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Fichamento - O poder judiciário - Manoel Jorge Silva Neto

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Universidade Estadual de Feira de Santana 
Direito Constitucional 1 
Graduanda: Elâine Cristina Rocha da Silva 
 
1 
 
Fichamento 
 
SILVA NETO, Manoel Jorge e. Curso de Direito Constitucional. 8ªed., Ed. Saraiva. São 
Paulo: 2013. Cap. 18 pg. 530 a 560. 
 
O Poder Judiciário 
 
18.1 – Organizações do Poder Judiciário Brasileiro 
 
“Os órgãos que compõem o Poder Judiciário no Brasil estão relacionados no art. 92 da 
Constituição: a) o Supremo Tribunal Federal; b) o Conselho Nacional de Justiça; c) o 
Superior Tribunal de Justiça; d) o Tribunal Superior do Trabalho; e) os Tribunais Regionais 
Federais e Juízes Federais; f) os Tribunais e Juízes do Trabalho; g) os Tribunais e Juízes 
Eleitorais; h) os Tribunais e Juízes Militares; i) os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito 
Federal e Territórios.” (pg. 530) 
“O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário brasileiro, detentor 
de competência para decidir, em última instância, sobre questões de ordem constitucional, e 
também de competências de natureza originária e recursal [...], criado pela Constituição de 
1988, tem por missão proteger o direito objetivo federal.” (pg. 530) 
 
18.1.1. – O STF é corte constitucional? 
 
Segundo Silva Neto, o STF “não figura a nossa Suprema Corte como órgão à parte do 
Legislativo, do Executivo e do Judiciário; pelo contrário, é o tribunal cúpula da organização 
judiciária brasileira.”. (pg. 530 e 531) 
O autor, o STF não pode ser considerado Suprema Corte, pois não se posiciona “à 
margem das funções legislativa, executiva e judiciária”(pg. 531) e não compõe “no 
organograma do Estado, órgão independente dos demais poderes” (pg. 531). 
Além disso, outro impeditivo é a escolha dos seus integrantes, que segundo o caput do 
art. 101 da C.F/1988, “o STF é compõe-se de onze ministros, escolhidos entre cidadãos com 
mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta cinco anos de idade, de notável saber jurídico 
e reputação ilibada” (pg. 531), pois tal prerrogativa exclui “agentes públicos que pertençam à 
Universidade Estadual de Feira de Santana 
Direito Constitucional 1 
Graduanda: Elâine Cristina Rocha da Silva 
 
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função executiva ou administrativa, bem como empresários e outros profissionais liberais” 
(pg. 531) por não terem qualquer vínculo com o meio jurídico e não possuírem o 
conhecimento notável exigido pela norma constitucional. 
Outro fator que exclui ao STF a classificação de “corte constitucional” é o fato de que os 
Ministros do Supremo Tribunal Federal são vitalícios, com “exceção feita aos juízes de paz 
(art. 98, II) e juízes nomeados pelo Presidente da República para o Tribunal Superior Eleitoral 
(art. 119, II) e Tribunais Regionais Eleitorais dos Estados e do Distrito Federal (art. 120, III)” 
(pg. 531), pois em outras nações que possuem uma Corte constitucional como na Alemanha, 
aos juízes que fazem parte dela, lhes é dado um mandato de no máximo doze anos, o que 
permite a promoção do “arejamento da interpretação constitucional em consonância com as 
transformações da sociedade política” (pg. 531). 
 
18.2 – A função Judicial. Funções típicas e atípicas do Poder Judiciário 
 
O autor ressalta uma das principais características da condição humana que é a 
alteridade, sendo esta a necessidade da existência de um inter-relacionamento entre os 
indivíduos que fazem parte de uma sociedade. Ele também sinaliza não é raro surgirem 
“contraposições de interesses cuja persistência no meio produz grande inquietação e 
instabilidade” (pg. 532) o que traz a necessidade de um instrumento de solução para tais 
conflitos. 
Como o Estado não permite a autotutela da justiça, impedindo a justiça feita pelas 
próprias mãos, o mesmo criou o “meio eficaz de desenlace do conflito que substituísse 
adequadamente a atividade individual” (pg. 532). 
Daí é que se extrai “o fundamento político da função judicial: fornecer aos indivíduos meio 
institucionalizado – porque oferecido pelo ente estatal – apto à solução do conflito.” (pg. 532). 
“Então, tarefa principal do Poder Judiciário é dirimir conflitos de interesses, aplicando o 
direito objetivo ao caso concreto. Essa é sua função típica.” (pg. 532) 
Quanto às funções atípicas, discorre o autor: “De logo, é importante esclarecer que os tri- 
bunais, com o fim de realizar o mister jurisdicional, admitem e exoneram servidores, 
concedem férias e licenças a magistrados, atos que, rigorosamente, nada tem a ver com a 
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função de julgar. São atos administrativos. Por isso, se afirma que o Poder Judiciário, além, da 
função precípua de julgar, também administra.” (pg. 532) 
Além disso, o Poder judiciário também tem o poder de legislar na medida em que 
“elaboram seus regimentos internos, cujo desatendimento poderá resultar, inclusive, na 
inadmissibilidade de eventual recurso interposto.” (pg. 532) 
 
18.3 – O art. 93 e a organização da magistratura nacional 
 
“O art. 93, caput, prescreve que lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal 
Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios” [...], a 
partir da promulgação da EC n. 45/2004 [...]: I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será 
o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da 
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no 
mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de 
classificação.” (pg. 532/533) 
Observa-se que “além de possuir o título de bacharel em direito, o indivíduo deve se 
submeter a concurso público para a Magistratura deverá contar com, no mínimo, três anos de 
atividade jurídica.” (pg. 533) 
Para o autor, tal exigência não é autoaplicável, pois o Estatuto da Magistratura “não 
inclui, em nenhuma passagem, tal requisito para a investidura no cargo de juiz substituto.” 
Além disso, não é possível aplicar tal restrição a investidura do cargo antes da aprovação de 
Lei Complementar, pois “o acesso a cargo público se converte em autêntico direito 
fundamental dos cidadãos brasileiros”. (pg. 533) 
“[...] se torna indispensável balizar a atuação legislativa com recato ao principio da 
proporcionalidade que, no particular, aponta para a necessidade de serem editadas leis menos 
restritivas a direitos fundamentais”. (pg. 533) 
“Atividade Jurídica na Jurisprudência É com amparo na tese ampliativa do conceito de 
“atividade jurídica” que o supremo Tribunal de Justiça vem decidindo as controvérsias em 
torno do art. 91
1
, 1, da Constituição RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE 
SEGURANÇA, CONCURSO PÚBLICO, MAGISTRATURA DO ESTADO DA BAHIA, 
EXERCÍCIO EM ATIVIDADE JURÍDICA POR TRÊS ANOS. COMPROVAÇÃO. 1. É 
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legitima, legal e constitucional a exigência de tempo de exercício da atividade jurídica pelo 
período de três anos para o ingresso na Magistratura, mas seu conceito deve ser interpretado 
de forma ampla, de modo a compreender não apenas o exercício da advocacia e de cargo no 
Ministério Público, magistratura ou outro qualquer privativo de bacharel de direito, com 
também as atividades desenvolvidas perante os Tribunais, os Juízos de primeira instância e 
até estágios nas faculdades de Direito, doadoras de experiência jurídica. Precedentes.2. 
Recurso provido” (STJ, RMS, 18.513/Ba, rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJ de 10-10-2005)” 
(pg. 534) 
“Por sua vez, o Conselho Nacional de Justiça, ao disciplinar o assunto na Resolução n. 
75, dispôs o seguinte no art. 59: “Considera-se atividade jurídica, para os efeitos do art. 58, § 
1º, alínea "i": I - aquela exercida com exclusividade por bacharel em Direito; II - o efetivo 
exercício de advocacia, inclusive voluntária,mediante a participação anual mínima em 5 
(cinco) atos privativos de advogado (Lei nº 8.906, 4 de julho de 1994, art. 1º) em causas ou 
questões distintas; III - o exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério 
superior, que exija a utilização preponderante de conhecimento jurídico; IV - o exercício da 
função de conciliador junto a tribunais judiciais, juizados especiais, varas especiais, anexos de 
juizados especiais ou de varas judiciais, no mínimo por 16 (dezesseis) horas mensais e durante 
1 (um) ano; V - o exercício da atividade de mediação ou de arbitragem na composição de 
litígios. § 1º É vedada, para efeito de comprovação de atividade jurídica, a contagem do 
estágio acadêmico ou qualquer outra atividade anterior à obtenção do grau de bacharel em 
Direito.” (pg. 535) 
“Já quanto à comprovação do tempo de atividade jurídica, o § 2º refere que relativamente 
a cargos, empregos ou funções não privativos de bacharel em Direito a comprovação será 
realizada mediante certidão circunstanciada, expedida pelo órgão competente, indicando as 
respectivas atribuições e a prática reiterada de atos que exijam a utilização preponderante de 
conhecimento jurídico, cabendo à Comissão de Concurso, em decisão fundamentada, analisar 
a validade do documento.” (pg. 535) 
 
18.4 – Juizados Especiais e Justiça de Paz 
 
Segundo o art. 98, I e II, cabe à União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Esta- 
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dos a criação dos: 
“I – juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes 
para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e 
infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, 
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas 
de juízes de primeiro grau; 
II – justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, 
universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar 
casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de 
habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras 
previstas na legislação – assim como está disposto na Lei Federal nº 10.259/2001.” (pg. 
536/537) 
 
18.5 – Autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário 
 
“Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira (art. 99), 
devendo os tribunais elaborar suas propostas orçamentárias nos limites estipulados 
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias (§ 1º do art. 99).” 
(pg. 540) 
“O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: I 
– no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais 
Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais (§ 2º do art. 99).” (pg. 540) 
“Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas 
orçamentárias no prazo estabelecido pela lei de diretrizes orçamentárias, o Poder executivo 
considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados 
na lei orçamentária vigente, que serão ajustados de acordo com os limites estipulados no § 1º 
do art. 99 – consoante fixa a redação do § 3º do art. 99, incluído EC n. 45/2004.” (pg. 540) 
 
18.6 – A constituição e o regime de precatórios 
 
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“A execução contra órgãos públicos não se processa da mesma forma como se opera 
com os demais entes privados. [...] Registre-se a redação do art. 100, caput, da Constituição, al- 
terada pela EC n. 62, de 9 de dezembro de 2009: “Os pagamentos devidos pelas Fazendas 
Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-
ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos 
créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias 
e nos créditos adicionais abertos para este fim”.” (pg. 540/541) 
“A respeito da atualização dos precatórios, a Sumula Vinculante 17 estabelece que, 
“durante o período previsto no §1º do art. 100 da Constituição, não incidem juros de mora 
sobre os precatórios que nele sejam pagos”.” (pg. 541) 
“A formação de precatório é procedimento que se concretiza no âmbito dos tribunais, 
possui natureza administrativa e não jurisdicional, sendo de competência do Presidente da 
Corte, em face, inclusive, da redação do § 2º, mediante a qual as dotações orçamentárias e os 
créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do 
Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o pagamento segundo as possibilidades 
do depósito, e autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de 
preterimento de seu direito de precedência, o sequestro da quantia necessária à satisfação do 
débito (§ 6º do art. 100 da CF – alterado pela EC n. 62/2009).” (pg. 541) 
“Se o Presidente do Tribunal competente, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou 
tentar frustrar a liquidação regular de precatório, incorrerá em crime de responsabilidade (§ 7º 
do art. 100).” (pg. 543) 
 
18.7 – Garantas. Vedações constitucionais impostas aos juízes 
 
São garantias dos magistrados, segundo o art. 95, I a III.: “ I – vitaliciedade, que, no 
primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, 
nesse período, de deliberação do Tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, 
de sentença judicial transitada em julgado; II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse 
público, na forma do artigo 93, VIII; III – irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto 
nos artigos 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.” (pg. 543/544) 
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Com relação às restrições aos magistrados, o mesmo artigo em seu parágrafo único 
estabelece que aos juízes é vedado: 
“I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de 
magistério; II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III – de- 
dicar-se à atividade político-partidária; IV – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções 
previstas em lei; V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.” (pg. 544) 
 
18.7 – Garantas. Vedações constitucionais impostas aos juízes

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