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Sistema Muscular

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Anatomia 
1 João Pedro Ricardo, p1 Medicina UFAL 
SISTEMA MUSCULAR 
O sistema muscular é formado por todos os músculos do 
corpo. Os músculos esqueléticos voluntários constituem a 
grande maioria dos músculos. Todos os músculos 
esqueléticos são formados por um tipo específico de tecido 
muscular. No entanto, outros tipos de tecido muscular 
formam alguns músculos (p. ex., os músculos ciliar e 
detrusor, além dos músculos eretores dos pelos) e 
importantes componentes dos órgãos de outros sistemas, aí 
incluídos os sistemas circulatório, digestório, genital, 
urinário, tegumentar e visual. 
 
TIPOS DE MÚSCULO (TECIDO MUSCULAR) 
As células musculares, que frequentemente são 
denominadas fibras musculares porque são longas e 
estreitas quando relaxadas, são células contráteis 
especializadas. São organizadas em tecidos que 
movimentam as partes do corpo ou causam a modificação 
temporária do formato dos órgãos internos (reduzem a 
circunferência de todo o órgão ou de parte dele). 
• O tecido conjuntivo associado conduz fibras 
nervosas e capilares para as células musculares e 
une-as em feixes ou fascículos. 
EXISTEM TRÊS TIPOS DE MÚSCULOS: 
ESTRIADO ESQUELÉTICO 
Músculo somático voluntário que forma os músculos 
esqueléticos que compõem sistema muscular, movendo ou 
estabilizando ossos e outras estruturas. Ex.: bulbo dos olhos. 
ESTRIADO CARDÍACO 
Músculo visceral involuntário que forma a maior parte das 
paredes do coração e partes adjacentes dos grandes vasos, 
como a aorta, e bombeia o sangue. 
LISO (OU NÃO ESTRIADO) 
Músculo visceral involuntário que forma parte das paredes 
da maioria dos vasos sanguíneos e órgãos ocos (vísceras), 
deslocando substâncias através deles por meio de 
contrações sequenciais coordenadas (pulsações ou 
contrações peristálticas). 
Três tipos de músculo são descritos tomando como base 
diferenças relacionadas a(o): 
• Controle normalmente pela vontade (voluntário versus 
involuntário) 
• Aparência estriada ou não estriada ao exame 
microscópio (estriado versus liso ou não estriado) 
• Localização na parede do corpo (soma) e nos membros 
ou formação de órgãos ocos (vísceras, p. ex., o coração) 
das cavidades do corpo ou de vasos sanguíneos 
(somático versus visceral). 
 
MÚSCULO ESQUELÉTICO: 
Todos os músculos esqueléticos, em geral chamados apenas 
de “músculos”, têm porções carnosas, avermelhadas e 
contráteis (uma ou mais cabeças ou ventres) formadas por 
músculo esquelético estriado. Alguns músculos são carnosos 
em toda a sua extensão, mas a maioria também tem porções 
brancas não contráteis (tendões), compostas principalmente 
de feixes colágenos organizados, que garantem um meio de 
inserção. 
• Ao se referir ao comprimento de um músculo, são 
incluídos o ventre e os tendões. Em outras palavras, o 
comprimento de um músculo é a distância entre suas 
inserções. 
• A maioria dos músculos esqueléticos está fixada direta 
ou indiretamente aos ossos, cartilagens, ligamentos ou 
fáscias ou a alguma associação dessas estruturas. Alguns 
músculos estão fixados a órgãos (p. ex., o bulbo do 
olho), pele (como músculos da face) e mucosas 
(músculos intrínsecos da língua). 
• Os músculos são órgãos de locomoção (movimento), 
mas também proporcionam sustentação estática, dão 
forma ao corpo e fornecem calor. 
• A arquitetura e o formato dos músculos variam 
(dependem da disposição de suas fibras). 
• Os tendões de alguns músculos formam lâminas planas, 
ou APONEUROSES, que fixam o músculo ao esqueleto 
(geralmente uma crista ou uma série de processos 
espinhosos) e/ou as FÁSCIA MUSCULAR (como o 
músculo latíssimo do dorso) ou à aponeurose de outro 
músculo (como os músculos oblíquos da parede 
anterolateral do abdome). 
A MAIORIA DOS MÚSCULOS É DENOMINADA DE 
ACORDO COM SUA FUNÇÃO OU COM OS OSSOS AOS 
QUAIS ESTÃO FIXADOS. 
• >>>>>>>>> o músculo abdutor do dedo mínimo, por 
exemplo, abduz o dedo mínimo. >>>>>>>>> o músculo 
esternocleidomastóideo se insere inferiormente no 
esterno e na clavícula e superiormente no processo 
mastoide do osso temporal do crânio. 
OUTROS MÚSCULOS SÃO DESIGNADOS DE ACORDO 
COM SUA POSIÇÃO (MEDIAL, LATERAL, ANTERIOR, 
POSTERIOR) OU COMPRIMENTO (CURTO; LONGO). OS 
MÚSCULOS PODEM SER DESCRITOS OU 
CLASSIFICADOS DE ACORDO COM SEU FORMATO, QUE 
TAMBÉM PODE DAR NOME AO MÚSCULO: 
MÚSCULOS PLANOS 
têm fibras paralelas, frequentemente com uma aponeurose 
— por exemplo, M. oblíquo externo do abdome (músculo 
plano largo). O M. sartório é um músculo plano estreito com 
fibras paralelas. 
 
Anatomia 
2 João Pedro Ricardo, p1 Medicina UFAL 
MÚSCULOS PENIFORMES 
são semelhantes a penas na organização de seus fascículos, 
e podem ser semipeniformes, peniformes ou 
multipeniformes — por exemplo, M. extensor longo dos 
dedos (semipeniforme), M. reto femoral (peniforme) e M. 
deltoide (multipeniforme). 
 
MÚSCULOS FUSIFORMES 
têm formato de fuso com um ou mais ventres redondos e 
espessos, de extremidades afiladas — por exemplo, M. 
bíceps braquial. 
MÚSCULOS TRIANGULARES (CONVERGENTES) 
originam-se em uma área larga e convergem para formar um 
único tendão — por exemplo, M. peitoral maior. 
MÚSCULOS QUADRADOS 
têm quatro lados iguais — por exemplo, M. reto do abdome 
entre suas interseções tendíneas. 
MÚSCULOS CIRCULARES (OU ESFINCETERIANOS) 
circundam uma abertura ou orifício do corpo, fechando-os 
quando se contraem — por exemplo, M. orbicular dos olhos 
(fecha as pálpebras). 
MÚSCULOS QUE TEM MÚLTIPLAS CABEÇAS OU 
MÚLTIPLOS VENTRES 
têm mais de uma cabeça de inserção ou mais de um ventre 
contrátil, respectivamente. Os músculos bíceps têm duas 
cabeças de inserção (p. ex., M. bíceps braquial), os músculos 
tríceps têm três cabeças de inserção (p. ex., M. tríceps 
braquial) e os Mm. digástrico e gastrocnêmio têm dois 
ventres (no primeiro, a organização é em série; no segundo, 
em paralelo). 
 
 
CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS: 
Os músculos esqueléticos atuam por meio da contração; 
ELES PUXAM E NUNCA EMPURRAM. 
• Quando um músculo contrai e encurta, uma de suas 
inserções geralmente permanece fixa, enquanto a outra 
inserção (mais móvel) é puxada em direção a ele, muitas 
vezes resultando em movimento. 
• As fixações dos músculos costumam ser descritas como 
origem e inserção*; a origem geralmente é a 
extremidade proximal do músculo, que permanece fixa 
durante a contração muscular, e a inserção geralmente 
é a extremidade distal do músculo, que é móvel. 
CONTRAÇÃO REFLEXA 
Embora as músculos esqueléticos sejam denominados de 
voluntários, alguns aspectos da sua atividade são 
automáticos (reflexos) e, portanto, não são controlados pela 
vontade. 
• Os exemplos são os movimentos respiratórios do 
diafragma, controlados na maioria das vezes por 
reflexos estimulados pelos níveis sanguíneos de O2 
e CO2 (embora possa haver controle voluntário 
dentro de limites), e o reflexo miotático, que resulta 
em movimento após alongamento muscular 
produzido pela percussão de um tendão com um 
martelo de reflexo. 
CONTRAÇÃO TÔNICA 
Mesmo quando estão “relaxados” os músculos de um 
individuo consciente estão quase sempre levemente 
contraídos. Essa leve contração, denominada TÔNUS 
MUSCULAR, não produz movimento nem resistência ativa 
(como o faz na contração fásica), mas confere ao músculo 
certa firmeza, ajudando na estabilidade das articulações e na 
manutenção da postura, enquanto mantém o músculo 
pronto para responder a estímulos apropriados. 
• Geralmente o tônus muscular só está ausente 
quando a pessoa está inconsciente (como durante 
o sono profundo ou sob anestesia geral) após uma 
lesão nervosa que acarrete paralisia. 
CONTRAÇÃO FÁSICA OU ATIVA 
Dividida em dois tipos principais: 
1. Contrações isotônicas: o musculo muda de 
comprimento em relação à produção de movimento 
2. Contrações isométricas: o comprimento do musculo 
permanece igual – não há movimento, mas a força 
(tensão muscular) aumenta acima dos níveis tônicos 
 
Anatomia 
3 João PedroRicardo, p1 Medicina UFAL 
para resistir à gravidade ou a outra força antagônica. 
>>>>>>> esse tipo de contração é importante para 
manter a postura vertical e quando os músculos atuam 
como fixadores ou sustentadores. 
• Existem dois tipos de contrações isotônicas. O tipo no 
qual pensamos com maior frequência é a contração 
concêntrica, na qual o movimento decorre do 
encurtamento muscular—por exemplo, ao levantar 
uma xícara, empurrar uma porta ou dar um soco. 
Normalmente, é a capacidade de aplicar força 
excepcional por meio da contração concêntrica que 
distingue um atleta de um amador. 
• O outro tipo de contração isotônica é a contração 
excêntrica, na qual um músculo se alonga ao contrair — 
isto é, sofre relaxamento controlado e gradual enquanto 
exerce força (reduzida) contínua, como ao desenrolar 
uma corda. Embora não sejam tão conhecidas, as 
contrações excêntricas são tão importantes quanto as 
contrações concêntricas para os movimentos 
coordenados e funcionais como caminhar, correr e 
depositar objetos no chão ou sentar-se. 
 
A contração isométrica mantém a posição de uma 
articulação sem produzir movimento. As contrações 
concêntricas e excêntricas são contrações 
isotônicas nas quais o comprimento do músculo se 
modifica: contrações concêntricas por 
encurtamento e contrações excêntricas por 
alongamento controlado ativamente (relaxamento). 
 
Muitas vezes, quando o principal músculo associado a 
determinado movimento (o agonista) está sofrendo uma 
contração concêntrica, seu antagonista está sofrendo uma 
contração excêntrica coordenada. Ao caminhar, há 
contração concêntrica para levar o centro de gravidade para 
a frente e depois, quando este passa na frente do membro, 
há contração excêntrica para evitar que a pessoa cambaleie 
durante a transferência de peso para a outra perna. As 
contrações excêntricas exigem menos energia metabólica 
com a mesma carga mas, com uma contração máxima, são 
capazes de gerar níveis de tensão muito maiores do que as 
contrações concêntricas — até 50% maiores (Marieb, 2004). 
 
• Fibra de músculo estriado esquelético – unidade 
estrutural; 
• Unidade motora (neurônio motor + fibra por ele 
controlada) – unidade funcional; 
• Quando um neurônio motor na medula espinal é 
estimulado, inicia um impulso que causa a 
contração simultânea de todas as fibras musculares 
supridas por aquela unidade motora. 
• O número de fibras musculares em uma unidade 
motora varia de uma a várias centenas de acordo 
com o tamanho e a função do músculo. 
• As grandes unidades motoras, nas quais um 
neurônio supre várias centenas de fibras 
musculares, estão nos grandes músculos do tronco 
e da coxa. Nos pequenos músculos dos olhos e das 
mãos, onde são necessários movimentos de 
precisão, as unidades motoras incluem apenas 
algumas fibras musculares. 
 
 
 
 
FUNÇÕES DO MÚSCULO: 
Os músculos têm funções específicas de movimento e 
posicionamento do corpo. 
MÚSCULO AGONISTA 
é o principal músculo responsável pela produção de um 
movimento específico do corpo. Ele se contrai 
concentricamente para produzir o movimento desejado, 
 
Anatomia 
4 João Pedro Ricardo, p1 Medicina UFAL 
fazendo a maior parte do trabalho (gastando a maior parte 
da energia) necessário. 
• Na maioria dos movimentos, há apenas um 
músculo agonista, mas alguns empregam dois 
agonistas em igual medida. 
MÚSCULO FIXADOR 
estabiliza as partes proximais de um membro mediante 
contração isométrica, enquanto há movimento nas partes 
distais. 
MÚSCULO SINERGISTA 
complementa a ação de um agonista. 
• Pode ser um auxiliar direto de um músculo 
agonista, atuando como componente mais fraco ou 
mecanicamente menos favorável do mesmo 
movimento, ou pode ser um auxiliar indireto, 
servindo como fixador de uma articulação 
interposta quando um agonista passa sobre mais de 
uma articulação, por exemplo. Não é incomum que 
haja vários sinergistas auxiliando um agonista em 
determinado movimento. 
MÚSCULO ANTAGONISTA 
É um músculo que se opõe à ação de outro. Pode ser: 
1. Primário: se opõe diretamente ao agonista; 
2. Secundário: se opõe aos sinergistas também. 
Quando há contração concêntrica dos agonistas ativos para 
produzir um movimento, há contração excêntrica dos 
antagonistas, que relaxam progressivamente, de forma 
coordenada, para produzir um movimento suave. 
 
>>>>>>> o mesmo músculo pode agir como agonista, 
antagonista, sinergista ou fixador em situações diferentes. 
>> O verdadeiro agonista em determinada posição pode ser 
a gravidade – nesse caso, o agonista é inativo (passivo), 
enquanto o relaxamento controlado dos antagonistas 
antigravitacionais é o componente ativo (que requer 
energia) do movimento. Ex.: adução (abaixamento) dos 
membros superiores da posição abduzida na posição do pé. 
 
Um músculo cuja tração seja exercida ao longo de uma linha 
paralela ao eixo dos ossos em que está fixado está em 
desvantagem para produzir movimento. Em vez disso, 
mantém contato entre as superfícies articulares da 
articulação que cruza; esse tipo de músculo é um fixador. 
 
Quanto mais oblíqua está orientada a linha de tração de um 
músculo em relação ao osso que movimenta maior é a sua 
capacidade de movimento rápido e efetivo; esse tipo de 
músculo é um músculo de impulsão. 
 
 
 
NERVOS E ARTÉRIAS PARA OS MÚSCULOS 
>> a variação na inervação dos músculos é rara; há uma 
relação quase constante. 
• No membro, os músculos com ações semelhantes 
geralmente estão contidos em um compartimento 
fascial comum e são supridos pelos mesmos nervos. 
• Os nervos que suprem os músculos esqueléticos 
(nervos motores) geralmente entram na porção 
carnosa do músculo (ao contrário do tendão), 
quase sempre a partir da face profunda (assim, é 
protegido pelo músculo que supre). 
• Quando um nervo perfura um músculo, 
atravessando sua porção carnosa ou entre duas 
cabeças de fixação, geralmente supre aquele 
músculo. As exceções são os ramos sensitivos que 
inervam a pele do dorso depois de penetrarem os 
músculos superficiais do dorso. 
>> A irrigação sanguínea dos músculos não é tão 
constante quanto a inervação, e geralmente é múltipla. 
As artérias geralmente irrigam as estruturas com as 
quais entram em contato. 
 
Pontos-chave 
 
MÚSCULOS ESQUELÉTICOS 
Os músculos são classificados em estriados esqueléticos, 
estriados cardíacos ou lisos. 
♦ Os músculos esqueléticos são ainda 
classificados, de acordo com seu formato, em planos, 
peniformes, fusiformes, quadrados, circulares ou 
esfincterianos, e com múltiplas cabeças ou múltiplos ventres. 
♦ O músculo esquelético atua contraindo, permitindo 
movimentos automáticos (reflexos), mantendo o tônus 
muscular (contração tônica) e proporcionando a contração 
fásica (ativa) com ou sem modificação do comprimento 
muscular (isotônica e isométrica, respectivamente). 
♦ Os movimentos isotônicos são concêntricos (ocasionam 
movimento por encurtamento) ou excêntricos (permitem 
movimento por relaxamento controlado). 
♦ Os músculos agonistas são os principais responsáveis por 
movimentos específicos. 
♦ Os fixadores “estabilizam” uma parte de um membro 
enquanto outra parte se movimenta. 
 Os sinergistas potencializam a ação dos agonistas. 
 Os antagonistas se opõem às ações de outro músculo. 
 
 
MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO: 
Forma a parede muscular do coração, o miocárdio. Também 
há um pouco de músculo cardíaco nas paredes da aorta, 
veias pulmonares e veia cava superior. 
• As contrações do músculo estriado cardíaco não 
são controladas voluntariamente. A frequência 
cardíaca é controlada intrinsecamente por um 
marca-passo, um sistema condutor de impulso 
formado por fibras musculares cardíacas 
 
Anatomia 
5 João Pedro Ricardo, p1 Medicina UFAL 
especializadas que, por sua vez, são influenciadas 
pela divisão autônoma do sistema nervoso (DASN). 
• O músculo estriado cardíaco tem aparência estriada 
nítida ao exame microscópico. 
• Os dois tipos de músculo estriado — esqueléticoe 
cardíaco — são ainda caracterizados pelo caráter 
imediato, rapidez e força de suas contrações. 
 
 
MÚSCULO LISO: 
Assim denominado pela ausência de estriações das fibras 
musculares ao exame microscópico, forma uma grande 
parte da camada intermediária (túnica média) das paredes 
dos vasos sanguíneos. 
• Ocorre em todo tecido vascularizado; também 
constitui a parte muscular das paredes do sistema 
digestório e dos ductos. É encontrado na pele, 
formando o músculo eretor do pelo associado aos 
folículos pilosos, e no bulbo no olho, onde controla 
a espessura da lente e o tamanho da pupila. 
• Como o músculo estriado cardíaco, o músculo liso é 
um músculo involuntário; entretanto, é 
diretamente inervado pela DASN. 
• Sua contração também pode ser iniciada por 
estimulação hormonal ou por estímulos locais, 
como o estiramento. 
• Responde mais devagar do que o músculo estriado 
e com contração tardia e mais suave. 
• Pode sofrer contração parcial durante longos 
períodos e tem capacidade muito maior do que o 
músculo estriado de alongar sem sofrer lesão 
paralisante. Esses dois fatores são importantes no 
controle do tamanho dos esfíncteres e do calibre do 
lúmen (espaço interior) das estruturas tubulares (p. 
ex., vasos sanguíneos ou intestinos). 
• Nas paredes do sistema digestório, das tubas 
uterinas e dos ureteres, as células musculares lisas 
são responsáveis pela peristalse, conjunto de 
contrações rítmicas que impulsionam o conteúdo 
ao longo dessas estruturas tubulares. 
 
Pontos-chave 
MÚSCULOS CARDÍACO E LISO 
O músculo cardíaco é um tipo de músculo estriado 
encontrado nas paredes do coração, ou miocárdio, e 
também em alguns grandes vasos sanguíneos. 
♦ A contração do músculo cardíaco não está sob controle 
voluntário, mas é ativada por fibras musculares cardíacas 
especializadas que formam o marca-passo, cuja atividade 
é controlada pela divisão autônoma do sistema nervoso 
(DASN). 
♦ O músculo liso não tem estriações. É encontrado em 
todos os tecidos vasculares e nas paredes do sistema 
digestório e de outros órgãos. 
♦ O músculo liso é diretamente inervado pela DASN e, 
assim, não está sob controle voluntário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia 
6 João Pedro Ricardo, p1 Medicina UFAL 
 
 
 
Anatomia 
7 João Pedro Ricardo, p1 Medicina UFAL

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