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SOCIOLOGIA HOJE_ APOSTILA DE SOCIOLOGIA PARA O 1º ANO ENSINO MÉDIO

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25/02/2018 SOCIOLOGIA HOJE: APOSTILA DE SOCIOLOGIA PARA O 1º ANO ENSINO MÉDIO
http://jkcarlossofia.blogspot.com.br/2011/09/apostila-de-sociologia-para-o-1-ano.html 1/26
SOCIOLOGIA HOJE
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
1.1. A PALAVRA SOCIOLOGIA
A palavra sociologia foi criada pelo pensador francês Augusto Comte em 1839 em seu
curso de filosofia positiva. A palavra sociologia é híbrida, isto é, ela é formada por
duas línguas diferentes: Sócio do latim significa social ou sociedade, logia do grego
significa estudo, formando assim, o “estudo do social” ou “estudo da sociedade”.
                                                           
A sociologia possui uma infinidade de conceitos para identificá-la e explicá-la,
diferenciando-a de outras ciências ou tipos de conhecimentos. Vejamos alguns
conceitos segundo alguns sociólogos: para Durkheim “a sociologia é a ciência das
instituições”; para L. Ward e W. G. Summer “a sociologia é a ciência da sociedade”;
para F. H. Gilddings “a sociologia é a ciência dos fenômenos sociais”. Ela também já
foi definida por Robert Park como “ciência do comportamento coletivo”, por Small
de “ciência das relações humanas”. Para Weber a “sociologia é a ciência que procura
uma compreensão interpretativa da ação social para a partir daí chegar à explicação
causal do seu sentido e dos seus efeitos”.
Para alguns sociólogos brasileiros como Carlos Benedito Martins a “sociologia é o
resultado de uma tentativa de compreensão de situações sociais radicalmente novas
criada pela então sociedade capitalista”; para Costa Pinto a “sociologia é o estudo
científico da formação, organização e transformação da sociedade humana”.
1.3. OBJETIVO, OBJETO, CAMPO DE ESTUDO E IMPORTÂNCIA.
O objetivo da sociologia é aumentar ao máximo o conhecimento do homem e da
sociedade através da investigação científica.
O objeto de estudo da sociologia é os fenômenos sociais, isto é, tudo aquilo que
se refere às relações entre as pessoas, suas questões nos seus grupos sociais ou entre
os grupos dinamizando a sociedade como um todo.
O campo de estudo da sociologia é a sociedade como um todo, envolvendo todas as
suas particularidades, sejam em características políticas, econômicas, sociais, culturais,
históricas, etc.
A sociologia é importante porque nos permite compreender melhor a sociedade em
que vivemos e conseqüentemente, explicar e buscar soluções para a complexidade das
questões sociais. Assim a sociologia vem se tornando uma ciência imprescindível para
o conhecimento do mundo atual.
_______________________________________________________________________________________
_
1ª – ATIVIDADE – Responda em seu caderno:
a) – Explique o significado da palavra sociologia.
b) – O que é social?
c) – O que é sociedade?
d) – Formule um conceito de sociologia.
e) – Qual o objetivo, objeto, campo de estudo e importância da sociologia?
________________________________________________________________________________________________________
APOSTILA DE SOCIOLOGIA PARA O 1º ANO ENSINO
MÉDIO
1.2. CONCEITOS DE SOCIOLOGIA
Ê
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▼ Setembro (4)
APOSTILA DE SOCIOLOGIA
PARA O 1º ANO ENSINO
MÉDIO
APOSTILA DE SOCIOLOGIA
PARA O 3º ANO/ENSINO
MÉDIO
APOSTILA DE SOCIOLOGIA
PARA O 2º ANO/ENSINO
MÉDIO
A OBRIGATORIEDADE DA
SOCIOLOGIA NO ENSINO
MÉDIO
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sociologia weberiana sou causas
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Com a complexidade do mundo social e o avanço do conhecimento, tornou-se
necessária uma divisão das ciências sociais em diversas disciplinas, com a finalidade de
produzir um conhecimento mais rigoroso e criterioso, facilitando a sistematização do
estudo e das pesquisas. Assim podemos destacar algumas ciências sociais que
contribuem para os estudos sociológicos e o entendimento do mundo social:
Economia – estuda as atividades ligadas à produção, distribuição,circulação de
bens e serviços;
Ciência política – estuda a distribuição de poder nas sociedades, bem como a
formação e o desenvolvimento das diversas formas de governos;
Antropologia – estuda e pesquisa as semelhanças e diferenças culturais entre os
vários agrupamentos humanos, assim como a origem e a evolução das culturas.
          
A sociologia se baseia no conhecimento científico, por isso, utiliza-se das regras
metodológicas da ciência social como a pesquisa, a objetividade, a observação, as entrevistas e
questionários.
Observando a sociedade, percebemos que as pessoas caminham, correm, dormem,
respiram – isso é biológico (orgânico). Mas as pessoas também cooperam umas com
as outras no trabalho, recebem salários, descontam cheques, entram em greve,
estudam, namoram, casam e etc – isso é sociológico (superorgânico); são essas
atividades que fazem do homem um ser sociológico e, que merecem toda a atenção da
sociologia enquanto ciência que busca a compreensão e explicação dos diversos tipos
de relações sociais.
Como a sociedade é formada pelos diversos tipos de relações sociais, a sociologia
se interessa por essas relações que dinamizam a sociedade, por isso, seus principais
temas se envolvem e se confundem dentro da complexidade das relações sociais -
dentro dos grupos sociais: da família, de amigos, do trabalho, da cultura, da ideologia,
da cidadania, da política, da economia, isto é, em todos os níveis de relações sociais.
1.8. A SOCIOLOGIA EM NOSSO COTIDIANO
A sociologia convive constantemente em nosso dia-a-dia. Vivemos em
sociedade, estamos sempre nos relacionando com outras pessoas através dos grupos
sociais, quando não estamos em casa com o nosso grupo familiar, estamos na rua com
o grupo de amigos ou na escola nos relacionando com os colegas, enfim estamos
sempre nos relacionando socialmente. Fazemos parte de um sistema estrutural e
conjuntural no qual precisamos compreender e descobrir que muitos fatos
(“problemas”) que ocorrem em nossa vida diária esta ligada às condições sociais. É
neste conjunto de ralações sociais que a sociologia busca compreender e explicar a
sociedade, nossa complexidade, antagonismo, harmonia, crises, etc.
__________________________________________________________________
_
2ª – ATIVIDADE – Responda em seu caderno:
a) – Cite e explique as principais ciências sociais.
b) – Em que se baseia o conhecimento sociológico?
c) – Diferencie o ser sociológico do ser biológico.
d) – Cite alguns temas de interesse da sociologia.
e) – Explique como o conhecimento sociológico pode ser importante em nosso cotidiano?
_______________________________________________________________________________
_
1.4. A SOCIOLOGIA E AS DEMAIS CIÊNCIAS
SOCIAIS
1.5. O CONHECIMENTO SOCIOLÓGICO
1.6. O SER SOCIOLÓGICO E O SER BIOLÓGICO
1.7. PRINCIPAIS TEMAS SOCIOLÓGICOS
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2.1. HISTÓRIA DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
A busca de compreensão e explicação da sociedade já existia desde a
Antiguidade, passando pelo Período Medieval e Idade Moderna, mas este pensamento
não tinha uma base sociológica, pois os filósofos dessa época acreditavam que Deus e
a natureza controlavam a sociedade, teorizavam modelos de sociedades ideais
requisitando às pessoas que seguissem esses modelos, por isso, durante todos esses
períodos o pensamento sobre o social estava influenciado por um caráter normativo
(estabelecer regras para vida social) e finalista (objetivo de uma organização social
ideal), impedindo um entendimento científico da realidade social. Outro fator que
contribuiu para a inexistência da sociologia foi o fato de que as sociedades pré-
capitalistas eram relativamente estáveis, o ritmo e o nível das mudanças eram
razoavelmente lentos, não se percebendo a sociedade enquanto um “problema”
merecedor de análises e investigação minuciosa (científica).
2.2. TEORIAS QUE INFLUENCIARAM NA FORMAÇÃO DA SOCIOLOGIA
Para a sociologia se consolidar como ciência ela teve que abandonar seu caráter
normativo e finalista. Por isso, ela sofreu a influência de teorias e métodos das ciências
biológicas e naturais: a teoria evolucionista de Charles Darwin (1809-1882), onde diz
que ao longo de milhões de anos todas as espécies de seres vivos evoluíram; A
biologia foi outra ciência que influenciou na cientificidade sociológica, através de
Herbert Spencer (1820-1903), que criou uma sociologia organicista onde se fazia
uma analogia do organismo vivo com a sociedade. Neste contexto foi fundamental
aceitar a idéia de que os fenômenos sociais obedecem a leis naturais, embora
produzidas pelos homens, esta foi a importância do positivismo que deu os primeiros
passos para a cientificidade da sociologia. Foi, por isso, também, que logo no seu
início, a sociologia recebeu outros nomes como fisiologia social (por Saint-Simon), ou
física social (por Augusto Comte).
Outros teóricos fizeram suas interpretações sociais buscando dar à sociologia um
caráter de ciência, buscando a consolidação definitiva sobre um conhecimento
verdadeiro e importante para a sociedade; estes desenvolveram um conhecimento
científico-social onde abrange todos os aspectos da sociedade, utilizando-se de outras
ciências sociais como a economia (produção material), política (relações de poder),
antropologia (aspectos culturais) e outras. Neste processo foram importantes as
contribuições de Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber.
2.3. FATORES HISTÓRICOS
Os fatores ou transformações históricas que contribuíram para a consolidação
do capitalismo e o surgimento da sociologia estão relacionados ao contexto geral da
transição do feudalismo para o capitalismo, onde podemos destacar:
Os fatores históricos que vinham ocorrendo desde o século XVI como:
Reforma Protestante (mudança religiosa), Formação dos Estados Nacionais e o
Absolutismo (mudança política e territorial), Grandes navegações (mudança
geográfica), Humanismo/Renascimento (mudança cultural), Revolução científica
(mudança na ciência), Iluminismo (mudança ideológica).
As transformações socioeconômicas do século XVIII provocadas pela
dupla revolução:
Revolução Francesa representou a mudança política-jurídica na história das
sociedades ocidental, baseado nos ideais iluministas de liberdade, igualdade e
fraternidade, a burguesia que já dominava o poder econômico reivindicava agora o
poder político, o que aconteceu durante a revolução francesa. Assim adotaram novo
regime político de representatividade política e sistemas econômicos favoráveis aos
seus interesses.
Revolução Industrial representou as transformações de mudança
socioeconômicas, com o surgimento das máquinas, com maior divisão técnica do
trabalho, com o aumento da produção, da urbanização, do êxodo rural; a sociedade
torna-se mais complexa e dinâmica, agravando-se também as questões sociais como:
crescimento acelerado do desemprego, miséria, alcoolismo, prostituição e etc.
2.4. A RELAÇÃO DO CAPITALISMO COM A SOCIOLOGIA
O surgimento, a formação e o desenvolvimento da sociologia está relacionados
diretamente com a consolidação do capitalismo a partir da Revolução industrial e da
Revolução francesa do século XVIII, que criaram  novas condições sócio-econômicas
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e político-ideológico, que caracterizam a sociedade capitalista, como o surgimento da
indústria, da relação entre burguesia e operário, de regimes políticos e leis burguesas.
O sistema capitalista possui uma estrutura social inédita na história da
humanidade, que nos instiga a uma reflexão sobre este sistema, suas transformações,
suas crises, seus antagonismos.
É dentro desse contexto que surge a necessidade de se compreender e explicar
essa nova realidade. Por isso, precisou-se de uma ciência que estivesse voltada para
essas transformações. A sociologiaconstitui em certa medida uma resposta intelectual
às novas situações geradas pela nascente sociedade capitalista industrial.
____________________________________________________________________________________________________________
__
3ª– ATIVIDADE – Responda em seu caderno:
a) – Por que a sociologia  não existia antes? O que é um pensamento sociológico?
b) – Como era o pensamento social na antiguidade, idade média e moderna?
c) – Que teorias influenciaram na formação da sociologia?
d) – Cite os fatores históricos que contribuíram para o surgimento da sociologia.
e) – Que revoluções do século XVIII criaram as condições para o surgimento da sociologia?
f) – Explique a relação da consolidação do capitalismo com o surgimento da sociologia.
_____________________________________________________________________________________________________
2.5. AS CORRENTES SOCIOLÓGICAS
A existência de interesses opostos na sociedade capitalista penetrou e invadiu a
formação da sociologia, impedindo um entendimento comum por parte dos
pensadores, por isso, a sociologia se dividiu ideologicamente entre a conservação e a
transformação do status quo, dando margem ao nascimento de diferentes tradições
sociológicas (correntes sociológicas) que representam as diferentes tendências
ideológicas de compreensão e explicação da sociedade capitalista. Assim, temos as
primeiras teorias sobre as transformações provocadas pelo capitalismo:
Profetas do passado – representados pelos pensadores Edmund Burk (1729-
1797), Joseph de Maistre (1753-1821) e Louis de Bonald (1754-1840). Estes eram
conservadores e tradicionalistas, tinham um pensamento reacionário: condenavam o
iluminismo e a revolução francesa, culpavam pelo caos social, desorganização da
família, da religião, das corporações. Estes ideólogos eram apaixonados pelo equilíbrio
das instituições religiosas, monárquicas e aristocráticas da época feudal. Por isso,
defendiam a ordem e o equilíbrio da sociedade, preocuparam-se com o controle,
integração, posição, hierarquias sociais e também com os rituais da sociedade.
Socialismo utópico (ou romântico) – representados por Saint-Simon (1760-
1825), Charles Fourier (1772-1837), Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865), Louis Blanc
(1811-1882) e Robert Owen (1771-1858). Estes eram transformadores, mas
românticos, pois acreditavam que os ricos capitalistas voluntariamente abririam mão
de suas riquezas partilhando com os pobres; apelavam para a natureza boa do ser
humano que foi pervertida pelo sistema capitalista. Eram utópicos porque criticavam
o capitalismo e anunciavam os princípios de uma sociedade futura ideal, mas sem
indicar os meios para torná-la real.
Positivismo – O positivismo é uma matriz teórico-filosófica que deu origem a
uma sociologia conservadora e afirmadora da sociedade capitalista. Representado por
Augusto Comte (1798-1857) e Emile Durkheim (1858-1917). Estes se dedicaram em
buscar a estabilidade social, preocuparam-se com os problemas da manutenção da
ordem capitalista, queriam estabelecer o bom funcionamento desta sociedade,
pretendiam solucionar os problemas sociais através da coerção física e da educação
moral, esta seria a função da sociologia enquanto ciência positiva.
Socialismo científico – representado por Karl Marx (1818-1883) e Frederic
Engels (1820-1895). As idéias marxianas eram de base estritamente econômica, assim,
todas as questões sociais tinham origem na desigualdade econômica entre as classes
proprietárias e as não proprietárias dos meios de produção. Por isso, pretendiam
realizar mudanças radicais nesta sociedade através de uma revolução socialista do
proletariado, introduzindo a sociedade comunista como uma sociedade justa e
igualitária. Essa perspectiva despertou um pensamento sociológico crítico e negador
da sociedade capitalista.
Funcionalismo – representa uma teoria reprodutora e conservadora da
sociedade capitalista. O principal representante do funcionalismo é Emile Durkheim
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(1858-1917), este pensador estabelece uma analogia entre a sociedade e o organismo
biológico humano. Assim a sociedade funciona graças a seu sistema orgânico, onde
cada instituição ou pessoa faz parte de relações funcionais, fazendo uma organização
social de dependência e complementaridade das atividades sociais, assim a sociedade é
um todo organizado e harmônico.
Marxismo – corresponde às várias interpretações e continuação
complementares das teorias de Karl Marx e Engels. Entre seus principais
representantes podemos destacar: Lênin (1870-1924), Rosa Luxemburgo (1871-1919),
Gramsci (1891-1937) e outros. Baseado no socialismo científico e nas novas
conjunturas e contexto em que viviam, estes pensadores desenvolveram novas
perspectivas teóricas e práticas, implementando assim o socialismo real, diferente do
socialismo ideal (proposto por Marx).
Escola de Chicago – fundada em 1892, seus principais representantes são
George Homans Cooley (1846-1929), Talcott Parsons (1902), Robert K. Merton
(1910). Estes  foram influenciados pelo positivismo e o funcionalismo do francês
Durkheim, do polonês Malinowski (1884-1942), e do italiano Vilfredo Pareto (1848-
1923). Assim a sociologia chegou aos E.U.A, através da escola de Chicago que
desenvolveu a investigação de campo, de dados empíricos neutros e objetivos, com
procedimentos quantitativos e estatísticos, foram pioneiros nos métodos ecológicos e
etnográficos; desvinculando-se da realidade concreta de sua época, construíram vários
conceitos arbitrários e artificiais, dedicando-se a casos isolados e irrelevantes como as
relações sociais em outras sociedades e outros momentos. A sociologia norte-
americana pretendia neutralizar os ideais e teorias do socialismo marxista, entretanto,
também romperam com o estilo dos clássicos que se dedicaram a uma significação
histórica como a formação do capitalismo e a totalidade da vida social.
Escola de Frankfurt – fundada em 1923, sob o nome de Instituto de Pesquisa
Social, seus principais representantes são: Max Horkheimer (1895-1973), Walter
Benjamin (1892-1940), Theodor W. Adorno (1906-1969), Herbert Marcuse (1898-
1979) e Jurgem Habermas (1929). Sua filosofia também é conhecida como Teoria
crítica. Os frankfurtianos criticam a dominação da natureza para fins lucrativos
colocando a ciência e a técnica a serviço do capital. Os frankfurtianos querem
recuperar a razão não repressora, capaz de autocrítica e a serviço da emancipação
humana. Esses pensadores reutilizam o conceito de iluminismo em sentido mais
amplo – um pensador iluminista sempre combate as supertições, o arbítrio do poder e
defende o pluralismo e a tolerância.
_______________________________________________________________________________________
_
4ª – ATIVIDADE – Responda em seu caderno:
a) – O que são correntes sociológicas?
b) – Por que existem diferentes correntes sociológicas?
c) – Diferencie as idéias dos Profetas do Passado do Positivismo?
d) – Diferencie o Socialismo Utópico do Socialismo Científico.
e) – Diferencie o Marxismo de Funcionalismo.
f) – Diferencie as idéias propostas na Escola de Chicago da Escola de Frankfurt
_______________________________________________________________________________
_
2.6. OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
Os primeiros pensadores que testemunharam as transformações sociais que
ocorriam desde o século XVIII e que se preocuparam em compreender e explicá-las,
não eram homens de ciência ou sociólogos que viviam desta profissão. Eram antes de
tudo homens voltados para a ação, que desejavam introduzir determinadas
modificações na sociedade. Participavam ativamente dos debates ideológicos em que
se envolviam as correntes liberais, conservadoras e socialistas. Eles não desejaram
introduzir um mero conhecimento sobre as novas condições de vida geradas pela
revolução industrial, mas procuravam extrair dele orientações para a ação, tanto para
manter, como para reformarou modificar radicalmente a sociedade de seu tempo. 
Entre esses pensadores podemos destacar: Comte, Marx, Durkheim e Weber. Estes
são considerados clássicos da sociologia, pois seus pensamentos ainda têm poder
explicativo, sua vitalidade teórica e explicativa ainda alcança a era contemporânea,
embora apresente limitações.
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        COMTE                         MARX                        DURKHEIM                        WEBER
____________________________________________________________________________________________________________
__
5ª – ATIVIDADE – Responda em seu caderno:
a) – Cite os principais pensadores sociais do século XVIII considerados clássicos da sociologia.
b) – Por que os primeiros os pensadores do século XVIII não eram homens de ciência ou sociólogos
que viviam dessa profissão?
c) – Por que os pensadores sociais do século XVIII não desejavam apenas introduzir  um mero
conhecimento sobre as novas condições de vida geradas pela revolução industrial?
d) – Por que os principais pensadores sociais do século XVIII são considerados clássicos da
sociologia?
_____________________________________________________________________________________________________
3.1. VIDA E OBRA
Isidore Augusto Marie François Xavier Comte, filósofo e matemático francês,
nasceu em Montpelier a 19 de janeiro de 1798. Foi fundador do positivismo foi ele
também que batizou com o nome de sociologia uma nova ciência que antes ele
chamava de “física social”. Augusto Comte foi importante para a sociologia, pois,
através de sua perspectiva positivista que deu os primeiros passos para a cientificidade
da sociologia, mas ainda confundida com uma filosofia social e religiosidade de tipo
ideologicamente conservadora. Suas principais obras são: Curso de Filosofia Positiva e
Sistema de Política Positiva.
__________________________________________________________________________________________________
6ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Explique a importância de Augusto Comte para a sociologia?
b) – Cite as principais obras de Augusto Comte.
c) – Que nome Comte usou pela primeira vez antes de sociologia?
d) – Com o que é confundida a cientificidade de Comte?
e) – Comte é um pensador de tendência ideologicamente?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3.2. OS TRÊS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO POSITIVISMO COMTEANO
I – Prioridade do todo sobre as partes: significa que, para compreender e explicar
um fenômeno social particular devemos analisá-lo no contexto global a que pertence.
Considerava que tanto a sociologia estática (estudo da ordem das sociedades em
determinado momento histórico) quanto à sociologia dinâmica (estudo da evolução
das sociedades no tempo) deveriam analisar a sociedade, de uma determinada época,
correlacionando-a a sua história e a história da humanidade (a sociologia de Comte é,
na realidade, sociologia comparada, tendo como quadro de referência a história
universal);
II – O progresso do conhecimento é característica da sociedade humana: a
sucessão de gerações, com seus conhecimentos permiti uma cumulação de
experiências e de saber que constitui um patrimônio espiritual objetivo e liga as
gerações entre si, existe uma coerência entre o estágio dos conhecimentos e a
organização social;
III – O homem é o mesmo por toda à parte e em todos os termos: em virtude de
possuir idêntica constituição biológica e sistema cerebral.
________________________________________________________________________________________________________
7ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Cite os três princípios básicos do positivismo comteano.
b) – Explique o primeiro principio básico do positivismo comteano.
c) – Diferencie sociologia estática de sociologia dinâmica segundo os princípios comteano.
d) – Como é a sociologia de Comte?
e) – Como Comte explique o progresso da sociedade humana?
f) – Explique por que Comte diz que o “homem é o mesmo por toda a parte e em todos os tempos”?
_____________________________________________________________________________________________________
3.3. A LEI DOS TRÊS ESTADOS
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1°. Estado teológico ou fictício – na fase inicial da evolução histórica, o mundo, a
vida, os fenômenos em geral são explicados através dos recursos das forças
sobrenaturais, mágicas dos deuses, primeiramente é a forma de feiticismo no
monoteísmo.
A esta forma de conhecimento, corresponde uma forma de organização sócio-
política: o Governo Monárquico em que o poder real absoluto é legitimado pelo
direito divino. Aqui se explicam os diversos fenômenos através de causas primeiras,
em geral personificadas nos deuses. O estado teológico subdividiu-se em:
a). Fetichismo, em que o homem confere vida, ação e poder sobrenaturais a seres
inanimados e a animais.
b). Politeísmo, quando atribui às diversas potências sobrenaturais ou deuses certos
traços da natureza humana (motivações, vícios e virtudes).
c). Monoteísmo, quando se desenvolve a crença num Deus único.
2º. Estado metafísico ou abstrato – nesta fase assim como na anterior a sociedade
ainda busca explicações de caráter absoluto. A diferença é que a divindade é
substituída por conceitos como a “essência” e substância (a coisa em si), “causas
primárias” (origem absoluta), “causas finais” (destinado absoluto), que embora
produzidos pela razão, não pode ser comparadas objetivamente. A organização sócio-
política próprio a esta fase é a República liberal, fundamentada em suposições
metafísicas, ou seja, nos direitos humanos.
As causas primárias são substituídas por causas mais gerais – as entidades
metafísicas – , buscando nestas entidades (idéias) explicações sobre a natureza das
coisas e a causa dos acontecimentos.
3°. Estado positivo ou científico – é o último estágio da evolução humana, em que
a sociedade atinge o conhecimento científico, isto é, verificável, objetivo e que se
expressa em termos de leis naturais. A filosofia de Comte é justamente uma análise do
estado positivo. O homem tenta compreender as relações entre as coisas e os
acontecimentos através da observação científica e do raciocínio, formulando leis;
portanto, não mais procura conhecer a última das coisas e as causas absolutas.
______________________________________________________________________________________________________
8ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a). Cite os três estados do progresso da evolução da humanidade segundo a teoria de Comte.
b) – O que é o estado teológico ou fictício?
c) – Explique a que corresponde o estado teológico ou fictício segundo uma organização sócio-
política?
d) – Qual o segundo estado da evolução da humanidade segundo a teoria de Comte?
e) – Diferencie o estado teológico do estado metafísico.
f) – Segundo Comte, qual o terceiro estado da evolução da humanidade? E o que ele significa?
_________________________________________________________________________________________________________
3.4. O CONHECIMENTO POSITIVO
Segundo Comte, o único conhecimento válido é que se baseia em fatos. Por isso,
a imaginação deve estar completamente subordinada a observação da realidade
sensível e manipulável pela técnica. Constantemente, abandona-se qualquer tentativa
de conhecimento absoluto ou pelas causas, o objetivo é chegar às leis, ou seja, as
relações constantes que os fatos possuem entre si.
 Para Comte, somente a filosofia positivista, livre das teologias e da metafísica,
poderia superar as contradições da humanidade, levando a alcançar o seu destino de
progresso.
3.5. A CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
Comte classificou as ciências segundo dois critérios interdependentes:
a).O critério de generalidade decrescentee complexidade crescente;
b).O critério histórico, a ordem histórica das ciências: matemática, astronomia, física,
química, biologia e sociologia.
3.6. A POLÍTICA POSITIVISTA
O fundamento da política positiva é: “o amor por princípio, a ordem por base e
o progresso por fim”. Só pode haver progresso social na medida em que o governo
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mantém a ordem, reprimindo as manifestações críticas, sufocando revoltas, garantindo
desta forma a paz, a ordem e o progresso.
Para Comte, o governo deve ser ditatorial, para poder instaurar a nova moral
positiva, subordinando os interesses individuais ao coletivo, garantir a ordem social a
qualquer custo.
3.7. A RELIGIÃO DA HUMANIDADE
Comte propôs uma religião positivista, cujo objeto de culto é a própria
humanidade, através da veneração dos motivos, principalmente os filósofos e
cientistas. Essa religião seria a base da política positiva, na medida em que seus
sacerdotes, os sábios deveriam inculcar na sociedade os princípios morais.
_____________________________________________________________________________________________________
9ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Segundo Augusto Comte, o que é o conhecimento positivo?
b) – Como Comte classifica as ciências?
c) – Em que se fundamenta a política positivista?
d) – Para Comte, como deve ser o governo?
e) – Explique a religião da humanidade como uma religião positivista proposta por Comte.
___________________________________________________________________________________________________________
__
4.1. VIDA E OBRA
Karl Heinrich Marx nasceu em 5 de maio de 1818 em Trier cidade situada na
fronteira da Prússia Renana com a França.  Marx foi um dos principais pensadores do
século XIX, ele foi fundador do socialismo científico e grande ativista a favor da
revolução proletária, apesar de não ser um sociólogo de profissão, suas teorias
despertaram a consciência de uma sociologia crítica. Uma das principais características
do pensamento de Marx é a Práxis, isto é, não foi um teórico de gabinete ele aliava
teoria e prática, participando dos movimentos sociais e revolucionários. Era um
pensador de tendência ideológica transformadora, pretendia transformar a sociedade
capitalista em uma sociedade comunista através da revolução socialista proletária.
Entre suas principais obras podemos destacar: A Sagrada Família (1845), A Ideologia
Alemã (1845-1846), Miséria da Filosofia, Manifesto do partido comunista, As lutas de
classe na França (1850/59), o 18 Brumário de Luis Bonaparte (1852/55), Crítica da
economia política (1859) e O capital.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Quem foi Karl Marx?
b) – Qual a principal característica do pensamento de Marx?
c) – O que é Práxis?
d) – Qual a tendência ideológica de Karl Marx?
e) – Quais as principais obras de Marx?
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4.2. INFRAESTRUTURA (BASE) E SUPERESTRUTURA
Marx considerava que não se pode pensar a relação individuo e sociedade
separadamente das condições materiais em que essas relações se apoiam. Para ele, as
condições materiais de toda sociedade condicionam as demais relações sociais. Em
outras palavras, para viver, os homens têm de, inicialmente transformar a natureza, ou
seja, caçar, construir abrigos, utensílios, etc., sem o que não poderiam existir como
seres vivos. Por isso, o estudo de qualquer sociedade deveria partir justamente das
relações sociais (de produção) que os homens estabelecem entre si e no processo de
produção. Essas relações sociais de produção são a base (infraestrutura) – é o modo
de produção, a maneira básica como a sociedade organiza a produção de bens. A
superestrutura repousa sobre a base e tem que refletir sua forma, na produção da
vida os homens geram também outra espécie de produtos que não têm forma
material: as ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos,
sistemas legais, de ensino, de comunicação, o conhecimento filosófico e científico,
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representações coletivas de sentimentos, ilusões, modos de pensar e concepções de
vida diversa e plasmada de um modo peculiar.
Para Marx, portanto, a produção é a raiz de toda a estrutura social. Na sociedade
antiga, por exemplo, a relação social básica era a relação senhor x escravo. Não
podemos, segundo Marx, entender a política ou a cultura dessa época sem
primeiramente estudar essa relação básica que condicionava todo o resto da sociedade.
4.3. CLASSES SOCIAIS E LUTA DE CLASSES
Para Marx, o modo de produção capitalista se caracteriza pela divisão da
sociedade em classes, na exploração do trabalhador e na alienação, gerando assim uma
sociedade desigual, antagônica, injusta, irracional e anárquica que deve ser substituída
pelo socialismo através da revolução proletária.
Segundo Marx, na sociedade capitalista as relações sociais de produção definem
duas grandes classes: de um lado, os capitalistas, que são aquelas pessoas que
possuem os meios de produção (máquinas, ferramentas, capital, etc) necessários para
transformar a natureza e produzir mercadorias; do outro lado, os trabalhadores,
também chamados, no seu conjunto, de proletariados, aqueles que nada possuem, a
não ser o seu corpo e sua disposição para trabalhar. Assim o conceito de classe em
Marx estabelece um grupo de indivíduos que ocupam uma mesma posição no
processo de produção e nas relações de produção, em determinada sociedade. A classe
a que pertencemos é que condiciona de maneira decisiva nossa atuação social. Neste
sentido, é principalmente a situação de classe que condiciona a existência do individuo
e sua relação com o resto da sociedade: podemos compartilhar idéias, amizades e
comportamentos de indivíduos de outras classes, mas no momento de conflito, como
nas greves ou mesmo no mercado (consumo), as diferenças irão aparecer de acordo
com a classe a que pertencemos. Nessa relação de classes surgem a “classe em si” e
“classe para si”:
- “Classe em si” – quando o individuo não tem consciência de classe, ele encontra-se
em qualquer posição (status) na estrutura econômica;
- “Classe para si” – quando a pessoa tem consciência de classe, ele assume uma
posição político-ideológica.
__________________________________________________________________
11ª – ATIVIDADE. Responda em caderno:
a) – Por que Marx considera que não se pode pensar a relação individuo e sociedade separadamente
das condições materiais que essas relações se apoiam?
b) – Segundo Marx, o que se entende por infraestrutura e superestrutura?
c) –  Para Marx, o que caracteriza o modo de produção capitalista?
d) –  Para Marx, como a sociedade capitalista deve ser substituída?
__________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
CONTINUAÇÃO (11ª). Responda em seu caderno:
a) –  Explique as duas grandes classes que existem na sociedade capitalista definidas por Marx?
b) – Conceitue classe, segundo Karl Marx.
c) – Segundo Marx, o que condiciona ou determina a vida das pessoas na sociedade capitalista?
d) – Diferencie “classe em si” de “classe para si”.
__________________________________________________________________________
4.4. MODO DE PRODUÇÃO E RELAÇÕES DE PRODUÇÃO
Ao viverem em sociedade, as pessoas participam diretamente da produção, da
distribuição e do consumo de bens e serviços, ou seja, participam da vida econômica
da sociedade. Para Marx, a produção é um processode transformação da natureza da
qual resultam bens que vão satisfazer as necessidades do homem. Portanto, produzir é
dar uma nova combinação aos elementos da natureza. O processo de produção
compõe-se de três elementos associados: trabalho, matéria-prima e instrumentos de
produção:
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Matéria-prima + instrumentos de produção = meios de produção.
Meios de produção + trabalho = forças produtivas.
Relações de produção + forças produtivas = modo de produção.
No processo produtivo, os homens estão ligados entre si e dependem uns dos
outros. O trabalho é um ato social, no sentido de que é realizado na sociedade. As
relações que se estabelecem entre os homens na produção, na troca e na distribuição
dos bens são relações de produção. Essas relações existem em todos os processos de
produção, no caso capitalista, ela ocorre antagonicamente entre os proprietários dos
meios de produção e os trabalhadores.
O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e
serviços, como os utiliza e como os distribui. Assim, numa determinada época
histórica, uma sociedade tem uma certa maneira de se organizar para produzir e para
distribuir sua produção. Nesta teoria as relações de produção são o centro organizador
de todos os aspectos da sociedade. Isto é, como era a relação de produção na
sociedade primitiva? Como eram a relações de produção na sociedade escravista?
Como eram as relações de produção na sociedade feudal? Como são as relações de
produção na sociedade capitalista?
Para Marx, as forças produtivas alteram-se no percorrer da história, antes se
produzia com instrumentos simples hoje se utiliza instrumentos complexos. Ao longo
da história, os homens têm produzido aquilo de que necessitam de vários modos e se
organizado também. Por isso, segundo a dialética marxista e seu materialismo
histórico, pode-se afirmar que a história da humanidade é a história da transformação
da sociedade humana pelos diversos modos de produção: modo de produção
primitivo, modo de produção escravista, modo de produção asiático, modo de
produção feudal, modo de produção capitalista e modo de produção socialista.
4.5. O CAPITAL E A MAIS-VALIA
Na obra O capital, Marx analisa detalhadamente as condições do sistema
capitalista, expõe suas contradições e limites. Neste livro, Marx usa os princípios e
categorias da dialética (filosofia) em uma questão econômica, para que a classe
trabalhadora tenha melhores instrumentos em sua luta (prática social). Nesta obra ele
desvenda a complexidade das relações entre a acumulação capitalista e a força de
trabalho.
A fórmula do capital: D - M - D¹ - M - D² - M - D³...
Para entender o processo da acumulação capitalista precisamos conhecer os
conceitos de mercadoria, dinheiro, capital, mais-valia, lucro, salário, força de trabalho
e como esses elementos se relacionam neste processo: mercadoria= é tudo aquilo
que se produz para ser vendido ou trocado no mercado, ela possui dois valores, valor
de uso (serve para satisfazer necessidades pessoais) e valor de troca (serve para gerar
dinheiro/lucro/capital) um bem só se torna mercadoria quando passa a ter valor de
troca; força de trabalho= é a energia física e mental utilizada para produzir bens ou
serviços. A fonte de valor da mercadoria é a força de trabalho, o valor da mercadoria é
determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário para produzi-la, sem
trabalho os objetos não tem valor de troca, logo não podem ser mercadorias;
dinheiro= é uma mercadoria especial que pelo costume ou lei monopoliza o posto de
equivalente geral capaz de comprar outras mercadorias que satisfazem algumas
necessidades humanas (tem valor de uso); capital= é a riqueza (dinheiro, máquinas,
matéria-prima) destinada a obter lucro que é reinvestido na obtenção de mais riquezas;
lucro= é uma parte variável (depende das condições de mercado) da mais-valia
derivada das vendas das mercadorias; salário= é o valor pago para o trabalhador
(força de trabalho) que não corresponde a riqueza gerada por ele, mas a penas ao
suficiente para sua manutenção e de seus filhos (alimentação, roupas, habitação);
mais-valia= é o valor a mais, criado pelo trabalhador no processo produtivo e que
não é repassado para ele; é a diferença entre o valor da produção total e o valor pago
pelo trabalho, é o excedente da produção, tudo que é produzido além do valor do
salário. Para Marx, o processo de produção e de relação social na sociedade capitalista
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se realiza de maneira desigual e de exploração, pois nesse processo de produção e na
relação capitalista é que surge a mais-valia.
A fórmula da mais-valia:  
A ------- D ------------- C ----------------------- B
Existem dois tipos básicos de mais-valia:
-Mais-valia absoluta – cresce simplesmente prolongando a jornada de trabalho;
-Mais-valia relativa – cresce em relação ao aumento do sobre-trabalho e à
correspondente diminuição do tempo de trabalho necessário que ocorre através do
uso de tecnologia.
4.6. ALIENAÇÃO
A palavra alienação vem do latim (alienare, alienus) significa “que pertence a um
outro”. Alius é o outro. Portanto, sob determinado aspecto, alienar é tornar alheio,
transferir para outrem o que é seu. Para Marx, a alienação ocorre no processo
produtivo e nas relações sociais de produção capitalista. A alienação não é puramente
teórica, manifesta-se na vida real, a partir da divisão do trabalho, quando o produto do
trabalho deixa de pertencer a quem o produziu; a divisão do trabalho na sociedade
capitalista torna o homem um ser incompleto e não-realizado. O operário que trabalha
em uma fábrica e produz determinado objeto não escolhe seu próprio salário, o seu
horário ou ritmo da produção, isso é determinado por forças que lhe são estranhas.
Além de tudo isso, o produto produzido pelo operário não lhe é reconhecido e nem
lhe pertence, pois devido à divisão do trabalho ele executou apenas uma parte da
produção e recebeu um salário para tanto. Esta divisão do trabalho gera também uma
certa indiferença entre os trabalhadores que executam atividades diferentes, ficando
estranhos entre si. A alienação no processo produtivo gera:
- Fetichismo da mercadoria – ocorre quando a mercadoria passa a ser considerada
mais importante que o individuo que produziu. Ocorre quando o valor de troca (o que
a mercadoria vale no mercado) se torna superior ao valor de uso (o que a mercadoria
vale por sua utilidade) determinando as relações humanas.
- Reificação do trabalhador – (do latim, res = coisa) ocorre quando o trabalhador se
torna um mero instrumento produtor de mercadoria, quando a força de trabalho da
pessoa se torna mercadoria e pode ser vendida e comprada em troca de um salário. “É
a humanização da mercadoria e a desumanização da pessoa”.
_____________________________________________________________________________________________________
12ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – O que é produção e quais os elementos que compõe este processo?
b) – O que é modo de produção?
c) – Por que a dialética marxista e o materialismo histórico afirmam que a história da humanidade é a
história da transformação das sociedades pelos modo de produção?
d) – O que Marx analisa e defende em sua obra “O Capital”?
e) – Qual a fórmula do capital?
_________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
CONTINUAÇÃO (12ª). Responda em seu caderno:
a) – Explique os conceitos de: mercadoria, força de trabalho, dinheiro, capital, lucro, salário e mais-
valia.
b) – Explique a fórmula da mais-valia.
c) – Diferencie mais valia absoluta de mais-valia relativa.
d) – O que significa alienação?
e) – Comoocorre a alienação?
f) – Como a divisão do trabalho contribui para a alienação?
g) – O que a alienação no processo produtivo gera?
h) – Como ocorre o fetichismo da mercadoria?
i) – Como ocorre a reificação do trabalhador?
_______________________________________________________________________________
4.7. IDEOLOGIA
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No seu livro A ideologia alemã, Marx se refere à ideologia como um sistema
elaborado de representações e de idéias, que correspondem a formas de consciência
que os homens tem em determinada época. Essas representações e idéias são
qualificadas como quimeras, formas imaginárias, ilusão, sonho, enfim, algo que esta
em oposição às condições materiais da vida real. Aparece ai também a concepção de
que a ideologia é a inversão da realidade, no sentido de reflexo, como na câmara
fotográfica, onde a imagem aparece “invertida”. Marx diz que: “a existência
condiciona a consciência”, ou seja, não é consciência que determina a vida, é a vida
que determina a consciência.
Para Marx, a ideologia é “um sistema de crenças ilusórias relacionadas a uma
classe social determinada”. Por isso, ele diz: “as idéias dominantes de uma época
representam as idéias da classe dominante”.
Percebe-se nas teorias de Marx, que o tema ideologia veicula uma relação
fundamental que é a oposição entre o falso (ideologia) e o verdadeiro (saber
científico). O falso representa a ideologia e o verdadeiro é representado pela ciência,
que libertará o proletariado da dominação burguesa.
Segundo as teorias marxianas, a ideologia é um conjunto lógico, sistemático e
coerente de representações (idéias e valores) e de normas ou regras (de conduta) que
indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem
pensar, o que devem valorizar e como devem valorizar, o que devem sentir e como
devem sentir, o que devem fazer e como devem fazer. A ideologia é, portanto, tem as
seguintes características: é um corpo explicativo (representações) e prático (normas,
regras, preceitos) de caráter prescritivo, normativo, regulador.
4.8. A FUNÇÃO DA IDEOLOGIA
A função da ideologia é dar aos membros de uma sociedade dividida em classes
uma explicação racional para as diferenças sociais, políticas e culturais, sem jamais
atribuir tais diferenças à divisão da sociedade em classes, a partir das divisões na esfera
da produção. Busca camuflar as diferenças de classes sociais antagônicas e de fornecer
aos membros da sociedade o sentimento da identidade social, encontrando certos
referenciais identificadores de todos e para todos, como, por exemplo: a Humanidade,
a Liberdade, a Igualdade, a Nação, o Estado, a Pátria, o Progresso, a Família e etc.
________________________________________________________________________________________________________
13ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Para Marx, o que é ideologia?
b) – Defina ideologia, segundo as teorias marxianas.
c) – Explique a frase: “as idéias dominantes de uma época são as idéias da classe dominante”.
d) – Cite algumas características da ideologia.
e) – Qual a função da ideologia?
____________________________________________________________________________________________________
4.9. A QUESTÃO DO MÉTODO EM MARX:
A DIALÉTICA MATERIALISTA e MATERIALISMO HISTÓRICO
Em termos de método, Marx enfatiza que o pesquisador não deve se restringir à
descrição da realidade social, mas deve também se ater á análise de como essa
realidade se produz e se reproduz ao longo da história. Por exemplo, em relação às
classes na sociedade capitalista não basta a descrição das duas classes sociais existentes
– a capitalista e a dos trabalhadores –, mas é preciso mostrar a maneira como essas
classes surgiram na história, como o conflito entre elas se mantém e quais as
possibilidades de transformação dessas relações de classe no futuro. Mostrando as
possibilidades de transformação da realidade social, o cientista social pode
desempenhar um papel político revolucionário, ao tomar partido da classe
trabalhadora. Por isso, em Marx, a ciência tem um papel político necessariamente
crítico em relação à sociedade capitalista, devendo ser um instrumento não só de
compreensão, mas também de transformação da realidade. A metodologia sociológica
de Marx baseia-se na aplicação do seu materialismo dialético(concepção filosófica) aos
fenômenos sociais, que por sua vez, teve mérito de fundar uma teoria científica de
inegável alcance explicativo: o materialismo histórico(concepção científica). A teoria
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da dialética materialista se resume em: tese, antítese e síntese. E as características de
sua dialética são: tudo se relaciona, tudo se transforma, mudança qualitativa e luta dos
contrários.
Marx relacionou a existência do Estado às condições das classes sociais
existentes na sociedade. Assim, em vez do Estado imanente e superior, acima dos
homens (como pensavam os filósofos Hobbes, Locke e Rousseau), Marx apresenta-o
como um instrumento da classe dominante. A gênese do Estado reside, portanto na
divisão da sociedade em classes, sendo sua principal função conservar e reproduzir
esta divisão, garantindo os interesses da classe que domina as outras classes.
_____________________________________________________________________________________________________
14ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Para Marx, qual o papel da ciência?
b) – Em que se baseia a metodologia sociológica de Marx?
c) –  Cite as características da dialética marxista.
d) – Explique como Marx analisa o papel do Estado na sociedade?
______________________________________________________________________________________
5.1. VIDA E OBRA
David Émile Durkheim, sociólogo francês nasceu em Épinal em 15 de abril de
1858, estudou na Ecole Normale Superfieure de Paris, tendo-se doutorado em
filosofia. Em 1885 foi estudar na Alemanha, sendo muito influenciado pelas idéias do
positivismo de Wilhelm Wundt. Durkheim é um dos principais clássicos da sociologia,
foi responsável pela introdução da sociologia nas universidades como disciplina e
ciência acadêmica. De tendência ideológica conservadora, ele corresponde a uma
corrente sociológica funcionalista, cuja teorias e metodologia de caráter comparativas
consolidaram a sociologia como ciência social. Entre suas principais obras podemos
destacar: A divisão do trabalho social (1893), As regras do método sociológico (1894),
O suicídio (1897).
O sistema sociológico de Durkheim baseia-se em quatro princípios
fundamentais:
1º.  A sociologia é uma ciência independente das demais ciências sociais e da filosofia;
2º. A realidade social é formada pelos fenômenos coletivos considerados como
“coisas”;
3º. A causa de cada fato social deve ser procurada entre os fenômenos sociais que
antecedem. Para explicar um fenômeno social deve-se procurar suas causas;
4º. Todos os fatos sociais são exteriores aos indivíduos, formando uma realidade
especifica.
_____________________________________________________________________________________________________
15ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Quem foi Emille Durkheim?
b) – Qual a tendência ideológica de Durkheim?
c) – A qual corrente sociológica Durkheim corresponde?
d) – Que caráter tem as teorias e metodologia de Durkheim?
e) – Cite as principais obras de Durkheim.            
f) – Explique os quatro princípios fundamentais do sistema sociológico de Durkheim.
__________________________________________________________________________________________________________
5.2. A DIVISÃO DO TRABALHO E A SOLIDARIEDADE
Durkheim possuía uma visão otimista da nascente sociedade capitalista
industrial. Considerava que a crescente divisão do trabalho que estava ocorrendo a
todo vapor na sociedade européia e acarretava,ao invés de conflitos sociais, um
sensível aumento da solidariedade entre os homens.
4.10. A CONCEPÇÃO DE ESTADO
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De acordo com ele, cada membro da sociedade, tendo uma atividade profissional
mais especializada, passava a depender cada vez mais do outro. Julgava, assim que o
efeito mais importante da divisão de trabalho não era  o aspecto econômico, ou seja, o
aumento da produtividade, mas sim, o fato de que ela tornava possível a união e a
solidariedade entre os homens (de maneira funcional.). A origem da divisão do
trabalho está na densidade dinâmica ou moral, é o aumento das dimensões absolutas
ou do volume da sociedade que determina o processo da divisão do trabalho, que é o
fator preponderante de integração social na sociedade moderna. O progresso da
divisão do trabalho é o fio condutor do processo evolutivo que liga as formas de
sociedade mais simples às mais complexas, numa evolução de estrutura segmentar a
uma estrutura organizada – a divisão do trabalho progride quanto mais existem
indivíduos que estejam suficientemente em contato para poder agir e reagir uns sobre
os outros.
5.3. SOLIDARIEDADE MECÂNICA E SOLIDARIEDADE ORGÂNICA
(da sociedade tradicional à sociedade moderna)
Inspirado em idéias de Spencer e em um método analógico (comparação),
Durkheim desenvolveu a teoria no qual acreditava que as espécies sociais à
semelhança das espécies vivas podem ser classificadas numa escala evolutiva das mais
simples às mais complexas: caracterizou-se dois tipos de sociedade que
corresponderiam ao inferior e superior da escala evolutiva, ou seja, de uma sociedade
simples/tradicional à uma sociedade complexa/moderna; tais tipos consistem em duas
formas de solidariedade social – dois princípios de integração entre indivíduos e
grupos no interior das sociedades: solidariedade mecânica e a solidariedade orgânica.
» solidariedade mecânica: ocorre quando a consciência coletiva exerce um papel
preponderante como princípio de integração social. A sociedade se apresenta como
um conjunto mais ou menos organizado de crenças e sentimentos comuns a todos os
indivíduos (membros do grupo) é a semelhança de crenças e sentimentos que mantêm
os indivíduos e grupos unidos nesse tipo de sociedade todos exercem
aproximadamente as mesmas atividades, dividem os mesmos deuses. São sociedades
primitivas (tribais), onde existe a homogeneidade econômica e cultural. As
consciências individuais são subordinadas à consciência coletiva. O direito é
repressivo, para manter a coesão social.
» solidariedade orgânica: a integração social é realizada a partir da diferenciação
entre indivíduos e grupos no interior da sociedade, existe um sistema de funções
diferentes e especiais, que unem relações definidas, trata-se da solidariedade produtiva
pela divisão do trabalho, que supõe precisamente a diferenciação e a
complementaridade de funções com forma de cooperação e entre os membros da
sociedade. São sociedades modernas que possuem uma organização complexa. O
direito é restitutivo, não é tanto para punir as condutas desviantes, mas impor a
separação dos prejuízos causados pelo descumprimento das obrigações profissionais
ou funcionais (juridicamente seria o direito civil, comercial, processual,
administrativo).
____________________________________________________________________________________________________________
__
16ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Qual era a visão de Durkheim sobre a sociedade capitalista industrial?
b) – Como Durkheim julgava a importância da divisão do trabalho?
c) – Qual a origem e o progresso da divisão do trabalho na sociedade?
d) – Explique a teoria de Durkheim no qual as sociedades passam de uma sociedade
simples/tradicional à uma sociedade complexa/moderna.
e) – Explique a diferença de uma sociedade tradicional e uma sociedade moderna destacando os dois
tipos de solidariedade mecânica e orgânica desenvolvida por Durkheim.
____________________________________________________________________________________________________________
__
Durkheim é também admirado pelo estudo dos problemas da personalidade,
realizado em sua obra O suicídio (1897), em que a divisão do trabalho é tratada como
um desenvolvimento normal da sociedade humana, que propicia o aumento da
5.4. A QUESTÃO PATOLÓGICA E ANÔMICA DA SOCIEDADE
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iniciativa pessoal em detrimento da autoridade exercida pela tradição. Entretanto, o
número crescente de suicidas nas sociedades desenvolvidas foi por ele considerado
como um traço patológico na organização social. Nesse sentido, Durkheim descreve
três tipos de suicídios:
* Altruísta – quando o individuo fortemente ligado a um grupo não distingue entre
seus próprios interesses e os do grupo, sendo capaz de sacrificar-se por ele. É o caso
de soldados que se sacrificam para salvar companheiros. Esse tipo de suicídio também
pode ser levado a efeito pelo individuo que deixa de satisfazer os padrões do grupo: a
morte é, então, preferível a qualquer outra coisa;
* Egoísta – é o suicídio que ocorre quando o individuo não está envolvido com
ninguém nem com nenhuma causa, faltando-lhe laços emocionais que lhe tornem a
vida digna de viver;
* Anômico – é o suicídio que se manifesta quando o individuo participa de uma
sociedade caracterizada pela anomia (ausência de regras, sem normas), sendo comum
em épocas de depressão econômica.
A importância de O suicídio está intimamente relacionada aos esclarecimentos
que presta quanto ao relacionamento humano, tanto no que se refere aos grupos
quanto ao que diz respeito às normas dos grupos.
_____________________________________________________________________________________________________
17ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Como Durkheim considera o número crescente de suicídios na sociedade moderna?
b) – Como se chama a o obra no qual Durkheim desenvolve um estudo sobre a personalidade?
c) – Cite os três tipos de suicídio estudados por Durkheim.
d) – Explique o que é um suicídio Altruísta?
e) – Explique o que é um suicídio Egoísta?
f) – Explique o que é u suicídio Anômico?
g) – Qual a importância do estudo do suicídio?
___________________________________________________________________________________________________________
5.5. O MÉTODO DE ESTUDO DA SOCIOLOGIA
Em sua obra As regras do método sociológico (1894), Durkheim propõem
alguns procedimentos aos pesquisadores: o método de uma ciência consiste no
conjunto de regras que o pesquisador deve seguir para realizar, de maneira correta,
suas pesquisas. Como Durkheim enfatiza o caráter exterior e coercitivo dos fatos
sociais, ele colocará como regra básica de seu método que o pesquisador deve analisar
os fatos sociais como se eles fossem coisas, isto é, como se fossem objetos que
existem independentemente de nossas idéias e vontades. Com isso, Durkheim enfatiza
como fundamental para uma pesquisa científica a posição de neutralidade e
objetividade que o pesquisador deve descrever a realidade social, sem deixar que suas
idéias e opiniões interfiram na observação dos fatos sociais.
5.6. FATO SOCIAL
Para Durkheim, na relação individuo e sociedade, ele destaca que a sociedade
prevalece sobre o individuo. A sociedade é, para esse autor, um conjunto de normas
de ação, pensamento e sentimento que não existem apenas na consciência dos
indivíduos, mas que são construídos exteriormente. Isto é, fora das consciências
individuais. Em outras palavras, na vida em sociedade o homem defronta com regras
de conduta que não foram diretamente criadas por ele, mas que existem e são aceitas
na vida em sociedade, devendo ser seguidas por todos. Sem essas regras, a sociedade
não existiria e é por isso que os indivíduos devem obedecê-las. Os fatos sociais são os
modosde pensar, sentir e agir de um grupo social. O modo de vestir, a língua, o
sistema monetário, a religião e uma infinidade de outros fenômenos são consideradas
fatos sociais.
As leis são um bom exemplo do raciocínio de Durkheim. Em toda sociedade
existem leis que organizam a vida em conjunto. O individuo isolado não cria leis nem
pode modificá-las. São as gerações de homens que vão criando e reformulando
coletivamente as leis. Essas leis são transmitidas para as gerações seguintes na forma
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de códigos, decretos, constituições, etc. como indivíduos isolados, temos de aceita-las;
sob pena de sofrer castigos por viola-las.
Seguindo essas idéias, Durkheim afirmara que os fatos sociais, ou seja, o objeto
de estudo da sociologia, é justamente essas regras e normas coletivas que orientam a
vida dos indivíduos em sociedade. Tais fatos sociais são diferentes dos fatos estudados
por outras ciências por terem origem na sociedade, e não na natureza (como nas
ciências naturais) ou no individuo (na psicologia).
5.7. CARACTERÍSTICAS DO FATO SOCIAL
Esses fatos sociais têm três características básicas que permitirão sua
identificação na realidade, elas são: gerais, exteriores e coercitivos.
1ª. Generalidade – o fato social é comum aos membros de um grupo;
2ª. Exterioridade – o fato social é externo ao individuo, existe independentemente de
sua vontade. Isto é, consistem em idéias, normas ou regras de conduta que não são
criadas isoladamente pelos indivíduos, mas foram criadas pela coletividade e já existem
fora de nós quando nascemos.
3ª. Coercitividade – os indivíduos vêem-se obrigados a seguir o comportamento
estabelecido porque essas idéias, normas e regras devem ser seguidas pelos membros
da sociedade; se isso não acontece, se alguém desobedece a elas, é punido, de alguma
maneira pelo resto do grupo.
É justamente a educação um dos exemplos preferidos por Durkheim para
mostrar o que é um fato social. O individuo, segundo ele, não nasce sabendo
previamente as normas de conduta necessárias para a vida em sociedade. Por isso,
toda sociedade tem de educar seus membros, fazendo com que aprendam as regras
necessárias à organização da vida social. As gerações adultas transmitem às crianças e
aos adolescentes aquilo que aprenderam ao longo de sua vida em sociedade. Com isso,
o grupo social é perpetuado, a pesar da morte dos indivíduos.
O que a criança aprende na escola? Idéias, sentimentos e hábitos que ela não
possui quando nasce, mas que são essenciais para a vida em sociedade. A linguagem,
por exemplo, é aprendida, em grande medida, na escola. Ninguém nasce conhecendo
a língua de seu país. É necessário um aprendizado, que começa já nos primeiros dias
de vida e se prolonga no decorrer dos muitos anos na escola, para que a criança
consiga se comunicar de maneira adequada com seus semelhantes. Sem o aprendizado
da linguagem, a criança não poderia participar da vida em sociedade.
5.8. INSTITUIÇÃO
Outro conceito importante para Durkheim é o de instituição. Para ele, uma
instituição é um conjunto de normas e regras de vida que se consolidam fora dos
indivíduos e que as gerações transmitem uma às outras. Há ainda muitos outros
exemplos de instituições: família, Estado, Igreja, Exército, etc. Assim, para Durkheim
é a sociedade, como coletividade, que organiza, condiciona as ações individuais. O
individuo aprende a seguir normas e regras de ação que lhes são exteriores. Ou seja,
que não foram criadas por ele, e são coercitivas, pois limitam sua ação e prescreve
punições para quem não obedecer aos limites sociais. A função das instituições é
socializar os indivíduos, fazer com que eles assimilem as regras e normas necessárias à
vida em comum.
____________________________________________________________________________________________________________
__
18ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – O que Durkheim coloca como regra básica de seu método de pesquisa?
b) – O que Durkheim enfatiza como fundamental para uma pesquisa científica?
c) – Como Durkheim vê a relação individuo e sociedade?
d) – O que é sociedade para Durkheim?
e) – Para Durkheim, qual a importância das regras sociais?
f) – Na concepção de Durkheim, O que é fato social?
g) – Qual o objeto de estudo da sociologia, segundo Durkheim?
h) – Cite e explique as características dos fatos sociais.
i) – Qual a importância da educação, segundo Durkheim?
j) – O que é instituição?, Cite exemplos e explique sua função.
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6.1. VIDA E OBRA
Nascido em Erfut, a 21 de Abril de 1864, Max Weber tornou-se um dos
sociólogos e economistas político mais importante da Alemanha nos séculos XIX e
XX. Max Weber foi um dos mais importantes clássicos da sociologia, pois suas teorias
contribuem até hoje para a análise da vida social. Filho de uma abastada família de
comerciantes formou-se em direito e economia nas Universidades de Berlim e de
Heidelberg respectivamente. Mais tarde trabalhou como professor nas Universidades
de Berlim (1893), Freiburg (1894), Heidelberg (1897), Viena (1917). Pode-se afirmar
que a vida de Max Weber foi totalmente dedicada aos estudos, à pesquisa e à
participação ativa na política alemã de seu tempo, principalmente mediante suas
intervenções em conferências, seus artigos para jornais e revistas e seus escritos
publicados em vida e postumamente. Max Weber é um pensador de tendência
ideológica conservadora e suas análises têm características histórico-comparativa.
Entre suas principais obras podemos destacar: A ética protestante e o espírito do
capitalismo e Economia e sociedade.
_________________________________________________________________________________________________________
19ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Quem foi Max Weber?
b) – Como foi a vida de Max Weber?
c) – Qual a tendência ideológica de Max Weber?
d) – Qual as características das análises teóricas de Weber?
e) – Quais as principais obras de Weber?
__________________________________________________________________________
6.2. A METODOLOGIA E A NEUTRALIDADE CIENTÍFICA
A sua insistência em compreender as motivações das ações humanas levou-o a
rejeitar a proposta do positivismo de transferir para a sociologia a metodologia de
investigação utilizada pelas ciências naturais. Não havia, para ele, fundamento para
esta resposta, uma vez que o sociólogo não trabalha sobre uma matéria inerte, como
acontece com as cientistas naturais. Weber diz que o ponto chave de uma investigação
sociológica é o individuo e sua ação, é a compreensão da ação dos indivíduos e não a
análise das “instituições sociais” ou “grupo social” que vai nos permitir entender a
sociedade. Para compreender as instituições temos que partir das intenções e
motivações dos indivíduos que vivenciam estas situações sociais.
Ao contrário do positivismo, que dava maior ênfase aos fatos, à realidade
empírica, transformando geralmente o pesquisador num mero registrador de
informações, a metodologia de Weber atribuía-lhe um papel ativo na elaboração do
conhecimento.
A intenção de conferir à sociologia uma reputação científica encontra na figura
de Max Weber, um marco de referência. Durante toda a sua vida, insistiu em
estabelecer uma clara distinção entre o conhecimento científico, fruto de cuidadosa
investigação, e os julgamentos de valor sobre a realidade. Com isso, desejava assinalar
que um cientista não tinha o direito de possuir, a partir de sua profissão, preferência
políticas e ideológicas. No entanto, julgava ele, sendo todo cientista também um
cidadão, poderia ele assumir posições apaixonadas em face dos problemas
econômicos e políticos, mas jamais deveriadefende-los a partir de sua atividade
profissional. Essa posição de Weber, que tantas discussões têm provocado entre os
cientistas sociais, constitui, ao isolar a sociologia dos movimentos revolucionários, um
dos momentos decisivos da profissionalização dessa disciplina. A idéia de uma ciência
social neutra seria um argumento útil e fascinante para aqueles que viviam e iriam
viver da sociologia como profissão. Ela abria a possibilidade de conceber a sociologia
como um conjunto de técnicas neutras que poderiam ser oferecidas a qualquer
comprador público ou privado. Vários estudiosos da formação da sociologia têm
assinalado, no entanto, que a neutralidade defendida por Weber foi um recurso
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utilizado por ele na luta pela liberdade intelectual, uma forma de manter a autonomia
da sociologia em face da burocracia e do Estado alemão da época.
6.3. CIENTISTA x POLÍTICO
A busca de uma neutralidade científica levou Weber a estabelecer uma rigorosa
fronteira entre o cientista, homem do saber, das análises frias e penetrantes; e o
político, homem de ação e de decisão comprometido com questões práticas da vida.
O que a ciência tem a oferecer a esse homem de ação, segundo Weber, é um
entendimento claro de sua conduta, das motivações e das conseqüências de seus atos.
A sociologia por ele desenvolvida considerava o indivíduo e sua ação como
ponto chave da investigação. Com isso, ele queria salientar que o verdadeiro ponto de
partida da sociologia era a compreensão da ação dos indivíduos e não a análise das
“instituições sociais” ou de “grupos sociais”, tão enfatizadas pelo pensamento
conservador. Com essa posição, não tinha a intenção de negar a existência ou a
importância dos fenômenos sociais, como o Estado, a empresa capitalista, a sociedade
anônima, mas tão somente a de ressaltar a necessidade de compreender as intenções e
motivações dos indivíduos que vivenciam estas situações sociais.
A ciência não pode propor fins a ação prática: “uma ciência empírica não está
apta a ensinar a ninguém aquilo que ‘deve’, mas, sim, apenas aquilo que ‘pode’ – em
certas circunstâncias – aquilo que ‘quer fazer’”. O domínio da ciência empírica deve
ser definida como o dos meios e não como o dos fins.
_____________________________________________________________________________________________________
20ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Segundo Weber, qual é ponto chave de uma investigação sociológica?
b) – Por que Weber foi importante para a reputação científica da sociologia?
c) – Por que Weber diferencia o cientista do político?
d) – O que Weber quis salientar ao dizer que o ponto chave da investigação é o individuo e sua ação?
e) – Por que Weber afirma que a ciência não pode propor fins a ação prática?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
__
6.4. A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO
Vivendo em uma nação retardatária quanto ao desenvolvimento capitalista,
Weber procurou conhecer a fundo a essência do capitalismo moderno. Ao contrário
de Marx, Weber não considerava o capitalismo um sistema injusto, irracional e
anárquico. Para ele, as instituições produzidas pelo capitalismo, como uma grande
empresa, constituíam clara demonstração de uma organização racional que
desenvolvia suas atividades dentro de um padrão de precisão e eficiência. Exaltou em
diversas oportunidades a formação histórica das sociedades inglesa e norte-americana,
ressaltando a figura do empresário, considerado às vezes um verdadeiro
revolucionário. De certa forma, o seu elogio a seu caráter antitradicional do
capitalismo inglês, especialmente do norte-americano, era a forma utilizada por ele
para atacar os aspectos retrógrados da sociedade alemã, principalmente os
latifundiários prussianos.
Em sua obra: “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, Weber procurou
demonstrar que a formação do capitalismo europeu não seguiu apenas causalidades
econômicas como propôs Karl Marx em suas teorias estritamente economicistas.
Para Weber, as idéias religiosas e éticas foram de importância fundamental na
formação do capitalismo, buscou também esclarecer os caracteres específicos do
capitalismo como um regime econômico de grande desenvolvimento, principalmente
nos países protestantes, especialmente naqueles em que predominava o calvinismo.
Para ele, não havia fundamento em admitir o principio de que a economia dominasse
as demais esferas da realidade social. Esse estudo o levou a pesquisar também a
história religiosa e social da Índia, da China e do povo judeu. O resultado desse
trabalho foi publicado em três volumes sob o titulo Estudos Reunidos sobre a
Sociologia das Religiões. Assim Weber fundou uma nova ramificação da sociologia
que foi a: Sociologia da religião.
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21ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Por que Max Weber discordava de Marx sobre o capitalismo?
b) – O que Weber buscou demonstrar em sua obra: A ética protestante e o espirito do capitalismo”?
c) – Que ramificação da sociologia Weber fundou?
__________________________________________________________________________
6.5. TIPO IDEAL
É o instrumento principal da compreensão. Corresponde a um processo que
representa o primeiro nível de generalização de conceitos absolutos e correspondendo
as exigências lógicas da prova, então intimamente ligados à realidade concreta e
particular (de relações sociais).
Corresponde a um processo de conceituação que abstrai de fenômenos
concretos o que existe de particular, construindo assim um conceito individualizante
ou como diz o próprio Weber: “um conceito histórico concreto”.
É um procedimento metodológico que incorporam relações sociais abstratas,
características universais da ação social e conjuntura histórica definida.
O tipo ideal não deve ser aceito somente como generalizações, proposições,
definições e hipóteses.
6.6. AÇÃO E RELAÇÃO SOCIAL
A ação é definida por Weber como toda conduta humana (ato, omissão,
permissão) dotada de um significado dado por quem a executa e que orienta essa ação.
Quando tal orientação tem vista a ação – passada, presente, ou futura – de outro ou
de outros agentes que podem ser “individualizados e conhecidos ou uma pluralidade
de indivíduos indeterminados e completamente desconhecidos” – o público, a
audiência de um programa, a família do agente etc – a ação passa a ser definida como
social. A ação é determinada pelas intenções, motivações e expectativas de outros.
A relação social se refere à conduta de múltiplos agentes que se orientam
reciprocamente em conformidade com um conteúdo específico (conflito, hostilidade,
amizade, competição, atração sexual etc) do próprio sentido das suas ações. As
relações sociais podem ser de natureza transitória, assimétrica: quando não há o
mesmo sentido subjetivo e se expõe atitudes diferentes sem reciprocidade, mas
mutuamente orientado à mesma expectativa; simétrica: quando a relação corresponde
em suas expectativas o mesmo significado para todos envolvidos.
6.7. AÇÃO SOCIAL
Para Weber a sociologia é a ciência que procura uma compreensão interpretativa da
ação social para a partir daí chegar à explicação causal do seu sentido e dos seus
efeitos.
Para Max Weber, a análise sociológica estará centrada nos atores e em suas
ações. O agente individual é a unidade da análise sociológica, a única entidade capaz
de conferir significado às suas ações. A sociedade não é algo exterior e superior aos
indivíduos; a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações

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