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1- Analisar o caso concreto de Marco Antônio João à luz dos artigos do Código Civil que regulam os contratos de seguro. 
Os contratos de seguro possuem limites de cobertura, assim o bem jurídico estará protegido no contrato pactuado pelas partes.
A responsabilidade do segurador fica adstrita ao risco assumido, isto é, ao previsto no contrato.
Artigo 766, do Código Civil - Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido.
Sendo assim, correta a negativa da seguradora, pois Marco Antônio utilizou o veículo para uso diverso pactuado no contrato.
Não informando a seguradora de que o uso do veículo estaria fora do pactuado no contrato, Marco Antonio não cumpriu o que foi acordado no momento da conclusão e durante a execuçao do contrato.
Artigo 765, do Código Civil - O segurado e o segurador são obrigados a guardar na conclusão e na execução do contrato, a mais estrita boa-fé e veracidade, tanto a respeito do objeto como das circustâncias e declarações a ele concernentes.
Marco Antônio não informou a seguradora que o veículo estava sendo usado para o uso diverso do contratado. (Artigo 769 do C.C. O segurado é obrigado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à garantia, se provar que silenciou de má-fé.), tal prática exime a seguradora da obrigação de indenização junto ao segurado.
Artigo 768 do Código Civil - O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato.
Assim, importante concluir que o veículo era usado como instrumento de trabalho, assim o veículo desloca-se mais do que para uso de simples locomoção, o que modificaria as condições de aceitação da proposta do seguro.
	
2- Identificar os artigos que podem ter servido de sustentação para a negativa da seguradora.
Artigo 757 do Código Civil - Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados.
Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada.
Artigo 759 do Código Civil - A emissão da apólice deverá ser precedida de proposta escrita com a declaração dos elementos essenciais do interesse a ser garantido e do risco.
Artigo 760 do Código Civil - A apólice ou o bilhete de seguro serão nominativos, à ordem ou ao portador, e mencionarão os riscos assumidos, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido, e, quando for o caso, o nome do segurado e o do beneficiário.
Artigo 766 do Código Civil - Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido.
* Contratei um seguro para o meu carro contra furtos, roubo, colisão e incêndio, mas comecei a trabalhar com Uber. O que eu faço?
Primeiramente, analise se a sua seguradora aceita o enquadramento como Uber, pois, atualmente, nem todas as seguradoras estão aceitando fazer seguro para Uber. Caso ela não tenha este tipo de aceitação, será necessário cancelar o seguro e fazer com outra empresa que aceite Uber. Caso a sua seguradora atual já trabalhe com seguro para Uber, será necessário realizar um endosso, que para quem não sabe ou não se lembra, é a atualização da apólice. *
3- Pesquisar julgados favoráveis à tese de Marco Antônio João, ou seja, de que o pagamento da indenização é devido.
Inúmeros julgados, inclusive das turmas recursais deste Estado, têm determinado que as seguradoras paguem a indenização, em caso de perda total do bem segurado, de acordo com o valor constante na apólice:
CONTRATO DE SEGURO. VEÍCULO ACIDENTADO. Demanda proposta contra seguradora para haver a diferença entre o valor pelo qual o carro foi segurado e o valor pago a menor. Sentença procedente que bem decidiu a questão, seguindo a linha adotada pela jurisprudência dos tribunais pátrios, inclusive o Supremo Tribunal Federal. A indenização a ser paga deve ser igual ao valor pelo qual o veículo foi segurado e constante da apólice, nos termos do art. 1462 do CC. Perda total incontestável. Desnecessidade de indagar o valor do veículo na ocasião do sinistro.(Processo nº 01597511060, 1ª Turma Recursal do JECC/RS, Caxias do Sul, Rel. Dr. Guinther Spode. j. 23.04.97, un.).
CONSUMIDOR. CONTRATO DE SEGURO DE VEÍCULOS. PERDA TOTAL. VALOR A INDENIZAR. No contrato de seguro total de veículos, havendo perda total, a indenização deve ser integral, pelo valor do bem segurado, previsto no contrato. Qualquer redução, tida como cláusula limitadora do valor, deve estar escrita com destaque no documento, conforme prevê o art. 54, § 4º, da Lei nº 8.078/90. RECURSO IMPROVIDO.(Recurso nº 410, 1ª Turma Recursal do JECC/RS, Arroio do Tigre, Rel. Dr. Claudir Fidélis Faccenda. j. 03.04.96, un.).
CONTRATO DE SEGURO. VEÍCULO ACIDENTADO. Demanda proposta contra seguradora para haver a diferença entre o valor pelo qual o carro foi segurado e o valor pago a menor. Sentença procedente que bem decidiu a questão, seguindo a linha adotada pela jurisprudência dos tribunais pátrios, inclusive o Supremo Tribunal Federal. A indenização a ser paga deve ser igual ao valor pelo qual o veículo foi segurado e constante da apólice, nos termos do art. 1462 do CC. Perda total incontestável. Desnecessidade de indagar o valor do veículo na ocasião do sinistro. (Processo nº 01597511060, 1ª Turma Recursal do JECC/RS, Caxias do Sul, Rel. Dr. Guinther Spode. j. 23.04.97, un.).
CONSUMIDOR. CONTRATO DE SEGURO DE VEÍCULOS. PERDA TOTAL. VALOR A INDENIZAR. No contrato de seguro total de veículos, havendo perda total, a indenização deve ser integral, pelo valor do bem segurado, previsto no contrato. Qualquer redução, tida como cláusula limitadora do valor, deve estar escrita com destaque no documento, conforme prevê o art. 54, § 4º, da Lei nº 8.078/90. Recurso improvido. (Recurso nº 410, 1ª Turma Recursal do JECC/RS, Arroio do Tigre, Rel. Dr. Claudir Fidélis Faccenda. j. 03.04.96, un.).
CONTRATO DE SEGURO. INDENIZAÇÃO. PERDA TOTAL DO BEM.
No caso de perda total do bem, em decorrência de acidente de trânsito, a indenização será pelo valor contratado, considerando que o prêmio foi correspondente a essa quantia. Aplicação do art. 1.462, do CC. Apelo improvido.(Apelação Cível nº 197131196, 7ª Câmara Cível do TARS, Rel. Manoel José Martinez Lucas. j. 05.11.97, DJ 30.01.98, p. 07).
CIVIL. SEGURO FACULTATIVO DE AUTOMÓVEL. PERDA TOTAL DO BEM. INDENIZAÇÃO. VALOR DA APÓLICE. Quando ao objeto do contrato de seguro voluntário se der valor determinado e o seguro se fizer por esse valor, e vindo o bem segurado a sofrer perda total, a indenização deve corresponder ao valor da apólice, salvo se a seguradora, antes do evento danoso, tiver postulado a redução de que trata o art. 1.438 do Código Civil, ou se ela comprovar que o bem segurado, por qualquer razão, já não tinha mais aquele valor que fora estipulado, ou que houve má-fé, o que não se deu na espécie. É que, em linha de princípio, o automóvel voluntariamente segurado que sofrer perda total haverá de ser indenizado pelo valor da apólice, pois sendo a perda total o dano máximo que pode sofrer o bem segurado, a indenização deve ser pelo seu limite máximo, que é o valor da apólice.Precedente: 63.543/MG, RSTJ 105/320. Recurso conhecido pelo dissídio, mas improvido.(Recurso Especial nº 172.773/SC, 4ª Turma do STJ, Rel. Min. César Asfor Rocha. Recorrente: AGF Brasil Seguros Sociedade Anônima S/A. Recorrido: Antônio Marcos Schlichting. Advs. Drs. Sérgio Eduardo Gaertner Hames e outro. j. 08.09.98, un., DJU 03.11.98, p. 161).
Tem-se, Vossa Excelência, que o Código Civil ampara o direito do Requerente uma vez que dispõeda seguinte forma:
"Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado , relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados".
 Por fim, estabelece o art. 6º da Lei nº 8.078 de 11 de setembro de 1990, a inversão do ônus da prova em favor do consumidor:
"Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:
(...)
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;"
Portanto, Vossa Excelência, é perfeitamente cabível a tutela dos interesses do Requerente, razão pela qual passa a expor os seus pedidos, vislumbrando a mais plena medida de justiça. 
4- Escrever um texto de 80 linhas sutentando a defesa de Marco Antônio João, no sentido de ser devido o pagamento da indenização e por quais razões.
Demandante era proprietário de um veículo xxxxxx, ano xxxxx, placa xxxxxxxxx, chassi nº xxxxxxxxxxxxx, de cor xxxxxxxxxx, a qual estava segurada, através de contrato de seguro total com a Seguradora Felicidade Total, sob o número de apólice xxxxxxxxxxxx.
O seguro foi realizado e pago. O seguro foi contratado e possuía cobertura para: Furto, Colisão, Incêncio e Roubo. 
Todavia, houve um sinistro com o bem onde a seguradora realizou os trabalhos de regulação de sinistro e concluiu que não poderia haver pagamento de indenização pela perda total do veículo. Entretanto, após o sinistro o Autor requereu perante o Demandado através da abertura de sinistro nº xxxxxxxxxx, o qual em resposta informou que o Autor não estava acobertado diante de tal dano, mencionando que o prejuízo não era indenizável. Contradizendo assim a proposta que foi oferecida no ato da realização do seguro, o que demonstra a má-fé do Demandado.
Ora, considerando que o veículo encontrava-se amparado por cobertura TOTAL do seguro, com abrangência em casos de Colisão, Roubo, Incêndio e Roubo, conforme apólice, como pode agora o Demandado dizer que o Autor não estava coberto? 
O valor de toda e qualquer indenização devida ao segurado seria paga com base no Valor Determinado na tabela FIPE pelo Código 811091-3, com base no que foi estabelecido na proposta e condições da apólice. 
O direito do Autor está expressamente consignado no Novo Código Civil em seu artigo 776 e 779:
"Artigo 776 do Código Civil - O segurador é obrigado a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido, salvo se convencionada a reposição da coisa."
"Artigo 779 do Código Civil - O risco do seguro compreenderá todos os prejuízos resultantes ou conseqüentes, como sejam os estragos ocasionados para evitar o sinistro, minorar o dano, ou salvar a coisa."
Uma vez que o consumidor celebra um contrato com o fornecedor, o primeiro passa a receber uma proteção especial, que é a proteção contratual.
A primeira regra de proteção é a que estabelece dois pressupostos de vinculação do consumidor a um contrato. Esses pressupostos são os seguintes:
a) a oportunidade de conhecimento prévio de seu conteúdo;
b) a existência de redação e apresentação de fácil compreensão.
Tal dispositivo, nos faz compreender a má-fé da Seguradora contratada, em tentar ao máximo ludibriar o consumidor, na tentativa de não realizar o pagamento dos prêmios segurados, como já é de praxe. 
Ocorre que ao realizar o contrato de seguro, apenas fora informado ao Autor, através da PROPOSTA DE SEGURO a total cobertura contra Colisão, Incêndio, Furto e Roubo.

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