Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
COMPONENTE CURRICULAR MOVIMENTAÇÃO EXPEDIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO A LOGÍSTICA DE MOVIMENTAÇÃO, EXPEDIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, SUAS INTERAÇÕES E DESAFIOS NO CENÁRIO ATUAL NOTA: O material didático de apoio destina-se para uso interno do aluno e como fontes de pesquisa, desde que devidamente citados nas referências. Prof. Silvio Freitas da Silva - Doutor e Mestre: Faculdade de Engenharia Mecânica - UNICAMP – Áreas: Materiais e Processos- Gestão da Manufatura e Projeto de Sistema de Manufatura Enxuta e GREEN BELT e BLACK BELT: Núcleo de Estudos em Melhoria Organizacional- IMECC - Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica - UNICAMP. Agora no século XXI a Logística se consolidou dentro de um cenário de globalização no qual novas formas de contratação e trabalho são aplicadas e com uso intensivo de tecnologia e muito atenta aos impactos ambientais. Para atuarem nesse cenário, as empresas tiveram que priorizar atendimento ao cliente, padrões de qualidade elevados como alto desempenho logístico baseados no conceito de gestão da cadeia de suprimentos e utilizando novos estilos de administração e organização onde a terceirização dos serviços se tornou preponderante. Fonte: Desafios do cenário atual da logística (Novaes (2007) e Christopher (2007). JIT: Just in time significa literalmente “na hora certa” ou "momento certo". O (JIT) pode ser aplicado em qualquer organização e é muito importante para auxiliar a reduzir estoques e os custos decorrentes do processo. ECR: Efficient Consumer Response ou Resposta Eficiente ao Consumidor. O ECR consiste numa estratégia utilizada principalmente na indústria de supermercados na qual distribuidores e fornecedores trabalham em conjunto para proporcionar maior valor ao consumidor final. QR: Quick Response, ou resposta rápida. É um código de barras bidimensional que pode ser facilmente escameado usando a maioria dos telefones celulares equipados com câmera. A GESTÃO LOGÍSTICA E GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS A logística compreende desde o Serviço ao Cliente, passando pelas redes de transportes e a localização de instalações e centros de distribuição chegando a política de estoques, previsão de demanda, armazenagem e a movimentação de materiais. São ainda elementos importantes da logística o fluxo de informações, os custos da cadeia como um todo, a logística reversa e a gestão estratégica da cadeia de suprimentos. Fonte: Representação da Cadeia de Suprimentos (BALLOU, 2001). A Gestão da Cadeia de Suprimentos essencialmente integra a oferta e a gestão da demanda dentro e entre empresas. Sob a ótica dos limites e relacionamentos, a Gestão da Cadeia de Suprimentos é uma função de integração, que tem como objetivo básico ligar as principais funções e os processos de negócio inter e intra-empresas, dentro de um modelo coeso e de alto desempenho. A Gestão Logística normalmente inclui atividades relacionadas ao gerenciamento de transporte, a entrada e a saída, a gestão de frota, a armazenagem, ao manuseio de materiais, ao atendimento de pedidos, ao projeto de rede logística, a gestão de estoques, a oferta/planejamento de demanda e a gestão de prestadores de serviços. A elaboração de um bom planejamento logístico é responsável por reduzir custos de produção e de armazenagem e aumentar a velocidade de entrega de seu produto. Quando se fala em planejamento logístico, significa pensar em como entregar da forma mais rápida ao cliente um produto de qualidade e com o menor gasto possível. Envolve-se em todos os níveis de planejamento e execução - estratégico, operacional e tático. Fonte: Adaptado de Níveis de Planejamento (BALLOU, 2001). COMENTÁRIO Basicamente tanto a Gestão Logística quanto a Gestão da Cadeia de Suprimentos procuram garantir que produtos cheguem aos locais certos, nas horas certas e de forma adequada e desejada pelo cliente em termos de custos, qualidade e serviços. Esta é uma visão restrita ao nível de eficiência das empresas e da eficácia de atendimento ao mercado, em uma abordagem macroeconômica. Fonte: Representação da Cadeia de Suprimentos (BALLOU, 2001). Fonte: Triângulo das tomadas de decisões logísticas (BALLOU, 2001). COMENTÁRIO Hoje é necessário ampliar-se a visão incorporando principalmente aspectos de sustentabilidade econômica, ambiental e social. Dentro desta visão macroeconômica, o papel da logística passa a ser o de prover as ligações e os fluxos entre os lugares de produção e os de reprodução que permitam as atividades econômicas em geral. Essa é uma visão sociológica mais ampla mas que mantém o tripé transporte, estoque e localização com base nas redes e na localização da infraestrutura como essenciais para a logística. COMENTÁRIO O espectro das operações logísticas é muito grande, variando com os tipos de produtos, modos de transportes, abrangência espacial e condicionantes temporais. No caso da gestão das cadeias de suprimentos, a complexidade é maior ainda pois pode envolver, além dos condicionantes logísticos, diferentes tipos de relacionamentos cliente-fornecedor. Uma operação de exportação de graneis agrícolas é totalmente diferente de uma exportação de produtos fármacos. Mesmo sendo ambas de exportação, podendo ter inclusive o mesmo destino, as diferenças são muitas. Quer seja por uma operação tratar de produtos de baixo valor agregado e movimentados como commodities e a outra tratar de produtos com maior valor agregado e muitas vezes com demandas de controle de temperatura. Quer seja por uma utilizar preferencialmente transporte marítimo e outra o modal aéreo. COMENTÁRIO O ponto comum entre este variado conjunto de operações logísticas são os objetivos estratégico do planejamento logístico. Fonte: Objetivos do Planejamento Logístico (BALLOU, 2001). COMPRAS ACUSA A VENDA DO CELULAR E A NECESSIDADE DE REPOSIÇÃO DO ESTOQUE, REALIMENTANDO O SISTEMA. VENDAS CLIENTE COMPRA UM CELULAR ATIVA UMA LINHA. OK NEGÓCIO FECHADO. PRODUÇÃO ESTOQUE AUTOMATICAMENTE O É AVISADO DA SAÍDA. 1 2 3 4 FLUXO DE INTEGRAÇÃO ENTRE SETORES DA EMPRESA FERRAMENTA WMS é a sigla em inglês para Warehouse Management System, ou “Sistema de Gerenciamento de Armazém”, em português. WMS SOFTWARE DE GESTÃO DE ARMAZÉNS COMO O SISTEMA FUNCIONA NA PRÁTICA? Recolha em armazém de certos produtos, face a pedido de um cliente, de forma a satisfazer o mesmo. Guardar ou colocar algo em seu local correto. WMS roda em computadores e dispositivos móveis interligados por uma rede local. Dentre seus principais objetivos estão: Otimização do tempo gasto; Organização de todos os processos; Controle da entrada e saída de produtos; Planejamento de recursos; Redução de perdas; Melhoria na comunicação; Controle e abastecimento da linha de produção; Redução de custos operacionais. Na prática, o sistema se conecta a um banco de dados onde são registrados toda e qualquer movimentação que ocorre dentro do armazém, por meio do uso de códigos de barras, QR codes ou sensores automáticos. Dessa forma, o sistema automaticamente: Registra entrada e saída de mercadorias; Atualiza o inventário com informações gerais sobre os produtos, como data de validade, peso, dimensões e número de lote; Direciona a organização do estoque, de acordo com a demanda, otimizando o espaço disponível. 14 BENEFÍCIOS E VANTAGENS COMPETITIVAS DA EMPRESA EM RELAÇÃO A SEUS CONCORRENTES DO USO DE UM SOFTWARE DE WMS. Dentre eles: 1. Maior eficiência no gerenciamento de armazéns e centros de distribuição; 2. Maior organização e automatização dos processos logísticos; 3. Otimização do espaço para armazenagem; 4. Otimização das atividades operacionais e administrativas; 5. Informações em tempo real sobre inventário, etapas e processos; 6. Redução de custos por perdaou extravio de mercadorias ou matérias primas; Continuação 7. Máximo aproveitamento de recursos e mão de obra; 8. Redução do tempo de espera entre etapas; 9. Gerenciamento de equipe; 10. Melhorias na comunicação interna; 11. Menor incidência de erros por falha humana; 12. Redução de custos de armazenagem e mão de obra; 13. Aumento da produtividade; 14.Maior qualidade e agilidade nos serviços prestados aos clientes. Nota explicativa: FIS: Fund of Sanitary Inspection. Tributo criado por lei, com a finalidade de formar o Fundo de Inspeção Sanitária. Nota explicativa: Um sistema flexível de manufatura (Flexible Manufacturing System - FMS em Inglês) é um sistema de manufatura que possui certa flexibilidade para reagir a mudanças esperadas ou inesperadas no processo de fabricação. Do inglês, o ERP — Enterprise Resource Planning, em tradução livre para o português, Sistema de Planejamento dos Recursos da Empresa. R E C E B IM E N T O E S T O C A G E M P IC K IN G E X P E D IÇ Ã O *Planejar a adequação do layout trabalho com o objetivo de eliminar os movimentos desnecessários e ações que não valor ao produto. *Encontrar e remover gargalos. *Promover capacitação continua dos funcionários. *Otimizar o tempo dos especialistas. *Reduzir o tempo de espera. Fonte: A partir da Teoria do ERP (2020). DP NF SIGA EDI - Cliente Consulta Banco de Informação Liberação de crédito Clientes Pedidos de Vendas Liberação de Estoque Faturamento SIGA EDI fornecedor Pedido de Compra Cotação Solicitação Compras Projeção de Estoque Previsão de Vendas Contrato de Fornecimento Importação Livros Fiscais Ordens de Produção Manutenção Industrial Centros Improdutivos LA de movimentos Apropriações Contas a Receber Movimento de Títulos Banco Coletor Eletrônico Controle de Qualidade Estoque MP / MC Requisições Recebim. de mercadoria Fornecedor Carga Máquina Controle de Produção Estoque Produto Acabado Faturamento CMV + Margem Bruta Custos Contabilidade Razão Balancete Diário Demonstração de L&P Mensal Acumulado orçado real orçado real Faturamento - CMV Produção LA faturamento LA Contas a Receber LA de Rateios Orçamento Contas a Pagar Fluxo de Caixa Lançamento Lançamentos Automáticos Movimento de Títulos Simulação Financeira Ativo Fixo Simulação Preços de Venda Banco Ponto Eletrônico Folha de Pagamento LA Folha LA Depreciação Compras Financeiro Contabilidade Estoque PCP Folha e Ponto Faturamento Livros Fiscais Importação Man.Industrial Ativo Fixo Custo Estatística SIGA EDI fornecedor Pedido de Compra Cotação Solicitação Compras Projeção de Estoque Previsão de Vendas Contrato de Fornecimento Importação FLUXO DE INTEGRAÇÃO ERP BIBLIOGRAFIA BÁSICA BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1993. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookmann, 2001. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística Empresarial. O Processo de Integração da Cadeia de Suprimento. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2001. COMPLEMENTAR CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Estratégia, Planejamento e Operação. 1ª ed. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2003. CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 2ª ed. São Paulo: Thomson Pioneira, 2007. CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. Just-in-time, MRPII e OPT: um enfoque estratégico. São Paulo: Editora Atlas, 1996. LAMBERT, D. M.; STOCK, J. R.; VANTINE, J. G. S. Administração estratégica da logística. São Paulo: Vantine Consultoria, 1998. NOVAES, A. G. N. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. Rio de Janeiro: Campus, 2007. PAOLESCHI, B. Logística Industrial Integrada - do planejamento, produção, custo e qualidade. 1ª ed. São Paulo: Érica, 2011. SILVA, I.B.; MIYAKE, D.I.; BATOCCHIO, A.; AGOSTINHO, O.L. Integrando a promoção das metodologias lean manufacturing e six sigma na busca de produtividade e qualidade numa empresa fabricante de autopeças. Gestão & Produção, São Carlos, v. 18, p. 687- 704, 2011. SILVA, Silvio Freitas. Anotações de material de aula. Projeto de Sistema de Manufatura. 2010. Faculdade de Engenharia Mecânica, UNICAMP, 2011. PERIÓDICOS Revista de Engenharia de Produção (APEBRO) Revista Produção Online. Disponível em: http://www.producaoonline.org.br/rpo BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - ABEPRO. Disponível em: www.abepro.org.br
Compartilhar