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Capítulo 5
Relatórios de 
acompanhamento e 
monitoramento
As ferramentas para acompanhamento da execução do PBA, moni-
toramento do desempenho ambiental do empreendimento e fiscaliza-
ção da realização das atividades foram apresentadas e discutidas no 
capítulo anterior. Aqui, serão tratadas as formas de registro dos resulta-
dos obtidos por meio da aplicação dessas ferramentas – os relatórios. 
Os relatórios podem ser construídos de maneiras diversas, dependendo 
dos aspectos ambientais que estão sendo monitorados, do programa 
ambiental em questão, da periodicidade da coleta de dados e dos objeti-
vos principais e público-alvo aos quais estão voltados. Apresentar essa 
diversidade de tipos de relatórios de acompanhamento e monitoramen-
to é um dos objetivos deste capítulo.
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aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
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Plano Básico Ambiental e monitoramento
Uma vez que na legislação não há uma definição única e restrita so-
bre como devem ser desenvolvidos os relatórios, o grau de detalhamen-
to dos dados ou de aprofundamento de análises que devem conter, ou 
mesmo a periodicidade com que devem ser produzidos, este capítulo 
contempla genericamente os tipos de relatórios mais comumente en-
contrados nos processos de licenciamento, relacionando-os às periodi-
cidades distintas para cada tipo.
Essa abordagem difusa do tema pela legislação ambiental também 
é aqui apresentada e discutida, procurando mostrar os principais regu-
lamentos legais para a elaboração e apresentação desses relatórios de 
acompanhamento e monitoramento, bem como a escassez de deter-
minações claras e específicas, na legislação, desses documentos cuja 
apresentação e aprovação condiciona a emissão da LO e a renovação 
de licenças (LI e LO).
1 Requisitos legais
Conforme mencionado em capítulos anteriores, o processo de licen-
ciamento dá pouca atenção às fases posteriores à emissão da LI, quando 
devem ser implementadas as ações mitigadoras previstas no EIA e no de-
talhamento dos programas ambientais apresentado no PBA, apesar de o 
monitoramento ambiental realizado nessas etapas ser fundamental para 
a eficiência das medidas de mitigação e controle dos impactos.
A fase pós aprovação [...] constitui negligência no sistema de AIA. 
[...] Regra geral, os dados de monitoramento são executados, apre-
sentados e avaliados apenas no momento de solicitação de novas 
licenças, seja a licença para a etapa posterior, seja a renovação da 
licença de operação. Ainda assim, não é dada a devida importância 
aos programas de monitoramento ambiental, sendo eles transferi-
dos à categoria de uma nova condicionante para a próxima licença. 
(KAKINAMI, 2010, p. 18)
89Relatórios de acompanhamento e monitoramento
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Essa incúria é verificada também na legislação que trata do licencia-
mento ambiental. A necessidade de apresentação dos programas am-
bientais detalhados, reunidos no PBA, é bem definida para a requisição 
da LI. Mas a abordagem quanto aos relatórios de acompanhamento e 
monitoramento dos programas ambientais não é direta na legislação, 
ficando, muitas vezes, subentendida.
A necessidade de monitoramento e controle dos impactos, realiza-
dos por meio da execução das ações e programas ambientais previstos 
e comprovados pelos relatórios respectivos, pode ser compreendida na 
Política Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 1981), mas não é estabe-
lecida propriamente. Entre os seus objetivos, a PNMA visa à compati-
bilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da 
qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico (BRASIL, 1981, 
art. 4o, inciso I), e os empreendimentos ou atividades que não cumpri-
rem as medidas necessárias à preservação ou correção dos inconve-
nientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental 
estarão sujeitos a multa, ao dever de reparação e até mesmo à sus-
pensão das atividades, entre outras penalidades (BRASIL, 1981, art. 14). 
Sendo os relatórios de andamento da execução do PBA instrumentos 
que permitem atingir tal objetivo da lei e comprovar seu atendimento, 
indiretamente é notada a sua importância e necessidade.
A Resolução Conama no 237/1997 (BRASIL, 1997), que regulamenta 
os aspectos do licenciamento ambiental estabelecidos na PNMA, es-
tabelece que a aprovação dos planos, programas e projetos, incluindo 
as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, constitui 
motivo determinante à emissão da LI; e somente com a verificação do 
efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as me-
didas de controle ambiental e condicionantes determinados para a ope-
ração, é possível a emissão da LO (BRASIL, 1997, art. 8o). Os relatórios 
de acompanhamento e monitoramento dos programas ambientais não 
são propriamente mencionados, novamente entendendo-se, apenas, 
que se tratam de instrumentos que permitem a verificação do atendi-
mento às condicionantes das licenças.
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Plano Básico Ambiental e monitoramento
É na alteração da PNMA, gerada pela Lei no 10.165/2000 (BRASIL, 
2000), que a obrigatoriedade de apresentação de um relatório anual 
das atividades aparece claramente pela primeira vez (BRASIL, 2000, 
art. 17-C, parágrafo 1o):
O sujeito passivo da TCFA é obrigado a entregar até o dia 31 de 
março de cada ano relatório das atividades exercidas no ano ante-
rior, cujo modelo será definido pelo IBAMA, para o fim de colaborar 
com os procedimentos de controle e fiscalização. 
Essa lei estabelece tal obrigatoriedade de apresentação de relatório 
anual para aquelas atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras 
de recursos ambientais estabelecidas no Anexo VIII da Lei no 6.938/1981 
(BRASIL, 1981), cujos responsáveis são sujeitos passivos da Taxa de 
Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA).
Ainda que não haja menção de programas ambientais ou PBA no 
artigo citado da Lei no 10.165/2000 (BRASIL, 2000), é possível veri-
ficar a relação entre ambos, sendo os relatórios de andamento dos 
PBA consolidados anualmente comprovações de parte das atividades 
exercidas e ferramentas que colaboram para o controle e fiscalização 
dos órgãos ambientais.
Na Instrução Normativa no 184/2008 (IBAMA, 2008), que estabelece 
os procedimentos para o licenciamento ambiental federal, está estipu-
lada a obrigatoriedade de apresentação de um relatório de implantação 
dos programas ambientais quando da solicitação da LO (art. 32), mas 
apenas na forma de um relatório final; não são mencionados relatórios 
intermediários ou suas periodicidades.
Em instrumentos legais voltados à regulamentação do licenciamento 
de tipologias de empreendimentos específicas, os programas também 
são claramente mencionados apenas como documentos a serem apre-
sentados quando da requisição da LI: para sistemas de transmissão de 
energia, por exemplo, deve ser apresentadoo Relatório de Detalhamento 
dos Programas Ambientais (RDPA), no licenciamento simplificado, ou o 
PBA, no licenciamento completo (BRASIL, 2011b). Para a emissão da LO, 
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basta a observância do cumprimento das condicionantes da LI, das quais 
geralmente a execução dos programas conforme PBA aprovado faz par-
te. Ou, nos casos de regularização ambiental, a apresentação do Relatório 
de Controle Ambiental, que é um documento equivalente ao PBA, no qual 
são apresentados os programas e planos ambientais a serem implemen-
tados, como para sistemas de transmissão de energia (BRASIL, 2011b) e 
para portos e terminais portuários (BRASIL, 2011c).
Algumas indicações da necessidade de relatórios de acompanha-
mento dos programas e monitoramento ambiental se fazem presentes 
na legislação específica. No licenciamento simplificado de sistemas de 
transmissão de energia, a Portaria MMA no 421/2011 (BRASIL, 2011b) 
determina, em seu art. 14, que o empreendedor deve comunicar ao órgão 
os impactos ambientais que forem identificados durante a implantação 
e operação do empreendimento e que não haviam sido previstos nos es-
tudos anteriores – e isso pode ser detectado na análise dos resultados 
encontrados durante a execução dos programas ambientais, geralmente 
apresentada em seus relatórios de andamento. No Programa Federal de 
Apoio à Regularização e Gestão Ambiental Portuária, consta a obrigato-
riedade de atualização periódica das informações relativas à regulariza-
ção e gestão ambiental dos portos e terminais participantes, conforme 
Portaria Interministerial MMA/SEP/PR no 425/2011 (BRASIL, 2011a), art. 
3o, parágrafo 3o, mas não fica claro se tratar de relatórios de andamento 
dos programas e não é definida a periodicidade dessas atualizações.
Alguns programas podem ter critérios e diretrizes de monitoramento 
estabelecidos por legislação específica, como é o caso do Programa de 
Recuperação de Áreas Degradadas, que conta com a Instrução Normativa 
ICMBio no 11/2014 (ICMBIO, 2014) para a definição de procedimentos 
para sua elaboração, análise, aprovação e acompanhamento da execu-
ção. Em seu art. 17, essa Instrução Normativa determina que, durante 
a execução do PRAD, sejam apresentados Relatórios de Monitoramento 
anuais, sendo que em alguns casos essa periodicidade pode ser redu-
zida; e em seu Anexo III, a Instrução Normativa apresenta o modelo de 
Relatório de Monitoramento e de Avaliação de Projeto de Recuperação de 
Área Degradada ou Perturbada a ser seguido. Outros programas contam 
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Plano Básico Ambiental e monitoramento
com legislação própria que geralmente define critérios metodológicos, 
malha amostral, parâmetros e limites paramétricos a serem atendidos 
(como monitoramento de ruídos, de emissões atmosféricas, da qualidade 
da água, caracterização de efluentes, plano de atendimento a emergên-
cia, Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório 
Artificial – PACUERA, programa de educação ambiental, resgate do patri-
mônio arqueológico, etc.), mas que não aborda as formas ou frequências 
para apresentação dos relatórios de acompanhamento de sua execução.
Na prática, os tipos de relatórios de acompanhamento da execução 
do PBA e suas periodicidades acabam sendo definidos caso a caso, 
no processo de licenciamento: cada programa constante do PBA apre-
senta sua metodologia e cronograma de execução, incluindo os prazos 
para apresentação de relatórios parciais e consolidados; o órgão am-
biental, com a emissão da LI, aprova as ações e cronograma propostos 
no PBA, deixando clara nas condicionantes da licença a obrigatoriedade 
da execução dos programas – conforme constantes no PBA ou consi-
deradas as alterações eventualmente propostas pelo órgão, descritas 
nas condicionantes da LI. Posteriormente, quando da solicitação da LO 
e renovações, o mesmo procedimento é realizado, e a apresentação de 
relatórios de execução daqueles programas pertinentes à fase de ope-
ração passa a ser condicionante da LO.
2 Tipos de relatórios (internos e externos)
Os relatórios de acompanhamento dos programas ambientais po-
dem ser emitidos de diferentes formas e com diferentes frequências, 
dependendo do que se objetiva com o reporte.
Usualmente, o empreendedor contrata serviços de consultores espe-
cializados para a execução de cada programa ambiental e um relatório 
interno é entregue como forma de relatar as atividades desenvolvidas, 
apresentar os resultados encontrados e relacioná-los às atividades do 
empreendimento, discutindo a eficiência das medidas adotadas para 
controle, mitigação e/ou compensação dos impactos.
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Nesses casos, os relatórios costumam apresentar estruturas distin-
tas, dependendo dos responsáveis pela sua elaboração, sendo que há 
uma estrutura básica seguida por quase todos: na apresentação ou in-
trodução, o relatório é contextualizado, sendo referido o programa de que 
trata, a justificativa para sua execução, seus objetivos; na metodologia ou 
atividades desenvolvidas são descritas as ações que foram implementa-
das e os métodos utilizados para tanto, bem como para a mensuração 
dos indicadores definidos para avaliação de sua eficácia; nos resultados 
são apresentados os dados obtidos, ou observações realizadas.
Quando se trata de relatórios parciais, que pretendem apenas repor-
tar as atividades desenvolvidas e dados coletados, essa estrutura se 
mantém mínima, especialmente quando esses relatórios são emitidos 
com frequência relativamente alta, como uma vez ao mês ou quando 
são gerados a partir de sistemas automáticos de coleta de dados, como 
estações de medição de emissões atmosféricas, por exemplo.
Programas que têm atividades mais esporádicas (por exemplo, um 
monitoramento da vegetação remanescente no entorno de um reserva-
tório hidrelétrico no qual são previstas amostragens semestrais) geral-
mente apresentam relatórios de andamento mais completos, contendo 
também a análise dos resultados encontrados, discutindo-se os possí-
veis fatores que levaram a tais resultados, incluindo a influência do em-
preendimento – avaliando, assim, a incidência real dos impactos, pre-
vistos ou não, e a eficácia das medidas propostas para sua mitigação.
Relatórios igualmente completos são apresentados periodicamente 
para aqueles programas que contam com reportes parciais frequen-
tes, e, nesses casos, esses relatórios consolidam uma série de resul-
tados, às vezes trimestral, quadrimestral, semestral ou anualmente, 
dependendo do programa, do empreendimento, da gestão ambiental 
feita pelo empreendedor e/ou das condicionantes da licença. Estes são 
os relatórios consolidados. Neles, a série de resultados parciais é anali-
sada conjuntamente, permitindo vislumbrar uma tendência da qualida-
de ambiental do aspecto avaliado (por exemplo, o aumento ou redução 
dos níveis de ruído ao longo do tempo), demonstrando a interferência 
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Plano Básico Ambiental e monitoramento
do empreendimento ou atividade sobre tal aspecto e a eficácia das me-
didas mitigadoras implementadas. Na figura 1, está representada uma 
das possíveis relações entre os relatórios.
Esses relatórios podem ser direcionados ao empreendedor, a fim de 
subsidiar sua tomada de decisão com relação às atividades geradoras 
de impactos e às medidas requeridas para o controle e mitigação des-
ses impactos ou reparação de danos que possam ter sido causados. E, 
quando assim o for, é importante que os relatórios sejam o mais com-
pleto e detalhado possível.
Figura 1 – Possível relação entre alguns tipos de relatórios de acompanhamento do PBA
Tomador 
de decisão
Relatório de 
Desempenho 
Ambiental do 
Empreendimento
Recebimento pelo gestor do empreendimento 
(decisões de gerenciamento interno) ou pelo 
órgão ambiental (decisões quanto à emissão 
de licença ou aplicação de penalidades)
Programa 1:
relatório 
consolidado
Ano 1
Programa 2:
relatório 
consolidado
Ano 1
Programa 2:
1o relatório 
semestral
Programa 2:
2o relatório 
semestral
Programa 1:
6o relatório 
parcial de 
atividades
Programa 1:
5o relatório 
parcial de 
atividades
Programa 1:
4o relatório 
parcial de 
atividades
Programa 1:
3o relatório 
parcial de 
atividades
Programa 1:
2o relatório 
parcial de 
atividades
Programa 1:
1o relatório 
parcial de 
atividades
Relatório anual de desempenho ambiental, 
contém análises e pode conter propostas 
de ação, elaborado pela equipe de gestão 
ambiental do empreendimento
Relatórios anuais consolidados, contêm 
resultados e análises, elaborados por 
equipe técnica especializada
Relatórios semestrais, contêm 
resultados e análises, elaborados 
por equipe técnica especializada
Relatórios bimestrais, contêm resultados, 
elaborados por equipe técnica especializada
95Relatórios de acompanhamento e monitoramento
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Como os relatórios detalhados costumeiramente são elaborados por 
equipes de técnicos especializados, a linguagem utilizada também aca-
ba sendo bastante técnica e, muitas vezes, o empreendedor tomador 
de decisão não possui a compreensão necessária dos termos. Daí a 
importância de uma equipe interna de gestão ambiental do empreendi-
mento que possua o conhecimento necessário para a interlocução com 
os especialistas e elaboração de soluções e medidas a serem apresen-
tadas para orientação do tomador de decisão. A comunicação entre os 
gestores ambientais do empreendimento e o administrador também é 
feita por meio de relatórios de monitoramento ambiental. Os relatórios 
podem ser resumidos, apresentando um balanço do desempenho am-
biental do empreendimento, enfocando os pontos que merecem maior 
atenção ou demandem redirecionamento das estratégias de ação ou 
mesmo do gerenciamento das atividades do empreendimento propria-
mente ditas. Assim, não necessariamente serão abordados todos os 
aspectos ambientais que vêm sendo acompanhados, mas sim destaca-
dos somente aqueles para os quais foram detectadas alterações.
Relatórios similares, apresentando o balanço de atividades desenvol-
vidas e o desempenho ambiental do empreendimento como um todo, 
também podem ser produzidos com a finalidade de divulgar publica-
mente a responsabilidade ambiental do empreendimento, como uma 
forma de propaganda ou de prestação de contas à população ou a 
instituições parceiras ou financiadoras. Quando forem estes os obje-
tivos, deve estar presente a preocupação com a linguagem acessível a 
pessoas sem o conhecimento técnico especializado.
NA PRÁTICA 
Exemplos de relatórios dos programas ambientais desenvolvidos com o 
intuito de divulgar as ações do empreendimento podem ser observados 
no sítio eletrônico da Pequena Central Hidrelétrica – PCH Santa Rosa 
(PCH SANTA ROSA, 2017), localizada no Sul Catarinense. Nesses rela-
tórios, é utilizada uma linguagem simples e direta, menos técnica, e que 
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Plano Básico Ambiental e monitoramento
busca interação com o leitor. Também são utilizados muitos recursos 
visuais, principalmente fotografias, para ilustrar as ações que vêm sen-
do executadas. Dessa forma, a PCH Santa Rosa mantém um canal de 
comunicação aberto com a população e demonstra o cumprimento de 
seus compromissos com o meio ambiente.
 
Para os órgãos licenciadores, os relatórios devem ser consolidados, 
em linguagem técnica, apresentando uma análise conjunta dos resul-
tados obtidos em cada uma das amostragens realizadas dentro do 
período, permitindo avaliar o desempenho ambiental do empreendimen-
to – assim como os relatórios voltados ao gestor do empreendimento 
ou à divulgação pública. Contudo, a equipe de analistas ambientais do 
órgão deve receber todas as informações que permitam a verificação 
do cumprimento dos compromissos ambientais assumidos, das con-
dicionantes das licenças, das atividades e prazos previstos no PBA, da 
legislação vigente. E, por isso, os relatórios consolidados entregues ao 
órgão habitualmente são acompanhados por todos os relatórios par-
ciais emitidos para cada programa, no período.
De acordo com o Ibama (2002), o empreendedor deverá apresentar, 
para a renovação da LO, um Relatório de Desempenho Ambiental do 
Empreendimento no qual esteja demonstrado o atendimento a todas 
as exigências legais e compromissos assumidos nas diversas fases 
do processo:
O relatório a ser apresentado ao IBAMA deverá referir-se a todos 
os elementos indicados como medidas mitigadoras e à situação 
em que se encontram os programas ambientais, apresentados no 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e no Projeto Básico Ambiental 
(PBA), assim como fazer referência a elementos complementares 
que tenham sido incorporados no Relatório de Implantação dos 
Programas Ambientais e do atendimento a eventuais condicionan-
tes para a operação do empreendimento, exigidos pelo IBAMA por 
ocasião da obtenção da LO. (IBAMA, 2002, p. 4-5)
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Todos esses relatórios podem ser considerados relatórios de auto-
monitoramento, sendo preparados pelo empreendedor. A fim de obter 
maior credibilidade, esses relatórios podem ser submetidos a comis-
sões especiais de acompanhamento que contenham diversas institui-
ções envolvidas, direta ou indiretamente, no processo de licenciamento, 
ou, ainda, que contem com representantes comunitários ou de organi-
zações da sociedade civil (SÁNCHEZ, 2013). Como forma de apresentar 
suas análises, considerações, sugestões e conclusões, essas comis-
sões deverão gerar seu próprio relatório de monitoramento, reunindo 
determinado período de atividades.
Há, ainda, como forma de reporte do monitoramento do desempe-
nho ambiental do empreendimento, os relatórios de auditoria ambien-
tal, que podem ser gerados por exigência do órgão licenciador (menos 
comum), por vontade do empreendedor, como forma de verificar não 
somente o desempenho ambiental do empreendimento como também 
a eficiência da equipecontratada no desenvolvimento dos programas 
ambientais, ou por uma exigência de certificação (ex.: ISO 14001). Os 
relatórios de auditoria são geralmente elaborados por uma equipe de 
auditores independentes e não detalharão a execução dos programas 
ambientais, mas farão um resumo do desempenho ambiental do em-
preendimento, focando nos pontos que requerem melhorias.
NA PRÁTICA 
No estado do Ceará, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente 
(SEMACE) requer a apresentação anual do Relatório de Acompanha-
mento e Monitoramento Ambiental (RAMA), um formulário sucinto, 
disponível em endereço eletrônico próprio, a ser preenchido pelo em-
preendedor, devendo constar em seus anexos a documentação com-
probatória da execução dos programas ambientais, como relatórios 
parciais e relatórios fotográficos (SEMACE, 2017). A SEMACE também 
exige dos empreendimentos e/ou atividades utilizadores de recursos 
naturais a apresentação de relatórios de auditorias ambientais de tercei-
ra parte, contratadas pelo empreendedor, em obediência à Lei Estadual 
no 12.148/1993 (GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, 1993).
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Também podem ser considerados como relatório de monitoramento 
ambiental os pareceres técnicos produzidos pelos órgãos licenciado-
res em suas atividades de fiscalização. Esses relatórios não costumam 
ter frequência regular, pois são produzidos em função de demandas ou 
disponibilidade das equipes. Após a realização de vistorias técnicas du-
rante a implantação ou operação do empreendimento, os técnicos do 
órgão elaboram um relatório de fiscalização, apontando o que foi obser-
vado quanto ao cumprimento ou pendências relacionadas à execução 
dos programas e implementação das medidas mitigadoras, de controle 
e/ou compensatórias. Esses relatórios assemelham-se àqueles oriun-
dos de auditorias ambientais, por reportarem somente algumas amos-
tras das ações ambientais do empreendimento e por apresentarem um 
resumo de seu desempenho, sem detalhamento de ações, resultados e 
análises, estando focados nas questões que precisam ser trabalhadas, 
solucionadas ou que requerem melhorias. Os órgãos também podem 
emitir pareceres sobre os relatórios de andamento dos programas am-
bientais apresentados, resumindo os resultados e análises apresenta-
dos e fazendo uma avaliação da adequação das ações executadas, do 
cumprimento dos compromissos assumidos e do desempenho am-
biental do empreendimento.
3 Periodicidade
A periodicidade dos relatórios de andamento do PBA varia de acor-
do com cada programa. Geralmente, os órgãos ambientais solicitam a 
apresentação de relatórios anuais, mas isso não significa que os relató-
rios internos devam atender somente a essa frequência. O usual é que 
seja produzido um relatório após cada etapa de coleta de dados. Assim, 
se um programa de monitoramento de emissões atmosféricas realiza 
amostragens mensais junto às fontes emissoras, são gerados relató-
rios mensais apresentando os resultados encontrados. Posteriormente, 
a cada trimestre, semestre ou ano, é elaborado um relatório consolidado 
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no qual se faz uma avaliação integrada dos dados, com uma análise da 
evolução apresentada, observando-se possíveis tendências nas condi-
ções do ambiente. Essa periodicidade dos relatórios internos acompa-
nhando a frequência de coleta de dados é importante na detecção de 
alterações ambientais o mais imediatamente possível, permitindo que 
ações sejam tomadas para a mitigação do impacto tão logo seja perce-
bida tal necessidade.
Dependendo do aspecto e dos parâmetros analisados, a periodici-
dade da tomada de dados e, consequentemente, da elaboração de rela-
tórios, pode ser maior ou menor. Utilizando novamente o exemplo das 
emissões atmosféricas, em certas atividades, como na moagem de ro-
chas, seu monitoramento deve ser constante, sendo possível detectar 
alterações na qualidade do ar até mesmo diárias, dependendo do local 
monitorado. Em geral, nesses casos são produzidos relatórios mensais 
apresentando os resultados das amostragens.
Contudo, há aspectos e parâmetros que não podem ter alterações 
significativas detectadas em tão curto prazo, e, por isso, são acompa-
nhados de forma mais espaçada no tempo. É o caso do acompanha-
mento do desenvolvimento estrutural de florestas maduras: medições 
da espessura dos troncos das árvores não irão detectar alterações em 
menos de um semestre ou um ano. Assim, não há sentido em se elabo-
rar relatórios de monitoramento com periodicidades inferiores à semes-
tral, ou mesmo anual, para programas que se baseiam em indicadores 
como esse.
Existem casos, ainda, em que alterações podem ser detectadas den-
tro de curtos intervalos e, entretanto, isso atrapalhar na determinação 
do empreendimento como fator gerador dessas alterações. Por exem-
plo, alterações detectadas diariamente em parâmetros da qualidade 
das águas em corpos hídricos de grande volume, como reservatórios 
hidrelétricos, pouco fornecem informações a respeito de alterações per-
sistentes e significativas na qualidade da água, e dificilmente permitem 
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inferir as causas dessas oscilações nos resultados. Amostragens qua-
drimestrais, que levam em conta a sazonalidade climática, importante 
fator de interferência sobre a qualidade das águas, são usualmente ado-
tadas, e permitem a discussão, nos respectivos relatórios, das prováveis 
causas para as alterações que tenham sido observadas – detectando 
se as atividades do empreendimento estão ou não gerando impactos 
sobre a qualidade das águas.
Em todos os casos, faz-se necessário reunir os dados e análises 
executados em intervalos variados em um relatório consolidado para 
o período de 12 meses. Conforme mencionado no subcapítulo 1, a 
periodicidade ordinariamente requerida pelos órgãos ambientais para 
apresentação dos relatórios de acompanhamento e monitoramento 
ambiental é anual.
Considerações finais
Mais que mera formalidade burocrática do processo de licenciamen-
to, os relatórios de acompanhamento e monitoramento das etapas de 
implantação e operação de empreendimentos e atividades potencial-
mente impactantes ao meio ambiente podem constituir-se em ferra-
mentas relevantes para a gestão ambiental de um território.
Obrigação do empreendedor para a obtenção ou renovação das li-
cenças ambientais, os registros devem vincular-se aos parâmetros 
previamente definidos nos Estudos de Impacto Ambiental e nas con-
dicionantes estabelecidas na concessão das respectivas licenças, indi-
cando, quando necessário, as ações de correção indispensáveis para a 
boa qualidade ambiental, justificando-as.
Além de instrumento de avaliação interna e oficial, os relatórios po-
dem ser tornados públicos, de modo a apresentar aos grupos de inte-
resse informações pertinentes à gestão ambiental do empreendimento, 
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por meio dos programas de comunicação social ou de educação am-
biental, como parte de estratégia de relacionamento do empreendedor.
Há, contudo, alguns gargalos que devem ser abordados. A prática 
tem demonstrado que, em geral, o interesse do empreendedor está fo-
cado muito mais na obtenção ou renovação da licença que na gestão 
ambiental, o que afasta a possiblidade de análise crítica que, porven-
tura, o monitoramento dos dados poderia fornecer. Na outra ponta, o 
órgão licenciador, em grande parte das vezes, não possui estrutura para 
viabilizar o acompanhamento pari passu das ações do PBA, restando os 
relatórios apenas vistos e arquivados.
Muitas vezes os relatórios não consolidam as informações nem te-
máticas, nem temporais, constituindo-se em uma coleta e registro de 
dados que não são aproveitados em benefício do próprio empreendi-
mento e, tampouco, para o planejamento regional. Há um custo para 
a obtenção de um grande número de informações que não geram, ne-
cessariamente, conhecimentos acerca do ambiente e/ou da atividade. 
Também o acesso de interessados às informações geradas tem sido 
limitado em razão da precariedade no arquivamento dos dados.
Está colocado, portanto, o desafio de melhorar o processo de gestão 
ambiental dos empreendimentos licenciados, conferindo importância 
ao registro de dados decorrentes do monitoramento do PBA e transfor-
mando informação em conhecimento que contribua para a redução dos 
impactos oriundos de atividades econômicas.
Referências
BRASIL. Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional 
do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá ou-
tras providências. 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
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Plano Básico Ambiental e monitoramento
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