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Aula 2 - Conceitos Operacionais

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SISTEMA DE ENSINO
REGIMENTO 
INTERNO DO 
SENADO
Conceitos Operacionais
Livro Eletrônico
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Gabriel Dezen
Conceitos Operacionais
REGIMENTO INTERNO DO SENADO
Conceitos Operacionais ..................................................................................................3
1. Legislatura ..................................................................................................................3
1.1. Unidade da Legislatura e Contagem de Prazo das Comissões do Senado ..................4
1.2. Unidade da Legislatura e Funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito 
do Senado ......................................................................................................................5
1.3. Unidade da Legislatura e Processo Legislativo .........................................................6
2. Sessão Legislativa Ordinária .......................................................................................9
2.1. Conceito de SLO e Contagem de Prazo das Comissões ........................................... 10
2.2. Conceito de SLO e Encerramento de Comissão Temporária Criada por Tarefa ....... 12
2.3. Conceito de SLO e Princípio da Irrepetibilidade ...................................................... 13
3. Sessão Legislativa Extraordinária ............................................................................ 15
4. Sessões .....................................................................................................................17
4.1. Sessões Deliberativas ............................................................................................ 18
4.2. Sessão não Deliberativa ........................................................................................26
4.3. Sessões Especiais .................................................................................................27
4.4. Sessão de Debates Temáticos ...............................................................................27
5. Reuniões .................................................................................................................. 28
Exercícios .................................................................................................................... 30
Gabarito .......................................................................................................................32
Gabarito Comentado .....................................................................................................33
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Gabriel Dezen
Conceitos Operacionais
REGIMENTO INTERNO DO SENADO
CONCEITOS OPERACIONAIS
Vou examinar com você, nesta aula, conceitos indispensáveis para a compreensão com-
pleta do RISF.
Como você deve lembrar, na apresentação deste curso eu afirmei que, na minha concep-
ção, a única forma adequada e efetiva de se estudar o Regimento Interno é tratando da maté-
ria de forma integral no mesmo ponto, esteja ela no artigo em que estiver.
Você verá a eficiência desse tipo de aprendizado, novamente, nesta aula.
1. LegisLatura
A partir do art. 44, parágrafo único, da Constituição Federal, uma legislatura, tanto para 
a Câmara dos Deputados quanto para o Senado Federal, tem duração de quatro anos. As-
sim, para os Deputados Federais, a legislatura coincide com o mandato. Para os Senadores, 
o mandato, como regra, compreende duas legislaturas.
DICA
Na sua prova você poderá encontrar a expressão “Senadores 
e Senadoras da 35ª Legislatura” ou “Senadores e Senadoras 
da 54ª Legislatura”.
Essa expressão designa a composição do Senado naquele 
período de quatro anos, e não o conceito regimental e consti-
tucional de Legislatura.
DICA
Veja que é possível que um Senador seja eleito para mandato 
menor do que oito anos, como demonstrei no Módulo 1 deste 
curso, e que ocorre no caso de primeira eleição para o Senado 
em um Estado ou no DF, ou no caso de eleição extraordinária, 
para mandato-tampão.
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Conceitos Operacionais
REGIMENTO INTERNO DO SENADO
Esse conceito é muito importante porque dele decorre o princípio da unidade da legisla-
tura, concepção teórica já aceita pelo Supremo Tribunal Federal, com o seguinte conteúdo:
Princípio da Unidade da Legislatura
Como regra, cada legislatura configura uma unidade autônoma e incomunicável de tra-
balho legislativo, não representando o prosseguimento da anterior e não prosseguindo na 
posterior.
A incidência desse princípio produz importantes efeitos em matéria regimental:
Legislatura
o término da legislatura produz a interrupção do prazo das Comissões (art. 118, § 3º).
o término da legislatura determina o encerramento de todas as CPI do Senado Federal (art. 76, 
§ 4º).
o término da legislatura determina, como regra, o arquivamento das proposições pendentes de 
decisão no Senado (art. 332)
Vejamos um a um:
1.1. unidade da LegisLatura e Contagem de Prazo das Comissões do 
senado
Determina o art. 118, § 3º, do RISF:
Art. 118. [...]
§ 3º O prazo da comissão ficará suspenso pelo encerramento da sessão legislativa, continuando a 
correr na sessão imediata, salvo quanto aos projetos a que se refere o art. 375, e renovar-se-á pelo 
início de nova legislatura ou por designação de novo relator.
Regra Exceção
O encerramento da sessão legislativa sus-
pende a contagem do prazo das comissões
Não ocorre essa suspensão de contagem de prazo quanto à tra-
mitação de projetos sob urgência constitucional (art. 375)
Para prova:
• término da legislatura (em 31 de janeiro do quinto ano): produz a interrupção da con-
tagem do prazo das comissões, e, no início da legislatura seguinte, tais prazos serão 
renovados integralmente.
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Conceitos Operacionais
REGIMENTO INTERNO DO SENADO
• término de Sessão Legislativa Ordinária (em 22 de dezembro): produz a suspensão da 
contagem do prazo das comissões. No início da SLO seguinte (2 de fevereiro) a conta-
gem desses prazos é retomada pelo saldo.
Como exemplo: a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – CCJ, tem, como regra, 20 
dias úteis para proferir parecer sobre proposição que esteja examinando. Se, ao final da legis-
latura, houver consumido 18 dias desse prazo, no início da legislatura seguinte ser-lhe-á res-
tituído integralmente o prazo de 20 dias para prosseguir o trabalho de elaboração de parecer.
A legislatura se inicia em 1º de fevereiro do ano posterior ao da eleição e se encerra em 31 de 
janeiro do quinto ano seguinte.
DICA
Em prova, tome cuidado para não confundir as datas de início 
e fim de Legislatura e de Sessão Legislativa Ordinária.
Como está acima, a Legislatura:
inicia-se em 1º de fevereiro do ano posterior ao da eleição;
encerra-se em 31 de janeiro do quinto ano, após as novas 
eleições.
Já a SLO:
inicia-se em 2 de fevereiro do ano posterior ao da eleição;
encerra-se em 22 de dezembro de cada ano.
1.2. unidade da LegisLaturae FunCionamento de Comissão ParLamentar 
de inquérito do senado
Tem-se, no art. 76, § 4º, do RISF, o seguinte:
Art. 76. [...]
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
§ 4º Em qualquer hipótese o prazo da comissão parlamentar de inquérito não poderá ultrapassar o 
período da legislatura em que for criada.
Regra Exceção
O término da legislatura determina o encerramento de todas as 
CPI em funcionamento no Senado Federal
Não há.
Essa previsão regimental alinha-se com a jurisprudência do STF, segundo o qual nenhuma 
CPI, a pretexto algum, ultrapassa a legislatura em que foi criada.
O término da legislatura, assim, encerra todas as CPI em funcionamento no Senado, este-
jam no ponto em que estiverem em seus trabalhos.
Se a legislatura seguinte mantiver o interesse na investigação poderá criar nova CPI para 
prosseguir a investigação, podendo aproveitar os trabalhos da que foi extinta, exceto as que-
bras de sigilo.
1.3. unidade da LegisLatura e ProCesso LegisLativo
O art. 332 do RISF determina que:
Art. 332. Ao final da legislatura serão arquivadas todas as proposições em tramitação no Senado, 
exceto:
I – as originárias da Câmara ou por ela revisadas;
II – as de autoria de Senadores que permaneçam no exercício de mandato ou que tenham sido 
reeleitos;
III – as apresentadas por Senadores no último ano de mandato;
IV – as com parecer favorável das comissões;
V – as que tratem de matéria de competência exclusiva do Congresso Nacional (Const., art. 49);
VI – as que tratem de matéria de competência privativa do Senado Federal (Const., art. 52);
VII – pedido de sustação de processo contra Senador em andamento no Supremo Tribunal Federal 
(Const., art. 53, §§ 3º e 4º, EC n. 35/2001).
§ 1º Em qualquer das hipóteses dos incisos do caput, será automaticamente arquivada a propo-
sição que se encontre em tramitação há duas legislaturas, salvo se requerida a continuidade de 
sua tramitação por 1/3 (um terço) dos Senadores, até 60 (sessenta) dias após o início da primeira 
sessão legislativa da legislatura seguinte ao arquivamento, e  aprovado o seu desarquivamento 
pelo Plenário do Senado.
§ 2º Na hipótese do § 1º, se a proposição desarquivada não tiver a sua tramitação concluída, nessa 
legislatura, será, ao final dela, arquivada definitivamente.
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Regra Exceção
O encerramento da legislatura determina o arquiva-
mento das proposições em tramitação no Senado que 
não tenham tido decisão
- as referidas nos inciso I a VII do art. 332, que pros-
seguem tramitação pela segunda legislatura consecu-
tiva.
Vou trabalhar esse conteúdo com você com mais cuidado, e sobre um exemplo, primeiro, 
e com um fluxograma, após:
• imagine que, ao longo de uma legislatura (que chamaremos de Legislatura 1), foram 
apresentadas 100 proposições ao Senado.
• dessas 100 proposições, 20 votaram votadas, sendo algumas rejeitadas e outras apro-
vadas..
• as 80 proposições restantes chegaram ao final dessa Legislatura 1 sem decisão.
• dessas 80 proposições não decididas, 30 se encaixam nas exceções referidas nos in-
cisos I a VII do art. 332, e, portanto, prosseguirão tramitando na legislatura seguinte 
(Legislatura 2). Todas as demais 50 serão arquivadas.
• dessas 30 que estão tramitando na segunda legislatura consecutiva (Legislatura 2), 
10 foram votadas (algumas rejeitadas e outras aprovadas). As 20 que terminaram a 
segunda legislatura consecutiva sem decisão serão automaticamente arquivadas. Em 
relação a estas, 5 delas tiveram o seu desarquivamento pedido por um terço dos Sena-
dores nos primeiros sessenta dias da legislatura seguinte. Estas 5 prosseguirão trami-
tando na Legislatura 3. As demais 15 terão arquivamento definitivo.
• das 5 desarquivadas, 1 foi votada e aprovada. As demais 4 chegaram ao término da 
Legislatura 3 sem decisão. Estas serão definitivamente arquivadas.
Em fluxograma:
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Fluxograma 1
Fluxograma 2
Nota 1: todas as proposições não votadas na Legislatura 2 serão arquivadas.
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1) as proposições que se encaixem nas exceções referidas nos incisos I a VII do art. 332 
seguem tramitando na legislatura seguinte automaticamente, sem necessidade de re-
querimento.
2) as proposições que não forem decididas nessa segunda legislatura consecutiva serão, 
todas, arquivadas, sendo possível o desarquivamento a requerimento.
3) as proposições não decididas na terceira legislatura consecutiva serão definitivamen-
te arquivadas, não sendo possível o desarquivamento.
Para o desarquivamento não basta o requerimento de um terço do Senado. É necessário tam-
bém que esse seja aprovado pela maioria simples do Plenário, em votação simbólica.
2. sessão LegisLativa ordinária
A Sessão Legislativa Ordinária é anual, iniciando em 2 de fevereiro e encerrando-se em 
22 de dezembro de cada ano, ficando suspensa, como regra, entre 17 de julho e 1º de agosto.
1) Por determinação constitucional, a SLO não se interrompe em julho se não houver sido 
aprovada a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO.
2) Não há nenhuma causa constitucional que impeça o término da SLO em 22 de dezem-
bro, o que ocorrerá mesmo não tendo sido aprovada a Lei Orçamentária Anual – LOA
No RISF, lê-se o seguinte:
Art. 2º O Senado Federal reunir-se-á:
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I – anualmente, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, durante as ses-
sões legislativas ordinárias, observado o disposto no art. 57 da Constituição;
Cada um dos dois períodos que compõe uma SLO é denominado Período Legislativo Or-
dinário – PLO. Assim:
• 1º Período Legislativo Ordinário: de 2 de fevereiro a 17 de julho.
• 2º Período Legislativo Ordinário: de 1º de agosto a 22 de dezembro.
Uma Legislatura, assim, é formada:
• por quatro SLO (primeira, segunda, terceira e quarta SLO);
• por oito PLO (dois em cada SLO).
Antes de prosseguirmos, é necessário frisar, mais uma vez, as diferenças entre início etérmino da Legislatura e de SLO:
Início Término
Legislatura 1º de fevereiro 31 de janeiro do quinto ano seguinte
Sessão Legislativa Ordinária 2 de fevereiro 22 de dezembro de cada ano
O conceito de SLO produz efeitos em matéria regimental, quais sejam:
• a suspensão da contagem de prazo das comissões;
• o encerramento de funcionamento de comissão temporária criada por tarefa;
• a aplicação do princípio da irrepetibilidade relativamente a proposta de emenda à Cons-
tituição e a projeto de lei.
Vejamos um a um.
2.1. ConCeito de sLo e Contagem de Prazo das Comissões
Tem-se no art. 118 do RISF:
Art. 118. [...]
§ 3º O prazo da comissão ficará suspenso pelo encerramento da sessão legislativa, continuando a 
correr na sessão imediata, salvo quanto aos projetos a que se refere o art. 375, e renovar-se-á pelo 
início de nova legislatura ou por designação de novo relator.
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DICA
Tenha cuidado com um detalhe: o final da 4ª SLO (em 22 de 
dezembro) é sucedido, pouco tempo depois, pelo final da le-
gislatura (em 31 de janeiro do ano seguinte), pelo que haverá 
suspensão do prazo da comissão entre 22 de dezembro e 31 
de janeiro seguinte, e  interrupção desse prazo em 31 de ja-
neiro.
Apesar de ter pouca utilidade prática – pois a suspensão se 
converterá em interrupção, com consequente devolução inte-
gral do prazo às Comissões no início da Legislatura seguinte, 
esse aspecto tem interesse técnico-regimental.
Ao contrário da interrupção produzida pelo fim da legislatura, o término da SLO produz 
apenas esse efeito suspensivo, ou seja, no início da legislatura seguinte os prazos serão de-
volvidos às Comissões pelo saldo.
DICA
Tenha cuidado, em prova, com essas situações de fim de le-
gislatura e fim da SLO sobre a contagem do prazo de comis-
sões.
o fim da Legislatura interrompe os prazos. Na legislatura se-
guinte, esses prazos serão restituídos integralmente às Co-
missões.
Assim, se uma comissão tinha 15 dias para parecer e, quando 
do final da legislatura, já consumiu 10 dias, no início da legis-
latura seguinte receberá de volta os 15 dias.
o fim da SLO suspende a contagem dos prazos. Na SLO se-
guinte, esses prazos voltarão a ser contados pelo saldo.
Assim, se uma comissão tinha 15 dias para parecer e, ao final 
da SLO, tinha consumido 10 dias, ao  início da SLO seguinte 
terá apenas mais cinco dias de prazo para concluir o seu tra-
balho.
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Em resumo:
Término da legislatura
Produz interrupção do prazo das comis-
sões
No início da legislatura seguinte o prazo é 
devolvido integralmente à Comissão.
Término da SLO
Produz suspensão do prazo das comis-
sões
No início da SLO seguinte o prazo é devol-
vido pelo saldo.
2.2. ConCeito de sLo e enCerramento de Comissão temPorária Criada 
Por tareFa
Como você verá adiante, o Senado Federal tem comissões permanentes e temporárias. 
As temporárias podem ser criadas para funcionar por prazo certo ou ter existência vinculada 
a determinada tarefa.
Esses tipos de comissões serão estudados à frente, neste curso. O que nos interessa ago-
ra é o encerramento de suas atividades.
Uma Comissão temporária criada por prazo encerra suas atividades:
a) por ter cumprido seu objetivo;
b) por ter encerrado seu prazo.
Já uma comissão criada por tarefa extingue-se:
a) por ter cumprido essa tarefa;
a) ao término da Sessão Legislativa Ordinária em que foi criada.
Para Prova:
• extinção de comissão criada por prazo que não tenha concluído seus trabalhos: ao fim 
do prazo.
• extinção de comissão criada por tarefa que não tenha concluído seus trabalhos: ao fim 
da Sessão Legislativa Ordinária.
É o que consta no art. 76 do RISF:
Art. 76. As comissões temporárias se extinguem:
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I – pela conclusão da sua tarefa; ou
II – ao término do respectivo prazo; e
III – ao término da sessão legislativa ordinária
Em fluxograma:
2.3. ConCeito de sLo e PrinCíPio da irrePetibiLidade
O princípio da irrepetibilidade, de raiz constitucional, será cuidadosamente estudado 
quando este curso atingir a parte relativa ao processo legislativo regimental.
Em rápida síntese, contudo, e para que esta parte da matéria fique clara para você, pode-
-se dizer que esse princípio produz a impossibilidade de nova deliberação legislativa sobre 
determinada proposição e determinada matéria, em razão da não aprovação (no caso de pro-
jeto de lei) e da prejudicialidade (no caso de proposta de emenda à Constituição) ou de perda 
de eficácia por decurso de prazo (no caso de medida provisória) de outra proposição sobre a 
mesma matéria.
Em outros termos: como regra, se uma proposição é votada e rejeitada, essa proposição 
será arquivada e a matéria que nela constava só poderá voltar à deliberação, em nova propo-
sição, na SLO seguinte.
Por ora, interessa-nos apenas associá-lo ao conceito de SLO, que dele é parâmetro.
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
2.3.1. Irrepetibilidade e Projeto de Lei
Determina o art. 240 do RISF:
Art. 240. As matérias constantes de projeto de lei rejeitado somente poderão ser objeto de novo 
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros do 
Senado (Const., art. 67).
Regra Exceção
Matéria de projeto de lei rejeitado não pode, em novo 
projeto de lei, vir a ser deliberada na mesma sessão 
legislativa em que ocorreu a rejeição
- é possível a reapreciação desse novo projeto de lei 
sobre a mesma matéria, na mesma SLO, se houver 
requerimento nesse sentido, formulado pela maioria 
absoluta da Casa na qual ocorreu a rejeição.
Dessa forma, se o projeto de lei é votado e rejeitado, será arquivado, e a matéria que dele 
constava não poderá, como regra, ser novamente deliberada, em novo projeto, na mesma SLO.
Ou:
O princípio da irrepetibilidade para projeto de lei:
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• não ocorre se houver aprovação;
• não ocorre se houver rejeição de substitutivo;• tem caráter relativo, já que a matéria que constava do PL rejeitado poderá voltar à deli-
beração se isso for requerido.
2.3.2. Irrepetibilidade e Proposta de Emenda à Constituição
Determina o art. 373 do RISF:
Art. 373. A matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada ou havida por pre-
judicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (Const., art. 60, § 5º).
Regra Exceção
Matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada ou tida por pre-
judicada não poderá voltar à deliberação, em nova PEC, na mesma SLO.
Não há.
Dessa forma, ao ser votada uma proposta de emenda à Constituição – PEC, quer ela seja 
aprovada, quer rejeitada, a matéria que nela constava não poderá, em nova PEC, ser novamen-
te deliberada na mesma SLO. No primeiro caso, decorre da prejudicialidade; no segundo, da 
rejeição.
O princípio da irrepetibilidade para proposta de emenda à Constituição:
• ocorre tanto se houver rejeição quanto aprovação da PEC, neste último caso por preju-
dicialidade;
• é absoluto, por não comportar exceções: votada a PEC, a matéria que nela constava não 
poderá, em nenhuma hipótese, voltar à deliberação em nova PEC na mesma SLO.
3. sessão LegisLativa extraordinária
A Sessão Legislativa Extraordinária realiza-se nos períodos de recesso do Congresso Na-
cional, entre 22 de dezembro de um ano e 2 de fevereiro do seguinte, ou, como regra, entre 17 
de julho e 1º de agosto.
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
Sua convocação ocorre na forma e nas hipóteses previstas no art. 57 da Constituição 
Federal.
Sobre isso, tem-se no art. 2º do RISF:
Art. 2º O Senado Federal reunir-se-á:
I – quando convocado extraordinariamente o Congresso Nacional (Const., art. 57, §§ 6º a 8º).
Deve ser registrado quanto a isso que não há possibilidade de realização de SLE apenas 
do Senado Federal. Havendo a convocação nos termos constitucionais, estarão em sessão 
legislativa extraordinária, e necessariamente:
• o Senado Federal;
• a Câmara dos Deputados;
• o Congresso Nacional.
DICA
Em prova, tome cuidado para não confundir Sessão Legislati-
va Extraordinária com sessão extraordinária.
Sessão Legislativa Extraordinária é um período de atividade 
legislativa, e nunca poderá ser apenas do Senado Federal.
Sessão extraordinária é evento diário do Plenário do Senado, 
e, nos termos do RISF, pode ocorrer apenas no Senado, como 
autoriza o art. 187.
Sobre a disciplina constitucional da matéria, tem-se, no art. 57 da CF:
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
decretação de intervenção federal;
decretação de estado de defesa;
pedido de autorização para decretação de estado de sítio;
compromisso de posse do Presidente da República;
compromisso de posse do Vice-Presidente da República.
Convocação pelo “Presidente do Senado”, na condi-
ção de Presidente da Mesa do Congresso Nacional.
deliberação sobre matéria urgente ou de interesse público 
relevante.
Convocação:
pelo Presidente da República, sujeita à aprovação 
pelas maiorias absolutas da Câmara e do Senado;
pelo Presidente da Câmara e pelo Presidente do 
Senado, sujeita à aprovação pelas maiorias absolu-
tas da Câmara e do Senado;
a requerimento das maiorias absolutas da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal.
4. sessões
Inicialmente, informa-se que todos os tipos de sessões referidos aqui serão estudados 
com profundidade mais adiante, neste curso. A referência neste ponto presta-se apenas a 
familiarizar o aluno com os primeiros conceitos que serão trabalhados neste curso, de forma 
a aprimorar a compreensão e facilitar o entendimento completo.
As sessões são eventos diários do Plenário do Senado, na qual se reúne toda a composi-
ção da Casa.
Consta no art. 154 do RISF:
Art. 154. As sessões do Senado podem ser:
I – deliberativas:
a) ordinárias;
b) extraordinárias;
II – não deliberativas;
III – especiais; e
IV – de debates temáticos
Em termos esquemáticos:
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
DICA
Lembre-se de que, além desses tipos, também há as sessões 
preparatórias, há estudadas neste curso.
4.1. sessões deLiberativas
Nos termos do RISF, são as sessões do Senado com Ordem do Dia. Conforme o art. 154:
Art. 154. [...]
§ 1º Considera-se sessão deliberativa ordinária, para os efeitos do art. 55, III, da Constituição Fede-
ral, aquela realizada de segunda a quinta-feira às quatorze horas e às sextas-feiras às nove horas, 
quando houver Ordem do Dia previamente designada.
Para prova:
• característica conceitual regimental de sessão deliberativa: ter Ordem do Dia designa-
da, independentemente de vir a ocorrer, ou não, votação.
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
Essa é a definição regimental de sessões deliberativas ordinárias. As realizadas em dias e 
horários diferentes dos indicados serão extraordinárias.
Para prova:
• tipificação de uma sessão como deliberativa ordinária: ter Ordem do Dia designada e 
ter sido iniciada nos horários regimentais dos dias indicados pelo Regimento Interno.
Para prova
• momento em que realizada sessão deliberativa ordinária: tanto pode ocorrer no período 
de uma Sessão Legislativa Ordinária quanto no de uma Sessão Legislativa Extraordi-
nária. O que a define é ter Ordem do Dia e ser realizada nos dias e horários regimentais 
(segunda a quinta, a partir das 14h, e sexta, a partir das 8h, em qualquer mês do ano).
Do RISF, sobre isso:
Art. 154. [...]
§ 2º As sessões deliberativas extraordinárias, com Ordem do Dia própria, realizar-se-ão em horário 
diverso do fixado para sessão ordinária, ressalvado o disposto no § 3º.
§ 3º O Presidente poderá convocar, para qualquer tempo, sessão extraordinária quando, a seu juízo 
e ouvidas as lideranças partidárias, as  circunstâncias o recomendarem ou haja necessidade de 
deliberação urgente.
Para prova:
• possibilidade de realização de sessão deliberativa extraordinária em dia e horário regi-
mentalmente reservado a sessão ordinária: é prevista pelo RISF.
Em conclusão, as sessões extraordinárias:
• como regra, serão realizadas em dias e/ou horários diferentes dos reservados às ses-
sões ordinárias (art. 154, § 2º).
• por exceção, poderão ser realizadas nos mesmos dias e horários das sessões ordiná-
rias (art. 154, § 3º).
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
Em quadro-resumo:
Sessões deliberativas
Ordinárias
São as que tenham Ordem do Dia e que se iniciam:
às segundas, terças, quartas e quintas-feiras, a partir das 14h.
às sextas-feiras, a partir das 9h.
Sessões deliberativas
Extraordinárias
São as que tenham Ordem do Dia designada e que sejam realizadas em dias e/ou 
horários diferentes dos reservados para as sessões ordinárias,
ou
A critério do Presidente do SF e ouvidos os Líderes, nos mesmos dias e horários das 
sessões ordinárias.
Note que é possível a ocorrência de sessão ordinária em SLO ou em SLE, e de sessão ex-
traordinária, também, em SLO ou SLE:
Sessão ordinária
Em SLO:
é a realizada a partir das 14h (de segunda a quinta) ou a partir das 9h (às sextas), 
durante a SLO (de 2 de fevereiro a 22 de dezembro, com a interrupção entre 17 de julho 
e 1º de agosto).
Em SLE:
é a realizada a partir das 14h (de segunda a quinta) ou a partir das 9h (às sextas), no 
período de recesso (entre 22 de dezembro e 2 de fevereiro do ano seguinte, se houver 
convocação extraordinária do Congresso).
Sessão extraordinária
Em SLO:
é a realizada em dias e horários diferentes (como regra) dos reservados para as ses-
sões ordinárias, durante a SLO (de 2 de fevereiro a 22 de dezembro, com a interrupção 
entre 17 de julho e 1º de agosto).
Em SLE:
é a realizada em dias e horários diferentes (como regra) dos reservados às ses-
sões ordinárias no período de recesso (entre 22 de dezembro e 2 de fevereiro do ano 
seguinte, se houver convocação extraordinária do Congresso).
DICA
Tenha cuidado em eventual questão sobre esse tema, pois a 
redação pode esconder informações importantes, ou induzir 
a erro.
Por exemplo: O Senado Federal está em sessão com Ordem 
do Dia, votando proposições às 21h de uma quinta-feira. Com 
base na narrativa deve-se afirmar que a sessão é deliberativa 
extraordinária?
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
Errado: o enunciado apenas diz que o Senado está em sessão 
com Ordem do Dia (portanto é uma sessão deliberativa) numa 
quarta-feira às 21h, mas não informa a que horas a sessão 
foi iniciada. Se começou às 14h, é uma sessão ordinária de-
liberativa; se começou em qualquer outro horário, é sessão 
extraordinária deliberativa.
DICA
Tenha cuidado com outro detalhe: o que qualifica uma ses-
são como deliberativa não é ter havido votação de proposição, 
mas ter Ordem do Dia.
É possível votar proposição em sessão não deliberativa (como 
votação de requerimentos no Período do Expediente) e é pos-
sível haver sessão deliberativa sem votação (quando o pri-
meiro item da pauta consome todo o tempo de sessão apenas 
em discussão, sem votar).
Essas sessões tem duração de quatro horas e trinta minutos (art. 155) e são compostas 
das seguintes partes:
1º) abertura;
2º) Período do Expediente;
3º) Ordem do Dia;
4º) Explicações Pessoais (“após a Ordem do Dia).
4.1.1. Abertura
Determina o art. 155 do RISF:
Art. 155. A sessão terá início de segunda a quinta-feira, às quatorze horas, e, às sextas-feiras, 
às nove horas, pelo relógio do plenário, presentes no recinto pelo menos um vigésimo da compo-
sição do Senado, e terá a duração máxima de quatro horas e trinta minutos, salvo prorrogação, ou 
no caso do disposto nos arts. 178 e 179.
§ 1º Ao declarar aberta a sessão, o Presidente proferirá as seguintes palavras: “Sob a proteção de 
Deus iniciamos nossos trabalhos”.
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
§ 2º Nos casos dos incisos I e IV do § 6º do art. 154, o Presidente declarará que não pode ser reali-
zada a sessão, designando a Ordem do Dia para a seguinte, e despachando, independentemente de 
leitura, o expediente que irá integrar a ata da reunião a ser publicada no Diário do Senado Federal.
§ 3º Havendo na Ordem do Dia matéria relevante que o justifique, a Presidência poderá adiar por 
até trinta minutos a abertura da sessão.
§ 4º Em qualquer fase da sessão, estando em plenário menos de um vigésimo da composição da 
Casa, o Presidente a suspenderá, fazendo acionar as campainhas durante dez minutos, e se, ao fim 
desse prazo, permanecer a inexistência de número, a sessão será encerrada.
§ 5º Do período do tempo da sessão descontar-se-ão as suspensões ocorridas.
Para prova:
• quórum de abertura e manutenção de sessão: um vigésimo do Senado Federal.
• regra caso não haja quórum para a abertura da sessão: o Presidente declara a impos-
sibilidade de sua realização.
• exceção para o caso de não haver quórum para a abertura da sessão, mas haver, na 
Ordem do Dia, matéria que justifique a tentativa de realização de sessão: adiamento do 
início da sessão por 30 minutos.
• regra para o caso de ter havido quórum para a abertura da sessão mas não mais haver, 
em dado momento, para mantê-la: suspensão da sessão pelo Presidente, por 10 minu-
tos, com acionamento das campainhas.
De forma resumida, desse dispositivo se extrai que:
Horário de abertura de sessão deliberativa ordinária
segunda, terças, quartas e quintas-feiras, às 14h.
sextas-feiras, às 9h.
Quórum de abertura da sessão Um vigésimo da composição do Senado.
Tempo regular de duração da sessão deliberativa ou não 
deliberativa
4 horas e 30 minutos
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
Prorrogação
É possível, por decisão do Plenário sobre proposta 
do Presidente do SF ou requerimento de qualquer 
Senador.
Essa decisão se dá por maioria simples, em vota-
ção simbólica.
Há possibilidades regimentais de prorrogação 
automática do tempo de sessão, em caso de:
estar em andamento uma votação quando termi-
nado o tempo regulamentar da sessão: neste caso, 
a sessão é automaticamente prorrogada pelo prazo 
necessário à conclusão da votação em andamento.
haver, na Ordem do Dia, matéria sob urgência regi-
mental do art. 336, I e II: nesse caso, a sessão será 
mantida até concluir a deliberação da matéria 
urgente.
Veja o tópico abaixo.
Prorrogação automática da sessão
Ocorre quando:
iniciada uma votação, esta estiver em curso quando 
terminado o tempo de sessão (art. 178);
estiver em deliberação proposição tramitando sob 
as urgências regimentais do art. 336, I e II hipótese 
nas quais a sessão só será encerrada quando con-
cluída a deliberação (art. 179).
Providências no caso de não haver quórum para a aber-
tura de sessão deliberativa ordinária (art. 154, § 6º, I) ou 
por motivo de força maior (art. 154, § 6º, IV)
O Presidente declara que não pode ser realizada a 
sessão, designa a Ordem do Dia da sessão seguinte 
e despacha o expediente independentemente de 
leitura.
Providência no casode não haver quórum para a abertura 
da sessão e haver na Ordem do Dia “matéria relevante”
O Presidente do SF pode adiar por 30 minutos o 
início da sessão, aguardando que o quórum se 
complete.
Providência no caso de, ao longo da sessão, o quórum de 
presença ficar inferior a um vigésimo do Senado
O Presidente do Senado suspenderá a sessão por 
10 minutos e fará soar as campainhas.
Completando-se o quórum mínimo, a  sessão é 
retomada.
Não se completando o quórum, a  sessão será 
encerrada.
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
4.1.2. Período do Expediente
É a primeira parte da sessão. Destina-se:
• à apresentação de proposições;
• à leitura do “expediente”;
• ao uso da palavra por Senadores e Líderes;
• à votação de alguns requerimentos.
Para prova:
• possibilidade de haver votação de proposição no Período do Expediente: é prevista no 
RISF, para o caso de alguns requerimentos que não devam se apresentados em outra 
fase da sessão.
Determina o art. 156 do RISF:
Art. 156. A primeira parte da sessão, que terá a duração de cento e vinte minutos, será destinada à 
leitura do expediente e aos oradores inscritos na forma do disposto no art. 17.
Em resumo:
Período do Expediente
Duração de 120 minutos, a partir:
das 14 horas, de segunda a quinta-feira.
das 9 horas, às sextas-feiras.
Constitui “expediente” ser lido nessa parte da sessão, conforme o art. 156 do RISF:
Art. 156. [...]
§ 1º Constituem matéria do Período do Expediente:
I – a apresentação de projeto, indicação, parecer ou requerimento não relacionado com as propo-
sições constantes da Ordem do Dia;
II – as comunicações enviadas à Mesa pelos Senadores;
III – os pedidos de licença dos Senadores;
IV – os ofícios, moções, mensagens, telegramas, cartas, memoriais e outros documentos recebi-
dos.
§ 2º O expediente será lido pelo Primeiro Secretário, na íntegra ou em resumo, a juízo do Presidente, 
ressalvado a qualquer Senador o direito de requerer sua leitura integral.
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DICA
Veja que projetos apresentados pelos Senadores e pareceres 
enviados pelas Comissões são lidos no Período do Expedien-
te.
4.1.3. Ordem do Dia
A Ordem do Dia é a parte mais importante da sessão, e destina-se à discussão e votação 
das proposições pautadas para a respectiva sessão.
Determina o RISF:
Art. 162. A Ordem do Dia terá início, impreterivelmente, às dezesseis horas, salvo prorrogação nos 
termos do art. 158, § 6º.
Para prova:
• possibilidade de a Ordem do Dia ser iniciada antes ou depois das 16 horas: existe no 
RISF. Ocorrem no caso de sessão deliberativa na sexta-feira (a Ordem do Dia começará, 
como regra, às 11h); de prorrogação do Período do Expediente para garantia de tempo 
regimental integral ao último orador (a Ordem do Dia começará alguns minutos após 
o horário regimental), e no caso de haver na Ordem do Dia matéria urgente (caso em 
que não haverá oradores no Período do Expediente, antecipando, portanto, o início da 
Ordem do Dia).
A hipótese de prorrogação referida consta, na verdade, no art. 158, § 1º, e consiste na 
possibilidade de o Presidente do Senado postergar o encerramento do Período do Expediente 
para que o orador que estiver usando a palavra conclua seu discurso, se ainda tiver tempo 
regimental para isso.
A Ordem do Dia inicia-se imediatamente após o encerramento do Período do Expediente e 
não tem prazo determinado, podendo consumir todo o restante do tempo da sessão.
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4.1.4. Explicações Pessoais
Esta é a última parte da sessão, também chamada de “após a Ordem do Dia”, e destina-se 
a discursos sobre tema livre.
Consta no art. 176:
Art. 176. Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão será destinado, 
preferencialmente, ao uso da palavra pelas lideranças e, havendo tempo, pelos oradores inscritos 
na forma do disposto no art. 17.
Essa parte da sessão, por isso, pode não ocorrer, se não houver mais tempo de sessão 
após a conclusão da Ordem do Dia. Não se prorroga a sessão para essa finalidade.
1 – Não se deve confundir Explicações Pessoais com explicação pessoal:
• Explicações Pessoais é a terceira e última parte de uma sessão deliberativa ordinária.
• Explicação pessoal é hipótese de uso da palavra, por 5 minutos, por Senador que tenha 
sido nominalmente citado por outro Senador, em discurso ou aparte (art. 14, VIII)
4.2. sessão não deLiberativa
As sessões não deliberativas têm a mesma duração da sessão deliberativa (4h30min) 
mas são realizadas sem Ordem do Dia.
Para prova:
• realização de votação de proposição em sessão não deliberativa: é possível, no caso de 
votação de requerimento.
Nas palavras do RISF:
Art. 154. As sessões do Senado podem ser:
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
§ 4º As sessões não deliberativas destinam-se a discursos, comunicações, leitura de proposições 
e outros assuntos de interesse político e parlamentar, e realizar-se-ão sem Ordem do Dia.
DICA
Como visto anteriormente, pode haver votação de proposição 
em sessão não deliberativa.
Nessas sessões, o  tempo que seria destinado à Ordem do Dia é distribuído às demais 
partes (Período do Expediente e Explicações Pessoais).
Não há previsão regimental para a realização de sessão não deliberativa extraordinária.
4.3. sessões esPeCiais
Conforme o art. 154 do RISF:
Art. 154. [...]
§ 5º A sessão especial realizar-se-á exclusivamente para comemoração ou homenagem, em nú-
mero não superior a 2 (duas) por mês, às segundas ou sextas- feiras.
Essas sessões terão a duração limitada a duas horas, e não apresentam a mesma divisão 
das sessões deliberativas, destinando-se, toda, a comemoração ou homenagem.
O RISF não estabelece quórum mínimo de abertura de sessão especial, que será instalada, 
assim, com qualquer presença de Senadores.
4.4. sessão de debates temátiCos
São sessões monotemáticas, isso é, nela somente será debatida uma única matéria (como 
segurança pública, reforma penitenciária, saúde pública, reforma agrária, crédito rural) e, sen-
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do deliberativa, somente serão discutidas e votadas proposições que se relacionem a essa 
mesma matéria.
Diz o RISF:
Art. 154. [...]
§ 7º As sessões deliberativas poderão ser transformadas em sessões de debates temáticos para 
discussões e deliberações de assuntos relevantes de interesse nacional previamente fixados, in-
clusive com possibilidade de realização de ordem do dia temática, mediante proposta apresentada 
pelo Presidente do Senado, por um terço dos Senadores ou por Líderes que representem esse nú-
mero, aprovada pelo Plenário.
§ 8º As sessões de debates temáticos têm o mesmo tempo de duração das sessões deliberativas 
ordinárias.
Como visto anteriormente, essas sessões podem ser deliberativas (com Ordem do Dia) ou 
não deliberativas (destinadas apenas a discursos e debates).
5. reuniões
As reuniões são eventos diários de órgãos do Senado, como Comissões e Mesa.
Quadro-resumo:
Sessões Eventos de Plenário do Senado.
Reuniões Eventos de órgãos do Senado
Em relação às Comissões técnicas permanentes, as reuniões podem ser:
• ordinárias, as realizadas em dias e horários predeterminados, como consta no art. 107, 
da seguinte forma:
Art. 107. As reuniões das comissões permanentes realizar-se-ão:
I – se ordinárias, semanalmente, durante a sessão legislativa ordinária, nos seguintes dias e ho-
rários:
a) Comissão de Assuntos Econômicos: às terças-feiras, dez horas;
b) Comissão de Serviços de Infraestrutura: às terças-feiras, quatorze horas;
c) Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania: às quartas-feiras, dez horas;
d) Comissão de Assuntos Sociais: às quintas-feiras, onze horas e trinta minutos;
e) Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional: às quintas-feiras, dez horas;
f) Comissão de Educação, Cultura e Esporte: às terças-feiras, onze horas;
g) Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor: às 
terças-feiras, às onze horas e trinta minutos; (Redação dada pela Resolução n. 3, de 2017)
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h) Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa: às terças-feiras, doze horas;
i) Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo: às quartas-feiras, quatorze horas;
j) Comissão de Agricultura e Reforma Agrária: às quintas-feiras, doze horas.
k) Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática: às quartas-feiras, de-
zoito horas.
l) Comissão de Meio Ambiente: às quartas-feiras, às onze horas e trinta minutos. (Redação dada 
pela Resolução n. 3, de 2017)
Quanto às sessões extraordinárias dessas mesmas Comissões, diz o RISF:
Art. 107. [...]
II – se extraordinárias, mediante convocação especial para dia, horário e fim indicados, observan-
do-se, no que for aplicável, o disposto neste Regimento sobre a convocação de sessões extraordi-
nárias do Senado;
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EXERCÍCIOS
questão 1 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Pelo princípio da unidade da legislatura, todos os 
projetos de lei e propostas de emenda à Constituição que não tenham sido votados serão 
arquivados ao final da legislatura, exceto as de autoria parlamentar.
questão 2 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Nenhuma proposição prosseguirá tramitando no Se-
nado, sem decisão, por quatro legislaturas ou mais.
questão 3 (QUESTÃO INÉDITA/2020) O término da legislatura, em 22 de dezembro, é causa 
que interrompe a contagem dos prazos das comissões permanentes.
questão 4 (QUESTÃO INÉDITA/2020) O final da sessão legislativa ordinária determina a 
extinção das comissões parlamentares de inquérito em funcionamento no Senado.
questão 5 (QUESTÃO INÉDITA/2020) As sessões especiais não têm sua realização sujeita 
a quórum mínimo de presença.
questão 6 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Conceitua-se como sessão deliberativa aquela na 
qual ocorra votação de proposição.
questão 7 (QUESTÃO INÉDITA/2020) toda sessão realizada em janeiro ou em julho é extra-
ordinária.
questão 8 (QUESTÃO INÉDITA/2020) A parte da sessão que ocorre após a Ordem do Dia, 
chamada Explicações Pessoais, inicia-se às 18h, de segunda a quintas-feiras.
questão 9 (QUESTÃO INÉDITA/2020) A realização de sessão legislativa extraordinária pelo 
Senado depende de convocação do Presidente, de ofício ou a requerimento aprovado pelo 
Plenário.
questão 10 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Não há reunião ordinária de comissão permanente às 
segundas-feiras.
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Conceitos Operacionais
REGIMENTO INTERNO DO SENADO
questão 11 (QUESTÃO INÉDITA/2020) O término da legislatura não produz efeitos sobre o 
andamento de processo de perda de mandato de Senador.
questão 12 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Entre as comissões permanentes do Senado inclui-
-se a Comissão Diretora, formada pelos membros da Mesa.
questão 13 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Comissão Parlamentar de Inquérito qualifica-se, em 
termos regimentais, como comissão temporária.
questão 14 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Todas as comissões temporárias do Senado são 
criadas por prazo certo.
questão 15 (QUESTÃO INÉDITA/2020) O encerramento do segundo período legislativo ordi-
nário de uma sessão legislativa ordinária coincide com a data de encerramento desta.
questão 16 (QUESTÃO INÉDITA/2020) As sessões de debates temáticos são deliberativas.
questão 17 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Nenhuma reunião de comissão no Senado pode estar 
ocorrendo no horário de início de sessão deliberativa ordinária em Plenário.
questão 18 (QUESTÃO INÉDITA/2020) A comissão de saúde é uma das comissões técnicas 
permanentes do Senado.
questão 19 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Uma sessão do Senado com Ordem do Dia e inician-
do-se às 20 horas de uma quarta-feira é, necessariamente, qualificada como deliberativa ex-
traordinária.
questão 20 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Os prazos das comissões técnicas permanentes não 
se interrompem ao final da segunda sessão legislativa ordinária.
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
GABARITO
1. E
2. C
3. E
4. E
5. C
6. E
7. E
8. E
9. E
10. C
11. E
12. E
13. C
14. E
15. C
16. E
17. E
18. E
19. C
20. C
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
GABARITO COMENTADO
questão 1 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Pelo princípio da unidade da legislatura, todos os 
projetos de lei e propostas de emenda à Constituição que não tenham sido votados serão 
arquivados ao final da legislatura, exceto as de autoria parlamentar.
Errado.
O art. 332 veicula diversas exceções à regra que impõe o arquivamento, e não distingue por 
tipo de proposição.
questão 2 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Nenhuma proposição prosseguirá tramitando no Se-
nado, sem decisão, por quatro legislaturas ou mais.
Certo.
O prazo máximo de tramitação de uma proposição, nos termos do art. 332, é de três legisla-
turas consecutivas.
questão 3 (QUESTÃO INÉDITA/2020) O término da legislatura, em 22 de dezembro, é causa 
que interrompe a contagem dos prazos das comissões permanentes.
Errado.
A legislatura não se encerra em 22 de dezembro, mas em 31 de janeiro do quinto ano.
questão 4 (QUESTÃO INÉDITA/2020) O final da sessão legislativa ordinária determina a 
extinção das comissões parlamentares de inquérito em funcionamento no Senado.
Errado.
O encerramento de atividades de todas as CPIs em funcionamento no Senado ocorre ao fim 
da legislatura, e não da SLO.
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
questão 5 (QUESTÃO INÉDITA/2020) As sessões especiais não têm sua realização sujeita 
a quórum mínimo de presença.
Certo.
O RISF determina que essas sessões realizar-se-ão com qualquer número.
questão 6 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Conceitua-se como sessão deliberativa aquela na 
qual ocorra votação de proposição.
Errado.
Sessão deliberativa é aquela na qual conste Ordem do Dia, independentemente de ocorrer 
votação ou não.
questão 7 (QUESTÃO INÉDITA/2020) toda sessão realizada em janeiro ou em julho é extra-
ordinária.
Errado.
A sessão será ordinária ou extraordinária dependendo do dia e horário, pois, se realizada nos 
regulares (segunda a quinta, a partir das 14h, e sexta, a partir das 9h), será ordinária.
questão 8 (QUESTÃO INÉDITA/2020) A parte da sessão que ocorre após a Ordem do Dia, 
chamada Explicações Pessoais, inicia-se às 18h, de segunda a quintas-feiras.
Errado.
A realização dessa parte da sessão dependerá de, encerrada a Ordem do Dia, ainda haver tem-
po de sessão. Não há, no RISF, um horário determinado para o início dessa parte da sessão.
questão 9 (QUESTÃO INÉDITA/2020) A realização de sessão legislativa extraordinária pelo 
Senado depende de convocação do Presidente, de ofício ou a requerimento aprovado pelo 
Plenário.
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO
Errado.
O Senado, sozinho, não pode realizar SLE. A convocação extraordinária deve ser do Congres-
so, e só pode acontecer de acordo com o que determina a Constituição Federal.
questão 10 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Não há reunião ordinária de comissão permanente às 
segundas-feiras.
Certo.
O RISF lança todos os dias e horários dessas reuniões ordinárias para terça a quinta-feira.
questão 11 (QUESTÃO INÉDITA/2020) O término da legislatura não produz efeitos sobre o 
andamento de processo de perda de mandato de Senador.
Errado.
Apesar de não extinguir o processo, este fica suspenso, no aguardo da posse dos novos Sena-
dores, do início da próxima legislatura e da vontade política da nova composição do Senado.
questão 12 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Entre as comissões permanentes do Senado inclui-
-se a Comissão Diretora, formada pelos membros da Mesa.
Errado.
A Comissão Diretora é, efetivamente, uma comissão permanente, mas é formada apenas pe-
los membros titulares da Mesa, não incluídos, portanto, os suplentes.
questão 13 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Comissão Parlamentar de Inquérito qualifica-se, em 
termos regimentais, como comissão temporária.
Certo.
É como determina o RISF.
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questão 14 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Todas as comissões temporárias do Senado são 
criadas por prazo certo.
Errado.
As comissões temporárias podem ser criadas por prazo ou por tarefa.
questão 15 (QUESTÃO INÉDITA/2020) O encerramento do segundo período legislativo ordi-
nário de uma sessão legislativa ordinária coincide com a data de encerramento desta.
Certo.
Ambos, o 2º PLO e a SLO, encerram-se em 22 de dezembro de cada ano.
questão 16 (QUESTÃO INÉDITA/2020) As sessões de debates temáticos são deliberativas.
Errado.
As sessões de debates temáticos podem ser deliberativas ou não deliberativas, conforme 
tenham ou não Ordem do Dia.
questão 17 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Nenhuma reunião de comissão no Senado pode estar 
ocorrendo no horário de início de sessão deliberativa ordinária em Plenário.
Errado.
O RISF apenas proíbe as comissões de estarem em reunião no horário da Ordem do Dia.
questão 18 (QUESTÃO INÉDITA/2020) A comissão de saúde é uma das comissões técnicas 
permanentes do Senado.
Errado.
O Senado não tem nenhuma comissão com esse nome.
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questão 19 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Uma sessão do Senado com Ordem do Dia e inician-
do-se às 20 horas de uma quarta-feira é, necessariamente, qualificada como deliberativa ex-
traordinária.
Certo.
Pelo horário, é sessão extraordinária; por ter Ordem do Dia, é sessão deliberativa.
questão 20 (QUESTÃO INÉDITA/2020) Os prazos das comissões técnicas permanentes não 
se interrompem ao final da segunda sessão legislativa ordinária.
Certo.
Ao final da SLO, os prazos se suspendem, não se interrompem.
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	Conceitos Operacionais
	1. Legislatura
	1.1. Unidade da Legislatura e Contagem de Prazo das Comissões do Senado
	1.2. Unidade da Legislatura e Funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado
	1.3. Unidade da Legislatura e Processo Legislativo
	2. Sessão Legislativa Ordinária
	2.1. Conceito de SLO e Contagem de Prazo das Comissões
	2.2. Conceito de SLO e Encerramento de Comissão Temporária Criada por Tarefa
	2.3. Conceito de SLO e Princípio da Irrepetibilidade
	3. Sessão Legislativa Extraordinária
	4. Sessões
	4.1. Sessões Deliberativas
	4.2. Sessão não Deliberativa
	4.3. Sessões Especiais
	4.4. Sessão de Debates Temáticos
	5. Reuniões
	Exercícios
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	AVALIAR 5: 
	Página 40:

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