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Suporte básico de vida: letra A e B

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Ana Cecília Menezes | SAV 2020.2 
SAV: Suporte a vida e primeiros socorros 
Vias aéreas e ventilação: letra A (aula 31/08) 
 
Existe um guideline (diretrizes) para checar à via aérea do 
paciente. Coloca o colar cervical e checa. A forma mais fácil é 
falar com o paciente, se ele responder a via aérea está aberta 
(se ele não conseguir responder, a via aérea está obstruída até 
que se prove o contrário). 
- Depois realiza as manobras (procurar nome) adequadas e 
logo em seguida coloca-se uma cânula de guedel (se aceitar 
bem, quer dizer que o nível de consciência do paciente está 
diminuído). 
Observação: Muitas vezes vai ser preciso intubar o paciente 
não por causa do nível de consciência ou da obstrução das vias 
aéreas, mas sim para evitar a bronco aspiração de 
sangue/fluidos. 
Como saber se uma via aérea está adequada? 
1. Paciente está alerta e orientado 
2. Paciente está falando normalmente 
3. Não há evidências de lesões na cabeça e no pescoço 
4. Você tem avaliado e reavaliado por deterioração 
Observação: Na necessidade de oxigênio, vai ser usada a 
máscara de oxigênio com reservatório. (paciente de 
trauma) 
Observação: Escala de coma de Glasgow menor que 8 
(coma), está autorizado a intervenção na via aérea do 
paciente 
Quanto intervir em um paciente com via aérea pérvea? 
1. Comprometimento iminente da via aérea (A) 
2. Necessidade de ventilação (B) 
3. Incapacidade de proteger a via aérea (problema 
neurológico) D 
 Como maneja a via aérea de um paciente traumatizado? 
1. Técnicas básicas 
2. Oxigênio suplementar (máscara com reservatório) 
3. Via aérea definitiva (intubação 
nasotraqueal/orotraqueal/traqueostomia) 
4. Via aérea difícil (dificuldade de acesso à via aérea: não 
pode hiperestender o pescoço) 
 Oxigênio Suplementar 
 
• Cateter nasal: pacientes com pneumonia; asma 
(fração de oxigênio próximo ao atm) 
• Mascará de venturi: fisioterapia 
• Máscara sem reservatório: 
• Máscara com reservatório: trauma 
Observação: Todos os pacientes com trauma grave 
precisam de oxigênio suplementar! 
Cuidado! Restrição do movimento da coluna cervical 
durante o manejo da via aérea 
Manobras Básicas (realizado por qualquer 
profissional da saúde) 
1. Desobstrução manual (coloca o dedo da boca 
do paciente, tira o corpo estranho, pode 
colocar o dedo com gase) 
2. Aspiração (aspirador de ponta?): usada para 
remover secreções da via aérea (sangue, 
 
Ana Cecília Menezes | SAV 2020.2 
vômito). Se deixar de aspirar pode levar a 
obstrução parcial ou completa da via aérea e 
se aspirar demais pode causar hipóxia ou 
piorar hipóxia já existente. (se o paciente 
tiver vomitando utiliza-se a manobra de 
rolamento) 
3. Manobras manuais: 
- Elevação do mento no trauma (Trauma jaw 
thrust) 
- tração da mandíbula no trauma (Trauma 
chin lift) 
4. Equipamento básico 
- tubo orofaríngeo (cânula de guedel) mede o 
tamanho necessário comparando a distancia 
da boca à orelha: uso temporário; não 
protege a via aérea, contraindicada se 
houver reflexo de engasgo; pacientes que 
toleram uma cânula orofaríngea usualmente 
necessitarão de intubação. 
- tubo nasofaríngeo: melhor indicada para 
pacientes com bom nível de consciência 
 
Observação: Se a cânula de guedel for 
maior que o necessário, ela vai acabar 
empurrando a epiglote e causando 
obstrução da via. Se a cânula for 
pequeno, vai obstruir também!! 
 
Via aérea avançada (pode ou não ser via aérea definitiva) 
- Tubo duplo lúmen (combitube): possui dois lumens e dois 
balonetes (distal e proximal); introduz o tubo as cegas (sem o 
laringoscópio) e 90% das vezes vai para o esôfago. 
- Tubo laríngeo (dispositivo supraglótico): não tem duas vias 
(assemelha-se ao combitube) 
- Máscara laríngea (não é via aérea definitiva): ela vai envolver 
a laringe do paciente; inserção às cegas e possui vários 
tamanhos (não evita a aspiração) 
- Dispositivos óticos 
- Intubação orotraqueal: é assistida por medicação, necessita 
de material de aspiração pronto para uso e manter a restrição 
do movimento da coluna cervical. 
Passos para a intubação orotraqueal: 
• Pré-oxigenação: Fornecer alta 
concentração de oxigênio antes da 
intubação por 3 a 5 minutos. Talvez no 
trauma não consiga oxigenar o paciente 
e intubar sem essa etapa. 
• Sedação. (OBRIGATÓRIO EM TODO 
PACIENTE DE TRAUMA) 
• Curarização: bloqueador neuromuscular 
(curare) (OBRIGATÓRIO EM TODO 
PACIENTE DE TRAUMA) 
• Laringoscopia 
• Passagem do tubo orotraqueal 
• Ventilação com bolsa (ambu) e máscara 
• Ausculta do tórax 
• Fixação do tubo orotraqueal 
• Ajuste de ventilação mecânica e 
sedação contínua 
 
Qual o motivo de pré-oxigenar? Pacientes que estão respirando 
ar atmosférico ou com cateter nasal, possui 20% de O2 no 
pulmão e 80% de N2, depois da pré-oxigenação, pela lei dos 
gases o O2 vai empurrar o N2 (denitrogenação) ficando assim 
 
Ana Cecília Menezes | SAV 2020.2 
com 100% de oxigênio (assim, se ele entrar em apneia vai levar 
muito mais tempo para desoxigenar) 
OBSERVAÇÃO: Paciente em apneia dessatura de 98% a 90% 
em 1 minuto 
- cricotiroidostomia 
- via aérea definitiva: intubação oro/traqueo – tubo colocado na 
traqueia com o balonete insuflado abaixo das cordas vocais, 
ligado a alguma forma de ventilação assistida enriquecido com 
oxigênio e fixado. 
 
Tamanho do tubo traqueal 
• Prematuro < 1.5kg – 2,5mm 
• Prematuro 1,5kg a 3kg – 3,0mm 
• Neonatos – 3 a 3,5mm 
• Infantes – 3,5 a 4,5mm 
• Escolares – 16 + idade (anos)/4 
• Adolescentes – 5 a 6,5mm 
• Adultos – masculinos: 7,5 a 8mm 
• Feminino – 7 a 7,5mm 
Laringoscopia 
Médico tem que escolher a lâmina e o cabo do laringoscópio 
Lâminas: Macintosh (geralmente no adulto), Miler (geralmente 
na criança), McCoy 
Para o médico conseguir intubar o paciente ele tem que alinhar 
três eixos da via aérea: eixo oral, eixo laríngeo (colocar coxin de 
5 a 10cm: paciente clinico) e eixo faríngeo (colocar coxin de 5 a 
10cm: paciente clínico). No paciente de trauma não se coloca o 
coxin por conta do colar cervical (dificulta a intubação). 
Técnica (tanto destro quanto canhoto): laringoscópio (coloca do 
lado direito do paciente e arrasta a língua pro lado esquerdo e 
arrasta a lamina até a extremidade encostar na valécula (base 
da língua) fazendo movimentos para baixo e para cima até 
visualizar as cordas vocais do paciente) na mão esquerda e 
tubo na mão direita. 
Existe uma manobra chamada de BURP (pressão para trás e 
para cima) que facilita a intubação!! 
Observação: Classificação de Cormack-Lehane 
Grau I: Visualização da abertura da laringe (maioria dos 
pacientes) 
Grau II: Visualização de somente a comissura posterior da 
abertura da laringe 
Grau III: Visualização de somente a epiglote (5 a 10%) 
Grau IV: visualização de somente o palato mole (5 a 10%) 
Como saber se o tubo está na posição correta? Deixa entre a 
marca 21 e 24 (que possui no tubo) 
• Visualizar a passagem através das cordas vocais 
• Observar o tórax 
• Auscultar o tórax e abdome 
• Detector de CO2/ETCO2 
• Oxímetro de pulso 
• Radiografia do tórax 
Intubação Nasotraqueal 
Empurra a cartilagem cricoide para obstruir o esôfago 
 
Avaliação da Intubação difícil (LEMON); paciente com pescoço 
grosso, curto, muita barba, queixo pequeno, boca pequena, 
dentuço, obstrução de via aérea, colar cervical. 
• L. Look 
• E. Evaluate (regra 3-3-2) (abre a boca e cabe 3 
dedos); pede pro paciente abrir a boca e tem que 
caber 3 dedos, entre o queixo e o osso hioide 3 dedos, 
e entre o osso hioide e a cartilagem tireoide 2 dedos 
 
Ana Cecília Menezes | SAV 2020.2 
• M. Mallampati 
• O. Obstruction 
• N. Neck Mobility 
Intubação difícil 
1. Mais de duas tentativas com a mesma lâmina de 
laringoscópio, ou mais de 10 minutos para a obtenção 
da via aérea definitiva. 
2. Mudança de lâmina ou utilização de acessório para a 
intubação, por exemplo, bougie (guia introdutorde 
intubação, tubo de silicone 60cm) 
3. Uso de dispositivo alternativo ou técnica diferente 
após tentativa fracassada de intubação pela 
laringoscopia direta 
 
 Videolaringoscopia (para intubação, geralmente só tem em 
hospitais particulares) 
Observação: 
1. Vou tentar entubar o paciente três vezes (na segunda 
tentativa eu já tento com um bougie/VL,) 
2. Se não conseguir: Outro médico (preferencialmente 
com mais experiência) vai tentar mais uma vez 
3. Se não conseguir: CLASSIFICADO COMO NÃO INTUBA 
4. Se conseguir ventilar: usa a máscara laríngea 
5. Se não conseguir ventilar: faz uma cricotiroidostomia 
 
Observação: No pré hospitalar foi desaconselhado fazer crico 
por punção (só faz no hospitalar) 
Cricotiroidostomia 
Incisão vertical em cima da membrana cricotireoidea 
Criança 
1. Cânula orofaríngea (guedel): evitar rotação 180 graus 
2. Intubação orotraqueal: indicação/tamanho do tubo/ 
posição 
3. Evitar intubação nasotraqueal 
4. Cricotireoidostomia 
- por punção: caráter temporário 
- cirúrgica: raramente recomendada em idade inferior 
a 12 anos 
 
Ventilação, respiração e oxigenação: 
letra B 
Ventilação 
Volume minuto normal (VM) 
- 500 ml (Vc) x 12-30 irpm (FV) = 6000 ml ar/min (VM) 
VM normal: 6000ml – 7500ml 
Observação: A ventilação alveolar é inadequada abaixo de 12 e 
acima de 30 irpm, nesses pacientes vai ser necessária a 
ventilação assistida. 
Qual a importância dessas informações? 
A alteração de volume corrente pulmonar (normal é 500ml) 
pode indicar um hemotórax, pneumotórax e outros distúrbios 
(causa tb o aumento da frequência respiratória: que é o sinal 
que mais indica problema do tórax) 
Ventilação Assistida 
Tem como objetivo melhorar a ventilação alveolar e a 
oxigenação (manter a oximetria de pulso > 95%) 
Formas: bolsa e máscara é o equipamento mais usado; válvula 
de demanda controlada por oxigênio e ventiladores mecânicos 
 
 
Bolsa-Máscara (ambu) 
• Oferece 95% a 100% de O2 
• Mínimo de 800ml por insuflação (média de 1600ml) 
• Pode ser necessário 2 pessoas 
• Manter a estabilização da coluna 
Lesões ameaçadoras à vida que devem ser rapidamente 
identificadas e tratadas 
1. Pneumotórax aberto: ferida soprante = traumatopneia 
(sempre que o paciente respira fica saindo ar), 
precisa fazer um curativo de 3 pontos deixando um 
espaço aberto pro ar sair e não voltar 
 
Ana Cecília Menezes | SAV 2020.2 
2. Pneumotórax hipertensivo: causa o aumento da 
pressão intratoráxica, desvia o mediastino pro outro 
lado e fica colada a veia cava inferior. Para resolver: 
punção da cavidade torácica, ou abertura na cavidade 
torácica. 
3. Hemotórax maciço: ferimento penetrante do tórax 
(geralmente com arma de fogo); quadro de choque, 
percussão maciço/submaciço, jugular colabada 
perdendo sangue, pode ter desvio de traqueia (precisa 
fazer drenagem torácica, se drenar inicialmente 
1500ml de sangue esse paciente irá precisar de uma 
cirurgia de urgência: toracostomia) 
Toracostomia: no quinto espaço intercostal (dreno 
torácico 28F a 32F), entrar raspando a costela de 
baixo, por que na costela de cima passa o feixe 
vasculonervoso e precisa fazer uma anestesia local 
(xilocaína) – manobra 360grays 
Problemas com o dreno – ausência de oscilação 
- dreno dobrado ou obstruído/pinçado 
- dreno fora da cavidade 
- tubo submersmo > 2cm 
- conexões finas 
 
Pneumotórax (diagnóstico é clínico) / e-FAST (ultrassom) 
- sinal da cauda de cometa e deslizamento pulmonar 
(indica que paciente não tem pneumotórax) 
- para resolver o problema: toracocentese de alívio (2º 
e/ou 5º espaço intercostal entre a linha axilar anterior e 
média)

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