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Anestésicos Locais CONCEITO: São um conjunto de substâncias químicas localmente aplicadas, com estruturas moleculares semelhantes, capazes de inibir a percepção de sensações (sobretudo a DOR); A anestesia local consiste no bloqueio reversível e temporário da condução nervosa, sem a alteração dos níveis de consciência. ANESTESIA X ANALGESIA: Anestésicos locais são inibidores INESPECÍFICOS das vias sensoriais periféricas (incluindo a dor), autonômicas e motoras. Analgésicos são inibidores ESPECÍFICOS das vias de dor. altera as sinapses tanto pré-sinápticas como pós-– sinápticas; hiperpolariza a membrana; abertura dos canais de K+; maior influxo de K+; impede que a condução da dor aconteça. Os anestésicos locais, tem diversas aplicações clínicas: • Aplicação tópica; • Tratamentos odontológicos; • Bloqueio epidural; HISTÓRICO: • As folhas coca são mastigadas há centenas de anos pelos índios sul-americanos, causando o entopercimento da boca e língua; • A cocaína foi isolada por Albert Niemann e Wihelm Lossen em 1860; • Sigmund Freud tentou fazer o uso do poder “energizante’ da cocaína e deu a substância para o oftalmologista e amigo, Carl Koller; • Koller, em 1884, relatou a atividade anestésica da cocaína em cirurgias de córneas em animais; Em poucos anos, a cocaína passou a ser utilizada como anestésico local na cirurgia geral; Devido a toxicidade cardiovascular e para o SNC, a cocaína deixou de ser utilizada como anestésico local. (inibe a recaptação de noradrenalina causando acúmulo nas fendas sinápticas, e vicia) Pesquisa de novos anestésicos síntese da – PROCAÍNA (1892). • Protótipo dos amino-ésteres por quase meio século. Lidocaína: • Sintetizada em 1943, por Nils Lofgren NOVA ERA DOS ANESTESICOS LOCAIS: AMINO- AMIDAS; (menor efeito toxico, menor potencial de causar alergia). Desde a sua síntese, a lidocaína foi rapidamente incorporada à prática clínica como anestésico de primeira escolha; → Segurança, potência, ação rápida e eficácia ao ser infiltrada nos tecidos. GREGO: GREGO: an SEM– aisthesis SENSAÇÃO– ASPECTOS QUÍMICOS: OS DOIS GRUPOS TEM: • radical aromático porção – hidrofóbica da molécula; • grupo amino porção – hidrofilica; o que diferencia a classe é a ligação intermediária. LIPOSSOLUBILIDADE POTÊNCIA:– ANESTÉSICO LOCAL LIPOSSOLUBILIDADE POTÊNCIA LIDOCAÍNA 366 1 BUPIVACAÍNA 3420 4 • A lipossolubilidade é um fator determinante da potência. • Quanto maior a potência, maior a toxicidade. GRAU DE IONIZAÇÃO (pKa): • protonada (BH+) • não protonada (B) Anestésicos locais são bases fracas; (mais ou menos básico) pKa: diz o pH no qual a metade do farmaco vai está na forma ionizada ou não. IMPORTANCIA: • forma não protonada: mais facilidade de atravessasr a membrana; • forma ionizada: não atravessa IONIZAÇÃO (pKa) LATÊNCIA: – ANESTÉSICO LOCAL Pka % ionizada em pH 7,4 INÍCIO DE AÇÃO LIDOCAÍNA 7,9 76 RÁPIDO BUPIVACAÍNA 8,1 83 LENTO LIDOCAÍNA: o meio onde o ph é 7,9, metade do fármaco é encontrado ionizado, e metade não ionizado. CONSEQUENCIA: lidocaína apresenta maior % acessa mais rápido o local – de ação e a atividade anestésica é mais rápida. • Latência: é o tempo que o anestésico leva pra começar a exercer seu efeito farmacológico. ESTÉRES X AMIDAS: ESTERES: - são rapidamente inativados no plasma e nos tecidos por esterases inespecíficas; → encurta o efeito dos anestésicos → quando metabolizado, produz o ácido paraminobenzoico (mais propenso a causar alergias) AMIDAS: - mais estáveis, - metabolização no fígado (citocromo p450); - meias-vidas plasmáticas mais longas; - menor potencial alérgico.
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