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AULA 01

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!
AULA 01: LEGISLAÇÃO ADUANEIRA 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1-Palavras Iniciais 1 
2- Tributação sobre o Comércio Exterior 2 - 10 
3- Imposto de Importação 10 – 68 
4- Questões Comentadas 69 – 97 
5- Lista de Questões e Gabarito 98 - 121 
Olá, amigos (as), tudo bem? 
Estou muito feliz por estarmos juntos nessa caminhada! Tenho 
certeza de que você está correndo a passos largos rumo à aprovação. Eu 
me lembro exatamente de quando eu estava aí do outro lado! Era uma 
ansiedade muito grande pela prova! Estudava em ritmo alucinante! ☺ Não tem 
outro jeito! Como sempre gosto de dizer: no final da jornada, vale muito a 
pena! Aprendi no meu querido Exército Brasileiro (EB) durante o tempo em 
que lá estive: a dor passa, o orgulho fica! 
Hoje começamos a estudar acerca da tributação no comércio exterior, 
falando tudo sobre o imposto de importação! Vamos dominar o assunto! 
Trata-se de assunto extenso e bastante técnico. Por várias vezes, 
teremos que recorrer a conhecimentos de Direito Tributário para entender 
determinados assuntos! Outras vezes, teremos que nos apegar à literalidade 
da legislação. É claro, tudo explicado nos mínimos detalhes e com a atenção 
que o assunto merece! 
Grande abraço a todos, 
Ricardo Vale 
ricardovale@estrategiaconcursos.com.br 
http://twitter.com/#!/RicardoVale01 
http://www.facebook.com/rvale01 
P.S: Estejam à vontade para serem meus amigos no Facebook! 
Quero depois ter o direito de cobrar um chopp quando você tiver sido 
aprovado! ☺ 
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1- TRIBUTAÇÃO SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR: 
1.1-Regramento Constitucional e Legislação Específica: 
A primeira pergunta que nos cabe fazer é a seguinte: quais são os 
tributos que incidem sobre uma operação de importação? 
São vários. Em uma importação, incidem o Imposto de Importação 
(I.I), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as contribuições 
PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação, o ICMS e o AFRMM 
(Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante). Há, ainda, 
outras taxas incidentes, como, por exemplo, a Taxa de Utilização do 
SISCOMEX. Dependendo da operação, também há incidência de contribuições 
de intervenção sobre o domínio econômico, como a CIDE-Combustíveis. 
A tributação sobre o comércio exterior encontra previsão 
constitucional. O art. 153 da CF/88 prevê que a União poderá instituir impostos 
sobre a importação de produtos estrangeiros e sobre a exportação, para 
o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. São eles o Imposto 
de Importação (I.I) e o Imposto de Exportação (I.E). 
Também é a União o ente federativo responsável pela instituição do 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) (art. 153, inciso IV), das 
contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação e de 
contribuições para intervenção no domínio econômico. Quanto a esse último 
ponto, destaque-se que o art. 149 da CF/88 dispõe que “compete 
exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no 
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas”. Mais à frente, a CF/88, ainda estabelece que as contribuições 
sociais e de intervenção sobre o domínio econômico incidirão também sobre 
a importação de produtos estrangeiros ou serviços (art. 149, § 2º, inciso 
II, da CF/88). Na órbita dos Estados, está a competência para instituir o 
ICMS, tributo que incide sobre a circulação de mercadorias, ainda que as 
operações se iniciem no exterior (art. 155, inciso II, da CF/88). 
E quais são os tributos que incidem sobre as operações de 
exportação? 
Aqui a história é diferente! A resposta é que, sobre as operações de 
exportação, irá incidir somente o imposto de exportação (I.E). A CF/88, em 
perfeita consonância com os objetivos de política comercial do país, 
estabeleceu várias regras de não-incidência tributária sobre operações de 
exportação. Com efeito, a política comercial brasileira busca incentivar as 
exportações como forma de obter o desenvolvimento econômico nacional. 
Destaque-se que todas as hipóteses de não-incidência previstas na CF/88 são 
imunidades tributárias. A propósito, imunidade é uma hipótese de não-
incidência constitucionalmente qualificada. 
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Nesse sentido, pode-se verificar que a CF/88 dispõe que o IPI não 
incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior (art. 
153, inciso III). Por sua vez, a CF/88 determina que o ICMS não incidirá 
sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre 
serviços prestados a destinatários no exterior. Por último, o art. 149, § 2º, 
inciso I, da CF/88 dispõe que as contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de 
exportação. Assim, podemos dizer que, na exportação, temos: i) imunidade 
de IPI; ii) imunidade de ICMS e; iii) imunidade de contribuições sociais e de 
contribuições de intervenção no domínio econômico. 
 
1) Tributos incidentes sobre o comércio 
exterior: 
- Imposto de Importação (I.I) 
- Imposto de Exportação (I.E) 
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
- PIS/PASEP-Importação 
- COFINS-Importação 
-Contribuições de intervenção no domínio econômico 
- ICMS 
 
2) Imunidades na Exportação: 
- Imunidade do ICMS 
- Imunidade do IPI 
-Imunidade das contribuições sociais e de 
contribuições de intervenção no domínio econômico 
A tributação sobre o comércio exterior, como se pode perceber, não 
tem finalidade arrecadatória, mas sim extrafiscal. O governo a utiliza 
como forma de regulação econômica. Assim, alguns princípios constitucionais 
tributários não se aplicam aos tributos incidentes sobre o comércio exterior. 
Fazemos menção, nesse momento, aos princípios da legalidade, da 
anterioridade e da noventena. O que são cada um desses princípios? 
Recordemo-nos das aulas de Direito Tributário! ☺ 
O princípio da legalidade está previsto no art. 150, inciso I, da 
CF/88, que dispõe que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Em outras 
palavras, a norma competente para instituir e aumentar a alíquota de um 
tributo é a lei. 
O princípio da anterioridade, por sua vez, está insculpido no art. 
150, inciso III, alínea b, da CF/88. Segundo esse princípio, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo 
exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu 
ou aumentou. Assim, se uma lei majora um tributo em agosto de 2014, este 
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somente poderá ser recolhido pela alíquota maior a partir de 1º de janeiro de 
2015. 
O princípio da noventena, também chamado de anterioridade 
nonagesimal, encontra previsão no art. 150, inciso III, alínea c, da CF/88. Ele 
veda que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios cobrem 
tributos antes de decorridos 90 (noventa) dias da data em que haja 
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Destaque-se que os 
princípios da anterioridade e da noventena devem ser observados em 
conjunto. 
Suponha que uma lei majore um tributo em 1º de novembro de 
2014. Pelo princípio da anterioridade, este poderia ser recolhido pela alíquota 
maior a partir de 1º de janeiro de 2015. No entanto, há que se observar 
também a noventena, eis que o tributo somente poderá ser recolhido 90 dias 
após 1º de novembrode 2014, ou seja, em 1º de fevereiro de 2015. 
Agora que já recordamos esses princípios constitucionais tributários, 
vejamos como eles são excepcionados em relação aos tributos incidentes sobre 
o comércio exterior: 
a) Imposto de Importação (I.I): 
- Não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de 
alíquotas, o que quer dizer que não há necessidade de lei para alterar a 
alíquota do imposto de importação. Hoje, a alteração de alíquotas do imposto 
de importação compete à Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), que o faz 
mediante Resolução. 
- Não obedece ao princípio da anterioridade e ao princípio da 
noventena. Assim, a alteração de alíquotas gera efeitos imediatos. 
b) Imposto de Exportação (I.E): 
- Da mesma forma que o imposto de importação, o imposto de 
exportação não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de 
alíquotas. A fixação da alíquota do imposto de exportação também compete à 
CAMEX. 
- O imposto de exportação também não obedece aos princípios da 
anterioridade e da noventena. 
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A CAMEX tem competência para fixar a alíquota do imposto 
de importação e do imposto de exportação. 
Se uma questão disser que a CAMEX fixa a alíquota dos 
tributos incidentes sobre o comércio exterior, ela estará 
errada. Por quê? 
Porque sobre o comércio exterior há incidência de vários 
outros tributos além do imposto de importação e do imposto 
de exportação. 
c) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): 
- O IPI não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de 
alíquotas. 
- O IPI não obedece também ao princípio da anterioridade. 
- Cuidado! O IPI obedece ao princípio da noventena. Assim, 
embora não seja necessário esperar pelo próximo exercício, faz-se mister 
aguardar o período mínimo de 90 dias. 
d) PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação: 
- O PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação obedecem ao 
princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas. 
- O PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação não obedecem ao 
princípio da anterioridade, mas obedecem ao princípio da noventena 
(anterioridade nonagesimal). Isso é o que prevê o art. 195, § 6º, da CF/88. 
 
1.2-Produtos, Bens e Mercadorias: 
Qual a diferença entre produtos, bens e mercadorias?1 
Bens são coisas, corpóreas e incorpóreas, possuidoras de utilidade 
econômica e que representam riqueza incorporada ao patrimônio e 
passível de avaliação pecuniária (avaliação em dinheiro). São exemplos de 
bens: os imóveis (casas, prédios), veículos, televisões, notebooks, ipads, etc. 
 
1
!Os conceitos apresentados a seguir foram extraídos do seguinte artigo: 
 MEIRA, Liziane Angelotti. Imposto sobre a Importação. In: Temas Atuais de 
Direito Aduaneiro, Coord: Rosaldo Trevisan. São Paulo: Lex Editora, 2008, pp. 103-
106. 
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Produto, por sua vez, é o nome que se atribui a toda e qualquer 
coisa ou utilidade que foi extraída de outra. Trata-se de um conceito 
abrangente, mais amplo, inclusive, que o de bem. Isso porque a palavra 
“produtos” abrange até mesmo coisas que não sejam passíveis de avaliação 
econômica. Existem produtos agrícolas, produtos industrializados, minerais, 
intelectuais, etc. 
Mercadorias, por fim, são coisas que servem como objeto de 
operações comerciais. Toda mercadoria é um bem, mas nem todo bem é 
mercadoria. Apenas são mercadorias os bens móveis destinados à realização 
de operações mercantis. A título de exemplo, a bagagem de viajantes não 
pode ser considerada mercadoria, mas apenas um bem. 
 
O Código Aduaneiro do Mercosul, embora ainda não esteja 
em vigor, nos traz o conceito aduaneiro de “mercadoria”. 
Segundo o referido diploma, “mercadoria é todo bem 
suscetível de um destino aduaneiro”. 
E quais são os destinos aduaneiros possíveis? 
São quatro os destinos aduaneiros: 
1) inclusão (admissão) em um regime aduaneiro especial; 
2) retorno ao exterior; 
3) abandono; 
4) destruição. 
Tais conceitos (bens, produtos e mercadorias) são importantes para 
interpretarmos a incidência do imposto de importação e do imposto de 
exportação. Vejamos o que nos informa a CF/88: 
 Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou 
nacionalizados; 
Como se percebe da leitura do art. 153, o legislador constituinte 
autorizou a União a instituir o imposto de importação e o imposto de 
exportação, os quais podem incidir sobre produtos, conceito este que já 
vimos que é mais amplo do que o de mercadorias e que o de bens. 
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Vamos agora dar uma olhada no que nos informa o Regulamento 
Aduaneiro, cujos dispositivos advém do Decreto-Lei nº 37/66! 2 
Art. 69. O imposto de importação incide sobre mercadoria 
estrangeira. 
... 
Art. 212. O imposto de exportação incide sobre mercadoria 
nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. 
Analisando esses artigos, verifica-se que foi feita menção ao termo 
“mercadoria”. Mas será que a incidência do imposto de importação e do 
imposto de exportação é mesmo tão restrita assim? Como vimos, “mercadoria” 
engloba apenas os bens móveis objeto de operações comerciais. 
Segundo Liziane Angelotti, à primeira vista, pode parecer que o 
legislador exerceu apenas parcela restrita de sua competência, afinal a 
Constituição autorizou a incidência do I.I e I.E sobre produtos, cujo conceito é 
bem mais amplo que o de mercadorias. 
Entretanto, analisando os outros dispositivos da legislação, percebe-
se que não é essa a interpretação adequada. Como estudaremos 
detalhadamente mais à frente, há previsão normativa para que o imposto de 
importação também incida sobre bagagem de viajantes (que não são 
mercadorias, mas bens!). Ou, ainda, que há incidência do imposto de 
importação em relação a outras operações comerciais em que não há 
transferência de propriedade (aluguel, arrendamento operacional, etc.). Outro 
exemplo é a incidência do imposto de importação na hipótese de doação. 
Conclui-se, a partir desse debate, que não se pode afirmar, a partir 
de uma interpretação sistemática do ordenamento jurídico nacional, que o 
imposto de importação e o imposto de exportação incidam apenas sobre 
mercadorias. O imposto de importação e o imposto de exportação 
incidem sobre bens. 3 
 
2
!Várias normas do Regulamento Aduaneiro vêm desse Decreto-Lei que, pasmem, é de 
1966. As normas de comércio exterior precisam, urgentemente, ser reformadas e 
adequadas à nova realidade internacional. 
3
! MEIRA, Liziane Angelotti. Imposto sobre a Importação. In: Temas Atuais de 
Direito Aduaneiro, Coord: Rosaldo Trevisan. São Paulo: Lex Editora, 2008, pp. 103-
106. !
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1) Na prova, você deve marcar como correta uma 
assertiva que traga a literalidade dos art. 69 e art.212 
do R/A: 
Art. 69. O imposto de importação incide sobre 
mercadoria estrangeira. 
... 
Art. 212. O imposto de exportação incide sobre 
mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao 
exterior. 
 
2) Se a questão adentrar em debates doutrinários, 
você poderá afirmar que o imposto de importação 
incide sobre bens estrangeiros e que o imposto de 
exportação incide sobre bens nacionais ou 
nacionalizados. 
 
3) Lembre-se,por último, de que a literalidade da 
CF/88 prevê que a União está autorizada institua 
imposto sobre a importação de produtos 
estrangeiros e imposto sobre a exportação de 
produtos nacionais ou nacionalizados. 
 
1.3-Produtos Estrangeiros, Produtos Nacionais, Nacionalizados e 
Desnacionalizados 
Vamos entender esses conceitos, que serão muito importantes para 
entendermos a tributação no comércio exterior. 
a) Produtos Nacionais: são os produtos fabricados no Brasil ou que 
sofreram uma transformação substancial em território nacional. 4 
b) Produtos Estrangeiros: são os produtos originários do exterior, 
observadas as regras de origem. Um carro fabricado na Alemanha, por 
exemplo, é um produto estrangeiro. 
c) Produtos Nacionalizados: É um produto estrangeiro que é 
importado com ânimo de definitividade. É importante destacar que quando 
um bem entra no país admitido em um regime aduaneiro especial, como, por 
exemplo, a admissão temporária, ele não está se nacionalizando brasileiro. 
Veja: nesse caso, o bem não ingressou em território nacional com ânimo de 
definitividade. Sua entrada está, desde já, condicionada ao retorno para o 
exterior. O retorno de uma admissão temporária é denominado reexportação. 
 
4 Para determinar se um produto é ou não nacional, devem ser observadas as regras 
de origem. 
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A ESAF considera que a nacionalização ocorre quando 
a mercadoria é importada a título definitivo, 
independentemente de despacho para consumo. 
Nesse caso, a mercadoria considera-se nacionalizada 
na data do embarque no exterior. 
d) Produtos Desnacionalizados: É o produto nacional ou 
nacionalizado exportado com ânimo de definitividade. A exportação temporária 
não tem como conseqüência a desnacionalização do produto, uma vez que a 
saída deste já está condicionada ao retorno ao Brasil. Destaque-se que o 
retorno de uma exportação temporária é denominado reimportação. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
1. (ATRFB-2012) Ao dispor sobre o Imposto de Importação, o art. 153, I, 
da Constituição Federal, reza que compete à União instituir impostos sobre 
importação de bens estrangeiros. 
Comentários: 
A CF/88 dispõe que compete à União instituir impostos sobre a 
importação de produtos estrangeiros. Questão errada. 
2. (ATRFB-2012) O Imposto sobre Produtos Industrializados incide sobre 
mercadorias industrializadas destinadas ao exterior. 
Comentários: 
O IPI não incide sobre mercadorias industrializadas destinadas ao 
exterior, uma vez que há imunidade de IPI nas exportações. Questão errada. 
3. (ATRFB-2012) Com o objetivo de fomentar as exportações, a 
Constituição Federal atribui, excepcionalmente, aos Estados e ao Distrito 
Federal a competência para exonerar os contribuintes do Imposto de 
Exportação. 
Comentários: 
O imposto de exportação é tributo da competência da União, não 
tendo sido atribuída pela CF/88 qualquer competência aos Estados e DF no que 
diz respeito a esse imposto. Questão errada. 
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4. (Questão Inédita) Um bem exportado temporariamente não se 
desnacionaliza. 
Comentários: 
Quando é realizada uma exportação temporária, não há ânimo de 
definitividade e, portanto, não há que se falar em desnacionalização. Um bem 
exportado temporariamente continua sendo um bem nacional. Questão 
correta. 
 
2- IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (arts. 69 a 211-A do R/A) 
2.1- Introdução: 
O imposto de importação é um tributo de caráter eminentemente 
extrafiscal, isto é, visa permitir que o governo exerça a função de regulação 
econômica por meio do controle das importações. Assim, não se pode 
dizer que o imposto de importação possui finalidade arrecadatória, embora a 
arrecadação de recursos para os cofres públicos seja um efeito da imposição 
desse tributo. Nos últimos anos, o imposto de importação tem representado 
apenas algo em torno de 5% do total da arrecadação tributária brasileira. 
Mas como assim o governo exerce controle das importações? 
Simples. Ao aumentar o imposto de importação, o governo confere 
proteção à indústria nacional em detrimento de bens estrangeiros. Ao reduzir o 
imposto de importação, por outro lado, o governo estimula a entrada de bens 
estrangeiros no território nacional. Assim, se a indústria nacional de têxteis 
está enfrentando forte concorrência externa e, em razão disso, acumulando 
prejuízos, o governo poderá aumentar a alíquota do I.I para produtos têxteis. 
Por outro lado, o governo pode reduzir a alíquota do I.I incidente sobre um 
determinado tipo de máquina / equipamento que não possua produção 
nacional, estimulando, assim, os investimentos produtivos no país. Da mesma 
forma, diante de uma crise de desabastecimento interno, é interesse do 
governo estimular a entrada de produtos, o que é feito por meio da redução da 
alíquota do imposto de importação. 
Diante de todas essas hipóteses, é fácil perceber que o governo 
brasileiro precisaria de flexibilidade para poder alterar as alíquotas do 
imposto de importação de forma rápida. Com base nessa ideia, a CF/88 
determinou, em seu art. 153, § 1º, que, atendidas as condições e os limites 
estabelecidos em lei, é facultado ao Poder Executivo alterar as alíquotas do 
imposto de importação. Em outras palavras, a CF/88 estabelece que o 
imposto de importação não obedece ao princípio da legalidade quanto 
à alteração de alíquotas. Atualmente, a alteração das alíquotas do imposto 
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de importação compete à CAMEX (Câmara de Comércio Exterior), que o faz 
mediante Resolução. 
Cabe destacar, todavia, que a alteração das alíquotas do imposto 
de importação deve observar os compromissos internacionais 
assumidos pela República Federativa do Brasil, sob pena de 
responsabilidade internacional. Nesse sentido, há limites tarifários máximos 
para o imposto de importação acordados pelo Brasil na OMC, os quais só 
podem ser ultrapassados caso realizada renegociação multilateral.5 Ademais, 
os membros do MERCOSUL definem em conjunto as alíquotas do imposto de 
importação, salvo nas hipóteses de exceção à TEC.6 
O imposto de importação também representa uma exceção aos 
princípios da anterioridade e da noventena7. Dessa forma, a alteração de 
alíquotas do imposto de importação gera efeitos imediatos. O objetivo do 
legislador constituinte foi, de fato, conferir maior agilidade às decisões 
governamentais no que diz respeito à regulação do comércio exterior. 
 
2.2- Lançamento: 
Segundo o art. 142 do Código Tributário Nacional, lançamento é o 
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador 
da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o 
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, 
 
5 O art. II do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) estabelece que nenhum 
membro da OMC poderá conceder, aos produtos de outros membros, tratamento 
menos favorável do que o previsto em sua Lista de Concessões. A Lista de Concessões 
representa, assim, o limite máximo do imposto de importação que cada Estado-
membro se comprometeu a observar. 
6 O MERCOSUL, por tratar-se de uma união aduaneira, aplica uma Tarifa Externa 
Comum em relação às importações de terceiros países. As alíquotas da TEC são 
definidas em conjunto pelos Estados-membros do MERCOSUL. No MERCOSUL, 
todavia, existem diversas exceções à TEC (produtos em relaçãoaos quais não se 
aplica a alíquota da TEC), o que nos permite dizer que esse bloco regional trata-se de 
uma união aduaneira imperfeita. 
7 O princípio da anterioridade está previsto no art. 150, inciso III, alínea b, da 
CF/88, que veda aos entes federativos cobrar tributos no mesmo exercício financeiro 
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Por sua vez, o 
princípio da noventena (anterioridade nonagesimal) está previsto no art. 150, 
inciso III, alínea c, da CF/88, vedando aos entes federativos cobrar tributos antes de 
decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou. Os dois princípios são verdadeiras limitações constitucionais ao poder 
de tributar e são, em regra, exigidos cumulativamente. Destaque-se que o imposto de 
importação não precisa obedecer a nenhum desses princípios. 
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propor a aplicação da penalidade cabível. A partir dessa definição, é possível 
verificar que é o crédito tributário é constituído pelo lançamento. 
Como você deve ter estudado em Direito Tributário, existem três 
modalidades de lançamento: i) lançamento de ofício ou direto; ii) 
lançamento por declaração ou misto e; iii) lançamento por homologação 
(“autolançamento”). 
Cabe-nos perguntar o seguinte: qual o tipo de lançamento se 
aplica ao imposto de importação? 
À primeira vista, você pode me dizer: “Ah, o lançamento do imposto 
de importação é por declaração! Afinal existe uma Declaração de Importação!” 
Isso está absolutamente errado. Em regra, o imposto de 
importação é objeto de lançamento por homologação. É o importador que 
elabora a Declaração de Importação (DI), registrando-a no SISCOMEX, 
antecipando o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. 
Registrada a DI, os tributos são automaticamente debitados da conta do 
importador. Caberá à autoridade aduaneira, a posteriori, fazer a 
homologação do lançamento realizado pelo contribuinte. Somente com a 
homologação é que o crédito tributário considera-se definitivamente extinto. 
A homologação poderá ser expressa ou tácita. A homologação será 
expressa quando, por meio de ato administrativo, a autoridade declarar a 
concordância com a atividade realizada pelo sujeito passivo. Por outro lado, a 
homologação será tácita quando for ultrapassado o prazo legal para a 
homologação expressa sem que a autoridade administrativa se posicione. 
Nesse sentido, o art. 150, § 4º, do CTN, dispõe que se a lei não fixar prazo 
para a homologação, será ele de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrência do 
fato gerador. Uma vez expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública 
tenha se pronunciado, o lançamento considera-se homologado e o 
crédito tributário definitivamente extinto, salvo se comprovada a 
ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 
Segundo a doutrina tributarista majoritária, o fim do prazo para 
homologação (5 anos), além de implicar em homologação tácita, opera a 
decadência do direito de a Administração Tributária constituir o crédito 
tributário, lançando de ofício eventuais diferenças apuradas. Portanto, pode-
se afirmar que, em regra, o imposto de importação irá decair em 5 (cinco) 
anos a contar da data da ocorrência do fato gerador. 8 
 
8
!Segundo o Prof. Ricardo Alexandre, na sistemática do lançamento por homologação, 
tem-se o único caso em que o prazo decadencial é contado exatamente da data 
da ocorrência do fato gerador. Peço, então, que você tenha muito cuidado com o 
art. 752, inciso I do R/A, que não pode se aplicar ao imposto de importação, que 
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2.3- Base de Cálculo: 
A base de cálculo do imposto de importação é definida pelo art. 75 do 
Regulamento Aduaneiro, conforme transcrito a seguir: 
Art. 75. A base de cálculo do imposto é: 
I - quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado 
segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e 
Comércio - GATT 1994; e 
II - quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria 
expressa na unidade de medida estabelecida. 
Conforme se pode observar ao ler o dispositivo supracitado, há duas 
situações diferentes: 
- se a alíquota do imposto for ad valorem, a base de cálculo do I.I 
será o valor aduaneiro. As regras para a determinação do valor aduaneiro 
estão previstas no Acordo sobre a Implementação do art. VII do GATT, que, 
por ter sido regularmente internalizado no ordenamento jurídico interno, 
possui status de lei ordinária. Em aula posterior, nós estudaremos sobre a 
valoração aduaneira. 
 
Como estudaremos em aula futura, o valor 
aduaneiro não é exatamente o valor CIF 
(valor da mercadoria somado ao frete e seguro 
internacionais). Entretanto, as principais 
parcelas que compõem o valor aduaneiro são, 
de fato, o valor da mercadoria, o frete e o seguro 
internacionais. Assim, podemos afirmar o 
seguinte: 
1) É razoável dizer que, no cálculo do imposto de 
importação, toma-se como base o valor CIF. 
2) A base de cálculo do imposto de importação 
é o valor aduaneiro. 
 
- se a alíquota do imposto for específica, a base de cálculo será a 
quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida 
estabelecida. A título de exemplo, imaginemos que a alíquota do imposto de 
importação incidente sobre soja seja de US$ 2,00 / kg. Se forem importados 
 
está sujeito a lançamento por homologação. O art. 752, inciso I do R/A determina que 
o direito de exigir o tributo extingue-se em cinco anos, contados do primeiro dia do 
exercício seguinte àquele em que poderia ter sido lançado. 
 
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2000 kg de soja, essa quantidade (2000 kg) será exatamente a base de 
cálculo do imposto de importação. 
O cálculo do imposto de importação será feito, então, pela aplicação 
das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a base de 
cálculo determinada conforme as regras anteriores.9 Isso não se aplica 
às remessas postais internacionais (quando sujeitas ao regime de tributação 
simplificada), aos bens enquadrados como bagagem de viajante procedente do 
exterior (quando sujeitos ao regime de tributação especial) e às mercadorias 
procedentes da República do Paraguai, importadas por via terrestre, quando 
aplicado o Regime de Tributação Unificada (RTU). 
A alíquota aplicável é aquela que estiver em vigor na data da 
ocorrência do fato gerador. Segundo o art. 97 do R/A, para efeitos de 
cálculo do imposto, os valores expressos em moeda estrangeira deverão ser 
convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data em que 
se considerar ocorrido o fato gerador. Com a entrada em vigor da Decisão 
CMC nº 13/2007, em 03/06/2012, a taxa de câmbio aplicável passou a ser a 
taxa diária estabelecida pelo banco central ou autoridade monetária central de 
cada Estado Parte, tomando-se a taxa vigente no fechamento do dia 
anterior ao da data da numeração do despacho de importação. 10 
 
2.4- Pagamento do Imposto: 
O imposto de importação é pago na data do registro da 
Declaração de Importação (DI). No ato do registro da DI, é feito o débito 
do valor referente ao imposto de importação. O Ministro da Fazenda poderá, 
em casos especiais, fixar outros momentos para o pagamento do imposto. 
A importância a pagar será o resultado da apuração do total do 
imposto, na declaração de importação ouem documento de efeito equivalente. 
O depósito para garantia de qualquer natureza será feito na Caixa 
Econômica Federal (CEF), na forma da legislação específica. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
 
9 Não podemos nos esquecer de que existem as exceções à TEC. Os produtos 
relacionados como exceções à TEC não se sujeitam às alíquotas previstas na TEC, mas 
sim às alíquotas do I.I discricionariamente definidas pela CAMEX. 
10 Para fins de concurso público, o candidato pode considerar como correta tanto a 
literalidade do art. 97 quanto a regra insculpida na Decisão CMC nº 13/2007. 
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5. ( 2012) A base de cálculo do Imposto de Importação, quando a 
alíquota for específica, é o valor aduaneiro apurado segundo as normas do 
artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT 1994). 
Comentários: 
Quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto de 
importação será a quantidade de mercadoria na unidade de medida 
estabelecida. A base de cálculo do I.I será o valor aduaneiro quando a alíquota 
for ad valorem. Questão errada. 
6. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A base de cálculo do imposto 
de importação é a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida 
estabelecida, quando a alíquota for específica. 
Comentários: 
De fato, quando a alíquota for específica, a base de cálculo do 
imposto de importação é a quantidade de mercadoria na unidade de medida 
estabelecida. Questão correta. 
7. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Bens sujeitos à alíquota zero 
de imposto de importação implicam a adoção de alíquota zero no imposto de 
produtos industrializados. 
Comentários: 
Não há relação entre a alíquota do imposto de importação e a 
alíquota de qualquer tributo. Assim, se a alíquota do imposto de importação for 
zero, não há obrigatoriedade de que a alíquota do IPI também seja zero. 
Questão errada. 
8. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Caso a alíquota incidente 
seja “ad valorem”, o imposto de importação será calculado pela aplicação das 
alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a quantidade ou o 
peso da mercadoria importada. 
Comentários: 
Se a alíquota for ad valorem, o imposto de importação será calculado 
pela aplicação das alíquotas fixadas na TEC sobre o valor aduaneiro. Questão 
errada. 
 
 
 
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2.5- Fato Gerador: 
O imposto de importação é tributo de competência da União que tem 
como fato gerador a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional. 
O Regulamento Aduaneiro dispõe exatamente nesse sentido no art. 72, 
estabelecendo que “o fato gerador do imposto de importação é a entrada 
de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.” A entrada da 
mercadoria estrangeira no território aduaneiro é considerada pela doutrina o 
elemento espacial (geográfico) do fato gerador. Uma mercadoria, ao cruzar 
os limites territoriais (geográficos) do País, entrando no território aduaneiro 
pela zona primária, dá ensejo à ocorrência do fato gerador do imposto de 
importação. 
Mas aí cabe fazer a pergunta: em que momento exato se considera 
que uma mercadoria estrangeira entrou no território aduaneiro? 
A definição do momento temporal exato em que ocorre o fato gerador 
do imposto de importação é muito importante, uma vez que o cálculo do 
tributo deverá ser realizado levando-se em consideração a alíquota vigente no 
momento da ocorrência do fato gerador. Mas não pense você que é fácil definir 
esse momento temporal... Imagine se tivéssemos que saber exatamente 
quando um avião entrou no espaço aéreo brasileiro! Ou, então, o momento 
exato em que um navio entrou nas águas territoriais do país! 
Em virtude dessas complicações, dispõe o art. 73 do R/A que 
considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na data do 
registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho 
para consumo. Segundo entendimento do STJ, embora o fato gerador do 
imposto de importação ocorra com a entrada da mercadoria 
estrangeira no território nacional, este apenas se aperfeiçoa com o 
registro da Declaração de Importação no regime comum (REsp 
362.910/PR). 
 
Na prova, você deve considerar corretas as 
seguintes assertivas: 
1) O fato gerador do imposto de importação é a 
entrada de mercadoria estrangeira no território 
aduaneiro (território nacional). 
2) O fato gerador do imposto de importação 
considera-se ocorrido na data do registro da 
Declaração de Importação. 
Mas não pensem que é tão simples assim não! Vejamos o que diz o 
inteiro teor do art. 73 do R/A: 
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Art. 73. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato 
gerador: 
I - na data do registro da declaração de importação de 
mercadoria submetida a despacho para consumo; 
II - no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, 
quando se tratar de: 
a) bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao 
regime de importação comum; 
b) bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou 
desacompanhada; 
c) mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de 
efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade 
aduaneira; ou 
d) mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de 
importação, na hipótese em que tenha sido consumida ou revendida, 
ou não seja localizada; 
III - na data do vencimento do prazo de permanência da 
mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo 
despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da 
mercadoria, na hipótese a que se refere o inciso XXI do art. 689 
IV - na data do registro da declaração de admissão temporária 
para utilização econômica 
Parágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso de 
despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de 
tributação, e de mercadoria contida em remessa postal internacional 
ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum. 
O Regulamento Aduaneiro define outros momentos temporais para 
que se considere como ocorrido o fato gerador do imposto de importação. 
Cada um deles se refere a uma situação específica. Vejamos: 
1) O art. 73, inciso I nós já estudamos. Quando uma mercadoria é 
despachada para consumo11, ou seja, quando é importada a título definitivo, o 
fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data do 
registro da Declaração de Importação. 
2) O art. 73, inciso II estabelece as situações em que a data da 
ocorrência do fato gerador é o dia do lançamento do crédito tributário. 
Trata-se de situações em que não se faz registro de Declaração de 
Importação. 
 
11 Existem três tipos de despacho aduaneiro: i) despacho para consumo: aplicável 
às mercadorias importadas a título definitivo (mercadorias nacionalizadas); ii) 
despacho para admissão: aplicável às mercadorias que ingressam no país ao amparo 
de regimes aduaneiros especiais (estudaremos esses regimes em aulas futuras) e; iii) 
despacho para internação: aplicável as mercadorias que saem da Zona Franca de 
Manaus ou Áreas de Livre Comércio em direção ao restante do território nacional. 
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a) A alínea “a” se refere aos bens contidos em remessa postal 
internacionalnão sujeitos ao regime de importação comum. Quanto a esse 
ponto, cabe destacar que há dois regimes de tributação possíveis para as 
remessas postais internacionais: o regime de tributação simplificada e o 
regime de tributação comum. 
O regime de tributação simplificada se aplica às importações de 
bens pelos correios, companhias aéreas, empresas de courier, presentes 
recebidos do exterior e compras pela Internet. O valor máximo dos bens 
importados ao amparo desse regime é US$ 3.000,00 e a alíquota do imposto 
de importação incidente será de 60%. Ressalte-se que as remessas no valor 
total de até US$ 50,00 estão isentas de impostos, com a condição de que 
sejam transportadas pelo serviço postal e que remetente e destinatário sejam 
pessoas físicas. Alguns bens não se submetem ao regime de tributação 
simplificada: bebidas alcoólicas, fumo e produtos de tabacaria. 
O regime de tributação comum, por sua vez, se aplica às 
importações de remessas postais internacionais cujo valor supere os US$ 
3.000,00 ou caso o produto seja bebida alcoólica ou produto de tabacaria. 
Nesse caso, haverá necessidade de registro da Declaração de 
Importação. 
Voltando à questão do momento do fato gerador, verificamos que: 
- No caso de remessas postais internacionais importadas ao 
amparo do regime de tributação simplificada, não há registro da D.I, logo 
o fato gerador considera-se ocorrido no dia do lançamento. 
- No caso de remessas postais internacionais importadas ao 
amparo do regime de tributação comum, haverá registro de DI e, 
portanto, o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro de D.I. 
b) A alínea “b” diz respeito aos bens enquadrados no conceito de 
bagagem, acompanhada ou desacompanhada. Bagagem acompanhada é o 
conjuntos de bens que o viajante traz consigo no mesmo meio de transporte 
em que realiza a viagem, os quais não estão amparados por conhecimento de 
embarque ou documento de mesma finalidade. Bagagem desacompanhada 
é o conjunto de bens que chega ao país ou vai para exterior em decorrência da 
viagem do indivíduo. Tais bens estão amparados por conhecimento de 
embarque (conhecimento de carga). 
Há, fundamentalmente, quatro tratamentos distintos para os 
bens trazidos ao país por viajantes, conforme previsto na IN RFB nº 
1059/2010. São eles: i) isenção; ii) regime de tributação especial; iii) regime 
de importação comum e; iv) perdimento. 
A isenção será concedida aos seguintes bens integrantes de 
bagagem acompanhada: 
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- livros, folhetos e periódicos; 
-bens de uso ou consumo pessoal (abrangem uma máquina 
fotográfica, um relógio de pulso e um telefone celular, desde que em 
compatibilidade com as circunstâncias da viagem) 
- outros bens, observado o limite de US$ 500,00 (no caso de ingresso 
no país por via marítima ou aérea) e de US$ 150,00 (no caso de ingresso no 
país por via terrestre, fluvial ou lacustre). 
Há ainda limites quantitativos para a isenção, como, por exemplo, 
para bebidas alcoólicas (12 litros), cigarros (10 maços), charutos ou cigarrilhas 
(25 unidades) e fumo (250 gramas) 
O regime de tributação especial é o que permite o despacho de 
bens integrantes de bagagem com a exigência apenas do imposto de 
importação, a uma alíquota de 50%. Aplica-se aos bens que não se 
enquadrarem nos limites de isenção. Por exemplo, se for importado um 
notebook cujo valor é US$ 2000,00, incidirá a alíquota de 50% do I.I 
sobre o que exceder o limite de isenção. Considerando que o limite de 
isenção é US$ 500,00 (ingresso por via aérea), a alíquota de 50% do I.I 
incidirá sobre US$ 1500,00. 
 
No caso de bens trazidos por viajante aos quais se 
aplique o regime de tributação especial não haverá 
registro de DI, mas sim lançamento do crédito 
tributário. Daí dizer-se que o fato gerador ocorre no 
momento em que é realizado o lançamento no caso 
de bens compreendidos no conceito de bagagem. 
O regime de importação comum, por sua vez, se aplica aos bens 
que não possam ser enquadrados como bagagem ou que excedam os limites 
quantitativos. Considera-se bagagem, nos termos da IN RFB nº 1059/2010, 
“os bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com as 
circunstâncias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo 
pessoal, bem como para presentear, sempre que, pela sua quantidade, 
natureza ou variedade, não permitirem presumir importação ou 
exportação com fins comerciais ou industriais.” Estão excluídos do 
conceito de bagagem veículos automotores em geral, motocicletas, motonetas, 
bicicletas com motor, motores para embarcação, motos aquáticas e similares, 
casas rodantes (motor homes), aeronaves e embarcações de todo tipo. 
Para os bens importados ao amparo do regime de importação 
comum, o imposto de importação incidirá com a alíquota prevista na TEC, 
devendo ser registrada uma Declaração de Importação pelo importador. Nesse 
caso, o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro da DI. 
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Por fim, o perdimento se aplica aos bens que não podem ser 
trazidos pelo viajante ao país. Citamos, como exemplo, mercadorias cuja 
produção tenha violado direito autoral e cigarros e bebidas fabricados no 
Brasil, destinados à venda exclusivamente no exterior. 
c) A alínea “c” se refere a mercadoria constante de manifesto ou de 
outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado 
pela autoridade aduaneira. Perceba que, mesmo nessa situação (extravio de 
mercadoria), haverá fato gerador do imposto de importação. A situação não 
é simples, pois a mercadoria extraviada pode nem sequer ter entrado no 
território nacional. 
Para resolver esse problema e evitar discussões, o art. 72, §1º, do 
R/A, dispõe que, para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se 
entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como 
importada e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade 
aduaneira. Presume-se que a mercadoria extraviada entrou no território 
aduaneiro, daí dizer-se que essa situação configura fato gerador presumido 
do imposto de importação. 
As diferenças percentuais de mercadoria a granel extraviadas não 
serão consideradas, para fins de exigência do imposto de importação, quando 
forem inferiores a 1% (um por cento). Em outras palavras, admite-se o 
extravio de 1% de mercadorias a granel sem que seja exigido o imposto de 
importação em relação a estas. Se o extravio for superior a 1%, o imposto 
de importação será exigido em relação à integralidade das mercadorias 
extraviadas. 
Registre-se que, no caso de extravio, quem pagará o imposto de 
importação será o responsável (transportador ou depositário), e não o 
importador. Ao contrário, por já ter feito o recolhimento do imposto de 
importação no momento do registro da Declaração de Importação (DI), o 
importador fará jus à restituição dos valores relativos a esse imposto. 
Também é importante conhecermos o tratamento tributário dado à 
avaria de mercadoria. De início, é preciso ter em mente que, no caso de 
avaria, apesar de a mercadoria ter sofrido algum dano, ela entrou no 
território aduaneiro. 
A avaria da mercadoria terá como efeito a redução do montante 
tributável (base de cálculo) do imposto de importação, proporcionalmente ao 
prejuízo. O importador, tendo recolhido o imposto de importação sobre o valor 
total da mercadoria (sem considerar o prejuízo), fará jus à restituição do que 
foi pago a maior (montante do imposto relativo ao prejuízo). A Receita 
Federal irá cobrar do responsável (transportador ou depositário) o imposto de 
importação incidente sobre o valor do prejuízo. 
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Até a edição da Lei nº 12.350/2010, a apuração da 
responsabilidade pela avaria ou extravio de mercadoria era realizada por 
meio de um processo administrativo denominado de vistoria aduaneira. A Lei 
nº 12.350/2010 colocou um fim à vistoria aduaneira, o que foi confirmado com 
a edição do Decreto nº 8.010/2013. Hoje, a autoridade aduaneira, ao verificar 
a ocorrência de avaria ou extravio de mercadoria, irá proceder ao lançamento 
de ofício, formalizado por meio de auto de infração. Portanto, nesse caso, o 
fato gerador considera-se ocorrido no momento do lançamento do crédito 
tributário. 
 
Antes da edição do Decreto nº 8.010/2013, o art. 72, 
§ 1º, do R/A, dispunha o seguinte: 
“Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-
se entrada no território aduaneiro a mercadoria que 
conste como importada e cujo extravio tenha sido 
apurado pela autoridade aduaneira.” 
Com a edição do Decreto nº 8.010/2013, o art. 72, § 
1º, do R/A, passou a dispor da seguinte forma: 
“Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-
se entrada no território aduaneiro a mercadoria que 
conste como importada e cujo extravio tenha sido 
verificado pela autoridade aduaneira.” 
A razão dessa pequena mudança foi o fim do 
processo de vistoria aduaneira. A vistoria 
aduaneira era o processo administrativo cujo objetivo 
era apurar avaria ou extravio de mercadoria. Com o 
fim da vistoria aduaneira, a autoridade aduaneira, 
uma vez constatada a avaria ou extravio de 
mercadoria, irá simplesmente lavrar um auto de 
infração, efetuando o lançamento de ofício. Assim, 
atualmente, não há mais que se falar em “apuração” 
de avaria/extravio (que pressupõe a existência de um 
processo administrativo), mas somente em 
“verificação”. 
d) A alínea “d” diz respeito a mercadoria estrangeira que não haja 
sido objeto de declaração de importação, na hipótese em que tenha sido 
consumida ou revendida, ou não seja localizada. 
Aqui temos o caso de uma mercadoria que foi importada sem DI, 
ou seja, que entrou no país de forma irregular. Se essa mercadoria for 
encontrada, a Receita Federal irá apreendê-la, aplicando a pena de 
perdimento. Se a RFB aplicar a pena de perdimento, não haverá incidência do 
imposto de importação. Em sentido contrário, caso a RFB não encontre a 
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mercadoria, em virtude de esta já ter sido consumida ou revendida, 
não há que se falar em pena de perdimento, havendo a incidência do 
imposto de importação. A autoridade aduaneira fará, então, o lançamento 
do crédito tributário, momento em que se considera ocorrido o fato gerador do 
imposto de importação. 
3) O art. 73, inciso III estabelece uma situação em que o momento 
da ocorrência do fato gerador será a data do vencimento do prazo de 
permanência da mercadoria em recinto alfandegado. Esse será o 
momento temporal do fato gerador se for iniciado o despacho aduaneiro de 
importação antes de aplicada a pena de perdimento na hipótese de abandono 
de mercadoria em recinto alfandegado. 
Vamos entender esse negócio! ☺ 
Uma mercadoria é considerada abandonada nas hipóteses previstas 
no art. 642 do R/A. Uma vez que a mercadoria tenha sido considerada 
abandonada, a autoridade aduaneira dará início ao processo administrativo 
para aplicação da pena de perdimento. Vejamos as hipóteses em que uma 
mercadoria é considerada abandonada: 
Art. 642. Considera-se abandonada a mercadoria que permanecer 
em recinto alfandegado sem que o seu despacho de importação seja 
iniciado no decurso dos seguintes prazos 
I - noventa dias: 
a) da sua descarga; e 
b) do recebimento do aviso de chegada da remessa postal 
internacional sujeita ao regime de importação comum; 
II - quarenta e cinco dias: 
a) após esgotar-se o prazo de sua permanência em regime de 
entreposto aduaneiro; 
b) após esgotar-se o prazo de sua permanência em recinto alfandegado 
de zona secundária; e 
c) da sua chegada ao País, trazida do exterior como bagagem, 
acompanhada ou desacompanhada; e 
III - sessenta dias da notificação a que se refere o art. 640. 
§ 1o Considera-se também abandonada a mercadoria que permaneça 
em recinto alfandegado, e cujo despacho de importação: 
I - não seja iniciado ou retomado no prazo de trinta dias da ciência 
a) da relevação da pena de perdimento aplicada; ou 
b) do reconhecimento do direito de iniciar ou de retomar o despacho; 
ou 
II - tenha seu curso interrompido durante sessenta dias, por ação ou 
por omissão do importador 
§ 2o O prazo a que se refere a alínea “b” do inciso II do caput é de 
setenta e cinco dias, contados da data de entrada da mercadoria no 
recinto. 
§ 3o Na hipótese em que a mercadoria a que se refere a alínea “c” do 
inciso II do caput que não se enquadre no conceito de bagagem, 
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aplicam-se os prazos referidos na alínea “a” do inciso I do caput ou na 
alínea “b” do inciso II do caput, conforme o caso. 
§ 4o No caso de bagagem de viajante saindo da Zona Franca de 
Manaus para qualquer outro ponto do território aduaneiro, o prazo 
estabelecido na alínea “c” do inciso II do caput será contado da data 
de embarque do viajante. 
Art. 643. Nas hipóteses a que se refere o art. 642, o importador, 
antes de aplicada a pena de perdimento, poderá iniciar o 
respectivo despacho de importação, mediante o cumprimento das 
formalidades exigíveis e o pagamento dos tributos incidentes na 
importação, acrescidos de juros e de multa de mora, e das despesas 
decorrentes da permanência da mercadoria em recinto alfandegado 
Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal do Brasil expedirá 
os atos necessários à aplicação do disposto no caput 
Nos termos do art. 643, é possível que o importador, antes de 
aplicada a pena de perdimento, dê início ao despacho de importação. 
Assim, ele evita que seja declarado o perdimento da mercadoria considerada 
abandonada. Nesse caso, ocorrerá o fato gerador do imposto de importação na 
data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em 
recinto alfandegado. Perceba que, nesse caso, embora tenhamos o registro 
de uma DI, o fato gerador se considera ocorrido em momento anterior (data 
do vencimento do prazo de permanência em recinto alfandegado) 
4) O art. 74, inciso IV estabelece como momento da ocorrência do 
fato gerador do I.I a data do registro da declaração de admissão 
temporária para utilização econômica. Mais à frente em nosso curso, nós 
estudaremos os regimes aduaneiros especiais, oportunidade em que falaremos 
sobre a admissão temporária para utilização econômica. 
Por ora, no entanto, precisamos saber que esse regime aduaneiro 
especial é aplicável aos bens que ingressam a título temporário no país a fim 
de serem empregados em atividade econômica. Tais bens são importados com 
suspensão parcial de tributos. Logo, por haver recolhimento tributário parcial, 
considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na hipótese de 
bens que entram no país ao amparo do regime aduaneiro especial de 
admissão temporária para utilização econômica. E o momento temporal 
da ocorrência do fato gerador será o registro da declaração para admissão no 
regime. 
A contrario sensu, pode-se interpretar que a entrada de bens no país 
ao amparo de outros regimes aduaneiros especiais suspensivos de tributação 
não é fato gerador do imposto de importação. Esse foi, inclusive, o 
entendimento adotado pela ESAF no último concurso de Auditor da RFB 2009, 
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na prova de Direito Tributário. Entretanto, cabe destacar que há grande 
controvérsiadoutrinária e jurisprudencial quanto a esse tema. 12 
 
2.6-Não-ocorrência do fato gerador: 
O art. 74 do Decreto nº 6759/2009 relaciona duas hipóteses em 
que não ocorre o fato gerador do imposto de importação. 
A primeira delas diz respeito ao retorno ao país de mercadoria que 
tenha sido exportada temporariamente. Nesse caso, como a saída da 
mercadoria não se revestiu do caráter de definitividade, não podemos 
considerar que ela foi desnacionalizada. O retorno ao país de mercadoria 
exportada temporariamente é denominado de reimportação. Podemos dizer, 
então, que na reimportação, não há fato gerador do imposto de importação. 
A segunda situação diz respeito ao pescado capturado fora das 
águas territoriais brasileiras, por empresa localizada no seu território, desde 
que observadas as normas da atividade pesqueira. Vejamos o que prevê o art. 
74 do R/A: 
Art. 74. Não constitui fato gerador do imposto a entrada no território 
aduaneiro: 
I - do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por 
empresa localizada no seu território, desde que satisfeitas as 
exigências que regulam a atividade pesqueira; e 
II - de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação 
temporária, ainda que descumprido o regime. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
9. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se 
afirmar que para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato 
gerador na data do registro da declaração de importação de mercadoria 
submetida a despacho para consumo. 
Comentários: 
 
12
! A própria ESAF já se posicionou de forma diversa em concursos anteriores. Nas 
aulas sobre regimes aduaneiros especiais, nos aprofundaremos melhor nesse assunto: 
ocorre fato gerador do imposto de importação na admissão de bens em regimes 
aduaneiros especiais? 
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No caso de mercadorias submetidas a despacho para consumo, o fato 
gerador do I.I considera-se ocorrido na data do registro da DI. (art. 73, inciso 
I, do R/A). Questão correta. 
10. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se 
afirmar que para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato 
gerador na data do registro da declaração de importação, inclusive no caso de 
despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação e 
de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por 
viajante, sujeita ao regime de importação comum. 
Comentários: 
No caso de mercadoria contida em remessa postal internacional ou 
conduzida por viajante, haverá registro de DI, motivo pelo qual esse será o 
momento da ocorrência do fato gerador. A data do registro da DI também será 
o momento do fato gerador no caso de despacho para consumo de mercadoria 
submetida a regime suspensivo de tributação. Questão correta. 
11. ( 2012) O fato gerador do Imposto de Importação é a entrada 
de mercadoria estrangeira no território nacional. Este é o conceito que a 
doutrina chama de elemento geográfico ou espacial do fato gerador. Para 
efeito de cálculo, entre outras situações, considera-se ocorrido o fato gerador 
do Imposto de Importação no dia do lançamento do correspondente crédito 
tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, 
acompanhada ou desacompanhada. 
Comentários: 
O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria 
estrangeira no território nacional. No caso de bens compreendidos no conceito 
de bagagem (acompanhada ou desacompanhada), o fato gerador se considera 
ocorrido na data do lançamento do crédito tributário. Questão correta. 
12. (Questão Inédita) O fato gerador do imposto de importação é a 
entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de 
ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no território aduaneiro a 
mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado 
pela autoridade aduaneira. 
Comentários: 
O fato gerador do I.I é a entrada de mercadoria estrangeira no 
território aduaneiro. Para fins de incidência do I.I, considera-se que a 
mercadoria extraviada ingressou no território aduaneiro. Questão correta. 
13. (Questão Inédita) Para efeito de cálculo do imposto de importação, 
considera-se ocorrido o fato gerador!no dia do lançamento do correspondente 
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crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa postal 
internacional sujeitos ao regime de tributação especial. 
Comentários: 
Para efeito de cálculo do imposto de importação, considera-se 
ocorrido o fato gerador!no dia do lançamento do correspondente crédito 
tributário bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao 
regime de importação comum. O regime de tributação especial se aplica a 
bagagem de viajantes, e não a bens contidos em remessa postal 
internacional. Questão errada. 
14. (Questão Inédita) O retorno de mercadoria exportada 
temporariamente, quando descumprido o regime, é fato gerador do imposto de 
importação. 
Comentários: 
O retorno de exportação temporária, mesmo quando este é 
descumprido, é hipótese de não-ocorrência do fato gerador do imposto de 
importação. Questão errada. 
15. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) No caso de Declaração de 
Importação (DI) registrada no Siscomex, é calculado pelo sistema, de acordo 
com a alíquota vigente na data do fato gerador do imposto, ou seja, na data da 
entrada da mercadoria no país. 
Comentários: 
A alíquota aplicada é a vigente na data da ocorrência do fato 
gerador do imposto de importação. O fato gerador considera-se ocorrido na 
data do registro da DI (e não na data da entrada da mercadoria!). Suponha, 
por exemplo, que uma mercadoria ingresso no país no dia de hoje, mas o 
registro da DI ocorra apenas daqui a 40 dias. A alíquota aplicável não será a 
vigente no dia de hoje (data da entrada no país), mas sim aquela que estiver 
em vigor na data do registro da DI. Questão errada. 
 
2.7- Hipóteses de não-incidência: 
Segundo o art. 69 do R/A, o imposto de importação incide sobre 
mercadoria estrangeira. A contrario sensu, estão excluídas do campo de 
incidência do I.I as mercadorias nacionais. 
Mas qual o conceito de mercadoria estrangeira? 
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Mercadoria estrangeira, nos termos da legislação aduaneira, não é 
apenas a mercadoria produzida no exterior. Também é considerada estrangeira 
a mercadoria nacional ou nacionalizada que foi exportada para o exterior. 
Dizemos que, quando uma mercadoria sai do país com o ânimo de 
definitividade, ela se desnacionaliza, tornando-se estrangeira. 
Logo, incidirá o imposto de importação sobre o retorno de 
mercadoria nacional ou nacionalizada anteriormente exportada. Com 
efeito, se ela foi exportada em definitivo, podemos considerá-la estrangeira. 
 
Tenham cuidado! 
1) O retorno de uma exportação temporária não é 
fato gerador do imposto de importação. A 
mercadoria não saiu do país com ânimo de 
definitividade, logo, ela não se desnacionalizou. 
2) O retorno de uma exportação é, sim, fato gerador 
do imposto de importação. Se a exportação foi 
definitiva, a mercadoria se desnacionalizou. Ela se 
tornou estrangeira e entra no campo de incidência 
do imposto de importação. 
Esse é o entendimento que se pode ter a partir da leitura do caput do 
art. 70: 
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, 
a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao 
País,salvo se: 
I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; 
II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para 
substituição; 
III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte 
do país importador; 
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou 
V - por outros fatores alheios à vontade do exportador. 
Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os fins 
previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos, os 
aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os 
acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no 
mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e 
exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na 
hipótese de retornarem ao País 
A leitura do art. 70 como um todo nos permite observar que há 
situações em que uma mercadoria foi exportada, mas, em seu retorno, 
não é considerada estrangeira. São elas: 
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a) Mercadoria enviada em consignação e não vendida no prazo 
autorizado. A exportação em consignação é uma modalidade especial de 
exportação regulamentada e administrada pela SECEX que permite que uma 
mercadoria seja exportada e, caso não seja vendida dentro de 720 dias 
contados do embarque, possa regressar ao País. Pois bem, se uma mercadoria 
é exportada em consignação e não é vendida dentro de 720 dias, ela deverá 
retornar ao país. No retorno, essa mercadoria é considerada não-estrangeira. 
b) Mercadoria devolvida por motivo de defeito técnico, para 
reparo ou para substituição. Imagine que uma empresa brasileira exportou 
um equipamento de raio-X para um hospital mexicano. Entretanto, uma peça 
desse equipamento deu defeito e terá que retornar ao Brasil para ser 
consertada (a empresa presta assistência técnica!). Essa peça do equipamento 
de raio-X é considerada não-estrangeira, não havendo a incidência do 
imposto de importação. 
c) Mercadoria que retorne por motivo de modificações na 
sistemática de importação por parte do país importador. Imagine que uma 
empresa brasileira exporte brinquedos para a Argentina. Ela está acostumada a 
fazer isso sem problema algum! No entanto, dessa vez, ao exportar os 
brinquedos para a Argentina, estes são barrados na Alfândega dos nossos 
“hermanos”. Mudou a sistemática de importação na Argentina. Os brinquedos 
precisam, por exemplo, ser inspecionados no país de origem e receber um selo 
de qualidade. Ixi!! Eles vão ter que retornar ao Brasil. Nesse retorno, serão 
considerados não-estrangeiros, não havendo incidência do imposto de 
importação. 
d) Mercadorias que retorne por motivo de guerra ou de 
calamidade pública. Aqui é o caso de uma empresa brasileira que estava 
exportando café para a Líbia. Certo dia, eclode a guerra civil naquele país... A 
mercadoria vai ter que retornar ao Brasil. No retorno, é considerada não-
estrangeira. 
e) Mercadoria que retorne por outros fatores alheios à 
vontade do exportador. O retorno da mercadoria por qualquer fator que seja 
alheio à vontade do exportador brasileiro faz com que esta não seja 
considerada estrangeira. Assim, não haverá incidência do I.I. 
Em todas as situações listadas acima não ocorreu a incidência do 
imposto de importação, uma vez que as mercadorias não eram 
estrangeiras. E, como vimos, o imposto de importação incide apenas sobre 
mercadorias estrangeiras. 
Por último, o art. 70, parágrafo único, trouxe regra que, em nosso 
entendimento, não traz grandes inovações. Ele trata de hipótese em que uma 
máquina é fabricada no Brasil, adquirida por empresa nacional de engenharia 
e, em seguida, exportada para o exterior a fim de ser utilizada na execução 
de obras. Ora, se a máquina foi exportada (não estamos falando de exportação 
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temporária, mas sim definitivas!), ela se desnacionalizou. No retorno, ela será, 
então, considerada estrangeira. Haverá incidência do imposto de 
importação. 
O art. 71 do R/A, todavia, especifica situações em que não há 
incidência do imposto de importação sobre a importação de mercadorias 
estrangeiras. Vejamos o que prevê o referido dispositivo: 
Art. 71. O imposto não incide sobre: 
I – mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos 
documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou 
comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida 
para o exterior; 
II – mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e 
valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente 
importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, 
defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde 
que observada a regulamentação editada pelo Ministério da 
Fazenda; 
III – mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de 
perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha 
sido consumida ou revendida; 
IV – mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do 
registro da declaração de importação, observada a 
regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; 
V – embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz 
de empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no 
exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade 
da mesma empresa nacional de origem; 
VI – mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, 
sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada.; e 
VII – mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, 
acidentalmente destruída. 
Vamos tentar entender cada uma dessas hipóteses: 
a) O inciso I se refere à situação em que uma mercadoria 
estrangeira chega ao Brasil por erro inequívoco ou comprovado de 
expedição. Mandaram-na para o País equivocadamente. Ela deveria ter sido 
enviada para outro lugar, conforme previsto nos documentos de transporte. 
Nesse caso, ela será redestinada (enviada ao país para onde deveria ter sido 
expedida) ou devolvida ao exterior, não havendo incidência tributária. 
b) O inciso II diz respeito à hipótese de substituição de 
mercadorias. Suponha que uma empresa realize a importação de um 
equipamento de informática e que, após o despacho aduaneiro, este se revele 
defeituoso ou imprestável para o fim ao qual se destina. Nesse caso, ela vai 
querer substituir a mercadoria que deu defeito, não é mesmo? Muitas vezes 
há, inclusive, um contrato de garantia celebrado entre a empresa e o 
fornecedor estrangeiro. O equipamento de informática é, então, devolvido ao 
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exterior e, em seu lugar, vem um novo em substituição. Sobre esse 
equipamento novo que substitui o imprestável / defeituoso, não irá incidir o 
imposto de importação. 
c) O inciso III se refere à situação em que é aplicada a pena de 
perdimento em virtude de uma mercadoria ter entrado irregularmente no 
país. Nesse caso, não haverá incidência do imposto de importação. Relembre-
se que, caso a mercadoria tenha entrado no Brasil irregularmente e não tenha 
sido encontrada ou tenha sido vendida, haverá incidência do imposto de 
importação, considerando-se ocorrido o fato gerador na data do lançamento. 
d) O inciso IV trata da hipótese em que uma mercadoria é 
devolvida ao exterior antes de registrada a DI. Ora, se não houve registro 
da DI, o fato gerador do imposto de importação não se aperfeiçoou. O R/A 
considera, portanto, que não incidirá o imposto de importação. 
e) O inciso V versa sobre o retorno de embarcações ao registro 
brasileiro. Nesse caso, a embarcação foi construída no Brasil e transferida por 
uma empresa brasileira denavegação a uma subsidiária no exterior. A 
embarcação, posteriormente, retorna ao Brasil, não sofrendo a incidência do 
imposto de importação. Para isso, ela deverá retornar como propriedade da 
mesma empresa nacional de origem. 
f) O inciso VI trata de situação em que a mercadoria é destruída 
sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de 
desembaraçada. 13 Veja que, nessa situação, a mercadoria não precisa ter 
sido avariada ou ter se revelado imprestável para o fim ao qual se 
destinava; para que não haja incidência do imposto de importação, basta que 
ela seja destruída sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional e 
antes do desembaraço. Destaque-se, entretanto, que a autoridade 
aduaneira poderá indeferir (negar) o pleito de destruição da mercadoria, 
com base no que dispuser legislação específica. 
g) O inciso VII trata da destruição acidental de mercadoria 
submetida ao regime de trânsito aduaneiro de passagem. O trânsito aduaneiro 
é um regime aduaneiro especial que permite o transporte de mercadoria pelo 
território nacional com suspensão de tributos. Na modalidade de passagem, a 
mercadoria estrangeira passa pelo território nacional com destino ao exterior 
(mercadoria vem da Inglaterra e tem como destino final o Paraguai!) Se a 
mercadoria for destruída nesse percurso, a responsabilidade pelo crédito 
tributário caberá ao transportador. Por outro lado, caso a destruição seja 
acidental, não haverá incidência do imposto de importação. 
 
 
13 Desembaraço aduaneiro, conforme estudaremos em aula futura, é o ato final do 
despacho aduaneiro. É o momento em que a mercadoria é liberada pela RFB e está 
livre para ingressar no território nacional. 
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2.8- Sujeito Ativo: 
Segundo o art. 119 do Código Tributário Nacional, o sujeito ativo da 
obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público titular da 
competência para exigir o seu cumprimento. É o ente que tem a titularidade 
do direito subjetivo de exigir a prestação jurídico-tributário. No caso do 
imposto de importação, o sujeito ativo é a União, competência que lhe é 
atribuída pelo art. 153, inciso I, da CF/88. 
 
2.9- Sujeito Passivo: contribuintes e responsáveis: 
Segundo o art. 121 do Código Tributário Nacional, o sujeito passivo 
da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou 
penalidade pecuniária. O sujeito passivo pode ser classificado em duas 
categorias: contribuinte e responsável. Nos termos do art. 121, contribuinte 
é aquele que possui uma relação pessoal e direta com a situação que constitua 
o fato gerador do tributo; responsável é aquele que, sem revestir-se da 
condição de contribuinte, possua obrigação decorrente de expressa disposição 
em lei. 
No caso do imposto de importação, os contribuintes (que possuem 
relação pessoal e direta, portanto, com o fato gerador) estão relacionados no 
art. 104 do R/A: 
Art. 104. É contribuinte do imposto: 
I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a 
entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro; 
II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo 
respectivo remetente; e 
III - o adquirente de mercadoria entrepostada. 
O inciso I afirma que o importador é contribuinte do imposto de 
importação. Trata-se de afirmação que consideramos intuitiva e que não 
suscita grandes dúvidas. Cabe ressaltar que o dispositivo define importador 
como a pessoa que promove a entrada de mercadoria estrangeira em 
território aduaneiro. Em outras palavras, importador é a pessoa em nome 
da qual foi registrada a Declaração de Importação. 
O inciso II estabelece que o destinatário de remessa postal 
internacional indicado pelo remetente é contribuinte do imposto de 
importação. É isso mesmo, meu amigo! Se o seu tio que mora no exterior te 
enviar um presente, você será contribuinte do imposto de importação! ☺ 
O inciso III, por último, relaciona o “adquirente de mercadoria 
entrepostada” como contribuinte do imposto de importação. Trata-se da 
situação em que uma mercadoria é importada em consignação, ficando 
01475451105
 
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armazenada em recinto alfandegado, com os tributos suspensos, até que 
alguém decida nacionalizá-la, comprando-a em caráter definitivo. No momento 
da compra, é realizado o recolhimento integral dos tributos suspensos. Quem 
irá recolher esses tributos será o adquirente. 
E os responsáveis? Quem a legislação aduaneira relaciona como 
responsáveis pelo imposto de importação? 
Art. 105. É responsável pelo imposto: 
I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do 
exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno 
II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da 
custódia de mercadoria sob controle aduaneiro. 
III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar. 
 
Art. 106. É responsável solidário: 
I - o adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com 
isenção ou redução do imposto. 
II - o representante, no País, do transportador estrangeiro. 
III - o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso 
de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de 
pessoa jurídica importadora. 
IV - o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de 
procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora. 
V - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer 
subcontratado para a realização do transporte multimodal. 
VI - o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado à 
industrialização para exportação, no caso de admissão de mercadoria 
no regime por outro beneficiário, mediante sua anuência, com vistas à 
execução de etapa da cadeia industrial do produto a ser exportado; e 
VII - qualquer outra pessoa que a lei assim designar. 
É importante sabermos a diferença entre responsável e responsável 
solidário! 
Responsável é aquele que, em virtude da ocorrência de um 
determinado evento, passa a figurar, sozinho, no pólo passivo da obrigação 
tributário. No caso do imposto de importação, são responsáveis o 
transportador e o depositário. Se ocorrer extravio ou avaria de mercadoria 
que esteja sob a tutela destes, o imposto de importação lhes será exigido. 
Responsável solidário é aquele que, em conjunto com outra 
pessoa, figura no pólo passivo da obrigação tributária. Todos os agentes 
relacionados no art. 106 do R/A, portanto, dividem com outrem a 
responsabilidade pelo pagamento de tributos e eventuais penalidade cabíveis. 
É o caso, por exemplo, de uma pessoa que adquira mercadoria estrangeira por 
meio de outra pessoa jurídica importadora, realizando o que se chama de 
importação por conta e ordem. Nessa situação, o contribuinte será a pessoa 
jurídica importadora, que figura no pólo passivo da relação tributária em 
conjunto com o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem. 
01475451105
 
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Vale a pena destacar que a responsabilidade é solidária (e não 
subsidiária!). 
É importante memorizar os sujeitos passivos do imposto de 
importação. Eu uso a seguinte tabela para isso! ☺ 
Contribuintes 
Importador 
Destinatário de Remessa postal internacional 
Adquirente de mercadoria entrepostada 
Responsáveis 
Transportador 
Deposítário 
Responsáveis 
solidários Outros casos, relacionados no art. 106, do R/A. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
16. ( 2012) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do 
Imposto

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