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Gestão de compras (ERP)

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Gestão de compras (ERP)
APRESENTAÇÃO
A gestão do sistema de compras é um dos desafios que os gestores logísticos enfrentam para 
manter a organização competitiva. Isso ocorre, pois a função compras é responsável pela 
aquisição de equipamentos e mercadorias, por meio de pagamento de bens e serviços que 
atendam aos requisitos da operação. Por isso, muitas empresas estão adotando o sistema ERP 
devido a várias razões, tais como: decepção com sistemas incompatíveis, incapacidade do 
departamento de Tecnologia de Informação em realizar a integração entre os sistemas existentes 
atualmente na empresa.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer de que formas as organizações utilizam o 
ERP em seus sistemas de compras, qual a sua relação com os indicadores de compra e com as 
estratégias das organizações.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer o uso do ERP na administração de patrimônio.•
Demonstrar a aplicação do sistema de gerenciamento na gestão de fornecedores.•
Analisar os indicadores de compras.•
DESAFIO
No atual cenário empresarial, a busca pela competitividade é caracterizada pela melhoria dos 
produtos; redução dos custos; diferenciação da concorrência pela especialização em um nicho 
do mercado e pelo uso de sistemas integrados de gestão, como o ERP – Enterprise Resource 
Planning.
Veja a seguinte situação:
Você, enquanto profissional da área, e com base nessa abordagem, tem como Desafio responder 
às seguintes questões:
1. Qual é a relação entre necessidade de produtividade de uma empresa e o uso de ERP?
2. Quais dos ganhos apontados podem ser usados como argumentação ao uso do ERP para uma 
equipe?
INFOGRÁFICO
Para escolher um bom fornecedor do sistema de gestão de compras/ERP, é fundamental avaliar 
as alternativas existentes no mercado.
No Infográfico a seguir, veja um resumo de algumas funcionalidades do sistema que devem 
fazer parte da estratégia das organizações na hora de escolher o parceiro do software.
CONTEÚDO DO LIVRO
Atualmente, as organizações podem contar com vários softwares que auxiliam na gestão de 
compras. No entanto, o mais utilizado é o ERP – Enterprise Resource Planning.
Leia o capítulo Gestão de compras (ERP), da obra Gestão da Tecnologia e Informação em 
Logística, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, e veja as referências a respeito do papel 
do ERP na função compras, como o sistema funciona, quais são as suas principais vantagens e 
desvantagens, bem como a sua relação com os indicadores de desempenho das compras.
Boa leitura.
GESTÃO DA 
TECNOLOGIA E 
INFORMAÇÃO EM 
LOGÍSTICA
Fernanda Rocha de Aguiar 
Gestão de compras (ERP)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer o uso do ERP na administração de patrimônio.
  Demonstrar a aplicação do sistema de gerenciamento na gestão de 
fornecedores.
  Analisar os indicadores de compras.
Introdução
A gestão de compras é uma das funções mais importantes da cadeia 
logística, pois se relaciona com toda a cadeia de suprimentos. Ao 
longo dos anos, a forma de fazer a gestão de compras evoluiu, acom-
panhando as revoluções tecnológicas e destacando cada vez mais a 
necessidade de competitividade nas empresas do setor. Atualmente 
há vários sistemas que podem ser implantados nas organizações 
para o gerenciamento das compras. O mais utilizado se relaciona aos 
métodos de controle integrado e é chamado ERP, do inglês enterprise 
resource planning.
Neste capítulo, você vai estudar as funcionalidades desse sistema, 
verificando de que forma ele se relaciona à administração do patri-
mônio. Você vai identificar quais são os principais módulos do ERP, 
especialmente no que se refere às compras, à relação com fornecedores 
e às formas de pedido, e vai analisar quais são as suas implicações para 
a gestão logística. Além disso, você vai identificar a forma de controle 
de desempenho das compras a partir dos principais indicadores que 
realizam essa medição. 
Uso do ERP na administração de patrimônio
No âmbito da busca por competitividade, as empresas buscam redução de 
custos, melhoria do produto, maior valor agregado ao produto e diferencia-
ção para que se destaquem dos seus concorrentes. Por isso, os sistemas de 
informação estão em evolução contínua desde que os processos produtivos e 
a cadeia produtiva passaram a ser estratégias para a alta administração. 
Na logística, as perguntas-chave sobre o quanto estocar e o quanto entregar 
se referem diretamente à tomada de decisão frente às demandas dos clientes. 
Por isso, em pouco tempo, houve uma evolução dos sistemas de controle dos 
estoques e recursos, que acarretou o surgimento do software MRP — material 
requirements planning —, passando pelo MRP II — manufacturing resources 
planning — e chegando ao ERP.
Tais sistemas interferem na gestão patrimonial com métodos e processos 
mais ágeis, para controlar e administrar o negócio. A tendência atual da área 
de sistemas de informações gerenciais é exatamente esta: proporcionar à em-
presa estar integrada com toda a cadeia de suprimento, conseguindo realizar 
o planejamento com estratégia e rapidez na informação.
 A sigla ERP, na tradução livre, significa planejamento dos recursos 
da empresa. No Brasil, o ERP também é chamado de sistema integrado 
de gestão empresarial, que controla e fornece suporte a todos os processos 
operacionais, produtivos, administrativos e comerciais da empresa. Todas as 
transações realizadas pela empresa devem ser registradas para que as consultas 
extraídas do sistema possam refletir o máximo possível a realidade, conforme 
leciona Padilha (2005).
A Software Applications and Products, mais conhecida como SAP, é uma das maiores 
empresas fornecedoras de sistemas ERP do mundo. A organização foi criada em 
1972, na Alemanha. Ela desenvolveu o conceito original do ERP para que houvesse 
uma solução única que fosse totalmente integrada e pudesse automatizar todos os 
processos ligados a uma empresa. 
Gestão de compras (ERP)2
A denominação “sistema integrado” significa dizer que o ERP possibilita 
um fluxo de informações único por toda a empresa, sob uma mesma base de 
dados. Como a sua atuação abrange todas as áreas da organização, ele também 
é uma ferramenta de melhoria de processos, com informações em tempo real. 
Ou seja, o ERP permite visualizar por completo as transações efetuadas pela 
empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios. 
O ERP funciona a partir de um processamento de dados que executa, 
controla e dá suporte aos processos gerenciais de uma empresa e é adquirido 
na forma de pacotes de software. Resumidamente, o objetivo desse sistema é 
facilitar e tornar mais rápido e preciso o fluxo de informações, permitindo 
subsídios para a melhor tomada de decisão. Dessa forma, o ERP proporciona 
atuação diferenciada e incorpora vantagens competitivas com relação ao custo, 
à velocidade, à pontualidade, à flexibilidade e à qualidade.
O sistema é composto por diferentes módulos, que correspondem a cada 
uma das áreas da organização, integrando-as com uma base de dados única 
e em tempo real. Portanto, todas as informações são veiculadas on-line, sem 
documentos impressos ou planilhas que necessitem de atualização manual. 
A estrutura dos módulos que incorporam os processos de negócio da organi-
zação é baseada nas melhores práticas mundiais de execução dos processos e 
desenvolvidas por fornecedores como SAP, Oracle, JD Edwards, Peoplesoft, 
Microsiga e Datasul, conforme apontam Platt e Klaes (2010).
O ERP não é propriamente estratégico, pois representa uma tecnologia de 
suporte, com módulos integrados que formam um núcleo responsável pelo 
processamento interno de transições. Esses módulos podem ser, assim, 
didaticamente compreendidos: financeiro, de controladoria, de materiais, de 
vendas, de produção, de qualidade e de recursos humanos (Figura 1).
Cada módulo dossistemas de gestão integrada contempla funcionalidades 
relacionadas à área de atuação específica. Os módulos financeiros e de controlado-
ria abrangem, por exemplo, funcionalidades de contabilidade geral, faturamento, 
contas a receber, contas a pagar, contabilidade de centros de custos, gestão de 
ativos, etc. Já o módulo de materiais contempla, entre outras, as funcionalidades de 
compra e controle de estoques. No entanto, ao considerar os processos, verifica-se 
que estes atravessam vários módulos do ERP. Por exemplo, o processo de custos 
abrange os módulos de produção, de materiais, além dos módulos financeiro e 
de controladoria, conforme lecionam Hypolito e Pamplona (1999).
3Gestão de compras (ERP)
Figura 1. Estrutura típica de funcionamento de um ERP.
Fonte: Davenport (1998, documento on-line).
Entretanto, apesar de todas as garantias de sucesso e otimização da in-
formação que os sistemas ERP proporcionam, é importante destacar alguns 
pontos e características que devem ser cuidadosamente analisados no momento 
da aquisição e implantação. Segundo Padilha (2005), os ERP:
  são pacotes comerciais desenvolvidos a partir de modelos-padrão de 
processos, que não são específicos para uma determinada necessidade, 
e sim genéricos, podendo a empresa compradora do sistema adequar-se 
ou não a eles;
  possuem custos elevados, destacando-se os custos de hardware e in-
fraestrutura computacional, de aquisição da licença de uso do ERP e 
de treinamento e consultoria para a implantação;
  apresentam muitas complexidades, sendo que sua implantação deverá 
ser realizada por profissionais que conheçam não somente o negócio 
da empresa, como também a solução escolhida.
Gestão de compras (ERP)4
A seguir, você pode observar que a implantação do sistema ERP apresenta vantagens 
e desvantagens em sua aplicação. Observe o quadro-resumo a seguir, que enumera 
os pontos importantes para definir o uso do ERP e os pontos que podem colocar a 
solução em risco, como o seu alto custo e a forma padronizada como a ferramenta 
é estabelecida.
Vantagens
Integração dos processos As informações dispersas pelo fluxo do processo 
passam a ter mais visibilidade.
Velocidade da informação A informação é obtida em tempo real, aumen-
tando a eficiência.
Eliminação de redundâncias As informações repetitivas deixam de ser digi-
tadas, eliminando o retrabalho e, consequente-
mente, aumentando a eficiência.
Adaptação às mudanças Os sistemas ERP permitem que as empresas res-
pondam rapidamente às necessidades do mercado 
e reajam satisfatoriamente às suas mudanças.
Maior controle É possível rastrear os erros, as deficiências e onde 
elas ocorrem.
Desvantagens
Custos de implementação A implementação do sistema ERP apresenta 
custos elevados de consumo de tempo.
Imposição de padrões As empresas são forçadas a modificar suas 
formas de trabalho a fim de que os módulos 
projetados possam ser implementados.
Fornecedor único A adoção do sistema causa dependência ao 
fornecedor do pacote, uma vez que a empresa 
não tem o domínio sobre a tecnologia.
Questões técnicas Pacotes incompletos, problemas de integração e 
parametrização.
Fonte: Adaptado de Salaberry (2009).
5Gestão de compras (ERP)
A administração do patrimônio de uma empresa precisa de ações 
estratégicas para avaliar prioridades de aquisição, a fim de realizar um 
planejamento adequado às suas demandas. A gestão patrimonial eficiente 
fortalece a imagem da empresa, gera lucros e é um fator crucial para qual-
quer negócio.
Para isso, a gestão de patrimônio pode contar com o ERP como ferramenta 
de grande abrangência e flexibilidade, pois o sistema é capaz de manter e 
controlar os bens, atualizando os registros do inventário patrimonial. Os 
ganhos do sistema representam agilidade no controle dos bens, informa-
ções para a tomada de decisão e detalhamento das informações contábeis 
e fiscais. 
Conforme lecionam Platt e Klaes (2010), as práticas da logística se bene-
ficiam do uso do ERP especialmente nas seguintes áreas:
  gestão de estoques (análise ABC, elaboração de previsões e tendências 
de consumo, lotes de compra, estoque de segurança, determinação dos 
custos de estoque);
  gestão de compras (elaboração de todo o processo, como as requisições, 
a verificação em estoque, a elaboração de cotações, a ordenação no 
sistema das alternativas cotadas e a elaboração de pedido);
  atividades operacionais de armazenagem, movimentação, classifica-
ção, transportes de materiais, entre outras, por meio da realização de 
atividades e processos no próprio módulo do sistema.
Um dos módulos mais comuns do ERP, no que concerne ao patrimônio e às 
compras, é o chamado MM, do inglês material management, ou gerenciamento 
de materiais, em que estão as funções de planejamento e controle de supri-
mentos, envolvendo compras e estoques. Segundo a SAP, que, como vimos, 
é a maior fornecedora do ERP no mundo, há grande quantidade de departa-
mentos que são atendidos pelo módulo MM, como suprimentos, almoxarifado, 
recebimento fiscal, controle de estoques, entre outros. Os subcomponentes 
desse módulo compreendem consumo, compras, administração de serviços, 
administração de estoques e revisão de faturas. 
Gestão de compras (ERP)6
Mais de um departamento pode estar envolvido no módulo de gerenciamento de 
materiais do ERP. Por exemplo, o setor de RH pode fazer uma requisição de compras 
de resmas de papel A4. Essa solicitação, em seguida, é transformada em um pedido 
de compras; logo, o setor de compras vai avaliar o pedido junto aos fornecedores, para 
ter a melhor proposta. Ao receber a mercadoria, o setor de recebimento e estoque 
atualiza a informação, deixando as folhas disponíveis para consumo. Um processo 
desencadeia outro processo, e os setores e departamentos aproveitam as informações 
sem precisar digitar ou imprimir várias vias do mesmo dado. É isso que o módulo MM 
faz. O mesmo input de informações abastece todos os setores, incluindo fornecedores 
(integração com o módulo FA — financial account — de finanças e contabilidade).
A seguir, você pode verificar algumas telas do sistema MM, para que fique 
mais claro o entendimento das funcionalidades do sistema. A Figura 2 mostra 
a requisição de compras, que é um dos componentes que inicia os processos de 
gestão de materiais. Essa requisição se relaciona à solicitação de um determinado 
usuário ou departamento/setor.
Figura 2. Exemplo de um cadastro de materiais (módulo MM — ERP).
Fonte: Silva (2018, documento on-line).
7Gestão de compras (ERP)
Também é possível verificar a visão geral de estoques quanto à especificação 
do item, às referências e à quantidade disponível (Figura 3).
Figura 3. Exemplo de controle de estoques (módulo MM — ERP).
Fonte: Silva (2018, documento on-line).
ERP e a gestão de fornecedores
A gestão de compras compreende um conjunto de ferramentas que permite 
a implementação de políticas de compras efi cientes para tratar diferentes 
processos de ressuprimento. Segundo Ballou (2006), a função de compras é 
considerada uma atividade no processo de programação. As suas atividades 
afetam diretamente o fl uxo de bens e serviços no canal logístico. Cabe reforçar 
que há inter-relação entre produção, comercialização e compras. Não reco-
nhecer essa dependência pode afetar negativamente o canal de suprimentos. 
A possibilidade de certificar fornecedores, produto a produto, permite o 
desenvolvimento de parcerias com os melhores, gerando redução de custos 
e melhorias nos níveis de serviços por eles prestados. Nesse sentido, o ERP 
trata diferentes unidades de medida e formas de fornecimento, automatizando 
a conversão destas para os padrões adotados pela empresa.
O módulo de compras foi desenvolvido para realizar o registro, o controle 
e o acompanhamento de todos os movimentos referentes ao recebimento de 
Gestão de compras (ERP)8
materiais. Além disso, este possibilita que o estoque seja administrado para 
reposição em tempo hábil e que as negociações sejam realizadascom dados 
atualizados, para a otimização de quantidades e valores de compra.
A ação de comprar pode ser iniciada de uma solicitação de compra ou dire-
tamente a partir da criação do pedido de compra. Caso a empresa trabalhe com 
solicitações de compra e cotação de preços, devem ser realizados os cadastros 
gerais, os cadastros para realização da solicitação de compras e os cadastros 
para realização de cotação de preço. Em seguida, efetuam-se os cadastros para 
a realização de pedidos. Caso a empresa trabalhe com grade (cor, tamanho, ma-
terial), serão necessários também os cadastros para criação do pedido em grade.
Nesse módulo do ERP, encontram-se algumas funcionalidades, como manter 
listas de preços de fornecedores, para facilitar o processo de compra, e permi-
tir a programação e a reprogramação das entregas de cada item dos pedidos 
de compra, sempre na moeda corrente que foi parametrizada. Outra situação 
apresentada pelo ERP ao tratar dos fornecedores é manter o histórico detalhado 
de todas as alterações e os movimentos lançados em cada pedido de compra.
A seleção de fornecedores é considerada um fator crítico de sucesso para as compras, 
em que não basta avaliar a característica do produto a ser adquirido. Outras análises do 
fornecedor são importantes, como seu balanço patrimonial e o resultado da cotação 
periódica, para a avaliação da sua prática de preços.
Tendo a quantidade, os custos e a possível data estimada para a entrega, é 
possível dar início à negociação com fornecedores. A cotação deve ocorrer 
com o maior número de fornecedores cadastrados. Como há essa gestão no 
módulo ERP, obtém-se menores incidências de falta de insumo, bem como maior 
agilidade nas etapas de aprovação dos pedidos de compra e maior fluidez para 
o controle dos estoques. Nesse caso, diminui-se consideravelmente as compras 
emergenciais, reduzindo desperdícios e gastos com demandas sem programação.
Estão destacadas, a seguir, outras funcionalidades que o módulo apresenta 
e que podem ser utilizadas conforme a necessidade de cada empresa: 
  análise de divergência;
  limite de aprovação de pedido;
9Gestão de compras (ERP)
  compra baseada em projetos;
  criação do pedido;
  mapa de distribuição;
  data limite das operações;
  consulta, baixa de pedido ou provisões com frete;
  regras de validação de quantidade e unitário zerado.
Acesse o link a seguir e assista a um vídeo do site ERP Pronto com dicas sobre a 
operacionalização de lançamentos de pedidos de compras no ERP.
https://goo.gl/ExmB82 
Indicadores de compras
Uma das maneiras mais efi cientes de acompanhar os resultados de uma empresa 
e saber mais sobre sua performance é com base em indicadores de gestão. Mas, 
o que são indicadores? São informações que demonstram o desempenho de 
um processo em relação ao esperado, estando acima ou abaixo dessa métrica. 
Os indicadores são acompanhados ao longo do tempo e também servem para 
comparar a instituição ou o setor com outros.
Podem ser exemplos de indicadores: lucratividade, rentabilidade, inadimplên-
cia, absenteísmo, produtividade, entre outros. Essas métricas são essenciais na 
hora de mensurar detalhadamente os rendimentos de cada setor, para que haja 
avaliação dos resultados e planejamento adequado diante da situação apresentada.
Nesse âmbito, é importante entender que o departamento de compras 
concentra grandes responsabilidades, pois sua função principal é coordenar 
o fluxo de informações, serviços e recursos financeiros da empresa para 
alcançar os objetivos esperados e atender o seu cliente. Logo, a eficácia de 
seus processos é crucial para que os objetivos da instituição sejam alcançados 
e para fazer o orçamento render mais.
Para entender se o setor de compras de uma empresa está indo bem, alguns 
indicadores devem ser avaliados, a fim de que as medidas necessárias possam 
ser tomadas. Veja a seguir os indicadores mais relevantes para o departamento 
de compras, conforme elenca Oliveira (2015).
Gestão de compras (ERP)10
  Saving: é um dos indicadores de gestão mais importantes, pois seu 
objetivo é justamente medir o ganho financeiro que a empresa teve 
com uma aquisição. O saving é quando há uma compra pela segunda 
vez de um item, e o comprador consegue adquirir por um preço mais 
barato. Por exemplo, uma mesa foi comprada a R$ 100, e consegue-se 
comprá-la por R$ 98. Já o cost avoidance, outro indicador de compras, 
é um custo que o comprador consegue evitar. 
  Lead time: mede a eficiência do setor, pois calcula o período desde que 
um material ou serviço foi requisitado até o atendimento da demanda. 
Ele demonstra se houve sucesso no processo de compras, auferindo o 
tempo decorrido para que um produto ou serviço atravesse todas as 
etapas internas da empresa até cumprir seu papel. Se o lead time estiver 
muito alto, cabe aos gestores alinharem e repensarem processos para 
que estes fiquem mais rápidos, menos burocráticos e mais eficazes. 
Além desses aspectos, o lead time também avalia o trabalho dos for-
necedores para verificar se esses parceiros são capazes de cumprir os 
prazos acordados e não causar atrasos que prolongariam o lead time.
  Evolução do preço: esse indicador diz respeito a uma análise dos 
valores praticados por produtos ou serviços em determinado período 
de tempo. Trata-se de uma comparação entre um preço atual versus o 
preço anterior. O objetivo é identificar elevações e quedas ao longo do 
tempo, para encontrar maneiras de economizar, bem como para tratar 
melhor as questões de sazonalidade.
  Prazo médio de pagamento: mensura o prazo médio em que é feito o 
pagamento dos fornecedores. Seu cálculo busca identificar a diferença 
entre a data exata de um pagamento menos o dia em que tal compra foi 
realmente faturada, isto é, que o dinheiro saiu do caixa da empresa.
  Custo de suprimentos: esse indicador de performance mede o percen-
tual que os custos dos suprimentos têm nas vendas da empresa. Isto é, 
mostra quantos % de uma venda é investido na compra de insumos — 
para isso, compara o volume total de vendas com o de aquisições. Seu 
objetivo é entender as despesas com requisições que uma instituição 
tem em relação às suas vendas. Da mesma forma, indica o quanto dos 
negócios fechados é aplicado nas compras. Os resultados dessa apura-
ção revela a necessidade de melhoria nos processos de requisição ou 
adoção de medidas para redução de custos. Esse é um dos indicadores 
de gestão mais relevantes para os processos de compras e o financeiro 
da instituição, e monitorá-lo faz toda a diferença na manutenção do 
fluxo de caixa da empresa e do capital de giro.
11Gestão de compras (ERP)
  Nível de entrega: outro indicador importante para o setor de compras 
é o nível de entrega. Ele visa a compreender a atuação do fornecedor e 
até a logística do próprio empreendimento. É interessante avaliar, por 
exemplo, a taxa de entregas que chegaram no prazo em relação às entregas 
já efetuadas. Também é preciso analisar o número de devoluções e a con-
fiabilidade geral do fornecedor. Ao aplicar essas medidas, você identifica 
quais são os parceiros mais adequados para atender a certas demandas.
Para saber mais sobre os indicadores mais utilizados no setor de compras, acesse os 
links listados a seguir e entenda melhor esse conceito.
  Indicadores de desempenho na área de compras
https://goo.gl/AX8Hz6 
  Indicadores de compras e a economia na empresa
https://goo.gl/jgLt6v
  Afinal, o que é saving em compras?
https://goo.gl/1AEx59
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. Porto 
Alegre: Bookman, 2006.
DAVENPORT, T. H. Putting the enterprise into the enterprise system. Harvard Business 
Review, Brighton, USA, p. 121-131, jul./aug. 1998. Disponível em: https://hbr.org/1998/07/
putting-the-enterprise-into-the-enterprise-system. Acesso em: 29 mar. 2019.
HYPOLITO, C. M.; PAMPLONA, E. O. Sistemas de gestão integrada: conceitos e considera-
ções em uma implantação. In: ENCONTRO NACIONALDE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 
19., 1999, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999. Disponível em: http://
www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1999_A0357.PDF. Acesso em: 29 mar. 2019.
Gestão de compras (ERP)12
OLIVEIRA, M. H. F. Análise dos indicadores de desempenho do processo de compras do 
Hospital Universitário Onofre Lopes na gestão da EBSERH. 2015. Trabalho de Conclusão 
de Curso (Graduação em Administração) — Centro de Ciências Sociais Aplicadas, 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, 2015. Disponível em: https://
monografias.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/4036/1/MariaHFO_Monografia.pdf. 
Acesso em: 29 mar. 2019.
PADILHA, T. C. C.; MARINS, F. A. S. Sistemas ERP: características, custos e tendências. 
Production, [s. l.], v. 15, n. 1, p. 102-113, 2005.
PLATT, A. A.; KLAES, L. S. Utilizando o sistema integrado de gestão (ERP) no apoio ao 
ensino de logística e gestão da cadeia de suprimentos. Revista de Ciências da Adminis-
tração, [s. l.], v. 12, n. 28, p. 224-241, 2010.
SALLABERRY, C. R. Implementação de um sistema ERP em uma empresa construtora: im-
pactos no processo de aquisição de materiais. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Especialização em Engenharia Civil) — Escola de Engenharia, Universidade Federal 
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2009. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.
br/bitstream/handle/10183/24088/000741743.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso 
em: 29 mar. 2019.
SILVA, J. O que é SAP MM? Evoeducação, Goiânia, GO, 2018. Disponível em: https://
evoeducacao.com.br/artigos/o-que-e-sap-mm/#Introducao_ao_modulo_SAP_MM. 
Acesso em: 29 mar. 2019.
Leituras recomendadas
DORNIER, P. P. et al. Logística e operações globais: texto e casos. São Paulo: Atlas, 2000.
FRANCISHINI, P. G.; GURGEL, F. A. Administração de materiais e do patrimônio. São Paulo: 
Cengage, 2009.
GED, A. Mundo integrado ao ERP. Mundo da Imagem, [s. l.], n. 36, p. 2-6, nov./dez. 1999.
STAIR, R. M. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem gerencial. 2. ed. São 
Paulo: LTC, 1998.
TAYLOR, D. Logística na cadeia de suprimentos: uma perspectiva gerencial. São Paulo: 
Pearson, 2006.
13Gestão de compras (ERP)
DICA DO PROFESSOR
Uma das funcionalidades do Módulo de Compras no ERP é gerenciar os estoques, as 
necessidades de aquisição e medir o lead time das operações. Mas você sabe o que é o lead time
?
Nesta Dica do Professor, veja o que é esse conceito e como ele apoia a tomada de decisão na 
hora de realizar as operações de compras.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Sabe-se que os sistemas de integração, incluindo o ERP, interferem na gestão 
patrimonial das empresas. 
Assinale a alternativa que apresenta por qual motivo ocorre essa interferência. 
A) Porque ajudam na leitura automática de itens de estoque.
B) Porque não estão vinculados com todas as áreas da organização.
C) Porque apresentam subsídios aos órgãos externos da empresa, como, por exemplo, o fisco.
D) Porque resultam em informações centralizadas dos departamentos.
E) Porque fornecem métodos e processos mais ágeis para controlar e administrar o negócio.
2) Sabe-se que o ERP contribui, e muito, para a gestão patrimonial. Mas qual é a 
principal contribuição do ERP para esse tipo de gestão? Assinale a alternativa 
CORRETA:
A) Uma ferramenta restrita à área de estoques.
B) Uma ferramenta de grande abrangência e flexibilidade, pois é capaz de manter e controlar 
os bens, atualizando os registros do inventário patrimonial.
C) Uma ferramenta que controla os itens de entrada do estoque através de um portal RFID.
D) Uma ferramenta de gestão exclusiva para o setor de recursos humanos da empresa.
E) Uma ferramenta de gestão dedicada exclusivamente à movimentação dos investidores e 
fornecedores da empresa.
3) A função "compras" afeta diretamente o fluxo de bens e serviços do canal logístico. 
Esta afirmativa justifica-se por qual motivo?
A) A função "compras" é considerada uma atividade administrativa de suporte.
B) A função "compras" não está relacionada à programação do patrimônio.
C) A gestão de compras não permite a implementação de políticas de compras eficientes.
D) A função "compras" é considerada uma atividade no processo de programação no fluxo de 
reposição do patrimônio de uma empresa.
E) A função "compras" relaciona-se somente às políticas de preços praticadas pelos 
fornecedores.
4) Quanto aos principais indicadores de compras, é CORRETO afirmar que o indicador 
evolução do preço está relacionado:
A) à análise dos valores praticados por produtos ou serviços em determinado período de 
tempo. Trata-se de uma comparação entre um preço atual versus o preço anterior.
B) ao percentual que os custos dos suprimentos têm nas vendas da empresa, isto é, mostra 
quantos por centos de uma venda é investido na compra de insumos.
C) à eficiência do setor, pois calcula o período desde que um material ou serviço foi 
requisitado até o atendimento de uma demanda.
D) à taxa de entregas que chegaram no prazo em relação às entregas já efetuadas.
E) ao prazo médio em que é feito o pagamento dos fornecedores.
5) Uma das principais vantagens do ERP para a gestão de fornecedores pode ser 
destacada como:
A) Controle e agilidade do sistema de benefícios das equipes de vendas. 
B) Aumento das compras emergenciais.
C) Maior agilidade nas etapas de aprovação dos pedidos de compras.
D) Aumento do controle de tempo de espera das filas dos clientes.
E) Aumento das despesas organizacionais com a programação.
NA PRÁTICA
Atualmente, muitas empresas vêm buscando alternativas para alavancar as vendas, conquistar o 
consumidor e, ao mesmo tempo, ter controle de todo o fluxo de informações.
Lucas é estudante e está pesquisando sobre as empresas que adotaram o sistema ERP. Ele viu 
uma reportagem sobre a rede de chocolates Cacau Show e como foi a implantação desse sistema 
na companhia.
Veja o Na Prática:
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Alinhando os indicadores de compras com a estratégia empresarial
Para saber mais sobre os indicadores utilizados no setor de compras, acesse este site e conheça o 
conceito de compras.
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Afinal, o que é Saving em compras?
Você já ouviu falar em Saving em compras? Acesse este site e saiba mais sobre esse indicador.
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