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CRESCIMENTO DE IGREJA

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Crescimento 
de Igreja 
Estudos em Religião 
Jómarson Dias 
Página 1 de 49 
 
ENTENDA O CRESCIMENTO DA IGREJA 
 
Um líder sábio aprende e emprega os princípios do crescimento da igreja para ganhar 
suas comunidades para Cristo. Alguns argumentam que só precisamos do poder do 
Espírito Santo para alcançar as pessoas. No entanto, acredito que o poder de Deus, o 
trabalho duro e a implementação de métodos corretos se combinam para produzir 
uma evangelização eficaz por parte da igreja. 
O QUE É IGREJA? 
A palavra traduzida como “igreja” na Bíblia é ekklêsia. Esta palavra é composta pelo 
verbo kaleô (chamar) com o prefixo ek (para fora). Assim, a palavra significa “os que 
são chamados para fora”. A ideia parece ser a de um grupo de cristãos em todo o 
mundo que constitui a representação física de Cristo na Terra. A declaração de Jesus, 
em Cesareia de Filipe, “eu edificarei a minha igreja” (Mt 16:18) significa que a igreja 
cristã foi fundada de acordo com o propósito divino. Esse propósito foi revelado no 
ensino de Jesus acerca do novo Israel, do qual os discípulos eram o núcleo. Ele 
mostrou as exigências que constituíam a nova comunidade cristã (Mc 8:38). E Sua 
concepção da missão dessa comunidade é revelada no envio dos doze (Mc 3:13,14) e 
dos setenta (Lc 10:17-20). 
IMAGENS DA IGREJA NO NDVO TESTAMENTO 
No Novo Testamento, há metáforas, imagens e analogias que se referem à igreja. 
Algumas são explícitas, outras indiretas. Essas incluem: ramos da vinha (Jo 15:5), arca 
(1 Pe 3:18-22), templo espiritual (2 Co 6:16-18; 1 Co 3:16, 17), a noiva de Cristo (Ef 
5:22-31; 2 Co 11:1,2), embaixadores (2 Co 5:18-21), nação santa (1 Pe 2:9), casa (Ef 
2:19), corpo de Cristo (Ef 1:22-23), dentre outras. Cada uma dessas imagens transmite 
um aspecto distintivo ou função da igreja. As imagens mais empregadas pelos ASD são 
a de uma família, arca e corpo de Cristo. 
VISÃO PRULINA DA IGREJA 
A igreja é o corpo de Cristo. Essa é a imagem mais comumente usada nos escritos de 
Paulo. Em sua essência, a igreja é alicerçada na cristologia, ou seja, ela é o corpo do 
qual Cristo é o cabeça (Cl 1:18). Paulo descreve a igreja como estando “em Cristo”. Por 
outro lado, a função da igreja na terra e a amplitude de sua tarefa entre as nações são 
fundamentadas em sua identidade escatológica. 
Ela é comissionada a levar o evangelho “a todas as nações... até a consumação dos 
tempos” (Mt 28:19,20). Em seu livro Community of Faith, o missiólogo adventista 
Russell Staples apresenta duas ênfases que se opõem:1 
Ênfase no foco cristológico. Há algumas igrejas que mantêm um alto conceito de 
corpo místico de Cristo ao ponto de valorizarem atividades como a celebração da ceia, 
 
1
 Staples, Russell L. (1999). Community ofFaith: The seventh-day adventist church in the contemporary 
world (59-63). Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing Association. 
Página 2 de 49 
 
mas que têm pouco senso de missão. Por um lado, elas pretendem ser centros de 
graça e caridade. Por outro lado, elas são isoladas da sociedade por paredes espessas e 
vitrais coloridos. A falta de uma visão escatológica conduz a uma comunhão 
introvertida. 
Ênfase no foco escatológico. Essas igrejas são direcionadas pela visão missionária de 
proclamar a mensagem até aos confins da terra e apressar o dia da volta de Jesus. Há 
beleza em seu zelo e fidelidade, mas pouca atenção é dada ao que significa estar “em 
Cristo” como comunidade de fé. 
Manutenção de um foco equilibrado. Quando os focos gêmeos da cristologia e da 
escatologia são mantidos em equilíbrio, como numa elipse, há uma preocupação pelo 
que a igreja é: sua vida corporativa “em Cristo”, bem como pela sua tarefa de levar o 
evangelho ao mundo. Vemos estas duas ênfases nos escritos de Paulo. “Ai de mim”, 
ele declarou, se “eu não pregar o evangelho” (1 Co 9:16). Por outro lado, ele não 
apenas se sentia chamado a abrir novas igrejas, mas também estava constantemente 
preocupado em mantê-las funcionando de maneira saudável. A maioria de suas cartas 
foi escrita visando manter a unidade e a edificação dessas igrejas (G1 5:19-24; Rm 
12:1- 15:13; F1 2:12-18; Cl 3:12-16 e 1 Ts 4:1-12; 5:1-22). Assim, a igreja testemunha 
do Senhor de duas maneiras. Primeiro, do ponto de vista da cristologia, através de 
relacionamentos afetuosos dentro da comunidade que refletem a beleza do evangelho 
e atraem pessoas para o seu meio. Segundo, o horizonte escatológico de sua existência 
constantemente relembra a igreja de seu propósito divino de proclamar a mensagem 
da transformação final por ocasião da vinda de Jesus. 
Atracional ou Missional? Ao longo dos anos, tem havido uma tensão entre igrejas 
focadas em pessoas não alcançadas (seeker sensitive) e igrejas focadas nos membros 
já existentes (believer focused). Uma igreja atracional é uma igreja “vem e vê.” O 
objetivo do seu ministério é levar as pessoas da comunidade até suas instalações ou 
santuário a fim de ver o que ela tem para oferecer. 
A principal motivação é atrair as pessoas à sua porta a fim de que participem de seus 
programas. Ela prioriza o uso de seus recursos (tempo, energia e dinheiro) 
internamente. Tudo é projetado para melhorar a construção, aumentar o número de 
visitantes e fortalecer seus programas. 
Uma igreja missional é aquela que vive e respira a missão de Deus. Para Stetzer, “a 
igreja é uma das poucas organizações no mundo que não existe para o benefício de 
seus membros. ”2 Ela é uma comunidade que valoriza o “ir e ser.” Ela olha para fora, 
levando a sério o mandamento de Cristo de “ir e fazer discípulos de todas as nações” 
(Mt 28:19).3 A igreja missional não se opõe à atracional, mas ela procura mudar: 
• de programas para processos, 
• de atração para invasão, 
 
2
 Stetzer, E., & Putman, D. (2006). Breaking the missional code: Your church can become a missionary 
inyour community (44). Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers. 
3
 Stevenson, (2007). 5 Things Anyone Can Do to Help Their Church Grow. You Can! (77-78). Indianapolis, 
IN: WPH. 
Página 3 de 49 
 
• da uniformidade para a diversidade, 
• da atitude de esperar que venham para o enviar, 
• de decisões para discípulos, 
• da adição para a multiplicação, e 
• de monumentos para movimentos.4 
QUAL É A MISSÃO DA IGREJA? 
A palavra missão significa o esforço consciente por parte da igreja, em sua capacidade 
corporativa, ou através de agências de voluntariado, para proclamar o evangelho entre 
os povos e em regiões onde a mensagem de Cristo ainda é desconhecida ou só pouco 
conhecida.5 Diferentes vozes dentro de tradições diversas, em momentos diferentes, 
têm oferecido diferentes entendimentos da finalidade da missão. Para nós, “a missão 
da Igreja Adventista do Sétimo Dia é proclamar a todos os povos o evangelho eterno 
no contexto das mensagens dos três anjos de Apocalipse 14:6-12, levando-os a aceitar 
a Jesus como seu Salvador pessoal e a unir-se com a Sua Igreja, e alimentando-os em 
preparação para o Seu retorno em breve.”6 
O QUE É O CRESCIMENTO DA IGREJA? 
O crescimento da igreja começou no livro de Atos, mas o Movimento de Crescimento 
de Igreja começou com Donald McGavran.7McGavran serviu como missionário por 
mais de trinta anos na índia. Ele descobriu que as igrejas em alguns distritos 
cresceram, enquanto que, em outros distritos, o mesmo não ocorreu. Ele estudou esse 
fenômeno e publicou suas descobertas em um pequeno livro chamado Bridges of God 
(“A s Pontes de Deus” ) em 1955. Crescimento da igreja é a disciplina que investiga a 
natureza, a expansão, o plantio, a multiplicação, as funções e a saúde de igrejas cristãs, 
na medida em que elas implementam com eficiência a comissão de Deus para “fazer 
discípulos de todos os povos” (Mt 28:18-20).8 Alguns argumentam que só precisamos 
do poder do Espírito Santo paraalcançar as pessoas. No entanto, acredito que o 
trabalho divino, o treinamento sistemático e métodos corretos se combinam para 
produzir um crescimento de igreja eficaz. 
 
 
PRINCÍPIOS DE CRESCIMENTO DA IGREJA 
 
4
 Stetzer, E., & Putman, D. (2006). Breaking the missional code: Your church can become a missionary 
inyour community (48). Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers. 
5
 Terry, J. M., Smith, E. C., & Anderson, J. (1998). Missiology: An introduction to the foundations, history, 
and strategies o f worldmissions (2). Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers. 
6
 http://www.adventist.org/world-church/name-mission/index.html 
7
 Reid, A. L. (1998). Introduction to evangelism (284). Nashville, TN: Broadman & Holman. 
8
 Terry, J. M., Smith, E. C., & Anderson, J. (1998). Missiology>: An introduction to thefoundations, 
history, and strategies o f world missions (498). Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers. 
Página 4 de 49 
 
Existem muitas listas de princípios de crescimento de igrejas entre os escritores 
contemporâneos. A lista seguinte resume vários princípios extraídos de diferentes 
fontes. 
 
PRINCÍPIO # 1: A LIDERANÇA É ESSENCIAL PARA O CRESCIMENTO 
“O sinal vital número um de uma igreja com crescimento saudável é o líder cuja 
liderança dinâmica tem sida usada para catalisar a igreja inteira em ação para o 
crescimento.”9 Quando o líder não tem visão de crescimento e pouca preocupação 
pelo evangelismo, se toma um obstáculo ao crescimento. O líder é a chave para o 
crescimento da igreja quando ele é obediente à Grande Comissão e busca salvar o 
perdido (Lc 19:10); quando pastoreia sua congregação (At 20:28); compartilha sua 
liderança com outros (2 Tm 2:2); sua autoridade é estabelecida pelo exemplo e serviço 
humilde (Mt 23:8-12; 1 Pe 5: 1-4) e ele se adapta à igreja por causa de seus dons, 
personalidade, experiência e estilo de liderança. 
PRINCÍPIO #2: A ORAÇÃO É INDISPENSÁVEL PARA O CRESCIMENTO 
A igreja que nunca ora nunca cresce. Jesus relacionou a oração à mobilização da igreja 
para o trabalho (Mt 9:38). Quando a igreja foi formada no Pentecostes com a adição 
de três mil conversos, a prática da oração era um dos elementos básicos de sua 
instrução (At 2:42). Os cristãos oraram por direção (1:24); pela ousadia no testemunho 
(4:23-33); pela missão (13:3); e pelo bem estar das igrejas (14:23). Paulo orientou os 
membros a orar uns pelos outros (R m 15:30-31; E f 6:18-19; lT s 5:25); e os líderes a 
orar por suas igrejas (lTs 3:12; 2 Ts 3:15; F1 1:9-11; Ef 3:14-21). Em 1906, Ellen White 
aconselhou a se fazerem reuniões de oração em favor da penetração da verdade em 
lugares resistentes: 
“Tenha a igreja em Los Angeles reuniões especiais de oração, diariamente, 
em favor do trabalho que está sendo feito. A bênção do Senhor virá sobre 
os membros da Igreja que assim tomarem parte na obra, reunindo-se em 
pequenos grupos, cada dia, para orarem pelo seu êxito. Desta sorte... a 
obra do Senhor progredirá.” Evangelismo, p. 111,112. 
PRINCÍPIO #3: A IGREJA PRECISA QUERER E SE MOBILIZAR PARA CRESCER 
Cada membro tem uma função particular a desempenhar e uma contribuição especial 
a dar. Paulo usa a analogia do corpo humano para descrever a parte que cada membro 
tem na vida da igreja (1 Co 12:4-7). Por sua vez, a tarefa dos líderes e especialistas da 
igreja é treinar os membros para o ministério (Ef 4:12). Esse conceito de ministério é 
reforçado pelo fato de que todos somos “sacerdócio real” (1 Pe 2:9). Logo, não pode 
haver espectadores, somente participantes (Rm 12:6-8). Deus não confiou a Grande 
Comissão aos anjos, mas aos seres humanos. Acerca da cooperação humana com os 
anjos na experiência de Filipe, Ellen White afirmou: 
 
9
 Elmer L. Towns, Evangelism and Church Growth, p. 78 
Página 5 de 49 
 
“Um anjo guiou Filipe àquele que procurava a luz, e que estava pronto para 
receber o evangelho; e hoje anjos guiarão os passos dos obreiros que 
permitam ao Espírito Santo santificar-lhes a língua, educar e enobrecer-
lhes o coração. O anjo enviado a Filipe podería ter ele próprio feito a obra 
pelo etíope, mas essa não é a maneira de Deus agir. É Seu plano que os 
homens trabalhem por seus semelhantes.” Atos dos Apóstolos, p. 109. 
Deus e a humanidade trabalham juntos. Por isso, a espiritualidade nunca pode ser 
divorciada do trabalho missionário. Evangelismo e crescimento de igrejas não são o 
resultado de truques psicológicos, mas uma obra de Deus com a cooperação humana. 
PRINCÍPIO #4: AS IGREJAS QUE CRESCEM CULTIVAM UMA CULTURA DE 
EVANGELISMO 
A cultura de evangelismo é também chamada de “consciência de crescimento de 
igrejas.” Ela existe quando a preocupação em ganhar os perdidos permeia cada 
departamento e membro da igreja. Essa cultura ocorrerá quando a igreja perceber que 
sua identidade está ligada ao cumprimento da Grande Comissão. Ellen White incentiva 
a igreja a cultivar essa cultura nas seguintes palavras: 
“Por que não sentem os crentes preocupação mais profunda, mais 
fervorosa pelos que estão afastados de Cristo? Por que não se reúnem dois 
ou três e instam com Deus pela salvação de determinada pessoa, e, em 
seguida, doutra? Formemos em nossas igrejas grupos para o serviço. 
Unam-se vários membros para trabalhar como pescadores de homens. 
Procurem arrebatar almas, da corrupção do mundo, para a salvadora 
pureza do amor de Cristo.” Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 84. “Apeguem-
se os obreiros às promessas de Deus, dizendo: “Tu prometeste: ‘Pedi, e 
recebereis.’ João 16:24. Eu preciso que esta alma se converta a Jesus 
Cristo.” Solicitai orações pelas almas por quem trabalhais; apresentai-as 
perante a igreja como objetos de súplica. Será justamente o que a igreja 
necessita, para ter sua mente desviada de suas pequenas e prediletas 
dificuldades, sentir grande fardo, pessoal interesse por uma alma que 
esteja prestes a perecer. Selecionai uma nova alma, e ainda outra, 
buscando diariamente guia de Deus, em Suas mãos depondo tudo em 
fervente oração, e trabalhando na sabedoria divina. Ao fazerdes isso, vereis 
que Deus dará o Espírito Santo para convencer a alma, e o poder da 
verdade para convertê-la.” Medicina e Salvação, p. 245 
PRINCÍPIO #5: A IGREJA CRESCE EM PROPORÇÃO AO SEU ESFORÇO DE ATENDER AS 
NECESSIDADES DAS PESSOAS 
O serviço de Jesus era motivado pelo amor a todas as pessoas e geralmente se 
manifestava em impulsos de compaixão (Mt 9:36; 14:14; 15:32; Mc 1:41; Lc 7:13). Ele 
deu vistas ao cego; conforto ao atribulado; audição ao surdo e cura ao inválido. Ele 
tinha a reputação de fazer o bem (At 10:38). De igual maneira, os membros da igreja 
devem ser motivados a servir a comunidade e alcançá-la para Cristo. As boas obras 
devem caracterizar a vida de todos os cristãos (Ef 2:8-10). Essa boas obras devem ser o 
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fundamento para as boas novas (Mt 5:16). Ellen White descreve o que é considerado a 
“carta magna” do evangelismo: 
“Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se 
do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que 
lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às 
necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me.” 
Ciência do Bom Viver, p. 143 
E qual é esse método? Ellen White sugere que ele é relacionai e focaliza as 
necessidades das pessoas como ponto de início. Observe as seguintes palavras: 
“É necessário pôr-se em íntimo contato com o povo mediante esforço 
pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse 
dedicado a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam. Os 
pobres devem ser socorridos, cuidados os doentes, os aflitos e os que 
sofreram perdas confortados, instruídos os ignorantes e os inexperientes 
aconselhados. Cumpre-nos chorar com os que choram,e alegrar-nos com 
os que se alegram. Aliado ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao 
poder do amor de Deus, esta obra jamais ficará sem frutos. ” Ibid. 
O que é indicado na primeira declaração é elaborado na segunda. Ela fala claramente 
sobre necessidades sentidas. Os servos de Deus precisam se aproximar das pessoas 
que eles estão tentando alcançar e suprir suas necessidades. 
PRINCÍPIO #6: IGREJAS QUE CRESCEM TENTAM NOVAS MANEIRAS E DESCOBREM 
NOVAS ABORDAGENS DE EVANGELISMO 
Isto não significa que a igreja deveria mudar sua mensagem. A verdade eterna é 
imutável. O modo, porém, como a verdade é comunicada e sua forma de apresentação 
podem variar conforme a cultura. Tempos atrás, Ellen White aconselhou a Igreja 
Adventista a descobrir novas maneiras de trabalhar. Ela foi grande defensora da 
inovação na Igreja Adventista. Veja alguns conselhos de inovação selecionados de Ellen 
White: 
“Nem sempre conseguimos os mesmos resultados mediante os mesmos 
métodos e modos. O missionário precisa usar de discernimento e 
raciocínio. A experiência indicará a maneira mais sábia a seguir segundo as 
circunstâncias do momento.” Obreiros Evangélicos, p. 468 
“Não nos esqueçamos de que diferentes métodos devem ser empregados 
para salvar diferentes pessoas... As classes de pessoas com que lidais 
indicam a maneira pela qual a obra deva ser realizada.” Evangelismo, p. 
106 
“Alguns dos métodos usados nesta obra serão diferentes dos que foram 
postos em prática no passado; mas ninguém, por causa disto, feche o 
caminho pela crítica.” Ibid., p. 130 
Página 7 de 49 
 
“Ao se penetrarem campo após campo, novos métodos e novos planos 
resultarão de novas circunstâncias. Novos pensamentos virão com os 
novos obreiros que se dedicarem ao trabalho. Ao procurarem o auxílio do 
Senhor, Ele Se comunicará com eles. Receberão planos elaborados pelo 
próprio Senhor. ” Conselhos Sobre Educação, p. 216 
“Cremos plenamente na organização da igreja; isto, porém, não deve 
prescrever a maneira exata em que devemos trabalhar, pois nem todos os 
espíritos são alcançados pelos mesmos métodos. ” Testemunhos Seletos, 
vol. 2, p. 403 
Os métodos mudam, mas a verdade é eterna. Segundo White, as novas ideias virão 
especialmente dos jovens que são novos obreiros. A igreja deveria ser cuidadosa em 
não inibir as novas ideias surgidas desses jovens. 
PRINCÍPIO #7 NOVAS UNIDADES CRESCEM MAIS RÁPIDO QUE AS MAIS ANTIGAS 
De um modo geral, as novas igrejas, classes e pequenos grupos crescem mais 
rapidamente do que os mais antigos. Igrejas, classes e grupos mais antigos são mais 
fechados e tendem a excluir as pessoas para fora do círculo de comunhão. Este 
fenômeno não é inevitável nem irreversível, mas é comum. Assim, as igrejas mais 
antigas podem crescer, mas novas igrejas tendem a crescer mais rápido. 
VERDADES NO CRESCIMENTO DA IGREJA 
Em adição aos principais componentes da teoria de crescimento de igrejas, os 
especialistas da área identificaram quatro verdades importantes para o cumprimento 
da Grande Comissão na igreja local. 
1. O líder precisa querer que a igreja cresça e estar disposto a pagar o preço. 
Mais uma vez, o crescimento da igreja é visto como sendo dependente do líder 
e de sua disposição de pagar um preço. O problema é que muitos líderes não 
são fortemente motivados a ganhar almas. Eles concentram seus esforços em 
pastorear os poucos que já têm. 
2. Os membros precisam querer que a igreja cresça e estar dispostos a pagar o 
preço. Não apenas o líder deve estar comprometido com o crescimento, mas 
também a congregação. As vezes o líder está disposto, mas não a igreja. Alguns 
temem perder sua posição, o controle da igreja ou o conforto de conhecer 
todos os membros da igreja. Há também o problema da falta de espaço e de se 
ter de construir uma nova igreja. Temem que a atenção do líder se volte para 
os novos membros. E preciso pagar o preço do crescimento. Caso isto não 
ocorra, muitos sabotarão o crescimento. 
3. A igreja precisa concordar que o objetivo do evangelismo é fazer discípulos. O 
discipulado não deve se limitar ao ato de conversão. Nosso alvo não é apenas 
trazer pessoas ao batismo, mas ajudá-las a se tomarem discípulos 
comprometidos de Cristo. 
Página 8 de 49 
 
4. A igreja não pode estar sofrendo de nenhuma doença terminal. Obviamente 
que as igrejas afligidas por doenças terminais não conseguem cumprir a Grande 
Comissão.10 Este assunto será discutido no próximo capítulo. 
 
CATEGORIAS DE CRESCIMENTO DE IGREJAS 
Escritores de crescimento da Igreja desenvolveram diferentes maneiras de nos ajudar 
a compreender a natureza completa do crescimento da igreja. O Dr Juan Carlos 
Miranda menciona que Ralph Winter, ex-diretor do U.S. Center for World Mission, em 
Pasadena, estado da Califórnia, sugere quatro diferentes categorias de crescimento de 
igreja visando uma evangelização integral:11 
1. Crescimento interno: Também chamado de “crescimento qualitativo,” é o 
crescimento espiritual, ou de nutrição, que enfatiza o discipulado visando à 
maturidade da igreja. Esse crescimento, E-0 (Evangelismo-0), é imperativo para 
que aconteça qualquer outro tipo de crescimento. 
2. Crescimento de expansão: Isto é, E - 1, quando a igreja experimenta o gozo de 
sair das quatro paredes do templo para ganhar os incrédulos da comunidade e 
trazê-los ao seio da congregação. 
3. Crescimento em extensão: Também classificado como E-1, relaciona-se com o 
estabelecimento de novas congregações. Igrejas-filhas ou plantadas pela 
iniciativa que alguém teve em começar novas obras. 
4. Crescimento por pontes: Acontece quando a igreja envia equipes ou indivíduos 
para plantar igrejas em diferentes culturas. O novo local pode ter similaridades 
com a cultura da igreja- mãe (E-2) ou ter uma cultura completamente diferente 
em línguas e costumes (E-3). 
 
 
 
 
10
 Terry, J. M. (1997). Church evangelism: creating a culture for growth inyour congregation (38). 
Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers. 
11
 Miranda, Juan Carlos (1991). Manual de crescimento da igreja (43-46). São Paulo: Vida Nova. 
Página 9 de 49 
 
AS DIMENSÕES DO CRESCIMENTO 
O crescimento não é inconsistente com a realidade divina. Lemos de Jesus, o Filho do 
Deus Divino, que Ele cresceu (Lc 2:40, 52). O reino de Deus é comparado com uma 
semente de mostarda que cresceu até se tornar uma grande árvore (Mt 13:31-32). A 
igreja também deve crescer (Ef 4:16) até que envolva membros “que procedem de 
toda tribo, língua, povo e nação” (Ap 5:9). 
Em termos simples, só há duas maneiras de fazer uma igreja crescer: precisamos trazer 
pessoas para a “porta da frente” e mantê-las longe da “porta dos fundos.” O 
crescimento de igrejas envolve muito mais do que o interesse em números e inclui a 
preocupação com a qualidade, além da quantidade. O Dr. Orlando Costas sugere cinco 
dimensões de crescimento:12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATOS 2:42-47 
1. O crescimento numérico (v. 41, 47) descreve o recrutamento de indivíduos à 
vida ativa da igreja (At 2:41, 47; 4:4; 6:7; 9:31, 35; 16:5; etc.). Algumas pessoas 
se queixam de uma ênfase exagerada no crescimento numérico da igreja. Eu 
gosto de lhes lembrar que um livro da Bíblia é chamado de Números! Muitos 
ganhadores de almas são acusados por alguns de “numerolatria”. Não creio. 
Mas de uma coisa estou seguro, eles não sofrem de “número fobia”. O Livro de 
Atos registra vários relatórios numéricos. Por quê? Números representam o 
que a igreja está fazendo. Cada número, cada estatística, representa uma 
pessoa ganha para Cristo, um batismo ou um inscrito em curso bíblico. 
CRESCIMENTO NUMÉRICO NO LIVRO DE ATOS 
1:15 120 eram membros 
2:41 3.000 acrescentados 
4:4 5.000 homens que creram (Sem contar mulheres e crianças) 
5:14 Aumentavam em grande número 
 
12
 Costas, Orlando(1974). The church and its mission: a shattering critique from the third world (125). 
Wheaton, IL: Tyndale. 
Página 10 de 49 
 
6:1 Crescia o número dos discípulos 
6:7 Os discípulos se multiplicavam grandemente 
6:7 Muitos sacerdotes se convertiam 
8:5-25 O grande avivamento em Samaria 
9:31 Crescia em número 
9:32-42 Os de Lida e Sarón se convertiam 
11:21-26 Um movimento espiritual e de salvação na cidade de Antioquia 
12:24 “Mas a palavra do Senhor crescia e se multiplicava ” 
14:21 Muitos creram 
16:5 Aumentava em número a cada dia 
17:4 Grande número se convertia 
17:12 Creram muitos 
18:8-11 “ .... Tenho muito povo nesta cidade...” 
19:10 “ ...todos os que habitavam na Ásia...” 
21:20 “ ...Quantos milhões de judeus hão crido” 
28:30-31 “ ...recebia a todos os que a ele vinham...” 
 
Segundo Miranda, o Senhor Jesus Cristo afirmou que não se comprazia em: 
• Sair a pescar sem recolher (bom pescado). Lucas 5:4-11. 
• Mesas vazias em um banquete (gente disposta). Lucas 14:15-23. 
• Semeadura sem colheita (a melhor qualidade de colheita). Mateus 13:3-9. 
• Uma figueira sem frutos (bons frutos). Lucas 13:3-9. 
• Uma ovelha perdida que não tenha sido trazida ao aprisco (docilidade). 
(Mateus 18:11- 14). 
• Moeda perdida que não seja encontrada (de bom valor). Lucas 15:8-10. 
• Frutos maduros que não tenham sido colhidos (bom fruto). Mateus 9:36-38.13 
 
Há quatro maneiras de crescimento numérico: 
 
a. Crescimento biológico: ocorre quando os filhos de pais cristãos experimentam 
uma fé pessoal em Jesus como Salvador e se unem à igreja através do rito do 
batismo. Esse crescimento é importante, uma vez que nada garante que os 
filhos abracem automaticamente a fé de seus pais. Uma falha nessa área indica 
fraqueza nos métodos e materiais usados na Escola Sabatina e programas para 
os jovens e juvenis, além de falhas na religião familiar. 
b. Crescimento por transferência: é o recrutamento de membros que já eram 
cristãos comprometidos e que vêm transferidos de outra igreja. Muitos se 
mudam de uma área para outra, e ocasionalmente a mudança se deve a razões 
sociais ou de liderança. Obviamente, muitas igrejas se beneficiam da qualidade 
dos ministérios oferecidos aos seus membros ou da qualidade de seus líderes. 
c. Crescimento por conversões: acontece quando pessoas de fora da igreja são 
trazidas ao arrependimento e à fé em Cristo e se unem à igreja local como 
membros responsáveis. Uma conversão verdadeira é evidenciada por uma 
 
13
 Miranda, p. 17 a 36 
Página 11 de 49 
 
mudança de atitudes e comportamentos (At 9:20-22; 1 Co 6:9-11). Isso é 
resultado do novo nascimento e da atividade do Espírito Santo (Jo 1:11, 12; 3:3-
8; Rm 8:9-17). 
d. Crescimento por restauração: descreve a renovação do comprometimento de 
cristãos inativos ou afastados ao quadro de membros ativos e regulares aos 
cultos e serviços. Programas como “Reencontro” têm sido eficazes na 
promoção desse tipo de crescimento. 
Porém, pode haver possíveis ilusões de crescimento. O crescimento quantitativo pode 
ser enganador.14 Ele pode ser não mais do que um “inchaço” de um movimento 
mecanicamente induzido, um movimento social, ou um aumento do corpo sem o 
desenvolvimento de músculos e órgãos vitais. Muitos movimentos de massa do 
passado foram exatamente isso. Um exemplo é encontrado nas conversões em massa 
na Europa, particularmente na França e Rússia, quando muitos foram levados ao 
batismo e trazidos para a igreja, resultando em uma multidão de pessoas professando 
o cristianismo mas sem um comprometimento dinâmico e vibrante para com a igreja. 
Houve uma mudança de afiliação religiosa, mas não mudança de coração. Como 
resultado, a astrologia, ocultismo e espiritismo ainda exerciam grande influência sobre 
as pessoas. Daí a importância de equilibrar o crescimento quantitativo com o 
qualitativo. 
2. O crescimento em maturidade (v. 42, 46) descreve o desenvolvimento pessoal 
e corporativo da vida cristã (At 2:42; Cl 1:9, 10, 28; 2 Tm 3:14-16; Hb 5:11-6:8; 1 
Pe 2:2) bem como o grau de consciência que uma comunidade de fé tem de sua 
missão no mundo. Paulo nota a necessidade de maturidade espiritual em seus 
escritos (Cl 1:28; Ef 4:11-12). A transformação espiritual tem quatro dimensões: 
desenvolver o relacionamento com Cristo (Jo 15:5; G1 2:19-20); desenvolver o 
relacionamento com os membros (G1 3: 26-28; 1 Jo 4:10-11); desenvolver 
relacionamentos com pessoas não evangelizadas (2 Co 5:18; At 1:8; 2 Tim 4:5); 
desenvolver as disciplinas cristãs da leitura da Bíblia, oração, jejum, 
testemunho e meditação. Uma vez mais queremos repetir: o crescimento v da 
Igreja não tem uma ênfase única e exclusiva em números; estamos 
interessados no crescimento integral. Por isso, veremos agora como se 
desenvolveu o crescimento qualitativo da igreja de Atos que, como notamos, 
também cresceu quantitativamente. 
 
Atos 
 
14
 Tippett, Alan R. (1970). Church growth a n d the Word o f G od ( 15-19). Grand Rapids: Eerdmans 
Publishing Company. 
1:14 - Todos estes perseveravam unânimes. 
2:1-4 - Ficaram cheios do Espírito Santo. 
2:42 - Perseveravam na doutrina dos apóstolos. 
2:46-47 - Diariamente, perseveraram unânimes no templo. 
4:20 - Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos. 
4:24 - Levantaram unânimes a voz a Deus. 
Página 12 de 49 
 
 
 
 
 
3. O crescimento orgânico (v. 42, 44-46) é o desenvolvimento da infraestrutura 
da igreja: comissões, departamentos, equipes, atividades, programas de 
treinamentos e os pequenos grupos, ou grupos de comunidade para o 
crescimento cristão. “Duas coisas que você não pode fazer sozinho: casar-se e 
ser um cristão.” A vida cristã só pode ser experimentada em comunidade. O NT 
descreve essa dimensão corporativa do cristianismo em passagens como 1 
Coríntios 12:27, Efésios 4:25 e Hebreus 10:25. 
4. O crescimento em serviço (v. 43, 47) descreve o grau de envolvimento dos 
membros na vida e nos problemas da comunidade através do desenvolvimento 
dos ministérios da igreja local como uma extensão e continuação do ministério 
de Jesus de pregar, ensinar e curar (Mt 4:23). Cada crente no corpo de Cristo é 
dotado para um serviço específico (1 Co 12:4, 11). Na medida em que a igreja 
cresce e amadurece, o Espírito Santo desperta necessidades e oportunidades 
para o ministério através de crentes dotados para atender a essas 
necessidades. Para isso, a igreja precisa ter equipes de evangelismo e 
ministérios na comunidade (Mt 25:37-40). 
5. O crescimento geográfico (At 1:8) como o crescimento quantitativo é 
importante à luz da Grande Comissão (Mt 28:19-20) e dos fatos apresentados 
no Novo Testamento. Esta é a conclusão do que poderiamos chamar de a 
primeira parte do livro de Atos. O restante do livro apresenta a perseguição, as 
viagens do apóstolo Paulo e outras atividades que tinham que ver com a 
“expansão” da Igreja. Encontramos as seguintes expressões que descrevem o 
crescimento geográfico: 
“E divulgava-se a palavra do Senhor por toda aquela região ” (Antioquia e 
Psídia, 13:49); “Assim as igrejas eram fortalecidas na fé e aumentavam em 
número dia a dia” (16:5). 
“Todos os habitantes da Asia ouviram a palavra do Senhor ” (Ef 19:10). 
“Desde Jerusalém até ao Ilírico, tenho divulgado o evangelho de Cristo” 
(Rm 15:19); “Mas agora, não tendo já campo de atividade nestas regiões ” 
(Rm 15:23). 
OS FATORES DO CRESCIMENTO 
A falha em reconhecer a complexidade dos fatores que influenciam o crescimento 
pode levar a situações bizarras. Quando perguntado sobre as causas do crescimento 
de sua igreja, um pastor respondeu: “Porque eu prego a Palavra de Deus.” A mesma 
pergunta feita a outro pastor cuja igreja diminuía, a resposta também foi “porque eu 
prego a Palavra de Deus. As pessoas não querem obedecer à Palavra.” No entanto,pesquisas têm demonstrado a influência de vários fatores que contribuem para o 
4:31 - Tendo ele orado... todos ficaram cheios do Espírito Santo. 
4:32 - Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. 
13:52 - Os discípulos transbordavam de alegria e do Espírito Santo. 
16:5 - As igrejas eram fortalecidas na fé. 
17:11 - Examinando as Escrituras todos os dias. 
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crescimento ou declínio de uma igreja. Segundo Roy Pointer, esses fatores são 
classificados em pelo menos cinco áreas.15 
FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO 
 
1 – FATORES DA IGREJA LOCAL 
Geralmente eles se relacionam com as atividades da igreja local que afetam o seu 
crescimento: espiritualidade, liderança local, abertura a novas idéias, problemas 
internos, prioridades, disposição para o trabalho, unidade, problemas doutrinários, 
dentre outros. Em Atos 6:1-6, os apóstolos experimentaram problemas de prioridades, 
liderança e cuidado pastoral. Quando esses problemas foram resolvidos, a igreja 
cresceu (At 6:7). Quando Paulo repreendeu um líder imoral em Corinto, ele estava 
preocupado com a santidade, a saúde e o crescimento da igreja naquela cidade imoral 
(1 Co 1-13). As cartas às sete igrejas (Ap 2:1-3:22) contêm várias referências a fatores 
da igreja local que afetavam a vitalidade e missão da igreja. Elas estavam ameaçadas 
de extinção caso não lidassem apropriadamente com seus problemas internos tais 
como heresia, letargia, falta de amor e falta de compromisso. 
2 – FATORES DENOMINACIONAIS 
A igreja local é grandemente afetada pela influência, formal ou informal, proveniente 
das decisões, programas, motivação, metodologias evangelísticas, treinamentos, 
materiais evangelísticos, votos e prioridades do campo local, União, Divisão e 
Associação Geral. Exemplos bíblicos desses fatores são encontrados nas cartas dos 
apóstolos. Paulo elogia os tessalonicenses por sua influência e exemplo (1 Ts 1:2-8). 
Atos 15:1-35 apresenta o relato do Concilio de Jerusalém e o debate relacionado com a 
evangelização dos gentios. As decisões desses líderes influenciaram positivamente o 
crescimento da igreja na região (At 16:4-5). 
3 – FATORES NACIONAIS 
 
15
 Pointer, p. 32 a 37 
Página 14 de 49 
 
Esses são os fatores políticos, econômicos, ideológicos e tecnológicos presentes no 
sistema social de uma nação ou região que ajudam ou inibem o crescimento das 
igrejas locais. Gálatas 4:4 declara que Jesus veio no tempo certo. Historiadores cristãos 
têm identificado vários elementos que providencialmente prepararam o mundo para o 
aparecimento de Cristo. Um significativo elemento do “fator nacional” foi a Pax 
Romana, que garantia viagens seguras e fácil comunicação. Havia também uma moeda 
comum, uma língua universal, o grego, que era falado por um grande número de 
pessoas. Na providência de Deus, essas condições contribuíram para o plantio e o 
crescimento de igrejas. 
4 – FATORES DA COMUNIDADE LOCAL 
A igreja local é grandemente influenciada pela área onde está situada. Por exemplo, a 
mobilidade da população exerce um um efeito considerável sobre a igreja. O 
desenvolvimento de novos bairros e a construção de residências podem causar um 
rápido movimento de grande número de pessoas. Igrejas têm perdido membros 
porque a população de certa cidade era dependente de uma indústria particular que 
faliu. E igrejas têm crescido ao receber vários membros de determinada região 
castigada pela seca, que se mudaram para a vizinhança dessa igreja em busca de 
emprego. A falha em reconhecer a influência da comunidade local tem criado uma 
falsa imagem da saúde e vitalidade de muitas igrejas. Há exemplos bíblicos da 
influência da comunidade sobre a igreja. O ministério de Paulo em Éfeso teria sido 
diferente se o templo de Diana não estivesse ali (At 19:1-41). As cartas de João às sete 
igrejas (Ap 2:1 -3:22) fazem muitas referências a esses fatores. Esmirna tinha a 
“sinagoga de Satanás” e Pérgamo tinha o “trono de Satanás” que hostilizavam a igreja 
cristã. Como resultado destes deslocamentos sociais, crises pessoais ou a operação do 
Espírito, a comunidade pode se tomar receptiva ou resistente ao Evangelho. A escala 
de Engel é um instrumento que ajuda a medir o progresso de um indivíduo em sua 
vida cristã e a receptividade de uma determinada comunidade.16 
ESCALA DE ENGEL 
 
16
 Towns, Elmer L. (1992). A Pratical Encyclopedia of Evangelism and Church Growth.(197) 
Página 15 de 49 
 
5 – OPOSIÇÃO DEMONIACA NO “GRANDE CONFLITO” 
A oposição de Satanás à missão de Deus é o tema central da grande controvérsia. A 
experiência de Paulo no antigo centro do ocultismo de Éfeso (At 19:18-20) tem se 
repetido em várias cidades brasileiras. Porém, embora não devamos descrer na 
existência de demônios que buscam impedir o crescimento da igreja, não devemos 
tampouco demonstrar interesse neles. 
Os fatores mencionados acima influenciam o crescimento de uma igreja local na 
medida em que interferem na receptividade ou resistência de uma pessoa ao 
evangelho. Uma pessoa receptiva torna-se predisposta a ouvir e obedecer à 
mensagem de Deus como resultado de uma mudança social, uma crise pessoal interna 
ou pela operação do Espírito Santo. A escala de Engel tem sido um instrumento útil 
para ajudar a medir o progresso espiritual de um indivíduo que aceita a Cristo como 
Salvador e inicia sua vida cristã. 
O PROCESSO DE MUDANÇA PARA O CRESCIMENTO 
Os cientistas sociais identificaram três idades distintas que servem como um breve 
resumo da história: a idade da agricultura, a era industrial e a era da informação. A era 
agrícola refere-se ao período de tempo que durou a maior parte da história conhecida 
até o ano de 1860. Agricultura era a principal ocupação de mais de 90 por cento de 
todos os trabalhadores. O campo e pequenas cidades rurais foram o principal contexto 
desta era e a unidade fundamental era a família estendida.17 A era industrial abrange o 
período de 1860 a 1956. Com o aumento de fábricas industriais, o principal contexto 
tomou-se a cidade. A unidade principal era a família nuclear. Já a era da informação 
começou por volta de 1956 e continua até o presente. Tendo recebido este nome pelo 
aumento rápido de informações, seu contexto principal é o mundo. A unidade 
fundamental é a família fraturada. Nosso ministério deve mudar para atender as 
necessidades das pessoas de hoje. Examine os seguintes efeitos da era da informação: 
• As pessoas têm menos tempo livre e são mais difíceis de recrutar. 
• As pessoas se opõem à mudança, não se preocupam em criar laços de amizade 
e estão sós. 
• As pessoas são bombardeadas por tanta informação que têm dificuldade para 
ouvir e ler. 
• As pessoas não conseguem ver o quadro geral da realidade ou ver como as 
peças se relacionam. 
• As pessoas ouvem mais do que entendem, esquecem o que já sabem e se 
recusam a aprender mais. 
 
17
 Há duzendo anos, 95% da força de trabalho dos EUA estavam envolvidos na agricultura. Hoje, menos 
de 4 por cento da força de trabalho está na agricultura. Em 1900, 25% da força de trabalho dos EUA 
estavam nas fábricas. Em 1950, 65% da força de trabalho estavam em fábricas. Hoje, apenas 15% da 
força de trabalho estão em fábricas — “ C u sto m er Satisfaction,” Learning NetWork Magazine 
(Minneapolis: Performax Leaming Network, October, 1988), p. 2. 
Página 16 de 49 
 
• As pessoas não sabem como usar o conhecimento, cometem erros quando 
tentam e se culpam por isso.18 
Vamos admitir: grande parte do que fazemos foi desenvolvido em uma época 
completamente diferente. Os modelos de ministério desenvolvidos nas idades agrícola 
e industrial estão colidindo de frente com a era da informação. Nosso país mudou, as 
pessoas mudaram e temos de desenvolver novos modelosde ministério que sejam 
relevantes para a sociedade de hoje, se quisermos cumprir a comissão de Cristo de 
“fazer discípulos”. 
OBSTÁCULOS A MUDANÇA 
Um elemento importante para facilitar a mudança é entender a psicologia da 
mudança. Quanto mais você entender os obstáculos, melhor se tomará em elaborar 
estratégias para superar as resistências. As pessoas resistem às mudanças por diversas 
razões. Coisas familiares nos fazem sentir mais seguros. Muitas pessoas, 
particularmente os mais jovens e os mais idosos, tornam-se perturbados quando sua 
rotina é interrompida. Eu posso entender isso. Eu não gosto quando minha esposa 
reorganiza os meus livros e papéis em minha escrivaninha. As pessoas também 
resistem às mudanças porque a veem como uma ameaça à tradição. Naturalmente, as 
igrejas mais velhas são mais propensas a isso do que igrejas mais recentes. Outras 
congregações resistem às mudanças porque elas não se preocupam com os perdidos. 
Elas se preocupam mais com a manutenção do status quo do que com a evangelização. 
IMPLEMENTAÇÃO DA MUDANÇA 
Alguém afirmou que “Ninguém muda até que a dor de permanecer o mesmo seja 
menor que a dor da mudança. ” Embora a mudança raramente seja fácil, é possível. 
1 – QUEM ESTÁ INTERESSADO NA MUDANÇA 
Geralmente as pessoas em sua igreja se identificam com as seguintes categorias 
quando consideram realizar alguma mudança.19 
 
 
Inovadores: Os visionários. Pessoas que sempre são responsáveis pelas novas ideias, 
mas raramente recebem o crédito. Geralmente não são reconhecidos como líderes ou 
criadores de programas. Muitos têm o dom espiritual da fé. 
 
18
 Martin, G., & Mclntosh, G. (1993). The Issacharfactor: understanding trends that confrontyour church 
and designing a strategy for success (11). Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers. 
19
 Pointer (1984). How do churches grow? a guide to the growth ofyour church (49). London: Camelot. 
Página 17 de 49 
 
Precursores: Aqueles que reconhecem um boa ideia quando a veem. Geralmente 
recebem o crédito por uma nova ideia que pode não ser deles. Muitos mantêm o dom 
da sabedoria. 
Seguidores: A maioria que responde às propostas de outros. Geralmente são 
receptivos em sua análise de uma nova ideia, mas são inclinados a manter o status 
quo. São influenciados mais facilmente por pessoas que resistem às mudanças do que 
pelos que as propõem. 
Relutantes: Últimos a endossar a ideia. Geralmente falam contra e votam contra as 
idéias inovadoras. Podem nunca reconhecer verbalmente a aceitação, mas adotariam 
a ideia se a maioria demonstrasse apoio. 
Resistentes: Novas idéias são raramente ou nunca aceitas por esse grupo. Seu 
compromisso é com o status quo e o passado. Geralmente semeiam oposição após a 
mudança. São os líderes das divisões dentro da igreja. 
2 – COMO ACONTECE O PROCESSO DE MUDANÇA 
Um estudo sobre o processo de mudanças apresentado por E. M. Rogers e F. F. 
Shoemaker revela que as pessoas que respondem às mudanças passam por quatro 
estágios básicos.20 
ESTÁGIOS NA ACEITAÇÃO DA MUDANÇA 
 
a. Conhecimento: Estágio em que as pessoas são expostas à natureza da mudança 
e às razões porque ela é necessária. Eles precisam ser informados sobre os 
efeitos da mudança. Ex: Pedro tinha de ser o pioneiro na evangelização dos 
gentios. Deus usou uma visão para prepará-lo para uma mudança radical. 
Pedro teve de ser educado (At 10:1-21). 
b. Persuasão: Estágio em que as pessoas que têm de aceitar a mudança formam 
opiniões favoráveis ou desfavoráveis. Essas opiniões podem ser grandemente 
afetadas pelas preocupações pessoais: “como isso me afetará”. Ex: Quando 
Pedro estava questionando a validade da evangelização aos gentios, ele foi 
persuadido pela progressão dos eventos e pelo apelo dos servos de Comélio (At 
10:22-23). 
c. Decisão: Estágio em que as pessoas já estão bem informadas sobre a mudança 
e estão escolhendo adotá-la ou rejeitá-la. É preciso dar tempo para que as 
pessoas se decidam e mudem sua posição em diferentes oportunidades. Ex: Ao 
chegar à casa de Comélio, Pedro decidiu entrar e explicar o porquê da sua 
 
20
 Pointer, p. 46. 
Página 18 de 49 
 
relutância em vir (At 10:29). As dúvidas foram dissipadas pelo testemunho de 
Cornélio e a manifestação do Espírito Santo (At 10:44-46). 
d. Confirmação: Estágio final em que a decisão já foi tomada e as pessoas 
esperam uma confirmação de que a sua decisão foi correta. Se elas aceitarem a 
mudança, mas a sua experiência for negativa, podem ficar desencantadas e 
reverter a decisão. Ex: Pedro retoma para Jerusalém, mas alguns líderes 
estavam convencidos de que ele tinha tomado a decisão errada (At 11:1-3). 
Pedro defende sua ação de maneira convincente perante seus críticos (v. 4-18). 
Infelizmente, ele cedeu à influência de extremistas judeus e começou a 
questionar sua decisão. Foi necessária uma confrontação com Paulo para levá-
lo ao curso correto. 
3 – QUAIS SÃO OS EVENTOS POTENCIAIS DE MUDANÇAS 
Um evento de intervenção em si não produz o crescimento. Apenas abre janelas de 
oportunidades que podem criar um ambiente no qual o crescimento é mais favorável. 
Arn sugere os seguintes eventos potenciais de mudanças:21 
a. Chegada de um novo pastor ou novos líderes. As pessoas esperam que alguma 
mudança aconteça quando se muda a liderança da igreja; 
b. Um momento de crise na igreja (declínio do número de membros, escândalos, 
crise financeira) pode ser um indicador da necessidade de um novo 
direcionamento; 
c. Reavivamento dos membros. O verdadeiro reavivamento resulta em ganho de 
almas; 
d. Envolvimento denominacional que envia ajuda especial ou treinamento sobre o 
crescimento da igreja, ou o compartilhamento de informações para a liderança 
da igreja sobre a história da igreja e as taxas de crescimento; e. Mudança de 
localidade ou o plantio de uma nova igreja. 
RESUMO 
O crescimento da igreja é a disciplina que estuda o como e o porquê as igrejas 
crescem. É semelhante ao evangelismo, mas de âmbito mais abrangente, porque 
também estuda maneiras de alistar pessoas inativas e afastadas da igreja. O 
crescimento da igreja envolve mais do que apenas números, inclui o crescimento 
interno, crescimento por expansão, crescimento por extensão e o crescimento ponte. 
Uma igreja saudável é uma igreja em crescimento, assim como uma criança saudável é 
uma criança em crescimento. 
As igrejas devem se concentrar em cumprir a Grande Comissão, enfatizando as cinco 
funções básicas da igreja: evangelismo, discipulado, ministério, comunhão e adoração. 
A execução dessas cinco funções produz quatro bons resultados: crescimento 
numérico, crescimento espiritual, expansão de ministérios e o avanço das missões. As 
igrejas devem pesquisar, planejar e trabalhar para crescer. Acima de tudo, devem 
depender de Deus para produzir uma colheita abundante de almas. 
 
21
 Am, Win (1987). The church growth ratio book: how to have a revitalized, healthy, growing, loving 
church (43). Pasadena: Church Growth Inc. 
Página 19 de 49 
 
AVALIE A SAÚDE DA IGREJA 
 
Em anos recentes, vários escritores de crescimento de igreja têm sugerido que o termo 
saúde da igreja é melhor do que crescimento da igreja. Rick Warren, pastor da 
inovadora igreja de Saddleback, em Orange County, na Califórnia, é um deles. Ele 
escreveu: “Eu acredito que a questão-chave para igrejas do século XXI será a saúde da 
igreja, e não o crescimento da igreja. Igrejas saudáveis não precisam de truques para 
crescer. Elas crescem automaticamente. Quando nossas congregações são saudáveis, 
elas vão crescer do jeito que Deus quer.”22 Se as raízes de uma igreja são saudáveis, o 
seu desenvolvimento será bom. Se as raízes estão doentes, o crescimento só será 
possível se a igreja detectar os problemas esuperar os males do seu nascimento. As 
igrejas, como as pessoas, podem sofrer de parto defeituoso que prejudicará o seu 
crescimento.23 
O CICLO DE VIDA DA IGREJA 
As pessoas atravessam ciclos de vida comuns a todos os seres vivos. Há um período de 
nascimento, crescimento, maturidade, declínio e, eventualmente, a morte. As igrejas 
também são organismos vivos que possuem um ciclo de vida. O estágio em que se 
encontra uma igreja está relacionado com o nível de crescimento e prováveis 
enfermidades que a fazem declinar. De acordo com David Moberg, uma igreja 
atravessa cinco estágios do seu ciclo de vida: nascimento, crescimento, maturidade, 
declínio e morte.24 Após ler as descrições dos diferentes estágios na tabela abaixo, 
tente identificar a posição de sua igreja 
 
22
 Warren, Rick (1995). The Purpose Driven Church (17). Grand Rapids: Zondervan Publishing House. 
23
 Terry, J. M., Smith, E. C., & Anderson, J. (1998). Missiology: An introduction to the foundations, 
history, and strategies o f w orld missions (498). Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers. 
24
 Morberg, David (1990). Discovery diagnostic manual (18-22). Monrovia, CA: Church Growth. 
Envolvimento dos Membros
Compromisso com a missão e 
propósitos da Igreja
-Todos os membros estão dispostos a trabalhar.
-Todos os recursos são usados para o evangelismo
-Altissima atitude de apoio.
-Liderança com alto nivel de comprometimento
N
ascim
en
to
Estágio
 1
- Alta porcentagem de tempo e recursos 
comprometidos com a igreja. 
- Voluntários facilmente encontrados.
- Alto nível de dedicação aos alvos e forte crescimento 
- Forte senso de missão e propósito entre os membros.
C
rescim
en
to
Estágio
 2
- Novos membros encontram um lugar de envolvimento rapidamente. 
- Membros satisfeitos com o que já conseguiram 
- Relaxamento dos membros
- O crescimento começa a declinar, mas a vitalidade 
continua 
- Alto nível de comprometimento dos ministérios e 
departamentos.
M
atu
rid
ad
e
Estágio
 3
- Membros entendem que há “outras pessoas” para realizar as tarefas. 
-A comissão tem dificuldade para encontrar voluntários. 
- Membros antigos dizem : “já fizemos nossa parte”.
- Forte declínio no número de membros 
- Diminuição da com preensão da missão e dos 
propósitos.
D
eclín
io
Estágio
 4
- Forte declínio no número de membros 
- Diminuição da compreensão da missão e dos propósitos.
- Missão não compreendida e os propósitos são perdidos 
- Institucionalização
M
o
rte
Estágio
 5
Página 20 de 49 
 
 
Naturalmente, o ideal é permanecer no estágio 2, a fase de crescimento. Como isso 
pode ser possível? Como podemos revitalizar uma igreja estagnada e em processo de 
declínio? O primeiro passo é reconhecer que você tem um problema. Tendo 
determinado que há um problema, você precisa determinar o melhor momento para 
iniciar a transformação de sua igreja. Se a igreja está nos estágios 4 e 5, entrando em 
uma situação de estagnação ou de declínio de membros, então uma luz vermelha é 
acesa. Os sinais abaixo esclarecem um pouco mais sobre os estágios de declínio. 
10 SINAIS DE ENVELHECIMENTO DA IGREJA 
Como o Titanic, o nosso navio tem um enorme buraco sob a superfície, e estamos 
recebendo grandes quantidades de água que põem em risco nossa segurança. Muitas 
coisas acima da linha da água podem indicar que tudo está bem, mas algumas igrejas 
no Brasil podem estar afundando. Se não prestarmos logo atenção, não perceberemos 
até que seja tarde demais.25 Lyle Schaller apresenta alguns indicadores que devem nos 
colocar em estado de alerta:26 
1. A tendência de cuidar dos membros da igreja suplanta o esforço do 
evangelismo para alcançar os de fora, na lista de prioridades. O item número 
um na ajuda pastoral torna-se a resolução de conflitos entre os membros da 
igreja. 
2. A média de frequência no culto começa a cair, comparada com os mesmos 
meses do ano anterior. A média na frequência da Escola Sabatina também 
começa a declinar. Este pode ser um sinal de declínio no nível de compromisso 
dos membros com a igreja. 
3. Referências ao passado ou comparações com o período do pastor anterior 
começam a lançar sombras nos sonhos e esperanças quanto ao futuro da 
congregação. 
 
25
 McRaney, W. (2003). The art of personal evangelism: Sharing Jesus in a changing culture (5). Nashville, 
TN: Broadman & Holman 
26
 Schaller (1992). 44 steps up off theplateau (42-45). Nashville, TN: Abingdonn Press. 
Entusiasmo Atitude a mudanças Programas. Estruturas e organização
- Entusiasmo altíssimo
- Dedicação total
- Membros receptivos
- Abertura a novas idéias. Mudanças realizadas 
rapidamente
- Organização mínima
- Pouco tempo em comissões; espontaneidade na tomada 
de decisões
N
ascim
en
to
Estágio
 1
- Entusiasmo Alto
- Novas pessoas são acrescentadas à igreja
- Mudanças facilmente adotadas e implementadas
- Sugeridas por todos os membros
- Novas estruturas e grupos criados em resposta às 
necessidades
- A missão recebe apoio dos membros
C
rescim
en
to
Estágio
 2
- "Para quê crescer se a igreja está cheia?
- "Números não são tudo"
- Novas propostas seriamente consideradas
- Líderes da igreja responsáveis pelo início e implantação
- Delegação de tarefas e há pessoas suficientes para os 
programas da igreja
- Tradições começam a se formar
M
atu
rid
ad
e
Estágio
 3
- Auto-estima começa a desenvolver incertezas.
- Poucas mudanças propostas
- Nenhuma mudança drástica do status quo
- Novos programas não são criados e estruturas criam 
necessidades ao invés de atender às necessidades
- Determinam-se funções
D
eclín
io
Estágio
 4
- Frustração e desespero dos líderes que não sabem 
como parar o declínio.
- Baixa auto-estima
- "Isso não funciona aqui", "Nós nunca fizemos isso 
antes"
- Racionalização feita para justificar o porquê não pode 
ser feito
- Programas extintos por falta de participação
- O alvo primário é a sobrevivencia
M
o
rte
Estágio
 5
Página 21 de 49 
 
4. Uma diminuição no número de batismos geralmente é um sinal de futuro 
declínio numérico, bem como declínio de novos membros recebidos por carta 
ou profissão de fé. 
5. Quando o ministro gasta mais tempo com indivíduos do que com grupos de 
pessoas, esse é, muitas vezes, um sinal de advertência de declínio. A redução 
de grupos de ação numa igreja pode ser um meio altamente efetivo de frustrar 
o crescimento. 
6. Se semana após semana, quase todos os membros desaparecem dentro de 10 
a 20 minutos após o término do culto, esse pode ser um sinal de erosão dos 
laços de companheirismo e amizade dentro da igreja. A erosão desses laços 
precede o declínio numérico. 
7. Se pelo menos 70% dos membros uniram-se à igreja há dez anos, esse é um 
sinal de que a congregação tem perdido a sua capacidade de identificar, 
alcançar, interessar, atrair e assimilar novos membros. Da mesma maneira, se 
mais da metade dos membros da comissão de igreja foi batizada há mais de 
uma década, isso também é sinal de igreja com tendência ao declínio numérico. 
8. Um dos sinais mais sutis é a contribuição financeira dos membros. Embora a 
queda possa ser atribuída em alguns casos a fatores externos (desemprego, 
etc.), geralmente sugere uma queda no nível de comprometimento com o 
evangelho. 
9. Parentesco, idade e laços de amizade geralmente pesam mais do que 
competência, sabedoria, criatividade e liderança espiritual, no momento da 
escolha dos futuros membros da comissão da igreja em declínio. 
10. O mais útil indicador está no contraste entre dois termos: cortar e expandir. A 
decisão de cortar programas, cultos, grupos, obreiros, finanças, avanços 
evangelísticos é sinal de declínio. Por contraste, a decisão de expandir o 
ministério em todas as suas formas é o antídoto ao institucionalismo e ao 
declínio numérico. 
DOENÇAS ECLESIASTICASPágina 22 de 49 
 
A patologia do crescimento de igrejas é o estudo de “doenças” sofridas pelas 
congregações que inibem o seu desenvolvimento, das características e sintomas 
dessas doenças e das prescrições de tratamento para que alcancem as metas de um 
crescimento integral.27A igreja é um organismo vivo que tanto pode experimentar 
sofrimento e doenças quanto crescimento e saúde. Cada uma dessas doenças pode ser 
fatal se não for tratada. A menos que estejamos preparados para lidar com elas, 
poderão subir para o nível de uma epidemia. Para curar a doença, deve-se primeiro 
entender os sintomas.28 Muitas condições adversas que causam enfermidades 
eclesiásticas podem ser observadas na descrição das sete igrejas de Apocalipse 2-3. E 
algumas igrejas estabelecidas no Novo Testamento demonstravam sintomas 
enfermiços como brigas internas (1Co 1:10,11), facções (1Co 3:1-3), brigas por poder (3 
Jo 9,10) e divisões causadas por falsas doutrinas (G1 1:6). Peter Wagner definiu oito 
enfermidades que afligem as igrejas. 
 
27
 Towns (1995). A Practical Encyclopedia o f Evangelism and Church Growth (318). Ventura, CA, Regai 
Books. 
28
 Brunson, M., & Caner, E. (2005). Why Churches Die: Diagnosing LethalPoisons in the Body of Christ 
(27). Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers. 
Koinonites
Ênfase exagerada na comunhão dos membros, o que resulta em um foco
 interno e na falta de preocupação com a evangelização de novas pessoas.
 As igrejas somente se preocupam com os relacionamentos internos e
 viram uma cultura fechada ou “clubes sociais”
Ociosites
Os membros são os chamados “papa-sermões”, somente consumidores
 e não produzem nada em benefício da obra de Deus. Deixam ao pastor e
 seus oficiais a obra de salvar almas.
Tradicionalite
Os membros impedem as mudanças necessárias para o crescimento. 
A inflexibilidade para mudar é uma razão pela qual muitas igrejas não 
crescem.
Cegueira
Inabilidade da igreja de enxergar as necessidades sociais e espirituais
da comunidade e desenvolver programas para atendê-las. Uma visão
missionária é capaz de identificar grupos diferentes de pessoas e alcançá-
los com o evangelho.
Acefalia Pastoral
Mudança frequente de pastores. Estes só batizam e não estabelecem
contato significativo com a congregação.
Raquitismo
Afeta primariamente os novos adventistas. Eles experimentam um rápido
desenvolvimento espiritual durante as reuniões evangelísticas. No entanto,
após serem batizados, param de crescer. Não há uma estratégia para o
desenvolvimento contínuo dos novos membros.
Estrangulamento 
Sociológico
Condição em que o espaço limitado impede o crescimento da igreja. 
Há maior afluência de pessoas do que a capacidade da igreja local. 
Normalmente a igreja alcança esse estágio quando chega a 80% de sua 
capacidade e não tem planos de plantar outra igreja ou ampliar o espaço.
Síndrome de João
É a perda do “primeiro amor” descrito em Apocalipse 2:4. A igreja perde 
de vista a brevidade da vinda de Jesus e diminui a chama da fé e do
compromisso. 0 amor a Deus e o zelo missionário diminuem.
Página 23 de 49 
 
ELLEN WHITE E AS CAUSAS DAS ENFERMIDADES DAS IGREJAS 
 
AS MARCAS DE QUALIDADE 
Uma igreja saudável que honra a Cristo tem mais probabilidade de crescer do que uma 
congregação dividida ou espiritualmente morta.29 Schwarz, autor do livro 
Desenvolvimento natural da Igreja (1996), e fundador do Instituto para 
Desenvolvimento da Igreja, localizado na Alemanha, produziu algumas conclusões 
surpreendentes após dez anos de pesquisas em mais de 1000 igrejas espalhadas em 32 
países do mundo. Segundo ele, o crescimento da igreja acontecerá naturalmente 
quando implantarmos as condições e qualidades necessárias para a saúde da igreja.30 
Em Creating health through natural church development, Burrill afirma que, 
provavelmente, o melhor exemplo bíblico desse princípio de crescimento natural é 
encontrado na parábola de Jesus sobre a semente em Marcos 4.31 
“O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra, 
depois dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse 
e crescesse, não sabendo ele como. A terra por si mesma frutifica, primeiro 
a erva, depois a espiga e, por fim, o grão cheio na espiga. E enquanto o 
fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa” 
(Mc 4:26-29). 
 
29
 Reid, A. L. (1998). Introduction to evangelism (284). Nashville, TN: Broadman & Holman. 
30
 Schwarz (1996). Natural church development: a guide to eight essential qualities of healthy churches 
(8-14). Carol Stream, IL: ChurchSmart Resouces. 
31
 Burrill (2003). Creating health through natural church development (1-17). Berrien Springs, MI: Nadei. 
FONTE CAUSAS
TM, 30 Desordem
TM, 30 Atitudes independentes, julgamentos
TM, 204 Morte espiritual, monotonia fúnebre
4T, 193 Membros não consagrados
4T, 338 Liderança ineficiente: "Pomposos, ditatoriais, descorteses"
5T,241
Seis males que "perturbam a igreja e sacrifica, a paz"
1. Orgulho espiritual 4. Falta de controle próprio
2. Desejo de mandar 5. Preconceito
3. Desejo ambicioso por 6. Instabilidade e falta de discernimento
 honra e posição
5T,44 Membros que não assumem responsabilidades
8T,22 Falta de oração pelo Espirito Santo
8T,83 Maledicências e maquinação do mal
Evangelismo, 326 Improvisos e falta de organização
Página 24 de 49 
 
Segundo ele, a semente não trabalha para crescer. O fazendeiro não produz 
crescimento. Tudo que ele faz é criar condições saudáveis para a semente: bom solo, 
muita água e um ambiente livre de ervas. De igual maneira, a igreja não cresce porque 
usa determinadas metodologias; mas quando essas metodologias são misturadas com 
um solo fértil, água e luz solar, o crescimento será espontâneo. Ellen White endossa a 
união do esforço humano e divino na obra de salvar almas: 
“O mundo material está sob o governo de Deus. A natureza obedece às leis 
naturais. Tudo fala e atua em harmonia com a vontade de Deus. Nuvem e 
Sol, orvalho e chuva, vento e tempestade, tudo está sob a 
superintendência de Deus e presta obediência implícita a Seu mandado. 
Em obediência à lei ou à vontade do Altíssimo, é que o caulículo da 
semente rompe pelo solo, “primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, 
o grão cheio na espiga”. Mar. 4:28. A estes, Deus desenvolve em sua 
estação própria, pois não se opõem à Sua operação”. Parábolas de Jesus, p. 
82 
Mais tarde, ela comenta a operação dos princípios da natureza no crescimento da 
igreja: 
“E, ao lidar com os homens, manifesta os mesmos princípios que são 
manifestados no mundo natural. As benévolas ações da natureza não se 
realizam por meio de interposições abruptas e estarrecedoras; não se 
permite aos homens tomar o trabalho dela em suas próprias mãos. Deus 
age pela ação calma e regular das leis que designou. Assim é com as coisas 
espirituais”. Testemunhos para ministros e obreiros evangélicos, p. 189-
190 
O objetivo desta seção é contextualizar o processo do Desenvolvimento Natural da 
Igreja para as congregações adventistas, com sugestões práticas para os líderes 
interessados em entender e aplicar esses princípios. Ellen White menciona a 
importância de termos igrejas saudáveis para o crescimento. Assim como ela descreve 
os “oito remédios naturais” para uma boa saúde, as “oito marcas de qualidade” 
poderíam ser uma boa conexão entre a saúde física e a saúde da igreja. Para Ellen 
White, boas raízes produzem bons frutos: 
a. “A fim de que a igreja seja sadia, deve ela ser composta de cristãos sadios. Em 
nossas igrejas e instituições, porém, há muitos cristãos enfermiços.” Conselhos 
sobre saúde, p. 592 
b. “Uma igreja em estado doentio e enfermiço revela uma igreja adversa ao 
trabalho, temendo que a negação do eu possa ser requerida.A presença do 
Senhor é sempre vista onde cada energia da igreja é despertada para atender 
às responsabilidades espirituais.” Notebook leaflets from Elmshaven library, v. 
1, p. 99 
c. “Tivesse a igreja estado em condição saudável, ela poderia ter enviado uma 
corrente vitalizadora para esse braço do corpo. Mas a igreja estava enfermiça, 
não tinha o favor de Deus, e não desfrutava da luz de Seu semblante. Uma 
influência doentia e mortal circulava pelo corpo até que a enfermidade se 
Página 25 de 49 
 
tomou aparente em todas as partes.” Testimonies for the church at Battle 
Creek, p. 42. 
d. “Será saudável e próspera a igreja cujos membros estiverem fazendo ativos 
esforços pessoais para fazer bem a outros, para salvar vidas.” Cuidado de Deus, 
p. 119. 
Que medidas podem ser adotadas para se ter uma igreja saudável? Em seu guia de 
estudos sobre o desenvolvimento natural da igreja, Logan, Clegg e Buller mencionam 
dicas práticas sobre as “oito marcas de qualidade” que servirão como características 
básicas a serem analisadas em sua igreja.32 
 
1-LIDERANÇA CAPACITADORA 
O QUE É LIDERANÇA CAPACITADORA? 
É a habilidade concedida por Deus para governar os membros da igreja de tal maneira 
que eles obedeçam voluntariamente ao desígnio de Deus e cumpram Seus planos (Rm 
12:8; 1 Ts 5:12; 1 Tm 5:17). Cristo selecionou e capacitou líderes que, por sua vez, 
deveríam treinar os membros para o ministério da igreja (Ef 4:11-16; 2 Tm 2:2). 
“Ao trabalhar em lugares onde já se encontram alguns na fé, o pastor deve 
não buscar tanto, a princípio, converter os incrédulos, como exercitar os 
membros da igreja para prestarem cooperação proveitosa. Trabalhe com 
eles individualmente, tentando despertá-los para buscarem eles próprios 
experiência mais profunda, e trabalharem por outros. Quando estiverem 
preparados para apoiar o pastor mediante orações e serviços, maior êxito 
há de lhe acompanhar os esforços.” Obreiros evangélicos, p. 196 
“Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos. Seus 
membros devem ser instruídos em dar estudos bíblicos, em dirigir e 
ensinar classes da Escola Sabatina, na melhor maneira de auxiliar os pobres 
e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos não-convertidos... Não somente 
deve haver ensino, mas trabalho real, sob a direção de instrutores 
experientes. Que os mestres vão à frente no trabalho entre o povo, e 
outros, unindo-se a eles, aprenderão em seu exemplo. Um exemplo vale 
mais que muitos preceitos.” A ciência do bom viver, p. 149 
“Os ministros não devem fazer o trabalho que pertence à igreja, cansando 
a eles mesmos e impedindo outros de realizar seu dever. Eles deveríam 
ensinar os membros a como trabalhar na igreja e na comunidade”. 
Historical sketches of the foreigh mission of the S. D. A., p. 291 
 
 
32
 Logan, Robert E., Thomas T. Clegg e Jeannetter Buller (1998). Releasing Your Church Potential: A 
natu-ral church developmentresource kit f o r pastors a n d church leaders guidebook. ChurchSmart 
Resources (1-9). 
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PRATICANDO A LIDERANÇA CAPACITADORA 
 Tome-se aquele que capacita os outros 
 Capacite os outros comunicando a visão 
 Capacite os outros através da mobilização 
 Capacite os outros através do coaching (treinamento) 
TORNE-SE AQUELE QUE CAPACITA OS OUTROS 
1. Andar com Deus é o primeiro passo para uma liderança efetiva. 
a. Capacitar líderes requer um relacionamento vibrante, crescente, 
dinâmico e interativo com Deus. 
b. Habilidade de liderança sem vitalidade espiritual é inútil. 
2. Líderes efetivos crescem continuamente através de: 
a. Formação de caráter. 
b. Relacionamento autêntico. 
c. Desenvolvimento de habilidades. 
d. Educação contínua. 
3. Líderes capacitadores enfatizam o discipulado através de relacionamentos 
autênticos. 
a. A família. 
b. As pessoas sem igrejas. 
c. A comunidade da igreja. 
CAPACITE OS OUTROS COMUNICANDO A VISÃO 
1. Comunicação com Deus precede a comunicação com pessoas. 
a. A visão não enxerga apenas necessidades e oportunidades, mas tira 
tempo para conhecer a perspectiva e direção de Deus. 
b. Deus já está trabalhando. Descubra onde e convide pessoas para se 
unirem a Ele. 
c. Pessoas são motivadas pela visão, não pela necessidade. A visão ajuda 
as pessoas a focalizar sua energia para atender as necessidades. 
2. Comunique a visão continuamente. Onde não há visão, a energia da igreja é 
liberada em maledicências, calúnias, disputas, etc. Sem visão, as pessoas se 
desencorajam, pois não podem ver onde estão indo nem medir seu progresso. 
Billy Graham conta a história de uma ocasião em que Albert Einstein embarcou 
em um trem. Ao verificar seus bolsos para entregar o bilhete ao condutor 
percebeu que o tinha perdido. Porém, o condutor, reconhecendo o famoso 
jurista, disse-lhe: “Ok, Dr. Einstein, não tem problema, eu creio que o Sr. 
perdeu seu bilhete. Vou desconsiderar o fato e deixá-lo viajar”. Einstein 
respondeu: “Senhor, você não percebeu meu problema. Se eu não encontrar o 
bilhete, não saberei para onde estou indo. ” Muitas igrejas não sabem para 
onde estão indo, e a visão é importante para definir o rumo da igreja. 
a. Viva a visão pessoalmente. 
b. Fale com entusiasmo e convicção. 
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c. Use variedade de métodos, imagens e exemplos para comunicar a visão. 
Conte histórias para dar vida. 
 
3. Estabelecer alvos coloca pés na visão 
a. Alvos e objetivos definem o que você quer realizar e quando deseja ver 
isso acontecer. 
b. Bons alvos devem ser mensuráveis, específicos, realísticos e 
desafiadores. 
c. Cada alvo deve ter vários objetivos e tempo de execução. 
CAPACITE OS OUTROS ATRAVÉS DA MOBILIZAÇÃO 
1. A prioridade da liderança é equipar os outros para realizar o ministério. Seus 
ministérios só crescerão com o desenvolvimento da sua liderança. 
2. Cultive uma atmosfera para a mobilização. 
a. O princípio da expectativa: anuncie vitórias, seja otimista, confiante em 
Deus. 
b. Uma atmosfera de liderança saudável precisa de afirmação: 
 acreditar nas pessoas 
 dar permissão para inovar 
 dar liberdade para falhar 
 dar incentivos para tentar 
3. Identifique líderes em potencial que têm fé e discernimento. 
a. Procure evidências de dons nos líderes em potencial.... Os dons podem 
não estar ainda completamente desenvolvidos. 
b. Procure caráter ao invés de posição social... Eles podem ser líderes no 
mundo, mas isso não significa liderança espiritual. 
c. Procure obediência ao invés de conhecimento.... Praticar o 
conhecimento é melhor do que saber demais. 
d. Procure pessoas que desejam aprender ao invés de pessoas com 
experiência... Alguém que “já fez antes” pode não estar aberto a uma 
nova maneira de fazer as coisas. 
e. Procure pessoas disponíveis ao invés de pessoas ocupadas.... Alguns 
líderes já carregam muitas cargas. Encontre pessoas que estão prontas 
para novos desafios. 
4. Não seja muito exigente com a liderança. 
a. Você não pode esperar que os líderes em potencial demonstrem a 
maturidade dos líderes experientes. A maturidade vem com a jornada. 
b. Desenvolva oportunidades para avaliar o nível de liderança, tal como 
um pequeno grupo. 
c. Use o método de treinamento que Jesus usou: seleção, associação, 
capacitação, supervisão e comissão. 
5. Equipe os líderes través de equipes ou grupos de desenvolvimento, 
a. Benefícios de uma equipe efetiva: 
 Evita que os líderes se sintam isolados 
 Provê um lugar de aprendizado mútuo 
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 Permite que cada pessoa opere na área em que possui um dom 
 Treina líderes para trabalhar em cooperação com outros. 
 
CAPACITE OS OUTROS ATRAVÉS DE COACHING E SUPERVISÃO 
1. O coach (treinador) ajuda outros líderes a desenvolver o seu potencial 
a. Observando seus líderes em ação regularmente. 
b. Destacando áreas em que devem melhorar.c. Treinando outros para realizar o ministério. 
d. Providenciando os recursos necessários para a realização das tarefas. 
2. Agenda de supervisão 
a. Determine projetos e progresso. 
b. Descubra necessidades e prioridades. 
c. Faça perguntas e clarifique os próximos passos. 
d. Celebre pequenas vitórias. 
e. Ore com as pessoas. 
 
2-MINISTÉRIO ORIENTADO PELOS DONS 
O Espírito Santo soberanamente dá a todo cristão dons espirituais para a construção 
do Reino de Deus. Os líderes da igreja têm a responsabilidade de ajudar os crentes a 
descobrir, desenvolver e exercitar seus dons em ministérios apropriados para que o 
corpo de Cristo cresça e seja construído em amor. 
“Deus tem posto na igreja vários dons. Estes são preciosos, em seu devido 
lugar, e a todos é dado ter uma parte na obra de preparar um povo para a 
próxima vinda de Cristo.” Obreiros evangélicos, p. 481 
“A maior causa de vossa enfermidade espiritual como um povo é a falta de 
fé genuína nos dons espirituais. Se todos eles recebessem esse tipo de 
testemunho em completa fé, removeríam aquelas coisas que desagradam 
a Deus, e todos se aproximariam em união e força. E três quartos do 
trabalho ministerial agora usado para ajudar as igrejas poderiam ser 
poupados para a obra de plantar igrejas em novos campos.” Adventist 
Review and Sabbath Herald, 14 de janeiro de 1868 
“A melhor ajuda que os pastores (líderes) podem prestar aos membros de 
nossas igrejas não consiste em pregar-lhes sermões, mas em planejar 
trabalho para que o façam. Dai a cada um algo para fazer em prol de 
outros. ... Se posto a trabalhar, o desanimado logo esquecerá o seu 
desânimo; o fraco ficará forte; o ignorante, inteligente; e todos aprenderão 
a apresentar a verdade tal qual é em Jesus Testemunhos seletos, v. 3, p. 
323 
PRATICANDO OS MINISTÉRIOS ORIENTADOS PARA OS DONS 
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 Entenda os dons espirituais 
 Descubra os seus próprios dons 
 Ajude os outros a descobrir seus dons 
 Implemente um processo de mobilização através dos dons 
ENTENDA OS DONS ESPIRITUAIS 
1. Todo crente é chamado para ser um ministro usando seus dons espirituais 
(Isaías 61:6; 1 Pedro 2:9) 
a. Embora haja diversidade de dons - 1 Co 12:4,8-11, pelo menos um dom 
é dado a cada pessoa (1 Co 12:7, 1 Pe. 4:10). 
b. Não há dons superiores e inferiores. Como Paulo disse em sua analogia, 
o olho não pode dizer que é mais importante que a mão, ou a cabeça 
dizer que é mais importante que a mão (1 Co 15-23). 
c. Deus não nos concede um dom espiritual completamente maduro. Ele 
precisa ser desenvolvido pelo uso. 
2. Os líderes de Deus devem mobilizar o Corpo de Cristo. 
a. “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para 
evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar 
os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja 
edificado” (Efésios 4:11-12). 
b. A prioridade do líder é ajudar os membros a descobrir, desenvolver e 
usar seus dons espirituais para discernir o chamado que Deus lhes deu. 
3. Quando as pessoas usam os seus dons, elas têm mais entusiasmo, eficiência e 
realização. 
DESCUBRA SEUS PRÓPRIOS DONS ESPIRITUAIS 
1. Confirme os seus dons. Faça a si mesmo as seguintes perguntas: 
a. Alegria. Que atividades lhe trazem realização e satisfação? 
b. Resultados. Onde você tem sido mais eficiente? Que ministérios são 
mais fáceis para fazer? 
c. Confirmação. Em que atividades os membros o elogiam e afirmam? 
2. Avalie seu temperamento e personalidade (Myers-Briggs). 
3. Identifique sua paixão. O dicionário a define como “um sentimento forte, uma 
acentuada predileção por alguma coisa. ” (Michaelis, 1998, p. 1529). A paixão é 
um desejo que Deus coloca em nosso coração de fazer a diferença em algum 
lugar. Exemplo: Trabalhar com jovens, idosos, uma tarefa especial ou uma 
causa específica. 
AJUDE OS OUTROS A DESCOBRIR SEUS DONS 
1. Desenvolva uma rede de líderes para ajudar a guiar as pessoas a ministérios 
apropriados, 
a. Mobilize e treine consultores do ministério para orientar as pessoas. 
2. Ajude as pessoas a discernirem e desenvolverem seus dons. 
a. Ensine e confirme os dons espirituais. 
b. Avalie personalidades e temperamentos. 
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c. Avalie a situação da vida de cada um. 
d. Enfatize o chamado deles. 
3. Use os Pequenos Grupos para mobilizar pessoas para o ministério 
a. Os PGs providenciam um lugar onde as pessoas podem conhecer umas 
às outras de maneira a identificar seus dons. 
b. Os PGs também providenciam um ambiente seguro, descontraído, onde 
as pessoas podem usar os seus dons. 
c. Como os líderes dos PGs podem alocar pessoas em seus ministérios: 
 Identificando os seus dons 
 Desafiando-as a usar o dom 
 Envolvendo-as no ministério 
 Celebrando as conquistas 
IMPLEMENTE UM PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO DE DONS 
1. Avalie a efetividade da sua mobilização 
a. Existem oportunidades para cada dom ser utilizado? 
b. Existem atividades para todos os ministérios descritos? 
c. 40-50% dos membros estão envolvidos em atividades externas? 
2. Ensine as pessoas sobre os dons. 
3. Pense em como você pode assegurar que todos os membros do grupo recebam 
instruções sobre os dons espirituais: 
 Classes para visitantes 
 Oficinas sobre dons espirituais 
 Materiais de estudo (livros, CDs, DVDs, etc) 
4. Ajude as pessoas a descobrirem seus dons em treinamentos através de... 
a. Atividades práticas. 
b. Oficinas avançadas sobre os dons espirituais. 
c. Testes e aconselhamentos. 
 
3-ESPIRITUALIDADE CONTAGIANTE 
Uma igreja saudável ama a Cristo e está disposta a viver esse compromisso no dia a 
dia. A carência dessa marca apareceu na igreja primitiva no final do primeiro século, 
quando João denunciou a perda do primeiro amor da igreja de Efeso (Ap 2:4). Esse 
também é o problema da igreja nos dias finais do mundo (Ap 3:14-22). Para Jesus, a 
espiritualidade representava o contraste com o formalismo farisaico dos judeus (Mc 
12:30). 
“Quem possui nosso coração? Com quem estão nossos 
pensamentos? Sobre quem gostamos de conversar? Quem é o objeto 
de nossas mais calorosas afeições e nossas melhores energias? Se 
somos de Cristo, nossos pensamentos com Ele estarão, e nEle se 
concentrarão as nossas mais doces meditações. Tudo que temos e 
somos a Ele será consagrado. Almejaremos trazer a Sua imagem, 
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possuir Seu Espírito, cumprir Sua vontade e agradar-Lhe em todas as 
coisas.” Caminho para Cristo, p. 58 
“Ensinem os pastores aos membros da igreja que, a fim de crescer 
em espiritualidade, devem levar o fardo que o Senhor sobre eles pôs 
- o encargo de conduzir almas à verdade. Aqueles que não estão 
fazendo face a suas responsabilidades devem ser visitados, orando-se 
e trabalhando-se com eles. Não leveis o povo a descansar em vós 
como pastores; ensinai-lhes antes que devem usar seus talentos em 
comunicar a verdade aos que os rodeiam. Trabalhando assim, hão de 
ter a cooperação dos anjos celestes, e obterão uma experiência que 
lhes acrescentará a fé, tomando-os firmes em Deus.” Obreiros 
evangélicos, p. 200 
PRATICANDO A ESPIRITUALIDADE CONTAGIANTE 
 Ame a Deus “de todo coração, mente, corpo e alma” 
 Desenvolva uma paixão pessoal e corporativa por 
 Deus Conecte a espiritualidade com a missão 
AME A DEUS “DE TODO CORAÇÃO, MENTE, CORPO E ALMA” 
1. Nossa justiça precisa ser melhor que a dos fariseus, 
a. Sintomas mortais do farisaísmo: 
 Amor sem ação 
 Ocupação sem propósito 
 Dons naturais sem poder espiritual 
 Teologia sem espiritualidade adequada 
 “A justiça de Cristo não é uma capa para encobrir pecados não 
confessados e não abandonados; é um princípio de vida que transforma 
o caráter e rege a conduta... é a completa entrega do coração e da vida 
para habitação dos princípios do céu. ” Desejado de todas as Nações, p. 
555-556 
2. Tipicamente, a espiritualidade é

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