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Organização da produção agropecuária mundial – Resumo 1ª Parte A agropecuária consiste no conjunto de atividades primárias, estando diretamente associada ao cultivo de plantas (agricultura) e à criação de animais (pecuária) para o consumo humano ou para o fornecimento de matérias-primas na fabricação de roupas, medicamentos, biocombustíveis, produtos de beleza, entre outros. Os sistemas de produção agrícola A produção agrícola constitui um sistema que envolve: a análise de suas dimensões naturais (fertilidade do solo, topografia, disponibilidade de água) e socioeconômicas (desenvolvimento tecnológico, grau de capitalização, estrutura fundiária, relações de trabalho). A diversidade de modos de vida e de produção; das leis trabalhistas e ambientais; das condições econômicas; e da oferta de crédito; além de outros fatores, explica a heterogeneidade das condições da produção agrícola mundial. Agricultura intensiva Em propriedades nas quais se aplicam modernas técnicas de preparo do solo, cultivo e colheita (uso de fertilizantes, sistemas de irrigação e mecanização) e que apresentam elevados índices de produtividade, pratica-se a agricultura intensiva. A agricultura extensiva, não há capitais para investir e, portanto, usam-se técnicas rudimentares, obtendo baixos índices de produtividade. Agricultura extensiva Na pecuária, o rendimento é avaliado pelo número de cabeças por hectare. Quanto maior a densidade de cabeças, independentemente de o gado estar solto ou confinado, maior é a necessidade de ração, de pastos cultivados e de assistência médica veterinária. Com isso, aumentam a produtividade e o rendimento, características da pecuária intensiva. Entre seus principais pontos positivos, destacam-se: Completo controle do rebanho: uma vez que o rebanho está confinado em uma pequena área, é muito mais fácil ter controle sobre o animal e sua nutrição, permitindo uma gestão mais eficiente do animal como um todo, tanto da sua saúde, alimentação, desenvolvimento e produtividade. Seleção mais apurada do animal: devido às tecnologias utilizadas nesse sistema, o pecuarista consegue fazer uma distinção melhor dos seus animais, separando aquele mais produtivos dos menos produtivos, e ainda realizar o melhoramento genético dos animais. Alto investimento: Devido às tecnologias empregadas nesse sistema, seus custos são mais altos. Além disso, deve-se levar em consideração o fato de ser necessário contar com mão de obra especializada, que também apresenta valores mais elevados, assim como os custos necessários para se investir em infraestrutura de suplementação do animal. Leia mais em: https://www.comprerural.com/pecuaria-intensiva-x-pecuaria-extensiva/ Pecuária extensiva - quando o gado se alimenta apenas em pastos naturais e a criação apresenta baixa produtividade. “Questões importantes que envolvem esse sistema produtivo: Disponibilidade de amplas áreas: esse tipo de atividade essencialmente consiste em ocupar grande áreas, o que pode gerar problemas ambientais como, por exemplo, a degradação de áreas habitadas. Ineficiência no controle dos animais: uma vez que o rebanho fica espalhado por grandes áreas fazer o controle do desenvolvimento dos animais se torna uma tarefa difícil, e sem esse acompanhamento de perto se torna difícil medir a produtividade e garantir que esse animal se torne lucrativo. Existem tecnologias de precisão que podem ajudar no controle e acompanhamento eficiente dos animais como, por exemplo, a BalPass. Déficit alimentar: como alguns pastos podem ser deficientes em minerais e nutrientes essenciais para o desenvolvimento do gado, a carência alimentar é também uma das questões que envolvem a pecuária extensiva. Nesse caso, o indicado é utilizar suplementações para que se obtenha a criação de animais saudáveis, no entanto essa ação pode vir a aumentar os custos da produção”. Leia mais em: https://www.comprerural.com/pecuaria-intensiva-x-pecuaria-extensiva/ Agricultura familiar x agricultura empresarial. Os sistemas de produção está relacionada à forma de gestão da mão de obra. Isso permite distinguir o predomínio de agricultura familiar ou de agricultura empresarial (patronal). http://www.regiaodosvales.com.br/agricultura-familiar-do-brasil-e-8a-maior-produtora-de- alimentos-do-mundo/ “Pequena propriedade rural não é necessariamente sinônimo de pequena produção.” https://institutoagro.com.br/agricultura-familiar/ Agricultura familiar Na agricultura familiar, os membros da família administram a propriedade e os investimentos necessários às decisões sobre o que e como produzir, sejam ou não eles os donos da terra – algumas famílias produzem em terras arrendadas. Em geral, nesse tipo de agricultura o trabalho é realizado pelos membros da família, mas muitas vezes há contratação de mão de obra no mercado. O módulo fiscal é utilizado como parâmetro para a classificação dos imóveis rurais quanto ao tamanho, de acordo com a Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, que classifica os imóveis rurais da seguinte forma: 1.Pequena Propriedade: o imóvel rural de área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos fiscais; 2.Média Propriedade: o imóvel rural de área de área superior a 4 (quatro) e até 15 (quinze) módulos fiscais.; e 3.Grande Propriedade: o imóvel rural de área de área superior a 15 (quinze) módulos fiscais; O valor do módulo fiscal no Brasil varia de 5 a 110 hectares. (1 Hectare (ha) → 10 000 m2 (um hectare corresponde a dez mil metros quadrados) A Lei nº 11.326 classifica como Agricultor Familiar apenas aqueles que possuem, de acordo com a Lei nº 8.629, uma pequena propriedade rural. Agricultura de subsistência Na agricultura familiar de subsistência, predominam as pequenas propriedades, que podem ser cultivadas em: • parceria, quando o agricultor aluga a terra e paga por seu uso com parte da produção; • arrendamento, quando o aluguel é pago em dinheiro; • regime de posse, quando os agricultores simplesmente ocupam terras devolutas – terras desocupadas, vagas, que não possuem dono regular ou que pertencem ao Estado. Um tipo de agricultura familiar que prevalece nas regiões pobres é a agricultura de subsistência, destinada a atender às necessidades imediatas de consumo alimentar dos próprios agricultores e seus dependentes. Agricultura de jardinagem Outro tipo de agricultura familiar é a chamada agricultura de jardinagem, expressão que se originou no Sul e Sudeste Asiático, onde há grande produção de arroz em planícies inundáveis, com utilização intensiva de mão de obra. Esse sistema é praticado em pequenas e médias propriedades cultivadas pelo dono da terra e sua família ou em parcelas de grandes propriedades. Nessa forma de produção predomina a alta produtividade, pois se recorre à seleção de sementes, à utilização de fertilizantes, à aplicação de avanços biotecnológicos e às técnicas de preservação do solo que permitem a fixação da família na propriedade por tempo indeterminado. Cinturões verdes e bacias leiteiras Outro tipo de agricultura com predomínio de mão de obra familiar é encontrado nos cinturões verdes e nas bacias leiteiras. Ambos localizam-se ao redor dos grandes centros urbanos, principalmente nos países desenvolvidos e emergentes, onde a terra é valorizada. Neles se praticam agricultura e pecuária intensivas para atender às necessidades de consumo da população local. Em tais áreas, produzem-se hortifrutigranjeiros e cria-se gado em pequenas e médias propriedades para a produção de leite e derivados. Após a comercialização da produção, o excedente obtido é aplicado na modernização das técnicas de cultivo e criação. Agricultura empresarial Na agricultura empresarial (ou patronal), prevalece a mão de obra contratada e desvinculada da família do administrador ou do proprietário da terra. Em geral, a produtividade nesse tipo de agricultura é muito alta,em decorrência da seleção de sementes, do uso intensivo de fertilizantes, do elevado grau de mecanização no preparo do solo − no plantio e na colheita −, da utilização de silos de armazenagem e do sistemático acompanhamento de todas as etapas de produção e comercialização. Abastecimento dos mercados interno e externo. As atividades agrícolas e pecuárias estão integradas aos setores industriais e de serviços, criando uma grande cadeia produtiva. Os insumos (fertilizantes, inseticidas, rações, vacinas, combustíveis) e equipamentos (tratores, colheitadeiras, sistemas de irrigação, estufas, etc.) usados na agropecuária são produzidos por indústrias de bens de capital. Antes da produção agrícola e pecuária são acionadas indústrias de máquinas, adubos, agrotóxicos, vacinas, rações, arames para cercas, etc. Após a produção, vêm as etapas de atividades na agroindústria, na armazenagem e na comercialização. Estão envolvidos os setores de transporte, energia, telecomunicações, administração, marketing, vendas, seguros e muitos outros. https://www.gazetadopovo.com.br. https://domtotal.com. “O termo “agribusiness” surgiu na Universidade de Harvard, em 1957, quando os pesquisadores John Davis e Ray Goldberg afirmaram que a agricultura não poderia ser considerada isolada dos demais processos de fabricação de alimentos. Estes dois pesquisadores norte-americanos começaram a abordar a agricultura como parte de uma grande rede de agentes econômicos, desde a produção de insumos até distribuição para o consumidor final, utilizando o “business” no sentido de “ocupação” e não de “negócio” propriamente dito. Para o português, o termo foi traduzido de diversas formas, mas a palavra “Agronegócio” acabou sendo uma das mais utilizadas. O Agronegócio é, portanto, um marco conceitual que delimita os sistemas integrados de produção de alimentos, fibras e biomassa, agrupando as atividades econômicas desde o melhoramento genético até o produto final, no qual todos os agentes que se propõem a produzir matérias-primas agropecuárias estão inseridos, sejam eles pequenos ou grandes produtores, agricultores familiares ou não-familiares, fazendeiros ou assentados.” “Desta forma, o Agronegócio está relacionado com a aplicação do conceito de cadeias produtivas na produção de alimentos, fibras e bioenergia. Cadeia produtiva é um conjunto de etapas consecutivas, ao longo das quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformação, até a constituição de um produto final (bem ou serviço). No caso do Agronegócio, esse conjunto de etapas consecutivas é dividida em três partes: a parte anterior à produção rural, conhecida como “à montante” ou “antes da porteira”; a produção rural propriamente dita; e os setores que recebem a produção agropecuária, considerados “à jusante” ou “depois da porteira”. A cadeia produtiva do abacaxi, por exemplo, envolve os fabricantes de tratores e de implementos agrícolas, indústrias de fertilizantes e defensivos agrícolas, produtores rurais, atravessadores, indústrias de polpa de frutas, supermercados, bares, lanchonetes e restaurantes. Repare que o conceito de Agronegócio não faz menção ao sistema de cultivo ou tamanho da propriedade rural, ao tipo de mão-de-obra utilizada ou ao volume de negócios realizados.” Fonte: https://institutoagro.com.br/agricultura-familiar/. Acesso:30/06/2020. Bibliografia Moreira, João C. Sene, Eustáquio. Geografia geral e do Brasil : espaço geográfico e globalização : ensino médio. 3. ed. São Paulo : Scipione, 2016. Vol.3
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