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1 Carolina Gondim – 2020.1 ESTÔMAGO ASPECTOS ANATÔMICOS, HISTOLÓGICOS E FIOSIOLÓGICOS • O estômago é divido em cinco regiões anatômicas principais: o Cárdia o Fundo o Corpo o Antro o Piloro • A mucosa do estômago é constituída de epitélio colunar. Este sofre diversas invaginações que determinam a formação das fossetas gástricas. Na base das fossetas desembocam as glândulas gástricas • Na região do corpo e fundo gástrico, as células próximas as fossetas, e entre elas, possuem a função de secretar muco (células foveolares) e bicarbonato • As células parietais (também denominadas de células oxínticas), encontradas na estrutura glandular, secretam HCL (por meio da ação da bomba de prótons – H+/K+ ATPase) e fator intrínseco • E, por fim, células principais secretam pepsinogênio. Este é convertido em pepsina na presença de HCL CONTROLE DA SECREÇÃO ÁCIDA • Três substâncias endógenas estimulam a secreção de ácido pelo estômago, agindo em receptores das células parietais: o Acetilcolina: liberada pela estimulação vagal do estômago, influenciada pela visão do alimento, olfato e paladar 2 Carolina Gondim – 2020.1 o Histamina: produzida pelas células Enterocromarfim-Like (células ECL) localizadas próximas as células parietas, nas glândulas oxínticas (mas, o que é glândula oxíntica? Toda glândula presente no corpo ou no fundo do estômago). Atua de forma parácrina. A acetilcolina e a gastrina agem nessas células e estimulam a secreção de histamina o Gastrina: produzida pelas células G, presentes no antro gástrico. Os principais estímulos a produção desse hormônio são: aumento do pH gástrico, presença de peptídeos e aminoácidos e distensão gástrica. A gastrina estimula a secreção de acido tanto de forma indireta (estímulo as células ECL) quanto direta (por meio de seus receptores nas células parietais) ▪ A gastrina possui efeito trófico sobre células parietais e células ECL • A somatostatina é secretada pelas células D, encontradas principalmente no antro gástrico. É liberada em resposta ao HCL. o Apresenta a função de inibir a secreção ácida por meio de dois mecanismos: ação direta em seu receptor sobre a célula parietal e ação indireta, reduzindo a secreção de gastrina pela célula G e de histamina pela célula ECL. o A destruição das células D, como ocorre em alguns casos de infecção pelo H. pylori, leva a hipergastrinemia e hipercloridria • Outros inibidores da secreção ácida incluem: o fator de crescimento epidérmico e as prostaglandinas • Lembrando que: o A secreção gástrica estimulada pelo alimento ocorre em três fases: cefálica, gástrica e intestinal DEFESA DA MUCOSA • Muco: constantemente produzido pelas células foveolares e retirado por fatores mecânicos e pela pepsina. A espessura da cama de muco aumenta na mesma proporção que a distensão gástrica e de prostaglandinas. AINES e N.acetilcisteína reduzem sua produção • Bicarbonato: secretado pelas células foveolares e pode neutralizar o HCL. Entretanto, a maior parte do bicarbonato produzido fica retida entre a mucosa e a camada de muco, não alcançando a luz do estômago... Este fenômeno faz com que o pH próximo à mucosa fique em torno de 7, o que contrasta com o pH intraluminal durante a secreção ácida, que se encontra entre 1 e 2. Sendo assim, a produção de bicarbonato é um dos fatores essenciais na proteção à mucosa gástrica e duodenal • Renovação celular • Fluxo sanguíneo da mucosa • Prostaglandinas: mediadores fundamentais, estimulando todas as ações acima (muco, bicarbonato, fluxo sanguíneo e regeneração). Geradas a partir do ácido araquidônico • Oxido nítrico: apresenta efeito citoprotetor sobre a mucosa gástrica, semelhante ao das prostaglandinas DISPEPSIA • Origem etimológica grega que significa “dificuldade de digestão”; • Refere-se a um conjunto de sintomas abdominais superiores: o Dor epigástrica; o Naúseas/vômitos; o Eructação; o Sensação de plenitude pós-prandial; o Saciedade precoce; o Anorexia; o Distensão abdominal superior; o Azia; o Pirose; o Regurgitação; • Atenção: os sintomas em negrito são bem sugestivos de um problema de origem gastroduodenal CLASSIFICAÇÃO • Orgânica: quando realmente se tem alguma doença/algo que justifica os sinais e sintomas. Associa-se à úlcera péptica ou qualquer outra patologia gastroduenal, excetuando-se gastrite o Desordens gastroduodenais ou pancreatobiliares o Medicamentos 3 Carolina Gondim – 2020.1 o Doenças não gastrointestinais • HP-associada: se o paciente não tiver nenhuma alteração orgânica, mas tiver o h. pylori positivo, é chamado de dispepsia associada ao h. pylori. ISSO É IMPORTANTE POR QUÊ? Já foi visto que quando se trata o h. pylori nesses pacientes, a maioria melhora dos sintomas de dispepsia. • Funcional (Dispepsia não ulcerosa): tem sintomas, mas não tem o HP, nem disfunção orgânica. Pode vir associada a DRGE, à síndrome do cólon irritável e/ou à dor torácica não cardíaca o Consenso de Roma IV → são critérios para encaixar o paciente no quadro de dispepsia funcional. Para isso, o paciente tem que ter sintomas nos últimos 3 meses de forma continua sendo que os primeiros sintomas apareceram nos 6 meses antes e não achar nenhuma alteração que os justifique COMO INVESTIGAR • Anamnese: • Procurar sinais de alarme: o Perda de sangue o Anemia o Disfagia o Perda de peso o Anorexia o Icterícia o Vômitos persistentes • Exame físico (geralmente o paciente relata está apenas com dispepsia, porém, se vermos alguns dos sinais abaixo, é necessário investigar) o Ascite o Organomegalia o Massa abdominal... CONDUTA • 45-55 anos: hemograma, eletrólitos, incluindo cálcio, função tireoidiana, perfil hepático; • Considerar: PF, Ac para doença celíaca, amilase, B-HCG; • EDA se: o Idade > 45-55anos o Presença de sinais de alarme o Ausência de melhora após tratamento empírico o Uso de AINE ALGUNS SINTOMAS • Azia • Náusea o É a sensação desagradável, sentida na faringe e no abdome superior, associada à vontade de vomitar ou de vômito iminente; o Ocorre em “ondas”; o Precede o vômito ou pode ser isolada; 4 Carolina Gondim – 2020.1 o Há relaxamento gástrico, peristalse reversa do duodeno com refluxo para o estômago • Vômito o É a expulsão forçada do conteúdo gástrico através da boca, usualmente precedido por vômitos secos (sem conteúdo). o O VÔMITO É DIFERENTE DE REGURGITAÇÃO POR QUÊ? Porque ele é precedido por náuseas o Fase de pré-ejeção: salivação, palidez e taquicardia; o Fase de ejeção: contrações do diafragma, músculos abdominais e antro, segue-se relaxamento do esfíncter esofágico, peristalse reversa e abertura da boca e glote; o Fase pós ejeção: relaxamento após vômitar CÂNCER GÁSTRICO • Um dos tumores mais comuns. No Brasil, é a terceira causa de câncer no sexo masculino e a quinta entre as mulheres • Os pacientes costumas procurar assistência médica tarde demais, porque os sintomas na fase inicial são muitas vezes mínimos ou inexistentes • Mais frequente no sexo masculino (2:1), com um pico de incidência entre 50-70 anos para ambos os sexos. O câncer gástrico é raro antes dos 35 anos de idade • Tipo histológico mais comum (95% dos casos): adenocarcinoma gástrico. 3% dos casos são linfomas, lembrando que, fora o linfonodo, o estômago é o principal sítio do linfoma não Hodgkin • EPIDEMIOLOGIA: • 95% são adenocarcinomas; • 3% são linfomas; • Outros: leiomiossarcomas... • 65% dos pacientes mais de 50 anos; • Maior incidência no sexo masculino. FATORES DE RISCO: • Etilismo e tabagismo; • Gastrite crônica por HP; • Ingestão de alimentos com conservantes; (tipo de dieta) • Alimentação pobre em vit. C e A. • Doenças ou condições predisponentes: o Gastrite atrófica por infecção pelo H. PYLORI* o Anemia perniciosa • Atenção: a importância de fatores ambientais é inegável na incidênciadesse tipo de câncer • *INFECÇÃO POR H. PYLORI o “A infecção pelo H. pylori aumenta 5-6 vezes o risco de câncer gástrico. Esta bactéria pode causar uma pangastrite atrófica crônica com múltiplas áreas de atrofia da mucosa glandular, levando a hipocloridria. O consumo de alimentos ricos em nitrito ou nitrato e de alimentos contendo bactérias (pela má conservação) encontra na hipocloridria uma condição ideal para a proliferação dessas bactérias (supercrescimento bacteriano), capazes de converter nitritos e nitratos em nitrosaminas (compostos N- 5 Carolina Gondim – 2020.1 nitrosos), com efeito carcinogênico. O consumo reduzido de frutas e vegetais reduz a ingestão de vitamina C e outras substâncias antioxidantes que previnem a conversão dos compostos N-nitrosos, facilitando a aquisição de mutações genéticas.” ASPECTO MACROSCÓPICO o Câncer gástrico invasivo o A classificação macroscópica mais utilizada para o adenocarcinoma gástrico invasivo foi descrita por Borrmann na década de 20 o Câncer gástrico precoce o Tumores restritos à mucosa e submucosa, independente da presença ou ausência de linfonodos regionais acometidos o A chance de cura supera 85% o inclui três subtipos: tipo I (polipoide), tipo IIa (elevado em menos de 5 mm), tipo IIb (superficial sem elevação), tipo IIc (depressão inferior a 1,5 cm), tipo III (ulcerado). DIAGNÓSTICO DO CA GÁSTRICO 6 Carolina Gondim – 2020.1 • Em estágios iniciais, o carcinoma gástrico é geralmente assintomático • Não há sintomatologia específica, mas, sugerem o diagnóstico: o Sintomas dispépticos persistentes por meses (epigastralgia, náuseas, vômitos e sensação de plenitude); ▪ Os vômitos recorrentes sugerem obstrução antro-pilórica pelo câncer ▪ A disfagia ocorre especialmente quando há invasão da cárdia ou esôfago distal → Pseudoacalásia o Anorexia e perda ponderal; o Massa epigástrica palpável; o Hepatomegalia e ascite; o Hemorragia digestiva alta. • O adenocarcinoma gástrico envia metástases para o fígado, pulmão e principalmente para o peritônio. Os sintomas decorrentes das metástases são variados e dependem do local em questão • EXAME FÍSICO: o Massa abdominal palpável (como já foi dito) o Linfonodo supraclavicular esquerdo apalpável (linfonodo de Virchow) o Linfonodo periumbilical palpável (linfonodo da irmã Maria José) o Metástase peritoneal palpável pelo toque retal (prateleira de Blumer) o Massa ovariana palpável (tumor de Krubenberg) o Hepatomegalia, ascite, icterícia e caquexia • Síndromes paraneoplásicas que podem preceder a detecção de um tumor subjacente: o Tromoblebite migratória superficial o Ceratose seborreica difusa o Acantose nigricans ▪ Lesão cutânea elevada e hiperpigmentada, que atinge principalmente as superfícies flexoras do corpo o Síndrome nefrótica • Endoscopia digestiva alta COM BIÓPSIA (padrão ouro). • Tratamento – Gastrectomia parcial ou total com linfadenectomia (única chance de cura). ÚLCERA PÉPTICA • É a perda limitada de tecido no trato gastrointestinal até a submucosa, em áreas banhadas pela secreção cloridropéptica. • As úlceras pépticas também podem surgir em outros locais, além da região gastroduodenal. Exemplo: áreas mucosa gástrica heterotópica (divertículo de Meckel, presente no íleo), no reto e no epitélio de Barret (DRGE) • Pacientes com grandes hérnias de hiato podem desenvolver um tipo clássico de úlcera gástrica (na mucosa da porção herniada do estômago) – a úlcera de Cameron, que pode ser a causa de uma perda oculta de sangue (anemia ferropriva) 7 Carolina Gondim – 2020.1 EPIDEMIOLOGIA • A incidência de ulcera péptica vem caindo o A causa disso é a queda progressiva na prevalência de colonização gástrica pelo H. pylori • Mais encontrada no sexo masculino (mais de 2/3 em homens) • Causas: o Helicobacter pylori (HP), responsável por mais de 95% das úlceras duodenais e 80% das úlceras gástricas; o Anti-inflamatórios não hormonais (AINEs) o Nos últimos anos o tabagismo vem sendo consolidado como fator de risco (fumantes tem maior incidência de DUP) • As úlceras duodenais são muito mais frequentes do que as gástricas. Geralmente os pacientes são jovens, entre 20-50 anos de idade • As úlceras gástricas são encontradas com maior frequência em indivíduos mais velhos (6º década de vida) FISIOPATOLOGIA: • Infecção do antro pelo HP, aumento da secreção cloridropéptica, metaplasia gástrica do duodeno, infecção deste pelo HP e úlcera. • Geral: “A infecção por HP é a maior que tem, e isso não é um problema, uma vez que, na maioria das vezes, é assintomática. Mas, em algumas pessoas, podendo ter alguma predisposição genética, ele infecta o antro gástrico, causa hipersecreção acida e ataca as células D, inibindo a liberação e somatostatina, aumentando a ação do ácido clorídrico, o qual começa a lesar parte do duodeno quando o alimento prossegue no caminho da digestão. No duodeno, esse alimento que chega ácido estimula a mudança de epitélio (toda vez que sofremos agressão que não estamos acostumados, sofremos metaplasia), transformando as células do duodeno em células gástricas, e aí agora o HP consegue infectar o duodeno. Esse é um dos mecanismos do HP. O outro mecanismo é que ele invade e destrói as células produtoras de muco e aí o epitélio fica desprotegido, causando lesão devido à acidez do estomago.” (texto transcrito por Lua, da aula de PM IV B) ÚLCERA DUODENAL • O micro-organismo, ao infectar cronicamente a mucosa antral, inibe a produção de somatostatina pelas células D. A perda (pelo menos parcial) deste fator inibitório promove hipergastrinemia leve a moderada, tendo como resposta a hipercloridria. A maior secreção de HCl pelo estômago faz o duodeno receber maior carga ácida, induzindo a formação de metaplasia gástrica no bulbo duodenal, isto é, surge um epitélio tipo gástrico (oxíntico) no duodeno, que normalmente tem epitélio do tipo intestinal... Isso permite a infecção do bulbo duodenal 8 Carolina Gondim – 2020.1 pela bactéria, acestada nas ilhas de metaplasia gástrica, provocando duodenite, seguida de úlcera. Outro importante efeito da bactéria é inibir a produção de bicarbonato pela mucosa duodenal ÚLCERA GÁSTRICA • Existem quatro tipos clínicos de úlcera gástrica, sendo as lesões classificadas de acordo com sua localização e associação ou não com úlceras duodenais. Algumas lesões diferem também em sua patogênese • A úlcera da pequena curvatura (tipo I) é a mais comum e está associada à normo ou hipocloridria, com gastrite atrófica do corpo gástrico pelo H. pylori. Embora ainda incerta, sua patogênese parece estar relacionada a uma grande proliferação da bactéria na junção antrocorpo. A lesão da mucosa pelo micro-organismo a tornaria extremamente sensível aos efeitos do ácido e da pepsina, mesmo no estado de hipocloridria. DIAGNÓSTICO DE ÚLCERA PÉPTICA • Dor epigástrica: o Tipo queimação; o Duas à três horas após a refeição; o Dor noturna; o Alívio com alimentos ou antiácidos (alcalinos); o Crises de epigastralgia intercaladas por períodos sem dor. • Complicações (30% dos casos não tratados): o Hemorragia digestiva alta (HDA) em 20% dos casos; o Perfuração em 6%; o Obstrução piloro-duodenal em 4%. • Diagnóstico: o Endoscopia digestiva alta (EDA) o Pesquisa de HP. 9 Carolina Gondim – 2020.1 TRATAMENTO DA ÚLCERA PÉPTICA • Associação de um antissecretor mais 2 antibióticos para erradicar o HP. Tratamento durante 14 dias. Exemplo: 1) Omeprazol 20 mg (inibidor de bomba de prótons) mais Claritomicina 500 mg e Amoxacilina 1 g duas vezes ao dia por 14 dias a. Observação. Prolonga-se por 4 a 8 semanas o uso do antissecretor nos casos de HDA e após cirurgia para úlcera perfurada. 2) Um a três meses após o tratamento: repetir EDA e pesquisa de HP.O H. PYLORI (RETOMANDO) • Bactéria Gram-neativa, com formato epiralar, móvel • Colônia apenas mucosa gástrica • Grande afinidade pelas células produtoras de muco no antro gástrico, levando a quase totalidade dos casos à gastrite crônica ativa • A uréase é a principal enzima presente na bactéria, necessária para produzir um meio alcalino em volta do bacilo, de modo a neutralizar a acidez do lúmen gástrico • A infecção acomete igualmente homens e mulheres • A transmissão ocorre de pessoa a pessoa: o Via oral-oral o Via gastro-oral o Fecal-oral • A infecção por H. pylori está relacionada às seguintes patologias gástricas: o Gastrite superficial aguda (no momento em que o indivíduo é infectado), gastrite crônica ativa de antro, gastrite ou pangastrite atrófica ou não atrófica, adenocarcinoma gástrico, linfoma gástrico MALT e úlceras pépticas gástricas e duodenais • Sendo a infecção pelo H.pylori tão comum, por que apenas uma pequena porcentagem (15%) dos infectados desenvolve úlcera? o As cepas de H. pylori possuem fatores de virulência distintos • Lembrar que: • Resumão da fisiopatologia (novamente) 10 Carolina Gondim – 2020.1 • Epidemiologia do H. pylori e das úlceras (lá em cima era apenas das úlceras) o 90% das causas de úlceras duodenais o 60-70% das causas de úlceras gástricas o Apenas 10 a 20% dos indivíduos portadores de infecção por H.pylori desenvolvem úlcera péptica HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA • São hemorragias decorrentes de lesões proximais ao ângulo de Treitz • Quadro clínico: melena e hematêmese • Etiologias comuns: o Úlcera péptica; o Síndrome de Mallory Weiss; o Tumor de estômago; o Varizes de esôfago e de estômago. HDA POR RUPTURA DE VARIZES ESOFÁGICAS • Etiologia: hipertensão portal secundária à hepatopatia crônica (70% dos casos); o “Quando temos um quadro de hipertensão portal, o sangue começa a retornar, dilatando as veias que estão antes da veia porta, ou seja, as veias esofágicas e gástricas, causando as varizes. Essas varizes podem sangrar em algum momento, devido a seu rompimento, causando um quadro de hemorragia digestiva alta.” • Terapia: primeira conduta → estabilizar o paciente (reposição e terapia farmacológica) e depois tratar a causa! o Reposição volêmica criteriosa (meta Hb 8 g/dl e PAS 90 mmHg); o Terapia farmacológica – vasoconstricção esplâncnica: Terlipressina e Octreotídeo; o Endoscopia digestiva alta para hemostasia (ligadura elástica ou esclerose das varizes); • Terapia de resgate (e se o paciente continuar sangrando?) o Balão de Sengstaken Blakemore → é um balão que infla no esôfago e comprime o que está sangrando. Só é possivel ficar 24 horas com esse balão, porque pode causar ruptura de esôfago o Derivações porto-sistêmicas (hemodinâmica ou cirúrgica). o Profilaxia contra infecções nos cirróticos com HDA por varizes o Ciprofloxacina ou Ceftriaxone por 7 dias • Classificação de perdas sanguíneas: 11 Carolina Gondim – 2020.1
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