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1. Em que consiste o recurso ordinário? É o meio impugnativo de motivação livre que serve para atacar resoluções judiciais heterogêneas, acórdãos denegatórios de writs constitucionais (tais como "habeas corpus" e mandado de segurança) e sentenças proferidas nas causas constitucionais, bem como decisões interlocutórias originárias dessas causas cujo julgamento compete, no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) 2. A quem cabe o julgamento do recurso ordinário? Poderá ser sobre uma decisão das varas de trabalho. Também caberá o recurso ordinário sobre decisão no tribunal. Art. 1.027 do CPC: É cabível contra decisão denegatória de Habeas Corpus ou Mandado de Segurança, que foi proferida em segunda instância ou por Tribunal Superior. Deste modo, pode ser interposto perante o Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça. 3. Há relação entre o recurso ordinário e o duplo grau de jurisdição? Explique. No recurso ordinário é quando os órgãos superiores (STF e STJ) atuam como órgãos de segundo grau, analisando tanto matéria de direito, quanto matéria de fato, fazendo uma menção ao princípio do duplo grau de jurisdição. 4. O recurso ordinário é de fundamentação livre ou vinculada? Justifique. Recurso de “fundamentação livre” é aquele em que o recorrente pode, em suas razões do seu recurso, deduzir qualquer tipo de crítica em relação à decisão, sem que isso tenha qualquer influência na sua admissibilidade. A causa de pedir recursal não está delimitada pela lei, podendo o recorrente impugnar a decisão alegando qualquer vício. São exemplos deste tipo de recurso a apelação, o agravo, o recurso ordinário e os embargos infringentes. É possível que aqueles Tribunais precisem reexaminar provas e apreciar, pela primeira vez, normas de ordem pública. 5. Qual o prazo para interposição do recurso ordinário? 15 dias. 6. O recurso ordinário cabe de quais decisões? Também é cabível das decisões definitivas dos Tribunais Regionais do Trabalho, em processos de sua competência originária, tanto para dissídios individuais, como coletivos (Súmula nº 158 do TST). OBS: Decisões sem julgamento do mérito caberá o Recurso Ordinário? Ex: Inépcia da Inicial, carência da ação e etc. Sim, cabe também a interposição de Recurso Ordinário das decisões que encerram relação processual sem o julgamento de mérito. 7. Em que consiste uma decisão denegatória? Trata-se da decisão desfavorável ao autor (usualmente chamado, nesses casos, de “impetrante”) de um dos procedimentos jurisdicionais constitucionalmente diferenciados referidos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ac%C3%B3rd%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Writ https://pt.wikipedia.org/wiki/Habeas_corpus https://pt.wikipedia.org/wiki/Mandado_de_seguran%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Causa_(direito) https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_constitucional https://pt.wikipedia.org/wiki/Decis%C3%A3o_interlocut%C3%B3ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Decis%C3%A3o_interlocut%C3%B3ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Compet%C3%AAncia_origin%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Causa_(direito) https://pt.wikipedia.org/wiki/Supremo_Tribunal_Federal https://pt.wikipedia.org/wiki/Supremo_Tribunal_Federal https://pt.wikipedia.org/wiki/Superior_Tribunal_de_Justi%C3%A7a 8. No caso de decisão concessiva do direito em sede de mandados de segurança, habeas data e mandados de injunção é cabível recurso ordinário? Se não for, qual o(s) recurso(s) cabíveis? Não. Se a decisão for concessiva, isto é, favorável ao impetrante, a parte contrária, sucumbente, poderá lançar mão do recurso especial e/ou do extraordinário, consoante estejam presentes seus pressupostos constitucionais de admissibilidade. 9. No caso de decisão final em processos em que sejam partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente no país é cabível recurso ordinário tanto no caso de procedência quanto de improcedência do pedido? Sim. É indiferente, para o cabimento do recurso ordinário, se a decisão é favorável ou prejudicial ao autor. 10. Das decisões interlocutórias proferidas nos processos em que sejam partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente no país é cabível recurso ordinário? Quais disposições legais devem ser seguidas no caso? Não. Prevê o cabimento de agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias nos processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 11. Quando os mandados de segurança, habeas data e mandados de injunção chegam aos tribunais superiores ou os mandados de segurança aos TRFs ou aos TJs em grau de recurso é cabível a interposição de recurso ordinário de suas decisões? Sim. 12. Quais as regras para interposição do recurso ordinário nos casos de mandados de segurança, habeas data e mandados de injunção julgados originariamente por tribunais superiores ou os mandados de segurança julgados originariamente pelos TRFs ou TJs? O § 2º do art. 1.028 trata das demais hipóteses de recurso ordinário, isto é, os dirigidos ao STF e ao STJ, tendo presente a impetração originária, nos Tribunais, dos procedimentos jurisdicionais constitucionalmente diferenciados, mencionados no inciso I e na alínea a do inciso II do art. 1.027. Nesse caso, o recurso ordinário deve ser interposto perante o Tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou ao seu vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em quinze dias, apresentar as contrarrazões. Após aquele prazo, complementa o § 3º do art. 1.028, os autos serão remetidos ao Tribunal Superior competente – e aqui reside importante novidade trazida pelo CPC de 2015, não alterada pela Lei n. 13.256/2016 –, independentemente de juízo de admissibilidade, a exemplo do que se dá para a apelação (art. 1.010, § 3º), que será feito, em grau único, pelo próprio STF ou STJ, consoante o caso. 13. Quais as regras para interposição do recurso ordinário nas causas em que sejam partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente no país? Quando forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País, os requisitos de admissibilidade e o procedimento do recurso ordinário são os mesmos da apelação, subsidiados pelo regimento interno do STJ. 14. Aplica-se ao recurso ordinário a teoria da causa madura? Explique. Sim. Aplica-se ao recurso ordinário a artigo 1013, §§3º e 4º, CPC, que permitem o imediato julgamento na instância revisora da causa madura (artigo 1027, §2º, CPC) 15. Há efeito suspensivo para o recurso ordinário? Explique as várias situações. O recurso ordinário interposto das decisões denegatórias proferidas nos procedimentos jurisdicionais constitucionalmente diferenciados ostentam aquele efeito por força da aplicação subsidiária do CPC e, consequentemente, do caput do art. 1.012. As leis de regência do mandado de segurança (art. 14, §§ 1º e 3º, da Lei n. 12.016/2009), que atende também o mandado de injunção (art. 24, parágrafo único, da Lei n. 8.038/1990), e do habeas data (art. 15, parágrafo único, da Lei n. 9.507/1997) retiram o efeito suspensivo quando se tratar de decisão concessiva. Já no caso de o recurso ordinário ser interposto nas causas em que contendem, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País, o recurso ordinário tem, em qualquer hipótese, efeito suspensivo, à falta de qualquer previsão a excepcionar a regra do caput do art. 1.012.
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