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Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos APRESENTAÇÃO O mundo competitivo está cada vez mais exigindo tomadas de decisões rápidas e assertivas, o espaço para erros é muito pequeno. Partindo da ideia que hoje o mundo tem muitas informações para processar, o desafio é processar as informações corretas, afinal você pode consultar várias fontes, mas não ter a certeza de qual a correta ou fundamental. Há então que se ter um mecanismo que auxilie nessa escolha, pois uma escolha errônea pode colocar tudo a perder. Com o passar do tempo, os sistemas de auxílio foram evoluindo e estão a nossa disposição para uso e uma melhor tomada de decisão. Que tal explorar esses sistemas Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá estudar os sistemas de informação e apoio a tomada de decisões, bem como compreender a grande importância desses sistemas para as empresas e as pessoas que estão a frente da tomada de decisão. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os sistemas de informação.• Compreender a importância dos sistemas de informação para a tomada de decisão.• Reconhecer os sistemas de apoio a decisão.• DESAFIO A utilização de sistemas integrados de informação é, hoje, a chave para o sucesso empresarial, as empresas que ainda não estão nesse mundo podem correr o risco de não existirem mais. Se você precisasse gerenciar uma empresa que ainda não se adequou a essa nova realidade, você saberia o que fazer? Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Descreva quais as atitudes você tomaria para essa herança não se transformar em um desastre: INFOGRÁFICO Antigamente não haviam tantas opções para o gerenciamento de negócios e tudo funcionava. Correto? Porém, por que o surgimento de sistemas foi necessário? Acompanhe no Infográfico! CONTEÚDO DO LIVRO No capítulo Sistemas especialistas. Sistemas de apoio à decisão. Sistemas executivos, da obra Sistemas de Informação, base teórica desta disciplina, você poderá aprofundar o seu conhecimento sobre os sistemas abordados. O conteúdo começa com os sistemas especialistas, passando pelos sistemas de apoio à decisão e terminando com o estudo sobre os sistemas de informação executivas. Todos eles direcionados a facilitar a vida das empresas. Boa leitura. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Glauber Rogério Barbieri Gonçalves Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052 G643s Gonçalves, Glauber Rogério Barbieri Sistemas de informação [recurso eletrônico] / Glauber Rogério Barbieri Gonçalves ; [revisão técnica: Jeferson Faleiro Leon]. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. ISBN 978-85-9502-227-0 1. Computação. 2. Sistemas de Informação. I. Título. CDU 004.78 Revisão técnica: Jeferson Faleiro Leon Graduado em Desenvolvimento de Sistemas Especialista em Formação Pedagógica Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar os sistemas de informação. � Compreender a importância dos sistemas de informação para a to- mada de decisão. � Reconhecer os sistemas de apoio a decisão. Introdução O mundo competitivo está cada vez mais exigindo tomadas de decisão rápidas e assertivas, o espaço para erros é muito pequeno. Partindo da ideia que hoje o mundo tem muitas informações para processar, o desafio é processar as informações corretas, afinal você pode consultar várias fontes, mas não ter a certeza de qual a correta ou fundamental. Há então que se ter um mecanismo que auxilie nessa escolha, pois uma escolha errônea pode colocar tudo a perder. Com o passar do tempo, os sistemas de auxílio foram evoluindo e estão a nossa disposição para uso e uma melhor tomada de decisão. Que tal explorar esses sistemas? Neste texto, você irá estudar os sistemas de informação e de apoio à tomada de decisões, bem como compreender a grande importância desses sistemas para as empresas e as pessoas que estão à frente da tomada de decisão. Sistemas de informação Desde o século passado, principalmente na última metade, a humanidade evoluiu muito em praticamente todos os aspectos. As invenções mudaram a forma como conhecemos o mundo hoje e, é claro, que a área da informação não poderia ficar de fora, afinal, a cada dia necessitamos de mais informações para realizarmos nossas tarefas. Os sistemas de informação são os conjuntos organizados de elementos, podendo ser pessoas, dados, atividades ou recursos em geral. Esses elementos interagem entre si para o processamento de informações para depois, de alguma forma, divulgar essas informações processadas, Entre os sistemas de informação, destacam-se três: sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos, que são os sistemas de informação que você vai estudar neste texto. Sistemas especialistas Os chamados sistemas especialistas são programas que auxiliam na resolução de problemas complexos e que precisam, para sua solução, de um maior com- binado de informações. De acordo com o autor Feigenbaum apud Harmon e King (1988) o sistema especialista, também conhecido pela sigla SE, “[...] é um programa inteligente de computador que usa conhecimentos e procedimentos inferenciais, para resolver problemas muito complexos, de forma a requererem para sua resolução muita perícia humana.”. Os sistemas especialistas fazem então a interface da base de dados das informações sobre os conhecimentos afins, correlacionando essas informa- ções com a figura do ser humano, que esta buscando a solução para algum problema, eles não substituem o ser humano, mas sim efetuam a análise de maneira similar vindo a auxiliar nas decisões. Os sistemas especialistas normalmente são compostos por uma linguagem de expressão fornecida pelos especialistas, com uma boa base de conheci- mentos armazenada e um programa de acesso a esses dados. Assim, eles conseguem suprir a figura de um especialista para auxiliar os usuários na solução de problemas. Classificação dos sistemas especialistas Os sistemas especialistas receberam ao longo do tempo inúmeras classificações, você verá a seguir as mais citadas. Interpretação: sistemas que são utilizados para procurar e determinar relações e significados com base na análise de dados. Têm mecanismos que permitem tratar dados errôneos ou distorcidos ou até mesmo ausentes. Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos110 Diagnósticos: sistemas que podem detectar falhas oriundas das análises de dados, eles têm internamente o sistema de interpretação de dados, com isso, permitem ao diagnosticador decidir sobre quais medidas tomar. Monitoramento: sistema que monitora o comportamento e avisa sobre eventuais falhas. Essa rotina é executada continuamente, sobre um compor- tamento esperado dentro de limites estabelecidos, qualquer sinal diferente deverá ser tratado para a correta interpretação. Predição: sistema utilizado para a projeção de dados futuros, de acordo com uma base de dados de acontecimentos passados e coleta de dados do presente. Podemos chamar essa fase de cenarização, ou seja, o sistema a partir da análise do comportamento dos dados utiliza raciocínios hipotéticos para essas projeções futuras, sempre se baseando na variação dos dados que estão entrando. Planejamento: sistema utilizado em primeiro plano para preparar ações a serem tomadas para que sejam alcançados os objetivos propostos. Esse sistema deve ser capaz de enfocar os aspectos mais importantes e classificar em ordem de importância os problemas para que os objetivos finais sejam alcançados. Ele tem características parecidas com as do sistema de predição e opera com grandes e complexos problemas. Projeto: sistema utilizado para preparação e/ou acompanhamento da execução de projetos, realizando o acompanhamento das suas etapas, suascaracterísticas são parecidas com as dos sistemas de planejamento, pois devem produzir especificações que levem ao alcance dos objetivos propostos. Ele é capaz de apresentar uma visão global do projeto e do status de realização, podendo auxiliar para eventuais alterações de cronogramas. Depuração: auxilia no fornecimento de soluções para o mau funcionamento provocado, por exemplo, uma distorção dos dados cadastrados. Tem rotinas para que, de forma automática, verifique as diversas partes componentes para ir validando o sistema como um todo. Reparo: após a etapa de diagnóstico o sistema de reparo faz as modificações necessárias para a melhoria do processo. Instrução: é utilizado para verificação e correção de comportamento de aprendizado, e incorpora como subsistema um sistema de diagnóstico e de reparo. O sistema de instrução é focado no estudante, portanto seu funciona- mento consiste em ir interagindo com o treinando. Controle: normalmente são sistemas que apresentam controle sobre outros sistemas; é o mais complexo, pois sua base de consulta avalia todos os dados disponíveis. 111Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos Ferramentas para construção de sistemas especialistas As ferramentas para construção também podem ser chamadas de linguagens de programação que são utilizadas para a implementação. A seguir você verá as principais linguagens: � LISP: utilizada pelos norte-americanos nos programas de inteligência artificial, é bastante experimentada e bem confiável. � PROLOG: utilizada pelos europeus, tem seus princípios na lógica e na matemática, hoje já esta sendo substituída pelo JAVA. � JAVA: criada na década de 1990, é orientada a objetos (comportamento dos objetos determinados por classes) e compilada em bytecode, que posteriormente são processadas. Arquitetura dos sistemas especialistas Os sistemas especialistas tem uma arquitetura própria que você verá na Figura 1. O esquema mostra como são as correlações dos componentes desses sistemas, mostrando o caminho que as informações percorrem desde o especialista até o usuário final. Figura 1. Estrutura da arquitetura de um sistema especialista. Fonte: Pamphylio (2014). Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos112 O Quadro 1 mostra em detalhe os módulos da arquitetura de um sistema especialista. Base de conhecimentos É o modulo básico do sistema, contém o seu conhecimento sob a forma de regras de produção, quadros e redes semânticas. Máquina de inferência Contém o interpretador de regras e o escalonador de regras. Quadro negro É a área de trabalho, contendo informações e fatos e estruturas de suporte ao funcionamento do sistema, quando ele efetua os raciocínios. Sistema de justificação Contém os questionamentos dos usuários, por exemplo, pode responder a perguntas do tipo “Como chegou a esta conclusão?” Mecanismos de aprendizagem Apresenta recursos que permitem fazer acréscimos e alterações na base de conhecimentos. Sistema de aquisição de conhecimento Dá condições do sistema ampliar e alterar seu conhecimento, é a parte crítica de qualquer sistema especialista. Sistema de consulta Interface do sistema com o usuário. Processador de linguagem natural Torna ao usuário o sistema transparente em toda a sua complexidade, trazendo a linguagem ao nível do usuário para que o processo fique mais fácil. Quadro 1. Módulos da arquitetura de um sistema especialista. Fases para o desenvolvimento dos sistemas especialistas Pode ser desenvolvido em seis fases, conforme apresentado no Quadro 2, sendo que a aplicação depois de confeccionado está presente nas mais diversas áreas do conhecimento e nomes diferentes serão encontrados, por exemplo, na área jurídica pelo nome de JUDITH, na agricultura pelo POMME, engenharia pelo REACTOR, na física pelo GAMMA, entre muitos outros. 113Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos Fases Ponderações Identificação Identificar os participantes do projeto, os recursos necessários e as características do problema e quais objetivos serão alcançados. Conceituação Definir a base conceitual do sistema especialista (quais recursos básicos necessários para descrever o problema). Formalização Envolve a expressão de conceitos e de relações-chaves, buscando identificar as estruturas de armazenamento de dados. Implementação Edição do conhecimento e a implementação dos programas que serão processados. Teste e avaliação Realizar os testes no protótipo desde a fase inicial até a fase final. Revisão Processo contínuo que acompanha todo o desenvolvimento do programa, objetiva alterar e melhorar os aspectos abordados e observados na fase de avaliação. Quadro 2. Fases de desenvolvimento de sistemas especialistas. Sendo assim, podemos observar que os sistemas especialistas podem trazer inúmeros benefícios as nossas vidas, sejam no trabalho ou em nossa vida pessoal, pois eles vêm colaborar e fornecer maiores dados na tomada de decisão, não substituem a análise do ser humano, mas sim dão mais velocidade ao complexo mundo das muitas informações. Para entender quando usar esses sistemas você tem que perceber que, quando um problema não pode ser algoritimizado por você, ou que a solução demore muito a ser processada, é o momento ideal para utiliza-los. Sabendo que os sistemas especialistas podem ser a solução, pois tem em seu mecanismo a premissa dos processos heurísticos internamente apoiados na experiência profissional de um especialista em determinada área, isso torna a solução de problemas mais acessível. Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos114 Shell’s são ferramentas computacionais que utilizam técnicas de inteligência artificial para geração automática de sistemas especialistas. Os projetos têm como objetivo a construção de um ambiente computacional (Shell) para desenvolvimento de sistemas especialistas, empregando técnicas e algoritmos de inteligência artificial, permitindo ao Engenheiro do Conhecimento (especialista) a formalização e a representação se seu conhecimento de uma determinada área do saber. Sistemas de apoio à decisão Na atualidade, para permanecerem no mercado, as empresas buscam cons- tantemente mecanismos de apoio, o tempo não pode ser perdido e tem que ter retorno rápido, como você sabe a informação é fundamental nesse processo, afinal quem detém a informação sai na frente nessa corrida. Veremos agora o sistema de apoio à decisão (SAD) que faz então parte do conjunto de sistemas de informações que auxiliam as empresas no mundo todo. Normalmente, eles são encontrados no nível estratégico, pois regem as ações de planejamento. Um breve histórico sobre o SAD nos remete a duas grandes áreas de pesquisa: o estudo teórico da tomada de decisões nas organizações, realizado no Instituto de Tecnologia de Carnegie, no fim dos anos de 1950 e início dos anos de 1960, e os trabalhos técnicos em sistemas computacionais interativos, realizados pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) também nos anos de 1960. É de comum acordo que esses estudos sobre o conceito dos SAD se tornou área de pesquisa nos anos de 1970, avançando a década de 1980 com mais vigor. Ele passou pelo estudo dos sistemas de informação executiva (EIS, Executive Information System), sistemas de apoio à decisão de grupo (GDSS, Group Decision Support System), e sistemas de apoio à decisão organizacionais (ODSS, Organizational Decision Support Systems), envolvendo um único usuário e o SAD orientado à modelagem. Nos anos de 1990, já consolidado, abrigou os conceitos de data warehouse e processamento analítico on-line (OLAP, On-Line Analytical Processing). Na sequência, teve incremento das novas aplicações analíticas baseadas na web. Como esses sistemas de informação são flexíveis, o empresário passou a ter confiança na sua utilização, tanto para as complexas análises de planejamento115Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos como também para as tarefas rotineiras e, com isso, passou a ganhar tempo para resolução de problemas. Hoje eles são utilizados em todos os níveis dentro das empresas, na Figura 2 você pode observar os níveis de decisão da empresa e verá que a informação permeia por todos e que em todos devemos ter decisões rápidas para que um pequeno problema não fique maior e demande mais energia para a sua solução. Figura 2 Níveis de decisão das empresas. Fonte: Mapa da Prova (2013). Alguns autores trazem os SADs no nível tático, no qual são tomadas as decisões em nível gerencial, porém, atualmente, eles estão presentes em todos os demais níveis. A informação não é mais exclusiva da área estratégica, hoje ela tem livre acesso em todos os níveis, pela necessidade de agilidade e rapidez. Para fixar a diferença entre os níveis, você deve lembrar que, no nível estratégico são determinados os objetivos da organização; no nível tático, as decisões a nível gerencial, abaixo das estratégicas, sendo essas normalmente tomadas pela gerência média, conhecidos no Mercado como os gerentes de divisão ou de departamento; e, por fim, o nível operacional, que é o responsá- vel pela produção, pelo dia a dia da empresa realizando as tarefas que foram idealizadas pelo planejamento e buscando sempre cumprir os objetivos e metas propostas. Os sistemas de apoio à decisão configuram, então, uma das principais categorias de sistemas de informação gerencial, pois atuam diariamente dentro dessas organizações. Para seu pleno funcionamento eles utilizam os modelos analíticos, os bancos de dados especializados, as entradas e Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos116 percepções do utilizador e processos interativos de modelagem, baseados em computador para o apoio na tomada de decisões, sejam elas semiestruturadas ou não estruturadas. Modelos e software de DSS Os sistemas de apoio à decisão utilizam a “base de modelos” e também os bancos de dados como recursos chave. Uma base de modelo DSS é um com- ponente de software que consiste em modelos utilizados em rotinas compu- tacionais e analíticas que expressam matematicamente uma lógica entre as diversas variáveis analisáveis, buscando com isso uma análise pautada na racionalidade. São projetados para serem sistemas ad hoc de resposta rápida, que são iniciados e controlados pelos usuários gerenciais. Esses usuários normalmente não utilizam um só sistema, mas sim um pacote de software DSS em sua estação de trabalho para realizar as consultas, providenciar respostas a demandas e emitir comandos, os quais irão solucionar os problemas apresentados. A utilização fica on-line, mas não apenas geram relatórios, são utilizados na imediata proposta de solução a problemas, o pensamento é proativo e não reativo. Para isso um DSS apresenta quatro tipos básicos de atividades em sua modelagem analítica, que você pode conferir no Quadro 3. Análise do tipo What If Nesse tipo de análise o usuário final introduz mudanças nas variáveis ou relações entre elas, observando as mudanças resultantes nos valores de outras variáveis correlacionadas. Análise de sensibilidade Trata-se de um caso especial de análise supositiva, em que o valor de uma única variável é alterado repetidas vezes e as mudanças ocasionadas em outras variáveis são observadas uma a uma. Sendo assim a análise de sensibilidade é, na verdade, um caso de análise supositiva envolvendo mudanças repetidas em apenas uma variável de cada vez. Os usuários a utilizam quando estão ou ficam em dúvida quanto às premissas assumidas na estimativa do valor de certas variáveis-chave. Quadro 3. Tipos de modelagem analítica de DSS. (Continua) 117Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos Aplicações do sistema de apoio à decisão Como podemos observar, esses sistemas têm ampla possibilidade de utili- zação, os meios empresarias nas suas mais diversas formas podem se bene- ficiar de sua praticidade em auxiliar na solução de problemas. Estes podem teoricamente andar sobre qualquer área do conhecimento, por exemplo, na área da medicina, indústria e agricultura, também muito utilizados nas áreas econômico-financeiras. Para exemplificar, citamos a decisão para diagnósticos médicos, análise financeira em bancos para concessão de crédito, projeto de prédios na cons- trução civil que buscam a otimização dos materiais utilizados gerando menos sucata, entre outras tantas aplicações. Esses sistemas têm ainda muitas aplicações que podem ser descobertas, fica a você um desafio de aprofundar-se no tema e usar sua criação para desenvolver soluções que possam ainda mais auxiliar as empresas na tomada de decisão, facilitando o gerenciamento das ações pelos gerentes e demais colaboradores das empresas. Análise de busca de metas Esse tipo de análise inverte a direção da análise realizada na análise supositiva e na análise de sensibilidade. Ela não busca observar como as mudanças em uma variável afetam outras variáveis, mas sim fixa um valor alvo para uma variável e, em seguida, altera repetidas vezes as outras variáveis, até que o valor alvo seja alcançado. Análise de otimização Trata-se de uma extensão mais complexa da análise de busca de metas. Ela não fixa uma variável para um valor específico, mas em como encontrar o valor ótimo para uma ou mais variáveis-alvo, dadas certas limitações. Após, muda-se uma ou várias outras variáveis repetidas vezes, sujeitas às limitações especificadas, até que sejam descobertos os melhores valores para as variáveis-alvo. Quadro 3. Tipos de modelagem analítica de DSS. (Continuação) Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos118 Os SAD também têm uma conexão com o paradigma de interface do hipertexto. Ambos os sistemas PROMIS (para tomada de decisões médicas) da Universidade de Vermont e ZOG/KMS de Carnegie (para tomada de decisões militares e comerciais) eram sistemas de apoio à decisão com o maior aprofundamento de pesquisa em interface com o usuário. Os sistemas são suporte para diferentes estruturas de problemas, que podem variam em problemas altamente estruturados (os problemas diretos, que requerem fatos em relacionamentos conhecidos) ou problemas semiestruturados (mais complexos, pois podem ter uma interface entre dados em diversos formatos e podem ser difíceis de manipular ou obter). Sistemas de informação executiva Os sistemas de informação executiva (SIE) são os sistemas que combinam muitas características dos sistemas de informação gerencial e dos sistemas de apoio à decisão. Esses sistemas normalmente estão presentes na tomada de decisão da alta direção em uma empresa, são utilizados para a tomada de grandes decisões empresariais, auxiliando na obtenção de resultados esperados e solicitados pelo planejamento estratégico. Segundo os autores Pozzebon e Freitas (1996, p. 29) o SIE “[...] é uma solução em termos de informática que disponibiliza informações corporativas e estratégicas para as decisões de uma organização, de forma a aperfeiçoar sua habilidade para tomar decisões de negócios importantes.”. Antigamente, para a tomada de decisão os executivos faziam consulta a um grande número de planilhas de fontes diversas, o que deixava o processo moroso, com o advento dos SIE as informações pertinentes passaram a serem conseguidas em segundos. Os SIE devem conter algumas características fundamentais, você verá que elas são complementares e que, segundo os autores Pozzebon e Freitas (1996, p. 21), sintetizam esses atributos: 119Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos � Uma interface totalmente amigável. � Deve ser claro o objetivo, explorando intensivamente recursos gráficos – cores, símbolos, ícones, imagens e gráficos. � Drill down a partir de visualizações globais e de dados resumidos é possível um aprofundamentoaté o nível de detalhamento desejado. � Deve fornecer informações críticas e indicadores de desempenho. Drill Down é um processo no qual estamos olhando a informação sumarizada e decidimos que queremos ver os detalhes por trás dessas informações. Se pegarmos um relatório detalhado e escondermos a seção detalhe, temos um relatório sumarizado com capacidade drill down. Um relatório drill down é simplesmente um relatório sumarizado que você pode analisar na janela Preview, usando o recurso Drill Down. Consiste em fazer uma ex- ploração em diferentes níveis de detalhe das informações. Com o Drill Down você pode “subir ou descer” dentro do detalhamento do dado, por exemplo, analisar uma informação tanto diariamente como anualmente, partindo da mesma base de dados. Em um desktop, seria acessar pastas hierarquicamente procurando um arquivo específico. Em uma base de dados seria acessar a informação iniciando em uma categoria geral e ir caminhando hierarquicamente de campo a arquivo e a registro. O drill down ocorre quando o usuário aumenta o nível de detalhe da informação, diminuindo o grau de granularidade. Um exemplo seria quando o usuário clica na letra “F” indicando o sexo feminino e, então, seriam apresentados todos os nomes das mulheres atendidas. SIE como parte integrante do planejamento estratégico da empresa O planejamento é o começo de tudo, sem planejamento não há objetivos, metas e métodos de como alcançar, com isso o sistema de informação tem que andar junto com o planejamento estratégico, os dois lado a lado para permitir o sucesso empresarial. É o que encontramos, por exemplo, na empresa Gerdau S.A., que faz uso das duas estratégias, um bom planejamento estratégico e um sistema apurado de informações da empresa SAP. Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos120 Características de um SIE Veja no Quadro 4 o detalhamento das características de um SIE. Qualidade da informação Interface com o usuário Capacidade técnica É flexível Contém interface gráfica sofisticada e amigável Acesso a informações agregadas, globais, extensivo uso de dados externos Produz informação correta Permite acesso seguro e confidencial em um curto espaço de tempo Interpretação escrita (informal) salienta indicadores de problemas, mostra tendências, taxas e desvios Produz informações no momento da demanda por elas Minimiza o uso do teclado; alternativamente usa controles infravermelhos, mouse, touch pad e touch-screen Produz informação em vários níveis de detalhe drill down, filtra, condensa e percorre dados críticos Produz informações relevantes para a tomada de decisão Provê uma recuperação rápida da informação desejada Capacidade de previsão, planejamento e projeção, organizados considerando os fatores críticos de sucesso da organização Produz informação completa com análise total no banco de dados Contém menu de ajuda e é acessível de muitos lugares Hipertexto e hipermídia, análise ad hoc, incorpora gráfico e texto na mesma tela Produz informação validada pelos canais É adaptado individualmente ao estilo administrativo do executivo Provê acesso a dados históricos e aos mais recentes, permite administrar por relatórios de exceção Quadro 4. Características de um SIE. Para que as organizações continuem no caminho adequado e se perpetuem, precisam que as informações sejam rápidas e seguras para apoiar decisões. Utilizando os SIE, terão essa velocidade desejada, processando um grande número de informações para facilitar o trabalho de seu corpo executivo. 121Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos 1. Quanto à capacidade técnica dos Sistemas de Informações Executivos é correto afirmar que: a) O acesso a dados externos é pouco utilizado. b) Têm condições de mostrar tendências, taxas e desvios. c) A informação é produzida em um nível de detalhe objetivo. d) Os textos são mostrados em telas exclusivas para a tomada de decisão gerencial. e) O acesso ao histórico é obtido por sistemas auxiliares. 2. Quanto à arquitetura dos sistemas especialistas, assinale a alternativa correta. a) A base de conhecimentos é a última parte da arquitetura, que contém o seu gráfico. b) O quadro negro é utilizado pelo programador para visualizar o banco de dados. c) O mecanismo de aprendizagem possui recursos que permitem fazer acréscimos e alterações na base de conhecimentos. d) O sistema de aquisição do conhecimento permite consultas para o usuário. e) O processador de linguagem natural se comunica por intermédio de uma linguagem computacional de última geração. 3. Os DSS têm quatro tipos básicos de atividades de modelagem analítica. Com base nessa informação, qual a alternativa está correta? a) A análise do tipo What If é uma extensão bem básica da análise. b) A análise de otimização é uma extensão complexa da análise de busca de metas. c) A análise de otimização parte do princípio de ter uma variável- alvo para o alcance das metas. d) Na análise de sensibilidade o usuário apenas introduz mudanças nas variáveis ou em suas relações. e) Na análise de busca de metas a direção da análise é diretamente proporcional a análise do tipo otimização. 4. Verificando a interface com o usuário dos Sistemas de Informação Executivos, marque a opção correta. a) A interface gráfica é simples. b) Tem no teclado a única forma de atuação. c) O menu de ajuda só é disponibilizado ao programador. d) Contém um procedimento de acesso seguro. e) É acessado somente da estação de trabalho do executivo principal da empresa. 5. Assinale a alternativa correta sobre as fases de desenvolvimento de um sistema especialista. a) Na fase de identificação é definida a base conceitual do sistema. b) Na fase de conceituação são identificadas as estruturas do sistema. c) Na fase de implementação são efetuados os testes do sistema. d) Na fase de revisão são desenvolvidos os conceitos e relações-chave. e) Na fase de revisão temos um processo contínuo que acompanha o desenvolvimento do sistema. Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos122 HARMON, P. l; KING, D. Sistemas especialistas: a inteligência artificial chega ao mercado. Rio de Janeiro: Campus, 1988. MAPA DA PROVA. Questões sobre gestão estratégica. [S.l.], 2013. Disponível em: <http:// www.mapadaprova.com.br/questoes/de/tecnologia-da-informacao/governanca- -de-ti--/gestao-estrategica#>. Acesso em: 20 jul. 2017. PAMPHYLIO, T. Sistemas especialistas. [S.l.]: Engenharia de Produção-Tamille, 2014. Disponível em: <http://tamillepamphylio.blogspot.com.br/2014_05_01_archive. html>. Acesso em: 20 jul. 2017. POZZEBON, M.; FREITAS, H. M. R. Construindo um EIS (enterprise information system) da (e para a) empresa. Revista de Administração, São Paulo, v. 31, n. 4, p. 19-30, out./ dez. 1996. Leituras recomendadas BEUREN, I. M.; MARTINS, L. W. Sistema de informações executivas: suas características e reflexões sobre sua aplicação no processo de gestão. Revista de Contabilidade e Finanças, São Paulo, v. 12, n. 26, maio/ago. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-70772001000200001>. Acesso em: 20 jul. 2017. DIFERENCIAL CONSULTORES ASSOCIADOS. Sistemas de Informação Executiva (EIS). Belo Horizonte, c1996-2011. Disponível em: <https://difnet.com.br/enterprise_infor- mation_systems.html>. Acesso em: 20 jul. 2017. FERREIRA, L. R. A importância das informações no processo de tomada de decisões. Administradores, João Pessoa, 01 out. 2006. Disponível em: <http://www.adminis- tradores.com.br/artigos/economia-e-financas/a-importancia-das-informacoes-no- -processo-de-tomada-de-decisoes/12714/>. Acesso em: 20 jul. 2017. 123Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos Conteúdo: DICA DO PROFESSOR A Dica do Professor traz um apanhado dos três sistemas abordados nessa Unidade. Com issovocê será capaz de identificar o porquê da necessidade da utilização deles nos ambientes organizacionais, pois o tratamento das informações é de suma importância para o correto gerenciamento. Acompanhe! Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Quanto a capacidade técnica dos Sistemas de Informações Executivos é correto afirmar que: A) O acesso a dados externos é pouco utilizado. B) Tem condições de mostrar tendências, taxas e desvios. C) A informação é produzida em um nível de detalhe objetivo. D) Os textos são mostrados em telas exclusivas para a tomada de decisão gerencial. E) O acesso ao histórico é obtido por sistemas auxiliares. 2) Quanto a arquitetura dos sistemas especialistas, assinale a alternativa correta: A) A base de conhecimentos é a última parte da arquitetura, contendo o gráfico do sistema. B) O quadro negro é utilizado pelo programador para visualizar o banco de dados. C) O mecanismo de aprendizagem possui recursos que permitem fazer acréscimos e alterações na base de conhecimentos. D) O sistema de aquisição do conhecimento permite consultas para o usuário. E) O processador de linguagem natural se comunica por intermédio de uma linguagem computacional de última geração. 3) Os DSS tem quatro tipos básicos de atividades de modelagem analítica. Qual das alternativas está correta? A) A análise do tipo What If é uma extensão bem básica da análise B) A análise de otimização é uma extensão complexa da análise de busca de metas. C) A análise de otimização parte do princípio de ter uma variável-alvo para o alcance das metas. D) Na análise de sensibilidade o usuário apenas introduz mudanças nas variáveis ou em suas relações. E) Na análise de busca de metas, a direção da análise é diretamente proporcional à análise do tipo otimização. 4) Verificando a interface com o usuário dos Sistemas de Informação Executivos, marque a opção correta: A) A interface gráfica é simples. B) Tem no teclado a única forma de atuação. C) O menu de ajuda só é disponibilizado ao programador. D) Contém um procedimento de acesso seguro. E) É acessado somente da estação de trabalho do executivo principal da empresa. 5) Assinale a alternativa correta sobre as fases de desenvolvimento de um sistema especialista: A) Na fase de identificação é definida a base conceitual do sistema. B) Na fase de conceituação são identificadas as estruturas do sistema. C) Na fase de implementação são efetuados os testes do sistema. D) Na fase de revisão são desenvolvidos os conceitos e relações-chaves E) Na fase de revisão temos um processo contínuo que acompanha o desenvolvimento do sistema. NA PRÁTICA Os sistemas de informação estão presentes em diversas empresas, em todos os níveis gerenciais. Para exemplificar, o Na Prática aborda a aplicação de um tipo de sistema no segmento financeiro, na área de gestão de pessoas. Fixando, assim, a ideia que você pode auxiliar em qualquer tipo de empresa, em qualquer nível para a perpetuidade e para a busca por melhores resultados! SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: O que é Sistema de Informação Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! O que é SAP? Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Aumentando a eficiência da operação de ti com a implantação de sistemas especialistas Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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