivação A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos. Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência. Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação: • Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos; • Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos; • Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados; • Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir focado, tornando o processo mais prazeroso; • Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer. • Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes com seu sucesso. Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial. A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br Vamos juntos! ÍNDICE Língua Portuguesa 1. Compreensão e interpretação de texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. Tipologia e gêneros textuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 3. Figuras de linguagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 4. Significação de palavras e expressões. Relações de sinonímia e de antonímia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 5. Ortografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 6. Acentuação gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 7. Uso da crase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 8. Fonética e Fonologia: som e fonema, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 9. Morfologia: classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto. Locuções verbais (perífrases verbais). . . . . . . . . 07 10. Funções do “que” e do “se”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 11. Formação de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 12. Elementos de comunicação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 13. Sintaxe: relações sintático semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e período composto por coordenação e subordinação). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 14. Concordância verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 15. Regência verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 16. Colocação pronominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 17. Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 18. Elementos de coesão. Função textual dos vocábulos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 19. Variação linguística. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Matemática 1. Raciocínio Lógico e matemático: resolução de problemas envolvendo frações, conjuntos, porcentagens, sequências (com números, com figuras, de palavras) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. Raciocínio lógico-matemático: proposições, conectivos, equivalência e implicação lógica, argumentos válidos . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Informática 1. Conceitos e fundamentos básicos. Conhecimento e utilização dos principais softwares utilitários (compactadores de arquivos, chat, clientes de e-mails, reprodutores de vídeo, visualizadores de imagem, antivírus). Identificação e manipulação de arquivos. Backup de arquivos. 5. Conceitos básicos de Hardware (Placa mãe, memórias, processadores (CPU) e disco de armazenamento HDs, CDs e DVDs). Periféricos de computadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. 7. Ambientes operacionais: utilização dos sistemas operacionais Windows 7 e Windows 10. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 3. Conceitos básicos sobre Linux e Software Livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 4. Utilização de ferramentas de texto, planilha e, apresentação do pacote Microsoft Office (Word, Excel e PowerPoint) – versões 2010, 2013 e 2016. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 5. Utilização de ferramentas de texto, planilha e apresentação do pacote LibreOffice (Writer, Calc e Impress) - versões 5 e 6. . Utilização e configuração de e-mail no Microsoft Outlook. Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, busca e pesquisa na Web, mecanismos de busca na Web. Navegadores de internet: Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 6. Segurança na internet; vírus de computadores; Spyware; Malware; Phishing e Spam . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 7. Transferência de arquivos pela internet. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 Conhecimentos Específicos Assistente Administrativo 1. As comunicações oficiais: aspectos gerais da redação oficial; a redação dos atos normativos e comunicações; aplicação de princípios da ortografia e de elementos da gramática à redação oficial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. Arquivologia: gestão, classificação e avaliação de documentos; organização, planejamento, sistemas e métodos de arquivamento; arquivística e informática; legislação arquivística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 3. Comportamento organizacional: as pessoas, os grupos e a dinâmica organizacional; comunicação; liderança e poder; conflito e nego- ciação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 ÍNDICE 4. Ética geral e profissional: conceitos e fundamentos; relações de trabalho; a responsabilidade social das empresas; assédio . . . . . 95 5. Atendimento ao público: excelência e atendimento de qualidade na recepção e ao telefone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 6. Introdução à Administração: conceito de administração; habilidades, competências e papéis do administrador e os processos admi- nistrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 7. Administração de pessoas: conceito e processos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142 8. Administração de recursos materiais, patrimoniais e logística: compras e estoques; componentes da logística . . . . . . . . . . . . . . .157 9. Administração financeira: objetivos econômico e financeiros; funções do gestor financeiro; a demonstração do resultado, fluxo de caixa e o balanço patrimonial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175 10. Redação empresarial: tipos de correspondências; estruturas e formas de tratamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182 LÍNGUA PORTUGUESA 1. Compreensão e interpretação de texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. Tipologia e gêneros textuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . 01 3. Figuras de linguagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 4. Significação de palavras e expressões. Relações de sinonímia e de antonímia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 5. Ortografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 6. Acentuação gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 7. Uso da crase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 8. Fonética e Fonologia: som e fonema, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 9. Morfologia: classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto. Locuções verbais (perífrases verbais). . . . . . . . . 07 10. Funções do “que” e do “se”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 11. Formação de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 12. Elementos de comunicação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 13. Sintaxe: relações sintático semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e período composto por coordenação e subordinação). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 14. Concordância verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 15. Regência verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 16. Colocação pronominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 17. Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 18. Elementos de coesão. Função textual dos vocábulos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 19. Variação linguística. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 LÍNGUA PORTUGUESA 1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje- tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido completo. A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci- ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua interpretação. A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper- tório do leitor. Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi- suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar expressões, gestos e cores quando se trata de imagens. Dicas práticas 1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con- ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa- rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações. 2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe- cidas. 3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon- te de referências e datas. 4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de opiniões. 5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques- tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin- tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor quando afirma que... TIPOLOGIA E GÊNEROS TEXTUAIS A partir da estrutura linguística, da função social e da finali- dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas classificações. Tipos textuais A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali- dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão específico para se fazer a enunciação. Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas característi- cas: TEXTO NARRATIVO Apresenta um enredo, com ações e relações entre personagens, que ocorre em determinados espaço e tempo. É contado por um narrador, e se estrutura da seguinte maneira: apresentação > desenvolvimento > clímax > desfecho TEXTO DISSERTATIVO- -ARGUMENTATIVO Tem o objetivo de defender determi- nado ponto de vista, persuadindo o leitor a partir do uso de argumentos sólidos. Sua estrutura comum é: in- trodução > desenvolvimento > con- clusão. TEXTO EXPOSITIVO Procura expor ideias, sem a neces- sidade de defender algum ponto de vista. Para isso, usa-se comparações, informações, definições, conceitua- lizações etc. A estrutura segue a do texto dissertativo-argumentativo. TEXTO DESCRITIVO Expõe acontecimentos, lugares, pes- soas, de modo que sua finalidade é descrever, ou seja, caracterizar algo ou alguém. Com isso, é um texto rico em adjetivos e em verbos de ligação. TEXTO INJUNTIVO Oferece instruções, com o objetivo de orientar o leitor. Sua maior carac- terística são os verbos no modo im- perativo. Gêneros textuais A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe- cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual, podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as- sim como a própria língua e a comunicação, no geral. Alguns exemplos de gêneros textuais: • Artigo • Bilhete • Bula • Carta • Conto • Crônica • E-mail • Lista • Manual • Notícia • Poema • Propaganda • Receita culinária • Resenha • Seminário Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex- to literário seja feito com a estruturação deuma receita culinária, por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali- dade e à função social de cada texto analisado. LÍNGUA PORTUGUESA 2 FIGURAS DE LINGUAGEM As figuras de linguagem são recursos especiais usados por quem fala ou escreve, para dar à expressão mais força, intensidade e beleza. São três tipos: Figuras de Palavras (tropos); Figuras de Construção (de sintaxe); Figuras de Pensamento. Figuras de Palavra É a substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contigui- dade), seja por uma associação, uma comparação, uma similarida- de. São as seguintes as figuras de palavras: Metáfora: consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. Observe o exemplo: “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Pessoa) Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento. Comparação: é a comparação entre dois elementos comuns; semelhantes. Normalmente se emprega uma conjunção comparati- va: como, tal qual, assim como. “Sejamos simples e calmos Como os regatos e as árvores” Fernando Pessoa Metonímia: consiste em empregar um termo no lugar de ou- tro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo: -autor ou criador pela obra. Exemplo: Gosto de ler Machado de Assis. (Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) -efeito pela causa e vice-versa. Exemplo: Vivo do meu trabalho. (o trabalho é causa e está no lugar do efeito ou resultado). - continente pelo conteúdo. Exemplo: Ela comeu uma caixa de bombons. (a palavra caixa, que designa o continente ou aquilo que contém, está sendo usada no lugar da palavra bombons). -abstrato pelo concreto e vice-versa. Exemplos: A gravidez deve ser tranquila. (o abstrato gravidez está no lugar do concreto, ou seja, mulheres grávidas). - instrumento pela pessoa que o utiliza. Exemplo: Os microfo- nes foram atrás dos jogadores. (Os repórteres foram atrás dos jo- gadores.) - lugar pelo produto. Exemplo: Fumei um saboroso havana. (Fumei um saboroso charuto.). - símbolo ou sinal pela coisa significada. Exemplo: Não te afas- tes da cruz. (Não te afastes da religião.). - a parte pelo todo. Exemplo: Não há teto para os desabrigados. (a parte teto está no lugar do todo, “o lar”). - indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: O homem foi à Lua. (Alguns astronautas foram à Lua.). - singular pelo plural. Exemplo: A mulher foi chamada para ir às ruas. (Todas as mulheres foram chamadas, não apenas uma) - gênero ou a qualidade pela espécie. Exemplo: Os mortais so- frem nesse mundo. (Os homens sofrem nesse mundo.) - matéria pelo objeto. Exemplo: Ela não tem um níquel. (a ma- téria níquel é usada no lugar da coisa fabricada, que é “moeda”). Atenção: Os últimos 5 exemplos podem receber também o nome de Sinédoque. Perífrase: substituição de um nome por uma expressão para facilitar a identificação. Exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo. Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia. Exemplos: O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem. O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Sinestesia: Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplo: No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (si- lêncio = auditivo; negro = visual) Catacrese: A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro “emprestado”. Passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: “asa da xícara”, “maçã do rosto”, “braço da cadeira” . Figuras de Construção Ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expres- sividade que se dá ao sentido. São as mais importantes figuras de construção: Elipse: consiste na omissão de um termo da frase, o qual, no entanto, pode ser facilmente identificado. Exemplo: No fim da co- memoração, sobre as mesas, copos e garrafas vazias. (Omissão do verbo haver: No fim da festa comemoração, sobre as mesas, copos e garrafas vazias). Pleonasmo: consiste no emprego de palavras redundantes para reforçar uma ideia. Exemplo: Ele vive uma vida feliz. Deve-se evitar os pleonasmos viciosos, que não têm valor de reforço, sendo antes fruto do desconhecimento do sentido das pa- lavras, como por exemplo, as construções “subir para cima”, “entrar para dentro”, etc. Polissíndeto: repetição enfática do conectivo, geralmente o “e”. Exemplo: Felizes, eles riam, e cantavam, e pulavam, e dançavam. LÍNGUA PORTUGUESA 3 Inversão ou Hipérbato: alterar a ordem normal dos termos ou orações com o fim de lhes dar destaque: “Justo ela diz que é, mas eu não acho não.” (Carlos Drummond de Andrade) “Por que brigavam no meu interior esses entes de sonho não sei.” (Graciliano Ramos) Observação: o termo deseja realçar é colocado, em geral, no início da frase. Anacoluto: quebra da estrutura sintática da oração. O tipo mais comum é aquele em que um termo parece que vai ser o sujeito da oração, mas a construção se modifica e ele acaba sem função sintá- tica. Essa figura é usada geralmente para pôr em relevo a ideia que consideramos mais importante, destacando-a do resto. Exemplo: O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem. A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Castelo Branco) Silepse: concordância de gênero, número ou pessoa é feita com ideias ou termos subentendidos na frase e não claramente ex- pressos. A silepse pode ser: - de gênero. Exemplo: Vossa Majestade parece desanimado. (o adjetivo desanimado concorda não com o pronome de tratamento Vossa Majestade, de forma feminina, mas com a pessoa a quem esse pronome se refere – pessoa do sexo masculino). - de número. Exemplo: O pessoal ficou apavorado e saíram cor- rendo. (o verbo sair concordou com a ideia de plural que a palavra pessoal sugere). - de pessoa. Exemplo: Os brasileiros amamos futebol. (o sujeito os brasileiros levaria o verbo na 3ª pessoa do plural, mas a concor- dância foi feita com a 1ª pessoa do plural, indicando que a pessoa que fala está incluída em os brasileiros). Onomatopeia: Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da realidade. Exemplos: Os sinos faziam blem, blem, blem, blem. Miau, miau. (Som emitido pelo gato) Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar. As onomatopeias, como no exemplo abaixo, podem resultar da Aliteração (repetição de fonemas nas palavras de uma frase ou de um verso). “Vozes veladas, veludosas vozes, volúpias dos violões, vozes veladas, vagam nos velhos vórtices velozes dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (Cruz e Sousa) Repetição: repetir palavras ou orações para enfatizar a afirma- ção ou sugerir insistência, progressão: “E o ronco das águas crescia, crescia, vinha pra dentro da ca- sona.” (Bernardo Élis) “O mar foi ficando escuro, escuro, até que a última lâmpada se apagou.” (Inácio de Loyola Brandão) Zeugma: omissão de um ou mais termos anteriormente enun- ciados. Exemplo: Ele gosta de geografia; eu, de português. (na se- gunda oração, faltou o verbo “gostar” = Ele gosta de geografia; eu gosto de português.). Assíndeto: quando certas orações ou palavras, que poderiam se ligar por um conectivo, vêm apenas justapostas. Exemplo: Vim, vi, venci. Anáfora: repetição de uma palavra ou de um segmento do texto com o objetivo de enfatizar uma ideia. É uma figura de cons- trução muito usada em poesia. Exemplo: Este amor que tudo nos toma, este amor que tudo nos dá, este amor que Deus nos inspira, e que um dia nos há de salvar Paranomásia:palavras com sons semelhantes, mas de signi- ficados diferentes, vulgarmente chamada de trocadilho. Exemplo: Comemos fora todos os dias! A gente até dispensa a despensa. Neologismo: criação de novas palavras. Exemplo: Estou a fim do João. (estou interessado). Vou fazer um bico. (trabalho tempo- rário). Figuras de Pensamento Utilizadas para produzir maior expressividade à comunicação, as figuras de pensamento trabalham com a combinação de ideias, pensamentos. Antítese: Corresponde à aproximação de palavras contrárias, que têm sentidos opostos. Exemplo: O ódio e o amor andam de mãos dadas. Apóstrofe: interrupção do texto para se chamar a atenção de alguém ou de coisas personificadas. Sintaticamente, a apóstrofe corresponde ao vocativo. Exemplo: Tende piedade, Senhor, de to- das as mulheres. Eufemismo: Atenua o sentido das palavras, suavizando as ex- pressões do discurso Exemplo: Ele foi para o céu. (Neste caso, a ex- pressão “para a céu”, ameniza o discurso real: ele morreu.) Gradação: os termos da frase são fruto de hierarquia (ordem crescente ou decrescente). Exemplo: As pessoas chegaram à festa, sentaram, comeram e dançaram. Hipérbole: baseada no exagero intencional do locutor, isto é, expressa uma ideia de forma exagerada. Exemplo: Liguei para ele milhões de vezes essa tarde. (Ligou várias vezes, mas não literalmente 1 milhão de vezes ou mais). Ironia: é o emprego de palavras que, na frase, têm o sentido oposto ao que querem dizer. É usada geralmente com sentido sar- cástico. Exemplo: Quem foi o inteligente que usou o computador e apagou o que estava gravado? Paradoxo: Diferente da antítese, que opõem palavras, o pa- radoxo corresponde ao uso de ideias contrárias, aparentemente absurdas. Exemplo: Esse amor me mata e dá vida. (Neste caso, o mesmo amor traz alegrias (vida) e tristeza (mata) para a pessoa.) Personificação ou Prosopopéia ou Animismo: atribuição de ações, sentimentos ou qualidades humanas a objetos, seres irracio- nais ou outras coisas inanimadas. Exemplo: O vento suspirou essa manhã. (Nesta frase sabemos que o vento é algo inanimado que não suspira, sendo esta uma “qualidade humana”.) Reticência: suspender o pensamento, deixando-o meio velado. Exemplo: “De todas, porém, a que me cativou logo foi uma... uma... não sei se digo.” (Machado de Assis) Retificação: consiste em retificar uma afirmação anterior. Exemplos: O médico, aliás, uma médica muito gentil não sabia qual seria o procedimento. LÍNGUA PORTUGUESA 4 SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS E EXPRESSÕES. RELA- ÇÕES DE SINONÍMIA E DE ANTONÍMIA Este é um estudo da semântica, que pretende classificar os sentidos das palavras, as suas relações de sentido entre si. Conheça as principais relações e suas características: Sinonímia e antonímia As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente <—> esperto Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam signifi- cados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex: forte <—> fraco Parônimos e homônimos As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro- núncia semelhantes, porém com significados distintos. Ex: cumpri- mento (extensão) X comprimento (saudação); tráfego (trânsito) X tráfico (comércio ilegal). As palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo “rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta). As palavras homófonas são aquelas que possuem a mesma pronúncia, mas com escrita e significado diferentes. Ex: cem (nu- meral) X sem (falta); conserto (arrumar) X concerto (musical). As palavras homógrafas são aquelas que possuem escrita igual, porém som e significado diferentes. Ex: colher (talher) X colher (ver- bo); acerto (substantivo) X acerto (verbo). Polissemia e monossemia As palavras polissêmicas são aquelas que podem apresentar mais de um significado, a depender do contexto em que ocorre a frase. Ex: cabeça (parte do corpo humano; líder de um grupo). Já as palavras monossêmicas são aquelas apresentam apenas um significado. Ex: eneágono (polígono de nove ângulos). Denotação e conotação Palavras com sentido denotativo são aquelas que apresentam um sentido objetivo e literal. Ex: Está fazendo frio. / Pé da mulher. Palavras com sentido conotativo são aquelas que apresentam um sentido simbólico, figurado. Ex: Você me olha com frieza. / Pé da cadeira. Hiperonímia e hiponímia Esta classificação diz respeito às relações hierárquicas de signi- ficado entre as palavras. Desse modo, um hiperônimo é a palavra superior, isto é, que tem um sentido mais abrangente. Ex: Fruta é hiperônimo de limão. Já o hipônimo é a palavra que tem o sentido mais restrito, por- tanto, inferior, de modo que o hiperônimo engloba o hipônimo. Ex: Limão é hipônimo de fruta. Formas variantes São as palavras que permitem mais de uma grafia correta, sem que ocorra mudança no significado. Ex: loiro – louro / enfarte – in- farto / gatinhar – engatinhar. Arcaísmo São palavras antigas, que perderam o uso frequente ao longo do tempo, sendo substituídas por outras mais modernas, mas que ainda podem ser utilizadas. No entanto, ainda podem ser bastante encontradas em livros antigos, principalmente. Ex: botica <—> far- mácia / franquia <—> sinceridade. ORTOGRAFIA A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso analisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memo- rizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que também faz aumentar o vocabulário do leitor. Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique atento! Alfabeto O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é co- nhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o alfabeto se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e consoantes (restante das letras). Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo que elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional. Uso do “X” Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o X no lugar do CH: • Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxer- gar) • Depois de ditongos (ex: caixa) • Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá) Uso do “S” ou “Z” Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser ob- servadas: • Depois de ditongos (ex: coisa) • Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” (ex: casa > casinha) • Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. (ex: portuguesa) • Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex: populoso) Uso do “S”, “SS”, “Ç” • “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: diversão) • “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo) • “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passa- ram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela) Os diferentes porquês POR QUE Usado para fazer perguntas. Pode ser substi-tuído por “por qual motivo” PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser substituído por “pois” POR QUÊ O “que” é acentuado quando aparece como a última palavra da frase, antes da pontuação final (interrogação, exclamação, ponto final) PORQUÊ É um substantivo, portanto costuma vir acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo ou pronome DL Tech Realce DL Tech Realce LÍNGUA PORTUGUESA 5 Parônimos e homônimos As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pronúncia semelhantes, porém com significados distintos. Ex: cumprimento (extensão) X comprimento (saudação); tráfego (trânsito) X tráfico (comércio ilegal). Já aspalavras homônimas são aquelas que possuem a mesma pronúncia, porém são grafadas de maneira diferente. Ex: conserto (cor- reção) X concerto (apresentação); cerrar (fechar) X serrar (cortar). ACENTUAÇÃO GRÁFICA A acentuação é uma das principais questões relacionadas à Ortografia Oficial, que merece um capítulo a parte. Os acentos utilizados no português são: acento agudo (´); acento grave (`); acento circunflexo (^); cedilha (¸) e til (~). Depois da reforma do Acordo Ortográfico, a trema foi excluída, de modo que ela só é utilizada na grafia de nomes e suas derivações (ex: Müller, mülleriano). Esses são sinais gráficos que servem para modificar o som de alguma letra, sendo importantes para marcar a sonoridade e a intensi- dade das sílabas, e para diferenciar palavras que possuem a escrita semelhante. A sílaba mais intensa da palavra é denominada sílaba tônica. A palavra pode ser classificada a partir da localização da sílaba tônica, como mostrado abaixo: • OXÍTONA: a última sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: café) • PAROXÍTONA: a penúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: automóvel) • PROPAROXÍTONA: a antepenúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: lâmpada) As demais sílabas, pronunciadas de maneira mais sutil, são denominadas sílabas átonas. Regras fundamentais CLASSIFICAÇÃO REGRAS EXEMPLOS OXÍTONAS • terminadas em A, E, O, EM, seguidas ou não do plural • seguidas de -LO, -LA, -LOS, -LAS cipó(s), pé(s), armazém respeitá-la, compô-lo, comprometê-los PAROXÍTONAS • terminadas em I, IS, US, UM, UNS, L, N, X, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS • ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não do plural (OBS: Os ditongos “EI” e “OI” perderam o acento com o Novo Acordo Ortográfico) táxi, lápis, vírus, fórum, cadáver, tórax, bíceps, ímã, órfão, órgãos, água, mágoa, pônei, ideia, geleia, paranoico, heroico PROPAROXÍTONAS • todas são acentuadas cólica, analítico, jurídico, hipérbole, último, álibi Regras especiais REGRA EXEMPLOS Acentua-se quando “I” e “U” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de “S”, desde que não sejam seguidos por “NH” OBS: Não serão mais acentuados “I” e “U” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo saída, faísca, baú, país feiura, Bocaiuva, Sauipe Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos “TER” e “VIR” e seus compostos têm, obtêm, contêm, vêm Não são acentuados hiatos “OO” e “EE” leem, voo, enjoo Não são acentuadas palavras homógrafas OBS: A forma verbal “PÔDE” é uma exceção pelo, pera, para USO DA CRASE Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma só: preposição “a” + artigo “a” em palavras femininas. Ela é demarcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão. Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o emprego da crase: • Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela aluna. • Indicação de horas, em casos de horas definidas e especificadas: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas. • Locuções prepositivas: A aluna foi aprovada à custa de muito estresse. DL Tech Realce DL Tech Realce DL Tech Realce DL Tech Realce DL Tech Realce DL Tech Realce LÍNGUA PORTUGUESA 6 • Locuções conjuntivas: À medida que crescemos vamos deixando de lado a capacidade de imaginar. • Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na próxima à esquerda. Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a crase: • Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé. • Palavras repetidas (mesmo quando no feminino): Melhor termos uma reunião frente a frente. • Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar. • Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica vai te atender daqui a pouco. • Dia de semana (a menos que seja um dia definido): De terça a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras. • Antes de numeral (exceto horas definidas): A casa da vizinha fica a 50 metros da esquina. Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultativo • Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha filha. / Dei um picolé à minha filha. • Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei minha avó até à feira. • Nomes próprios femininos (desde que não seja especificado): Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à Ana da faculdade. DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em caso de dúvida, basta substituir por uma palavra equivalente no masculino. Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã iremos à escola / Amanhã iremos ao colégio. FONÉTICA E FONOLOGIA: SOM E FONEMA, ENCONTROS VOCÁLICOS E CONSONANTAIS E DÍGRAFOS A fonética e a fonologia é parte da gramática descritiva, que estuda os aspectos fônicos, físicos e fisiológicos da língua. Fonética é o nome dado ao estudo dos aspectos acústicos e fisiológicos dos sons efetivos. Com isso, busca entender a produção, a articulação e a variedade de sons reais. Fonologia é o estudo dos sons de uma língua, denominados fonemas. A definição de fonema é: unidade acústica que não é dotada de significado, e ele é classificado em vogais, semivogais e consoantes. Sua representação escrita é feita entre barras (/ /). É importante saber diferencias letra e fonema, uma vez que são distintas realidades linguísticas. A letra é a representação gráfica dos sons de uma língua, enquanto o fonema são os sons que diferenciam os vocábulos (fala). Vale lembrar que nem sempre há correspondência direta e exclusiva entre a letra e seu fonema, de modo que um símbolo fonético pode ser repetido em mais de uma letra. Encontros Vocálicos Ditongos: encontro de uma vogal e uma semivogal na mesma sílaba. Exemplos: cai (vogal + semivogal = ditongo decrescente – a vogal vem antes da semivogal); armário (semivogal + vogal = ditongo crescente – a vogal vem depois da semivogal). Tritongos: encontro de semivogal + vogal + semivogal na mesma sílaba. Exemplo: Paraguai. Hiatos: sequência de duas vogais na mesma palavra, mas que são de sílabas diferentes, pois nunca haverá mais que uma vogal na sílaba. Exemplos: co-e-lho, sa-í-da, pa-ís. Encontro Consonantal Acontece quando há um grupo de consoantes sem vogal intermediária. Exemplos: pedra, planície, psicanálise, ritmo. Dígrafos Dígrafos são duas letras representadas por um só fonema. São dígrafos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc ; incluem-se também am, an, em, en, im, in, om, on, um, un (que representam vogais nasais), gu e qu antes de ”e” e ‘i” e também ha, he, hi, ho, hu e, em palavras estrangeiras, th, ph, nn, dd, ck, oo etc. Os dígrafos podem ser: - Consonantais: Encontro de duas letras que representam um fonema consonantal. Os principais são: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu e qu. Exemplos: chave, chefe, olho, ilha, unha, dinheiro, arranhar, arrumação. - Vocálicos: Encontro de uma vogal seguida das letras m ou n, que resulta num fonema vocálico. Eles são: am, an; em, en; im, in; om, on e um, un. Vale lembrar que nessa situação, as letras m e n não são consoantes; elas servem para nasalizar as vogais. Exemplos: amplo, anta, temperatura, semente, empecilho, tinta. Atenção: nos dígrafos, as duas letras representam um só fonema; nos encontros consonantais, cada letra representa um fonema. DL Tech Realce DL Tech Realce DL Tech Realce DL Tech Realce LÍNGUA PORTUGUESA 7 MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS E SEUS EMPREGOS NO TEXTO. LOCUÇÕES VERBAIS (PERÍFRASES VERBAIS) CLASSE DE PALAVRAS Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in- terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo. Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas. CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS ADJETIVO Expressar características, qualidades ou estado dos seresSofre variação em número, gênero e grauMenina inteligente... Roupa azul-marinho... Brincadeira de criança... Povo brasileiro... ADVÉRBIO Indica circunstância em que ocorre o fato verbalNão sofre variação A ajuda chegou tarde. A mulher trabalha muito. Ele dirigia mal. ARTIGO Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido)Varia em gênero e número A galinha botou um ovo. Uma menina deixou a mochila no ônibus. CONJUNÇÃO Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos)Não sofre variação Não gosto de refrigerante nem de pizza. Eu vou para a praia ou para a cachoeira? INTERJEIÇÃO Exprime reações emotivas e sentimentosNão sofre variação Ah! Que calor... Escapei por pouco, ufa! NUMERAL Atribui quantidade e indica posição em alguma sequênciaVaria em gênero e número Gostei muito do primeiro dia de aula. Três é a metade de seis. PRONOME Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivoVaria em gênero e número Posso ajudar, senhora? Ela me ajudou muito com o meu trabalho. Esta é a casa onde eu moro. Que dia é hoje? PREPOSIÇÃO Relaciona dois termos de uma mesma oraçãoNão sofre variação Espero por você essa noite. Lucas gosta de tocar violão. SUBSTANTIVO Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc.Flexionam em gênero, número e grau. A menina jogou sua boneca no rio. A matilha tinha muita coragem. VERBO Indica ação, estado ou fenômenos da natureza Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo, número, pessoa e voz. Verbos não significativos são chamados verbos de ligação Ana se exercita pela manhã. Todos parecem meio bobos. Chove muito em Manaus. A cidade é muito bonita quando vista do alto. Substantivo Tipos de substantivos Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo: • Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade... • Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte... • Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma espécie. Ex: matilha; enxame; cardume... • Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor- ro; praça... • Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede; imaginação... • Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite... • Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno... • Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro... • Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol... LÍNGUA PORTUGUESA 8 Flexão de gênero Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino. O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente o final da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / acentuação (Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora). O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao gêne- ro a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epiceno (refere-se aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo). É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, trazen- do alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de fruto. Flexão de número No português, é possível que o substantivo esteja no singular, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex: bola; escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último representado, geral- mente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra. Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do contexto, pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis). Variação de grau Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumentativo e diminutivo. Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino pequeno). Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho). Novo Acordo Ortográfico De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas e festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas. Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana, meses, estações do ano e em pontos cardeais. Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber, disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em palavras de categorização. Adjetivo Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos). Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua nacionali- dade (brasileiro; mineiro). É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. São formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo: • de criança = infantil • de mãe = maternal • de cabelo = capilar Variação de grau Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e superlativo. • Normal: A Bruna é inteligente. • Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas. • Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna. • Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria. • Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma. • Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma. • Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente. • Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima. Adjetivos de relação São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem sofrer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, isto é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufixação de um substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno). LÍNGUA PORTUGUESA 9 Advérbio Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela abaixo: CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes DE TEMPO ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei-ramente logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de noite DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muitomenos DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe Advérbios interrogativos São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de: • Lugar: onde, aonde, de onde • Tempo: quando • Modo: como • Causa: por que, por quê Grau do advérbio Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos. • Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto • Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que • Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que • Superlativo analítico: muito cedo • Superlativo sintético: cedíssimo Curiosidades Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso de alguns prefixos (supercedo). Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) e ordem (ultimamente; depois; primeiramente). Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um sentido próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designação (eis); de realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou melhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí). Pronomes Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado, ele pode ser classificado da seguinte maneira: • Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...). • Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, nossos...) • Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...) • Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questionamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...) • Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...) • Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...) • Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...) Colocação pronominal Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la, no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo). Veja, então, quais as principais situações para cada um deles: • Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demonstrati- vos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no gerúndio antecedidos por “em”. Nada me faria mais feliz. • Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio não acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal. Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho. LÍNGUA PORTUGUESA 10 • Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração. Orgulhar-me-ei de meus alunos. DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou orações, nem após ponto-e-vírgula. Verbos Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro pos- suem subdivisões. Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando). • Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do pre- sente, futuro do pretérito. • Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito imperfeito, futuro. Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre flexão em tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no particípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”. • Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito. • Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro. As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem, aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando, fa- zendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particípio) ou advérbio (gerúndio). Tipos de verbos Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em: Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar, vender, abrir...) • Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas terminações quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...) • Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser, ir...) • Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais (falir, banir, colorir, adequar...) • Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sempre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...) • Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar, acontecer...) • Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado) • Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se, pen- tear-se...) • Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, estar, ter, haver, ir...) • Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si próprios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...) • De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...) Vozes verbais As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes: • Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro) • Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto) • Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago) Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva- lente ao verbo “ser”. Conjugação de verbos Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem. • 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...) • 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...) • 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...) LÍNGUA PORTUGUESA 11 Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo: Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar LÍNGUA PORTUGUESA 12 Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor Preposições As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição em determinadas sentenças). Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, entre. Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc. LÍNGUA PORTUGUESA 13 Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, defronte a, a par de, pertode, por causa de, em que pese a etc. Ao conectar os termos das orações, as preposições estabele- cem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de: • Causa: Morreu de câncer. • Distância: Retorno a 3 quilômetros. • Finalidade: A filha retornou para o enterro. • Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura. • Modo: Os rebeldes eram colocados em fila. • Lugar: O vírus veio de Portugal. • Companhia: Ela saiu com a amiga. • Posse: O carro de Maria é novo. • Meio: Viajou de trem. Combinações e contrações Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras pa- lavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e havendo perda fonética (contração). • Combinação: ao, aos, aonde • Contração: de, dum, desta, neste, nisso Conjunção As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabe- lecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e interpretação de textos, além de ser um grande diferencial no mo- mento de redigir um texto. Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e conjunções subordinativas. Conjunções coordenativas As orações coordenadas não apresentam dependência sintáti- ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em cinco grupos: • Aditivas: e, nem, bem como. • Adversativas: mas, porém, contudo. • Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer. • Conclusivas: logo, portanto, assim. • Explicativas: que, porque, porquanto. Conjunções subordinativas As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação de dependência entre a oração principal e a oração subordinada. Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido) se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes: • Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas substantivas, definidas pelas palavras que e se. • Causais: porque, que, como. • Concessivas: embora, ainda que, se bem que. • Condicionais: e, caso, desde que. • Conformativas: conforme, segundo, consoante. • Comparativas: como, tal como, assim como. • Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que. • Finais: a fim de que, para que. • Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que. • Temporais: quando, enquanto, agora. FUNÇÕES DO “QUE” E DO “SE” FUNÇÕES DO QUE E DO SE Funções do “QUE” Substantivo: Com o sentido de algo, alguma coisa (como subs- tantivo deve ser acentuado) Ex.: Ele tem um quê de misterioso. Todos os gênios têm um quê de loucos. Pronome adjetivo: - Interrogativo: Que recado me deste ontem? - Exclamativo: Que silêncio maravilhoso! - Indefinido: (quanto + variações) Que injúrias lhe dirigiu ele! Pronome substantivo relativo: Refere-se a um termo anterior que ele representa. Ex.: A bicicleta que eu comprei era amarela. (Sintaticamente= objeto direto) O aluno que é seu irmão é muito inteligente. (Sintaticamente= sujeito) A casa em que moro é muito pobre. (Sintaticamente= adjunto adverbial de lugar) Pronome substantivo indefinido interrogativo: Com o sentido de “Que coisa? ” Ex.: Que me disseste ontem? (Sintaticamente= Objeto direto) Preposição: “Que” substituindo a preposição “de” na perífrase: “ter de...” Ex.: Eu tive que fazer minha obrigação. Advérbio: - De modo (“que”= como): Ex.: Que assustador era aquele monstro. - De intensidade (“que= quanto): Que enganados andam os ho- mens! Partícula optativa: Dá sentido optativo às orações considera- das independentes. Ex.: Que Deus o abençoe! Partícula enfática:(de realce, ou expletiva, não tendo, assim, função na oração) Ex.: Há anos que não o vejo. (Há anos não o vejo.) - Trata-se, nesta frase, de mero adorno. Aparece constantemente nas expressões: é que, foi que, era que, será que, seria que... Ex.: Eu é que dei o recado. - Será que vai chover? - Isso é que é... (Uma oração só) Interjeição: Como o substantivo, aqui também ele é acentua- do. Ex.: Quê! Vocês se revoltam? Partícula iterativa: Vem repetido por ênfase e realce. Ex.: “Ai que saudades que tenho...” - Que felicidade que vocês me trazem! QUE = Conjunção coordenativa Aditiva: (Com valor de “e”): Ex.: Bate que bate. - Mexe que mexe. LÍNGUA PORTUGUESA 14 Alternativa: (Quando repetida) Ex.: Que me atendam que não me atendam, citá-los-ei em Juí- zo. - Um que outro vai à Índia. Adversativa: (Com o sentido de mas, porém, contudo, todavia, entretanto...) Ex.: Você pode ir que eu não irei. Explicativa: (Com o sentido de “por que” “porquanto”) Ex.: Façam silêncio, que Judite está dormindo. QUE = Conjunção Subordinativa Integrante: Geralmente entre dois verbos, completando, inte- grando o sentido do primeiro. Ex.: Verificou que só se ocupava com elas! - Ela quis que ele ficasse em casa. Não desejamos que tu morras. - Tudo depende de que estudes bastante. Comparativa: (depois de: mais, menos, melhor, pior, como, maior, menor, etc.) Ex.: “Não há maior erro que não conhecer o homem o seu erro”. (Fr. Heitor Pinto) Causal: (Quando o verbo da frase principal não for imperativo. Veja a explicativa) Ex.: Vou depressa, que preciso chegar cedo. Concessiva: (embora, ainda que) Ex.: Gosto de goiabas, verdes que estejam. Temporal: (enquanto, quando) Ex.: Não andam muito que no erguido cume Se acharam onde um campo se esmaltava. (Camões) Final: (a fim de que, para que) Ex.: Dai-me igual canto aos feitos da famosa Gente vossa a que Marte tanto ajuda, Que se espalhe e se cante no Universo Se tão sublime preço cabe em verso. (Camões) Consecutiva: (Depois de tal, tanto, tão, etc.) Ex.: É de tal maneira idiota que todos se riem dele. Condicional: (SE) Ex.: Não fui eu que quebrei o copo, que fosse, que tem você com isso? Funções do “SE” Substantivo: quando nos referimos ao próprio termo. Ex.: O se pode ser empregado de várias formas. Pronome apassivador: quando forma a voz passiva pronominal ou sintética oriundas de frases com sujeito. Ex.: Formaram-se vários times. = Vários times foram formados. Índice de indeterminação do sujeito: não possui função sintáti- ca, acompanha verbos que não admitem voz passiva. Ex.: Aspira-se uma vida melhor no futuro. Pronome pessoal reflexivo com função de objeto direto e in- direto. Ex.: Ela machucou-se com o canivete do pai. Ela se vangloria demais. Conjunção subordinativa condicional: exprime sentido de con- dição. Ex.: Se quiser ganhar melhor, trabalhe um pouco mais. Conjunção subordinada causal: tem sentido de “visto que”, “já que”. Ex.: Como você disse que eu iria, se sabia que não era verdade? Pronome recíproco: tem sentido da expressão “um ao outro”: Ex.: As meninas deram-se as mãos com muito carinho. Pronome de realce: acompanham verbos de movimento ou que exprimem ações do corpo da própria pessoa. (Ir-se, chegar-se, rir-se, sorrir-se, etc.) Ex.: Passaram-se poucos minutos da sua partida. Foi-se o tempo em que não preocupávamos com nossos filhos. FORMAÇÃO DE PALAVRAS A formação de palavras se dá a partir de processos morfológi- cos, de modo que as palavras se dividem entre: • Palavras primitivas: são aquelas que não provêm de outra palavra. Ex: flor; pedra • Palavras derivadas: são originadas a partir de outras pala- vras. Ex: floricultura; pedrada • Palavra simples: são aquelas que possuem apenas um radi- cal (morfema que contém significado básico da palavra). Ex: cabelo; azeite • Palavra composta: são aquelas que possuem dois ou mais radicais. Ex: guarda-roupa; couve-flor Entenda como ocorrem os principais processos de formação de palavras: Derivação A formação se dá por derivação quando ocorre a partir de uma palavra simples ou de um único radical, juntando-se afixos. • Derivação prefixal: adiciona-se um afixo anteriormente à pa- lavra ou radical. Ex: antebraço (ante + braço) / infeliz (in + feliz) • Derivação sufixal: adiciona-se um afixo ao final da palavra ou radical.Ex: friorento (frio + ento) / guloso (gula + oso) • Derivação parassintética: adiciona-se um afixo antes e outro depois da palavra ou radical. Ex: esfriar (es + frio + ar) / desgoverna- do (des + governar + ado) • Derivação regressiva (formação deverbal): reduz-se a pala- vra primitiva. Ex: boteco (botequim) / ataque (verbo “atacar”) • Derivação imprópria (conversão): ocorre mudança na classe gramatical, logo, de sentido, da palavra primitiva. Ex: jantar (verbo para substantivo) / Oliveira (substantivo comum para substantivo próprio – sobrenomes). Composição A formação por composição ocorre quando uma nova palavra se origina da junção de duas ou mais palavras simples ou radicais. • Aglutinação: fusão de duas ou mais palavras simples, de modo que ocorre supressão de fonemas, de modo que os elemen- tos formadores perdem sua identidade ortográfica e fonológica. Ex: aguardente (água + ardente) / planalto (plano + alto) • Justaposição: fusão de duas ou mais palavras simples, man- tendo a ortografia e a acentuação presente nos elementos forma- dores. Em sua maioria, aparecem conectadas com hífen. Ex: beija- -flor / passatempo. LÍNGUA PORTUGUESA 15 Abreviação Quando a palavra é reduzida para apenas uma parte de sua totalidade, passando a existir como uma palavra autônoma. Ex: foto (fotografia) / PUC (Pontifícia Universidade Católica). Hibridismo Quando há junção de palavras simples ou radicais advindos de línguas distintas. Ex: sociologia (socio – latim + logia – grego) / binó- culo (bi – grego + oculus – latim). Combinação Quando ocorre junção de partes de outras palavras simples ou radicais. Ex: portunhol (português + espanhol) / aborrecente (abor- recer + adolescente). Intensificação Quando há a criação de uma nova palavra a partir do alarga- mento do sufixo de uma palavra existente. Normalmente é feita adicionando o sufixo -izar. Ex: inicializar (em vez de iniciar) / proto- colizar (em vez de protocolar). Neologismo Quando novas palavras surgem devido à necessidade do falan- te em contextos específicos, podendo ser temporárias ou perma- nentes. Existem três tipos principais de neologismos: • Neologismo semântico: atribui-se novo significado a uma pa- lavra já existente. Ex: amarelar (desistir) / mico (vergonha) • Neologismo sintático: ocorre a combinação de elementos já existentes no léxico da língua. Ex: dar um bolo (não comparecer ao compromisso) / dar a volta por cima (superar). • Neologismo lexical: criação de uma nova palavra, que tem um novo conceito. Ex: deletar (apagar) / escanear (digitalizar) Onomatopeia Quando uma palavra é formada a partir da reprodução aproxi- mada do seu som. Ex: atchim; zum-zum; tique-taque. ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Comunicação constitui uma das mais importantes ferramentas que as pessoas têm à sua disposição para desempenhar as suas fun- ções de influência. A comunicação é frequentemente definida como a troca de informações entre um transmissor e um receptor, e a in- ferência (percepção) do significado entre os indivíduos envolvidos. O processo de comunicação ocorre quando o emissor (ou co- dificador) emite uma mensagem (ou sinal) ao receptor (ou decodi- ficador), através de um canal (ou meio). O receptor interpretará a mensagem que pode ter chegado até ele com algum tipo de bar- reira (ruído, bloqueio, filtragem) e, a partir daí, dará o feedback ou resposta, completando o processo de comunicação. Elementos do Processo de Comunicação Para a comunicação1 atingir os objetivos devemos considerar alguns cuidados, com eles diminuímos o risco de estabelecer ruídos ou barreiras à comunicação. 1 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administ- racao/o-processo-de-comunicacao/36775 Para Transmissão - Seja o mais objetivo possível. - Tenha paciência. Fale pausadamente. Observe o ritmo do ou- tro e siga-o. - Estude primeiro o que vai falar. Cuide para ter um objetivo claro. - Procure adaptar sua linguagem a da pessoa. Não use palavras difíceis, gírias ou palavras típicas de regiões que possam prejudicar a comunicação. - Observe a linguagem verbal e a não-verbal. Os gestos, as ex- pressões faciais, a postura, são fundamentais para nós. Para Recepção - Esteja sempre presente na situação, não “voe”, não se distraia. - Não pense na resposta antes do outro terminar a mensagem. Escute, reflita e após, exponha o seu ponto de vista. - Anote pontos básicos se necessário. - Evite expressar não-verbalmente cansaço, desinteresse ou fal- ta de atenção. - Respeite as colocações do outro. Mesmo que discorde, mos- tre que aceita o pensamento dele. Não somos donos da verdade. Um dos maiores vícios2 é que percebendo que temos desenvol- tura para expressão, verbal, escrita ou outra, achamos que somos bons comunicadores. Entretanto existe uma diferença fundamental entre informação e comunicação. Informar é um ato unilateral, que apenas envolve a pessoa que tem uma informação a dar. Comuni- cação é tornar algo comum. Fazer-se entender, provocar no outro reações. Outro vício, não menos importante, é nossa incapacidade de ouvir. Precisamos saber falar, escrever, demonstrar sentimentos e emoções, mas igualmente importante no processo é estarmos pre- parados para ouvir. Observe que muitas vezes numa conversa é fácil identificar que as pessoas estão muito mais preocupadas com a ma- neira que irão responder. Numa análise mais fria não estão ouvindo. Se podemos facilitar porque complicar? O custo de uma comu- nicação deficiente, não se revela apenas nas relações organizacio- nais, causa profundo mal-estar e sérios conflitos pessoais. Uma das alternativas para tornar a comunicação com qualida- de é entendermos como o processo de comunicação se realiza. Não se trata de analisarmos cada diferente tipo de comunicação, mas de identificar certos pontos em comuns entre elas. A forma como se relacionam e se processam nos mais diferentes ambientes e si- tuações. Um modelo de processo de comunicação, entre tantos outros, elaborado por Berlo, em 1963, apresenta alguns elementos co- muns: – emissor: é a pessoa que tem algo, uma ideia, uma mensagem, para transmitir, ou que deseja comunicar; – codificador: o tipo, ou a forma que o emissor irá exteriorizar; – mensagem: é a expressão da ideia que o emissor deseja co- municar; – canal: é o meio pelo qual a mensagem seja conduzida; – decodificador: é o mecanismo responsável pela decifração da mensagem pelo receptor; e – receptor: o destinatário final da mensagem, ideia etc. FUNÇÕES DA LINGUAGEM Funções da linguagem são recursos da comunicação que, de acordo com o objetivo do emissor, dão ênfase à mensagem trans- mitida, em função do contexto em que o ato comunicativo ocorre. 2 https://www.portalcmc.com.br/o-processo-de-comunicacao/ LÍNGUA PORTUGUESA 16 São seis as funções da linguagem, que se encontram direta- mente relacionadas com os elementos da comunicação. Funções da Linguagem Elementos da Comunicação Função referencial ou denota- tiva contexto Função emotiva ou expressiva emissor Função apelativa ou conativa receptor Função poética mensagem Função fática canal Função metalingu´´istica código Função Referencial A função referencial tem como objetivo principal informar, re- ferenciar algo. Esse tipo de texto, que é voltado para o contexto da comunicação, é escrito na terceira pessoa do singular ou do plural, o que enfatiza sua impessoalidade. Para exemplificar a linguagem referencial, podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem. Exemplo de uma notícia: O resultado do terceiro levantamento feito pela Aliança Global para Atividade Física de Crianças — entidade internacional dedica- da ao estímulo da adoção de hábitos saudáveis pelos jovens — foi decepcionante. Realizado em 49 países de seis continentes com o objetivo de aferir o quanto crianças e adolescentes
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