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Paredes de Concreto para Habitação Popular

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
 
 
 
 
 
PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO PARA CONSTRUÇÃO DE 
HABITAÇÃO POPULAR: ESTUDO E COMPARAÇÕES 
 
 
 
 
 
DIEGO ARMANDO DE OLIVEIRA FERREIRA T5256C8 
RENATO RICHARD PEREIRA DA SILVA C51FFG0 
VINICIOS ALVES DE ANDRADE C59CEJ2 
WILLIAM ICHIRO OZAKO C41HCJ1 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2019 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO PARA CONSTRUÇÃO DE 
HABITAÇÃO POPULAR: ESTUDO E COMPARAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Marcus Reis 
 
 
SÃO PAULO 
2019
Trabalho de conclusão de curso para obtenção 
do título de graduação em engenharia civil 
apresentado à Universidade Paulista UNIP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
 
PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO PARA CONSTRUÇÃO DE 
HABITAÇÃO POPULAR: ESTUDOS E COMPARAÇÕES 
 
 
 
 
 
Aprovado em: 
 
BANCA EXAMINADORA 
_______________________/__/___ 
Prof. Nome do Professor 
Universidade Paulista UNIP 
_______________________/__/___ 
Prof. Nome do Professor 
Universidade Paulista UNIP 
_______________________/__/___ 
Prof. Nome do Professor 
 
Universidade Paulista 
Trabalho de conclusão de curso para obtenção 
do título de graduação em engenharia civil 
apresentado à Universidade Paulista UNIP. 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico esse trabalho aos nossos pais, mães, irmãos e amigos 
por ter acompanhado a nós nesta jornada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço em primeiro lugar à DEUS por ser a base das minhas 
conquistas; 
Aos meus pais, amigos e familiares, por acreditar e terem interesse 
em minhas escolhas, apoiando-me e esforçando-se junto a mim, para que 
eu suprisse todas elas; 
Aos professores, pela dedicação em suas orientações 
prestadas na elaboração deste trabalho, nos incentivando e colaborando no 
desenvolvimento de nossas ideias; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ninguém viu, mas pensar o que 
ninguém ainda pensou sobre aquilo 
 
(Arthur Schopenhauer) 
RESUMO 
 
Um dos principais problemas enfrentados pela sociedade brasileira é a falta de 
condições habitacionais adequadas para moradia de populações mais carentes, 
levando a um grande déficit habitacional no país que perdurou durante muitos anos 
de descaso do governo. O governo só veio dar importância ao caso no ano de 2009 
com o programa habitaciona
(PMCMV) que tinha o intuito de combater o grande déficit habitacional, custeando as 
casas próprias das famílias de baixa renda. 
Para que fosse possível combater essa grande demanda de habitações 
populares teria que ser utilizado métodos mais otimizados, mais econômicos de 
construção em relação aos então atuais métodos atuais construtivos convencionais. 
Foi assim então que se deu a popularização do método construtivo de paredes de 
concreto moldadas in loco estudado neste trabalho. 
Nesse trabalho também será abordado todas as etapas do método construtivo 
de paredes de concreto moldadas in loco, desde o projeto, concepção de formas ate 
a concretagem e seu processo de cura. Utilizaremos o método convencional de 
alvenaria de vedação como comparativo ao método de paredes de concreto moldadas 
in loco. Para isso utilizaremos como metodologia, planilhas com os custos de cada 
processo por etapas de execução da obra. 
Com a análise dos dados obtidos podemos concluir, com a diferença de custos 
e de tempo, que o método de parede de concreto possui vantagens significativa sobre 
o método convencional, suprindo a necessidade de superar o déficit habitacional 
popular. 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
One of the main problems facing Brazilian society is the lack of adequate 
housing conditions for poorer populations, leading to a large housing deficit in the 
country that has endured for many years of government neglect. The government only 
added importance to the case 
housing shortage by paying for the homes of low-income families. 
In order to be able to combat this great demand for popular housing, more 
optimized, more economical methods of construction would have to be used in relation 
to the current current conventional building methods. It was then that the construction 
method of the in situ molded concrete walls was popularized in this work. 
This work will also cover all the stages of the construction method of cast-in-
place concrete walls, from design, shape design to concreting and its curing process. 
We will use the conventional method of sealing masonry as a comparison to the 
method of cast-in-place concrete walls. For this we will use as methodology, 
spreadsheets with the costs of each process by stages of execution of the work. 
With the analysis of the obtained data we can conclude, with the difference of 
costs and time, that the concrete wall method has significant advantages over the 
conventional method, supplying the need to overcome the popular housing deficit. 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 01. Tabela orçamentária de fôrmas para compra ......................................... 48 
Tabela 02. Tabela orçamentaria de fôrmas para locação ......................................... 48 
Tabela 03. Resumo do orçamento de materiais e serviços para casa com paredes de 
concreto..................................................................................................................... 49 
Tabela 04. Resumo do orçamento de materiais e serviços para o sistema 
convencional ............................................................................................................. 50 
Tabela 05. Resumo dos custos entre os dois métodos ............................................. 50 
Tabela 06. Orçamento dos materiais ........................................................................ 55 
Tabela 07. Comparativo de custos da estrutura de dois sistemas construtivos de 
mesmo padrão econômico............................................................................56 
Tabela 08. Comparativo do custo final de dois sistemas construtivos de mesmo 
padrão econômico.............................................................................................57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11 
2. DÉFICIT HABITACIONAL E HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL ......... 12 
2.1. Programas habitacionais ................................................................ 14 
3. REFERENCIAL TEÓRICO DE PAREDES DE CONCRETO ......................... 16 
3.1. Conceitos do sistema construtivo .................................................... 16 
3.2. Paredes de concreto armado ............................................................ 16 
3.2.1. Fôrmas ...................................................................................................... 18 
3.2.2. Peças sistema de forma de alumínio ................................................19 
4. PAREDES DE CONCRETO ARMADA MOLDADAS IN LOCO............21 
4.1. Conceito......................................................................................21 
4.2. Requisitos e desempenho ........................................................23 
4.3. Elementos constituintes ...........................................................24 
4.3.1. Sistema de paredes...........................................................................24 
4.3.2. Armação............................................................................................28 
4.4. Etapas, processos e itens para armações...............................29 
4.4.1. Instalações elétricas e hidráulicas.....................................................32 
4.4.1.1. Instalações elétricas.....................................................................33 
4.4.1.2. Instalação hidráulicas...................................................................374.4.2. Etapas de montagem do sistema de painéis.....................................41 
5. ALVENARIA DE VEDAÇÃO...................................................................42 
5.1. Execução.....................................................................................43 
5.1.1. Concretagem.....................................................................................44 
5.2. Benefícios e desvantagens...........................................................45 
5.3. Materiais e métodos.....................................................................46 
5.4. Resultados....................................................................................48 
5.4.1. Orçamento da residência com paredes de concreto moldado in loco...48 
5.4.2. A análise comparativa dos custos.....................................................50 
6. RESIDENCIA COM PAREDE DE CONCRETO.....................................52 
6.1. Cenário atual e justificativa.......................................................53 
6.2. Orçamento de materiais e serviços..........................................54 
6.3. Resultados..................................................................................56 
6.4. Conclusão dos dados................................................................57 
7. CONCLUSÃO.........................................................................................58 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS......................................................59 
 
 
 
OBJETIVO 
 
O objetivo desse trabalho é apresentar, estudar e analisar um método 
construtivo na engenharia civil que vem ganhando cada vez mais destaque, 
principalmente nas construções de baixa renda, porem que ainda possui um 
grande potencial de crescimento e adoção devido as suas vantagens e 
velocidade. Estaremos estudando as 
 
executivo e destacando todas suas vantagens e desvantagens quando 
comparada aos métodos tradicionais atuais na construção civil e como ele pode 
representar um grande avanço no combate ao déficit habitacional brasileiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O direito de ter uma moradia digna é uma necessidade básica dos ser humano 
e também prevista na declaração universal dos direitos humanos e na constituição. 
Essa habitação precisa atender a certos critérios de qualidade como conforto, 
segurança e tudo o que for necessário para a sobrevivência e bem-estar de seus 
habitantes de acordo com BORGES, 2011. 
Mesmo que seja prevista na constituição, o déficit populacional continua sendo 
um grande obstáculo para o desenvolvimento do pais há décadas ainda que tenham 
sido criadas medidas governamentais para combater tal problema, ainda não 
conseguimos combater completamente os problemas estruturais responsáveis pelo 
déficit populacional, de acordo com o relatório de avaliação da execução de programa 
de governo, nº 66, minha casa minha vida do FGTS,2017. 
O déficit populacional brasileiro no ano de 2019 ainda é um caso grave, cerca 
de 7,7 milhões de residências ainda precisam ser construídas para atender a 
demanda populacional carente de acordo com a pesquisa feita por ED Wanderley e 
Lorena Barros, 2019. 
Graças a parceria do governo federal e os estados e municípios juntos a 
iniciativa privada, programas como o minha casa e minha vida podem se tornar viáveis 
para população de classe média com renda inferior a 9mil reais por mês. Esse 
programa tem por objetivo combater esse déficit habitacional e oferecer as moradias 
dignas as milhares de famílias brasileiras. Para que esse programa seja viável, precisa 
ter um método construtivo que seja rápido e econômico. Que possua uma 
padronização trabalho em escala, desperdício mínimo e etc. 
Por esses e outros motivos, a maioria dos empreendimentos habitacionais de 
programas sociais utilizam-se do método de paredes de concreto moldadas in loco, 
enquanto que o método convencional de alvenaria 
de vedação é mais difundido em obras individuais que dependem de outro tipo de 
demanda pelo Brasil. 
 
 
12 
 
2. DÉFICIT HABITACIONAL E HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL 
 
Quando se trata de moradia popular (imagem 01), vêm à tona os grandes 
problemas de déficit anual que passam da casa dos milhões. Além disso, outro 
importante fator é analisar as causas que causam desconforto e transtorno a 
população em suas moradias. A nossa constituição federal defende que todos os 
seres humanos brasileiros devem ter o acesso a moradia e todos esses fatores 
precisam entrar em harmonia. 
Imagem 01 Moradias populares 
 
(fonte: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/17.197/6329), 2019 
 
Com o intuito de atender a essa demanda e proporcionar as moradias de 
qualidade, podendo garantir o cumprimento da nossa constituição, foram 
desenvolvidas umas serie de medidas politicas sociais voltadas a construção civil no 
âmbito de habitação popular. Essas habitações visam atender certas características 
para serem voltadas a população de baixa renda que consequentemente não terá 
condições de ter acesso a habitações pelos meios disponíveis pelo mercado. Graças 
a iniciativa publica, as vezes com parcerias privadas, dá-se origem aos programas 
sociais facilitadores para habitação popular. 
13 
 
Podemos utilizar os dados de déficit populacional como importante ferramenta 
para indicar a necessidade de aumentar a construção urgente de novas habitações 
de qualidade visando atender as populações que moram em coabitação forçada 
(KRAUSE, BALBIM, LIMA NETO 2013). Junto com esse indicador também este 
englobado o índice de habitações precárias que não disponibilizam as necessidades 
adequadas de moradia e que precisam ser reformadas. o índice também irá englobar 
as famílias que possuem dificuldades em pagar aluguel, vivendo em condições 
precárias em alta densidade. 
Podemos dividir o índice do déficit habitacional em dois tipos (de acordo com a 
fundação João Pinheiro) déficit por reposição de estoque e o déficit por incremento de 
estoque. O primeiro tipo está encaixado fatores como coabitação familiar, domicílios 
improvisados, imóveis adensados, e renda de até 3 salários mínimos. O segundo tipo 
engloba os imóveis insalubres, que não atingiram as qualidades necessárias para 
habitação por possuírem desconforto e riscos e contaminação a todos os moradores, 
ou seja, domicílios no qual a vida útil já passou do prazo de validade e precisam ser 
substituídos ou reformados. 
No ano de 2017, o déficit habitacional já era de 7,78 milhões de unidades de 
acordo com o levantamento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias 
(Abrainc) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi uma piora nos 
dados de 2015, onde o déficit habitacional era de 6.355 milhões de domicílios, 87,7% 
em áreas urbanas (FJP, 2015). Quando analisamos os dados por região, o primeiro 
lugar vem pra região do sudeste com 2,482 milhões de unidades e é seguida pela 
região do nordeste com 1,971 milhões. 
Na imagem 02, ilustra a evolução do déficit habitacional no brasil entre os anos 
de 2007 até 2017. 
 
 
 
 
 
14 
 
Imagem 02 evolução do déficit habitacional de 2007 a 2017 
 
(fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,deficit-habitacional-e-recorde-
no-pais,70002669433), 2019 
 
2.1. Programas habitacionais 
Com o grande crescimento populacional nas cidades no século XIX, as 
questões habitacionais vieram à tona e se tornaram o foco de algumas politicas 
publicas. Devido também a esse crescimento inesperado das cidades, houve a 
necessidade de melhorias na área de infraestrutura urbana, incluindo as habitações. 
 
intervenção direta na produção habitacional pelo governo, através da lei do inquilinato 
e a criação dos institutos de aposentadoria e pensões (IPAs). Entre os anos de 1937 
e 1964, esses programas foram responsáveis por cerca de 140 mil moradias. Em 1946 
também, foi criada a fundação da casa popular quefinanciou cerca 16.964 habitações, 
ao longo de dezoito anos (MARICATO,2002). 
Em seguida no ano de 1964, com o regime militar aconteceu uma intensa 
intervenção no estado na economia, dando origem a programas de financiamento de 
habitação como, por exemplo, o sistema financeiro de habitação (SFH) e o banco 
nacional e habitação (BNH), responsável por 4 milhões de habitações 
(MARICATO,2002). Em 2003 foi criado o Ministério das Cidades e o Conselho 
Nacional das Cidades e logo em seguida em 2004 deram inicio ao Programa de 
15 
 
Aceleração do Crescimento (PAC), gerando grandes obras que ajudaram o 
crescimento do país, gerando empregos. 
Somente em 2009 surgiu o programa mais conhecido atualmente, denominado 
Minha Casa Minha Vida (MCMV), com grande influencia da crise de 2008 que 
impactou muito a área de construção civil. O programa MCMV veio com propostas 
diferentes, fazendo parceria com o setor privado, tendo como objetivo principal reduzir 
o déficit habitacional no pai e funcionando até os dias de hoje. Funciona de maneira 
que os valores recebidos pela construtora são pré-fixados por meio de convênios e 
parcerias com a caixa Econômica Federal, fazendo com que esse segmento fosse 
mais bem visto e atraídos por empresas interessadas. (SOUSA, GRANJA, MELLO, 
2012). 
O programa Minha Casa Minha Vida tinha como característica influenciar a 
população adquirir sua casa própria, voltado para famílias de baixa renda. Para que 
atinja o objetivo, é necessário oferecer reduções das taxas de financiamento e 
subsídios, ou seja, ajuda nas taxas de juros, ajustando para as famílias de forma que 
fique menor que as taxas de mercado e que o governo possa financiar parte da 
habitação com os recursos públicos investidos. 
O programa foi dividido em algumas fases, sendo que na fase inicial tinha como 
objetivo construir a meta de um milhão de moradias em um período de apenas dois 
anos para as famílias com renda de até 10 salários mínimos primeiramente. 
(MINISTÉRIO DAS CIDADES.2011). O programa teve que ser dividido em três faixas 
a fins organizacional dentro dessa fase. A primeira faixa incluiu a população com renda 
mensal de até 1.395,00 reais, no qual tinha quase totalidade atendimento do governo. 
Já a faixa 2 atendia as famílias com renda de no máximo 4.900,00 reais. Ambas as 
faixas, 1 e 2, tinham as facilidades no financiamento. (SIENGE,2018). A primeira fase 
chegou a fim e conseguiu atingir a meta imposta de um milhão de habitações e o valor 
contratado foi de 55 bilhões de reais, no qual 18 bilhões de reais destinados a faixa 1, 
representando 483 mil unidades habitacional. 
 A segunda fase do programa veio acontecer em 2011. A meta da segunda fase 
dobrou para 2 milhões de habitações com um prazo de 2 anos. O plano era dedicar 
1,2 milhão para a faixa de numero um, 1,600 mil para a faixa de numero dois e por 
último, 200 mil moradias para a faixa de numero 3 (BRASIL, 2014) 
16 
 
 O programa Minha Casa Minha Vida teve algumas alterações em relação a 
renda solicitadas. Mudança ocorrida em 2017, quando teve a contratação de novas 
495mil novas moradias na faixa um. 
 Chegando ao ano de 2018, o investimento destinado ao MCMV foi de 9,7 
bilhões de reais, porem com uma meta menor de 670 mil unidades habitacionais, 
divididas em: 130mil para faixa 1, 70 mil para faixa 1,5, 400 mil para faixa 2 e por 
ultimo, 50 mil habitações para a faixa 3 (ISTO É,2018). Também houve mudanças nos 
valores de renda para as faixas, ficando: até R$1800,00 para faixa 1, até R$2600,00, 
até R$4.000,00 para faixa 2 e até R$9.000,00 para a faixa 3. 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO DE PAREDES DE CONCRETO 
 
3.1. Conceitos do sistema construtivo 
É um sistema construtivo que consiste em paredes estruturais maciças de 
concreto armado. As paredes são concretadas com auxilio das formas de madeira ou 
metálica, montadas in loco de acordo com o projeto elaborado. 
 
3.2. Paredes de concreto armado 
Na Imagem 03, podemos observar as paredes de concreto moldadas in loco é 
um sistema construtivo bem ágil em relação aos convencionais, logo para construções 
populares do progra
porque visa agilidade, custos baixos, acabamento simples, qualidade construtiva (as 
fôrmas de modelagem garantem um perfeito esquadrejamento), patologias 
minimizadas e etc. 
17 
 
Imagem 03 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema é baseado na montagem de fôrmas para a modelagem paredes, 
colunas, vigas e lajes. O processo segue na ordem de execução de fundações, 
montagens das armaduras, instalações elétricas, instalações hidráulicas, montagem 
das fôrmas, concretagem, desforma e por ultimo o processo de cura do concreto. As 
etapas anteriores podemos classificar como macroetapas. A fase de acabamento que 
são a pintura, pisos, isolações térmicas e acústicas, louças, portas e esquadrilhas 
podem considerar como micro etapas, que são executadas de formas mais 
convencionais como quaisquer outros sistemas utilizados atualmente. 
A ABNT NBR 16055:2012 aplica alguns termos e definições para paredes de 
concreto moldadas in loco, como um elemento estrutural autoportante, moldado no 
local, com comprimento maior que dez vezes sua espessura e capaz de suportar 
carga no mesmo plano da parede. O dimensionamento previsto nesta Norma é valido 
quando o elemento tiver comprimento maior que dez vezes a espessura. 
Documentação que descreve os métodos e procedimentos usados para a execução 
da parede de concreto. 
 
 
 
 
Fonte: Google imagens, 2019 
18 
 
3.2.1. Fôrmas 
O sistema tem sua base em formas que são dimensionadas e fabricadas de 
acordo com os requisitos do projeto. As fôrmas devem ter uma rigorosa analise critica 
antes de serem selecionadas para que consigam desempenhar seu papel de forma 
adequada, que tenham resistência as ações a que serão submetidas no processo de 
construção e rigidez suficiente para assegurar que as tolerâncias especificadas para 
a estrutura das paredes de concreto e nas especificações de projeto sejam 
satisfatórias, como solicita ABNT (2012), pela NBR 16055. Antes do lançamento do 
concreto as fôrmas devem ser devidamente conferidas em suas dimensões e se sua 
posição está correta, sua superfície interna deve ser limpa e uma verificação da 
estanqueidade das juntas deve ser feita para evitar perda de argamassa. 
 
Imagem 04 Formas para paredes de concreto armado. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.lucasveloso.com.br/blog/vantagens-de-paredes-de-concreto-armado, 2019 
 
Para as fôrmas que possuem material que absorve umidade ou facilite a evaporação 
devem ser molhadas, a fim de minimizar a perda de água do concreto. Atualmente 
existem, segundo Misurelli e Massuda (2009), fôrmas plásticas, fôrmas metálicas, 
fôrmas metálicas mais compensado (aço ou alumínio, com chapas de madeira 
compensada ou sintético). Um dos últimos processos a desforma, deve ser feita 
quando o concreto atingir resistência e elasticidade indicados no projeto. 
 
 
19 
 
3.2.2. Peças sistema de forma de alumínio 
Todos os painéis são constituídos do mesmo material que é o alumínio (para esse 
sistema de fôrmas), as medidas dos painéis são variáveis, ou seja, dependem do 
projeto. Os componentes desse sistema são: formas de alumínio, escoramentos, 
cunhas, pinos, ferramentas para forma e desforma, área de trabalho interna e externa 
e guarda-corpo. 
 
Imagem 05 Painel laminar 
padrão 
Imagem 06 - União parede-laje lisa ou 
com rodapé. 
 
 
Fonte Catalogo Forsa Fonte Catalogo Forsa 
 
Imagem 07 Faca Imagem 08 Painel de laje 
 
 
Fonte: Catalogo Forsa Fonte: Catalogo Forsa - 2019 
 
 
20 
 
Imagem 09 Fôrmas para 
concretagem de laje 
Imagem 10 Fôrmas para concretagem 
de laje 
 
 
Fonte: Catalogo Forsa Fonte: Catalogo Forsa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
4. PAREDES DE CONCRETO ARMADO MOLDADAS IN LOCO 
 
4.1. Conceito 
 
Tendo esclarecido essa definição no referencial teórico,podemos concluir que 
a estrutura do sistema se baseia em paredes e conjunto de lajes de concreto feitas 
através de moldes de telas metálicas centralizadas. Com isso, a parede já é executada 
em sua espessura final e definitiva, o que eliminara dentre outros custos, o do reboco. 
Em outras palavras, algumas características dessas estruturas são a agilidade e a 
capacidade de se obter até pavimentos completos em apenas um ciclo construtivo 
dependendo do projeto. A principal característica do sistema é que a vedação e 
estrutura constituem um único elemento (MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
 
 
 
Imagem 11 Vedação e estrutura formam uma unidade 
 
Fonte: http://www.deecc.ufc.br/ - 2019 
Mais um benefício seria o de evitar o duplo trabalho gerando economia na obra, 
principalmente no que tange transportes e mão de obra já que estamos tratando de 
22 
 
moldagem feita no local definitivo. Essa estrutura monolítica acaba se tornando mais 
resistente já que todas as paredes estão formando um único elemento estrutural, 
facilitando a distribuição e absorção das tensões de maneira sistêmica. Já estão 
embutidos no sistema todos os elementos construtivos da parede como as janelas, 
eletrodutos, portas, tubulações hidros sanitárias, caixilhos e etc. 
Se tratando das formas metálicas, são feitas em alumínio e podem ser 
reaproveitadas sempre que possível. O uso da madeira como nas construções 
tradicionais é dispensado, evitando o acumulo de entulho e podendo usar insumos 
industrializados submetidos a um controle ambiental em sua produção. Esses painéis 
de alumínio possuem peso de aproximadamente 20 kg/m², e sua resistência a pressão 
é cerca de 47KN/m². 
A escolha desse sistema construtivo visa a velocidade e agilidade assim como 
a racionalização do processo, para ciclos de concreto entre 24 a 48 horas variando de 
acordo com os acordos do projeto em seu planejamento. 
 
 
Imagem 12 - As formas metálicas das paredes de concreto 
 
Fonte: https://www.aecweb.com.br/cls/anuncios/pes_32981/Forma-Tiplumin-1-med.jpg - 2019 
 
Se tratando de Brasil, esse sistema começou a ser utilizado na década de 1970, 
onde havia uma grande demanda a ser atendida por empreendimentos rápidos 
incentivados pelo governo. Apesar disso, o uso das paredes de concreto veio a cair 
23 
 
com o passar dos anos seguintes e apenas retomou novamente com força em 2009 
e qualificava já que 
tratava de construções rápidas com tempo de execução baixo e que seja ao mesmo 
tempo de qualidade e custos reduzidos. 
Com a evolução do uso principalmente pelas iniciativas na construção civil pelo 
governo, temos dados oficiais da caixa econômica federal em relação a utilização 
desse método de paredes de concreto moldadas in loco no qual esteve presente em 
36%s das unidades produzidas em 2014. Esse percentual veio a crescer no segundo 
semestre de 2015, atingindo o auge do programa com 54% das unidades produzidas. 
 
 
 
 
Imagem 13 - Programa minha casa minha vida com paredes moldadas in 
loco. 
 
Fonte:https://www.sh.com.br/blog/wp-content/uploads/casa-popular-lumiform.jpg), 2019 
 
4.2. Requisitos e desempenho 
 
Para termos qualidade no projeto, esse sistema deve seguir uma série de 
requisitos funcionais e fundamentais e garantir sua adequada funcionalidade na 
finalização da obra. 
24 
 
A espessura dessas paredes de concreto, assim como as lajes, geralmente é 
de 10 cm. Elas precisam ser armadas com telas de aço eletrossoldadas de malha 
quadrada de 100 mm e fios no diâmetro de 4,2mm. Todo o projeto estrutural metálico 
após ser montado precisa ser apoiado com as escoras, deixando um vão na estrutura 
que será necessário para a concretagem. 
Ela precisa ter a segurança estrutural juntamente com a durabilidade e 
economia no projeto, ou seja, resistir todas as ações estáticas e dinâmicas de maneira 
eficiente. Também no que se diz a respeito às vedações verticais precisa ter um bom 
desempenho térmico e acústico cumprindo sua função de impedir a passagem de 
água, ter um bom controle na passagem de ar e limitar os raios visuais agressivos a 
saúde humana, assim como em uma construção tradicional. Além é claro de ser 
esteticamente agradável e ter bons recursos para futuras manutenções importantes a 
uma visão de longo prazo. 
 
 
 
4.3. Elementos constituintes 
 
4.3.1. Sistema de paredes 
As paredes que geralmente possuem as medidas de espessura de 10 cm serão feitas 
de concreto usinado, pois esse material apresenta a resistência adequada para obra 
além de sua boa maleabilidade. A escolha do material correto tem sua importância 
prescindível e depende das suas características estruturais. 
Saber trabalhar de forma correta com esses materiais é necessário, já que, por 
exemplo, para chegar ao ponto de aplicação nas paredes, esse concreto usinado 
precisa ser bombeado do caminhão betoneira. 
Após o processo de concretagem, espera-se em média um dia até que as paredes 
possam adquirir a resistência necessária para se sustentar sozinha. Assim que 
estiverem firmes, as fôrmas metálicas podem ser removidas podendo se avançar a 
25 
 
próxima etapa de construção como pintura e acabamento já com a estrutura já firme 
e preparada. 
Todo esse processo chega a ser 100% mais rápido do que uma construção 
convencional. É um dos motivos que mais pesa na hora de escolher entre uma 
construção de concreto ou uma convencional, pois além dessa vantagem da 
velocidade, acarretará em redução de custos no canteiro de obra e na contração 
profissional. 
Os painéis usados para essas paredes geralmente suportam pressões de 47 
KPa em sua superfície e também possuem a face totalmente lisa, o que garante o 
acabamento perfeito da parede de concreto. Esses painéis são complementares e 
podem suprir a necessidade de fabricar formar de dimensões diferenciadas para cada 
tipo de projeto, garantindo o reaproveitamento futuro enquanto durarem. Nas formas 
internas isso garante a altura total da parede. 
Em relação a esse aproveitamento futuro, estima-se que a média de duração 
seja de 1000 usos. Ao aproximar-se dessa média, os painéis começam a apresentar 
alguns sinais de más condições impedindo a sua adequada aplicação. 
Esses painéis precisam ser alinhados de forma perfeita por meio de 
ferramentas chamadas de alinhadores e porta alinhadores. Na execução dos vértices 
das paredes é adotado cantoneiras com ângulo de 90 graus que são feitos para 
facilitar a desforma. São divididas na parte superior e inferior onde a superior irá cobrir 
a interfaces parede-laje e parede-parede, onde a tampa encaixa perfeitamente na 
interface parede laje. A função da inferior vai ser cobrir o resto. 
Outra ferramenta chamada de -
para fixar os moldes, fechando as paredes e evitando o vazamento do concreto, o que 
irá garantir o transpasse das armaduras de aço se por um acaso esse pavimento seja 
feito em duas etapas. O material usado para 
vedação perfeita e estanqueidade, por isso se usa Neoprene, um material de borracha 
sintética. 
 
 
 
26 
 
 
Imagem 14 - Vedação e travamento de painéis 
 
Fonte: Catálogo fossa, 2016 
 
A continuidade no alinhamento das paredes é de importância fundamental para 
a progressão dos níveis superiores, por isso, o primeiro passo é garantir o nivelamento 
perfeito da laje para que se possa realizar as marcações no piso de apoio. Feito isso 
é necessário realizar as marcações das linhas de parede, face interna quanto externa. 
Geralmente no projeto terá todas as sequencias de montagem e execução dos 
painéis. Normalmente começa a montagem pela parede hidráulica, banheiro ou 
cozinha, encaixando os painéis de canto e depois os da face interna da parede 
27 
 
hidráulica, o que permitirá o posicionamento adequado das tubulações no centro da 
parede. 
Há duas formas para montagem dos painéis de parede que são colocando os 
painéis internos primeiro e depois os externos, ou então, montando os doisde uma 
vez (montagem pareada). Na primeira situação monta-se um dos lados da forma, 
prossegue com as armaduras, instalações elétricas e hidráulicas e esquadrilhas para 
depois fechar a forma colocando o outro lado. Já na segunda situação toda a parte 
interna (armadura, instalações hidráulicas, elétricas e esquadrias) são feitos primeiro 
e depois o encaixe dos painéis de ambos os lados simultaneamente. 
O Posicionamento desses painéis é rigoroso e devem estar todos numerados 
de acordo com o projeto executivo. Os painéis devem ser fixados com o uso de 
grampos ou pinos, obedecendo ao projeto da planta executiva. 
Imagem 15 - Detalhe pino e cunha. 
 
Fonte: Autoria própria, 2019 
Para auxiliar no trabalho de posicionamento dos painéis de parede e mantê-las 
de pé, podemos utilizar as escoras prumadoras, permitindo o ajuste milimétrico do 
prumo das paredes. 
Para finalizar, utilizam-se os elementos da montagem final como ancoragens, 
painéis. Esses elementos irão ter o papel de absorção das pressões que o concreto 
vai exercer sobre as formas por ainda estar no estado plástico. 
A última etapa seria a desforça dos painéis de parede, feita somente após o 
concrete ter adquirido todas as suas características e elasticidade prevista no projeto. 
28 
 
A retirada é um processo delicado no qual não pode haver choques, o que ocasionaria 
o aparecimento de fissuras. Após removido, esses painéis precisam passar por uma 
limpeza para poderem ser reutilizados. É preciso remover a película de argamassa 
que fica na superfície da forma usada, porém, de forma a não danificar ou 
comprometer a superfície lisa. Por isso geralmente se usam duas formas de limpeza, 
no qual a primeira se trata de jatos de água com pressão regulada para não as 
danificar. A segunda opção pode ser a remoção da crosta com a água e escova ou 
espátula plástica. Por fim, é aplicado um material desmoldante. O processo de 
desforma é concluído com sucesso quando após a desforma, as paredes prontas 
consigam ter, em seu interior, todos os elementos descritos no projeto como, por 
exemplo, caixilhos de portas e janelas, tubos elétricos e hidráulicos, fixação de 
coberturas e etc. 
 
 
4.3.2. Armação 
 
É permitido que as paredes de concreto contivessem apenas uma tela soldada 
de acordo com a NBR 16055. A armadura precisa ser disposta longitudinalmente e 
mais próxima do centro geométrico da sessão horizontal dessa parede. Quando se 
trata de paredes mais grossas, espessura acima de 15 cm se torna obrigatório utilizar 
telas duplas de armadura em ambas as faces. 
Na parte do projeto estrutural será definido o tipo de armação adotada no 
projeto de acordo com as normas de parede de concreto armado. Geralmente são 
adotadas as telas soldadas nos eixos da parede, porem no caso das telas duplas, o 
posicionamento varia de acordo com os cálculos estruturais do calculista. 
No projeto também deve estar especificando os reforços adicionais que são 
muito necessários próximos aos vãos das portas, janelas, cantos da parede, 
interligações de lajes, paredes e nos fundos de quadros elétricos embutidos. 
Outro detalhe importante com relação a armadura é não usar na estrutura de 
concreto aços de diferentes qualidades das indicadas no projeto sem que haja 
29 
 
aprovação prévia do calculista. Sua montagem e reforços devem seguir as 
especificações do projeto estrutural. 
Sobre a cobertura mínima das armaduras, podemos encontrar na norma NBR 
6118 de 2014. Essa norma irá ser a responsável pela qualidade e durabilidade de toda 
estrutura, pois protegerá a estrutura de possíveis patologias mais comuns. 
A sequência de etapas de instalações das armaduras de ser seguida de acordo 
com a norma NBR 16055 de 2012: Primeiro posicionar as telas soldadas por completo 
em toda a parede, sem que haja interrupções. Depois é possível montar um dos lados 
da forma. Terceiro pode-se cortar a tela nos locais e vãos de portas e esquadrias. Por 
último se executa os reforços nos cantos e alguns detalhes a mais de cada projeto. 
 
4.4. Etapas, processos e itens para armações 
 
Para facilitar e garantir maior perfeição no posicionamento das armaduras de 
acordo com o projeto, faz-se o uso de distanciadores, no qual irão manter a armadura 
na posição correta da parece de concreto, evitando assim que patologias ocorram, 
diminuindo o custo total de manutenção por prolongar a durabilidade da construção. 
Imagens de distanciadores de simples e duplas armadura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Imagem 16 - Distanciador plástico para 
armadura simples. 
Imagem 17 Distanciador de telas 
duplas. 
 
 
Fonte: Autoria própria, 2019 
 
Fonte: Autoria própria, 2019 
 
Todas as especificações técnicas referentes ao aço devem estar contidas de 
acordo com a NBR 9971. 
As telas verticais precisam ser montadas por sequencia e em cada junta de 
telas possui uma sobreposição de 40cm no mínimo. 
Já os reforços de canto devem ser instalados nas ligações de parede e laje, 
nas quinas das paredes. 
Para executar todos esses processos, é necessário o uso de reforços da 
armação nos componentes estruturais. A montagem desse reforço são todas em 
ferragens e manualmente in loco, ou seja, no próprio local de execução da obra, para 
que assim, os componentes sejam de dimensões corretas de acordo com a planta. 
Os reforços além de serem de aço e dobrados manualmente, são maleáveis, 
podendo se alocar em qualquer molde das formas, como por exemplo, reforços de 
canto. 
Depois de feita a moldagem das ferragens, elas pode ser instaladas, nos locais 
de montagem de forma. 
Para garantia o cobrimento perfeito do concreto na armação, entra a função 
dos espaçadores. Com o processo correto, iremos evitar problemas futuros de 
corrosão e oxidação. Se por acaso a armadura ficar exposta por má cobrimento 
31 
 
mínimo, é feito escarificação dessa região até encontrar um trecho da armação que 
não tenha oxidação, para ser feito a limpeza de toda a área afetada, podendo lixar 
manualmente, escovar com escovas de cerdas de aço e etc. ao fim do processo, pinta-
se com uma tinta preparada e anticorrosiva , aplicando por ultimo a argamassa para 
o acabamento correto do concreto. 
Às vezes o uso do espaçador é negligenciado, podendo acontecer uma série 
de problemas futuros que irão gerar mais gastos de manutenção e tempo. O uso de 
espaçadores também se faz necessário nas instalações elétricas e hidráulicas para 
que essas instalações não fiquem expostas durante a retirada das formas. Os 
espaçadores para instalações elétricas são específicos e diferentes do resto da 
estrutura. 
 
Figura 18 - Ligação entre paredes Figura 19 - Reforço da armação 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google imagens 2019 Fonte: Google imagens 2019 
 
 
 
 
 
 
32 
 
4.4.1. Instalações Elétricas e Hidráulicas 
 
Neste sistema de paredes, instalações elétricas e hidráulicas podem ser colocadas 
dentro da parede na hora da concretagem, mas a decisão não se dá ao engenheiro 
responsável da construção, pois devem seguir as normas e especificações da ABNT 
NBR 16055:2012. 
Critérios presentes na NBR 16055, ano supracitada: 
a) No Sentido vertical a Pressão da tubulação deve ser no máximo de 0,3 MCA e 
Oscilação de temperatura entre tubulação e concreto de no máximo 15°. 
 
b) Devem designar a armação de reforço de no mínimo 50cm de comprimento em 
ambos os lados, e diâmetros acima de 50mm não devem ultrapassar 67% da 
largura da parede. 
 
c) No sentido horizontal devem ter no máximo 1 metro e no máximo 1/3 do 
comprimento da parede, desde que todo o trajeto não seja estrutural. 
Com todos os segmentos de instalações elétricas e hidráulicas executados é 
de total importância que fixem bem os kits nas armaduras para que não ocorra 
nenhum risco de deslocamentos das tubulações de gás e agua e eletrodutos, 
pois não poderão ser assentados depois em que a concretagem é feita.Em 
alguns casos que kits elétricos e hidráulicos, ocorre não compatibilidade entre 
o físico e o projeto, tendo então que ser feita a substituição dos mesmos. Outro 
problema que em alguns casos ocorre é a má instalação, posicionar errado as 
caixas elétricas e hidráulicas, de acordo com a trabalhabilidade do concreto e 
a armação entre as formas ocasionando uma pressão sobre as caixas para 
uma possível rotação retirando-as do esquadro. 
 
 
 
 
 
 
33 
 
4.4.1.1. Instalações elétricas 
 
Os elementos que constituem o sistema elétrico são caixas de passagens, 
equipagens e quadros de distribuições para disjuntores com procedimentos 
específicos de fixação com espaçadores, a não utilização de arames na fixação serve 
para facilitar a mão de obra. Sua ponta lacrada evita que os eletrodutos entupam ao 
concretar. As caixas dão a vantagem em que as paredes possam ser mais espessas 
tendo maior resistência, onde seu uso com o concreto é exotérmico; a caixa também 
contém abertura acessível. 
Devido a grande pressão exercida pelo concreto todos os eletrodutos devem ser 
reforçados (figura 20) nas instalações elétricas, recorrendo ao uso de tampas de 
pressão fixadas (figura 22) desse modo todas as peças incluídas devem ser 
reforçadas, neste estudo utilizamos o eletroduto com fiação já instalada e com 
módulos dentro das caixas. Os pontos de iluminação já são todos fixados utilizando 
parafusos nas placas (figura 21) e as pontas de mangueiras em fases de concretagens 
deverão ser intrometidas de modo que não tenha infiltração de água ou nata do 
concreto nelas. 
 
 
 
Imagem 20 - Eletrodutos reforçados com 
kit Ambar. 
Imagem 21 - Parafusadeira elétrica. 
 
Fonte: Autoria Própria, 2019 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 2019 
34 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 22 - Detalhe de tampa de 
pressão. 
Imagem 23 - Detalhe de tampa de 
pressão parafusada. 
 
 
Fonte: Catálogo Forco, 2019 Fonte: Autoria Própria, 2019 
 
 
Nestas instalações utilizam-se caixas elétricas (imagem 23), afim de que o 
cabeamento esteja protegido pois ele será zona de distribuição elétrica, e utilização 
de espaçadores plásticos (imagem 24) assim evitando que ocorra ligação entre 
conduítes e ferragens, sua distribuição é feita em todo o percurso elétrico da 
execução, conforme a imagem 25. 
Imagem 24 Detalhe de fixação da 
caixa elétrica. 
Imagem 25 - Espaçador plástico para 
eletroduto. 
 
Fonte: Autoria Própria, 2019 
 
Fonte: Catálogo Coplas, 2019 
 
 
35 
 
Imagem 26 Detalhe de espaçador de elétrica. 
 
Fonte: Autoria Própria, 2019 
 
 
 
Para um bom manuseamento das ligações são realizadas junções de todos os 
percursos da instalação elétrica em um só ponto, definindo o quadro elétrico (Imagem 
27). No entanto, o quadro elétrico precisa ser moldado junto com a forma antes da 
concretagem ser feita, desta forma normalizando e eliminando possíveis resíduos de 
concreto em sua etapa de desmolde das formas (Imagem 28). 
Imagem 27 Quadro elétrico. Imagem 28 Quadro elétrico 
embutido na parede. 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 2019 Fonte: Autoria própria, 2019 
 
 
 
 
 
36 
 
Imagem 29 Implantação do quadro elétrico. 
 
Fonte: Autoria própria, 2019 
 
 
Observação: quando se tem a necessidade de que a distribuição de uma rede em 
outros pontos alocar espelhos de marcações, fixar com parafusos (Imagem 30). 
 
Imagem 30 Espelhos de marcações 
sendo parafusados. 
Imagem 31 Espelho de marcação. 
 
Fonte: Autoria própria, 2019 Fonte: Autoria própria, 2019 
 
Deste modo, de acordo com a imagem 31, é possível que tenha um ou mais pontos 
em comum distribuídos em uma rede elétrica. É importante ressaltar que todo serviço 
de instalações elétricas, seja avaliado e executado por um profissional apto e 
certificado assim como exige a NBR 5410, eliminando possíveis descumprimentos e 
acidentes. 
 
 
 
 
37 
 
4.4.1.2. Instalações hidráulicas 
 
Nesse tipo de sistema utilizam-se mangueiros do tipo PEX (figura 31 e 32), 
passando sobre a laje e por dentro das paredes. A escolha desse sistema se dá por 
ser um material de polietileno dando maior flexibilidade, permitindo assim que as 
tubulações façam curvas maiores sem a necessidades de algumas conexões, 
melhorando assim o transporte de líquidos. 
A Norma correspondente ao uso de mangueiras é a NBR 15939-2 (ABNT, 
2011), e deve ser seguida em todas suas especificações regulamentadas. 
Semelhantemente como os kits elétricos todas as mangueiras PEX são 
cobertas por uma proteção que envolve o PEX impossibilitando que o concreto entre 
em contato com o mesmo, e também é um meio de futuras manutenções, como 
mostra as figuras abaixo: 
 
Imagem 32 Mangueiras PEX Imagem 33 Mangueiras PEX 
 
 
 
 
. Fonte:Google, 2019 . Fonte:Google, 2019 
 
Com um distribuidor de mangueiras que contem: uma caixa de distribuição para 
os apartamentos, que se assemelha a um quadro elétrico; essa caixa é concretada 
38 
 
junto com a parede como em quadros elétricos (Imagem 35), e são fixadas com 
parafusos conforme mostra a figura 34 abaixo: 
Imagem 34 Caixa de distribuição 
hidráulica. 
Imagem 35 Caixa de distribuição 
hidráulica sendo parafusada em uma 
parede. 
 
Fonte: Autoria própria, 2019 Fonte: Autoria própria, 2019 
Imagem 36 Aplicação de uma caixa de distribuição hidráulica. 
 
Fonte: Autoria própria, 2019 
 
Após a instalação da caixa de distribuição hidráulica, é liberado o fechamento 
do outro lado da forma (Imagem 38), uma vez que desmolda, eliminando possíveis 
resíduos de concreto, contudo é de suma importância que de vede completamente as 
tubulações conforme a figura abaixo: 
 
39 
 
 
Imagem 37 Caixa de distribuição 
hidráulica instalada. 
Imagem 38 Caixa de distribuição 
hidráulica com tubulação vedada. 
 
 
Fonte: Autoria própria, 2019 Fonte: Autoria própria, 2019 
 
Imagem 39 Caixa de distribuição desmoldada com tubulações. 
 
Fonte: Autoria própria, 2019 
 
Depois de desmoldadas, então o sistema hidráulico é liberado para a 
finalização do processo. Devem se utilizar ferramentas especificas para se trabalhar 
com mangueiras PEX como estas tesouras de corte (imagem 41), alicates (imagem 
42), para determinar o espaço ideal em cada parte a ser instalado as mangueiras 
(imagem 43). 
 
40 
 
 
 
Imagem 40 Fixação da mangueira 
PEX. 
Imagem 41 Tesoura de corte de 
tubulações. 
 
Fonte: Autoria própria, 2019. Fonte: Autoria própria, 2019. 
Imagem 42 Alicate de fixação. Imagem 43 Processo de 
espaçamento das mangueiras. 
 
 
Fonte: Autoria própria, 2019. Fonte: Autoria própria, 2019. 
 
Após determinar as dimensões de cada mangueira se inclui o encaixe de 
prensa nas conexões de acordo com as figuras abaixo, adotando cuidado máximo 
para que não haja folgas entre os componentes, são utilizadas pensas para conexões. 
41 
 
O seguinte passo é a vedação nas proteções PEX e nos demais eletrodutos, uma 
forma de vedar é utilizar fitas adesivas em cada etapa conforme as especificações da 
norma NBR NM 60454(ABNT, 2007). 
 
4.4.2. Etapas de montagem do sistema de painéis 
 
Primeiramente, a composição das armações vem antes dos painéis, da 
composição hidráulica, elétrica, distanciadores de eletrodutos, distanciadores de tela 
e verificar a disposição da estrutura para assegurar a estabilidade das instalações e 
armações. 
Em seguida, o desmoldante deve ser utilizado nas formas internamente, de 
forma a auxiliar na retirada da forma, seguindo a NBR 16055. 
A terceira etapa se trata dos passos de montagem que podem variar de acordo 
com o fabricante. Começando pelas extremidades abaixo, painéis-tipo, painéis de 
fechamento para portas e janelas e para laje. Depois eles são presos utilizando pinos, 
chavetas, entre outros, (utilizando as gravatas em conjunto) para assegurar a fixação 
e que a parede seja espessa o suficiente e esteja pronta para receber o concreto. 
Nestapenúltima etapa é imprescindível verificar se os projetos de passantes 
de forma e hidráulicos estão em regularidade para que não ocorra uma desarmonia. 
No último passo é importante aguardar o concreto atingir a resistência 
adequada para retirar da forma, para que não seja infectado, rupturas causadas por 
vibrações, não ocorra alteração abrupta na temperatura do material e não perca 
umidade. Tomando essas precauções são tirados os painéis do teto, os fixadores das 
janelas e portas, painéis-tipo e o da aresta. Chegando ao fim o procedimento é 
reiniciado. 
 
 
 
 
42 
 
5. ALVENARIA DE VEDAÇÃO 
 
Alvenaria de vedação é um sistema construtivo onde são utilizadas alvenarias que 
no seu dimensionamento não suportam cargas verticais, suportando apenas o próprio 
peso. 
A alvenaria de vedação é bastante utilizado para vedar e separar ambientes em 
edificações no Brasil. Podendo ser dividida em interna e externa, a interna tem apenas 
o objetivo de separar os ambientes, enquanto a alvenaria externa tem mais 
importância, pois deve resistir a umidade e movimentos térmicos, pressão do vento e 
possíveis infiltrações decorrentes da ação de aguas pluviais. O método possibilita um 
leque maior na questão de sua utilização em projetos arquitetônicos, pois permite vãos 
maiores, por utilizar vigas e pilares que dão sua sustentação. Precisando de mão de 
obra especializada para sua execução, para que não ocorram patologias relacionadas 
a uma má execução, tais como paredes fora de prumo, nível e esquadro. Os blocos 
mais utilizados são os de 4, 6 e 8 furos que possuem entre 8cm e 15cm de largura. 
 
Figura 44 - Parede em alvenaria 
 
Fonte BlogPraConstruir, 2018 
43 
 
O método construtivo de alvenaria de vedação tem como seus principais pontos 
negativos o grande desperdício de materiais, pois se quebram facilmente no 
transporte e na execução. Existe também um maior tempo de execução do serviço 
quando se utiliza alvenaria de vedação. Positivamente podemos levar em conta a 
grande disponibilidade e material e mão de obra, maior facilidade e um custo baixo 
para execução entre outros benefícios. 
Algumas normas técnicas que definem os critérios de qualidade, tanto em questão de 
estética quanto de performance, são as normas: 
 NBR 7170/1983 - Tijolo maciço cerâmico para alvenaria 
 NBR 7171/1992 - Bloco cerâmico para alvenaria 
 NBR 6460/1983 - Tijolo maciço cerâmico para alvenaria Verificação da 
resistência à compressão 
 NBR 6461/1983 - Bloco cerâmico para alvenaria Verificação da 
resistência à compressão 
 NBR 8042/1992 - Bloco cerâmico para alvenaria Formas e dimensões 
 
 
5.1. Execução 
 
Após a escolha do material utilizado na obra e suas dimensões, o próximo passo 
a ser feito deve ser a conferencia do material quando tal chegar no canteiro de obra, 
afim de identificar possíveis defeitos ou falta de qualidade no material. A marcação 
das paredes é feita através do demarque no piso com os blocos, sempre tomando o 
cuidado pra estarem alinhados, o esquadro e o vão correto entre portas. Ao assentar 
os blocos sempre conferir o alinhamento, o primo, a amarração e o esquadro nos 
encontros entre paredes. Quando sobra uma fresta no topo da parede até a viga é 
feito um trabalho de fechamento chamado encunhamento, podendo usar argamassa 
para isso. 
 
 
 
44 
 
5.1.1. Concretagem 
 
Faz-se essencial utilizar ensaios como slump teste, responsável por 
estabelecer a densidade do material em questão. Tendo a NBR 16055 (ABNT, 2012) 
em mente não utilizar produtos baseados em cloreto, pois esta pode causar avarias 
na armadura. E as instalações elétricas e hidráulicas são colocadas com as formas 
de aço ou alumínio previamente à concretagem. 
No processo de concretagem o engenheiro responsável deve estar no local 
monitorando as ações e orientando os incumbidos pelo abastecimento de concreto 
sobre a quantidade, lugar onde será depositado o material, tempo necessário e o 
cronograma visando evitar alguns contratempos como juntas secas ou obstrução das 
mangueiras. 
O concreto autodensável possui características que se mostram interessantes 
para a utilização na parede moldada in loco devido agilidade na operação da obra, se 
mostra fácil de ser nivelado na laje após ser preenchida com concreto e pode ser 
projetada da bomba por um espaço maior devido ao material superplastificante que 
foi adicionado em sua fórmula base. Em sua aplicação se faz necessário se atentar 
ao tempo, quando é suplementado é válido por 40 minutos, mas pode ir até 180 se 
tiver algum material retardador adicionado. 
 Para revestir as formas, é essencial começar nas paredes, do meio para os 
seus confins, preenchidas uniformemente, assim como na laje posteriormente. 
Para assegurar a resistência e pega do concreto é importante utilizar água 
sobre as peças foras do molde ou sob produtos químicos. De acordo com a NBR 
16055 (2012) a massa específica tem que apresentar 2000 kg/m³ e 2800 kg/m³. 
A peça pode ser tirada da forma após finalizar a pega e começar a cura úmida, 
após 28 dias. Neste período ela tem a resistência solicitada em projeto. 
Após encerrar a concretagem, limpar o empreendimento e todas os apetrechos 
usados, para reusar sem probabilidade de infecção. 
 
 
45 
 
5.2. Benefícios e Desvantagens 
 
Esse sistema de construção diminui a necessidade de força braçal, subtraindo 
a quantidade de colaboradores e de valores a serem pagos e com um ótimo ritmo de 
elaboração e redução do uso de materiais, resistência por ser um único elemento 
estrutural onde as tensões são repartidas sistemicamente, reduz os resíduos em 
relação com as paredes de concreto convencionais, desencadeando numa 
automatização de todo o processo. 
Algumas desvantagens seriam amplificações de ambientes são restritas 
levando em conta que toda a extensão comporta uma carga de forma unitária, o 
modificar pode causar uma desarmonia geral. Movimentações em paredes compactas 
de concreto podem ocasionar trincas e outras deformações em um cenário de revisão, 
se mostrando muito trabalhoso. 
Comentando sobre vantagens e desvantagens do sistema de parede de 
concreto, Sacht (2008) diz que, baixo nível de perdas, elevação da produtividade, mão 
de obra reduzida, forma reutilizáveis capazes de concluírem em conjuntos paredes e 
lajes em 24 horas, melhora na qualidade do serviço de vedação e execução e 
acabamentos superficiais, as paredes de concreto são utilizadas como paredes de 
vedação e estrutural (são distribuídas as cargas para as paredes), menor custo no 
revestimento. 
E algumas desvantagens como precisar de equipamentos de grande porte para 
colocação das formas e cita também sobre as restrições em ligação com as 
modificações devido a aplicação estrutural das paredes. Ávila (2001) diz que o custeio 
é a ferramenta que gerencia, baseado em dados provenientes da contabilidade 
especialmente daqueles constantes no Demonstrativo de Resultados do Exercício 
(DRE), permitindo sustentar decisões de curto prazo, Ávila ainda define, o custeio 
como o processo pelo qual se efetua a apropriação dos custos; e diz que as 
construtoras se atentam em conferir despesas de maneira a atender os requisitos 
legais visando à avaliação dos estoques e à composição dos balanços e também a 
tomada de decisão e o exercício de processos de controle, bem como amparar o 
administrador para a definição dos serviços e preço dos produtos. 
46 
 
5.3. Materiais e métodos 
 
 Habitações populares, por seu objetivo de diminuir a deficiência habitacional, 
optam por utilizar valores mais limitados por um espaço de tempo reduzido. 
Foi analisada a exequibilidade do sistema de construção base deste trabalho 
pelas plantas baixas (figura 45) destas habitações, planta baixa arquitetônica (figura 
46) e os cortes (figura 47). 
 
Imagem 45 Planta baixa da habitação 
 
Fonte: Autores, 2019. 
47 
 
Figura 46 Corte A-AFonte: Autores, 2019. 
Imagem 47 Corte B-B 
 
 
Fonte: Autores, 2019. 
 
 
 
 
 
48 
 
5.4. Resultados 
 
A partir dos memoriais descritivos e no projeto arquitetônico, estrutural, 
fundação, elétrico e hidráulicos, alguns orçamentos minuciosos para os dois métodos 
foram realizados, convencional e o paredes de concreto moldadas in loco. Foram 
divididos os orçamentos em duas partes, como materiais e serviço, seus custos foram 
obtidos através da tabela SINAPI (2018) do Estado de Goiás, as horas de serviço 
foram conseguidas com base no TCPO 10 (1996). Todo o orçamento foi efetuado para 
a execução desta habitação, sem considerar outros tipos de serviços. 
 
5.4.1. Orçamento da Residência com Paredes de Concreto Moldado in loco 
Consideramos os orçamentos das fôrmas usando como base seus custos em 
locação ou em compra, podemos verificar nas tabelas seguintes. No projeto foi 
adotado o aluguel das fôrmas mistas, pois foi levado em consideração o custo de 
compra das formas para a utilização em poucas unidades residenciais. 
Tabela 01 Tabela orçamentaria de fôrmas para compra 
Tabela de orçamentos de fôrmas: aquisição por compra 
Tipo Nome 
Área 
(m²) Preço unitário Preço Total Repetitividade Preço/casa 
 (R$/m²) (R$) (R$) 
Aluminio Lumiform SH 293.22 R$ 871.00 R$ 255.394.60 1200 R$ 212.83 
Mista Concreform SH 293.22 R$ 472.00 R$ 138.429.85 30 R$ 4.614.33 
Fonte: SH Fôrmas (2008) 
Tabela 02 tabela orçamentaria de fôrmas para locação 
Tabela de orçamentos de fôrmas: aquisição por compra 
Tipo Nome Área (m²) Preço unitário Locação Tempo/casa Preço/casa 
 (R$/m²/dia) (R$/dia) (dias) (R$) 
Mista Concreform SH 245.22 R$ 1.60 R$ 449.95 4 R$ 1.799.80 
 48 R$ 1.20 
Fonte: SH Fôrmas (2008) 
 
 
49 
 
Na próxima tabela temos um resumo do orçamento feito para o projeto com os 
materiais utilizados e os serviços realizados, para o método de paredes de concreto 
moldado in loco. 
Tabela 03 resumo do orçamento de materiais e serviços para casa com 
paredes de concreto 
DISCRIÇÃO SERVIÇO MATERIAL SERVIÇO PREÇO TOTAL 
Fundações R$ 13.640.70 R$ 6.580.80 R$ 20.221.45 
Estrutura R$ 51.732.55 R$ 7.462.65 R$ 59.195.15 
Instalações Elétricas R$ 13.031.05 R$ 11.766.85 R$ 24.797.90 
Instalações hidrossanitarias R$ 238.730.05 R$ 11.253.25 R$ 34.983.30 
Alvenarias e divisórias R$ 560.30 R$ 175.40 R$ 735.75 
Impermeabilização R$ 634.95 R$ 232.45 R$ 867.40 
Cobertura R$ 30.290.95 R$ 19.022.50 R$ 49.313.45 
Esquadrias Metálicas R$ 11.061.80 R$ 1.760.35 R$ 12.822.15 
Esquadrias madeira R$ 6.274.55 R$ 3.458.15 R$ 9.732.70 
Vidros R$ 1.520.45 R$ - R$ 1.520.45 
Revestimento parede R$ 3.839.50 R$ 1.893.90 R$ 5.733.40 
Revestimento piso R$ 5.807.95 R$ 6.100.30 R$ 11.908.25 
Pintura R$ 10.470.50 R$ 13.765.00 R$ 24.239.25 
Forro R$ - R$ - R$ - 
TOTAL R$ 387.595.30 R$ 83.471.60 R$ 256.070.60 
Fonte: Autores, 2019 
O resumo do orçamento da utilização do método convencional está na próxima tabela, 
onde são descritos os valores para materiais e serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Tabela 04 resumo do orçamento de materiais e serviços para o sistema 
convencional 
 
Fonte: Autores, 2019 
5.4.2. A análise comparativa dos custos 
Podemos conferir a comparação entre os resultados obtidos na próxima tabela, 
nela existe a descrição dos matérias e serviços, seus respectivos totais. Com os 
números apresentados podemos concluir qual dos métodos é mais vantajoso para o 
empreendimento. 
Tabela 5 resumo dos custos entre os dois métodos 
 
Fonte: autores, 2019 
51 
 
O custo do material usado para a execução da fundação é o mais elevado, em 
contra partida o custo do serviço é bem menor. Podemos observar que o custo para 
execução da fundação em no método de paredes de concreto moldadas in loco é de 
7,90% do custo total da obra, enquanto o método convencional é 6,26% do custo total 
da obra. Quando comparado os dois custos de execução o de paredes de concreto 
moldadas in loco é cerca de 7,75% maior que o convencional. 
Quando observada o custo da estrutura do método de parede de concreto, 
notamos que é mais elevada que o convencional, contudo inclui outras fases do 
método convencional (como alvenaria, divisórias e revestimentos), pois o método de 
paredes de concreto moldadas in loco simplifica muitos processos. Ao observar a obra 
como um todo, os custos são bem reduzidos, somando todas as outras etapas que 
estão incluídas na parte de estrutura no método de paredes de concreto a estrutura 
ficam cerca de 47% mais baixa que os outros métodos convencionais. O custo da 
estrutura no sistema de paredes de concreto moldadas in loco reproduz cerca de 23% 
do total, enquanto que no convencional representa 13% do total da obra. 
No que se refere as instalações elétricas e hidráulicas, os custos de material e 
serviço do método de paredes de concreto são mais baixos, pois nesse método não 
é preciso fazer o corte nas paredes para a passagem das tubulações e eletrodutos, 
no método de paredes de concreto a parede já é concretada com as tubulações e os 
eletrodutos. Em relação ao custo total da obra, essas instalações no método de 
paredes de concreto representam cerca de 23%, enquanto que no método 
convencional representa cerca de 21%. Quando relacionamos os dois métodos as 
instalações são cerca de 9,25% mais em conta que o método convencional. 
No que se refere a impermeabilização, o método de paredes de concreto é o 
que tem os custos mais baixos quando comparados com os métodos convencionais, 
pois não utiliza alvenaria, com isso não havendo necessidade de impermeabilização. 
No método convencional é preciso impermeabilizar toda a parte superior da viga 
baldrame, impedindo com que a água suba para a alvenaria. Os dois métodos em 
comparação paredes de concreto moldadas in loco é cerca de 41% mais em conta 
que o convencional. 
Quanto ao revestimento do piso, obtemos valores de serviço e materiais mais 
em conta em relação aos métodos mais convencionais. O custo quando comparado 
52 
 
os dois métodos, obtemos um percentual de cerca de 34% de economia da parede de 
concreto moldada in loco em relação ao convencional. Não necessitando também da 
execução do forro, pois adota-se laje maciça. 
 
6. RESIDÊNCIA COM PAREDE DE CONCRETO 
 
 O memorial descritivo utilizado para preencher os projetos utilizados neste 
trabalho são: 
 paredes de concreto, com função estrutural e de vedação, autodensável com 
espessura 10 cm, fck de 20 Mpa, tela eletrosoldada no sentido vertical, 5mm 
de diâmetro e 20 cm de vertical e 10 cm horizontal, 14 telas de 245 cm x 600 
cm nas paredes; lajes e paredes serão preenchidas com concreto em um ciclo 
agilizando o processo; 
 
 laje maciça de espessura 7 cm e 20 Mpa fck preenchida com concreto 
autodensável; 
 
 fundação radier com altura 10,0 cm, área 69,14 m², aço CA-50 com 8 mm de 
diâmetro com espaçamento 17,5 cm; terreno de 200 m² (10m x 20m), com 1 
cozinha, 1 área de serviço, 1 banheiro, 1 sala e 2 dormitórios com um espaço 
coberto de 71,41 m² e pé direito de 2,75 m; 
 
 cerâmicas com 30 cm x 30 cm e devido ao radier não se faz necessário o uso 
de contrapiso; 
 
 sistemas elétricos e hidráulicos serão imbuídos à parede antes desta última serpreenchida com concreto; 
 
 Plan 27% de declive, 
apoiado nas paredes e usando madeira dicotiledônea C40; 
53 
 
 
 exceto área de serviço e banheiro que ganharão revestimento cerâmico, 
 nas paredes internas da construção, de 
massa corrida de PVA; as portas serão kit porta pronta de madeira e postas 
com espuma poliestireno onde irão expandir e prender com eficiência e as 
janelas estarão fixadas junto às esquadrilhas de alumínio. 
 
6.1. Cenário atual e justificativa 
 
O cenário atual na construção civil passa por diversas mudanças. Processos 
construtivos mais modernos e eficientes surgem todos os dias, buscando sistemas 
mais econômicos e rápidos. O sistema de paredes de concreto moldadas no local 
surgiu como uma boa alternativa para essa evolução e execução das obras. 
Esse método é inspirado em experiencias bastante estudadas e consagradas 
no cenário da construção civil e representa uma solução muito boa para a produção 
em escala sobretudo em obras residenciais, porém não se limitando a elas. 
Basicamente o sistema de paredes de concreto utiliza basicamente de um jogo 
de formas, telas de aço e o concreto constituindo todas as paredes da habitação de 
acordo com Corsini (2012). 
A parede de concreto servirá como um elemento da estrutura autoportante, 
moldada no próprio local, tendo seu comprimento de elemento estrutural pelo menos 
dez vezes sua espessura e ser capaz de suportar todas as paredes de todos os ciclos 
construtivos que serão moldadas em uma única etapa de concretagem (NBR 
16055:2012). 
Outro dado importante de acordo com Misurelli e Massuda (2009) em relação 
à execução, é de que sua utilização não depende de mão de obra especializada, já 
que as formas são estruturas provisórias e fabricadas com o objetivo de moldar o 
concreto fresco. A armação adotada é a de telas soldadas posicionadas no eixo da 
vertical da parede no qual se usam espaçadores para manter sua geometria e o 
melhor desempenho estrutural possível. 
54 
 
A escolha das formas deve obter uma serie de critérios de planejamento 
detalhado, considerando todas as características do concreto adotado na obra. As 
estruturas provisórias devem ser removidas após o concreto atingir determinada 
resistência já prevista em projeto, sem qualquer tipo de impacto para não aparecer 
fissuras. 
Na escolha da fundação, dependerá muito de outros fatores como por exemplo 
o solo da região que deverá ser estudado e passado por testes de resistência. A 
geografia do relevo também é importante assim como o clima da região desse 
empreendimento segundo Misurelli e Massuda (2009). 
Como especificado na NBR 16055:2012-18.3.4 se tratando de armaduras, é de 
extrema importância o posicionamento correto das armaduras, respeitando a 
geometria, alinhamento e espessura das paredes e fazendo utilização dos 
espaçadores auxiliando na uniformidade do projeto. 
 
 
6.2. Orçamento de materiais e serviços 
 
Foi analisada a fundamentação teórica e material de planejamento, orçamento, 
controle do empreendimento e suas características. Como o empreendimento já 
possui as fôrmas para execução das paredes, os valores dos insumos não entram no 
cálculo, apenas o custo de depreciação. 
O empreendimento analisado é um condomínio residencial de apartamentos do 
Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), faixa dois, sua localização é no 
Município de Ribeirão Preto SP, onde contem 18 blocos e em cada um deles possui 
16 apartamentos, com 4 apartamentos por andar, totalizando 288 apartamentos 
executados no empreendimento utilizando o método de paredes de concreto moldas 
in loco. Os apartamentos possuem área de 41,85m² e 54,67m². 
 
 
 
55 
 
Tabela 06 Orçamento de materiais 
descrição Alvenaria, laje e platibanda Un. Quant Val. Un. Val. Qunt.p/apto Custo 
Custo 
p/m² 
 
Realizado 
(Un.) Realizado(R$) Realizado(R$) (Un.) 
p/apto 
(R$) 
(R$) 
Tela soldada 100x100mm fio 
4,2mmq138 M2 16170 6.76 109373.66 56.15 379.77 9.27 
Espaçador para armação ferro MIL 18 83.06 1495 0.06 5.19 0.13 
Tela soldada 150x150mm fio 8mm 
Q335 M2 3042.85 19.35 58879.32 10.57 204.44 4.99 
Tela soldada 150x150mm fio 4,2mm 
Q92 M2 49242.94 4.57 224919.26 170.99 780.94 19.07 
Tela soldada 300x100mm fio 4,2mm 
T138 M2 9844.91 4.81 47359.92 32.18 164.44 4.02 
Espaçador para armação ferro MIL 6 150.33 901.95 0.02 3.13 0.08 
desmoldante liq- aço/concreto200lt TMB 7655.04 2.76 21151.19 26.58 73.44 1.79 
Tela soldada 100x100mm fio 5,6mm 
Q246 M2 264.6 14.07 3722.18 0.92 12.92 0.32 
Espaçador para armação ferro UM 5.5 322.92 1776.07 0.02 6.17 0.15 
Espaçador para armação ferro MIL 29 148.76 4113.99 0.1 14.98 0.37 
Espaçador para armação ferro MIL 5.36 74.45 399.03 0.02 1.39 0.03 
Espaçador para armação ferro MIL 1.46 808.57 1180.51 0.01 4.1 0.1 
Espaçador para armação ferro MIL 6 478.82 2872.89 0.02 9.98 0.24 
Serviço execução mont forma 
p.concreto M2 2553.74 168.73 430893.32 8.87 1496.16 36.54 
concreto usinado fck20 M3 4816.28 242.81 1169453.12 16.72 4060.6 99.16 
Serviço bombeamento concreto lança - 
m3 M3 2930.2 21.69 63562.8 10.17 220.7 5.39 
Quadro fixo de aço carbono - M2 M2 124.28 87.46 10869.43 0.42 37.73 0.92 
(Imobilizado) forma de alumínio p.concr M2 1 134803.89 134804.89 0 468.07 11.43 
Total 
 R$ 
2.287.919.42 
 R$ 
7.944.16 
 R$ 
194.00 
 
Fonte: Autores, 2017 
 
Por ser mais industrializado o modelo do método de paredes de concreto 
moldadas in loco despreza algumas etapas facilitando e otimizando o processo de 
execução da obra, fazendo com que a mesma fique mais rápida, impactando 
indiretamente nos custos da obra realizada. Outra redução significante é o de 
56 
 
acabamento, no revestimento, pois elimina etapas que são necessárias no método 
convencional (como reboco, contra piso e etc.), basicamente sem influencia na 
alteração de custos são as instalações elétricas e hidráulicas. podendo pular para a 
etapa de pintura. O que podemos considerar como 
 
 
 
 
6.3. Resultados 
Com os resultados obtidos e verificado no local, foi alcançado os custos do 
serviço estrutural da obra de R$2.287.919, com isso foi gasto R$127.106 por bloco, 
R$7.944 por apartamento é R$194/m² construído. 
Tabela 07 - Comparativo de custos da estrutura de dois sistemas construtivos 
de mesmo padrão econômico. 
ESTRUTURA CUSTO (R$/M²) 
Alvenaria estrutural R$ 160.52 
Parede de concreto R$ 194.00 
Diferença de custo R$ 0.21 
Fonte: Autores, 2019 
 
Com os cálculos para alvenaria estrutural, obtivemos valores que foram mais 
econômicos se comparado com o método com paredes de concreto moldadas in loco, 
ao considerarmos o peso dos materiais de execução para cada técnica utilizada, o 
bloco de concreto possui menor peso especifico que o concreto armado. 
 
 
 
 
57 
 
Tabela 08 - Comparativo do custo final de dois sistemas construtivos de mesmo 
padrão econômico. 
Estrutura Custo (R$/m²) 
Alvenaria estrutural R$ 668.07 
Parede de concreto R$ 651.72 
Diferença de custo 2.51% 
Fonte: Autores, 2019 
 
A partir dos dados, fica claro que o custo total da Parede de Concreto Moldado 
in loco houve uma diferença de 2,51% ao compararmos com a Alvenaria Estrutural, o 
que mostra ser mais econômica. 
 
6.4. Conclusão dos dados 
 
Podemos concluir por meio desses dados que a estrutura de paredes de 
concreto moldado no local, para efeito de projeção de custos e para a análise de 
viabilidade de um projeto, utiliza-se o valor de R$ 194,00 por m² construído, com base 
nos valores do material estudado. 
Analisando todos os dados estudados e as tabelas, podemos observar que os 
valores relacionados a alvenaria estrutural são 21% mais econômicos comparados 
aos de parede de concreto. Porém, o sistema de paredes de concreto fica com 
vantagem, por ter etapas construtivas que são estrutura e revestimento. Isso 
influenciará, além do tempo de execução ser muitomenor, justificando os 2,51% de 
custo total mais econômico em relação a alvenaria estrutural. 
 
 
 
 
 
58 
 
7. Conclusão 
Na primeira etapa do trabalho, fica nítido o grande problema de déficit 
habitacional pelo qual o Brasil enfrenta anos após anos. Mesmo com diversas 
medidas governamentais e incentivos a construção civil, o país mantem a margem 
dos milhares no déficit habitacional ano após ano, batendo de frente com um direito 
assegurado pela constituição que é a de moradia. Vimos os grandes esforços por 
parte do governo ao longo dos anos para combater essa realidade, com seus diversos 
planos de governo voltadas a moradia popular de qualidade, utilizando-se dos 
melhores, mais econômicos e rápidos métodos construtivos disponíveis atualmente. 
O método de parede de concreto moldadas no local foi um grande passo para 
combater o déficit habitacional por suas diversas características envolvendo custos, 
otimização de tempo e qualidade. Concluímos, por meio de dados numéricos 
orçamentários a incrível vantagem que esse método possui em relação aos métodos 
construtivos tradicionais quando se trata de habitações populares em larga escala e 
combate ao déficit habitacional ano após ano. 
Juntamente com o levantamento de custo, analisamos todos os processos 
construtivos envolvidos no método de paredes moldadas in loco para entendermos na 
pratica, outros pontos no qual ele se sobressai em relação ao tempo de concretização. 
Estudando etapa por etapa, foi possível analisar os pontos objetivamente no qual 
garantem sua superior agilidade e facilidade em se concretizar várias unidades por 
dia. 
Acreditamos que seja um método muito valido no combate ao déficit 
habitacional brasileiro, porém que precisa andar de mãos dadas com uma boa gestão, 
bons planos de governo e investimentos no setor de construção civil, dando qualidade 
de vida a população mais carente, movimentando a economia e diversos outros 
benefícios ao Brasil. 
 
 
 
 
 
59 
 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
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concreto moldada no local para a construção de edificações Requisitos e 
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Engenharia de Produção. UNISUL, Palhoça/SC, 2001. 
 
BORGES, F. M. Sistema Construtivo de Habitação com Parede de Concreto. 
Projeto Final, Publicação n° 137-2011, Curso de Engenharia Civil, Universidade 
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