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1° Fórum de Química Analítica II – A importância da estatística nas análises químicas Aluna: Ana Beatriz Cavalcanti Fernandes Girão Matrícula: 474033 Como já sabemos, diversas análises químicas como por exemplo, estudo de drogas presentes em sangue de atletas ou até mesmo na urina, necessitam de certo controle no quesito de confiabilidade para que assim, o resultado possa ser interpretado mediante exclusão de possíveis erros ou interferências, validando-o. Para tal fim, alguns métodos estatísticos podem ser utilizados, como por exemplo o emprego da média, que nada mais é do que a média ponderada de todos os resultados obtidos, fornecendo um valor médio, este pode ser analisado em decorrência da distância entre os valores, quanto maior esta for, tem-se como conclusão o fato de que os resultados possuem grandes disparidades entre si. É utilizando desse valor médio, que se torna possível o cálculo do chamado desvio padrão, que pode ser definido como um parâmetro analítico e estatístico responsável por indicar a precisão da população dos dados e que indica a existência de erros positivos e negativos capazes de distorcer o resultado. Portanto, é comum ver a associação de tais valores citados anteriormente, o desvio padrão associado à média entre as amostras, isto porque inclusive no cálculo do desvio padrão, a média é utilizada em um dos termos. Além disso, outra maneira efetiva no tratamento de dados analíticos, é o chamado teste “t” pareado, que pode ser definido como uma ferramenta estatística usada para comparar métodos cujas amostras possuem, substancialmente, diferentes quantidades de analito, portanto, o teste “t” pareado trabalha com pares de dados, desta forma, o desvio padrão utilizado na quantificação e cálculo realizado no teste “t” pareado, corresponde ao desvio padrão da diferença entre as médias referentes aos métodos com amostras de diferentes quantidades de analito. De acordo com o exposto no artigo Análise de parâmetros bioquímicos séricos e urinários em atletas de meia maratona, a análise estatística compõe uma etapa essencial na verificação da coerência em diversos resultados, como por exemplo na análise físico-química da urina e de suas características como sua coloração e aspecto. O mesmo aconteceu com o ensaio acerca da análise química da urina, em que como parâmetro, tem-se a observação acerca do pH da urina. Exames microscópicos também foram realizados na urina dos atletas, em busca de sedimentos como células epiteliais, cristais, hemácias, leucócitos e bactérias. A análise estatística dos resultados obtidos, que no artigo aparecem expostos no formato de tabelas, em que a primeira tabela apresenta informações acerca da caracterização antropométrica e status de desempenho físico dos atletas, este por sua vez, é especificado como a associação da média ± erro padrão. Tal como a tabela 2, que apresenta resultados obtidos a partir da análise de parâmetros bioquímicos de maratonistas profissionais em repouso e 15 minutos após a realização da meia maratona, estes resultados são expressos de maneira análoga a tabela 1, associando média ± desvio ou erro padrão. O mesmo acontece com as demais tabelas, em que cada uma possui um resultado expresso e analisados estatisticamente a partir da interação entre a média e o desvio padrão. Como conclusão a partir das análises estatísticas, é possível compreender que de fato, as análises químicas necessitam passar pelo chamado tratamento estatístico para evitar que possível erros sejam expressos alterando positivamente ou negativamente o resultado. Ao observar as tabelas citadas acima, o valor considerado como padrão e que é resultado do teste “t” pareado realizado em diversos momentos das análises e utilizando de diversos parâmetros, desde a análise relacionada a urina, até a que expressa resultados referentes à análise hematológica. É por meio do teste “t” pareado, que são definidos fatores como variação na contagem hematológica de leucócitos, monócitos e neutrófilos nos momentos de repouso e certo tempo após a realização da meia maratona – cerca de 15 minutos. Esses valores são analisados e expressos através de uma porção quantitativa definida pelo autor como “p”, e é através desse valor que as diferenças obtidas nas análises através das diferentes quantidades de analitos nas amostras, são interpretados como significativos ou não, ou seja, influenciáveis na precisão do método escolhido ou não. É importante ressaltar a necessidade da comparação entre os valores obtidos e calculados a partir das análises estatísticas com a literatura, questão apresentada no artigo quando as medidas referentes a concentração de lipoproteínas de alta densidade, bem como os de redução nos níveis de triglicerídeos, analisados estatisticamente e que são classificados como condizentes com resultados obtidos anteriormente por outros ensaios do ramo acadêmico. No tocante ao eritrograma, de acordo com as análises realizadas no ensaio, diferenças significativas não foram evidenciadas. Já no estudo realizado na urina dos atletas, a análise estatística dos resultados mostra uma redução significativa na concentração de ácido úrico sérico, mesmo com diversos estudos demonstrando o aumento da concentração sérica do ácido úrico, indo contra o que foi determinado por Robertson e colaboradores. Mediante o exposto acima, conclui-se que de fato, o tratamento de dados e a realização da análise estatística são fatores extremamente importantes para a confiabilidade e certificação dos dados obtidos através de diferentes quantidades de analito ou mediante a utilização de diferentes métodos, isto porque tem-se a possibilidade de indicar precisão e exatidão relacionados a análise e que pode comprometer os resultados, bem como a interpretação destes, alterando todo o ensaio referido. Portanto, define-se que as análises estatísticas quantitativas constituem passo determinante para qualquer pesquisa ou ensaio.
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