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Fisiologia Endócrina Insulina e Glucagon

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Aula 6 – Fisiologia endócrina 
Pâncreas endócrino 
 
• Qual a importância fisiológica da função endócrina do pâncreas? 
O pâncreas é um órgão que no sentido de secreções, pode ser considerado como misto, 
por possuir uma porção exócrina (enzimas digestivas pelo ducto secretor para digestão 
proteica, além disso, secreta bicarbonato que tem como função neutralizar o ambiente 
ácido do estômago), e uma função endócrina (que entremeado na porção exócrina, 
existem ilhas flutuantes chamadas ilhotas pancreáticas, que são ilhas de células 
endócrinas). 
A importância do papel endócrino do pâncreas porque se tem uma relação direta com a 
metabolização da glicose, que constitui nossa principal fonte de energia, contudo, tem-
se um problema relacionado à glicose, isto porque a glicose fornece energia diretamente 
para o cérebro, este não lida muito bem com outras eventuais fontes de energia, então 
é muito perigoso quando os valores de glicemia caem consideravelmente (hipoglicemia 
– abaixo de 45 mg% de glicose, causando disfunção cognitiva, letargia, se continuar 
tem-se o coma, convulsões e por fim, a lesão cerebral permanente, em que se tem um 
prejuízo definitivo causado pela falta de energia nas células neuronais). É necessário 
salientar que o grande problema da diminuição da glicose plasmática é porque 
usualmente a hipoglicemia se instala de maneira súbita, ou seja, aguda. Então se a 
pessoa que faz uso de insulina exógena ou que faz uso de algum medicamento de 
maneira errada, tem-se uma problemática séria, visto que, existe uma janela estreita 
quando se fala no uso de insulina para a diabetes. Destacando que a hiperglicemia não 
trás efeitos imediatos para o organismo, seus efeitos aparecem quando o indivíduo não 
consegue manter um controle glicêmico adequado, em cerca de décadas após o 
diagnóstico. Portanto, a função endócrina do pâncreas permite o controle da glicemia e 
do metabolismo energético. 
• Como é constituído o aparato endócrino do pâncreas? 
Mergulhada na porção exócrina, tem-se a ilhota que constitui a porção endócrina 
identificada por Paul Langherans e o pâncreas humano possui cerca de 1 milhão de 
ilhotas, com 2500 células por ilhotas, sendo a maioria dessas células, que podem ser 
classificadas em 4 tipos diferentes, é constituída por células beta-pancreáticas, que são 
as responsáveis por secretar/produzir a insulina. Então no diabetes tipo 1, o organismo 
destrói as células beta, então praticamente toda a população de células beta-
pancreáticas é destruída, tornando-o dependente de insulina exógena. No diabético tipo 
2, pode haver uma sobrecarga tão grande que a longo prazo, ele pode entrar num 
quadro onde as células beta entra em exaustão e estas entram em apoptose (morte 
células programada), então a longo prazo, ele passa a ser dependente de insulina. 
As ilhotas pancreáticas possuem células insulares são cerca de 60% constituída por 
células beta, cerca de 25% são células alfa (produtoras de glucagon), células D ou delta 
(produtoras de somatostatina, também chamada de GHIH – responsável por inibir a 
ação do hormônio do crescimento sendo esta produzida no hipotálamo, já as de 
pâncreas, constitui a mesma substância, porém agem em locais diferentes) em cerca 
de 10% e apenas 5% tem-se as células PP (polipeptídio pancreático). 
 
- Inervação da ilhota pancreática: 
Inervação adrenérgica – sistema simpático que é responsável pela inibição da liberação 
de insulina (noradrenalina), colinérgica – sistema parassimpático que acaba por 
estimular a liberação de insulina (acetilcolina) e peptidérgica (peptídeos intestinais 
vasoativo, galanina, GABA). 
- Suprimento sanguíneo da IP 
Ela recebe cerca de 10 a 15% do fluxo sanguíneo pancreático geral, e este ocorre 
através de pequenas artérias com capilares fenestrados (capilar com aberturas maiores 
entre as células endoteliais, sendo capaz de ter sua permeabilidade aumentada, 
impedindo a passagem de algumas substâncias de maior tamanho), esses capilares se 
implantam no centro das ilhotas e vão para a periferia, em seguida indo para o sistema 
circulatório de saída em direção ao fígado, constituindo uma circulação centrífuga, indo 
do centro para a periferia. Tal direção é justificada porque quando a insulina é produzida, 
ela percorre do centro para a periferia, podendo no meio do caminho exercer efeito 
modulador sobre outras células, garantindo que quando ela é secretada e precisa ir para 
a circulação, ela consegue garantir que se acontecer uma produção de glucagon, este 
não seja secretado constituindo assim, um paradoxo na intenção da insulina. É 
importante salientar que tais efeitos acontecem porque a insulina constitui ponto central 
no funcionamento do organismo. 
• Qual o papel fisiológico da insulina? 
A regulação da secreção de insulina se baseia a partir do controle da glicemia, que deve 
ser mantido em torno de 100 mg/dL, então após uma refeição tem-se o aumento da 
glicemia decorrente do metabolismo de carboidratos, elevando o valor glicêmico 
exigindo um mecanismo fisiológico para reestabelecer os níveis, para isso a insulina é 
liberada como um pró-hormônio buscando equilibrar novamente a glicemia. Além desse 
estímulo, tem-se a inibição da secreção de glucagon, porque esses constituem 
hormônios antagônicos, impedindo o controle da glicemia. O aumento da concentração 
de insulina no sangue é o estímulo elementar, seguido do aumento de aminoácidos, 
ácidos graxos também são considerados. Essa modulação da secreção de insulina, 
considera que esta é sintetizada como um pró-hormônio, quando está ligado ao 
peptídeo C, quando se perceber um estímulo, o peptídeo C é desconectado liberando a 
forma da insulina livre. É necessário considerar que por sua potência e por ser um 
hormônio anabólico e versátil, mexendo inclusive com fatores de crescimento, então se 
ela fosse sintetizada e armazenada na forma ativa, ela poderia exercer efeito na própria 
célula beta, então é necessário evitar que ela possa exercer efeito modulador nas 
células beta. 
A secreção de insulina é modulada com o aumento da concentração de glicose 
plasmática, de aminoácidos, inervação vagal colinérgica do parassimpático, sendo 
estes todos positivos para a secreção de insulina. Como estímulos negativos, inibitórios, 
são estímulos alfa-adrenérgicos da adrenalina do simpático, bem como depressores da 
concentração intracelular de cálcio. Então em uma situação de estresse, é necessário 
manter um nível comum de glicose para que uma resposta seja gerada, então neste 
caso, existe um estímulo alfa-adrenérgico da adrenalina que inibe a secreção de 
insulina, porque ao fazer isso, a glicemia é mantida. Já se o indivíduo se encontra no 
processo digestivo, a inervação vagal também estabelece um estímulo para a liberação 
se insulina. A secreção de insulina ocorre essencialmente pela despolarização de 
células beta. 
A insulina age no receptor de insulina em que ele atua como um dímero e autofosforila 
na porção interna e que quando ativa, ele exerce todos os efeitos. Então a insulina não 
é de efeito típico catabólico, possuindo seu sentido anabólico, para produzir proteínas 
menores, armazenar glicose e atuar na formação de glicogênio. Então a insulina é um 
hormônio hipoglicemiante, anabólico e construtor de proteínas menores. 
Nas células musculares esqueléticas e nos adipócitos, sob efeito da insulina, são 
recrutados os transportadores GLUT4 do pool citoplasmático, quando a pessoa está em 
repouso, esses transportadores se encontram armazenados, e quando o estímulo 
acontece, tem-se a migração dos transportadores de GLUT4 para a membrana e ocorre 
efetivamente o transporte internalizante da glicose, sendo essa reduzida no meio extra 
e armazenada no meio intracelular. 
A via catabólica principalmente inibida no fígado, a insulina é responsável por inibir a 
formação de corpos cetônicos, evitando que o indivíduo entre em comapor cetoacidose. 
Todos os efeitos hepáticos tendem a por meio da insulina, reduzindo assim a 
concentração de glicose plasmática. 
• Quais os distúrbios que envolvem alterações nos efeitos fisiológicos da insulina? 
 
Diabetes Mellitus: sifão da pia 
Tipo 1: Destruição autoimune da célula beta, tornando o indivíduo dependente de 
insulina. A capacidade de infecções virais anteciparem a efetivação da diabetes do tipo 
1. 
Tipo 2: responsividade alterada da célula beta a produzir insulina ou problemas nas 
células alvo a responder os estímulos causados pela insulina. 
Existem complicações da DM, estas são doenças cardiovasculares, nefropatias, 
neuropatias ou vasculopatias, como problemas na visão. 
• Qual o papel fisiológico do glucagon 
Hormônios típico do jejum normal, em que o indivíduo fica de jejum por cerca de 2 a 3 
horas. Então dentro do jejum fisiológico, o seu organismo tende a procurar evitar 
condições de hipoglicemia, assim o glucagon, porque agora mediante diminuição da 
glicemia, as células alfa-pancreáticas são ativas, bem como as células beta-
pancreáticas são desativadas. Ao contrário da insulina, o glucagon é um hormônio 
hiperglicemiante, tendo como estímulos a hipoglicemia e o estímulo beta-adrenérgico 
da adrenalina. Então o glucagon tem efeito catabólico e que diferente da insulina, o 
glucagon tem como principal alvo a célula hepática, que possuem sentido catabólico e 
aumentando a glicogenólise, inibe a sintase do glicogênio (para que não se forme mais 
glicogênio) e aumenta a mobilização de ácidos graxos, porque se tem a possível 
produção e a realização de gliconeogênese.

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