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angina estável

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• A angina é uma síndrome clínica 
caracterizada por dor ou desconforto 
em qualquer das seguintes regiões: 
tórax, epigástrio, mandíbula, ombro, 
dorso ou membros superiores, sendo 
tipicamente desencadeada ou agravada 
com atividade física ou estresse 
emocional e atenuada com uso de 
nitroglicerina e derivados. 
• Nem toda dor torácica é uma angina. 
 
 
 
• O termo isquemia denomina 
desequilíbrio entre oferta e consumo de 
oxigênio, devido a diminuição da oferta 
e/ou aumento do consumo. 
• O resultado da isquemia é a queda na 
produção celular de energia, o que leva 
a perda de função e se a isquemia for 
grave e persistente, culmina em 
necrose da célula. 
• A doença isquêmica do miocárdio é 
caracterizada pelo surgimento de uma 
isquemia em uma ou mais porções do 
músculo cardíaco. Sua principal 
etiologia é a aterosclerose das artérias 
coronárias. 
• Não há instabilidade da placa de 
ateroma, mas esta é grande o suficiente 
para ocluir maior parte do lúmen 
coronariano, produzindo isquemia 
somente em face de um aumento da 
demanda miocárdica. 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Isquemia miocárdica 
• O tecido miocárdico trata-se do tecido 
com maior taxa de extração de oxigênio 
do organismo. 
• A importância disso se dá pela 
capacidade de aumentar o fluxo de 
sangue pelo leito coronário, tal proeza 
realiza-se através da reserva 
coronariana, que conseguem dilatar-se 
de acordo com a necessidade de 
oxigênio. O 
• Na medida que surgirem oclusões 
hemodinamicamente significativas nas 
coronarianas epicárdicas, a reserva 
coronariana será progressivamente 
requisitada, a fim de manter em 
equilíbrio a relação entre oferta e 
consumo de oxigênio. 
 
• Se a obstrução for aguda e grave, ou 
seja >80% do lúmen, mesmo com uma 
vasodilatação arteriolar máxima o fluxo 
ficará tão baixo que não será suficiente 
para suprir a necessidade basal de 
oxigênio, sobrevindo isquemia 
miocárdica em repouso e 
posteriormente infarto. 
• Se a obstrução for mais gradual e não 
tão grave, a reserva coronariana será 
parcialmente utilizada no estado de 
repouso, sobrando uma capacidade 
variável de vasodilatação adicional, ou 
seja, qualquer aumento da demanda 
miocárdica, o pouquinho de reserva 
coronariana residual poderá não ser 
Angina estável 
Dor torácica Fisiopatologia 
Isquemia do miocárdio 
 
Tipicamente o episódio de angina dura 
alguns minutos; normalmente é 
precipitado por exercício físico ou estresse 
emocional, com frequente melhora ou 
alívio ao repouso. O uso de compostos de 
nitroglicerina, como o nitrato sublingual, 
alivia a angina em aproximadamente 
1min. Um desconforto repentino, fugaz, 
ou então contínuo, com duração de várias 
horas, raramente é angina. 
 
 
 
 
 
 
 
suficiente para suprir as necessidades 
de O2. Justificando o surgimento da 
isquemia esforço-induzida como na 
angina-estável. 
 
 
• Qualidade: 
constritiva, aperto, peso, opressão, 
desconforto, queimação, pontada. 
• Localização: 
precordial, retroesternal, ombro, 
epigástrio, cervical, hemitórax, 
dorso. 
• Irradiação: 
Membros superiores (direito, 
esquerdo, ambos), ombro, 
mandíbula, pescoço, dorso, região 
epigástrica. 
• Duração: 
Segundos, minutos, horas e dias. 
• Fatores desencadeantes: 
Esforço físico, posição, alimentação, 
respiração, componente emocional, 
espontânea. 
• Fatores de alívio: 
Repouso, nitrato sublingual, 
analgésico, alimentação, antiácido, 
posição e apnéia. 
• Sintomas associados: 
Sudorese, náusea, vômito, palidez, 
dispnéia, hemoptise, tosse, pré-
síncope e síncope. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um paciente que consegue delimitar bem a 
sensação, podendo apontar com o dedo a 
região inframamária fala contra a 
possibilidade de isquemia miocárdica, 
diferente do paciente que esfrega a mão 
difusamente sobre o esterno ou coloca o 
punho cerrado no meio do peito (Sinal de 
Levine). 
 
 
 
História clínica - investigação 
Sinais e sintomas 
CASS 
 
 
 
 
 
 
Eletrocardiograma: 
• Este exame pode estar completamente 
normal na angina estável. Existem 
alterações no ECG de repouso que 
denotam maior probabilidade de 
doença coronariana, porém 
isoladamente não são capazes de 
confirmar este diagnóstico 
Radiografia de tórax 
• Pode auxiliar na diferenciação com 
outras causas de dor torácica como 
fraturas de costelas e pneumotórax 
entre outras, sendo considerado como 
de classe I para pacientes com suspeita 
de doença coronariana 
 
➔ Testes provocativos 
São exames onde o coração é forçado a 
aumentar sua demanda metabólica, 
permitindo-nos visualizar o surgimento de 
alterações dinâmicas indicativas de 
isquemia. 
a) Teste ergométrico 
Confirma o diagnóstico e estratifica o 
prognóstico. Consiste no registro contínuo 
do ECG antes, durante e após o protocolo 
específico de esforço físico. A PA, a FC e os 
sintomas devem ser monitorados. 
b) Cintilografia de perfusão miocárdica 
É um excelente método não invasivo para 
detecção de isquemia miocárdica, sendo 
capaz não apenas confirmar o diagnóstico 
como também fornecer parâmetros 
prognósticos, uma vez que visualiza a 
extensão da área isquêmica. 
c) Ecocardiograma com stress 
Permite uma análise em tempo real da 
função contrátil global e segmentar. Se 
durante o exame for aplicada alguma forma 
de stress, pode se diagnosticar isquemia 
miocárdica frente ao surgimento de um 
déficit na contração segmentar que 
melhora com o repouso. 
d) Coronariografica 
É um método padrão-ouro para diagnóstico 
de doença coronariana. Identifica com 
precisão anatômica, obstruções 
coronarianas secundárias a aterosclerose, 
assim como outras formas de lesão desses 
vasos. 
 
 
 
a) Nitratos 
Aumentam a produção endotelial de óxido 
nítrico, um poderoso vasodilatador. Com 
isso seus benefícios são: redução da pré-
carga, redução da pós-carga e vasodilatação 
coronariana. 
Os nitratos de ação longa não são mais 
recomendados como antianginosos de 
primeira linha, pois eles levam a 
Gravidade da angina 
Exames complementares 
Fármacos antianginosos 
 
vasodilatação prolongada o que leva a um 
agravamento da disfunção endotelial. 
b) Betabloqueadores 
Agem bloqueando os receptores Beta1 do 
miocárdio e nódulo sinusal, reduzindo a 
contratilidade miocárdica e a frequência 
cardíaca. São a droga de escolha para 
prevenir a angina de esforço. 
Essas drogas não possuem propriedades 
vasodilatadores, pelo contrário, a inibição 
dos beta1 pode levar a vasoconstrição. 
c) Antagonista de cálcio 
Exercem efeito vasodilatador coronariano e 
sistêmico, através do bloqueio dos canais de 
cálcio na membrana da célula muscular lisa 
vascular. A nifedipina e a anlodipina são 
mais vasosseletivas, tendo um efeito 
coronariodilatador mais potente. A forma 
de liberação curta da nifedipina não deve 
ser utilizada no paciente anginoso, pois 
produz taquicardia reflexa. 
 
d) Ivabradina 
Aente redutor da frequência cardíaca, 
agindo através da inibição seletiva e 
específica da corrente marca-passo If que 
controla a despolarização diastólica 
espontânea no nódulo sinusal e regula a 
frequência cardíaca. 
e) Trimetadizina 
Ela bloqueia a beta-oxidação de ácidos 
graxos nas células miocárdicas o que faz 
com que, durante a isquemia, haja 
preferencialmente oxidação da glicose. Isso 
diminui a produção de ácido láctico durante 
o período de isquemia. A fermentação 
anaeróbica produz ácido lático, que se 
acumula nos tecidos. Como o coração, ao 
contrário do músculo da perna, não pode 
descansar, a acidose avança (se não 
tratada), causando até mesmo a morte das 
células do miocárdio.

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